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ESCOLAS DO PENSAMENTO ECONÔMICO

MERCANTILISMO: Mercantilismo foi um tipo de arranjo econômico predominante entre os


séculos XV e XVIII. Ou seja, entre o fim do feudalismo e a ascensão do capitalismo. Com o
nascimento dos Estados Modernos, a burguesia assumiu maior poder político e social.
Desta forma, a nobreza perdeu a capacidade de intervenção e o Estado (rei) tomou maior
controle das movimentações econômicas, Assim, nessa escola, o Estado intervia na
economia.
● Características principais: metalismo (quanto mais metais preciosos acumulados
por um povo, mais rico ele é), balança comercial favorável (no fim, vender mais do
que comprar), protecionismo alfandegário (nações estrangeiras pagavam impostos)
● Colbertismo: pregava um investimento massivo em manufaturas. Com os produtos
desenvolvidos, haveria comercialização com os outros países e, consequentemente,
maior quantidade de moeda estrangeira adentrava o território francês — o que, para
eles, representava o potencial econômico do Estado.

FISIOCRACIA: Oriunda dos ideais iluministas, a escola fisiocrata era lastreada por uma
doutrina naturalista e foi uma das primeiras do pensamento econômico. Liderada por
François Quesnay, nela a terra e tudo que viesse da natureza era o ponto principal para
explicar os fenômenos econômicos. Assim, se o cenário social e econômico se mostrava
em crise, era porque seus governantes não interpretaram corretamente as leis naturais e
estavam agindo em desconformidade com ela. Além disso, a verdadeira fonte de valor e de
riqueza estava na agricultura, a indústria era um empreendimento em si mesmo estéril.
● Característica principais: ordem natural, centralidade na agricultura, propriedade
privada (se o cidadão consegue algo por meio de trabalho, então é um direito dele
possuir aquilo e fazer daquilo sua propriedade), despotismo esclarecido (defendia a
manutenção da monarquia)
● Laissez faire: se cada indivíduo deve possuir aquilo que é fruto de seu trabalho e
existem leis naturais que guiam a economia, o governo deveria simplesmente
“deixar acontecer” (laissez faire). Ou seja, o Estado deveria reduzir sua intervenção
nos aspectos econômicos.
● Fisiocracia x Liberalismo: Por outro lado, a fisiocracia era conservadora quanto ao
sistema político vigente na França da época: a monarquia. A necessidade de haver
um despotismo esclarecido que guiasse as pessoas não faz parte da corrente do
-liberalismo clássico.
É importante frisar, contudo, que conceitos importantes de Adam Smith – o “pai do
liberalismo” – como “preço natural” foram antecipados por Quesnay com a noção de
“preço fundamental”. Consequentemente, é possível que ambas as vertentes
dialoguem em alguma medida.

CLÁSSICA: Nessa escola, o precursor foi Adam Smith. Adam baseou-se no liberalismo
econômico ora desenvolvido por Quesnay em seu pensamento fisiocrata. A Escola Clássica
defende a concorrência que impulsiona o mercado e consequentemente faz girar a
economia.Todo o contexto da escola clássica está sendo influenciado pela Revolução
Industrial.
● Características principais: Busca no equilíbrio do mercado (oferta e demanda) via
ajuste de preços, não-intervenção estatal na atividade econômica, prevalecendo a
atuação da ordem natural e a satisfação das necessidades humanas através da
divisão do trabalho, que por sua vez aloca a força de trabalho em várias linhas de
emprego.
Sua preocupação fundamental era a de elevar o nível de vida de todo o povo.36

Marxismo: O precursor dessa escola é Karl Marx. O reconhecimento da exploração


sofrida pelo proletariado e causada pela burguesia, a classe que detém os meios de
produção, foi o principal ponto de partida da análise marxista da sociedade. Marx construiu,
então, um movimento de reação ao liberalismo, principalmente pela consideração do
trabalho como mercadoria e, portanto, sujeito às leis do mercado. Ele pretendia substituir a
ordem individual pela ordem coletiva, fundamentada na propriedade coletivizada dos meios
de produção. Essa escola pretendia corrigir as desigualdades econômicas, dentro de
formulações igualitárias, em função das necessidades comuns.
● Principais características e críticas: Proibição da propriedade privada, apenas o
trabalho dava valor às mercadorias, ou seja, o lucro não advinha das trocas como no
Liberalismo, mas sim na produção, na mão de obra do proletariado.
● Mais-valia: o proletariado recebe um salário menor do que o valor das mercadorias
produzidas por ele.
● Superestrutura: Estado e sistema jurídico capitalista. Ela comanda a infraestrututa.
● Infraestrutura: mídia e religião que criam ideologias para manter o proletariado
conformado com a sua exploração.

Keynesianismo: O precursor dessa escola é John Keynes. Essa escola surge como uma
alternativa à escola clássica liberal. Teve o holofote sobre a crise de 29, a chamada Grande
Depressão, onde ocorreu uma superprodução e concessão de créditos indevidos, gerando
uma crise nos Estados Unidos.
● Características principais: redução da taxa de juros a fim de controlar a inflação,
arrecadação de impostos, políticas de criação de empregos, estabilidade a curto
prazo, gastos públicos sociais (ex: Auxílio Emergencial).
● O Estado deveria intervir quando o setor privado não atendia as necessidades. Não
era totalmente a favor da estatização e por isso discorda da teoria Marxista.
● O pensamento Keynesiano foi utilizado pelo presidente Roosevelt para tentar
minimizar a crise de 29. Assim, ele criou o plano New Deal. O plano visava a
intervenção estatal, controle na emissão de valores monetários, investimentos na
indústria e políticas de criação de empregos.

Neoliberalismo: Surge nos anos 70. Teve Margareth Thatcher como uma ávida
defensora. Muitos países estavam endividados pois não conseguiam manter a economia
Keynesiana (devido aos altos gastos). O endividamento aumentou com a crise do petróleo e
o toyotismo (produção sob demanda). Foi criado então o Consenso de Washington para
ajudar financeiramente os países endividados, contudo, os países precisavam seguir
condições como: Fortalecer setores econômicos que tivessem mais retorno financeiro ao
invés de gastos públicos como no Keynesianismo e diminuir as barreiras fiscais, a fim de
impulsionar o livre comércio.
● Características principais: Privatização estatal, livre concorrência, Estado mínimo.

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