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Universidade Federal do Maranhão- UFMA

Disciplina: Economia Internacional I

Visão Mercantilista

O Mercantilismo, segundo Gonçalves et al (1998) era um conjunto de doutrinas


de política econômica que acompanharam a consolidação do absolutismo e
dos primeiros estados nações europeus.

O Mercantilismo  ocorreu do Século XV a meados do século XVIII e foi o


conjunto de ideias e práticas econômicas, desenvolvidas na Europa durante a
Idade Moderna. Segundo o mercantilismo, a fonte de riqueza de uma nação se
baseava no comércio com o mercado exterior e no acúmulo de metais
preciosos.

O mercantilismo apresentou alguns elementos comuns nos diferentes países


em que foi aplicado. Os reis, com o apoio da burguesia mercantil, foram
assumindo o controle da economia nacional, visando fortalecer ainda mais o
poder central e obter os recursos necessários para expandir o comércio. Dessa
forma, o controle estatal da economia tornou-se a base do mercantilismo.

Eles possuíam a ideia de que a riqueza de uma nação estava associada a sua
capacidade de exportar mais do que importar. E para que as exportações
superassem sempre as importações (superávit), era necessário que o Estado
se ocupasse com o aumento da produção e na busca de mercados externos
para a venda dos seus produtos.

Os governos, interessados numa rápida acumulação de capital, estabeleceram


monopólio sobre as atividades mercantis e manufatureiras, tanto na metrópole
como nas colônias. Donos do monopólio, o Estado concedia à burguesia,
através das Companhias de Comércio, o direito de explorar o comércio de
pessoas escravizadas, a venda de produtos agrícolas, etc.

A burguesia, favorecida pela concessão exclusiva, comprava pelo preço mais


baixo o que os colonos produziam e vendiam pelo preço mais alto tudo o que
os colonos necessitavam. Dessa forma, a economia colonial funcionava como
um complemento da economia da metrópole.

O mercantilismo começou a surgir na Baixa Idade Média (X a XV), época em


que teve início o processo de formação das monarquias nacionais. Porém, foi
somente na Idade Moderna (XV a XVIII) que ele se firmou como política
econômica nacional e atingiu o seu desenvolvimento.

Ao passo que as monarquias europeias foram se firmando como Estados


modernos, os reis recebiam o apoio da burguesia comercial, que buscava a
expansão do comércio para fora das fronteiras do país. Além disso, o Estado
lhe concedia o monopólio das atividades mercantis e defendia o comércio
nacional e colonial da interferência de grupos estrangeiros.

Teoria Clássica

A Teoria Econômica Clássica foi muita influenciada por duas revoluções


que ocorreram entre os séculos XVII e XVIII, a saber: A Revolução Cientifica
que teve como precursor Isaac Newton (1642–1727) que, dentre outras coisas,
apresentou uma visão estática do universo em que os corpos sempre
tenderiam ao equilíbrio. Outra revolução importante que ocorreu paralelamente
ao advento da Teoria Econômica Clássica foi a Revolução Industrial no século
XVIII, com ênfase na produção industrial, como fator indutor do crescimento
econômico.

Atribui-se a origem do liberalismo político ao filósofo inglês John Locke e o


liberalismo econômico a Adam Smith. Como contratualista Locke defende em
sua obra Segundo Tratado sobre o Governo Civil que o Estado existe a partir
de um contrato social e este contrato tem como objetivo proteger as liberdades
fundamentais que são: a vida, a propriedade e a própria liberdade. Ao Estado
cabe a intervenção nas liberdades fundamentais apenas para garantir aos
indivíduos tais liberdades.

Adam Smith (1723–1790) foi considerado o fundador da escola clássica, no


ano de 1776 ele lançou sua obra prima, o livro “A Riqueza das Nações:
Investigação sobre sua natureza e suas causas”. O livro retrata os principais
fatos que levam as nações à riqueza, ou seja, como as nações poderiam se
desenvolver economicamente em bases capitalistas.

Analisando a economia de seu tempo Adam Smith distingue três grandes


causas do enriquecimento da nação: a divisão do trabalho, o acumulo do
capital e o tamanho do mercado. A divisão do trabalho consiste em uma
repartição sempre mais especializada do processo de produção, de modo que
cada trabalhador pode tornar-se especialista da etapa da produção à qual está
vinculado, aumentando, portanto, a eficácia de seu trabalho e sua
produtividade.

Em seu livro, ele criticava duramente o Mercantilismo que criava entraves para
o comércio entre as nações, pois entendia que os países poderiam enriquecer-
se através da parceria comercial, ou seja, defendia o livre comércio em âmbito
internacional. Em sua visão, o governo deveria ser mínimo e se preocupar,
sobretudo, em defender o exercício da livre concorrência, pois acreditava que o
mercado alocaria de maneira eficiente os recursos, induzindo o progresso
econômico.

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