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• França não tinha acesso direto aos metais preciosos encontrados no novo mundo.
Convinha, assim, desenvolver relações económicas que atraíssem para o seu
território os metais preciosos que não tinha acesso.
• Assim se pode concluir que, datam desta época a criação das grandes indústrias de
produtos de luxo que ainda hoje caracterizam a economia francesa. Estas indústrias
de bens de luxo correspondem a sedas, tapeçarias, porcelanas, perfumes. Pela
exportação desses artigos, França obtinha, então, os pretendidos metais preciosos.
Mercantilismo em Portugal:
O Mercantilismo em Portugal conheceu duas principais fases:
1. Entre a descoberta do caminho marítimo para a Índia e a perda da independência,
com o predomínio de um mercantilismo comercial e marítimo.
• O comércio de produtos do Oriente praticado por Portugal afetou a posição
comercial das cidades italianas pois o custo do transporte marítimo de tais
produtos era cerca de 1/5 do custo do transporte terrestre.
2. O Mercantilismo Industrial: foi descoberto ouro no Brasil. Este ouro veio permitir o
renascimento económico após a crise da dominação filipina que, entre outras
consequências, implicou a perda da hegemonia portuguesa no comércio
internacional para os holandeses.
2. O Estado não deve intervir na economia, pois tal intervenção será sempre
perturbadora da ordem natural. As únicas tarefas que deviam caber ao Estado
seriam a defesa do território e a administração da justiça.
1. A classe produtiva seria constituída apenas por aqueles que cultivavam a terra
porque desta provinha toda a riqueza.
2. A classe dos proprietários seria constituída pelos donos das terras e dos outros
bens de produção.
Críticas á fisiocracia:
• tem uma visão puramente materialista da riqueza: o comercio e a indústria não
são estéreis pois aumentam a riqueza nacional
• comete um erro semelhante aquele que apontou ao mercantilismo ao
sobrevalorizar a agricultura
• Para Adam Smith, é a mão invisível que assegura o equilíbrio e o bem-estar coletivo.
Este equilíbrio resulta naturalmente da livre concorrência entre os agentes
económicos no mercado.
Desta forma, o modelo económico liberal repousa em dois grandes princípios:
1. Liberdade da empresa, isto é, liberdade de iniciativa privada, sendo permitido a
qualquer um dedicar-se à atividade económica que melhor lhe aprouver.
2. Liberdade de concorrência: a liberdade de ação dos sujeitos económicos é uma
condição indispensável para o progresso social.
2. O estado não deve também intervir no mercado dos bens e serviços pois a sua
ação teria por consequência quebrar o equilíbrio do mercado impedindo que o
preço correte se aproximasse do preço natural, causando assim prejuízos
• Defesa nacional
• Administração da justiça
• Infraestruturas indispensáveis ao funcionamento da economia
O estado deveria, ainda, acertar as despesas públicas nos impostos. Quanto aos
impostos anunciou quatro regras:
1. Regra da justiça: cada um deve contribuir para o Estado na proporção das suas
possibilidades.
2. Regra da certeza: o montante do imposto deve ser claramente definido de modo a
não deixar margem para dúvidas ou para critérios menos transparentes.
3. Regra da comodidade: o imposto deve ser cobrado nas épocas e pelos meios mais
convenientes para os contribuintes.
4. Regra da economia: o imposto absorverá a menor parcela possível do património do
contribuinte.
• Enquanto os fisiocratas atribuíram posição cimeira ao fator de produção terra,
para Adam Smith o fator produtivo dominante é o trabalho.
• Um país rico quanto maior for a produtividade da sua força de trabalho e não por
motivos relacionados com acumulação de metais preciosos, como erradamente
pensavam os mercantilistas.
Adam Smith formulou, pela primeira vez, a classificação dos fatores de produção:
• terra
• trabalho
• capital
Destacando o trabalho como o mais importante porque, que sem ele todos os outros
fatores seriam inúteis.
