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ILUMUNISMO
Contextualização histórica
Os principais filósofos deste movimento foram Locke, Voltaire, Rousseau e Montesquieu. Foi
através da Enciclopédia francesa e de outras publicações periódicas e, ainda, nos salões, clubes,
cafés que se difundiram as novas ideias.
O Antigo Regime
Falar do Antigo Regime é necessário falarmos de três pilares fundamentais:
Perfil Político – Monarquia absoluta
Perfil Econômico – Capitalismo comercial, e o mercantilismo
Perfil Social – Sociedade de ordens
Perfil político
Monarquia absoluta
Obs: Era o Rei quem decidia pessoalmente sobre as medidas de governação, apoiado por
ministros de confiança escolhidos em geral pela burguesia.
Perfil Econômico
Capitalismo comercial, e o mercantilismo
Empenho em mostrar a grandeza de Estado não só perante aos súbditos como também aos
países estrangeiros – adotaram medidas mercantilistas para aumentar a riqueza nacional, que
consistia no seu enriquecimento através da maior acumulação possível de metais preciosos.
Obs: Para o conseguir, foi através das trocas comerciais com o estrangeiro – favoreciam a
produção e exportação e limitavam a importação de produtos para garantir um saldo positivo
da balança comercial.
Falência mercantilista
Devido a elevada concorrência mercantil e a pressão marcada pelos interesses, muitos dos
países europeus tiveram que aliar-se as potências capitalistas da época (Ex: Portugal em
Aliança com a Inglaterra – Tratado de Methuen) para que não caíssem em prejuízo e
consequente Crise econômica- segundo (Diniz, Tavares, & Caldeira, 2006, p. 106)
Perfil Social
Sécs. XV E XVIII – estruturou-se em alguns países da Europa um modelo de sociedade a que os
historiadores chamaram Sociedade de ordens.
O povo, também designado Terceiro Estado, constituía á maioria da população mas não tinha
quaisquer privilégios. O Povo apenas tinha obrigações para com outras ordens e era ele que
assegurava as atividades produtivas da nação.
O saber científico era divulgado pelo grande auxílio da imprensa (livros jornais), sobre o qual
levou o surgimento de um outro meio de divulgar o conhecimento: as academias – surgimento
de associações de cientistas, escritores, de artistas interessados no progresso cultural.
Resistência as inovações
Todas as inovações científicas e até mesmo filosóficas foram resistidas por parte da Igreja. As
novas propostas filosóficas ou científicas eram geralmente olhadas com desconfiança pela
inquisição, que submetia a um regime que receava que as ideias inovadoras conduzissem os
crentes á dúvida religiosa e á contestação da autoridade. (Diniz, Tavares, & Caldeira, 2006, p.
122)
Obs: foi neste contexto de grandes incertezas e de emancipação de intelectuais que surge um
novo movimento cultural assente na crença das capacidades dos homens esclarecidos pelas
luzes da razão e do saber.
«As ideias iluministas ganharam rapidamente adeptos. Para a sua difusão muito contribuiu,
entre outras obras, a Enciclopédia principalmente, alargando-se também aos jornais, que
nessa altura, começavam a circular com maior frequência e constituíram um poderoso veículo
para a formação da opinião pública». (Diniz, Tavares, & Caldeira, 2006, p. 130)
O iluminismo na Europa
- A crença na Razão e no progresso
Caraterísticas do Iluminismo
Para os iluministas a economia deveria ser orientada pelo liberalismo, ou seja, o Estado não
deveria regular a economia, pois próprio mercado era capaz de fazê-lo. “Mão Invisível”
autorregulação do mercado – manter os preços competitivos, sem interferência do Estado.
Contudo, o liberalismo era uma ideia contrária do mercantilismo que vigorava no Antigo Regime.
O mercantilismo afirmava que o Estado deveria intervir na economia com regulamentos como
por exemplo fixar os preços.
As ideias iluministas expandiram de tal modo que muitos dos governantes buscaram implantar
certas medidas ilustradas para modernizar seus Estados. No entanto isso acontecia sem que os
monarcas abdicassem seu poder absoluto, deste modo, foram chamados de déspotas
esclarecidos, no qual muitos destes soberanos manifestaram as ideias iluministas da seguinte
forma:
Conclusão
Depois de uma apresentação das caraterísticas do antigo regime que na íntegra
reiterava um ambiente de ordens, centralizadas num poder individualista, por
consequência trouxe um ambiente bastante competitivo entre os povos da Europa, em
aspetos essencialmente econômico, sobre qual se mantiveram sobre ordem de
acumulação de riquezas pelo mercantilismo, onde na época era medida a riqueza do
povo, pelos bens materiais e preciosos no qual o Rei dispunha.
Foi neste ambiente de bastante competitividade e ambiguidade que emergiu sucessivos
casos de injustiças devido a centralização total de poder dos diversos campos sociais
numa só pessoa, ou seja, a Europa encontrava-se sob uma condição em que todos
deveriam obedecer os desejos e os objetivos preconizados pelo Rei, e as necessidades e
os desafios sociais acabavam por ser esquecidos devido ao excessivo sistema de
competitividade e acumulação de capitais.
Durante o século XV á XVIII, houve muitas inovações científicas e filosóficas, que com
ajuda da imprensa criada na época, as ideias e os raciocínios científicos passaram a se
expandir em letras por toda parte da Europa, que por consequência levou a formação
de academias, sobre o qual emergiu um novo grupo de intelectuais denominados
iluministas.
Essa caraterização deve-se a consagração histórica, justificando-se pelos ideais
conceitos ou critérios socias, políticos e económicos defendidos por esta elite cultural.
A história fez distinção entre, o século obscuro e o século da luzes com as ideias
iluministas.
As ideias iluministas resolveram muitos dos problemas considerados desumanos, pelo
surgimento de grandes movimentos que fizeram adesão a essas ideias, e foram se
expandindo gradualmente devido a grandes resistências, e traduziu-se em uma nova
mentalidade humana, no qual poderíamos caraterizá-la com sendo aberta, Humana,
crítica/Racional, moral e disciplinar.
É muito importante falar deste movimento cultural, porque das ideias defendidas pelos
filósofos iluministas, hoje podemos afirmar que o mundo sob o ponto de vista geral, vive
sob um conceito político, económico, e até em alguns casos sociais que por ser ideal e
justo perante a vida de todos, é adotado até então. Contudo, esta revolução filosófica
contribuiu grandiosamente ao progresso da humanidade em todos os aspetos,
considerados filosóficos, morais, espirituais e sociais, centralizado sob uma única forma
de pensamento científico, a razão. A razão foi então o elemento primordial para se
desprender das ideologias religiosas e da sociedade de ordens da época, em prol da
defesa de princípios liberais em todos os campos da vida do homem. O progresso estará
agora na forma como o Homem utiliza o seu livre arbítrio.
Bibliografia
8, O. c. (2006). O Antigo Regime português na primeira metade do século XVIII. Porto: Porto
Editora.
Neves, P. A., Maia, C., & Baptista, D. (2006). O clube de História 8. Porto: Porto Editora.