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As Teorias económicas:

A história diz que Ricardo foi o primeiro economista a argumentar coerentemente que o livre
comércio internacional poderia beneficiar dois países, mesmo que um deles produzisse todas as
mercadorias comercializadas mais eficientemente do que o outro. Também foi um dos primeiros
economistas a argumentar que, como o capital era relativamente imóvel entre as nações, era
preciso elaborar uma teoria separada do comércio internacional, diferenciado do comércio
interno do país.

 David Ricardo:
Argumentava que um país não precisa ter uma vantagem absoluta na produção de qualquer
mercadoria, para que o comércio internacional entre ele e outro país seja mutuamente benéfico.
Vantagem absoluta significava maior eficiência de produção ou o uso de menos trabalho na
produção, isso corresponde dizer que dois países poderiam sim, se beneficiar com o comércio, se
cada um tivesse uma vantagem relativa na produção. Vantagem relativa significava,
simplesmente, que a razão entre o trabalho incorporado às duas mercadorias diferia entre os dois
países, de modo que cada um deles poderia ter, pelo menos, uma mercadoria na qual a
quantidade relativa de trabalho incorporado seria menor do que a do outro país, isto é, menor
custo de oportunidade para produzir uma mercadoria.

 Enquanto isso, Adam Smith:


No seu tempo, mão prendia suas preocupações com a riqueza das nações, embora posteriormente
tenha conferido grande contribuição a essa causa. Os sentidos morais, a busca da aprovação
social, as razões maiores da acumulação e da conservação da fortuna material foram os
pressupostos de sua descrição da ordem econômica. Smith fundamentava sua descrição da
ordem econômica nas leis que regem a formação, a acumulação, a distribuição e o consumo da
riqueza e este polinômio foi à base do conceito clássico da economia.

É verdade que Smith defendia a desregulação, que o papel do estado deveria ser restringido a
três funções principais:
 A de defender a nação,
 A de promover justiça e segurança aos cidadãos e
 Empreender obras sociais necessárias que a iniciativa privada.

Por si só não conseguisse empreender seja por questões de vulto seja por questões de lucro.
Em suma, ele acreditava que a intervenção do estado na economia tendia a alocar mal o capital e
contribuía para a redução do bem-estar social.

As suas principais ideias foram:

 O bem-estar das nações ser identificado como seu produto anual por capital;
 Considera como causa da riqueza das nações o trabalho humano;
 A livre iniciativa de mercado (laissez-faire);
 A especialização do trabalho, como instrumento de aumento da produtividade;
 A Teoria do Bem-Estar Econômico, segundo a qual o mercado, se operando
livremente sem a presença regulamentadora do Estado, se auto ajustaria, dada a
racionalidade e os atos egoístas dos agentes, como que conduzido por uma
espécie de "Mão Invisível" para a maximização do bem-estar econômico.

O polinômio formação, acumulação, distribuição e consumo da riqueza foram a base do conceito


clássico de economia. A maior parte dos economistas clássicos, que viveram na transição entre
os séculos XVIII e XIX, como Thomas Malthus, John Law, Stuart Mill, David Ricardo e Jean
Baptiste Say, definiam a economia partindo desses quatro fluxos.

VANTAGENS ABSOLUTAS E VANTAGENS RELATIVAS

VANTAGENS ABSOLUTAS:

Esse princípio da Teoria das Vantagens Absolutas surgiu das ideias do economista Adam Smith,
em sua obra "A Riqueza das Nações", editada em 1776.
1. Ideias Básicas: a especialização das produções, motivada pela divisão do trabalho na
área internacional, e as trocas efetuadas no comércio internacional CONTRIBUÍAM para
o aumento do bem-estar das populações.
2. Teoria das Vantagens Absolutas: "Cada país deve concentrar seus esforços no que
pode produzir a custo mais baixo e trocar o excedente dessa produção por produtos que
custem menos em outros países"

VANTAGENS COMPARATIVAS

Essas ideias de Adam Smith foram desenvolvidas pelo economista inglês David Ricardo em
1817, que formulou a Teoria das Vantagens Comparativas, também chamada de Teoria dos
Custos Comparativos.

