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outros.
Copidesque
Marina Vargas
Editoração Eletrônica
DTPhoenix Editorial
Revisão Gráfica
0800-0265340
sac@elsevier.com.br
ISBN 978-85-352-1336-2
CIP-Brasil. Catalogação-na-fonte.
_____________________________________________________________
____________
M524
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-352-1336-2
CDD 332.10981
05-3128
CDU 336.76(81)
_____________________________________________________________
____________
Agradecimentos
Aplicabilidade e
Apresentação
x Mercado Financeiro
Os organizadores
Prefácio
EMERSON DE ALMEIDA
Os autores
e-mail: galvao@ceresfinancas.com.br
Caio Radicchi
e-mail: erico@samsul.com.br
e-mail: haroldo@fdc.org.br
e-mail: sodremendes@hotmail.com
Michel J. Fleuriet
Capítulo
Pressupostos e Funções
Objetivos
2 Mercado Financeiro
Por sua liquidez, podem ser reservas de valor. E, embora não tenham valor
de uso e seu valor de face não tenha qualquer relação com seu valor
intrínseco, esses ativos são a contrapartida de praticamente todas as
transações econômicas. Eles têm valor de troca e são os instrumentos
básicos da interação dos agentes econômicos. Assim é a moeda, bem como
os demais ativos financeiros não monetários. E o setor financeiro é aquele
em que se custodiam esses ativos, em que se liquidam operações com
transferência de seus saldos, em que eles se multiplicam e são emitidos,
captados ou intermediados.
Quadro 1.1
Diferenciais
considerados
Setor real
Setor financeiro
Produtos gerados
• Tangíveis (bens)
• Intangíveis (serviços de
• Intangíveis (serviços)
intermedição financeira)
Valor adicionado e
operações
processos produtivos:
transações:
– Custódia
– Transformação
– Intermediação
– Construção
– Compensação
– Movimentação
– Liquidação
– Comercialização
Segmentação
• Ramos de atividade
ativos:
• Categorias de uso dos produtos
– Mercado monetário
gerados
– Mercado de crédito
– Mercado de capitais
– Mercado cambial
• Suprimento de cadeias
• Três finalidades:
produtivas: demanda
– Liquidação de transações
intermediária
– Manutenção precaucional de
• Utilização final
reservas
– Aplicações especulativas
Tipologia predominante
• Variáveis-fluxo
• Variáveis-estoque
dos agregados
des futuras predefinidas ou para o atendimento de dispêndios imprevistos) e
a especulativa (operações de mercado com o objetivo de ganhos, decorrentes
de juros ou de valorização dos ativos reais representados por papéis negociá-
4 Mercado Financeiro
Essas diferenças conceituais não devem levar à conclusão de que o setor real
da economia é o que produz e que o financeiro é apenas aquele que facilita a
liquidação de transações e o que intermedeia recursos. Também não devem
sugerir que um deles é mais importante que o outro, do ponto de vista de
suas contribuições para o processo social de geração de riquezas. O que
ocorre na realidade é um complexo efeito complementação, tanto nas cadeias
intermediárias de produção quanto nos mercados finais.
Ambos os setores são socialmente importantes, e o valor que adicionam em
suas operações faz parte do agregado do Produto Interno Bruto. As
características que os diferenciam sugerem apenas que a natureza de suas
atividades e as razões da existência de um e do outro são distintas, mas
essenci-almente complementares.
6 Mercado Financeiro
•
Déficit. Os dispêndios correntes e os planejados superam as disponibilidades
atuais e as recebíveis. Configuram-se déficits de caixa, que podem então
levar à procura por operações financeiras de repasse de recursos.
Figura 1.1
8 Mercado Financeiro
•
Especialização. Dados os imprevistos, os riscos e as incertezas que ocorrem
na realidade econômica, exige-se dos agentes que intermediarão os recursos
financeiros uma capacidade de previsão e de julgamento, tanto para as
operações ativas quanto para as passivas. Isso significa que a administração
dos excedentes poupados poderá ser mais bem conduzida por agentes
especializados, preparados para essa finalidade, especialmente quanto à
segurança da custódia e aos níveis seguros de remuneração das captações a
prazo. A filtragem das operações de crédito também passará por julgamentos
especializados, realizados no âmbito do setor financeiro, que terá
instrumentos e informações suficientes para minimizar riscos. Já os agentes
que operam no setor real da economia podem não ser dotados das
capacitações exigidas para decisões financeiras que complementem
adequadamente seus negócios e suas transações.
Entre os custos sociais mais evidentes dessa situação, pode-se destacar pelo
menos três: 1. a postergação de projetos de investimento produtivo,
10 Mercado Financeiro
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Capítulo
II
Objetivos
■
Apresentar a segmentação do mercado financeiro.
A INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA
Os agentes econômicos nem sempre (ou, para ser mais realista, quase nunca)
auferem um montante de renda, num dado período, exatamente igual às suas
necessidades de consumo e investimento. Daí verifica-se que, para um dado
período de tempo considerado, coexistirão agentes econômicos cujo fluxo de
renda será superior às suas necessidades de consumo e investimento
Figura 2.1
Intermediação financeira
14 Mercado Financeiro
O MERCADO FINANCEIRO
•
Mercado de câmbio: mercado caracterizado pelas operações de troca de
moedas (nacional e estrangeiras) à vista ou a termo (para liquidação futura).
16 Mercado Financeiro
O SFN foi estruturado por uma série de leis editadas a partir do ano de 1964
que formataram sua estrutura de funcionamento.
•
Lei da Correção Monetária (4.357/64), que instituiu a estrutura de indexação
dos débitos fiscais e criou os títulos públicos com cláusulas de correção
monetária.
18 Mercado Financeiro
O subsistema normativo
(CMN)
Instituições financeiras
Bancos comerciais
Caixas econômicas
Cooperativas de crédito
Bancos de investimentos
Bancos de desenvolvimento
Companhias hipotecárias
Agências de fomento
Sociedade do microempreendedor
intermediários
Bolsa de valores
de previdência e seguros
Sociedades seguradoras
Sociedades de capitalização
Fundos mútuos
terceiros
Clubes de investimentos
Administradoras de consórcios
Sistema de Liquidação e
Custódia
20 Mercado Financeiro
❒ Objetivos do CMN
•
Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras.
❒ As competências do CMN
•
Aprovar os orçamentos monetários, preparados pelo Banco Central do
Brasil, por meio dos quais serão estimadas as necessidades globais de moeda
e crédito.
22 Mercado Financeiro
❒ As competências do BCB
– Funcionar no país.
– Alienar ou, por qualquer outra forma, transferir o seu controle acionário.
de 2002. Existem, entretanto, títulos emitidos pelo Banco Central antes dessa
data que ainda não venceram e, portanto, circulam no mercado financeiro.
Administradoras de consórcios
Agências de fomento
Bancos comerciais
Bancos múltiplos
Banco cooperativos
Bancos de desenvolvimento
Bancos de investimento
Companhias hipotecárias
•
Cooperativas de crédito
❒ Objetivos da CVM
A lei que criou a CVM (6.385/76) e a Lei das Sociedades por Ações (6.404/
•
Registro de companhias abertas.
26 Mercado Financeiro
❒ As competências da CVM
Bolsas de valores.
ção no Brasil.
❒ Os objetivos da Susep
•
Atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que se efetua
por meio das operações de seguro, previdência privada aberta, capitalização
e resseguro.
Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados supervi-
sionados.
28 Mercado Financeiro
Sociedades seguradoras
Sociedades de capitalização
Sociedades resseguradoras
❒ As competências da SPC
30 Mercado Financeiro
32 Mercado Financeiro
Quadro 2.2
Tipo de Instituição
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
Banco múltiplo
205
194
180
174
169
164
153
143
141
Banco comercial
35
38
36
28
25
28
28
23
23
Desenvolvimento
Caixa econômica
1
1
Investimento
17
23
22
22
21
19
20
23
21
CFI
43
48
49
44
42
43
42
46
47
Corretora de TVM
227
219
202
194
193
187
177
161
147
Corretora de câmbio
48
39
37
39
39
41
43
42
43
DTVM
333
283
238
210
190
177
159
151
146
Arrendamento mercantil
80
75
80
83
81
78
72
65
58
23
22
22
21
19
18
18
18
18
Companhia hipotecária
6
7
Agências de fomento
Cooperativas
908
1.018
1.120
1.198
1.253
1.311
1.379
1.430 1.454
SCM
11
23
37
49
Consórcios
462
446
433
422
406
407
399
376
365
Total
2.461
2.416
2.430
2.450
2.459
2.505
2.534
2.536 2.534
AS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
II. A pessoa natural que exerça quaisquer das atividades referidas neste
artigo, ainda que de forma eventual.
Criar moedas.
34 Mercado Financeiro
❒ Os bancos múltiplos
O banco múltiplo deverá ser constituído por, no mínimo, duas das seguintes
carteiras, sendo uma delas obrigatoriamente comercial ou de investimento:
Comercial
De crédito imobiliário
•
De arrendamento mercantil
❒ Os bancos comerciais
❒ Os bancos cooperativos
❒ As caixas econômicas
❒ As cooperativas de crédito
❒ Os bancos de investimento
•
Sob a forma de depósitos a prazo, com ou sem emissão de certificado.
ção de serviços.
38 Mercado Financeiro
❒ Os bancos de desenvolvimento
ção de bens e serviços, e para capital de giro. Devem ser constituídas sob a
forma de sociedade anônima e na sua denominação social constar a
expressão “crédito, financiamento e investimento”, conforme previsto na
Portaria no 309/59, do Ministério da Fazenda.
As sociedades de crédito, financiamento e investimento têm como principal
fonte de recursos a colocação de letras de câmbio no mercado.8
dito imobiliário”.
Depósitos de poupança.
Letras hipotecárias.
Letras imobiliárias.
40 Mercado Financeiro
❒ As companhias hipotecárias
•
Administrar fundos de investimento imobiliário, desde que autorizada pela
Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Emitir debêntures.
42 Mercado Financeiro
liário, as associações de poupança e empréstimo, as companhias de habita-
ça e empréstimo.
•
Valor unitário dos financiamentos, compreendendo principal e despesas
acessórias, não superior a R$150 mil.
❒ As agências de fomento
44 Mercado Financeiro
Fundos oficiais.
AUXILIARES FINANCEIROS
❒ As bolsas de valores
As bolsas de valores são associações civis sem fins lucrativos, cujo patrimô-
❒ As sociedades corretoras
46 Mercado Financeiro
•
Exercer funções de agente fiduciário.
As DTVMs têm por objeto, entre outros: comprar, vender e distribuir títulos
e valores mobiliários, e operar em bolsas de mercadorias e de futuros.
48 Mercado Financeiro
•
Empréstimos contraídos no exterior.
•
As despesas de manutenção, assistência técnica e serviços correlatos de
operacionalidade do bem arrendado sejam de responsabilidade da
arrendatária.
ção de arrendatárias.
50 Mercado Financeiro
los dentro do prazo de um ano, a contar do recebimento, prorrogável até
duas vezes, a critério do Banco Central do Brasil.
Abertas, as demais.
•
Coletivos, quando tenham por objetivo garantir benefícios previdenciários a
pessoas físicas vinculadas, direta ou indiretamente, a uma pessoa jurídi-ca
contratante.
O plano coletivo poderá ser contratado por uma ou várias pessoas jurídicas.
É assegurado aos participantes o direito à portabilidade, inclusive para plano
de benefício de entidade fechada, e ao resgate total ou parcial de recursos
das reservas técnicas, provisões e fundos.
52 Mercado Financeiro
❒ As sociedades seguradoras
mios retidos pelas seguradoras, uma parcela deve ser direcionada para a
constituição de reservas técnicas destinadas ao pagamento de indenizações
resultantes da ocorrência dos eventos (sinistros) previstos nos contratos
celebrados com os seus clientes.
❒ As sociedades de capitalização
❒ As sociedades resseguradoras
54 Mercado Financeiro
❒ Fundos mútuos
❒ Clubes de investimentos
❒ Administradora de consórcios
Bens imóveis.
•
rias (D1). A taxa Selic é mais importante que a taxa Cetip, pela natureza do
risco e da liquidez dos títulos envolvidos e pela característica da liquidação.
56 Mercado Financeiro
❒ O Banco do Brasil
Recursos próprios
58 Mercado Financeiro
Quem pode obter financiamento no BNDES:
BNDES Automático
Finame Agrícola
Finame Leasing
•
Cartão BNDES
Pré-embarque
Pré-embarque especial
Pós-embarque
60 Mercado Financeiro
Cred-Casa
❒ Banco da Amazônia
RESUMO
A estrutura do Sistema Financeiro Brasileiro foi desenvolvida a partir de
1964 em um arcabouço legal complexo e consolidado. Foram criados dois
subsistemas: normativo e operativo, que estabeleceram os objetivos, as
atribuições, as características e as funções das principais instituições
participantes do sistema. Os órgãos participantes do subsistema normativo
regulam, fiscali-zam e controlam as instituições do sistema de
intermediação. O Conselho Monetário Nacional é o órgão superior do
Sistema Brasileiro. Por sua vez, o sistema operativo realiza a intermediação
financeira, que é o objetivo principal do sistema financeiro.
62 Mercado Financeiro
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Capítulo
III
Mercado Monetário
Objetivos
64 Mercado Financeiro
MERCADO MONETÁRIO
66 Mercado Financeiro
tro também não é interessante manter saldos excessivos na conta de reservas
além do exigido, posto que esse excesso normalmente não é remunerado
pelo Banco Central e representaria um custo de oportunidade para o banco
(esse recurso excedente poderia ter sido direcionado para alguma operação
de empréstimo que geraria juros para a instituição). Dessa forma, tanto as
instituições com reservas insuficientes quanto as instituições com reservas
excedentes têm interesse em participar do mercado de reservas bancárias.
Mercado Monetário 67
Copom
Mercado Monetário 69
Tesouro Nacional.
•
Bancos de desenvolvimento, sociedades de crédito, financiamento e
investimento e sociedades de crédito imobiliário.
70 Mercado Financeiro
Câmaras.
•
Liquidante, se liquida operações diretamente em sua conta Reservas
Bancárias no Banco Central do Brasil.
Mercado Monetário 71
ções do emissor.
REDESCONTO
O acesso ao redesconto do Banco Central é restrito às instituições
financeiras titulares de conta reservas bancárias. O redesconto do Banco
Central compreende as seguintes modalidades:
Redesconto.
De até 15 dias úteis, podendo ser recontratadas desde que o prazo total não
ultrapasse 45 dias úteis, destinadas a satisfazer necessidades de liquidez
provocadas pelo descasamento de curto prazo no fluxo de caixa de
instituição financeira e que não caracterizem desequilíbrio estrutural.
De até 90 dias corridos, podendo ser recontratadas desde que o prazo total
não ultrapasse 180 dias corridos, destinadas a viabilizar o ajuste patrimonial
de instituição financeira com desequilíbrio estrutural.
Depósitos à vista.
Cheques administrativos.
74 Mercado Financeiro
Depósitos a Prazo.
•
Cédulas Pignoratícias de Debêntures.
AGREGADOS MONETÁRIOS
76 Mercado Financeiro
78 Mercado Financeiro
BM&F – Câmbio
Mercado Monetário 79
80 Mercado Financeiro
Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos – Cetip A Cetip
é depositária principalmente de títulos de renda fixa privados (Certificados
de Depósito Bancário – CDBs, Recibos de Depósito Bancários –
Mercado Monetário 81
ção por insuficiência de fundos implica sua rejeição pelo STR e, em seguida,
pelo Selic.
82 Mercado Financeiro
Câmara Tecban
Mercado Monetário 83
•
Sistema Nacional – três dias úteis, para quaisquer praças envolvidas, desde
que uma delas seja integrada ao Sistema Integrado Regional (Sirc) de São
Paulo, e quatro dias úteis para quaisquer praças envolvidas desde que
nenhuma delas seja integrada ao Sistema Integrado Regional (Sirc) de São
Paulo.
84 Mercado Financeiro
RESUMO
86 Mercado Financeiro
Banco Central. No mercado monetário são formadas as taxas de juros
básicas da economia brasileira, a taxa Selic e a taxa DI. O mercado
monetário tem também a função de prover o sistema econômico com um
sistema de pagamentos. O Sistema de Pagamentos Brasileiro sofreu
mudanças profundas, a partir de 2002, que o tornaram mais seguro, ágil e
eficiente.
7. Defina a taxa Selic e a taxa DI. Qual a influência dessas taxas em nossa
economia?
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
— Lei 10.214/2001.
Capítulo
IV
O Mercado de Crédito
Objetivos
■
Conhecer a estrutura do mercado de crédito.
■
Entender os diferentes produtos bancários para financiamento de longo
prazo.
INTRODUÇÃO
90 Mercado Financeiro
PARTE I
O MERCADO DE CRÉDITO
ça e boa reputação.
92 Mercado Financeiro
O Mercado de Crédito 93
São aqueles agentes econômicos que gastam menos que ganham, portanto
geram excedentes para poupança. Os detentores de recursos objetivam con-
sumir no futuro mais do que consomem no presente.
94 Mercado Financeiro
O Mercado de Crédito 95
O Mercado de Crédito 97
Figura 4.1
A gestão de crédito.
