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ESCOLA SECUNDÁRIA DE

MAGOANINE

Mercantilismo
Fisiocantilismo

Disciplina: História
9a Classe Turma 9

Discente: Camilo António Tivane no49

Maputo, Abril de 2023

Introdução

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O mercantilismo originou um conjunto de medidas econômicas diversas de acordo com
os Estados. Caracterizou-se por uma forte intervenção do Estado na economia.
Consistiu numa série de medidas tendentes a unificar o mercado interno e teve como
finalidade a formação de fortes Estados-nacionais. Por outro lado um grupo de
economistas franceses do século XVIII, que acreditavam que a riqueza das nações era
derivada unicamente do valor de "terras agrícolas" ou do "desenvolvimento da terra" e
que produtos agrícolas deveriam ter preços elevados formavam a fisiocracia.

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1. Mercantilismo
1.1. Definição

Mercantilismo é um conjunto de práticas econômicas desenvolvido na Europa na Idade


Moderna, entre o século XV e o final do século XVIII.

1.2. Origem

Segundo William Holman Hunt, o mercantilismo originou-se no período em que a


Europa estava a passar por uma grave escassez de ouro e prata, não tendo, portanto,
dinheiro suficiente para atender ao volume crescente do comércio.

1.3. Caracteristicas

As políticas mercantilistas partilhavam a crença de que a riqueza de uma nação residia


na acumulação de metais preciosos (ouro e prata), advogando que estes se atrairiam
através do incremento das exportações e da restrição das importações (procura de uma
balança comercial favorável). Essa crença é conhecida como bulionismo ou metalismo.

O Estado desempenha um papel intervencionista na economia, implantando novas


indústrias protegidas pelo aumento dos direitos alfandegários sobre as importações,
protecionismo, controlando os consumos internos de determinados produtos,
melhorando as infraestruturas e promovendo a colonização de novos territórios
(monopólio), entendidos como forma de garantir o acesso a matérias-primas e o
escoamento de produtos manufaturados. A forte regulamentação da economia pelo
mercantilismo será contestada na segunda metade do século XVIII por François
Quesnay e pelo movimento dos fisiocratas.

O mercantilismo é um conjunto de ideias econômicas que considera a prosperidade de


uma nação ou Estado dependente do capital que possa ter. Os pensadores mercantilistas
preconizam o desenvolvimento econômico por meio do enriquecimento das nações
graças ao comércio exterior, o que permite encontrar saída aos excedentes da produção.
O Estado adquire um papel primordial no desenvolvimento da riqueza nacional, ao
adotar políticas protecionistas, e em particular estabelecendo barreiras tarifárias e
medidas de apoio à exportação.

1.4. Princípios
 Incentivos às manufaturas- O governo estimulava o desenvolvimento de
manufaturas em seus territórios.
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 Protecionismo alfandegário- O governo de uma nação deve aplicar uma
política protecionista sobre a sua economia, favorecendo a exportação e
desfavorecendo a importação, sobretudo mediante a imposição de tarifas
alfandegárias.
 Balança comercial favorável- O esforço era para exportar mais do que
importar, desta forma os ingressos de moeda seriam superiores às saídas,
deixando em boa situação financeira.
 Soma zero- Acredita que o volume global do comércio mundial é inalterável.
 Colônias de exploração- A riqueza de um país está diretamente ligada à
quantidade de colônias de que dispunha para exploração. O mercantilismo
indiretamente impulsionou muitas das guerras europeias do período e serviu
como causa e fundamento do imperialismo europeu, dado que as grandes
potências da Europa lutavam pelo controlo dos mercados disponíveis no mundo.

2. Fisiocracia
2.1. Conceito

Fisiocracia (do grego "Governo da Natureza") é uma teoria econômica desenvolvida


por um grupo de economistas franceses do século XVIII, que acreditavam que a riqueza
das nações era derivada unicamente do valor de "terras agrícolas" ou do
"desenvolvimento da terra" e que produtos agrícolas deveriam ter preços elevados (já
que para eles a agricultura tinha um valor muito grande)

2.2. Origem

Suas teorias surgiram na França e foram mais populares durante a segunda metade do
século XVIII. A fisiocracia talvez seja a primeira teoria bem desenvolvida da economia.

2.3. Defensores

A fisiocracia foi formada por filósofos, negociantes, médicos, editores e intelectuais


franceses que, sobretudo durante a década de 1760, buscavam realizar um sistema de
filosofia fundado na noção de ordem natural e no jusnaturalismo (a existência de leis
naturais)

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O movimento foi liderado por François Quesnay (1694-1774), mas contava com
figuras importantes como Victor Riquetti de Mirabeau, Anne Robert Jacques
Turgot, Nicolas Baudeau, Pierre Samuel Du Pont de Nemours e Le Mercier de la
Rivière. Esse movimento imediatamente precedeu a primeira escola moderna, a
economia clássica, que se iniciou com a publicação do livro de Adam Smith, A Riqueza
das Nações, em 1776.

2.4. Caracteristicas

A contribuição mais significativa dos fisiocratas era a sua ênfase no trabalho produtivo
como fonte de riqueza nacional. Esse pensamento é contrastante em relação ao das
escolas anteriores, em particular o mercantilismo, que muitas vezes focava na riqueza
do governante, no acúmulo de ouro, ou no saldo da balança comercial. Enquanto a
escola Mercantilista de economia dizia que o valor dos produtos da sociedade era criado
seu ponto de venda, com o vendedor vendendo seus produtos por mais dinheiro do que
estes tinham "originalmente" valido, a escola Fisiocrática de economia foi a primeira a
ver o trabalho como a única fonte de valor. No entanto, para os fisiocratas, apenas o
trabalho agrícola criava este valor nos produtos da sociedade. Todo o trabalho
"industrial" e não agrícola eram "apêndices improdutivos" para o trabalho agrícola.

3. Resumo

O pensamento mercantilista pode ser sintetizado através das nove regras de Von
Hornick

1. Que cada polegada do chão de um país seja utilizada para a agricultura, a


mineração ou as manufaturas;

2. Todas as matérias que se encontrem num país sejam utilizadas nas manufaturas
nacionais, porque os bens acabados têm um valor maior que as matérias-primas;

3. Que seja fomentada uma população grande e trabalhadora;

4. Que sejam proibidas todas as exportações de ouro e prata e que todo o dinheiro
nacional seja mantido em circulação;

5. Que seja obstaculizado tanto quanto for possível todas as importações de bens
estrangeiros;

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6. Que onde sejam indispensáveis determinadas importações devam ser obtidas de
primeira mão, em troca de outros bens nacionais, e não de ouro e prata;

7. Que na medida em que for possível, as importações sejam limitadas às primeiras


matérias que possam acabar-se no país;

8. Que sejam procuradas constantemente as oportunidades para vender o excedente


de manufaturas de um país aos estrangeiros, na medida necessária, em troca de
ouro e prata;

9. Que não seja permitida nenhuma importação se os bens que se importam


existissem suficiente e adequadamente no país.

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Bibliografia

HUNT, E. K.. História do pensamento econômico; tradução de José Ricardo Brandão


Azevedo. 7a. edição - Rio de Janeiro : Campus, 1989

COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral. São Paulo: Saraiva, 2002. ISBN 85-
02-04026-X.

COUTINHO, Mauricio Chalfin. Lições de economia politica clássica. Campinas:


Unicamp, 1993. ISBN 978-85-26802-60-5

KUNTZ, Rolf. Capitalismo e natureza. Ensaio sobre os fundadores da economia


política. São Paulo: Brasiliense, 1982.

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