1. Ideias Básicas: o comércio internacional será vantajoso até mesmo nos casos em que
uma nação possa produzir internamente a custos mais baixos do que a nação parceira,
desde que, em termos relativos, as produtividades de cada uma fossem relativamente
diferentes.
Isso quer dizer que a especialização internacional seria mutuamente vantajosa em todos os casos
em que as nações parceiras canalizassem os seus recursos para a produção daqueles bens em que
sua eficiência fosse relativamente maior.

Assim, ao conduzir à especialização e a divisão internacional do trabalho, seja por desiguais


reservas produtivas, por diferenças de solo e de clima ou por desigualdades estruturais de capital
e trabalho, o comércio exterior aumenta a eficiência com que os recursos disponíveis nos países
podem ser empregados. E este aumento de eficiência, possível sempre que observarem vantagens
comparativas, eleva a produção e a renda nos países envolvidos nas trocas.

Quer dizer que o modelo ‘Ricardino’ é o mais simples dos modelos que explicam como as
diferenças entre os países acarretam as trocas e ganhos no comércio internacional, pois, neste
modelo, o trabalho é o único fator de produção e os países diferem apenas na produtividade do
trabalho nas diferentes indústrias.

Então, os países exportarão os bens produzidos com o trabalho interno de modo relativamente
eficiente e importarão Bens produzidos pelo trabalho interno de modo relativamente
ineficiente, ou seja, o padrão de produção de um país é determinado pelas vantagens
comparativas.

Teoria de Thomas Malthus


Em 1798, Thomas Malthus publicou, de forma anônima, a primeira edição de “Ensaios Sobre o
Princípio da População”. O livro nasceu como resultado das discursões de Malthus com seu pai,
que influenciado pelo filósofo William Gowin, afirmava que a miséria era consequência do mau
desempenho das instituições e que a terra só poderia alimentar a todos os seres humanos se
houvesse melhoras na assistência pública à população pobre, para se conseguir uma maior
igualdade social.

Malthus diferia radicalmente dessa teoria, pois acreditava que o crescimento demográfico era
maior do que os meios de subsistência, pois enquanto a população cresce em progressão
geométrica, a produção de alimentos se da em progressão aritmética. Malthus percebeu que o
crescimento populacional havia dobrado entre os anos de 1785 e 1790, em consequência da
grande produção de alimentos, das melhores condições sanitárias e do aperfeiçoamento no
combate às doenças, resultado da Revolução Industrial ocorrida nessa época.

Malthus acreditava que o aumento ilimitado da população poderia encontrar dois obstáculos, um
repressivo que seriam: as epidemias, guerras e a miséria, e os preventivos que seriam: A sujeição
moral de retardar o casamento, a abstenção de relações sexuais antes do casamento ou no próprio
matrimônio, e ter somente o número de filhos que pudesse sustentar.

Economista inglês que elaborou uma teoria que afirmava que a população iria crescer tanto que
seria impossível produzir alimentos suficientes para alimentar o grande número de pessoas no
planeta. Dentre suas obras, a principal foi o Princípio da População.
Para Malthus, a produção de alimentos crescia de forma aritmética, enquanto o crescimento
populacional crescia de forma alarmante. Para ele, o mundo deveria sim ter doenças, guerras,
epidemias, ele também propôs uma política de controle de natalidade para que houvesse um
equilíbrio entre produção de alimentos e população.

Teorias econômicas de Karl Max

A maior obra de Marx sobre economia política foi O Capital: Uma crítica da Economia Política.
Marx escreveu outros tratados sobre economia: Crítica da Economia Política, um de seus
primeiros trabalhos, e que foi incorporado na sua maior parte ao Capital, especialmente no
começo do volume I. As anotações de Marx na preparação do Capital foram publicadas anos
mais tarde sob o título Grundrisse.

Marx começou a sua análise do capitalismo com uma análise da mercadoria. A primeira frase do
Capital, Volume I diz: "A riqueza daquelas sociedades em que o modo de produção capitalista
prevalece, se apresenta como 'uma imensa acumulação de mercadorias'."

