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DIREITO
CURITIBA
2023
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SUMÁRIO:
1. INTRODUÇÃO..............................................................................................3
2. DESENVOLVIMENTO..................................................................................4
3. CONCLUSÃO..............................................................................................10
4. REFERÊNCIAS............................................................................................11
INTRODUÇÃO:
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A Escola Austríaca de Economia tem como objetivo principal defender a
liberdade econômica do cidadão, discordando veementemente da centralização da
economia nas mãos do Estado e apoiando o livre comércio. Para os pensadores
dessa escola, a vida, a liberdade e a propriedade são direitos humanos naturais que
ninguém pode contestar, já que esses são direitos estabelecidos por um poder maior
que o poder humano. Uma das principais pautas defendidas é a de que a análise
econômica deve partir da análise das necessidades humanas e das leis que
analisam a alocação de recursos escassos. Os autores ponderam que com a
liberdade econômica é que se atinge o equilíbrio de mercado, equilíbrio esse que é
benéfico tanto para o consumidor quanto para o produtor, visto que em um cenário
de livre economia ninguém sai prejudicado. Entretanto, quando o governo aumenta
impostos sobre um produto, o prejuízo aparece, uma vez que o cidadão acaba se
desinteressando pela compra. Como exemplo dessa situação, temos o caso do
Brasil em que na compra de um carro, cerca de 30 a 48% do valor pago são
impostos, o que faz com que uma grande parcela da população não possa ter
acesso a um bom veículo. Os pensadores desta escola tiveram grandes
contribuições: uniram as ciências humanas com a economia, bem como os métodos
de análise da macro e micro economia, além de realizarem uma análise subjetivo-
psicológica dos indivíduos em suas transações econômicas. A escola austríaca
surgiu para romper com vários pressupostos utilizados nas análises econômicas que
predominavam na época, como por exemplo o socialismo. A escola tem como intuito
separar análises econômicas de suas implicações morais. Explica o fato como é e
não como deveria ser. Ela descreve causas e explica as consequências. Para os
pensadores dessa escola, negócios e transações comerciais não devem estar
sujeitas a forças governamentais coercitivas, além de apoiarem o free banking, um
sistema bancário sem regulamentações e que possua o poder de emitir moeda
privada. Aqui, o agente principal para o desenvolvimento da economia é o
empreendedor ou empresário criativo. O conhecimento está sempre mudando e se
renovando, portanto, não é possível ter um conhecimento pleno acerca de tudo. A
economia tende ao equilíbrio, mas nunca existirá o equilíbrio perfeito. Também não
há separação da macro e micro economia, tudo está relacionado. Existe uma
rivalidade e concorrência constante mas não existe uma concorrência perfeita já que
não há conhecimento perfeito, as informações estão sempre mudando e o
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empreendedor está sempre transformando o ambiente. Possui uma perspectiva de
interdisciplinaridade, já que seus estudos podem ser usados além da economia,
como por exemplo no direito, na filosofia e na política. No campo da metodologia, a
escola austríaca tem base subjetiva, individualista e tem a tendência de preferir a
lógica dedutiva, já que as leis fundamentais da economia, como a lei da utilidade
marginal e a lei da oferta e demanda possuem caráter dedutivo
DESENVOLVIMENTO:
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importante dentro da filosofia e a consequência dentro das ciências humanas. Ele
defende que o primado da teoria econômica é a teoria pura, que se não tivermos a
teoria pura ao invés de apenas recortes históricos para tentar entender a economia,
não vamos poder explicar os fenômenos econômicos e o poder de previsão. Menger
tem contribuição relevante nas ciências sociais como um todo, quando analisa as
inevitáveis consequências não intencionais das ações humanas intencionais.
Desenvolveu de maneira brilhante a teoria de utilidade marginal que seria “quanto
maior o número de unidades de um bem que uma pessoa possui, menor será o valor
que ela dará para cada unidade adicional”.
Porém a contribuição que deixou Carl Menger importante no campo
econômico, foi a refutação da “teoria do valor do trabalho” feita por Adam Smith. Ele
substitui pela “Lei da utilidade marginal decrescente” que consiste que não podemos
estabelecer o preço de uma mercadoria/serviço com base na quantidade de trabalho
que empregamos, pois quando analisamos a experiência, não é isso que vemos.
Quando vamos tentar analisar a economia e explicar as leis econômicas, nós temos
que partir não apenas da estrutura social como um todo, mas entender o consumo e
satisfação das necessidades dos indivíduos, porque é ele que trabalha, produz,
consome os produtos de interesse, por isso conseguimos entender as leis do
trabalho.
