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FACULDADE DE ECONOMIA DO HUAMBO

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DISCIPLINA: INTRODUÇÃO À ECONOMIA I

1º ANO / MANHÃ

Huambo / Angola
2019
TEMA 1 – PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE
ECONOMIA

1.1 - A evolução do pensamento económico

É com a compreensão do pensamento


económico que compreenderemos os
conceitos económicos e a interpretação
de gráficos. Tendo iniciado na Grécia,
com Sólon, Xenofonte, Plantão e
Aristóteles.
Na Historia do pensamento económico,
destacamos, alguns pensamentos, assim como
algumas escolas do pensamento económico:
- Pensamento medieval, o Mercantilismo, os
Fisiocratas, o pensamento clássico, o
pensamento neoclássico, pensamento
Keynesiano, o pensamento liberal e o
pensamento marxista.
- Escolásticos medievais: pensamento escolástico da
idade média para salvaguardar toda a cristandade.
Guardiãs dos valores espirituais e morais da
cristandade. Preço justo ou a condenação do juro
como fonte de rendimento
Pensamento Mercantilista: defensores das
práticas económicas desenvolvidas na Europa na
Idade Moderna, entre o século XV e o final do
século XVIII. O mercantilismo originou um
conjunto de medidas económicas diversas de
acordo com os Estados. Caracterizou-se por uma
forte intervenção do Estado na economia.
Consistiu numa série de medidas tendentes a
unificar o mercado interno e teve como finalidade
a formação de fortes Estados-nacionais.
Fisiocratas: A fisiocracia surgiu no século XVIII e
é uma teoria económica que surgiu para se opor
ao mercantilismo. A fisiocracia se baseia na
afirmação de que toda a riqueza era
proveniente da agricultura. O idealizador da
teoria foi François Quesnay.
Socialistas: (Owen, Marx…): refere-se a qualquer
uma das várias teorias de organização
económica, advogando a administração, e a
propriedade pública ou colectiva dos meios de
produção, e distribuição de bens e de uma
sociedade caracterizada pela igualdade de
oportunidades/meios para todos os indivíduos,
com um método igualitário de compensação.
Escola Clássica: é o nome dado à primeira escola
moderna de pensamento económico. É geralmente
aceite que o marco inaugural do pensamento
económico clássico seja a obra A Riqueza das
Nações, do escocês Adam Smith. Seus conceitos
giram em torno da noção básica de que os
mercados tendem a encontrar um equilíbrio
económico a longo prazo, ajustando-se a
determinadas mudanças no cenário económico:
Adam Smith, Jean-Baptiste Say, Thomas Malthus,
David Ricardo, John Stuart Mill, Johann Heinrich
von Thünen e Anne Robert Jacques Turgot.
Analisando os salários e a inflação, abordou a
repartição dos rendimentos e a formação dos
preços, tendo ainda desenvolvido a teoria da mão
invisível, reconhecendo o mercado como
mecanismo coordenador da economia..
Escola Neoclássica : (Walras, Marshal…): é uma
expressão genérica utilizada para designar diversas
correntes do pensamento económico que estudam
a formação dos preços, a produção e a distribuição
da renda através do mecanismo de oferta e
demanda dos mercados. Essas correntes surgem no
fim do século XIX, com o austríaco Carl Menger
(1840-1921), o inglês William Stanley Jevons (1835-
1882) e o suíço Léon Walras (1834-1910).
Posteriormente, destacaram-se o inglês Alfred
Marshall (1842-1924), o sueco Knut Wicksell (1851-
1926), o italiano Vilfredo Pareto (1848-1923) e
Irving Fisher(1867-1947).
Escola Keynesiana: é a teoria económica
consolidada pelo economista Inglês John Maynard
Keynes em seu livro Teoria geral do emprego, do juro
e da moeda (General theory of employment, interest
and money) e que consiste numa organização
político-económica, oposta às concepções liberais,
fundamentada na afirmação do Estado como
agente indispensável de controlo da economia,
com objectivo de conduzir a um sistema de pleno
emprego. Tais teorias tiveram uma enorme
influência na renovação das teorias clássicas e na
reformulação da política de livre mercado.
No século XIX, Karl Marx fez a critica mais
influente à economia de mercado e a
ciência económica, ao defender que esta
forma de organização é uma autêntica
exploração do Homem para o Homem.
Marx, defendia que toda a riqueza era
produzida pelo trabalho humano e que os
donos do capital se limitavam a apropriar-
se da riqueza produzida pelos
trabalhadores, afirmando ainda que;
capitalismo apresenta muitas deficiências,
pelo que deve ser substituído, por um
sistema mais justo, mais eficiente e mais
equitativo.
O pensamento de Marx, veio a ser criticado
pelos neoclássicos Bom-Bawerk, Ludwig
Von Mises, Friedrich Hayek e outros, que
dominaram a década de 30 do século XX. A
decadência da economia clássica fez surgir
a economia neoclássica, que se debruçou
sobre as politicas governamentais, no
âmbito da economia do bem-estar, e
aplicou o marginalismo à economia. As
escolas de Viena e Lausana foram outros
grandes centros do marginalismo.
Os economistas liberalistas da escola de
Chicago (Milton Friedman, Hayek, Knight,
Stigler e Gary Becker) referem o papel do
indivíduo na economia e no mercado, e
defendem o papel reduzido do estado. São
os novos defensores do laissez-faire.
Pensam que o estado não deve interferir
em certos domínios como a assistência
social as classes sociais necessitadas, a
prevenção rodoviária, o auxilio a doentes
com Sida, etc. Milton Friedman, no seu
livro Capitalismo e Liberdade de 1962,
crítica os programas dos governos por
interferirem na liberdade individual e não
serem eficazes
Os macroeconomistas dos mercados livres,
muito ligados à escola de Chicago, fundam
um grupo, em 1970, onde se destacam
Robert Lucas e Thomas Sargent,
concordam com as ideias da escola de
Chicago sobre a limitação do papel do
Estado e defendem que a liberdade pessoal
promoverá o crescimento económico.

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