Por outro lado, se o TRABALHO está na origem da riqueza, o progresso depende da
DIVISÃO DO TRABALHO, o que significa que cada trabalhador deu escolher a profissão
para a qual tenha melhores aptidões e especializar-se apenas nessa atividade sem
dedicar a várias.
Desta forma, todos os Estados pela divisão do trabalho, pela especialização e pela livre
troca de produtos entre eles, alcançariam os mais elevados níveis de progressos.
• Jean Baptiste Say foi o autor mais destacado da Escola Clássica Francesa.
• Ele partiu das mesmas ideias de Adam Smith – ordem natural da economia, livre
iniciativa privada, livre concorrência, não intervenção do Estado na economia – mas
criticou o conceito de produção.
• Para Adam Smith, o trabalho, principal fator de produção, dividia-se por: trabalho
produtivo (fabricação de bens materiais) e improdutivo (o trabalho dos funcionários,
das profissões liberais, os serviços).
• Com base nestas ideias, Say defendeu uma teoria do valor dos bens (valor-utilidade)
diversa da de Smith (valor-trabalho): o valor depende não só do custo de produção
(que influencia a oferta), mas também da utilidade dos bens, do serviço que eles
prestam ao homem (que influencia a procura).
• Esta visão relativa à produção económica e ao valor dos bens consumou a base para
as suas duas principais teorias: teoria da produção e lei dos mercados.
• Segundo a teoria do salário, David Ricardo afirma que todos os bens têm um preço
corrente e um preço natural.
• Tal como acontece com todos os bens, também com o trabalho do homem existe,
segundo David, uma tendência inevitável para o preço corrente se aproximar do
preço natural.
Deste cenário se extrai a conclusão pessimista da teoria do salário:
➢ Existe uma tendência natural, logo inevitável, para que os salários se situem a um
nível muito baixo, contribuindo, assim, para as péssimas condições de vida da
maioria da população.
Teoria da Renda:
• A teoria da renda seria o benefício dos agricultores das terras mais férteis em relação
aos outros agricultores.
• Quando o homem deixou de ser nómada para se fixar à terra vivendo do seu cultivo,
escolheu, naturalmente, as melhores terras, ou seja, as que tendo maior qualidade,
mais e melhor produzem. Logicamente que com o crescimento da população tornou-
se necessário produzir cada vez mais.
• O homem foi assim obrigado a alargar a área de cultivo para terras que apresentam,
agora, menor qualidade, o que implicou um maior esforço, logo um maior custo de
produção.
• O preço no mercado irá formar-se em função do custo de produção mais alto, o que
permite um benefício adicional para os proprietários das terras mais férteis.
1. Concluindo, existe uma tendência natural para o continuo aumento dos preços dos
bens agrícolas. E, só um grupo de pessoas lucra com essa situação: os proprietários
das terras.
As críticas ao liberalismo:
Durante o século XIX multiplicaram-se as doutrinas críticas do liberalismo que podem
ser distribuídas por três grandes grupos:
Adam/Muller
• Segundo Adam Muller, a propriedade da terra só poderia entender-se no interesse
de toda a comunidade. Os interesses e os direitos individuais subordinavam-se ao
interesse comum.
• A riqueza não residia nos bens materiais, mas antes nas forças suscetíveis de
assegurar essa mesma produção. Os valores imateriais também se incluíram nessa
riqueza.
• O sacrifício que é pedido ao povo alemão será compensado pelo benefício que a
geração seguinte irá usufruir.
• Assim, para List, as indústrias alemãs teriam que ser protegidas por fortes barreiras
aduaneiras até alcançarem o nível suficiente para fazer face à concorrência de
outros terceiros países.
• Esta seria uma teoria que definia os fatores suscetíveis de assegurar a continuidade
no ritmo de produção. Estes fatores não respeitariam só os bens materiais, quer bens
diretos ou indiretos, mas também a instituições politicas e jurídicas.
• Era inaceitável a construção de Adam Smith, que se cingia aos bens materiais e que
considerava improdutivos os cientistas, os professores, os diplomatas e os médicos
que, embora não produzam bens materiais, concorrem para o desenvolvimento das
forças produtivas da nação.