Fase 1 – Avaliação de
Fase 2 – Acompanhamento
e recuperação de crédito:
riscos e mitigantes
O Mercado de Crédito 99
ção: i) sistema especialista; ii) análise setorial; iii) geração de caixa e proje-
❒ Sistema especialista
O sistema especialista é a utilização dos parâmetros da análise clássica por
pessoas destacadas nos bancos como capazes de filtrar as informações dos
clientes, ponderá-las com base na relevância de cada uma e finalmente
decidir a respeito da concessão do crédito.
e horizontais.12
americana.
10. O regime de caixa é o princípio geral das finanças para a elaboração dos
relatórios financeiros.
11. A análise vertical é uma análise estática por meio do cálculo comparativo
(percentual) das contas dos relatórios contábeis em relação ao valor total das
contas. Exemplo: contas do ativo em relação ao ativo total. A análise vertical
tem mais sentido quando compara simultaneamente dois ou mais pe-ríodos
com o objetivo de avaliar a evolução dos resultados comparativos.
ção específica.
ção do tipo de bem que financiam, como, por exemplo, veículos novos ou
usados.
ção relativa desses fatores. Essas variáveis são definidas a partir da leitura
detalhada da carteira de crédito existente de cada instituição e da avaliação
criteriosa das características dos bons e maus pagadores. A partir dessa
avaliação, surgem os primeiros parâmetros que sedimentam os critérios de
avaliação.
As agências de rating
24. A agência de rating Moody’s Investors Service foi fundada em 1900 por
John Moody e lançou os primeiros ratings de classificação de obrigações de
empresas ferroviárias dos Estados Unidos. A agência Moody’s avalia mais
de 80 ratings soberanos e mais de cinco mil títulos de dívida. Os modelos de
avaliação dessa agência priorizam o valor do negócio, a capacidade
financeira, a qualidade do negó-
25. A agência de rating Standard & Poor’s foi fundada em 1860 por Henry
Varnum Poor e avalia principalmente rating de dívidas em moeda local e
estrangeira, de emissões de curto e longo prazo para empresas e governos.
26. A agência de rating Fitch IBCA foi fundada em 1913 e prioriza a força
do tomador, a probabilidade de default e o suporte externo.
27. A agência de rating Duff & Phelps Credit Rating Co. foi fundada em
1932 e avalia principalmente títulos de curto e longo prazo. Considera
fundamentalmente os aspectos de garantia.
O Mercado de Crédito 115
Quadro 4.1
Fitch IBCA
Aaa
AAA
AAA
AAA
investimento
Aa1
AA+
AA+
AA+
Aa2
AA
AA
AA
Aa3
AA-
AA-
AA-
A1
A+
A+
A+
A2
A
A
A3
A-
A-
A-
Baa1
BBB+
BBB+
BBB+
investimento
Baa2
BBB
BBB
BBB
Baa3
BBB-
BBB-
BBB-
BB+
BB+
BB+
investimento
Ba2
BB
BB
BB
Ba3
BB-
BB-
BB-
Grau de títulos
B1
B+
B+
B+
especulativos
B2
B
B3
B-
B-
B-
Caa1
CCC+
CCC+
CCC
Caa2
CCC
CCC
DD
Caa3
CCC-
CCC-
DP
Ca
CC
CC
Default
SD
DDD
DD
Fontes: Moody’s Investors Service, Sandard & Poor’s, Fitch IBCA e Duff &
Phelps.
Quadro 4.2
Rating inicial
AAA
AA
A
BBB
BB
CCC
Default
AAA
90,81
8,33
0,68
0,06
0,12
AA
0,7
90,65
7,79
0,64
0,06
0,14
0,02
0,09
2,27
91,05
5,52
0,74
0, 26
0,01
0,06
BBB
0,02
0,33
5,95
86,93
5,3
1,17
0,12
0,18
BB
0,03
0,14
0,67
7,73
80,53
8,84
1,06
0,11
0,24
0,43
6,48
83,46
4,07
5,2
CCC
0,22
0,22
1,3
2,38
11,24
64,86
19,70
Quadro 4.3
1o ano
2o ano
3o ano
4o ano
AAA
3,6
4,17
4,73
5,12
AA
3,65
4,22
4,78
5,17
3,72
4,32
4,93
5,32
BBB
4,1
4,67
5,25
5,63
BB
5,55
6,02
6,78
7,27
6,05
7,02
8,03
8,52
CCC
15,05
15,02
14,03
13,52
Quadro 4.4
Valor ($)
AAA
109,37
AA
109,19
108,66
BBB
107,55
BB
102,2
98,1
CCC
83,64
Inadimplência
51,13
No artigo “On the Pricing of Corporate Debt: The Risk Structure of Interest
Rate”, publicado no Journal of Finance, de junho de 1974, Robert C.
Quadro 4.5
Ativo econômico
Capital de terceiros
Quadro 4.6
Ativo econômico
Baseado no exemplo anterior, o empréstimo pode ser visto como uma opção,
na qual o acionista, como detentor da opção, pode exercer o direito de pagar
os empréstimos, quando o resultado do ativo econômico é satisfatório, e
tornar-se insolvente, quando o ativo econômico perde valor, entregando aos
credores os ativos até o limite de sua capacidade.
Nesse sentido, esse modelo precisa ser entendido sob a óptica do risco de
crédito como uma opção, em que o banco, ao emprestar recursos para
124 Mercado Financeiro
1
2
σ = g ( V ; σ; K; i)
PL
PL
t
σA
In ( A /PI) + (μ – (1/2)) σ2
DD =
σst
O exemplo dado por Saunders supõe que um banco divida sua carteira de
empréstimos em faixas de valores, sendo que na faixa inferior sejam
identificados cem empréstimos de US$20 mil e que existam outras duas
faixas com empréstimos de US$40 mil e US$60 mil, conforme a seguir:
μ e –μ
P ( n inadimplências) =
n!
Onde:
e = exponencial = 2,71828; e
! = fatorial.
33 × (2,71828)3
Prob. (3 inadimplências) =
3!
38 × (2,71828)8
Prob. (8 inadimplências) =
8!
Quadro 4.7
Probabilidade de inadimplência
Probabilidade
N
Probabilidade
acumulada
4,9787%
4,9787%
14,9361%
19,9148%
22,4042%
42,3190%
22,4042%
64,7232%
16,8031%
81,5263%
10,0819%
91,6082%
6
5,0409%
96,6491%
2,1604%
98,8095%
0,8102%
99,6197%
0,2701%
99,8898%
10
0,0810%
99,9708%
Nota: μ = 3%.
Pt =
(1 + e– Yt)
Yt = g( Xt, …, Vt)
Pt* 0,35
Rt =
= 1,16
Pt 0,30
Quadro 4.8
Dimensões para
Credit-
comparação
CreditMetrics
KMV
PortfolioView
CreditRisk
Definição de risco
MTM
MTM ou DM
MTM
DM
Direcionador de risco
Fatores macro
Nível de perda
Volatividade do evento
Constante
Variável
Variável
Variável
de crédito
Correlação do evento
Retorno dos
Retorno dos
Carregamento
Não há
de crédito
ativos
ativos
dos fatores
Taxas de recuperação
Aleatória
Aleatória
Constante na
de crédito
Aleatória constante
faixa
Abordagem numérica
Simulação ou
Simulação
Analítica
analítica
Analítica
analítica
Quadro 4.9
1993
1997
2001
2002
2003
Bancos múltiplos
206
210
205
194
180
174
169
164
153
143
141
Bancos comerciais
35
34
35
38
36
28
25
28
28
23
23
Desenvolvimento
5
5
Caixas econômicas
Bancos de investimento
17
17
17
23
22
22
21
19
20
23
21
CFI
41
41
43
48
49
44
42
43
42
46
47
SCCTVM*
285
280
275
258
239
233
232
228
220
203
190
SDTVM
378
367
333
281
235
210
190
177
159
151
146
Arrendamento
67
72
80
75
80
83
81
78
72
65
58
Crédito imobiliário/APE
27
27
23
22
22
21
19
18
18
18
18
Companhias
6
hipotecárias
Agências de fomento
877
946
1.430 1.454
Cooperativas
-
-
11
23
37
49
SCMs
485
490
462
446
433
422
406
407
399
376
365
Consórcios
2.536 2.534
Total
É importante destacar que 80% dos ativos do sistema financeiro são detidos
pelas dez maiores instituições financeiras bancárias. O mercado de crédi-to
está passando por importantes definições em relação aos aspectos
reguladores e aos intermediários de crédito, a partir da criação de novos
instrumentos de regulação com os acordos de Basileia I e II e as diversas
fusões e aquisições pelos intermediários.
e o Acordo de Basileia
Quadro 4.10
175%
Reino Unido
143%
Estados Unidos
141%
China
137%
Alemanha
119%
Itália
57%
Índia
33%
Brasil
26%
Peru
23%
México
13%
Fonte: FMI.
Quadro 4.11
Ranking
AA
0%
II
A
0,5%
III
1%
IV
3%
10%
VI
30%
VII
50%
VIII
70%
IX
H
100%
PARTE II
PRODUTOS ATIVOS
Produtos Commodities
Capital de giro
Conta garantida
O Mercado de Crédito 143
Cheque especial
Vendor
Compror
Fiança
Crédito rural
•
Capital de Giro
Conceito
Público-alvo
Vantagens e
desvantagens
Indexador
Tributação
Garantias
fiduciária.
Prazo
No mínimo de 15 dias e sem prazo máximo.
Contratação
promissória.
Conta garantida
Conceito
Público-alvo
Vantagens e
desvantagens
Indexador
Pós-fixado em CDI.
Tributação
Garantias
Contratação
Cheque especial
Conceito
Público-alvo
Vantagens e
desvantagens
Indexador
Pós-fixado em CDI.
Tributação
Garantias
Não há.
Prazo
Contratação
Vendor
Conceito
Financiamento a vendas no qual a empresa utiliza seu
crédito para incrementar o prazo de cliente sem utilizar caixa. O fato gerador
é a nota fiscal ou recibo de venda à vista. O fornecedor é interveniente pela
dívida da empresa.
Público-alvo
Vantagens e
Indexador
2.770).
Tributação
CPMF e IOF.
Garantias
Prazo
No mínimo 30 dias.
Contratação
ção do título.
Impacto:
Compror
Conceito
Público-alvo
Vantagens e
Indexador
Garantias
Geralmente é clean.
Prazo
Mínimo de 30 dias.
Contratação
3. O cliente envia para o banco as notas fiscais, boletas, recibos por meio do
convênio (compror) para quitação.
Público-alvo
Vantagens e
Indexador
Prefixado.
Tributação
CPMF.
Garantias
Aval.
Prazos
Contratação
prestação de garantias.
Fiança
Conceito
Prestação de garantia dada pela instituição financeira de uma obrigação
específica contraída pelo cliente junto a terceiros. A fiança precisa refletir as
condições acordadas entre o cliente e seu fornecedor.
Público-alvo
Vantagens e
desvantagens
O Mercado de Crédito 149
Indexador
afiançado e o fiador.
Tributação
Garantias
Prazos
Determinado ou indeterminado.
Contratação
Crédito Rural
Conceito
Público-alvo
agrícolas.
Vantagens e
desvantagens
Indexador
Não há.
Pricing
Tributação
Não há.
Garantias
Contratação
prestação de garantias.
Limites
crédito rural.
Conceito
Público-alvo
Empresas, preferencialmente exportadoras, que necessitam de capital de giro
para amortizar no médio e longo prazos.
Vantagens e
interno;
desvantagens
Indexador
Tributação
CPMF.
Garantias
alienação fiduciária.
Contratação
Conceito
Público-alvo
Vantagens e
Indexador
Dólar.
Tributação
CPMF.
Garantias
alienação fiduciária.
Prazo
Mínimo de 30 dias e máximo entre dois e três anos.
Contratação
Produtos de Investimentos
Finame
BNDES automático
Finem
Leasing financeiro
•
Leasing operacional
Leasing Finame
Vendor leasing
Finame
Conceito
Público-alvo
Vantagens e
longos.
Indexador
Não há.
Garantias
Prazo
Entre 18 e 60 meses.
Contratação
BNDES Automático
Conceito
Públic-alvo
Vantagens e
desvantagens
Indexador
TJLP.
Tributação
Não há.
Garantias
Prazo
Geralmente 60 meses.
Contratação
Projeto de viabilidade econômica do investimento, CND do INSS, CRS do
FGTS, documentos societários da empresa,
Finem
Conceito
Público-alvo
Vantagens e
desvantagens
Indexador
TJLP.
Tributação
Não há.
Garantias
Prazo
Superior a 60 meses.
Contratação
Leasing Financeiro
Conceito
Público-alvo
desvantagens
Indexador
Tributação
ISS.
Garantias
O bem e aval.
Prazo
Mínimo 24 meses.
Contratação
Contrato de arrendamento.
O Mercado de Crédito 155
Leasing Operacional
Conceito
Público-alvo
Vantagens e
Indexador
Tributação
ISS.
Garantias
O bem e aval.
Prazo
Mínimo 90 dias.
Contratação
Contrato de arrendamento.
Conceito
Lease back é uma operação na qual uma pessoa jurídica vende bens do
imobilizado para uma empresa de leasing e simultaneamente aluga esses
bens com uma opção de venda ao final do contrato. O contrato precisa
vigorar num período de tempo inferior à vida útil do bem e o arrendatário se
compromete a mantê-lo em perfeito estado.
Público-alvo
Empresas com elevado índice de imobilização que precisam de capital de
giro.
Vantagens e
desvantagens
Indexador
Tributação
Garantias
O bem e aval.
Prazo
24 a 60 meses.
Contratação
Contrato de venda e contrato de arrendamento mercantil.
Leasing Finame
Conceito
Público-alvo
Vantagens e
desvantagens
Indexador
TJPL.
Tributação
ISS.
Garantias
O bem e aval.
Prazo
24 a 60 meses.
Contratação
BNDES (Finame).
Vendor Leasing
Conceito
Público-alvo
Vantagens e
desvantagens
Indexador
Tributação
ISS.
Garantias
O bem e aval.
Prazo
24 a 36 meses.
Contratação
Contrato de arrendamento.
Agribusiness
Duplicata rural
Parceria
Crédito a cooperativas
•
Créditos de custeio
Crédito de financiamento
Resolução no 2.148
EGF
Conceito
Público-alvo
Vantagens e
Custo subsidiado.
desvantagens
Indexador
Tributação
Não há.
Garantias
Limites
Prazos
Contratação
Produtos
Compra de CPR
Conceito
Público-alvo
Vantagens e
Custo subsidiado.
desvantagens
Indexador
8,75% a.a. prefixado.
Tributação
Não há.
Garantias
Limites
Prazos
Contratação
Produtos
amparados
Desconto de NPR
Conceito
Público-alvo
Vantagens e
Custo subsidiado.
desvantagens
Indexador
Tributação
Não há.
Garantias
Aval.
Limites
Prazos
Até 120 dias para qualquer produto agrícola ou pecuário, sem limite de
valor. Período de contratação: o ano todo.
Contratação
Produtos
amparados
Duplicata Rural
Conceito
entrega de produtos.
Público-alvo
Vantagens e
Custo subsidiado.
desvantagens
Indexador
8,75% a.a. prefixado.
Tributação
Não há.
Garantias
Limites
Prazos
Contratação
Produtos
amparados
O Mercado de Crédito 161
Parceria
Conceito
Público-alvo
Vantagens e
Custo subsidiado.
desvantagens
Indexador
Não há.
Garantias
Limites
Prazos
Contratação
Produtos
Suínos e aves.
amparados
Crédito a Cooperativas
Conceito
Público-alvo
Empresas que utilizam os produtos como matéria-prima para beneficiamento
e produção industrial.
Vantagens e
Custo subsidiado.
desvantagens
Indexador
Tributação
Não há.
Garantias
Limites
Prazos
180 dias.
Contratação
amparados
Crédito de Custeio
Conceito
Público-alvo
cooperados.
Vantagens e
Custo subsidiado.
desvantagens
Indexador
Tributação
Não há.
Garantias
Aval.
Limites
Contratação
início da safra.
Produtos
Crédito de Financiamento
Conceito
Público-alvo
cooperados.
Vantagens e
Custo subsidiado.
desvantagens
Indexador
Tributação
Não há.
Garantias
Limites
R$60 mil/ano.
Prazos
Contratação
Produtos
Todos.
amparados
Resolução no 2.148
Conceito
Público-alvo
compra de insumos.
Vantagens e
desvantagens
Indexador
Variação cambial.
Tributação
Isento.
Garantias
Prazos
Contratação
Contrato de repasse externo e cédula rural.
Serviços
Exportação
Importação
Garantias internacionais
Serviços
Pagamento antecipado
❒ Contrato de Câmbio
EXPORTAÇÃO
IMPORTAÇÃO
166 Mercado Financeiro
2. Embarque da mercadoria.
3. Envio da documentação cambial do exportador por meio do banco
brasileiro, que fechará o câmbio e será responsável pelo trâmite da
documentação. Esse banco cursa os documentos ao exterior via seu banco
correspondente que, por sua vez, remete ao importador. Por tratar-se de
cobrança a prazo, o importador dá um “aceita” na letra de câmbio. O
importador pode desembarcar a mercadoria antes do pagamento (quitação do
câmbio). O exportador corre risco de crédito do importador.