Pois o valor do produto não é objetificado e estabelecido fixamente como um
todo e igual, ele é de acordo com aquilo que está na cabeça dos interessados (está
de acordo com a satisfação subjetiva dos indivíduos). Não é o trabalho que dá o
valor ao produto, e sim a utilidade percebida pelo indivíduo que tenha necessidade
deste produto, é desse modo que os preços se formam em uma economia de livre
mercado.
A Economia Marginalista foi o nome dado à nova forma de pensar sobre o
capitalismo. Esse novo pensamento teve pontos essenciais característicos, sendo
eles:
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• Economia - Indivíduo
Constante x regularidade: A economia não deve se preocupar com toda a estrutura
econômica da sociedade, e sim com a estrutura econômica do indivíduo, pois é
entendendo o indivíduo que conseguimos entender a economia e as leis
econômicas, compreender e perceber que as ações humanas não são constantes,
mas que elas possibilitam no máximo uma regularidade, ou seja, não dá para aplicar
a metodologia das outras ciências na economia, porque a economia não pode
produzir leis exatas como alguma lei natural;
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sendo “a vontade posta em movimento”, sendo assim, a busca por satisfação das
necessidades põe o homem em movimento e isso movimenta a sociedade e a
economia. Foi o responsável por sintetizar os pensamentos de Menger e de outros
autores. Para ele as ações humanas são baseadas nas próprias necessidades e é
isso que gera o movimento econômico na sociedade. Adotava uma postura de
análise ontológica (pautada na maneira que as coisas são) em decorrência da
deontológica (averiguando por meio de juízo de valor, como as coisas deveriam
ser).
Mises apontava que os socialistas causariam um desastre para a economia e
para as liberdades civis e tentou abrir os olhos da população enquanto afirmava que
ao controlar os fatores de produção, o socialismo acabava controlando a vida de
cada indivíduo. Mises tinha pavor dos nazistas já que era judeu, a favor do
capitalismo e do liberalismo econômico, questões que eles abominavam. Além de
ser julgado por ser um judeu que defendia o capitalismo, já que os outros judeus
mais conhecidos eram adeptos do socialismo. Dessa maneira, Misses era um
privatdozent, pois possuía permissão para dar aulas e ser chamado de professor
mas não recebia por isso. Em sua obra “Liberalismo: Segundo a Tradição Clássica”,
revela o funcionamento de uma sociedade liberal, fundamentos políticos essenciais
ao Liberalismo e a política externa ideal para ser adotada.
O livro “As Seis Lições” foi baseado em uma série de palestras realizadas por
Mises na Universidade de Buenos Aires, que sintetizaram os principais pontos que
acreditava.
Na primeira lição, introduziu a história do capitalismo, ponderando que ele
surgiu como uma inovação necessária que elevou a qualidade de vida de todas as
camadas sociais.
Na segunda lição, expõe falhas do sistema socialista, afirmando que as
liberdades sociais são inseparáveis da liberdade econômica, apresentou o fato de
que as pessoas poderiam até ter seus meios de comunicação restringidos ou serem
geograficamente isoladas se apresentassem ameaça a esse regime e julgou quem
mesmo depois desse argumento ser refutado diversas vezes, ainda acredite que o
Estado é capaz de solucionar todos os problemas.
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Na terceira lição, citou que “ o melhor governo é o que menos governa” e
mostrou que as tentativas do Estado de controlar preços de bens específicos,
resultam na escassez desses mesmos bens.
Na quarta lição, falou sobre a inflação, definindo-a como a expansão da base
monetária de um país que resulta em uma elevação de preços generalizada, ainda
que não homogênea e que não é natural ou inevitável e sim, fruto de uma política
premeditada para combater o desemprego no curto prazo em detrimento da
estabilidade e equidade econômica nos médio e longo prazos.
Na quinta lição, disserta sobre investimentos externos, afirmando que para
isso acontecer é necessário desenvolver políticas que atraiam capital externo,
possuir uma poupança interna e o país deve estar economicamente estável, livre de
inflação. Só há uma maneira de a nação ser próspera: com o aumento do capital e
não com a intervenção estatal.
Na última lição, cita a origem da evolução do sistema político partidário,
relacionando a política e as ideias. Cita a queda do Império Romano, em que a
inflação causada pela manipulação da moeda levou os romanos a intervir cada vez
mais na economia, principalmente controlando preços, o que gerou escassez de
produtos, inclusive de alimentos, gerando até uma migração forçada da cidade para
o campo. Para o economista, a deterioração da liberdade decorre das alterações
radicais das ideias políticas e econômicas. Mises ainda afirma que hoje é possível
evitar essa situação, já que conhecemos as consequências das ações que
resultaram na queda do Império Romano e agora basta a nós evitá-las.