• O Estado devia, pois, intervir para tornar mais justa essa distribuição, garantindo
rendimentos a quem não os tinha: os desempregados, os doentes e os idosos.
Sismondi foi, assim, o defensor de uma política de proteção social, nas vertentes do
desemprego, da velhice e da doença.
• Isto significava que cada vez as empresas produziam mais, mas essa produção não
era vendida no mercado pela ausência de compradores.
• Perante esta situação, Sismondi exigiu que o Estado controlasse e limitasse o uso das
máquinas, defendendo a maior utilização de mão de obra.
• substituíram-se os homens pelas máquinas, aumentando assim o desemprego seria
necessário limitar o uso das máquinas para criar mais emprego e para não haver
tanta produção porque senão essa produção não seria absorvida pela população
porque não teriam poder de compra para os bens produzidos.
Pensamento socialista:
1. Reações socialistas:
Socialismo utópico:
• O associacionismo correspondeu a um conjunto de ideias que se esforçaram por
encontrar um modelo de sociedade que suprimisse as injustiças do sistema
capitalista.
• Robert Owen foi um riquíssimo industrial escocês que, nas suas fábricas, proibiu o
trabalho infantil e diminuiu o horário de trabalho de 17 para 10 horas por dia. Utilizou
a sua fortuna para financiar um modelo económico baseado na propriedade comum
dos meios de produção.
• Segundo ele, o lucro era a principal causa das desigualdades sociais, de forma que,
se abolisse o lucro desapareceriam tais desigualdades. Ora, como o lucro se
expressava em moeda, o fim da moeda implicaria o fim do lucro.
• Para concretizar esta ideia criou armazéns de troca de trabalho, onde os sociais
trocavam a sua produção por vales de trabalho que depois utilizavam na compra dos
bens de consumo.
Socialismo científico:
• Diz-nos que na ciência não há conquistas nem estádios definitivos. Por isso, as
estruturas económicas que assentaram os liberais não podiam ser definitivas, tratava
se apenas de estádios de categorias histórias. O capitalismo seria a categoria
destinada, pelo sentido evolutivo das sociedades, a dar lugar ao coletivismo,
categoria história que sucederia ao capitalismo.
Teoria da mais-valia:
• O caráter socialmente injusto do regime capitalista resulta da exploração do homem
pelo homem e é explicado através da teoria da mais-valia.
• Existe uma clara diferença entre o valor dos bens vendidos no mercado pelo
capitalista e o salário pago ao operário, ou seja, há uma diferença entre o valor do
tempo de trabalho (salário) e o valor criado por esse tempo de trabalho.
• Na realidade, a lei da propriedade privada assegura aos capitalistas a propriedade
sobre os bens produzidos nas fábricas, o produto do trabalho dos operários, que
depois é vendido pelos capitalistas por um valor necessariamente superior aos
salários pagos, pois doutra forma a empresa daria prejuízo e a lógica das empresas
privadas é o lucro e não o prejuízo.
• Essa diferença corresponde à mais-valia que surge deste modo como a expressão
monetária do lucro do capitalista.
• Esta inevitabilidade resulta do facto de o capitalismo vir a ser destruído pelas forças
que ele próprio gerou, isto é, são as próprias leis do seu funcionamento que
conduzirão à sua destruição. Para demonstrar tal ideia, Marx formulou a Teoria da
Concentração Capitalista.
Doutrinas Cristãs
• Frederico Le Play foi um dos autores que procurou apresentar uma via intermédia
entre o binómio liberalismo/socialismo, encarando as questões económicas à luz dos
princípios da moral cristã.
Na doutrina da Reforma Social, Frederico tomou como ponto de partida duas grandes
ideias:
1. Intervenção económica do Estado é, em regra, ineficaz, e, portanto, deve prevalecer
a iniciativa privada no campo económico, afastando-se, assim, radicalmente, os
socialistas.