❒ Pagamento Antecipado
1. Contrato comercial entre exportador e importador.
2. Pagamento antecipado (em US$) pelo valor pactuado por meio de banco
no exterior onde o banco do exportador tenha uma conta-corrente.
Exportação
Trava cambial.
Pré-pagamento de exportação.
•
BNDES Exim pré-embarque de exportação.
Securitização de exportação.
O Mercado de Crédito 169
Público-alvo
Empresas exportadoras.
Vantagens e
desvantagens
Indexador
Variação cambial.
Tributação
Não há.
Garantias
Prazo
Contratação
BASE LEGAL
Conceito
Empresas exportadoras.
Vantagens e
desvantagens
Indexador
Variação cambial.
Tributação
Não há.
Garantias
Prazo
Contratação
RISCOS DO BANCO
Ricos operacionais
PENALIDADES
O exportador deverá:
BASE LEGAL
•
Circular no 2.919, de 18 de agosto de 1999.
Trava Cambial
Conceito
Público-alvo
Vantagens e
Recebimento de prêmio.
desvantagens
Indexador
Variação cambial.
Tributação
Não há.
Garantias
Performance de exportação.
Prazos
Contratação
BASE LEGAL
Pré-Pagamento de Exportação
Conceito
Público-alvo
Vantagens e
Custos reduzidos.
desvantagens
Indexador
Variação cambial.
Tributação
Não há.
Garantias
Performance de exportação.
Prazo
Até 360 dias para qualquer produto e superior a 360 dias mediante
apresentação de Registro de Operações Financeiras (ROF) junto ao Banco
Central.
Contratação
BASE LEGAL
Forfaiting
Conceito
Público-alvo
Vantagens e
Não aparece no balanço como operação financeira, mas
desvantagens
comercial.
Indexador
Variação cambial.
Tributação
Não há.
Garantias
Não há.
Prazo
Contratação
4. O banco avalista passa o saque aceito e avaliado para o banco que compra
o saque agora denominado banco comprador.
BASE LEGAL
Conceito
Público-alvo
Vantagens e
Indexador
Tributação
Não há.
Garantias
Prazo
ultrapassar 24 meses.
Contratação
BASE LEGAL
•
Consolidação das Normas Cambiais – Capítulo 5 – Título 18.
Conceito
nacionalização deve ser superior a 60%. O funding atende até 100% do valor
da exportação.
Público-alvo
Vantagens e
desvantagens
Indexador
Tributação
Não há.
Garantias
Prazo
Até 12 anos.
Contratação
garantia.
BASE LEGAL
•
Circular no 164/98, de 4 de setembro de 1998, do BNDES/Finame (fixa
critérios do programa).
Securitização de Exportação
Conceito
diretamente na conta da SPC num trustee, que utiliza os recursos para pagar
os investidores.
Público-alvo
Vantagens e
desvantagens
investment grade.
Tributação
Garantias
Fluxo de exportação.
Prazo
Contratação
Importação
Carta de crédito.
Stand by letter.
Desconto de saque.
Carta de Crédito
Conceito
Público-alvo
Empresas importadoras que precisam de garantias do
exportador.
Vantagens e
Preço.
desvantagens
Indexador
Variação cambial.
Tributação
Garantias
Aval.
Prazo
(aspecto negocial).
Contratação
BASE LEGAL
câmbio antecipado).
•
Circular no 2.948, de 28 de outubro de 1999 (elimina a exigência de
contratação prévia de câmbio).
Conceito
Público-alvo
Vantagens e
Preço.
desvantagens
Indexador
Variação cambial.
Tributação
Garantias
Aval.
Prazo
À vista – o exportador recebe os recursos mediante
Contratação
BASE LEGAL
•
Circular no 2.753, de 30 de abril de 1997 (importação acima de 360 dias
– câmbio antecipado).
Conceito
Público-alvo
pagamento.
O Mercado de Crédito 187
Vantagens e
desvantagens
Indexador
Variação cambial.
Tributação
Garantias
Aval, PM e AF.
Prazo
Contratação
BASE LEGAL
•
Circular no 2.948, de 28 de outubro de 1999.
Conceito
Público-alvo
pagamento.
Vantagens e
desvantagens
Indexador
Variação cambial.
Tributação
Garantias
Prazo
Contratação
BASE LEGAL
•
Resolução no 2.342, de 13 de dezembro de 1996.
•
Circular no 2.982, de 10 de maio de 2000.
Desconto de Saque
Conceito
Público-alvo
pagamento.
Vantagens e
Indexador
Variação cambial.
Tributação
Não há.
Garantias
Aval, PM e AF.
Prazo
Até 360 dias.
Contratação
pelo importador.
Garantias Internacionais
Bid bond
Performance bond
O Mercado de Crédito 191
Bid Bond
Conceito
bid bond cobre (em dinheiro) riscos não cumpridos em edital por parte da
empresa participante da concorrência.
Público-alvo
Vantagens e
desvantagens
banco terá que honrar o compromisso em dinheiro.
Tributação
Não há.
Garantias
Aval.
Prazo
Contratação
4. Banco emite a Bid Bond, após assinatura do contrato pelo cliente, para
envio ao licitante através do banco confirmador.
192 Mercado Financeiro
BASE LEGAL
Brochura no 325
Brochura no 458
Performance Bond
Conceito
Público-alvo
Vantagens e
desvantagens
dinheiro.
Tributação
Não há.
Garantias
Aval.
Prazo
Contratação
BASE LEGAL
Brochura no 325
Brochura no 458
Produtos Estruturados de Renda Fixa
Plano empresário
Debêntures
Securitizações
Commercial papers
Empréstimos sindicalizados
Project finance
Plano Empresário
Conceito
construção de imóveis.
Público-alvo
Construtoras e incorporadoras de imóveis.
Vantagens e
setor.
Indexador
TR.
Tributação
Não há.
Garantias
Hipoteca do imóvel.
Prazo
Contratação
Debêntures
Conceito
São títulos de crédito representados por frações de
Público-alvo
Vantagens e
desvantagens
indexador à escolha.
Tributação
Caso a caso.
Garantias
Prazo
Contratação
Securitização
Conceito
É a emissão de um instrumento de dívida doméstico ou
segregado em uma SPC, que gera fluxos de caixa previsíveis para liquidação
de principal e juros dos títulos ou bonds emitidos.
Público-alvo
Vantagens e
indexadores.
Indexador
Diversos.
Tributação
Caso a caso.
Garantias
Recebíveis.
Prazo
Contratação
Commercial Paper
Conceito
Público-alvo
Vantagens e
desvantagens
indexador à escolha.
Indexador
Não há.
Garantias
Somente aval.
Prazo
Contratação
Empréstimos Sindicalizados
Conceito
senioridade.
Público-alvo
Empresas que precisam de um elevado volume de recursos
Vantagens e
desvantagens
Tributação
IOF.
Garantias
Prazo
Mínimo de 30 dias.
Contratação
covenants.
Project Finance
Conceito
Público-alvo
Vantagens e
Indexador
Depende do projeto.
Tributação
Depende do funding.
Garantia
Prazo
Contratação
PRODUTOS PASSIVOS
Fundos de investimentos
Títulos privados
Títulos públicos
Fundos de Investimentos
Conceito
Aplicações em carteiras específicas dos bancos ou asset management
segundo o perfil do investidor. Os fundos são compostos de diferentes
papéis, como títulos públicos, títulos privados (debêntures de empresas),
ações e papéis do Banco Central. A diferença entre os fundos advém da
composição desses papéis em sua carteira.
Público-alvo
Argumento
Segurança e rentabilidade.
de venda
Indexador
ações na carteira.
Tributação
Taxas
0,5% a 2% ao ano.
Prazo
Títulos Privados
Conceito
Público-alvo
Argumento
Indexador
interbancário.
Tributação
Imposto de renda regressivo (até seis meses alíquota de 22,5%, de 6 a 12
meses de 20%, de 12 a 24 meses de 17,5% e acima de 24 meses de 15%).
IOF no caso de saque antes do 30o dia, e CPMF.
Prazo
De 1 a 1.080 dias.
Títulos Públicos
Conceito
Público-alvo
Argumento
Indexador
Tributação
Prazo
RESUMO
ANEXO
CPMF
I. Definição
IV. Alíquota
IOF
I. Definição
IV. Alíquota
Observações:
ISS
Definição
Definição
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SILVA, José Pereira da. Análise e decisão de crédito. São Paulo: Atlas,
1998.
SILVA, José Pereira da. Gestão e análise de risco de crédito. São Paulo:
Atlas, 2000.
Capítulo
O Mercado de Capitais –
A Convergência Empresa –
Mercado Financeiro
Objetivos
■
Definir os objetivos de uma abertura de capital.
AS ÂNCORAS DO CAPITAL
E foi apenas durante a Revolução Industrial, nos séculos XVIII e XIX, que o
surgimento das sociedades por ações propiciou o marco legal que permitiu
sua expansão em grande escala. Atualmente, a empresa brasileira pode
emitir vários tipos de títulos para abertura do capital: ações, bônus de
subscrição, debêntures, partes beneficiárias e notas promissórias. Mas não o
fazem ou fazem muito pouco.
Um dos primeiros casos de emissão de ações para venda ao público pode ter
sido o de uma empresa londrina com o sonoro nome de The Mysterie and
Compagnie of the Merchant Adventurers for the Discoverie of Regions,
Dominions, Islands and Places Unknown, em 1553. O projeto empresarial
era a busca de um caminho marítimo para a Rússia. Não há exemplos
anteriores de uma “privatização” desse tipo.
pria pessoa, suas habilidades e sua vida. A sociedade funcionava por apenas
uma viagem e os sócios dividiam os lucros, caso houvesse, em partes iguais.
Os sócios individuais contribuíram muito para a constituição dessas
empresas, que eram de fato parcerias.
De fato, foi apenas em 1811, em Nova York, que surgiu um novo estatuto
para as sociedades por ações: eram abertas a todos e a qualquer um, sem
precisar da autorização do Estado, e as perdas se limitavam às contribuições.
Entre ações e dívidas pode-se até indagar se não haveria uma combinação
perfeita. Estudos financeiros mostram que isso é impossível. O diretor
financeiro não pode criar valor. Nos últimos 50 anos, boa parte do
pensamento sobre finanças foi iconoclasta. Antigamente, existia um mito
relativo à existência de uma hierarquia de fontes de financiamento de acordo
com o respectivo custo. No Japão, por exemplo, a ideia de que o capital tem
um custo ainda é relativamente nova. O outro mito estava relacionado ao
endividamento, que tinha de ser evitado em qualquer hipótese.
sua fome, ele preferiu oito. Miller acrescentou, “se o leitor achar isso
engraça-do, então entendeu o teorema de Modigliani”. O número de porções
não modifica o tamanho da pizza assim como a maneira como os passivos se
divi-dem não altera o valor da empresa. O quociente entre o nível de
endividamento e o capital próprio não influencia este último. Tudo o que ele
influencia é a distribuição do lucro econômico entre credores e acionistas.
Fundamentalmente, ninguém cria valor combinando ativos ou gerenciando
os passivos da empresa. Então, para que servem os financistas?
riam, pelo contrário, arcar com dívidas menos pesadas. Dentre elas estão as
empresas de alta tecnologia, cujos produtos podem sair da moda, e as
empresas da indústria pesada com ciclos de produção, como as siderúrgicas
e as do ramo automotivo. O ramo em que a empresa opera pode justificar um
maior ou menor grau de endividamento. Contudo, vejamos as coisas mais de
perto. Se esse fosse o caso, as empresas apresentariam riscos quase
homogêneos: as que operam nos setores de maior risco deveriam mostrar um
risco pouco maior por conta de seu menor endividamento; e aquelas que
atuassem em atividades de menor risco aumentariam seu risco geral ao
aumentar seu endividamento, mas não é isso o que ocorre.
As empresas são avessas a emitir novas ações, mesmo se seu custo marginal
difere pouco daquele do capital próprio existente. Por que elas recorrem a
esse mecanismo apenas em última instância?
rias serão preferíveis. Se tudo isso for insuficiente, elas emitem títulos de
dívi-da começando pelos menos arriscados e avançando na escala; a partir de
en-tão apenas aumentam as despesas de capital quando as coisas se
complicam.
Uma perspectiva histórica de longo prazo mostra que essa teoria está em
melhor posição do que as finanças modernas para elucidar o comportamento
das empresas (mesmo no século XVII e mesmo no Brasil). Reconhecido
isso, a teoria é ainda um pouco vaga e confusa: pode explicar como as
empresas tendem a se comportar, mas não ajuda a entender o porquê. Mais
precisamente, não oferece qualquer indicação relativa ao nível de
endividamento
TÍTULOS DA DÍVIDA
ção”. Dictum meum pactum, era o dito da Bolsa de Londres desde 1801.
Seme-
O Mercado de Capitais – A Convergência Empresa – Mercado Financeiro
209
JUROS E ALUGUEL
A taxa de juros representa o preço que deve ser pago para dispor do
privilégio de usar o dinheiro de outra pessoa. Ao alugar um carro, dispomos
dele pelo período contratado. As sociedades por ações empregam e aplicam
os mesmos princípios básicos. Elas solicitam uma espécie de aluguel,
conhecido como juro, para conceder um empréstimo por determinado
período, sendo todas as características definidas na escritura de emissão. O
muitas vezes usam uma projeção da taxa de inflação para calcular a taxa de
juros real, projetada a partir de determinada taxa nominal.
O mais comum é que as debêntures tenham prazo determinado, mas também
podem ser emitidas por tempo indeterminado. Sejam nominais ou reais, as
taxas de juros podem ser de curto, médio ou longo prazos. As taxas de juros
de curto prazo se aplicam a empréstimos concedidos por um perí-
odo de três anos ou menos e as taxas de juros de longo prazo são relevantes
para empréstimos que vencem em pelo menos dez anos; assim, as taxas de
juros de médio prazo se aplicam a empréstimos com prazo intermediário (de
três a dez anos). Como regra prática, as taxas de juros de longo prazo são
mais altas do que as de curto prazo – é natural que os emprestadores exijam
retornos mais lucrativos para imobilizar seus fundos por um período mais
longo. A solvência do tomador e o risco percebido da aplicação também são
fatores fundamentais a ser levados em conta.
Abrir o capital permite que a ação seja negociada na bolsa. Depois disso,
tudo volta ao ponto de origem e há um mercado secundário para negociar o
instrumento durante o resto de sua vida. O mercado financeiro propõe valor
aos ativos: agências de rating classificam dívidas, o mercado bursátil
classifica ações, bônus e debêntures e, ao fim, mas não somente, o mercado
O PROCESSO DE UNDERWRITING
lançamento das ações de uma empresa pode ser a condição preliminar básica
para o registro e a negociação em bolsa de uma ação. Para a empresa, isso
representa muitas vezes a única maneira de crescer. Projetos, como o
lançamento de novas linhas de produtos ou a venda dos existentes em um
novo mercado externo, podem ser financiados por meio de uma nova
emissão de ações oferecidas na bolsa de valores. As cotações das ações
também podem ser a solução para a saída do fundador de uma companhia. A
solução de questões relativas à reestruturação societária, decorrentes de
estratégia empresarial, partilha de heranças, processo sucessório ou saída de
acionistas, pode ser equacionada pela abertura de capital. Uma vez que as
ações têm um preço, elas se tornam um meio de pagamento similar ao
dinheiro. A empresa pode emitir ações novas para pagar a aquisição de uma
outra empresa. Com a abertura de capital, desperta-se a atenção dos
intermediários financeiros e da mídia, e as informações divulgadas
melhoram a imagem da empresa. A emissão obriga a empresa a divulgar sua
estratégia ao público e aos futuros acionistas.
Graças às cotações de mercado e à concessão de opções de ações ( stock
options), a empresa pode aumentar a motivação de seus funcionários,
reforçando sua fidelidade. Executivos podem acompanhar os preços
diariamente e se beneficiar da possibilidade de venda desses derivativos,
assim como de sua liquidez a qualquer momento.
rias, sendo, dessa forma, o critério mais apropriado para determinar o preço
de distribuição.
buição”) foi fixado em R$ 36,50 por ação, com base na faixa de preço
indicada no prospecto preliminar. A faixa de preço de distribuição por ação
indicada no prospecto preliminar é estabelecida tendo em vista:
Procedimentos jurídicos
O AUMENTO DE CAPITAL
A teoria não explica por que um desses métodos pode ser preferível ao outro.
O método do direito de preferência privilegia os acionistas existentes.
Mesmo quando a emissão é feita a preços de mercado, os acionistas se
beneficiam da prioridade na subscrição das novas ações. Gostaria de
convencer o leitor de que o método europeu desequilibra o mercado de
novas ações. Come-
Quadro 5.1
Cronograma da oferta
Período
Eventos
T+7
Início do roadshow.
T+11
T+18
Encerramento do roadshow.
T+21
T+22
Registro da distribuição.
T+23
T+25
T+52
Por que as novas emissões são recebidas com desconfiança? As novas ações
na verdade reduzem o lucro por ação. Essa diluição corresponde à queda
puramente aritmética no lucro por ação, resultante do maior número de
ações.
Quadro 5.2
O processo de distribuição
também de 10 a 15 dias.