Mises ponderou que somente uma sociedade livre permite mobilidade social,
tolerância e real igualdade.
Ubiratan Jorge Iorio é um dos principais representantes dessa escola no
Brasil e em seu livro “Ação, tempo e conhecimento” ponderou que é possível
sintetizar a teoria econômica da Escola Austríaca na frase: “a economia é ação
humana ao longo do tempo, nos mercados, sob condição de incerteza genuína”.
Friedrich Hayek foi ganhador de um Nobel em economia, teve mais de 130
artigos e 25 livros publicados sobre o assunto. Simpatizava com o socialismo e
achava os comentários de Mises muito radicais, mas quando Mises publicou sua
crítica ao Socialismo Hayek foi convencido em favor do livre mercado, abandonando
o Socialismo e virando aluno de Mises.
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O mundo é praticamente governado por duas correntes de pensamento: a de
Keynes e a de Hayek, que possuíam ideias muito opostas. Protagonizaram o maior
embate econômico que já existiu. Keynes era considerado um economista
progressista, que acreditava que a intervenção estatal na economia era benéfica e
essencial para impulsionar investimentos, tinha uma visão macroeconômica. Criou o
conceito de estado de bem-estar social, onde o Estado tinha o dever de ser o
provedor de uma vida digna à população, oferecendo por exemplo benefícios aos
trabalhadores como salário mínimo e seguro-desemprego, prática adotada por
muitos países até os dias de hoje. Por outro lado, Hayek defendia que a economia
deveria funcionar sem a intervenção do Estado, quem deveria ser responsável pelas
decisões econômicas são as pessoas nas suas escolhas do dia a dia, já que a
economia é dinâmica e o Estado não saberia sempre tomar as melhores decisões
para todos. Apoiava a microeconomia, pois para ele era impossível entender toda a
economia e que havia a necessidade de analisar a ação das pessoas no mercado
verificando itens como custo e valor. Países que acreditam em teorias liberais e
neoliberais adotam as idéias de Hayek e as aplicam em seus governos.
Em seu livro “O Uso do Conhecimento na Sociedade”, afirma que o
conhecimento está disperso na sociedade e cada um de nós possui uma pequena
porção dele. Sendo assim, é irracional pensar que um grupo restrito é capaz de
reunir todo esse conhecimento e conseguir tomar decisões econômicas, sociais,
culturais, em prol de toda uma sociedade, mesmo que essas pessoas sejam bem
intencionadas.
Sua obra “O caminho para servidão” é uma das mais populares e mostra
como se dá o processo de decadência de uma sociedade que adota o socialismo.
O Instituto Mises Brasil discorre que é possível resumir os fundamentos da Escola
Austríaca em: individualismo metodológico, subjetivismo, propriedade privada
(sendo a condição necessária para o pensamento econômico racional) e livre
mercado.
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CONCLUSÃO:
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Oferece, assim, uma abordagem única para a análise econômica do direito que
ressalta a importância das liberdades individuais, para o estabelecimento de
instituições jurídicas eficazes. Ele ajudou a moldar o pensamento no campo da
economia jurídica e fez importantes contribuições para a teoria econômica e políticas
públicas em todo o mundo.
Diante do exposto, é possível compreender e entender o quão importante e
revolucionária a escola austríaca de economia foi e continua sendo no mundo atual.
Referências:
https://www.brasilparalelo.com.br/artigos/escola-austriaca-de-economia
https://www.suno.com.br/artigos/escola-austriaca/
https://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/escola-austriaca-
economia.htm
https://mises.org.br/article/3341/o-que-defende-a-escola-austriaca-e-por-que-ela-nao-deve-
ser-confundida-com-libertarianismo
https://www.infoescola.com/biografias/friedrich-august-von-hayek/
https://maisretorno.com/portal/termos/e/escola-austriaca
https://andrebona.com.br/keynes-x-hayek-entenda-as-teorias-economicas-desses-dois-
pensadores/
https://www.infoescola.com/biografias/ludwig-von-mises/
https://studentsforliberty.org/brazil/blog/um-pequeno-guia-para-ludwig-von-mises/
https://www.institutoliberal.org.br/blog/resenha-as-seis-licoes/
https://www.infomoney.com.br/colunistas/ifl-instituto-de-formacao-de-lideres/as-seis-
licoes-de-mises-que-devem-ser-revisitadas-nos-dias-atuais/
https://www.youtube.com/watch?v=CRIWLOlDRl4&list=RDCMUCDdb7du-
0SpNTFLvwet1zvQ&index=1
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https://www.youtube.com/watch?v=O7wEcmhP4UM&list=RDCMUCDdb7du-
0SpNTFLvwet1zvQ&index=2
https://youtu.be/i77ZP6tnjAM
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