Ao estudar os diferentes tipos familiares que se sucederam ao longo dos séculos, Le Play
distinguiu os seguintes:
1. Família patriarcal: em que a autoridade do poder familiar é absoluta e com a sua
morte a sua autoridade e o seu património é transferido em bloco para o seu
filho primogénito, mantendo-se, os restantes, sob a sua autoridade;
2. Família tronco: é caracterizada pelo facto de o chefe de família ser livre de
escolher qual dos filhos vai herdará todo o património, optando, assim em
princípio pelo filho mais competente, por aquele que está mais preparado. Os
outros iram abandonar a família, contruindo a sua própria família e novos
patrimónios.
3. Família dispensa: seguindo os princípios da igualdade da Revolução Francesa
implica que em cada geração o património familiar seja dividido em tantas partes
quanto o n° de herdeiros. A família vai perdendo sucessivamente de geração em
geração a sua base económica.
O modelo de família defendido por Le Play foi a família-tronco porque preservava a base
económica da família, não a destruindo a cada geração que passasse e, porque
estimulava o espírito de iniciativa económica, pois os filhos que nada recebiam viram-se
obrigados a formar os seus próprios territórios, garantindo, assim, o progresso
económico.
1. Alfred Marshall;
2. John Keynes.
Alfred Marshall:
• Marshall recusou a visão, tipicamente clássica, de que existem leis económicas
imutáveis e, por isso, válidas para todos os tempos. Sendo a realidade económica
uma realidade dinâmica, em constante evolução, as leis económicas têm que
acompanhar essa evolução. Há necessidade de, permanentemente, adaptar as
teorias económicas às constantes mutações da economia.
John Keynes:
• O seu nome e a sua obra ficarão para sempre ligados ao advento de um novo modelo
económico, o modelo das economias de mercado mistas.
• Keynes demonstrará, então, na sua teoria do pleno emprego, que uma economia de
mercado organizada de acordo com o modelo liberal (sem intervenção do Estado), é
incapaz de atingir o pleno emprego, mantendo-se sempre numa situação de
subemprego dos fatores de produção. Só com a intervenção do Estado é que esta
insuficiência poderá ser superada.
• Ora, se a procura for fraca, os preços têm tendência para baixar. As empresas
produzirão então menos quantidades, sendo obrigadas a desinvestir, originando
desemprego e fazendo com que os rendimentos dos particulares diminuam o que
agravará a queda da procura.
• Pelo contrário, se a procura for elevada, as empresas vão produzir mais, investindo
também mais, contratando mais trabalhadores, pelo que haverá mais rendimento
disponível, contribuindo para que a procura se mantenha em níveis elevados.
3. Efeito do Multiplicador:
• Esta teoria foi desenvolvida por Keynes no sentido de demonstrar que i aumento do
investimento provoca um aumento no rendimento.
Produção:
A produção de bens comporta dois conceitos:
1. Sentido técnico: produção é um ato ou um contributo que impõe a
transformação de um bem, tornando útil, compreende uma série de operações
físicas que modificam certos caracteres dos objetos.
2. Sentido económico: implica a utilidade dos bens produzidos, constituirá ato de
produção todo aquele que torne um objeto útil ou aumente a sua utilidade.
O nível de produção de um país pode ser medido de duas maneiras diferentes:
1. Em espécie: indica o número de unidades, o peso ou volume dos bens
produzidos;
2. Em valor ou termos monetários: indicando, em termos monetários, o valor dos
bens produzidos, constituindo, a moeda, o valor padrão.
Os fatores de produção:
Os fatores naturais são: o solo, o subsolo, vento, terra e a remuneração é a renda
Trabalho:
O trabalho tempo humano despendido na produção, esforço sobre os fatores naturais e
a sua remuneração é o salário.
Classificação do trabalho:
Classificação do trabalho:
O trabalho independente é aquele que um sujeito económico realiza por conta própria,
sem submissão de outrem.
1. O trabalho subordinado/assalariado é o trabalho dependente de uma orientação
estranha ao próprio trabalhador.
2. O trabalho intelectual é quando o esforço desenvolvido é predominantemente de
espírito/mental.
3. O trabalho manual é quando o esfoço desenvolvido é predominantemente
muscular/físico.