10
A INEFICIÊNCIA DE MERCADO
No Brasil, os mercados domésticos servem para financiar a dívida pública e
as empresas privadas não encontram neles o financiamento necessário ao seu
crescimento. Os bancos são cúmplices de um status quo por meio do qual
ganham dinheiro sem risco, emprestando ao governo com taxas excessivas
com os fundos que poderiam financiar a economia brasileira. O governo não
poderia direcionar os bancos a retomar a dupla função que nunca deveriam
ter abandonado – emprestar às empresas privadas e desenvolver novas
atividades nos mercados financeiros? Da resposta a essa questão depende o
desenvolvimento da economia nacional, ou seja, os empregos de amanhã. O
governo é o maior concorrente do setor privado e deveria inovar com novos
produtos financeiros para financiamento em longo prazo, com vantagens
fiscais para quem aplicar em 10 ou 15 anos. Houve apenas 20 operações de
lançamento de debêntures até 30 de junho de 2004, sendo de R$15 bilhões a
expectativa para 2004, tendo ocorrido apenas R$14 bilhões em 2002 e R$5
bilhões em 2003!
China
Índia
Rússia
Banking spread
80
16
11
72
Investimentos/PNB
68
35
65
PNB crescimento
59
24
69
RESUMO
3. A mudança na estrutura de capital não gera valor para uma empresa? Por
quê?
ANEXO
O processo começa com uma espécie de turnê, uma apresentação dos diri-
gentes e da empresa aos investidores de várias localidades, de acordo com o
plano de distribuição. O objetivo de uma abertura de capital é criar uma base
diversificada de acionistas, formada por investidores institucionais e,
dependendo da empresa, uma boa base de investidores pessoas físicas. O
ção pública.
A data da publicação do anúncio de início da distribuição pública marca o
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Capítulo
VI
Objetivos
■
UM POUCO DE HISTÓRIA
1992 – Plano Collor II: Indicadores de correção monetária são extintos, mas
preserva-se a Taxa Referencial (TR), para corrigir os valores em contratos,
títulos, e outras obrigações monetárias. Os governos federal, estaduais e
municipais mantiveram a indexação na cobrança de tributos, que serviu
também para a correção monetária de diferentes rubricas nas demonstrações
financeiras das empresas.
O Estado pobre não conseguia gerar empregos para uma massa cada vez
maior de desempregados com pouca ou nenhuma qualificação – a criação de
empregos na indústria da construção civil passou a ser uma forma rápida de
minimizar o problema. O plano criou um banco central do sistema e um
banco de desenvolvimento e fomento, e um sistema financeiro especial,
destinado a prover recursos para a construção de casas populares e obras de
saneamento básico. Esse sistema tinha sua própria moeda, a Unidade Padrão
de Capital (UPC) e seus próprios títulos e valores mobiliários, as cédulas
hipotecárias, as letras imobiliárias e os depósitos em caderneta de poupança.
Posteriormente, esses recursos foram reforçados com o caixa do Fundo de
Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
240
Ibovespa
220
200
180
160
140
120
100
80
60
2000
2001
2002
2003
2004
Fonte: Economatica.
234 Mercado Financeiro
Figura 6.1
Subsistema Normativo
Subsistema de Intermediação
Autoridades
Autoridades
Instituições
Instituições
monetárias
de apoio
financeiras
auxiliares
• Regulação
• Intermediação
• Fiscalização
• Suporte operacional
• Administração
As cédulas de debêntures.
As notas comerciais.
Principais atribuições:
SOCIEDADES CORRETORAS
2. www.ancor.com.br
Principais atribuições:
Principais atribuições:
AGENTES AUTÔNOMOS
3. www.andima.com.br
A Estrutura do Mercado de Capitais 237
BANCOS DE INVESTIMENTOS
Principais atribuições:
•
A BOVESPA
4. www.cvm.gov.br
5. www.bovespa.com.br
Figura 6.2
Escopo de atuação da CVM
Instituições finaceiras
do mercado
Companhias
CVM
de capital aberto
Investidores
Títulos Negociados
Mercados da Bovespa
•
Mercado à vista6
Mercado de opções
Mercado a termo
Mercado futuro
Mercado à vista
D – Dia do pregão
D + 3 – Liquidação financeira
❒ Recompra
O vendedor das ações tem até o quinto dia útil para efetivar a liquidação
física; se isso não acontecer, a bolsa recompra a valor de mercado os papéis,
debitando ou creditando a diferença, se houver, ao vendedor, liquidando a
operação.
Mercado a termo
Mercado de opções
Dessa forma, uma opção da Petrobras na Bovespa pode ser identificada por
meio do seguinte código: PetrA98, onde Petr é o código do ativo, A é o mês
de exercício (janeiro) e 98 identifica o preço de exercício. Nem sempre o
número após a letra que identifica o mês corresponde ao preço de exercí-
O mercado futuro
Para operar no mercado futuro, são exigidas margens de garantia que variam
de acordo com o contrato e devem ser suficientes para cobrir no míni-mo um
dia de oscilação da commodity no pregão. As margens são estipuladas pelas
bolsas e levam em consideração a volatilidade da mercadoria. Além da
margem, as posições em aberto, ou seja, os contratos que não foram
liquidados, sofrem ajustes diários para que haja a equalização de posições,
minimi-zando o risco sistêmico. Em outras palavras, no mercado futuro,
você está vendido ou comprado; se você não liquidou sua posição e passou
de um pregão para o outro em aberto, você será creditado ou debitado, no dia
seguinte, de acordo com o seu preço de compra ou venda em relação ao
preço de fechamento do pregão anterior.
Participantes do mercado
Funções
Especulador: liquidez.
Quadro 6.1
Mercado
Tipo de operação
Dia da liquidação
À vista
D + 0*
D+1
À vista
D+3
Ações
A termo
D + n, o dia do vencimento
Opções e futuros
D+1
Fonte: Bovespa.
Quadro 6.2
Negócios
Abril
Maio
Variação
Abril
Maio
Variação
Mercado
2005
2005
(%)
2005
2005
(%)
32.087
26.776
-16,6
1.206.751
967.421
-19,8
Mercado a termo
897
757
-13,9
56.631
47.046
-16,9
21.718
19.490
-10,3
83.638
75.757
-9,4
Outros*
4.478
4.098
-8,5
88.555
65.237
-26,3
59.162
51.120
-13,6
1.435.575
1.155.462
-19,5
Fonte: Bovespa.
cio, sempre lembrando que, no mercado à vista, pagou, levou e que nos
mercados futuros as operações, com exceção da compra de opções, sempre
envolvem margem de garantia e ajustes.
foi desenvolvida para prover o mesmo tipo de serviço para outros ativos
como, por exemplo, certificados de privatização, debêntures, certificados de
investimento, certificados audiovisuais e cotas de fundos imobiliários.
A Estrutura do Mercado de Capitais 245
MERCADO PRIMÁRIO
Subscrição de ações: Venda das ações da Gol Linhas Aéreas. O dinheiro foi
para o caixa da empresa.
MERCADO SECUNDÁRIO
Principal objetivo: Liquidez.
Exemplos:
INVESTIDORES DO MERCADO
Pessoas Físicas
Tipos de investidores
R$
Part. %
Pessoas físicas
95.413.129.960
25,3
Investidores individuais
88.329.874.193
23,4
Clubes de investimento
7.083.255.767
1,9
Institucionais
104.013.324.277
27,6
Companhias seguradoras
946.956.718
0,3
11.456.295.949
Fundos mútuos
91.610.071.610
24,3
Investidores estrangeiros
120.354.264.002
31,9
2,9
Instituições financeiras
45.451.115.680
12,1
28.157.745.849
7,4
17.293.369.831
4,7
Outros
875.064.271
0,2
Total geral
377.159.078.332
100
Fonte: Bovespa.
A Estrutura do Mercado de Capitais 247
Clubes de investimentos
Associação de pessoas, geralmente com algum tipo de afinidade, para
investimento em ações. Os clubes de investimento existem no Brasil há mais
de 20 anos, mas a instabilidade econômica das últimas décadas impedia a
consolidação dessa modalidade de investimento, que, por meio da poupança
cole-tiva, dilui riscos e custos no mercado de renda variável.
OS INVESTIDORES INSTITUCIONAIS
Gráfico 6.2
Investidores
Empresas
Instituições
estrangeiros
2,9%
financeiras
31,9%
12,1%
Outros
0,2%
Pessoas
físicas
25,3%
Institucionais
27,6%
Fonte: Bovespa.
Importância
O SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO
Para que o dinheiro saia do bolso do investidor para o caixa das empresas
(capitalização do emissor, mercado primário) e para que o investidor consiga
trocar os papéis adquiridos no mercado primário por dinheiro (liquidez) é
necessário que exista todo um sistema de intermediação financeira, que, no
caso do mercado de capitais, é composto pelos bancos de investimento, pelas
sociedades corretoras, pelas sociedades distribuidoras e pelos agentes autô-
Ações
AÇÕES ORDINÁRIAS
AÇÕES PREFERENCIAIS
As ações preferenciais não asseguram ao seu proprietário o direito a voto,
mas garantem ao acionista preferencialista a prioridade na distribuição de
resultados e no reembolso de capital, no caso de dissolução da sociedade.
Quadro 6.4
Situação
Mercado em desenvolvimento
Mercado desenvolvido
Controle
Mais de 50%
Até menos de 5%
Perda de controle
Efeito
Pequena
Grande
Fonte: Bovespa.
Quadro 6.5
Tipos de mercados
Mercados em desenvolvimento
Diminui a atratividade
Mercados desenvolvidos
Fonte: Bovespa.
rias. Uma das exigências da Bovespa para que uma empresa ingresse no
novo mercado é a de que a totalidade do capital seja representada por ações
ordiná-
A nova Lei das S.A.s. também introduziu o tag along, ou seja, em caso de
transferência de controle, o minoritário tem direito a receber no mínimo 80%
do valor pago ao grupo de controle.
AÇÕES ESCRITURAIS
Valor Contábil
VALOR DE MERCADO
VALOR PATRIMONIAL
VALOR ECONÔMICO
Quadro 6.6
R$ Bilhões
R$ Bilhões
Part.%
Índice Bovespa
635,12
270,22
73,66
637,28
271,14
73,91
713,35
303,5
82,73
218,25
92,86
25,31
90,94
38,69
10,55
54,97
23,39
6,37
145,11
39,56
Itag Along – Índice de ações Tag Along Diferenciado
214,16
91,12
24,84
Total Bovespa
862,25
366,85
100
Fonte: Bovespa.
VALOR INTRÍNSECO
Valor apurado no processo de análise fundamentalista. Os analistas chamam
de preço justo ou preço alvo.
VALOR DE LIQUIDAÇÃO
•
ADRs nível 3: idênticos aos de nível 2, permitem, no entanto, a captação de
recursos no mercado americano com emissão de novas ações nos EUA.
Emissões em ADR
Operações em Bolsa
Sistemas de negociação
Horários de negociação
Pregão eletrônico – Sessão contínua das 10h às 17h, para todas as empresas
listadas, nos mercados à vista, a termo, de opções e futuro de ações, sendo:
Pregão Viva voz – Das 10h às 17h, com interrupção entre as 13h e 14h. No
horário de verão, das 11 às 18h, com interrupção de 13h30min às 14h30min.
Processos de negociação
Negociação por leilão: se uma ação fica mais de cinco pregões consecutivos
sem ser negociada, a bolsa estipula um prazo, a seu critério, para que o negó-
cio seja fechado. O mesmo procedimento ocorrerá se a quantidade envolvida
estiver acima da média de negociação do papel ou ainda se a oscilação de
preço em relação ao último negócio for superior a 2%. Além desses critéri-
os, a bolsa pode realizar leilões sempre que achar conveniente para a melhor
formação e transparência no preço de uma ação.
Conta margem
Remuneração do Acionista
Dividendos
Bonificação
Quadro 6.7
Limite
%
Complemento
Até R$135,07
R$2,70
R$0,00
1,5
R$2,49
R$10,06
Acima de R$3.029,38
0,5
R$25,21
Fonte: Bovespa.
260 Mercado Financeiro
Quadro 6.8
CBLC
Negociação
Registro
Liquidação
Registro
Total
I. Mercado à vista
Finais
0,03%
0,01%
0,04%
Day-trade
0,02%
0,01%
-
0,03%
Finais
0,03%
0,03%
0,01%
0,07%
0,14%
Day-trade
0,02%
0,01%
0,01%
0,01%
0,05%
opções de compra
0,02%
0,01%
-
0,03%
o spread
0,03%
0,01%
0,04%
0,03%
0,01%
0,04%
Finais
0,01%
-
-
0,02%
Day-trade
0,01%
0,01%
0,01%
Finais
0,02%
0,01%
0,03%
0,01%
0,07%
Fonte: Bovespa.
Quadro 6.9
Mercado à vista
Fato gerador
Alíquota
15%
Regime
Tributação definitiva.
Isenção
Retenção de
Responsibilidade
Do contribuinte
de recolhimento
Compensação
Fonte: Bovespa.
•
Aplicações de 12 a 24 meses: 17,5%.
Prazo: as debêntures são papéis de médio e longo prazos, sendo que as datas
de emissão e vencimento delas devem constar da escritura de emissão e do
certificado (quando for o caso). A debênture poderá ter prazo determinado
ou indeterminado (debênture perpétua), sendo que, neste último caso, o
vencimento fica condicionado às situações de inadimplemento de pagamento
de juros, dissolução da companhia e demais eventos especiais expressos na
escritura de emissão. Considerando os custos de toda operação que envolve a
emissão da debênture, não é economicamente viável uma emissão com prazo
inferior a um ano.
Debêntures com garantia real: garantidas por bens (móveis e imóveis) dados
em hipoteca, penhor ou anticrese pela companhia emissora, por seu
conglomerado, ou mesmo por terceiros.
•
Debêntures com garantia flutuante: têm assegurado o privilégio geral sobre o
ativo da companhia, não impedindo a negociação dos bens que compõem
esse ativo, sendo preferidas, no caso de liquidação da emissora:
Quadro 6.10
Tipos
Limites
Real
Quirografária
Subordinada
Ufirs. A emissão deve ser de uma só vez, não sendo admitidas séries, como é
feito nas debêntures.
Quadro 6.11
Taxa
Dólar
Sem
Ano de emissão
preços %
Andib
BTN
TR
TJLP
TBF comercial
CDI
correção
1981/1987
37,50
7,50
5,00
50,00
-
1988
56,25
6,25
37,50
1989
31,58
2,63
60,53
5,26
1990
28,75
1,25
3,75
53,75
1,25
11,25
1991
64,10
24,36
6,41
5,13
1992
71,70
1,89
9,43
5,66
11,32
1993
80,99
4,13
0,83
6,61
0,83
6,61
1994
74,33
12,16
13,51
1995
46,84
3,80
24,67
3,80
20,89
1996
49,78
9,52
7,36
1,30
0,87
31,17
1997
32,76
6,03
4,31
1,72
55,18
1998*
42,31
38,74
3,84
15,38
Fonte: SND.
A Estrutura do Mercado de Capitais 267
Tipos de debêntures
Créditos trabalhistas
Créditos fiscais
•
Acionistas
Formas de debêntures
Custódia
Investidor/
participante
Deposita*
Relatório
SND
Empresa
Cadastro
• Registra o título
emissora
do título
• Ajusta posição
• Exerce direitos
Relatório
Confirma depósito
Banco mandatário
Fonte: SND.
Quadro 6.12
Alíquota
Base legal
Lei no 11.033/04
• 22,5% sobre os rendimentos de aplicações com prazo de até 180 dias; Art.
1o Instrução
• 20% sobre os rendimentos de aplicações com prazo de 181 até 360 dias;
Normativa no 487, art. 3o
• 17,5% sobre os rendimentos de aplicações com prazo de 361 até 720 dias;
auferidos no período;
no período;
9.065/95
Fonte: www.debentures.com.br.
Quadro 6.13
Porcentagem
Porcentagem
Dias
limite
Dias
limite
Dias
limite
96%
11
63%
21
30%
93%
12
60%
22
26%
90%
13
56%
23
23%
86%
14
53%
24
20%
83%
15
50%
25
16%
80%
16
46%
26
13%
76%
17
43%
27
10%
8
73%
18
40%
28
6%
70%
19
36%
29
3%
10
66%
20
33%
30
0%
Figura 6.4
Fato gerador
Base de cálculo
Pagamento de juros/rendimentos
periódicos
Alienação do papel
Pagamento de amortização
Nota: Base legal – Lei no 8.961/95, art. 65; Lei no 8.383/91, art. 20; e
Instrução Normativa no 64/98, art. 13.
Fonte: Andima.
Figura 6.5
Situação/Contribuinte
“Cliente 1” ou “Cliente 2”
individualizada no sistema
pagamento
• O emissor do debênture
individualizada no sistema
Fonte: SDN.
Governança Corporativa
Conceito
TRANSPARÊNCIA
EQUIDADE
RESPONSABILIDADE CORPORATIVA
Objetivos
À perenidade da sociedade.
do capital votante.
•
A companhia deve manter um free float de 25% das ações, ou seja, no míni-
mo 25% do total das ações emitidas devem estar em circulação no mercado.
RESUMO
5. Sem a CVM o mercado seria mais fraco ou mais forte? Por quê?
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Básica:
ANDIMA: www.cetip.com.br
APOSTILAS Bovespa.(www.bovespa.com.br/publicaçoesgratuitas).
