SISTEMA INTERNACIONAL DE COMÉRCIO

• A construção do Sistema Internacional de comércio

• Período compreendido entre os séculos XVI e a metade do
século XVIII – aproximadamente entre os anos 1500 e 1750.
• Esse período marcou o surgimento das bases conceituais que
deram origem às teorias do Comércio Internacional e às
práticas de comércio que no seu conjunto chamamos de
mercantilismo.
• O mercantilismo era a política econômica adotada na época
do Estado Absolutista que interferia pesadamente na
economia, defendia o acúmulo de riquezas, notadamente
metais preciosos – ouro e prata - pois quanto mais riquezas o
reino acumulasse maior seria seu prestígio e poder
internacional.
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• A construção do Sistema Internacional de comércio

• Com o surgimento dos Estados Absolutistas , fez-se
necessário burocratas para administrá-los, e
comerciantes para financiá-los. É com base nesses dois
grupos sociais que surge o mercantilismo. Este se
desenvolve do estreitamento do vínculo entre a riqueza
dos comerciantes (a burguesia mercantil) e o Estado
fortalecido.
• Predomina a idéia de que com o crescimento do
comércio o Estado terá mais riquezas e, portanto, mais
poder. Por outro lado, o poderio do Estado podia
assegurar segurança e rentabilidade às rotas marítimas,
bem como os monopólios exigidos pelos comerciantes.
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• Características essenciais do mercantilismo:

• O Protecionismo Alfandegário: os reis criavam impostos e
taxas para evitar ao máximo a entrada de produtos vindos do
exterior, estimulando assim o desenvolvimento da indústria
nacional e evitando a saída de moedas para outros países.
• O Pacto Colonial: as colônias européias deveriam fazer
comércio apenas com suas metrópoles. Era uma garantia,
para as metrópoles, de vender caro e comprar barato,
obtendo ainda produtos não encontrados na Europa.
• A Balança Comercial Favorável: o esforço era para exportar
mais do que importar, desta forma entraria mais moedas do
que sairia, deixando o país com superávit.
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• Características essenciais do mercantilismo:

• O Metalismo: configura-se como a essência da atividade
econômica na medida em que identifica a riqueza e o poder
do Estado com a quantidade de metais preciosos por ele
acumulados. A obtenção de ouro e prata viabilizou-se com a
exploração direta das colônias ou com a intensificação do
comércio externo.
• Intervenção do Estado na ordem econômica: Para manter
uma balança comercial favorável, o Estado exerceu seu poder
de forma altamente centralizada, buscando controlar a
atividade econômica através, inclusive, do estabelecimento de
um conjunto de leis que regulassem a produção e o comércio.
Assim, o Estado se caracteriza por ser o principal agente
político e econômico.
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• Características essenciais do mercantilismo:

• Monopólio: Os Estados absolutistas exerciam diversos
tipos de monopólio: de comércio, de exploração, de
transporte, etc. O monopólio era um importante
componente da política comercial do Estado.
• O monopólio colonial era um dos importantes
fundamentos do mercantilismo, que fundamentalmente
era constituído por três aspectos: a) toda exportação era
dirigida exclusivamente à metrópole; b) toda importação
da colônia só poderia ser feita através da metrópole; c)
os transportes entre a metrópole e a colônia eram
exclusividade dos navios do país colonizador (metrópole).
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• Mercantilismo e Violência: A importância do comércio

no mercantilismo é inegável, no entanto, os
mercantilistas consideravam que, para que um país
tenha mais exportações do que importações, é
necessário que ocorra em um país a situação oposta,
mais importações do que exportações. Este quadro
implica uma atividade comercial que não admite o livre
comércio, mas ao contrário institui-se uma “guerra
comercial”.
• Essa disputa culminou na prática da pirataria praticada
pelos países desde que atendesse aos seus interesses e
fosse realizada contra os países concorrentes.
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• A guerra mercantil no Brasil: durante o período colonial, o

Brasil sofreu assédio constante das potências mercantilistas
da época, principalmente dos franceses, ingleses e
holandeses que não possuíam território nas Américas e
praticavam a pirataria em larga escala contra os navios, vilas e
cidades portuguesas e espanholas.
• Os ataques realizados por essas nações em solo brasileiro
ilustram bem a legitimidade da ação pirata no contexto do
mercantilismo, justificada como forma de obter recursos para
aumentar a balança comercial. Com essa prática as
mercadorias eram transformadas e comercializadas de forma
a obter o metal necessário para fortalecer o Estado.
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• A importância do mercantilismo:
• Estabeleceu as bases de funcionamento do relacionamento
entre nações num período de formação do Estado Nacional;
• Foi marcado, sobretudo, pela intervenção do Estado na
economia;
• Cumpriu um importante papel na consolidação da economia
mundial e na criação e fortalecimento dos Estados Nacionais;
• Foi durante aproximadamente três séculos a prática
econômica principal adotada pelos países europeus;
• A quebra de sua hegemonia só ocorreu a partir da segunda
metade do século XVIII com o questionamento sobre a
interferência do Estado na economia e o conseqüente
advento das idéias liberais, isto é do Liberalismo.
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• O período mercantilista caracterizou-se como uma

revolução comercial que :
• integrou a América, África e Ásia nos marcos do sistema
econômico europeu;
• desenvolveu a navegação no Oceano Atlântico e consolidou a
produção manufatureira;
• aumentou a circulação de moedas e de mercadorias;
• ampliou as operações financeiras – crédito, seguros e outros;
• incrementou a agricultura, a mineração e a metalurgia;
• promoveu uma grande acumulação de capital que favoreceu o
surgimento da Revolução Industrial, que ocorreu na segunda
metade do século XVIII inicialmente na Inglaterra.
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• Caracterização do Sistema Internacional :

• Ambiente em que se estabelecem as relações internacionais
sejam elas de natureza financeira e comercial e/ou de ordem
política;
• Principais agentes internacionais: os Estados e os organismos
internacionais;
• Configuração da ordem internacional: monopolar – bipolar –
multipolar;
• A balança de poder e as relações internacionais;
• O poder como um dos elementos determinantes das relações
internacionais.
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• “A política colonial desta época é uma

conseqüência lógica do mercantilismo, dele se
deduzindo integralmente. E nos territórios
longínquos, subjugados e dependentes, sem
possibilidade de tomar medidas de represálias
econômicas, o caráter unilateral da política
comercial do mercantilismo encontrará ambiente
favorável ao seu desenvolvimento. É aí que ele
aparece, tal como através da lente de aumento,
em toda a sua amplitude; é aí que ele é mais
nítido e, muitas vezes também, mais brutal”.
(Hugon, 1980)