4. O trabalho de invenção consiste na descoberta de novos bens ou serviços.
5. O trabalho de direção consiste na organização da atividade empresarial no sentido
de produzir bens ou serviços.
6. O trabalho de execução é o trabalho intelectual ou manual que tem como objetivo
o cumprimento das determinações da direção.
• Capital:
➢ Capital fixo: é aquele que pode ser utilizado mais do que uma vez no ato de produção
(Ex: bens de produção duradouros, como as máquinas). A este está aplicado o
processo de amortização, que consiste na reintegração do seu valor em função do
período de utilização.
➢ Capital circulante: é aquele que se destrói através da sua própria utilização, isto é,
que só pode ser utilizado apenas uma vez, necessitando, por isso de contínua
renovação (Ex: matéria-prima).
- Em sentido jurídico: abrange os bens que, por força das instituições sociais, permitem
obter rendimentos não provenientes do trabalho. Inclui os bens intermediários, mas
também os naturais que tenham sido objeto de apropriação, assenta no regime de
propriedade que se têm adotado
- Em sentido contabilístico: será constituído por um conjunto de bens cujo valor se
mantém constante através da respetiva amortização;
O conceito contabilístico formou-se no plano de vida das empresas. O capital social da
empresa é aplicado em imóveis, em máquinas, em veículos, mas a duração desses bens
não é indefinida, sobre deteriorações. Mas o valor do capital da empresa deve manter-
se constante através da respetiva amortização. Se, por exemplo, um veículo vale 20 mil
euros, e a sua duração útil é calculada em 10 anos, a técnica contabilística impõem que,
dos rendimentos da empresa, sejam preservados anualmente 2 mil euros para a
amortização daquele veículo e assim passados os 10 anos, a empresa irá dispor dos 20
mil euros para substituir o veículo.
Formação do capital:
2. A empresa:
• Numa economia de mercado, a empresa é o local de coordenação dos fatores de
produção com vista a produzir ou a distribuir bens ou serviços.
O rendimento:
Rendimento nacional: é o fluxo de bens e serviços produzidos por um país numa
economia ao longo de um determinado período de tempo.
• O estado do Rendimento Nacional pode ser efetuado com base quer na soma dos
bens e dos serviços produzidos, dando-nos indicações relativas à natureza e às
quantidades desses bens, quer na soma do valor desses bens e serviços no mercado
com base no respetivo preço. No primeiro caso teremos o Rendimento Real e, no
segundo, o Rendimento Monetário.
3. Os mercados e os preços:
Preço:
• O preço é a expressão monetária do valor dos bens.
O preço é, assim, resultado de uma dupla avaliação:
1. Do vendedor disposto a vender o bem pelo melhor preço;
2. Do comprador disposto a comprá-lo ao melhor preço possível.
➢ O mercado terá de ser livre para a criação de empresas, não devendo existir
obstáculos à instalação de novas empresas no mercado, seja pela ação da lei, que
muitas vezes proíbe a criação de empresas privadas em certos setores básicos da
economia, ou pela ação das grandes empresas instaladas no mercado que, pela sua
força, tendem a contrariar a chegada de novos agentes económicos/novas empresas.
4. A procura:
• A procura é a quantidade de bens que um sujeito deseja adquirir, e para cuja compra
possui capacidade financeira.
Elasticidade da procura:
• A procura diz-se elástica quando varia na razão inversa dos preços (ex: se no mercado
da habitação perante a diminuição do preço das casas se vendem mais casas, é sinal
de que a procura é elástica).
Inelasticidade da procura:
• São exceções em que mesmo que os preços aumentem, a procura não diminui.
1. No mercado dos bens essenciais;
2. No mercado dos bens de luxo;
3. No mercado dos bens insignificantes ou de preço muito reduzido.
5. Oferta:
• A oferta é a quantidade de bens e serviços que um sujeito está disposto a vender no
mercado a determinado preço.
• À relação entre o preço dos bens e a oferta desses bens dá-se o nome de Curva da
Oferta.
• Num mercado, a oferta varia na razão direta dos preços, isto é, quando o preço sobre
a oferta aumenta.