SND: www.debentures.com.br
Complementar:
Webliografia:
www.economatica.com.br
www.bovespa.com.br
www.bmf.com.br
www.bcb.gov.br
Capítulo
VII
Objetivos
ções no exterior.
ções finais e, por esse motivo, os ativos que eles utilizam podem ser
classificados como moeda internacional. Os bancos centrais mantêm
reservas de moeda internacional que também são chamadas de reservas de
ativos.
O mercado de câmbio mundial movimenta, em operações de câmbio,
dezenas de vezes o movimento da Bolsa de Valores de Nova York. Trata-se
de um mercado “24 horas” que se desloca de um centro para outro
acompanhando o movimento do sol ao redor da terra – Tóquio, Hong Kong,
Bahrain, Beirute, Londres, Nova York, São Francisco.
Os dealers podem dar grandes lucros ou causar grandes perdas aos bancos
que os empregam. Se, por um lado, podem trazer para o banco um lucro de
meio milhão de dólares por dia, por outro, podem perder a mesma quantia.
O Padrão-ouro
A Crise de 1931
4. Cada país membro do FMI pagaria uma cota para o fundo do FMI, sendo
um quarto em ouro e o restante em sua própria moeda. O valor da cota
estaria de acordo com a projeção de cada país membro na economia
mundial.
5. O FMI teria condições, mediante a subscrição de cotas, de conceder em-
préstimos aos países com problemas persistentes de déficit.
Os países que indexam sua taxa de câmbio podem escolher dentre um amplo
leque de alternativas. Muitos países fazem a indexação a uma única
Mercado Cambial & Finanças Corporativas Internacionais 291
Essa prática foi adotada no Brasil entre 1995 e o início de 1999, antes da
flutuação cambial.
paridade entre suas moedas. É uma espécie de lei do preço único, por meio
da qual as relações de produção, comerciais e de mercado refletissem seu
valor comparativo em suas taxas de câmbio. Mudanças esperadas para o
futuro só ocorreriam com a depreciação das moedas, dada pela diferença
entre as inflações esperadas internas e externas no futuro1 se houvesse
ganhos de competitividade nessas economias, como em fatores de produção
e tecnologia, que alterassem essa relação. Por uma visão inercial, o modelo
enfatizaria que o grau de depreciação dos ativos e fluxos econômicos
esperados deveria se refletir continuamente nas paridades de câmbio. O
mercado seria eficiente no presente ao avaliar essa cesta de produtos
representativos de uma economia. Duas cestas de produtos e serviços
idênticos devem ter o mesmo valor em uma moeda. Um exemplo
simplificado da PPP, e dessa cesta, é o Padrão 1. A diferença entre inflação
esperada interna e externa pode ser representada pela equação ps – pC ,
S–S
So
i=r+πe
Sendo:
π e = Inflação esperada
O equilíbrio nas taxas de câmbio entre duas economias seria dado, en-tão,
por:
1+ is
1 + ic
Tabela 7.1
BigMac em moedas locais
The
Preço do
Taxa de
Valor do
BigMac em
Em dólares
câmbio
valorização em
poder de
País
moeda local
americanos
vigente 1US$
relação ao dólar %
compra
Estados Unidos
$3,00
3,00
1,00
Argentina
Peso 4,75
1,6594
2,8625
-44,8035
1,58
Austrália
A$3,20
2,4173
1,3238
-19,1721
1,07
Brasil
Real 5,45
2,3238
2,3453
-22,398
1,82
Inglaterra
£1.99
3,4639
1,7406
14,8825
0,66
Canadá
C$3.20
2,6191
1,2218
-12,4243
1,07
China
Yuan 10,50
1,2671
8,2865
-57,7626
3,50
Área do euro
C2,80
3,4014
0,8232
12,9738
0,93
Hong Kong
HK$ 12,00
1,5428
7,778
-48,5729
4,00
Hungria
Forint 5,23
2,5797
202,74
-14,1758
174,33
Indonésia
Rupiah 14,545
1,4776
9.843,5
-50,7492
4.848,33
Japão
¥260
2,306
112,75
-23,1042
86,70
Malásia
M$ 5,10
1,342
3,8003
-55,2667
1,70
México
Peso 24,0
2,2571
10,633
-24,7625
8,00
Nova Zelândia
NZ$4,50
3,0455
1,4776
1,516
1,50
Polônia
Zloty 6,40
1,8756
3,4123
-37,5788
2,13
Rússia
Rouble 41,50
1,4473
28,674
-51,7682
13,83
Cingapura
S$3,60
2,1356
1,6857
-28,813
1,20
África do Sul
Rand 14,05
2,1283
6,6016
-29,1081
4,68
Coreia do Sul
Won 2,500
2,3923
1,045
-20,2871
8,33
Suécia
Skr 30,0
3,8449
7,8026
28,1624
10
Suíça
SFr6,23
4,8437
1,2862
61,7167
2,08
Taiwan
NT$75,25
2,3484
32,0435
-21,7314
25,08
Tailândia
Baht 60,0
1,422
42,194
-52,5999
20,00
Fonte: McDonald’s. The Economist, dez. 2004.
O BALANÇO DE PAGAMENTOS
ção. Uma política voltada para exportação, no entanto, poderia gerar saldos
positivos em determinados períodos sem um desenvolvimento real da
economia. A pauta de exportação e importação está diretamente ligada a
uma polí-
Em tópicos anteriores foi visto que as teorias acerca da previsão para a taxa
de câmbio são suportadas por: inflação esperada e seus desvios, valores
relativos a taxas de juros em cada país e, ainda, os preços de uma moeda à
vista e a termo.
Tabela 7.2
DISCRIMINAÇÃO
1964
1974
1984
1994
2000
2004
TRANSAÇÕES CORRENTES
81
-7.504
95
-1.811 -24.225
11.645
Balança comercial (FOB)
343
-4.690
13.090
10.466
-698
33.670
Exportação de bens
1.430
7.951
27.005
43.545
55.086
96.475
Importação de bens
Serviços e rendas
-317
Serviços
-129
-1.541
-1.658
-5.657
-7.162
-4.773
Viagens internacionais
-3
-250
-153
-1.181
-2.084
351
Seguros
-11
-13
-114
-132
-4
-544
Serviços financeiros
78
-50
47
-294
-77
Computação e informação
-1
-14
-23
-149
-1.111
-1.228
Royalties e licenças
-3
-14
-220
-1.289
-1.082
Aluguel de equipamento
-53
-127
-939
-1.311
-2.166
Governamentais
-20
-116
-120
-327
-549
-180
Comunicações
25
174
Construção
0
32
227
Relativos ao comércio
-5
-94
-199
194
-235
-26
-92
-107
23
2.251
2.656
Pessoais, culturais e recreação
-3
-14
-7
-196
-300
-362
Serviços diversos
Rendas
-188
-1.274 -11.498
-27
-131
79
181
-189
-1.282 -11.471
55
161
2.414
1.521
3.268
Receita
60
138
181
2.576
1.828
3.582
Despesa
-5
-137
-20
-161
-307
-314
134
6.531
6.529
8.692
19.326
-7.362
Conta capital
174
273
339
174
272
338
0
0
Conta financeira
134
6.531
6.520
8.518
19.053
-7.702
Investimento direto (líquido)
86
1.154
1.459
1.460
30.498
8.695
Investimento brasileiro direto
-54
-42
-690
-2.282
-9.471
Investimento estrangeiro direto
86
1.208
1.501
2.50
32.779
18.166
Investimento em carteira (líquido)
140
-272
50.642
6.955
-4.750
Investimento brasileiro em carteira
-4
-5
-3.405
-1.696
-755
144
-268
54.047
8.651
-3.996
Derivados (líquido)
38
-27
-197
-677
48
5.237
5.295 -43.557 -18.202 -10.969
ERROS E OMISSÕES
-217
-68
403
334
2.637
-2.039
RESULTADO DO BALANÇO
-2
-1.041
7.027
7.215
-2.262
2.244
HAVERES DA AUTORIDADE MONETÁRIA (– aumento)
1.041
-7.027
-7.215
2.262
-2.244
Fonte: BCB, julho 2005.
A gestão de risco cambial de uma empresa está relacionada aos valores que
ela possui que estão expostos às variações nas taxas de câmbio. Assim,
ativos, passivos e fluxos de caixa futuros esperados denominados em moeda
Mercado Cambial & Finanças Corporativas Internacionais 303
de uma operação no exterior pode ser expresso como o valor atual dos
fluxos de caixa operacionais futuros, incrementais à atividade no exterior,
descontados à taxa apropriada.
Netting
Matching
Leading e lagging
Técnicas externas
O valor atual, para a matriz, é uma função dos fluxos de caixa futuros por
ela obtidos e que possam ser distribuídos para seus acionistas. Somente os
fluxos de caixa incrementais que possam ser remetidos para a matriz é que
agregam valor aos acionistas. Isso significa que um projeto de investimento
de capital poderia ser examinado a partir de dois pontos de vista – fluxos de
caixa incrementais do projeto e fluxos de caixa incrementais da matriz. Para
uma empresa internacional, somente os fluxos de caixa incrementais da
matriz é que interessam.
Estados Unidos. Correções para essa falha foram propostas por Hughes,
Logue e Sweeney (1975), que desenvolveram índices utilizando portfólios
exclusivamente de empresas domésticas e de multinacionais. Os resultados
obtidos sugerem que o desempenho da multinacional é claramente superior
ao da empresa puramente doméstica, visão confirmada pelo trabalho de
Shapiro e Vinso (1979).
Argentina
Brasil
Hong Kong
Equador
Uruguai
Chile
Paraguai
Peru
China
2
Bolívia
Rússia
Iraque
Índia
Cuba
África do Sul
Venezuela
México
Para realizar uma boa gestão dos riscos envolvidos nos projetos, as
empresas precisam acompanhar o projeto e os riscos, verificando a
possibilidade de mutação das condições anteriormente existentes. Os riscos
podem
Mercado Cambial & Finanças Corporativas Internacionais 311
Políticas Pós-Desapropriação
primeiro reza que um Estado soberano não pode, sem o consentimento dele
mesmo, ser processado pelos tribunais de outro país. O segundo princípio
estabelece que um país é soberano, dentro do seu território, não podendo
seus atos domésticos ser questionados nos tribunais de outro país, mesmo
que infrinjam a lei internacional. Entretanto, quando se trata das atividades
comerciais de um país estrangeiro, o princípio de imunidade soberana é
normalmente colocado de lado.
A falta de liquidez dos mercados de capital de alguns países pode ser uma
razão histórica para o fato de a maioria das grandes multinacionais estar
sediada em países com fontes de financiamento sofisticadas.
®
Departamento do Comércio
Exterior (Decex)
Bancos e corretores
Instituições financeiras
Importadores e exportadores
Arbitragens diretas: permuta de uma moeda por outra com troca direta de
recursos entre as partes. Exemplo: conversão em Tóquio de ien japonês
(JPY) por dólar norte-americano (USD).
Instituições de Apoio
O Banco Central, como gestor do mercado de câmbio, está atento às
necessidades de oferecer transparência, segurança e liquidez às operações
diárias desse mercado. Vejamos, a seguir, os principais parceiros e mecanis-
Os dealers
É uma forma legal dos bancos para regular liquidez entre si de reais e
moeda estrangeira.
•
É um mecanismo que permite ao banco captar e aplicar recursos em reais,
principalmente em momentos de alta interna de juros.
Essas operações podem ser celebradas tanto para liquidação pronta quanto
futura (prazos médios até 180 dias), sendo atualmente permitido o prazo
máximo de até 360 dias. Não existem limites de valores nessas operações.
Usualmente, elas são efetuadas mediante registro direto via Sisbacen, com
compensação de valores também dentro do sistema.
Se comprada:
RESUMO
A principal preocupação deste capítulo é dar uma visão geral das finanças
internacionais, abordando alguns temas curiosos como a criação do
eurodólar, o mercado de câmbio, o sistema monetário internacional e
algumas metodologias de conversão e projeção de taxas de câmbio. Além
de avaliar teorias sobre a oscilação das taxas de câmbio, as finanças
multinacionais preocupam-se com os riscos relacionados com a manutenção
de ativos em moeda estrangeira. O valor em moeda nacional de tais ativos e
passivos varia de acordo com a flutuação das taxas de câmbio. A exposição
a tais flutuações cria o que se chama de risco cambial. Finanças
multinacionais, contudo, não têm a ver unicamente com o risco cambial,
mas englobam, também, o risco político, ou seja, o nível de estabilidade do
ambiente político local, levando em considera-
ção mudanças de governo, níveis de violência no país e conflitos internos e
externos, que influenciam nas tomadas de decisão de investimentos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://www.risktech.com.br/PDFs/RISCO.pdf.
GIDDY What is FAS No. 8’s effect on the market valuation of corporate
stock prices: Business International Money report, 26 May, 1978.
ZINI JR., Álvaro Antônio. Taxa de câmbio e política cambial no Brasil. São
Paulo: Edusp/BM&F, 1993.
Capítulo
VIII
Derivativos
Objetivos
CONCEITUANDO OS DERIVATIVOS
Corporações
Mercado
monetário
Produtos
Taxa de
bancários
juros
CDB
“Hot Money”
Equilíbrio e
DERIVATIVOS
Mercado
eficiência do
Mercado
Investidores
de
mercado
cambial Consumidor
crédito
Bonds
Debêntures
Dólar
Commercial
comercial
papers
Mercado de
capitais
Governo
Derivativos 325
ções como o Banco Central. Otimizam-se, dessa forma, as necessidades
entre seus participantes, demandantes e ofertantes. Na sua estrutura básica
pode-se perceber os mercados divididos em quatro pilares: mercado
monetário, de crédito, cambial e de capitais. Em cada um deles são
identificados ativos que caracterizam a dinâmica desses mercados. No
mercado monetário, a relação das taxas de juros; no de crédito, os produtos
bancários, aplicações e empréstimos; no cambial, as moedas estrangeiras e
as taxas de câmbio – base de conversão junto aos mercados externos – e, por
último, no mercado de capitais as cotações das ações, representando o valor
das empresas de capital aberto e, assim, o valor dessa fonte de financiamento
para as empresas. Todos esses ativos possuem derivativos. Sua presença, no
entanto, demonstra claramente que a geração de maiores alternativas para a
negociação de ativos no futuro estreita as relações e necessidades entre os
participantes desse mercado. Logo, otimiza-se a relação de oferta e demanda
desses ativos, o que gera equilíbrio e liquidez. Um participante, por
exemplo, mesmo não possuindo recursos em sua totalidade para aquisição de
determinada operação financeira, poderia estruturar uma transação de
compra ou venda no mercado, atendendo sua demanda por um ativo via um
contrato derivativo.
Derivativos 327
ção, para garantir preços de uma demanda prevista em seu produto final.
ção e arbitragem.
Figura 8.2
HEDGING
ESPECULAÇÃO
ARBITRAGEM
Garantia de margens em
Ganhos proporcionados
produtos.
OBJETIVOS
compra ou venda de
variabilidades de preços.
ativos similares.
expectativa.
Compra de mercadorias no
EXEMPLO
Garantindo preço de
Compra de contratos
insumos em seus
futuros de barril de
COMPRADOR
produtos.
dessas mercadorias no
preços.
no futuro, quando houver
EXEMPLO
Garantindo o preço de
de sacas de milho,
remunerações em função da
venda de suas
VENDEDOR
apostando na queda do
mercadorias.
preço.
custos de transação.
Derivativos 329
Hedging de compra
PREMISSAS
POSIÇÃO DESEJADA
Receita bruta
1.000.000
Receita bruta
1.000.000
Receita bruta
1.000.000
Deduções
-50.000 (-5%)
Deduções
-50.000 (-5%)
Deduções
-50.000 (-5%)
CMV(-)
CMV(-)
CMV(-)
Despesas
Despesas
Despesas
Operacionais/Adm.
-100.000
Operacionais/Adm.
-100.000
Operacionais/Adm.
-100.000
Lucro operacional
750.000
Lucro operacional
700.000
Lucro operacional
700.000
Receitas financeiras 50.000 (5%)
Resultado
750.000
Resultado
700.000
Resultado
750.000
Quadro 8.2
Hedging de venda
PREMISSAS:
R$30,00
R$20,00
R$38,00
300.000,00
200.000,00
380.000,00
(-) CPV
–150.000,00
–150.000,00
–150.000,00
= LB
150.000,00
50.000,00
230.000,00
(-) Desp. oper./adm.
–35.000,00
–35.000,00
–35.000,00
= Lucro operacional
115.000,00
15.000,00
195.000,00
(+/-) Receitas/Despesas financeiras
0,00
0,00
0,00
= Resultado
115.000,00
15.000,00
195.000,00
L/P
11,50
1,50
19,50
PREMISSAS:
R$30,00
R$30,00
R$20,00
R$45,00
300.000,00
200.000,00
450.000,00
(-) CPV
–150.000,00
–150.000,00
–150.000,00
= LBO
150.000,00
50.000,00
300.000,00
(-) Desp. oper./adm.
