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1 Introdução
15.2.1 Antiguidade
David Ricardo é outro expoente do período clássico. Partindo das ideias de Smith,
desenvolveu alguns modelos econômicos com grande potencial analítico. Aprimora a tese
de que todos os custos se reduzem a custos do trabalho e mostra como a acumulação do
capital, acompanhada de aumentos populacionais, provoca uma elevação da renda da terra.
Sua análise de distribuição do rendimento da terra foi um trabalho seminal de muitas das
ideias do chamado período neoclássico.
Ricardo também desenvolveu estudos sobre o comércio internacional. Analisou por
que as nações negociam entre si, se é melhor para elas comerciarem e quais produtos
devem ser comercializados. A resposta dada por Ricardo a essas questões constitui
importante contribuição à teoria do comércio internacional, chamada de teoria das
vantagens comparativas. O comércio entre países dependeria das dotações relativas de
fatores de produção. Ricardo, a partir de algumas generalizações e usando poucas variáveis
estratégicas, produziu vários dos mais expressivos modelos de toda a história da ciência
econômica, desses derivando importantes implicações políticas.
A maioria dos estudiosos considera que os estudos de Ricardo deram origem a duas
correntes antagônicas: a corrente neoclássica, por suas abstrações simplificadoras, e a
corrente marxista, pela ênfase dada à questão distributiva e aos aspectos sociais na
repartição da renda da terra.
John Stuart Mill (1806-1873)
John Stuart Mill foi o sintetizador do pensamento clássico. Seu trabalho foi o
principal texto utilizado para o ensino de Economia no fim do período clássico e no início
do período neoclássico. Sua obra consolida o exposto por seus antecessores e avança ao
incorporar mais elementos institucionais e ao definir melhor as restrições, vantagens e
funcionamento de uma economia de mercado.
Jean-Baptiste Say (1768-1832)
Um grande destaque dessa corrente foi Alfred Marshall. Seu livro, Princípios de
economia, publicado em 1890, serviu como obra básica até a metade do século XX. Outros
teóricos importantes foram: William Jevons, Léon Walras, Eugene Böhm-Bawerk, Joseph
Alois Schumpeter, Vilfredo Pareto, Arthur Pigou e Francis Edgeworth.
Nesse período, a formalização da análise econômica (principalmente a
Microeconomia) evoluiu muito. O comportamento do consumidor é analisado em
profundidade. O desejo do consumidor de maximizar sua utilidade (satisfação no consumo)
e o do produtor de maximizar seu lucro são a base para a elaboração de um sofisticado
aparato teórico. Com o estudo de funções ou curvas de utilidade (que pretendem medir o
grau de satisfação do consumidor) e de produção, considerando restrições de fatores e
restrições orçamentárias, é possível deduzir o equilíbrio de mercado. Como sua análise
fundamenta-se em conceitos marginais, como receitas e custos marginais, que foram
discutidos no Capítulo 5, essa corrente teórica é também chamada de teoria marginalista.
A análise marginalista é muito rica e variada. Alguns economistas privilegiaram
alguns aspectos, como a interação de muitos mercados simultaneamente o equilíbrio geral
de Walras é um caso , enquanto outros privilegiaram aspectos de equilíbrio parcial,
usando um instrumental gráfico a caixa de Edgeworth, por exemplo.
Apesar de as questões microeconômicas ocuparem o centro dos estudos
econômicos, houve uma produção rica em outros aspectos da teoria econômica, como a
teoria do desenvolvimento econômico de Schumpeter e a teoria do capital e dos juros de
Böhm-Bawerk. Deve-se destacar também a análise monetária, com a criação da teoria
quantitativa da moeda, que relaciona a quantidade de dinheiro com os níveis gerais de
atividade econômica e de preços.
15.4 A teoria keynesiana