• O efeito de rendimento, que pode muitas vezes contribuir para que a oferta seja
inelástica, irá obrigar o vendedor a vender mais quando os preços baixarem pela
necessidade de obter um certo nível de rendimento.
• Por vezes, face a uma diminuição dos preços, os vendedores pretendem desfazer-se
das suas mercadorias para não as perderem. É o que acontece com os bens
perecíveis que, se não forem vendidos, mesmo que a um baixo preço, irão se
deteriorar. Nestes casos é preferível vender a um baixo preço do que não vender.
6. Os diferentes tipos de mercado:
Monopólio: é um mercado caracterizado pela existência de uma só empresa a vender
um bem ou a prestar um serviço.
Existem três tipos de monopólio:
1. Monopólio legal: cuja origem é a lei. São os mais frequentes pois os Estados estão
obrigados a desmantelar os seus monopólios legais.
2. Monopólio natural: resultam da raridade absoluta de certos bens. Surgem por vezes,
no mercado de certas matérias-primas. Só uma empresa a elas tem acesso devido à
sua extrema escassez.
7. A moeda:
A moeda tem 3 funções:
1. Instrumento geral de troca: essa “troca” no mercado é usada como meio de
pagamento, ou seja, nesse mercado os agentes económicos aceitam entregar bens
em troca dessa coisa porque sabem que com ela podem adquirir outros bens.
2. Medida comum de valores: no mercado, o valor de todos os bens e de todos os
serviços exprime-se nessa unidade monetária (preço do bem);
• Os metais preciosos não são só usados para fins monetários e pelas suas qualidades
intrínsecas, mas, também, devido à sua raridade, elevada procura, facilidade de
transportes, facilidade de conservação e grande valor específico.
• Durante séculos, circularam no mercado moedas de ouro e prata, tendo existido dois
grandes sistemas monetários: o monetalismo ouro (moeda oficial era o ouro), ou
monetalismo prata (moeda oficial era a prata), ou bimetalismo (moeda oficial era
ouro e prata), ou o duplo estalão (ouro e prata).
2º moeda – Moeda-papel:
• O aparecimento da moeda-papel, que corresponde à nota de banco, surge no
mercado com o aparecimento dos bancos.
• A moeda papel apresentava mais vantagens em relação à moeda metálica: era mais
cómoda, menos pesada, menos volumosa e a sua impressão era mais fácil e menos
dispendiosa.
• A raridade dos metais preciosos levou à utilização da moeda-papel, que consistia
num tipo de crédito que desempenhava funções monetárias.
• Tinha, atrás de si, igual quantidade de moeda metálica, mas, essa moeda-papel
representativa, alargou o seu volume de circulação.
• Tornou-se, assim, em moeda-papel fiduciária, que por sua vez, já não representava
os valores existentes nos bancos, circulava com base de confiança e tinha uma
cobertura metálica parcial.
• Quase moeda: a quase moeda é constituída pelos depósitos a prazo ou com pré-
aviso. Neste âmbito não existe uma utilização direta/imediata, mas sim
indireta/mediata dado que só se pode dispor do saldo no fim de um determinado
prazo.
Teoria metalista:
• Em oposição à teoria nominalista, o valor da moeda corresponderia ao valor da
mercadoria, do metal (ouro ou prata) de que era feita.
Teoria quantitativa:
• O valor da moeda depende da sua quantidade. A moeda valerá mais, quanto mais
rara ou menos abundante for.
Inflação:
• A inflação é todo e qualquer aumento significativo e continuado no tempo da massa
monetária, que corresponde um elevado nível de preços.
Deflação:
• A deflação corresponde à situação inversa à da inflação, ou seja, a toda e qualquer
contração dos meios de pagamento da moeda, não compensada por reduções do
nível de transações tendendo, assim, para uma redução do nível geral dos preços dos
bens e serviços.
