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O que é mercantilismo?

O mercantilismo ficou conhecido por ter sido um conjunto de práticas econômicas que existiu durante a Idade Moderna,
sobretudo entre os séculos XV e XVIII. O propósito do mercantilismo era garantir a prosperidade do reino por meio da
acumulação de riquezas, bem como reafirmar o poder do rei, que utilizava posses para fortalecer sua autoridade.
O mercantilismo era um conjunto de práticas econômicas que tinha como objetivo garantir o enriquecimento do Estado
por meio do acúmulo de riquezas. No contexto da Idade Moderna, esse acúmulo se daria por meio da arrecadação de
metais preciosos, isto é, ouro e prata. As práticas mercantilistas visavam impedir, ao máximo, a saída dessa riqueza dos
cofres da coroa.
A obtenção de riqueza no mercantilismo poderia se dar de diversas maneiras. O Estado poderia cobrar impostos da
população, vender cargos públicos e títulos de nobreza, confiscar bens, ceder privilégios comerciais para um determinado
grupo em troca de compensação financeira (monopólios), exportar mercadorias, saquear em contextos de guerra, cobrar
taxas alfandegárias, realizar ações de pirataria.
Todas essas práticas foram usadas pelas nações europeias para conquistar a tão almejada balança comercial favorável, isto
é, as receitas e as vendas superando os gastos e as compras do Estado. Um acontecimento extremamente importante para
o sucesso dessas práticas econômicas entre as nações europeias foi o colonialismo. O colonialismo foi fundamental para
os Estados europeus, pois permitiu que eles explorassem inúmeros recursos de suas colônias e os enviassem para a
Europa. Isso também possibilitou que essas colônias fossem transformadas em consumidores compulsórios de suas
metrópoles, por conta do exclusivismo comercial. A procura do mercantilismo por garantir uma balança comercial a todo
custo acabou gerando a adoção de políticas protecionistas pelos Estados europeus para as suas economias. Assim, eles
procuravam desincentivar as importações por meio de taxas alfandegárias, isto é, impostos que eram cobrados sobre as
mercadorias trazidas de outros países.
Além disso, estabeleciam-se políticas rigorosas que definiam com quem uma nação poderia comercializar e com
quem não poderia. Outra forma de combater as importações de mercadorias era incentivar que as mesmas fossem
produzidas em seu próprio território. Assim, os monarcas absolutistas que adotaram o mercantilismo incentivaram o
desenvolvimento de manufaturas em seus reinos. Podemos perceber, portanto, que uma característica importante do
mercantilismo é a interferência constante do Estado na economia, como forma de garantir a entrada de metais preciosos e
o consequente enriquecimento de seu reino.
Quando as exportações não eram suficientes para garantir a entrada de metais preciosos em quantidades aceitáveis, os
Estados absolutistas recorriam a outras formas de obter dinheiro. Na França, por exemplo, os principais impostos eram
cobrados da população de camponeses, já bastante fragilizada pelas suas duras condições de vida.
Por fim, podemos resumir as características do mercantilismo nos seguintes tópicos:

 Balança comercial favorável: defesa da ideia de que era necessário exportar mais do que importar.
 Metalismo: acúmulo de metais preciosos nos cofres do reino.
 Protecionismo: utilização de formas de proteção da economia, como as taxas alfandegárias.
 Intervenção estatal: o Estado intervia na economia com frequência como forma de garantir os seus interesses
comerciais.
 Incentivo às manufaturas: incentivo ao desenvolvimento de manufaturas como forma de proteger a economia.

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