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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

LOGÍSTICA

ARIELLY DIAS DOS SANTOS

LIBERALISMO ECONÔMICO: CONCEITOS E PARADIGMAS

Bragança Paulista
2016
UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO
CAMPUS DE BRAGANÇA PAULISTA

ARIELLY DIAS DOS SANTOS

LIBERALISMO ECONÔMICO: CONCEITOS E PARADIGMAS

Trabalho acadêmico apresentado à disciplina


de Economia do curso de Logística da
Universidade São Francisco sob orientação do
Prof. Tadeu Vaz como requisito parcial para
obtenção de média semestral.

Bragança Paulista
2016
RESUMO

Este trabalho tem por objetivo contribuir com a disciplina economia, partindo do
princípio da discussão sobre o tema do liberalismo econômico e suas raízes teóricas

fundamentadas principalmente pelas ideias de Adam Smith, filósofo escocês que viveu
no século XVIII e é considerado o pai da economia moderna, e é considerado também

o mais importante teórico do liberalismo econômico. As ide ias de Adam Smith tiveram
uma grande influência na burguesia europeia do século XVIII, pois muniam de
argumento aqueles que se opunham à política econômica mercantilista promovida pelos
reis absolutistas, e servir também para o questionamento da ordem e do direito feudal.
O trabalho irá discorrer também sobre os paradigmas da corrente teórica e os reflexos
desta linha de pensamento nos dias de hoje.

Palavras-chave: Liberalismo Econômico. Economia. Adam Smith.


SUMARIO

1 RESUMO............................................................................................................................03

2 INTRODUÇÃO....................................................................................................................04

3 LIBERALISMO ECONÔMICO E CONCEITOS..........................................................05

3.1 Definição de liberalismo........................................................................................05

3.2 O liberalismo Econômico......................................................................................05

4 ADAM SMITH E A LIBERDADE ECONÔMICA........................................................05

5 O LIBERALISMO E A PAZ MUNDIAL........................................................................06

6 A POSIÇÃO SOBRE O INTERVENCIONISMO ESTATAL......................................07

7 CONCLUSÃO E RESULTADOS....................................................................................08

8 BIBLIOGRAFIA...............................................................................................................09
INTRODUÇÃO

Liberalismo Econômico e seu Surgimento

Para compreender o surgimento do pensamento liberal, é interessante citar as ideias de


François Quesnay e suas deias que permeavam o pensamento fisiocrata. Esta linha de
pensamento admitia por pressuposto que a origem das riquezas, em síntese, era proveniente da
terra e que os setores subjacentes do processo produtivo nada configuravam-se como setores
“estéreis” da geração de valor e por isso, teriam menor importância.
O liberalismo econômico de Adam Smith surgiu então como argumento de confronto a
esta ideia hegemônica na época, onde em sua obra “A Riqueza das Nações” argumenta que a
origem do valor se dá na atomização do processo produtivo pela divisão do trabalho e que a
prosperidade econômica e a acumulação de riquezas não são concebidas através da atividade
rural ou comercial, mas sim através do livre trabalho. Não menos importante conceitualmente,
a mão invisível como uma referência de coisas que acontecem como se fossem guiadas por
algo maior, quando da verdade são um conjunto de práticas de atos individualistas dos agentes
da sociedade que buscam algo melhor para si é um importante ponto da teoria do liberalismo
econômico.
As ideias do liberalismo econômico e seus princípios permeiam como forte influência
até os dias de hoje e, por isso se faz importante este estudo mais aprofundado sobre estas
ideias.
3 - O conceito de Liberalismo Econômico

3.1 Definição de Liberalismo

Liberalismo é um termo utilizado para definir um conjunto de princípios, teorias,


ideias políticas e econômicas aplicadas em uma fase distinta da vida social, política e
econômica da humanidade. Pode ainda ser definido como um conjunto de princípios que
apresenta como ponto de partida a defesa da liberdade política e econômica.
A filosofia liberal se sustenta no princípio fundamental de que, no contexto da
relação do indivíduo com o estado, a liberdade do indivíduo é o bem supremo, que, enquanto
tal, tem preponderância sobre qualquer outro que possa ser imaginado. Defender o
liberalismo, portanto, é defender a liberdade que lhe empresta o nome.

3.2 Liberalismo Econômico

O liberalismo econômico é uma ideologia baseada na organização da economia em


linhas individualistas, o que significa que o maior número de decisões possíveis deve ser
tomado por indivíduos ou agregados e não por instituições coletivas. Este conceito abrange
consigo uma série de diferentes políticas econômicas, como por exemplo a liberdade de
circulação, na economia de mercado e na propriedade privada dos meios de produção.

É importante ressaltar que nos ideais do liberalismo econômico, existem ressalvas a


serem feitas quanto ao papel do estado na sociedade. A fim de prevenir o monopólio
econômico e com a responsabilidade de prover um ambiente onde a sociedade desfrute de
bens públicos legítimos como educação e segurança.

