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Liberalismo econômico

A base do pensamento da Escola Clássica é o liberalismo econômico, Seu principal


membro é Adam Smith, que acreditava que a concorrência que impulsiona o mercado
e consequentemente faz girar a economia.

A teoria clássica surgiu do estudo dos meios de manter a ordem econômica através do
liberalismo e da interpretação das inovações tecnológicas provenientes da Revolução
Industrial.

Todo o contexto da Escola Clássica está sendo influenciado pela Revolução Industrial.
É caracterizada pela busca no equilíbrio do mercado (oferta e demanda) via ajuste de
preços, pela não- intervenção estatal na atividade econômica, prevalecendo a atuação
da “ordem natural” e pela satisfação das necessidades humanas através da divisão do
trabalho, que por sua vez aloca a força de trabalho em várias linhas de emprego.

De acordo com o pensamento de Adam Smith, a economia não deveria se limitar ao


estoque de metais preciosos e ao enriquecimento da nação, pois, segundo o
mercantilismo, desta nação fazia parte apenas a nobreza, e o restante da população
estaria excluída dos benefícios provenientes das atividades econômicas. Sua
preocupação fundamental era a de elevar o nível de vida de todo o povo.

Em sua obra Wealth of Nations (Riqueza das Nações), Adam Smith estabelece
princípios para análise do valor, dos lucros, dos juros, da divisão do trabalho e das
rendas da terra. Além de desenvolver teorias sobre o crescimento econômico, ou seja,
sobre a causa da riqueza das nações, a intervenção estatal, a distribuição de renda, a
formação e a aplicação do capital.

Alguns críticos de Smith afirmam que ele não foi original em suas obras, devido ao
seu método, que se caracteriza por percorrer caminhos já trilhados, buscando, assim,
segurança, utilizar elementos já existentes. No entanto, sabe-se que suas obras foram
grandiosas para o desenvolvimento do pensamento econômico, devido a sua clareza e
ao espírito equilibrado.

Economia clássica é a primeira escola moderna de pensamento econômico. É


geralmente aceito que o marco inaugural do pensamento econômico clássico
seja a obra A Riqueza das Nações, do escocês Adam Smith. Seus conceitos
giram em torno da noção básica de que os mercados tendem a encontrar um
equilíbrio econômico a longo prazo, ajustando-se a determinadas mudanças no
cenário econômico.
Os principais economistas clássicos incluem Adam Smith, Jean-Baptiste
Say, Thomas Malthus, David Ricardo, John Stuart Mill, Johann Heinrich von
Thünen e ainda Anne Robert Jacques Turgot.
Enquanto Adam Smith enfatizou a produção de renda, David Ricardo na sua
distribuição entre proprietários de terras, trabalhadores e capitalistas, Ricardo
enxergou um conflito inerente entre proprietários de terras e capitalistas. Ele
propôs que o crescimento da população e do capital, ao pressionar um
suprimento fixo de terras, eleva os aluguéis e deprime os salários e os lucros.
Thomas Robert Malthus usou a ideia dos retornos decrescentes para explicar as
baixas condições de vida na Inglaterra. De acordo com ele, a população tendia a
crescer geometricamente sobrecarregando a produção de alimentos, que
cresceria aritmeticamente. A pressão que uma população crescente exerceria
sobre um estoque fixo de terras significa produtividade decrescente do trabalho,
uma vez que terras cada vez menos produtivas seriam incorporadas à atividade
agrícola para suprir a demanda. O resultado seria salários cronicamente baixos,
que impediriam que o padrão de vida da maioria da população se elevasse
acima do nível de subsistência. Malthus também questionou a automaticidade
da economia de mercado para produzir o pleno emprego. Ele culpou a tendência
da economia de limitar o gasto por causa do excesso de poupança pelo
desemprego, um tema que ficou esquecido por muitos anos até que John
Maynard Keynes a reviveu nos anos 1930.
No final da tradição clássica, John Stuart Mill divergiu dos autores anteriores
quanto a inevitabilidade da distribuição de renda pelos mecanismos de mercado.
Mill apontou uma diferença dois papéis do mercado: alocação de recursos e
distribuição de renda. O mercado pode ser eficiente na alocação de recursos
mas não na distribuição de renda, ele escreveu, de forma que seria necessário
que a sociedade intervenha.
A teoria do valor foi importante na teoria clássica. Smith escreveu que "o preço
real de qualquer coisa… é o esforço e o trabalho de adquiri-la" o que é
influenciado pela sua escassez. Smith dizia que os aluguéis e os salários
também entravam na composição do preço de uma mercadoria.[1] Outros
economistas clássicos apresentaram variações das ideias de Smith,
chamada 'Teoria do valor-trabalho'. Economistas clássicos se focaram na
tendência do mercado de atingir o equilíbrio no longo prazo.
Quais as caracteristicas de análise de concepções de desenvolvimento econômico dos economistas da
época clássica: Ricardo, Mill, Smith.

princípios para análise do valor, dos lucros, dos juros, da divisão do trabalho e
das rendas da terra.