– 35.000,00
–35.000,00
–35.000,00
= Lucro operacional
115.000,00
15.000,00
265.000,00
(+/-) Receitas/Despesas financeiras
0,00
100.000,00
–150.000,00
= Resultado
115.000,00
115.000,00
115.000,00
LPP
11,50
11,50
11,50
Derivativos 331
Hedging de venda
ressaltar que, embora inicialmente todo contrato seja realizado por duas
partes, uma compradora e outra vendedora, ao final, as bolsas passam a
exercer, sempre, a contraparte contratual nas operações, já que essas
instituições garantem a segurança do sistema. Tal fato proporciona a
nulidade do risco de crédito entre os participantes desse mercado.
Onde:
Figura 8.3
Derivativos 333
100 110
Preço no vencimento
30
60
90
120
150
180
210
-80
-50
-20
10
40
70
100
110
80
50
20
-10
-40
-70
-100
Figura 8.4
Lucro
Lucro
St (preço na
entrega)
Figura 8.5
Risco de base
Período
Período
ços. A diferença desses preços é dada como base e pode ser definida como F
Hc = - St + (Ft - F)
Para cálculo dos preços das ações a termo, suponha uma taxa de renda fixa
em torno de 2% no período de referência, para um contrato a termo com
vencimento de 45 dias da data de sua cotação. Os preços então deveriam ser:
K = S(1 + i)∆ t = R$55,00 (1 + 0,02) = R$56,10
i = ( K )1/∆ t - 1
( ST - K)
f = (1 + rf )∆f
Figura 8.6
Preço à vista
Preço a termo
Derivativos 339
Situação hipotética:
Importadora
Exportadora
Antes
Antes
R$
US$
US$
R$
Depois
Depois
US$
US$
R$
R$
rio das oscilações nas posições dos investidores. Há diferentes regras para
cada tipo de contrato ou ativo, tais como uma oscilação máxima diária
permitida em bolsa, evitando-se intensa variabilidade causada por momentos
de grande nervosismo no mercado. Os contratos se diferenciam, ainda,
quanto a valor, ativos de referência, às vezes índices, quantidade mínima de
negociação, entre outras características específicas.
Ad = ( P – P ) . M. n
Ad = ( P – P ) . M. n Ad = ( P – P ) . M. n t
t-1
t-1
Para o comprador
Para o vendedor
M = US$50 mil
D + 1 – R$2,87 – ajuste em D + 1
D + 2 – R$2,99 – ajuste em D + 2
E o valor de ajuste em D + 2 se manterá até o último dia útil do mês, sendo o
contrato encerrado nesta data, 30 de julho de 2004, a R$2,98. Considere,
ainda, uma margem de garantia de 15% do valor inicial da transação.
(R$450.000,00)
Vejamos:
Quadro 8.4
Garantia
(450.000,00)
(100.000,00)
Ajuste 3/7
(30.000,00)
Ajuste 4/7
120.000,00
(R$2,99 – R$2,87) x 20 CT x US$50,000.00
Encerramento
(10.000,00)
(20.000,00)
Derivativos 343
Especulação
R$3,02
R$3,05
Ajuste: 27/8/2003:
R$3,01
Margem de garantia
US$50.000,00
27/8/2003
-226.500
Margem de garantia (15% x US$ 50.000 x 3,02)
-5.000
Ajuste diário (3,01 – 3,02) x US$ 50.000,00
-231.500
Subtotal
28/8/2003
20.000
Encerramento da posição (3,05 – 3,01) x US$50.000,00
226.500
Devolução margem de garantia
15.000
Resultado final da transação
15.000
(3,05V – 3,02C) x US$50.000,00 (Valor do contrato)
mento após sua aquisição, não sendo necessário esperar por seu
vencimento, se assim desejar. Essa dinâmica é de ocorrência muito comum
em estratégias de especulação, havendo, frequentemente, operações de day
trade nessas transações (compra e venda no mesmo dia).
Hedging
Venda dolf:
R$3,05
US$1.000.000,00 × R$3,05
R$3.050.000,00
1/9/2003
Compra dolf
R$3,02
US$1.000.000,00 × R$3,02
R$3.020.000,00
(Vencimento dos
Contratos):
R$30.000,00
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
R$3.020.000,00
Total
R$3.050.000,00
ST (Preço no
2,85
3,0
3,05
3,15
Vencimento)
(1) Resultado
(R$3,05-R$2,85) x
(R$3,05-R$3,0) x
(R$3,05-R$3,05) x
(R$3,05-R$3,15) x
US$100,000=0
US$100,000=(10.000)
futuros)
(2) Recebimento
R$285.000
R$300.000
R$ 305.000
R$ 315.000
Exportação
Resultado Esperado
R$305.000
R$305.000
R$305.000
R$305.000
Premissas:
Lucro
Lucro
Exposição
Hedging
cambial
de compra
Def. de
Def. de
margem
margem
ST
ST
Hedging
Exposição
de venda
cambial
Exportador
Importador
Derivativos 347
R$ _______________________________
® 100
2 fluxos
100 ______________________________
US$
contrários
FV
ção dos preços futuros de moedas. Essa equação pressupõe uma relação
perfeita entre os mercados e é denominada Paridade Coberta da Taxa de
Juros.
Exemplo numérico
DI projetado para 3 de maio de 2004 (1o dia útil do mês): 15,79% a.a. (17
dias úteis do vencimento)
Dólar futuro com vencimento em 3 de maio de 2004 (1o dia útil do mês):
R$2,905
Exemplificando a Arbitragem
i = 12% a.a.
ie = 5% a.a.
R$3,00
R$3,20
R$3,15
Período
Entrada
Captação de
de US$
Compra de
Fechamento
Banco doméstico
Aplicação de
recursos no
® contratos de dólar
de câmbio
(R$)
recursos (DI)
exterior (1)
Bacen
futuro (US$)
Remuneração
prevista em US$
X% a.a.
Fecha-
Quitação de
mento de
Venda de
Resgata a
Apuração final
juros referentes
Remessa de
câmbio
contratos de
Aplicação
do resultado
ao empréstimo
divisas
dólar futuro
remunerada ao
(US$)
Bacen
(US$)
fator (1+i)∆t
Ações
US$10.000.000,00
US$500.000,00
a remuneração local
R$30.000.000,00
Recebe reais
–R$30.000.000,00
–R$33.075.000,00
No vencimento:
R$33.600.000,00
R$30.600.000,00
US$1,05 × 3,2
–R$33.600.000,00
–US$10.500.000,00
externos em dólar
Ex.:
US$10.500.000,00
Ganho arbitragem
R$.525.000,00
Ganho arbitragem
( spread )
R$0,05
Fecha-
mento de
câmbio
Venda de
(compra)
Captação de
Remessa de
Banco exterior
Aplicação
® contrato de dólar
recursos (R$)
divisas
(US$)
US$ (1 + i
Bacen
∆ t)
futuro (US$)
Remuneração
prevista em reais
x%
Fecha-
mento de
câmbio
Apuração Final
Compra de
Banco Doméstico
(venda)
Remessa
Resgate da
®
do Resultado
contrato de dólar
(R$)
de recursos
Aplicação
futuro (US$)
Bacen
Ações
US$30.000.000,00
US$3.600.000,00
EXEMPLO 2
R$10.000.000,00
Premissas:
remuneração local
exterior
–R$34.125.000,00
No vencimento:
–R$32.000.000,00
US$10.500.000,00
–US$10.500.000,00
US$1,05 × 3,2
–R$33.600.000,00
Paga empréstimos e juros domésticos
Ex.:
US$10.000.000,00
Ganho arbitragem
R$525.000,00
Ganho arbitragem
( spread )
R$0,05
DERIVATIVOS DE JUROS
A taxa de juros no Brasil talvez seja uma das mais importantes referências
para a economia brasileira, sendo base para o regime de metas de infla-
Quadro 8.5
2004*
2002
2000
Volume financeiro
Volume financeiro
Volume financeiro
Mercado/Período
R$/mil
R$/mil
R$/mil
Ouro
105.593
121.922
52.753
Ibovespa futuro
37.124.304
15.284.818
28.898.976
Outros contratos
157.703
268.778
13.053
Índices
37.282.007
15.553.596
28.912.030
DI de um dia futuro
706.700.900
372.960.607
292.381.553
FRA
386.046.282
200.069.157
Outros contratos
12.189.360
16.360.544
62.719.341
Taxas de juro
1.104.936.542
589.390.308
355.100.894
275.831.597
193.774.139
155.369.088
Outros contratos
7.424.175
3.649.654
659.206
Taxa de câmbio
283.255.772
197.423.793
156.028.294
C-Bond futuro
585.935
206.763
11.453
Global 2040 futuro
953.287
-
1.539.222
220.317
22.374
Álcool anidro futuro
73.012
87.908
94.197
Boi gordo futuro
357.695
203.651
168.029
Café arábica futuro
1.249.336
619.456
603.859
Milho futuro
38.677
8.784
4.052
Outros contratos
57.293
55.313
29.600
Agropecuários
1.776.012
975.111
899.737
Subtotal Viva voz + GTS
1.428.895.149
745.603.542
541.016.083
29.063.012
Swaps
12.599.503
13.065.702
37.384.958
Outros contratos
14.101.039
15.997.311
3.937.001
Subtotal balcão
26.700.542
29.063.012
41.321.959
Contratos Minis (GTS) (negociação)
2.304.929
1.118.875
1.540.540
79.800
-
Outros contratos
764.389
1.039.075
Subtotal minis
2.304.929
1.118.875
1.457.900.620
833.866.927
582.338.045
1.455.595.691
832.748.052
582.338.041
mercado de juros futuros, bem como maior clareza das necessidades de seus
participantes. Esses contratos, isoladamente, movimentam quase 50% do
volume total em derivativos no Brasil.
R$100.000,00 (FV)
R$83.333,33 (PV)
Os vencimentos desses contratos ocorrem sempre no primeiro dia útil de
cada mês. As taxas do contrato são divulgadas em percentuais ao ano e só
depois da negociação os valores negociados são transformados em preços
PU.
Derivativos 357
PU = 100.000/(1 + i) n/252
se obtém é uma aposta na variação dessa taxa no período entre a data de sua
negociação e seu vencimento, ou seja, não há remuneração de recursos na
forma de um aplicador e de um tomador. Melhor dizendo, só ocorreriam
diferenças de pagamento ou recebimento nos resultados finais dos contratos
se a variação do período real na economia fosse inferior ou superior ao
percentual negociado para esse período. Dispondo isso em números,
suponha que a taxa DI real, divulgada pela Câmara de Custódia e
Liquidação (Cetip), responsável pela liquidação financeira desses títulos,
tenha sido, no mesmo período do exemplo anterior, de 2%.
(1 + 1,530947%)
Derivativos 359
Quadro 8.6
da empresa
Baixa
Alta
A: Resultado no DI futuro
B: Pagamento PASSIVO
10% a.a.
30% a.a.
da empresa
Baixa
Alta
A: Resultado no DI futuro
10% a.a.
30% a.a.
da empresa
20%
100% DI
Baixa
Alta
B: Pagamento PASSIVO
(20% a.a.)
(20% a.a.)
da empresa
20%
100% DI
Baixa
Alta
Simulação de Taxas no Vencimento
A: Resultado no DI futuro
B: Recebimento ATIVO
20% a.a.
20% a.a.
Quadro 8.7
Alta
A: Resultado no DI futuro
B: Pagamento PASSIVO
(10% a.a.)
(30% a.a.)
98.424,05 – 1
= 1,66%
98.816,50
Ou, ainda,
A Figura 8.7 demonstra o período que se quer encontrar, dada a projeção das
taxas. Pode-se perceber que o intervalo desejado requer uma subtração entre
os fluxos previstos para novembro de 2003 e outubro de 2003, o que,
numericamente, é representado pela divisão das taxas nesses períodos.
Figura 8.7
Vencimento out./2003
Vencimento nov./2003
Ou ainda:
Onde:
Figura 8.8
O Cupom Cambial
Sendo: ∆ t = 360/ n
Uma forma de expressão para o cupom previsto ou futuro ao ano pode ser
encontrada na associação das taxas futuras de DI e a razão entre as cota-
Então, Dolf representa a cotação dos contratos de dólar futuro; PU, o pre-
ço unitário dos contratos futuros de taxa de juros e n, o número de dias
corridos do período entre a data da cotação e o vencimento dos contratos.
Na BM&F esses contratos são negociados, assim como os contratos DI, por
apostas em sua variação no período e não há remuneração de seus
participantes.
– 1 = 0,4167%
99.585,06
Supondo, ainda, que no vencimento tivesse ocorrido uma variação do cupom
de 0,9%, o resultado do contrato seria:
Esse cálculo poderia ser obtido diretamente pela diferença dos percentuais
de variação do cupom no período, respeitando a base a valor presente: (0,9%
- 0,416%) × 100.000 = US$481,32
(1 + 0,4167%)
Derivativos 367
Sendo ∆ C variação cambial que pode ser fixada nos mercados futuros pela
razão F/S, representando o dólar futuro na data de transação dividido pelo
câmbio à vista nessa mesma data.
Onde:
Dolf(F) = R$3,00
SWAPS
Para Jorion (1997), swaps são acordos firmados entre duas partes para a
troca de fluxos de caixa no futuro. Para Hull(2003), esses acordos podem ser
considerados ainda carteiras de contratos a termo, constituindo-se sua análise
uma extensão natural do estudo de contratos futuro e a termo.
Figura 8.9
PRÉ
EMPRESA A
EMPRESA B
PÓS (CDI)
Vende a prazo
Figura 8.10
Um exemplo numérico
Uma empresa, temendo uma alta na taxa de juros, procura uma instituição
financeira em busca de proteção para um passivo no valor de
R$1.000.000,00.
Essa instituição, um banco no caso, lhe propõe um swap de 180 dias em que
pagaria à empresa 100% do valor do CDI, taxa pós, em troca de uma
remuneração de 20% a.a. – taxa prefixada a ser paga pela empresa. Ao final
do pe-ríodo do contrato, o valor do CDI é de 19% a.a. Considerando-se,
ainda, 125
dias úteis nesse período, apenas nos termos do swap, quem realizou o preju-
Fluxos (A/IF)
INSTITUIÇÃO
EMPRESA A
FINANCEIRA
PÓS (CDI)
Fluxos (IF/A)
ou de compromissos futuros.
Exemplo:
CDI taxa
pós-fixada
BCO
CDI
(Taxa pós)
Taxa prefixada
Swap de Moedas
Exemplo:
R$ +
Taxa doméstica
BCO
US$
US$ +
Taxa externa
Empresa nacional
374 Mercado Financeiro
Exemplo resolvido
Fluxos (A/BCO)
Importadora paga
®
A
BCO
Fluxo 2 (BCO/A)
Banco paga
taxa futura
R$309.032,33
US$100.000,00 × (1 + 2% × (60/360))
Derivativos 375
R$309.032,33
– 1 = 2,6667%
O banco, por sua vez, também deve possuir outro acordo contrário que tenha
lhe dado condições de estabelecer o swap.
Vejamos um exemplo.
16
C0 = C1. dft
Sendo:
df = 1/(1 + r . df )
t
t
Quadro 8.8
Resultados
Fluxo de
Valor presente
Resultado
Período
recebimento
da taxa Libor
Libor
DFt
esperado
3 meses
R$ 10.159.250,00
10.007.572,73
6,0625
0,98507003
7.572,73
12 meses
R$ 10.695.111,11
10.021.936,26
6,625
0,93685347
21.936,26
Derivativos 377
Quadro 8.9
Taxas de mercado
US$
Euro
Empresa A
7%
8,70%
Empresa B
8%
9%
SM
–
Sm
=0,70%
(8% – 7%)
(9% – 8,7%)
Figura 8.11
US$
US$
US$
US$
7%
7%
8%
8%
®
Instituição
financeira
EURO
8,7%
EURO
9%
8,5%
9,2%
Resultados:
A empresa A obtém um ganho final em relação à captação desejada em
euros de 0,2% (8,7% – 8,5%).
Derivativos 379
Verificando-se o exemplo:
1,0% – 0,3% = 0,7% (ganho total no swap)
Pontos e Contrapontos
ção e pela análise de crédito e a garantia do risco fazem com que este agente
tenha um papel preponderante na realização do acordo, por conhecer melhor
o mercado e os riscos inerentes à operação, bem como a facilidade em
centralizar essas captações. Outrossim, o intermediário possui expertise para
melhor compreensão dos mecanismos de hedging no mercado financeiro ,
viabilizando os contratos mesmo antes de se encontrar uma contraparte da
operação. Essa situação é chamada de câmara de swap, já que, não são
realizados dois swaps compensatórios simultaneamente. Realiza-se um swap
e faz-se o hedging de seu risco até se encontrar a contraparte, encerrando-se
a partir daí os contratos de hedging.
A Precificação de Swaps
Aspectos legais
Derivativos 381
Quadro 8.10
Variáveis em um swap
1.1.
PRE:
Taxa prefixada.
1.2.
DI1:
1.3.
DOL:
1.4.
TR:
1.5.
IGP:
Índice de preços.
1.6.
OZ1:
1.7.
SEL:
1.8.
TBF:
1.9.
ANB:
1.10.
IND:
1.11.
TJL:
Taxa de Juro de Longo Prazo (TJLP), divulgada pelo Conselho Monetário
Nacional (CMN).
1.12.
SB1:
1.13.