4 – Adam Smith e a Liberdade Econômica

De Adam Smith, em sua principal obra sobre o assunto, A Riqueza das Nações,
publicada em 1776, forneceu a maioria das ideias sobre economia e liberalismo. Smith
abordou a motivação para atividade econômica, as causas dos preços e como a riqueza da
economia se distribuía, além de apontar para quais tipos de políticas o estado deveria seguir
para maximizar a sua riqueza.
Smith escreveu que, enquanto oferta, demanda, preços e concorrência, a busca
do auto interesse, ao invés do altruísmo, seria o caminho para maximizar as riquezas da
sociedade, através da produção de bens lucrativos e lucros (Mill, 1859). Isto
proporcionou uma justificativa moral para a acumulação de riqueza, que anteriormente
tinha sido visto por alguns como pecaminoso.
Sua principal ênfase era sobre o benefício do comércio interno e internacional
livre, o que ele achava que poderia aumentar a riqueza através da especialização na
produção. O governo deve ser limitado a defesa, obras públicas e da administração da
justiça, financiado pelos impostos com base no rendimento.

Economia de Smith foi realizado em prática no século XIX, com a redução de


tarifas na década de 1820, a revogação do direito previdenciário, que restringiu a
mobilidade do trabalho, em 1834, e o fim da regra da Companhia das Índias Orientais
mais Índia, em 1858

5 – O Liberalismo Econômico e a Paz Mundial

Vários liberais, incluindo Adam Smith e Richard Cobden, argumentou que a


livre troca de bens entre nações poderia levar a paz mundial. Adam Smith argumentou na
riqueza das nações que, como sociedades progrediram de caçadores-coletores para as
sociedades industriais, os despojos de guerra subiriam, mas que os custos da guerra iriam
aumentar ainda mais, fazendo guerra difícil e oneroso para os países industrializados.

“... As honras, a fama, os emolumentos de guerra, não pertence a [as classes


média e industriais]; a batalha-plain é a seara da aristocracia, regada com o sangue
das pessoas ... Enquanto o nosso comércio repousou sobre nossas dependências
estrangeiros, como foi o caso no meio do século passado ... força e da violência,
foram necessária para comandar nossos clientes para nossos fabricantes ... mas a
guerra, embora a maior de consumidores, não só produz nada em troca, mas,
abstraindo de trabalho do emprego produtivo e interromper o curso do comércio,
impede, em uma variedade de indireta formas, a criação de riqueza; e, hostilidades
deve ser continuado por uma série de anos, cada guerra empréstimo sucessiva será
sentida nas nossas áreas comerciais e de manufatura com uma pressão aumentada”.
-  Richard Cobden
“O comércio tem sido sempre o extintor de guerra, o aniquilado de preconceito, o
difusor do conhecimento. ”
-  Henry George

“Quando as mercadorias não podem atravessar as fronteiras, os exércitos


atravessam. ”
-  Frédéric Bastiat

“Em virtude de seu interesse mútuo é que a natureza unir as pessoas contra a
violência e a guerra ... o espírito de comércio não pode coexistir com a guerra, e mais
cedo ou mais tarde, esse espírito domina todos os povos. Por entre todos esses poderes ...
que pertencem a uma nação, poder financeiro pode ser a mais confiável em forçar as
nações a exercer a nobre causa da paz ... e em qualquer parte do mundo guerra ameaça
sair, eles vão tentar dirigi-lo através da mediação, tal como se foram permanentemente
delegadas para esta finalidade. ”
-  Immanuel Kant

6- A posição sobre o intervencionismo estatal

Os princípios do liberalismo econômico surgiram em contraste a realidade hegemônica dos


modos sociais de produção vigentes no século XVIII. O mercantilismo Absolutista era uma forma
de acumulação de riquezas que presava pelo controle do estado de seus meios de produção e
propriedade privada. O intervencionismo e a centralização das decisões a serem tomadas eram
alguns dos principais eixos desse modelo de economia, que desta maneira os proprietários de terra
como grandes controladores do poder e da riqueza geral.
Com o surgimento do pensamento e os princípios de respeito às liberdades individuais e da
livre iniciativa, surgiu então o posicionamento contrário à ordem social vigente. A propriedade
privada, que com o princípio da divisão do trabalho ira alocar de maneira mais eficiente os bens
escassos e produzir maiores riquezas.
7 - Conclusão e Resultados

A partir dos resultados obtidos na pesquisa sobre liberalismo econômico podemos


concluir que o liberalismo econômico é uma das mais importantes correntes teóricas pois
desempenho um papel de profunda relevância na transformação dos modos de produção e
organização social em seu período e seus contrapontos apresentam profunda relevância até os
dias de hoje, permeando inclusive como inspiração e influência entre outras correntes
filosóficas do pensamento econômico posterior.
É imprescindível ressaltar a importância da obra de Adam Smith na construção desse
conceito e na discriminação dessa linha de pensamento, pois a partir de seu lançamento é que
se inicia o processo de consolidação da linha de pensamento, com a contribuição de outros
pensadores do espectro liberal como David Ricardo e J. Mill.
8 – Bibliografia

Hudelson, R. (1999). Filosofia Política Moderna.


Mill, J. S. (1859). On Liberty. Londres: The bobs Merril.
Rosanvallon, P. (2002). O liberalismo econômico: história da idéia de mercado. São Paulo:
Editora da Universidade do Sagrado .
Smith, A. (1776). A Riqueza das Nações. Londres: William Strahan & Thomas Caldell.

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