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Universidade Estadual de Goiás - UEG

Campus Norte
Unidade Universitária de Porangatu
Curso de Licenciatura em História

Professor: José Fernando Saroba Período/Semestre: 2023-1 Data: 01/04/2023


Monteiro
Acadêmico (a): Amanda Rodrigues de Oliveira

AVALIAÇÃO BIMESTRAL

A crise do Antigo Sistema Colonial

O sistema colonial se manifesta inicialmente como uma série de relações entre a


metrópole e suas respectivas colônias durante um período específico da história colonial.
Nem toda colonização se dá efetivamente no quadro dos sistemas coloniais, porque a
colonização ocorre nos mais diversos contextos históricos. A colonização da Europa entre
a descoberta dos mares e a Revolução Industrial foi caracterizada pelo sistema colonial
mercantilista.

Nos séculos XVI, XVII e XVIII é conhecida a presença de diferentes tipos de


relações metrópole-colónias, mas existem alguns denominadores comuns que as
caracterizam: a legislação ultramarina das várias potências colonizadoras; e vínculos
comerciais e político-administrativos.

Enquanto o processo de colonização se desenvolvia, o núcleo da economia


mercantil teorizava o lugar e a função das colônias no quadro da vida econômica das
nações europeias; assim, identificava as finalidades e os objetivos perseguidos pelo
empreendimento colonial. A legislação busca colocar em prática os princípios
estabelecidos pela teoria do mercantilismo.
Um modelo típico da relação de contrato colonial e operação da política econômica
do estado colonial formulado por Posrlethwayt - a colônia deve: fornecer um mercado
maior para os produtos da metrópole, capturar mais fabricantes (da metrópole), artesãos,
marinheiros, para fornecer mais itens que você precisa. Em suma, a colônia foi um fator
importante no desenvolvimento econômico da metrópole.

O mercantilismo foi o principal corpo de doutrina política e econômica que se


desenvolveu e prevaleceu na Europa entre os Descobrimentos e a Revolução Industrial.
É caracterizada pela ideia de metalismo, ou seja, a quantidade de metais preciosos
presentes em cada país é utilizada para determinar o nível de riqueza.

A ideia básica do metateríssimo como guia da política econômica pressupõe que


os lucros são gerados no processo de circulação das mercadorias, ou seja, alocam
vantagens às perdas dos parceiros.O mercantilismo visa o desenvolvimento nacional a
qualquer custo. Toda forma de estímulo é legal, e a intervenção do Estado deve criar
todas as condições para que as empresas sejam lucrativas para poder maximizar os
excedentes de exportação. Uma colônia garantia a autossuficiência do estado
metropolitano, objetivo fundamental da política mercantil, permitindo assim ao estado
colonial competir favoravelmente com outros rivais.

A política colonial das grandes potências visa combinar a expansão colonial com
política mercantil. Relação política entre metrópole e colônias: Existe um centro de
decisão (metrópole) e seus subordinados (colônias). As atividades coloniais facilitaram a
vida econômica da metrópole.

A expansão ultramarina e a colonização do Novo Mundo são características


importantes da história dos séculos XVI a XVIII. Enquanto isso, vigoram políticas
autoritárias e uma sociedade hierárquica. No plano econômico, entre a gradual formação
das estruturas feudais e a eclosão da produção capitalista, surgiu o capitalismo comercial.

A acumulação primitiva é muitas vezes interpretada como um período de pleno


crescimento da produção. A principal característica da acumulação primitiva, no entanto,
é a separação dos trabalhadores dos objetos e ferramentas de trabalho; em suma, é um
processo social de centralização e controle da produção.

Um sistema colonial é um conjunto de relações entre uma metrópole e suas


respectivas colônias durante um determinado período histórico. O sistema colonial que
nos interessa abrange o período entre os séculos XVI e XVII, ou seja, faz parte do
moderno Antigo Regime, conhecido como antigo sistema colonial. Segundo seu modelo
teórico típico, o assentamento deveria ser o local de consumo (mercado) dos produtos da
metrópole, o local de abastecimento de mercadorias da metrópole e o local de trabalho
dos trabalhadores da metrópole. Ou seja, na lógica do tradicional "sistema de
mercantilismo colonial", as colônias existiam para desenvolver as metrópoles,
principalmente pela acumulação de riquezas, seja pelo extrativismo ou por práticas
agrícolas mais ou menos sofisticadas. As colônias de exploração, como no caso do Brasil
para Portugal, tinham basicamente três características, conhecidas:

Latifúndio: A terra está espalhada por grandes propriedades rurais. Monocultura


para o mercado externo: existe um "produto rei" em torno do qual se concentra toda a
produção da colônia (no Brasil ora açúcar, ora borracha, ora café...) para exportação e
enriquecimento Metrópole, pouco propícia ao consumo e à produção para o mercado
interno.

Trabalho escravo: O negro africano era transportado pelo mar acorrentado e, além
de ser uma mercadoria cara, era uma mercadoria que gerava riqueza por meio do
trabalho. A colonização da Europa foi o resultado de uma expansão puramente comercial.
Há uma transição da circulação (comércio) para a produção. No caso de Portugal, esse
movimento se deu por meio da agricultura tropical. Tanto as atividades de circulação
quanto as de produção coexistem. Isso significava que a economia colonial estava ligada
ao comércio europeu.

O antigo sistema colonial parece, assim, ter sido um fator de expansão comercial
da Europa, constrangido pelos interesses da burguesia comercial. Segundo Fernando A.
Novais, a consequência lógica foi que as colônias se tornaram instrumentos de poder
para a metrópole, tendo como fio condutor a prática do mercantilismo, essencialmente
um poder dirigido contra o próprio Estado.

A centralização era a condição para que os países saíssem em busca de novos


mercados, organizando assim as bases do absolutismo e do capitalismo comercial. Como
resultado, surgiu a concorrência entre os países. Portugal e Espanha estão ameaçados
pelo crescimento de outras grandes potências. Acordos anteriores, como o Tratado de
Tordesilhas (1494) entre Portugal e Espanha, começaram a ser questionados pelos
estados em expansão.

A descoberta de ouro e prata no México e no Peru estimulou o início da colonização


portuguesa. Outro fator que obriga Portugal a investir nos EUA é a crise comercial
indiana. A frágil burguesia portuguesa tornou-se cada vez mais dependente da
distribuição de produtos orientais feita por mercadores flamengos (Flandres), que
impunham preços e acumulavam lucros.

Uma balança comercial superavitária é desejável porque gera riqueza. Medidas:


Incentivar a importação de matérias-primas baratas e promover a exportação de bens
manufaturados, enfatizando o crescimento populacional para manter os salários baixos.
Comércio internacional - jogo de soma zero - fique rico às custas dos outros tornando
seus vizinhos pobres, se alguém tem superávit, outro tem déficit, então o mercado é
altamente competitivo.

REFERÊNCIA

NOVAIS, Fernando. Portugal e Brasil na crise do antigo sistema colonial (1777-1808 ).

Capítulo II. São Paulo: Hucitec, 1995.

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