O crédito:
Elementos do crédito:
a) O crédito é uma operação de troca de bens no mercado entre dois sujeitos
económicos. Portanto, a noção de crédito pressupõe uma troca. Troca essa que pode
ser a pronto (quando a prestação e a contraprestação ocorrem no mesmo
momento), a termo (quando a prestação e a contraprestação também são
simultâneas, todavia a troca é diferida no tempo) ou a crédito (que tem como
característica essencial não existir simultaneidade nas prestações, uma precede a
outra. Primeiro verifica-se a prestação do sujeito ativo – o credor – e só mais tarde a
prestação do sujeito passivo – o devedor).
a) Crédito ao consumo:
• Este tem em vista a aquisição de bens de consumo.
• Se o devedor não for empresário nem industrial presume-se que o crédito se destina
ao consumo.
b) Crédito à produção:
• É o crédito celebrado pelas empresas, tendo em vista a prossecução dos seus
negócios.
• Os empresários que não dispõem de capitais suficientes para os planos de produção
estabelecidos, recorrem ao crédito dispondo-se a reembolsar os credores depois de
venderem os bens produzidos.
Dentro do crédito à produção podem surgir dois cenários diferentes:
1. O crédito pode destinar-se à criação de uma nova empresa. Quando assim é estamos
perante o crédito para despesas de primeiro estabelecimento.
2. O crédito pode também ser contraído pelas empresas, para lhes permitir o normal
desenvolvimento da sua atividade (pagar a fornecedores). É o caso do crédito para
fundo de maneio.
➢ Quando esses bens são imóveis, é feita uma hipoteca, caso sejam bens móveis
(entrega de ações de uma empresa como garantia), são dados em penhor.
➢ Se o devedor não saldar a divida, o credor pagar-se-á com os bens que foram
entregues como garantia.
Títulos de crédito
• Têm como principal característica o facto de indicarem o nome do credor, mas não
estarem registados em quaisquer documentos sendo, por isso, mais facilmente
transmissíveis.
2. Noutros casos, não é indicado o nome do futuro credor, limitando-se o sujeito que o
transmite a assinar no verso do título. É o endosso em branco.
Os títulos de crédito à ordem mais importantes são a letra, a livrança, o warrant e o
cheque.
Letra:
• É um título de crédito em que o credor, dito sacador, emite uma ordem de
pagamento ao devedor (sacado), para num determinado dia (data de vencimento),
pagar certa quantia a seu favor (credor), ou a quem o sacador indicar no título
(tomador).
• As letras são vulgarmente utilizadas na atividade comercial, como garantia das
empresas que vendem a crédito.
Livranças:
• Tem como grande diferença em relação à letra tratar-se de uma promessa de
pagamento que o devedor (subscritor da livrança), assume ao comprometer-se a
pagar certa quantia, em certo dia, ao credor (beneficiário da livrança).
Warrant:
• É um título representativo do direito a mercadorias depositadas em armazéns da
alfândega.
Cheque:
• O cheque é um título de crédito à ordem quando indica o nome do credor.
• O sacador (quem emite o cheque) dá uma ordem ao sacado (o banco) para pagar
certa quantia ao tomador, aquele cujo nome é indicado no cheque.
• São sujeitos passivos (devedores) face aos particulares (credores) que lhes fornecem
os seus capitais.
• A operação bancária típica é o depósito bancário, seja a ordem, a prazo o com pré-
aviso. Os bancos são, pois, devedores face aos particulares que lhes entregam os
seus valores, estando obrigados a restituir tais importâncias sempre que os
depositantes o solicitem.
• São também operações bancárias passivas a tomada firme de ações (os bancos
asseguram a compra de ações a emitir por certas empresas que, posteriormente
colocam no mercado vendendo-os ao público em geral), as funções de administração
de bens particulares ou ainda a cobrança de valores em nome de particulares.
Desconto:
• O desconto constitui a mais importante operação bancária ativa, contrapondo-se
como tal ao depósito.
Redesconto:
• Envolve também a antecipação da data de vencimento de um título de crédito,
mediante o pagamento de uma taxa de juro (taxa de redesconto), numa operação
entre bancos ou entre um banco comercial e o Banco Central. Se um banco precisa
de liquidez pode (re)descontar títulos de crédito junto de outros bancos ou do Banco
Central.