Sob a teoria do valor-trabalho, o valor direto de uma mercadoria se encontra somente no tempo
de trabalho socialmente necessário nela investido. Mas as mercadorias também têm um valor de
uso (isto é, a utilidade direta que se obtém delas) e um valor de troca (mais ou menos equivalente
ao seu preço de mercado, apesar de que a economia marxiana a mediria em tempo de trabalho).
Por exemplo, o uso do valor de uso de uma cenoura está em comê-la e saciar a fome, enquanto
seu valor de troca está na quantidade de ouro (cujo valor verdadeiro também está no trabalho
despendido para a sua extração) pela qual poderia ser vendida.

No entanto, os capitalistas não pagam seus trabalhadores o valor total das mercadorias que
produzem. A diferença entre o valor que um trabalhador produz e o seu salário são uma forma de
trabalho não-remunerado, conhecido por mais-valia.
Além disso, Marx nota que os mercados tendem a obscurecer as relações sociais e os processos
de produção, um fenômeno que ele chamou de fetichismo da mercadoria. Os consumidores
enxergam a mercadoria somente em termos de mercado. Ao buscar obter algo somente para ser
uma propriedade privada, seria considerado somente seu valor de troca, não seu valor-trabalho.

A economia marxista geralmente nega o trade-off de tempo por dinheiro. No ponto de vista
marxista, é o trabalho que define o valor das mercadorias. As relações de troca dependem de
que haja trabalho prévio para a determinação de preços. Os meios de produção são portanto a
base para compreender a alocação de recursos entre as classes, já que é nesta esfera que a riqueza
é produzida. A escassez de qualquer recurso físico em particular é subsidiário à questão central
das relações de poder atrelada ao monopólio dos meios de produção.

AS PROPOSTAS ECONÓMICAS DO SOCIALISMO UTÓPICO

No final do século XIX, os avanços científicos e as mudanças econômicas não alteraram


democraticamente o quadro de desigualdade social da população europeia. Diante disso, vários
teóricos elaboraram propostas e teses idealizando uma sociedade igualitária. Entre esses
pensadores que discutiram propostas de superação dos problemas sociais, destacaram-se: Saint-
Simon, Charles Fourier e Robert Owen. Eles foram chamados de Socialistas utópicos, pois
suas ideias estavam inseridas somente no campo do imaginário e dificilmente poderiam ser
concretizadas na realidade das pessoas.

A teoria do francês Saint-Simon (1760-1825) foi um exemplo claro de socialismo utópico. Na


concepção racionalista desse autor, a transformação social se daria mediante um acordo entre a
burguesia e o proletariado em que o primeiro aceitaria voluntariamente dividir uma parte de suas
propriedades para a diminuição das desigualdades sociais. Dessa forma, os representantes da
elite entrariam em acordo para o bem coletivo da sociedade e colaborariam com a mudança
social, distribuindo parte de seus bens.

Charles Fourier (1772 -1837) defendia a tese de que se devia criar uma cooperativa agrícola
financiada com dinheiro público ou particular, onde os trabalhadores realizariam suas atividades
conforme os seus interesses. Nessas cooperativas, também chamadas de falanstérios, os
indivíduos não teriam a preocupação em produzir excedentes para comercialização, mas sim o
suficiente para atender às suas necessidades. Fourier era contra o trabalho com carga horária
longa e exaustiva, como aconteceu nas fábricas durante a Revolução Industrial que produziam
em grande escala visando ao aumento do capital.

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O socialista utópico Robert Owen (1771- 1858) postulou que o mundo ideal deveria ser aquele
onde a educação dos homens estivesse em primeiro plano. Ele defendia uma harmonia nas
relações sociais na busca de alternativas para suprimir as contradições do sistema capitalista.
Uma de suas teses esteve na defesa da redução da jornada de trabalho dos operários, que não
tinham tempo para desenvolver outras habilidades a não ser aquelas relacionadas ao sistema de
produção.

Como se pôde ver, esses teóricos ambicionavam construir um modelo de sociedade ideal, sem as
contradições sociais geradas pelo sistema capitalista. O fato de esses pensadores não terem
apoiado suas teorias em métodos científicos que explicassem os meios para se alcançar esse
mundo ideal contribuiu para que eles fossem chamados de socialistas utópicos.

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