 É caracterizada pela busca no equilíbrio do mercado (oferta e demanda) via


ajuste de preços
 pela não- intervenção estatal na atividade econômica, prevalecendo a atuação
da “ordem natural” 
 pela satisfação das necessidades humanas através da divisão do trabalho, que
por sua vez aloca a força de trabalho em várias linhas de emprego.

Para Adam Smith as classes se constituem em: classe dos proprietários; classe
dos trabalhadores, que vivem de salários e a classe dos patrões, que vivem do
lucro sobre o capital. A subordinação, na sociedade, se deve a quatro fatores:
qualificações pessoais, idade, fortuna e berço. Smith afirmava que a livre
concorrência levaria a sociedade à perfeição uma vez que a busca do lucro
máximo promove o bem-estar da comunidade. Smith defendia a não
intervenção do Estado na economia, ou seja o liberalismo econômico.

David Ricardo (1772 – 1823):

Mudou, de modo sutil, a análise clássica do problema do valor: “Então, a razão, pela
qual o produto bruto se eleva em valor comparativo é porque mais trabalho é
empregado na produção da última porção obtida, e não porque se paga renda ao
proprietário da terra. O valor dos cereais é regulado pela quantidade de trabalho
empregada em sua produção naquela qualidade de terra, ou com aquela porção de
capital, que não paga aluguel”. Ricardo mostrou as interligações entre expansão
econômica e distribuição de renda. Tratou dos problemas do comércio internacional e
defendeu o livre- cambismo.

John Stuart Mill (1806 – 1873):

Introduziu na economia preocupações de “justiça social”


A Economia Política foi uma ciência que se constituiu entre os séculos
XVIII e XIX e que teve por objeto de estudo todo o processo econômico ou,
em outros termos, o processo de geração de riqueza. Esse processo implica
a produção, a distribuição e o consumo de bens materiais que atendem às
diversas demandas do ser humano.
 Definições de Economia Política
Entre os franceses que contribuíram para os fundamentos da Economia
Política, estão François Quesnay, autor das
obras Tableau Économique e Maximes géneráles du
gouvernement économique, e Anne Robert Jacques Turgot, autor
de Réflexions sur la formation et la distribuion des richesses. Entre os
britânicos, destacam-se: Thomas Malthus, Adam Smith, David Ricardo e,
mais tardiamente, John Stuart Mill, nomes que compõem também o
chamado liberalismo clássico.
Adam Smith é considerado o grande sistematizador dos problemas de
Economia Política, tanto que suas reflexões foram e ainda são retomadas por
economistas e sociólogos que pretendem entender as inter-relações entre
organização social e atividade econômica. A definição que Smith dá à
Economia Política consta no Livro IV de sua principal obra, A Riqueza das
Nações, de 1776. Vejamos:
A Economia Política, considerada como um setor da ciência própria de um estadista ou de um
legislador, propõe-se a dois objetivos distintos: primeiro, prover uma renda ou manutenção farta
para a população ou, mais adequadamente, dar-lhe a possibilidade de conseguir ela mesma tal
renda ou manutenção; segundo, prover o Estado ou a comunidade de uma renda suficiente para os
serviços públicos. Portanto, a Economia Política visa a enriquecer tanto o povo quando o
soberano. [1]
Percebemos que Smith destaca o caráter pragmático da Economia Política,
uma ciência que oferece tanto à sociedade quanto aos chefes políticos as
diretrizes para a produção de riqueza, isto é, para o alcance da prosperidade a
partir de princípios como o livre-comércio, a propriedade privada e a divisão
do trabalho. Esse tema da riqueza é o ponto central da Economia Política,
pois está no cerne da chamada Economia de Mercado, a base do sistema
capitalista. Se lermos a definição de John Stuart Mill, em sua
obra Princípios de Economia Política, de 1848, perceberemos que ele reitera
essa questão da preocupação com a riqueza:
[…] Os autores de Economia Política professam ensinar ou investigar a natureza da riqueza, bem
como as leis de sua produção e distribuição, incluindo, diretamente ou de maneira remota, a
operação de todas as causas que fazem com que prospere ou decline a condição da humanidade,
ou de qualquer sociedade de seres humanos, com respeito a esse objeto universal do desejo
humano. Não que algum tratado de Economia Política possa discutir ou mesmo enumerar todas as
essas causas; todavia, empreende segundo quais elas operam. [2]
Esse universalismo característico da Economia Política destacado por Mill
foi, com o tempo, desmanchado por conta do nascimento de disciplinas
especializadas, como a Sociologia e a moderna Ciência Econômica.
Cabe ressaltar que foi a Economia Política que começou a construir os
fundamentos para se equacionar problemas como a questão do preço de
mercadorias (desde uma joia ou um alimento até um navio ou um avião) e o
tipo de trabalho nela empregado. Foi também essa ciência que deu os
instrumentos iniciais para o cálculo político e o cálculo econômico, o que
hoje é chamado de política econômica: taxa de juros, equilíbrio entre
importação e exportação, inflação, política monetária etc.

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