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O sistema colonial se manifesta inicialmente como uma série de

relações entre a metrópole e suas respectivas colônias durante um período


específico da história colonial.

Nem toda colonização se dá efetivamente no quadro dos sistemas


coloniais, porque a colonização ocorre nos mais diversos contextos históricos.
A colonização da Europa entre a descoberta dos mares e a Revolução
Industrial foi caracterizada pelo sistema colonial mercantilista.

Nos séculos XVI, XVII e XVIII é conhecida a presença de diferentes tipos


de relações metrópole-colónias, mas existem alguns denominadores comuns
que as caracterizam: a legislação ultramarina das várias potências
colonizadoras; e vínculos comerciais e político-administrativos.

Enquanto o processo de colonização se desenvolvia, o núcleo da


economia mercantil teorizava o lugar e a função das colônias no quadro da vida
econômica das nações europeias; assim, identificava as finalidades e os
objetivos perseguidos pelo empreendimento colonial. A legislação busca
colocar em prática os princípios estabelecidos pela teoria do mercantilismo.

Um modelo típico da relação de contrato colonial e operação da política


econômica do estado colonial formulado por Posrlethwayt - a colônia deve:
fornecer um mercado maior para os produtos da metrópole, capturar mais
fabricantes (da metrópole), artesãos, marinheiros, para fornecer mais itens que
você precisa. Em suma, a colônia foi um fator importante no desenvolvimento
econômico da metrópole.

O mercantilismo foi o principal corpo de doutrina política e econômica


que se desenvolveu e prevaleceu na Europa entre os Descobrimentos e a
Revolução Industrial. É caracterizada pela ideia de metalismo, ou seja, a
quantidade de metais preciosos presentes em cada país é utilizada para
determinar o nível de riqueza.

A ideia básica do metateísmo como guia da política econômica


pressupõe que os lucros são gerados no processo de circulação das
mercadorias, ou seja, alocam vantagens às perdas dos parceiros.
O mercantilismo visa o desenvolvimento nacional a qualquer custo. Toda
forma de estímulo é legal, e a intervenção do Estado deve criar todas as
condições para que as empresas sejam lucrativas para poder maximizar os
excedentes de exportação. Uma colônia garantia a autossuficiência do estado
metropolitano, objetivo fundamental da política mercantil, permitindo assim ao
estado colonial competir favoravelmente com outros rivais.

A política colonial das grandes potências visa combinar a expansão


colonial com política mercantil. Relação política entre metrópole e colônias:
Existe um centro de decisão (metrópole) e seus subordinados (colônias). As
atividades coloniais facilitaram a vida econômica da metrópole.

A expansão ultramarina e a colonização do Novo Mundo são


características importantes da história dos séculos XVI a XVIII. Enquanto isso,
vigoram políticas autoritárias e uma sociedade hierárquica. No plano
econômico, entre a gradual formação das estruturas feudais e a eclosão da
produção capitalista, surgiu o capitalismo comercial.

A acumulação primitiva é muitas vezes interpretada como um período de


pleno crescimento da produção. A principal característica da acumulação
primitiva, no entanto, é a separação dos trabalhadores dos objetos e
ferramentas de trabalho; em suma, é um processo social de centralização e
controle da produção.

Um sistema colonial é um conjunto de relações entre uma metrópole e


suas respectivas colônias durante um determinado período histórico. O sistema
colonial que nos interessa abrange o período entre os séculos XVI e XVII, ou
seja, faz parte do moderno Antigo Regime, conhecido como antigo sistema
colonial. Segundo seu modelo teórico típico, o assentamento deveria ser o local
de consumo (mercado) dos produtos da metrópole, o local de abastecimento
de mercadorias da metrópole e o local de trabalho dos trabalhadores da
metrópole. Ou seja, na lógica do tradicional "sistema de mercantilismo
colonial", as colônias existiam para desenvolver as metrópoles, principalmente
pela acumulação de riquezas, seja pelo extrativismo ou por práticas agrícolas
mais ou menos sofisticadas.
As colônias de exploração, como no caso do Brasil para Portugal, tinham
basicamente três características, conhecidas:

Latifúndio: A terra está espalhada por grandes propriedades rurais.


Monocultura para o mercado externo: existe um "produto rei" em torno do qual
se concentra toda a produção da colônia (no Brasil ora açúcar, ora borracha,
ora café...) para exportação e enriquecimento Metrópole, pouco propícia ao
consumo e à produção para o mercado interno.

Trabalho escravo: O negro africano era transportado pelo mar


acorrentado e, além de ser uma mercadoria cara, era uma mercadoria que
gerava riqueza por meio do trabalho.

A colonização da Europa foi o resultado de uma expansão puramente


comercial. Há uma transição da circulação (comércio) para a produção. No
caso de Portugal, esse movimento se deu por meio da agricultura tropical.
Tanto as atividades de circulação quanto as de produção coexistem. Isso
significava que a economia colonial estava ligada ao comércio europeu.

O antigo sistema colonial parece, assim, ter sido um fator de expansão


comercial da Europa, constrangido pelos interesses da burguesia comercial.
Segundo Fernando A. Novais, a consequência lógica foi que as colônias se
tornaram instrumentos de poder para a metrópole, tendo como fio condutor a
prática do mercantilismo, essencialmente um poder dirigido contra o próprio
Estado.

A centralização era a condição para que os países saíssem em busca de


novos mercados, organizando assim as bases do absolutismo e do capitalismo
comercial. Como resultado, surgiu a concorrência entre os países. Portugal e
Espanha estão ameaçados pelo crescimento de outras grandes potências.
Acordos anteriores, como o Tratado de Tordesilhas (1494) entre Portugal e
Espanha, começaram a ser questionados pelos estados em expansão.

A descoberta de ouro e prata no México e no Peru estimulou o início da


colonização portuguesa. Outro fator que obriga Portugal a investir nos EUA é a
crise comercial indiana. A frágil burguesia portuguesa tornou-se cada vez mais
dependente da distribuição de produtos orientais feita por mercadores
flamengos (Flandres), que impunham preços e acumulavam lucros.

Uma balança comercial superavitária é desejável porque gera riqueza.


Medidas: Incentivar a importação de matérias-primas baratas e promover a
exportação de bens manufaturados, enfatizando o crescimento populacional
para manter os salários baixos. Comércio internacional - jogo de soma zero -
fique rico às custas dos outros tornando seus vizinhos pobres, se alguém tem
superávit, outro tem déficit, então o mercado é altamente competitivo.

REFERÊNCIA

NOVAIS, Fernando. Portugal e Brasil na crise do antigo sistema colonial (1777-


1808 ). Capítulo II. São Paulo: Hucitec, 1995.

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