SB2:
OPÇÕES
Quadro 8.11
Exercício
Titular
Lançador
Prêmio
Paga o prêmio
Recebe o prêmio
Direito/Obrigação
aquisição/venda do ativo
ST > K
Compra o ativo
Vende o ativo
ST < K
ST > K
ST < K
Vende o ativo
Compra o ativo
Derivativos 383
•
A periodicidade e as datas de vencimento.
Todo direito, seja de compra ou de venda, terá um valor. Não faz nenhum
sentido a negociação de um direito que gere um passivo para seu adquirente.
O Exercício da Opção
O exercício de uma opção é a operação pela qual seu comprador utiliza seu
direito de adquirir o ativo, para opções de compra, e de vendê-
A Opção de Compra
O investidor que acredita que a bolsa vai subir adquire uma opção de compra
das ações da Telemar a um preço de R$2,00. O preço de exercício dessa
opção é definido em R$30,00. Assim, esse comprador passa a possuir o
direito de comprar o ativo, ações da Telemar, por R$30,00 na data de
vencimento do contrato, data de exercício.
Quadro 8.12
28
30
32
34
36
38
(-2)
(-2)
(-2)
(-2)
(-2)
(-2)
(-2)
-2
-2
-2
Preço de exercício
30
Lucro
St (Preço no vencimento)
(0)
K+I
Derivativos 385
Avaliando-se o gráfico, caso o ativo possuísse um preço no vencimento
inferior ao preço de exercício contratual, não haveria realização do direito,
ocorrendo assim a perda do investimento, posição I. A partir do preço de
exercício, a estratégia começa a se pagar, auferindo-se lucro para preços do
ativo superiores ao valor do exercício somado ao investimento, ponto ( K +
I). O ganho para o comprador da opção, nessa direção, seria ilimitado, dado
o aumento do preço da ação no vencimento. Para o vendedor a descoberto
dessa opção, o gráfico teria formato exatamente inverso, conforme a figura a
seguir. Seu ganho máximo seria o valor da opção. Esse vendedor começaria
a sofrer perdas no vencimento quando o preço de exercício estivesse em K +
I. A partir daí sua perda seria ilimitada à medida que o preço da ação
aumentasse de valor. É curioso notar que a formação desses gráficos define
as posi-
Figura 8.13
Lucro
St (Preço no vencimento)
(0)
K
K+I
A Opção de Venda
Figura 8.14
Comprador da put
Vendedor da put
®
K-I
K-I
K-I
K-I
Quadro 8.13
ESPECIFICAÇÕES
FUTUROS
OPÇÕES
Prêmio
Não existe
Existe
Garantias
e vendedores
Preço de ajuste
Diário
Não há
Chamada de margem
Frequente
Lançador
Ajustes diários
Há
Não há
Reversão
Frequente
Frequente
Características
Padronizadas
Padronizadas
Entrega do ativo-objeto
Pouco comum
Comum
Tamanho do mercado
Grande/Impessoal
Grande/Impessoal
Referência do lucro
Valor do contrato
Preço de exercício
Vencimento
Determinado
Determinado
Representação
Direitos/Obrigações para o
comprador
Apreçamento
e formação de arbitragem
de arbitragem
A Operação de financiamento
K(FV)
InV.(PV)
(100/98)21/36 – 1 ou (K/I)DUC/DUP – 1
sendo:
Preços de exercício
100
100
100
100
80
90
100
110
Investimento
-98
-98
-98
-98
-18
-8
Figura 8.15
Estratégia de financiamento e caixa
Caixa
I®
I®
A operação caixa
V: ativo descoberto
V: R$100,00 Ativo
C: R$2,00 Opção
•
Derivativos 391
Lucro
Lucro
K>
K<+I
K<
ST
K<+I
ST
®
K>
K<
TRAVA DE ALTA
39,00
39,70
40,40
41,10
Call 40 (C)
(Max, ST – K; 0)
0,00
0,00
0,40
1,10
1,80
3,00
3,20
3,90
4,60
5,30
Call 44 (V)
(-Max (ST – K; 0)
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
-0,60
-1,30
Investimento
-2,12
-2,12
-2,12
-2,12
-2,12
-2,12 -2,12
-2,12
-2,12
-2,12
Resultado
-2,12
-2,12
-1,72
-1,02
-0,32
0,38
1,08
1,78
1,88
1,88
Dados
Ult
41,79
Call 40
3,05
TNLPJ42
1,75
Call 44
0,93
Derivativos 393
Caso a aposta fosse na queda, haveria uma inversão desses fluxos. Supondo-
se o mesmo intervalo de aposta, a transação seria:
Quadro 8.15
0,00
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
4,00
5,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
-1,00
-2,00
-3,00
-4,00
-5,00
(ST - K; 0) x 2
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,50
Investimento
-0,32
-0,32
-0,32
-0,32
-0,32
-0,32
-0,32
-0,32
-0,32
-0,32
-0,32
Resultado
-0,32
-0,32
0,18
0,68
1,18
1,68
1,18
0,68
0,18
-0,32
-0,32
Dados:
Cotações
TNLP4
41,8
Call 40
3,05
TNLPJ42
1,75
Call 42
1,75
Call 44
0,93
Figura 8.17
Spread butterfly
Lucro
K<+I
K>–I
ST
Intermediário
K<
K>
Derivativos 395
V: Ativo a descoberto
Figura 8.18
Put sintética
Caixa (
put sintética)
I (R)
I (R)
K-I
TIPO
ST
Call
34
Call
36
Put
36
Put
34
V Ativo a descoberto
C Ativo
Quadro 8.16
35,70
CALL 34 & 36
2,85
1,62
34,00
36,00
K (PUT SINTÉTICA)
34,00
36,00
28,00
30,00
32,00
34,00
36,00 38,00
40,00
0,00
0,00
0,00
0,00
2,00
4,00
6,00
0,00
0,00
0,00
0,00
-2,00
-4,00
-6,00
-7,70
-5,70
-3,70
-1,70
0,30
2,30
4,30
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
-2,00
-4,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
2,00
4,00
7,70
5,70
3,70
1,70
-0,30
-2,30
-4,30
Resultado
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
Derivativos 397
ção de seus preços. A referência para a compra e venda desses contratos será
o preço de exercício, sendo esse o parâmetro da realização desses acordos
em sua data de vencimento. Serão também variáveis condicionantes dos
preços das opções: o valor do ativo no vencimento (ST), o tempo (t) e,
consequentemente, a taxa de juros (i) e a variabilidade dos preços do ativo
referenciado, dada por sua volatilidade (σ ). Assim, o preço de uma opção
deve ser uma função:
f (S, K, i, n, σ )
O Modelo de Black & Scholes será abordado aqui de uma forma mais
intuitiva e voltada para sua análise e estratégias em bolsa, uma vez que o
capítulo de risco e incerteza já detalha com maior profundidade os processos
estocásticos do movimento. Abordagens sobre o modelo binomial, muito
similar ao proposto por Black & Scholes, também foram suprimidas nessa
avaliação.
Então:
X-μ
z=
Derivativos 399
X - μ = (42 – 40)
z=
=2
σ1
Z=
σ√∆ t
dS = μ dt + σ dz
Sendo:
∆ S/ S = Sμ∆ t + Sεσ∆ t
Derivativos 401
Conceituando a arbitragem
Figura 8.19
C = ∆ S – e -r(T –t)B
tT
t
Isso significa dizer que o preço de uma opção é função da razão de seu ativo
objeto, dada por seu delta no período examinado, menos a captação desses
recursos a valor presente, obtidos pela venda a descoberto de um título a taxa
livre de risco nesse mesmo período. O pressuposto aqui é que, conhecendo-
se o delta da opção, chega-se à probabilidade de sua ocorrência. Assumindo
essa probabilidade como certa, pode-se estruturar um portfólio livre de risco,
o que deveria condicionar o valor da opção, do contrário seriam geradas
margens para arbitradores.
O valor de K como Bt
C=S–K
T
Ao confrontarmos à formula preliminar de Black & Scholes, pode-se chegar
à seguinte solução:
Derivativos 403
B = { K, 0}
∆ = N (d ),
1n (S / K) + (T – t) (r + σ 2/2)
d=
σ√ T - t B = N (d ),
1n (S / K) + (T – t) (r – σ 2/2)
d=
Note-se que, tanto em d como d , o valor que se quer testar (X) é dado 1
por Ln( ST/ k), ou seja, o retorno esperado contínuo, dado pelo preço no
vencimento ( ST ) sobre o preço de exercício ( K). Uma maior ou menor
probabilidade do exercício ocorrer é a premissa inicial para o valor da opção.
O
browniano, onde r poderia ser representado pela taxa livre de risco no perí-
C = f ( S, σ , r, T, k)
C = SN( d ) – VP ( k) N( d ) 1
2
Derivativos 405
Sendo:
Ln = logaritmo neperiano
Figura 8.20
do em uma equação que seria exatamente o preço do ativo menos seu pre-
Quadro 8.17
Variáveis/tipo
Call (Max: S – K ; 0)
PUT (Max: K – S ; 0)
Aumento
Diminuição
Diminuição
Aumento
i (taxa de juros)
Aumento
Diminuição
n (tempo)
Aumento
Aumento
v (volatilidade)
Aumento
Aumento
Derivativos 407
A Relevância da Volatilidade
Volatilidade Implícita
çamento de Black & Scholes que não pode ser observado diretamente. Em
geral, utilizam-se dados históricos para estimá-la. Uma alternativa é utilizar
como parâmetro o preço de uma opção verificado no mercado, e, a partir daí,
substituir esse preço na fórmula de Black & Scholes, tendo como incógnita a
volatilidade, chamada assim implícita, σ. Por limitações matemáticas,
infelizmente, não é possível inverter a equação para se chegar ao resultado,
dependendo, dessa forma, de um procedimento de tentativa e erro para se
encontrar a σ implícita. Inúmeras pesquisas têm avaliado a aplicabilidade e a
eficiência dessa forma de cálculo no modelo B&S. Apesar de sua
simplificação, tem se constatado, a cada dia, a superioridade desse método
no apreçamento do modelo.
Delta
∆ t = ∂ C/∂ S
Derivativos 409
Figura 8.21
Principais conceitos
®
Todavia, ressalta-se que a fórmula de B&S é uma função não linear do ativo-
objeto, sendo a primeira derivada do delta explicada apenas para pequenas
variações.
∆ C = (∂ C/∂ S) ∆ S
Gama
ção se dá pelo gama, que mede a razão do delta em relação a seu ativo-
objeto ou quanto uma variação em S afeta delta. Significa dizer que o gama
representa a velocidade da opção de se modificar, identificando movimentos
bruscos em seus preços, dados pela curvatura de preços C × S.
γ = ∂ 2C/∂ S2
Teta
Mede o impacto da variação do tempo (prazo) até o preço de exercício da
opção. Sua fórmula pode ser representada como:
θ = ∂ C/∂ n
Rô
ρ = ∂ C/∂ i
Vega
Λ = ∂ C/∂σ
A expansão de Taylor
C = f(S,K, σ ,n,i)
Derivativos 411
RESUMO
Os preços dos contratos de moeda futura podem ser avaliados por modelos
de taxas de juros, considerando-se que o ganho de juros em uma moeda é
perdido na outra, que se tem como paridade.
As variáveis que afetam o preço das opções são: o preço do ativo, o preço
pactuado como preço de exercício, o tempo (período do contrato), a taxa de
juros livre de risco e a volatilidade do ativo.
Derivativos 413
15. A volatilidade implícita da série de uma opção deveria ser a mesma para
outra série de preço de exercício distinto, porém com os mesmos ativo-
objeto e data de vencimento?
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHESNEY, Marc; EID JR., William. “Options Listing and The Volatility of
The underlying Asset: A Study on the Derivative Market Function”. AE –
Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v. 36, n.1, p. 28-32,
1996.
COSTA, Antônio A.; CRATO, Nuno. Long Run Versus Short-Run Behavior
of the Real Exchange Rates.
DERMAN, E.; KANI, I. The Volatility Smile and its Implied Tree.
Quantitative notes, Goldmam Sachs, 1994.
Derivativos 415
2, p. 237-45, 2001.
LJUNG, G.; BOX, G. “On a Measure of Lack of Fit in Time Series Models”.
Biométrica, v. 65, p. 297-303, 1978.
NOH, Jaesun; ENGLE, Robert F.; KANE, Alex. “Forecasting Volatility and
Option Prices of the S&P
26-36, 1997.
BMBF, 1988.
abr. 2000.
WEI, William W.S. Time Series Analysis – Univariate and Multivariate
Methods. Nova York: Addison-Wesley Publishing, 1994.
Capítulo
IX
Objetivos
Mostrar a dinâmica entre preço e valor dos ativos financeiros, bem como a
relação entre taxa requerida de retorno e taxa esperada de retorno.
INTRODUÇÃO
Se o emissor for uma empresa, esse fluxo de caixa vinculado ao título nada
mais é que parte do fluxo de caixa operacional a ser gerado pela empresa. As
ações são títulos que asseguram ao seu detentor direito a voto na gestão do
negócio, cabendo-lhe como recompensa pela renúncia ao seu capital o
direito sobre a sobra do fluxo de caixa operacional da empresa, após
dedução do fluxo de caixa da dívida e dos impostos sobre a renda.
Ambos, credores e acionistas da empresa, esperam que a parte que lhes cabe
do fluxo de caixa operacional gerado pela empresa seja suficiente para
premiá-los pela postergação do consumo de suas poupanças, bem como pelo
risco associado ao investimento. Essa remuneração é denominada taxa
requerida de retorno (K).
TÍTULOS DE DÍVIDA
•
Data de liquidação – instante em que o título é vendido pelo emissor e o
dinheiro é transferido do comprador para o vendedor.
Títulos públicos.
Títulos privados.
Valor da
face
Data da
liquidação
Data do
resgate
Valor do
título
valor = (1 + K ) n
Onde:
Exemplo: uma empresa está lançando um título de dívida com valor de face
de R$1 mil, e vencimento em três meses. Sendo a taxa requerida de retorno
de 1,5% ao mês, qual será o valor do título no momento de sua liquidação?
R$1.000
Valor =
= R$956,32
(1 + 0,015)3
®
C
.........................................................................
Data do
resgate
Valor do
título
CC
CF
Valor =
+
+ ... +
(1 + K ) (1 + K )2 (1 + K ) n (1 + K )n d
Onde:
C = cupom
Obtido o valor do cupom, podemos estimar o valor do título para uma taxa
requerida de retorno de 8% ao ano.
Valor =
+
Valor = R$964,72
ções no valor e no preço desse título, refletindo este último nas taxas
esperadas de retorno.
Em mercados financeiros eficientes, os preços irão perseguir os valores dos
ativos, fazendo com que a taxa esperada de retorno dos investimentos
convirja para a taxa requerida de retorno, que é função do risco da aplicação.
Caso a taxa requerida subisse, o preço do papel iria cair. No nosso exemplo
do título com cupom, caso a taxa requerida aumentasse para 10% a.a., o
título passaria a valer R$931,37, gerando uma perda de R$33,35 para o
investidor. Mesmo que não realizasse essa perda por meio da venda do título,
o investidor estaria perdendo, pois o seu capital estaria sendo remunerado a
uma taxa esperada de 8%, ante uma taxa exigida de retorno de 10%.
Títulos com prazos mais longos estão expostos a um maior risco da taxa de
juros, fazendo com que o mercado imponha taxas maiores requeridas.
CC
CF
Preço =
+...+
( 1 + y) ( 1 + y)2 ( 1 + y) n ( 1 + y ) n d
rio a R$972,80.
R$29,50 R$1.029,50
R$972,80 =
(1 + y) (1 + y)2
se, os preços serão iguais aos valores dos títulos. Como vimos, o valor é
função da expectativa de ganho representado pelo fluxo de caixa do título,
bem como pelo risco associado ao seu recebimento. Já o preço é função das
decisões de oferta e demanda dos investidores, motivados por eventuais
desequilíbrios entre a taxa requerida de retorno e a taxa esperada.
Para ilustrar essa dinâmica, tomemos o exemplo anterior, supondo que tanto
o preço do título, quanto o seu valor fossem iguais a R$972,80 e, portanto, a
taxa K e y fossem iguais a 8,99% a.a. Imaginemos agora que, por uma d
Títulos Prefixados
Títulos Pós-fixados
rio elevado. Esses títulos são caracterizados por uma atualização no valor
nominal do título, baseado em um indexador inflacionário ou em uma taxa
nominal de juros (exemplo: taxa de juros DI). Além disso, há uma remunera-
ção real previamente definida pelo cupom ou pela negociação do papel com
deságio sobre o seu valor de face.
Valor de Títulos de Dívida e Ações 425
No Brasil, a taxa Selic e a taxa Cetip DI são as duas principais taxas de juros
formadas no mercado financeiro, organizado nos sistemas que fazem a
custódia e liquidação de títulos negociados. São eles o Sistema Especial de
Liquidação e Custódia e a Central de Custódia e de Liquidação Financeira de
Títulos. O primeiro é responsável pelos títulos públicos transacionados e o
segundo, pelos títulos privados, com destaque para os Certificados de De-
pósito Interbancários (CDIs).
Diariamente, essas duas câmaras divulgam as taxas médias formadas nas
operações com os títulos financeiros sob sua responsabilidade.
diferença de um dia em relação a essas taxas. Diz-se então que a taxa do CDI
se antecipa à Selic. Elas são muito semelhantes, diferindo pela defasagem de
um dia e pelo maior risco envolvido com os títulos privados que formam a
taxa DI.
