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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

CENTRO DE TECNOLOGIA

ENGENHARIA MECÂNICA

RESENHA CRÍTICA SOBRE A ESCOLA AUSTRÍACA.

DISCIPLINA: FUNDAMENTOS DA ECONOMIA - TK0133

NOME: Antonio Elias Pessoa Sá Cavalcante

MATRÍCULA: 496333

TURMA: 03

Fortaleza - 2023
Carl Menger é considerado o fundador da Escola Austríaca. Em sua obra
"Princípios de Economia Política", publicada em 1871, Menger desenvolveu a
teoria subjetiva do valor, argumentando que o valor de um bem é determinado
pela utilidade que os indivíduos atribuem a ele. Ele enfatizou o papel central dos
indivíduos na formação de preços e na alocação de recursos, e destacou a
importância da ação humana e das preferências subjetivas na economia. William
Stanley Jevons, um economista britânico, também contribuiu para a teoria
subjetiva do valor. Em sua obra "Teoria da Economia Política" (1871), Jevons
desenvolveu o conceito de utilidade marginal, argumentando que a utilidade de
um bem é determinada pela satisfação adicional que ele proporciona. Ele
enfatizou a importância da maximização da utilidade individual na tomada de
decisões econômicas. Léon Walras, um economista suíço, é conhecido por suas
contribuições para a teoria do equilíbrio geral. Em sua obra "Elementos de
Economia Política Pura" (1874), Walras formulou um modelo matemático para
analisar a interação entre oferta e demanda em diversos mercados. Ele
argumentou que um equilíbrio geral, no qual as demandas individuais são
igualadas às ofertas, pode ser alcançado por meio de ajustes de preços. A Escola
Austríaca se baseia nas contribuições desses pensadores e se destaca por sua
ênfase na ação humana, na teoria subjetiva do valor e na defesa da economia
de mercado e da propriedade privada. A escola argumenta que os indivíduos são
os principais agentes econômicos, tomando decisões racionais com base em
suas preferências e na busca de seus próprios interesses. A Escola Austríaca
enfatiza a importância dos direitos de propriedade como base para a
coordenação eficiente da atividade econômica. Ela critica a intervenção
governamental excessiva e defende a liberdade econômica, argumentando que
a concorrência livre e a busca do lucro promovem a eficiência e o progresso
econômico. No entanto, é importante reconhecer as limitações das ideias da
Escola Austríaca. Uma crítica comum é sua abordagem dedutiva, que se baseia
em princípios teóricos fundamentais em detrimento de análises empíricas e
dados concretos. Essa abordagem pode limitar a compreensão da complexidade
e da dinâmica da economia real. Além disso, a Escola Austríaca tende a
negligenciar as questões de distribuição de renda e desigualdade. Sua ênfase
na propriedade privada e no livre mercado pode levar a disparidades
significativas de riqueza e poder, sem uma abordagem adequada para lidar com
as consequências sociais e distributivas resultantes. Outra crítica é a ênfase
exagerada na ação individual e a falta de consideração pelos aspectos coletivos
e estruturais da economia. A Escola Austríaca pode negligenciar questões como
externalidades negativas, falhas de mercado e a necessidade de bens públicos.
Além disso, algumas das ideias da Escola Austríaca foram contestadas e
refinadas por outras correntes do pensamento econômico ao longo dos anos.
Por exemplo, a teoria do valor subjetivo foi complementada pela teoria dos
custos de produção e pela teoria da demanda derivada. Também foram
desenvolvidas abordagens mais abrangentes para lidar com questões de falhas
de mercado, estabilidade macroeconômica e políticas de bem-estar social. Em
resumo, a Escola Austríaca de Economia contribuiu com importantes ideias
econômicas, como a teoria subjetiva do valor, a ênfase na ação humana e a
defesa da economia de mercado e da propriedade privada. No entanto, é
necessário considerar suas limitações, como a abordagem dedutiva, a falta de
consideração pelos aspectos coletivos da economia e as questões de
distribuição de renda e desigualdade. É importante buscar uma abordagem mais
abrangente e atualizada para entender a complexidade das relações
econômicas e sociais.

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