Por se basear nas transações com títulos públicos federais, a Selic representa
a taxa básica de juros da economia, parâmetro para uma aplicação livre de
risco (taxa livre de risco).
A taxa Selic é uma taxa efetiva. Portanto, a taxa dia equivalente à taxa
efetiva de 15,84% a.a. vigente no dia 5 de julho é dada pela seguinte
expressão, que iguala os montantes produzidos por ambas as taxas
equivalentes, pois, por definição, taxas equivalentes são aquelas que,
aplicadas sobre um mesmo capital, produzem um mesmo montante.
(1 + i ) = (1 + i )252
du
Onde:
Assim,
i = (1 + i )1/252 – 1
du
du
VN
Preço =
(1 + K ) DU/252
d
Onde:
Exemplo: qual o preço a ser pago por uma LTN no dia 6 de agosto de 2004,
considerando-se uma taxa anual de juros 17,50% e vencimento em 1o de
abril de 2005?
R$1.000
Preço =
= R$900,94
(1 +0,175)163/252
(1,10)0,5
Preço = 1.000 ×
+...+
[
Onde:
Cupom (em
Valor Nominal
Fluxo de Caixa
Dias
Fator Valor
Fluxo de
unidades)
(em unidade)
Unitário
Úteis
Atual
Caixa Atual
0,0488
0,0488
102
0,9294
0,0454
0,0488
0,0488
226
0,8502
0,0415
0,0488
0,0488
356
0,7744
0,0378
0,0488
0,0488
477
0,7099
0,0346
0,0488
0,0488
602
0,6490
0,0317
0,0488
0,0488
726
0,5937
0,0290
0,0488
1,0488
852
0,5423
0,5688
0,7887
Além da taxa Selic, o título pode oferecer uma remuneração real adicional
caso seja vendido com deságio sobre o valor nominal atualizado na data da
liquidação da compra.
Onde:
PU =
( 1 + K )DU/252
Onde:
Preço = PU × VNA
Onde:
VNA = valor nominal atualizado pelo fator Selic entre a data-base (1o de
julho de 2000) e a data de liquidação da compra.
PU =
= 0,9930
(1 + 0,0029)609/502
Este PU indica que a LFT está sendo vendida com um deságio de 0,007 ou
0,7%.
Onde:
(1,06)0,5 – 1 (1,06)0,5 – 1
(1,06)0,5
PU =
+... +
Onde:
PU = preço unitário para um título de valor nominal R$1,00; DU = dias úteis
entre a data de liquidação da compra do título (inclusive) i
Preço = VNA × PU
Cupom
Fluxo de
Fator de
Fluxo de
Úteis
Unitário
unidade)
Caixa Unitário
Valor Atual
Caixa Atual
18
0,0296
0,0296
0,9946
0,0294
141
0,0296
0,0296
0,9586
0,0283
270
0,0296
0,0296
0,9223
0,0273
393
0,0296
0,0296
0,8890
0,0263
521
0,0296
0,0296
0,8555
0,0253
642
0,0296
0,0296
0,8251
0,0244
771
0,0296
0,0296
0,7938
0,0235
893
0,0296
0,0296
0,7653
0,0226
1.019
0,0296
0,0296
0,7370
0,0218
1.145
0,0296
0,0296
0,7097
0,0210
1.127
0,0296
0,0296
0,6832
0,0202
1.394
0,0296
0,0296
0,6587
0,0195
1.525
0,0296
0,0296
0,6337
0,0187
1.648
0,0296
1,0296
0,6104
0,6285
0,9367
O último fator representa uma indexação pro rate tempori para os dias já
decorridos do mês de agosto. Assim:
D=6
M = 31
1a Série
Onde:
sem
Onde:
Considerando-se que este título não foi lançado por meio de oferta pú-
2a Série
Onde:
AÇÕES
Div Div
Valor =
+ ...+
(1 + K ) (1 + K )2 (1 + K ) n e
Onde:
Div
Div
P∞
P=
n+1
n+2
+ ...+
(1 + K ) (1 + K )2 (1 + K ) n e
Div
Valor = Σ
t
t=0
(1 + K ) t
A equação anterior não é muito prática para avaliar uma ação, pois esta
exige previsões de dividendos para cada ano, até o infinito. Sendo assim,
Gordon6 desenvolveu um modelo que permite estimar o valor de uma ação
6. GORDON, Myron. The Investment, Financing and Valuation of the
Corporation. Irwin, Homewood, III, 1962.
Valor de Títulos de Dívida e Ações 437
Div∞
Div1
Assim, o valor presente ( P ) do fluxo de caixa acima será dado pela se-0
guinte expressão:
P=
0
(1+ K ) (1 + K )2 (1 + K )∞
D (1 + g)∞
–P=D–
0
(1+ g) (1 + K )∞
(1+ K )
[]
– 1 = D0
(1+ g)
(1+ K ) –(1 + g)
=D
(1+ g)
P ( K – g) = D (1 + g) 0
P = D1
( K – g)
R$20,00
P=
= R$200,00
0
(0,12 – 0,02)
Para ilustrar, retomemos o exemplo anterior, supondo que até o 3o ano (1º
estágio), os dividendos irão crescer a uma taxa de 6%, sendo que, a partir
daí, passarão a crescer a 2% a.a. (2o estágio). Com isso, o valor da ação seria
dado pela seguinte expressão:
P=
+
4
n (1 + K ) (1 + K )2 (1 + K )3 K – g (1 + K )3
com isso transferir para instante zero o valor presente da série perpétua
calculada em 3.
P = 20 +
Estimativa de g
Onde:
L = lucro do ano 1;
L=L
0 Lucro retido
× ROE
LL
L + L .g L Lucro retido
0
=0+
× ROE
LL
Exemplo: uma empresa pretende reter 30% dos lucros a serem gerados para
sempre. O retorno do capital próprio no longo prazo é estimado em 12%.
Qual o g em crescimento dos dividendos de suas ações?
Significa que tanto o ROE quanto o coeficiente de retenção irão cair. Assim,
P=
KK
Onde:
P=
+ VPOC
Ke
VPL = – 1 +
Ke
A cada ano, o VPL do novo projeto crescerá a uma razão constante g, pois
tanto o investimento I quanto o ganho C irão crescer nessa proporção.
valor presente líquido desse fluxo de caixa é o VPOC, podendo ser calculado
por meio do modelo de Gordon.
VPL
VPOC =
1
K–g
Exemplo: uma empresa espera gerar um lucro por ação de R$20,00 daqui a
um ano. O seu coeficiente de retenção é de 70%, sendo que o ROE sobre o
lucro retido é de 15% e a taxa requerida de retorno de 12%. Qual o valor de
suas ações e qual o valor presente das oportunidades de crescimento contido
no valor das ações?
P=
= R$400,00
0,12 – 0,105
Vamos agora calcular o VPOC. No primeiro ano, a empresa realiza um
investimento por ação nas seguintes condições:
VPL = R$14,00 +
= R$3,50
0,12
VPL = R$15,47 +
= R$3,87
0,12
VPL
VPOC =
K–g
R$3,50
VPOC =
= R$233,33
0,12 – 0,105
RESUMO
prio, deve ser menor do que o retorno dos investimentos feitos pela empresa
para que haja geração de valor ou de riqueza. Foram trabalhados os
principais títulos das dívidas como títulos pré e pós-fixados, o cálculo dos
juros e as debêntures. Em relação ao capital próprio, foi apresentado o
modelo de Gordon, que trabalha com uma expectativa “g” de crescimento
dos dividendos.
Valor de Títulos de Dívida e Ações 447
1. Na sua opinião, em uma economia estável, qual custo seria maior: o custo
de capital de terceiros ou próprio? Justifique a sua resposta.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BANCO CENTRAL DO BRASIL, www.bcb.gov.br.
CETIP – www.cetip.com.br.
DEBÊNTURES – www.debentures.com.br
Capítulo
Risco e Incerteza
Objetivos
Quantificar risco.
O risco e a incerteza estão sempre presentes nas previsões, por mais seguras
que pareçam ser. A definição mais simples de risco é dada por Saloman e
Pringle (1981), que definiram o risco como o grau de incerteza a respeito de
um evento. O grau de incerteza estará intimamente ligado com a
probabilidade de ocorrência dos eventos em estudo.
Risco de mercado.
Risco operacional.
Risco de crédito.
Risco legal.
Risco de Mercado
Risco de juros.
Risco de preço.
Risco Operacional
Risco de Crédito
O risco de crédito está relacionado a possíveis perdas quando um dos
contratantes não honra seus compromissos. O risco de crédito também pode
ser dividido em três grupos:
Risco Legal
•
Risco operacional: perdas devido a um operador que tomou posições no
mercado de futuros sem conhecimento prévio do comitê de investimentos.
Risco acionário
Risco de câmbio
Risco de mercado
Risco de juros
Risco de commodities
Risco organizacional
Risco operacional
Risco de operações
Risco de pessoas
Risco-país
Risco de crédito
Risco político
Risco de pagamento
Risco de documentação
Risco legal
Risco de insolvência
Risco de representatividade
Quantificação do Risco
P(F) + P(S) = 1
Onde:
P( F) = probabilidade de fracasso
P( S) = probabilidade de sucesso
ou
Risco = 1 – P( S)
Quadro 10.1
Concessão de crédito
Pagamento pontual
10.000,00
0,970%
0,00
0,005%
O risco também pode ser quantificado pela variância e pelo desvio pa-drão.
Quando essas medidas de risco são aplicadas a ativos individuais em vez de
portfólios, desconsidera-se a possibilidade de que os riscos de diferentes
ativos podem se neutralizar mutuamente. Quanto mais alto for o desvio pa-
drão, mais volátil é o ativo e, portanto, mais arriscado.
∑( x - x)2
Variância = σ2 =
∑ fi
Onde:
σ2 = variância
x = média
∑( x - x)2
Desvio padrão = σ =
onde:
σ = desvio padrão
n = ∑ fi
Probabilidade de retorno
Coroa-coroa
111
= 25%
15%-15%
22
Coroa-cara
111
= 25%
15%-10%
224
Cara-coroa
111
= 25%
10% -15%
224
Cara-cara
111
= 25%
10% -10%
224
Nesse ponto, podemos usar essa matriz de decisão, mas listar todos os
possíveis resultados na vida real é muito trabalhoso e muitas vezes
impossível.
Quadro 10.3
(1)
(2)
(3)
(4)
(5)
Taxa % de
Desvio do retorno
Desvio ao quadrado
Probabilidade
(3) x (4)
retorno
esperado
(R - R)²
(R – R) (R = 5)
+ 30
+ 25
625
0,25
156,25
+5
0
0,5
- 20
-25
625
0,25
156,25
1,0
312,50 = σ2R
INTRODUÇÃO AO CAPM
Para exemplificar, vamos supor um investidor que tenha dois projetos sob
consideração para formar um portfólio. Um deles tem o retorno esperado de
50 e um desvio padrão de 20. O outro tem um retorno esperado de 80 e um
desvio padrão de 50. Nessa situação, o investidor somente optaria por
investir em um dos projetos – no caso o de maior retorno –, se estivesse
totalmente desinteressado no risco ou variância. Se o investidor tem
“aversão ao risco”
Retorno esperado
Desvio padrão – σ
Proporção
50
20
50%
80
50
50%
Variância do portfólio/carteira = x 2 × σ2 + x 2 × σ2 + 2 × x × x × ρ × σ × σ
1,2
Onde:
1,2 =
Gráfico 10.1
Correlação –1
Correlação 1
× σ × σ depende tanto da
1,2
1
12
1,2
1,2
1,2
1 = 0,0203 (10.2)
σ21
para (0,99 × 50 + 0,01 × 80) = 49,50 + 0,08 = 50,3. Portanto, notamos que o
retorno do portfólio aumenta em 0,6% (0,3 em 50) e a variância aumenta em
2,032% quando o ativo 2 substitui 1% do portfólio original que tinha
somente o ativo 1.
1,2
1,2
Figura 10.1
Portfólios eficientes
(10.3)
i=1
1,2
i=1i=1
MM
Risco e Incerteza 463
Gráfico 10.2
cov ( R , RM) σ
beta = β =
z
=
ZM ,
σ2 σ
MM
no Gráfico 10.2, para alcançar ao longo da linha que vai de risk-free até M.
A implicação da existência de um ativo/passivo livre de risco é que o
investidor pode primeiro selecionar a “melhor” combinação de portfólio de
ativos de risco em M e então determinar o tamanho desse portfólio tomando
ou emprestando recursos de modo a obter a combinação desejada de risco-
retorno. Esse complemento aos princípios de σ2, o portfólio M, se torna o 1
portfólio de mercado.
R[ R ] = R + (E[ R ] – R ) × β
Onde:
Z
Para exemplificar, vamos supor uma taxa livre de risco de 12%, uma taxa
média de retorno esperado do mercado de 18% e um beta de 1,2. Com esses
dados, o retorno esperado do ativo vai ser de:
Gráfico 10.3
que teríamos para cada período. Quando isso não é feito, incorre-se no risco
de considerar, ao utilizar os beta alavancados, que duas companhias
exatamente iguais, que levantaram a mesma quantidade de recursos, mas
com diferentes prazos e custos, estão incorrendo no mesmo grau de risco.
wacc = K × (1 – t) ×
+K×
][
( D + E ) ( D + E ) Onde:
K = custo da dívida (capital de terceiros);
R)×β;
•
A hiperinflação que afetou o Brasil por um número significativo de anos
distorcendo o valor relativo de ativos brasileiros.
A escolha do ativo livre de risco: quando a curva das taxas de juros tem uma
inclinação positiva (e este tem sido o caso nos Estados Unidos na maior
parte das últimas sete décadas), o prêmio de risco será maior quando
estimado baseado em títulos do governo de curto prazo (tais como treasury
bills). Citando Damodaran (2000 a), “a taxa livre de risco utilizada tem de
ser compatível com a duração ( duration) do fluxo de caixa que está sendo
descontado. Na maioria das vezes, em finanças corporativas e avaliação de
investimentos, a taxa livre de risco utilizada é a taxa de títulos
governamentais de longo prazo e não a taxa de curto prazo. Portanto, o
prêmio de risco deve ser o prêmio de retorno de ativos de renda variável
sobre os títulos governamentais de longo prazo”.
O retorno calculado por média aritmética mede a média simples de uma série
histórica de retornos anuais, ao passo que a média geométrica trata do
retorno composto. A primeira é mais adequada se considerarmos que os
retornos anuais não são correlacionados ao longo do tempo. Considerando,
entretanto, que a evidência empírica parece indicar que retornos sobre ações
são de fato correlacionados e que normalmente queremos medir o retorno de
um projeto por um período superior a um ano, então o argumento a favor de
médias geométricas se torna mais forte.
Damodaran4 calcula que o prêmio obtido por média geométrica para ações
em relação a títulos de longo prazo do governo norte-americano en-3.
Damodaran, “ The promise and peril of real options”, p. 5-9.
risco do país. Stern Stewart & Co sugere que o retorno esperado de um ativo
seja dado por:
de risco. Ele tem a vantagem de ser simples, mas tem duas desvantagens:
ratings soberanos não refletem a expectativa corrente sobre o risco de um
país uma vez que não são revisitados muito frequentemente e a utilização do
spread soberano como referência implica que capital e dívida são
equivalentes. Embora altamente correlacionados, é razoável esperar que
spreads sobre capital sejam mais altos do que aqueles de dívidas.
Quadro 10.4
Ano
Ano 1
Ano 2
Ano 3
Ano 4
Ano 5
Global 27
13,41%
11,10%
12,67%
13,98%
12,50%
Quadro 10.5
Ano
Ano 1
Ano 2
Ano 3
Ano 4
Ano 5
6,73%
6,62%
5,60%
5,87%
6,29%
Quadro 10.6
Prêmio de risco-país
Ano
Ano 1
Ano 2
Ano 3
Ano 4
Ano 5
Global 27
13,41%
11,10%
12,67%
13,98%
12,50%
6,73%
6,62%
5,60
5,87%
6,29%
(Treasury Bond)
CRP
6,68%
4,48%
7,07%
8,11%
6,21%
A taxa livre de risco para o ano 5 é dada por 6,29 + 6,21 = 12,50, que mostra
que, quando a proposição 1 é válida, o custo do capital próprio é uma função
linear crescente do índice dívida/capital próprio. O conceito de se alavancar
e desalavancar betas é consistente com a segunda proposição de Modigliani
e Miller (1958). Sua aplicação, como discutido anteriormente, requer,
entretanto, cuidado e um entendimento correto do contexto sob análise.
Quadro 10.7
Dez.-Ano 1
Dez.-Ano 2
Dez.-Ano 3
Dez.-Ano 4
Dez.-Ano 5
Média de inflação nos EUA
2,20%
2,20%
2,20%
2,50%
3,00%
5,23%
5,23%
5,23%
6,00%
4,00%
Para uma relação estimada de dívida sobre capital próprio de 66%, o custo
de capital será:
Quadro 10.8
Linha
Indicadores
Valores
Como calcular
1
Beta desalavancado
0,51%
dado no texto
6,00%
dado no texto
3,10%
L1 x L3
6,21%
Tabela 6
6,29%
Tabela 6
6
(=) Global 27 Yield
12,50%
L4 + L5
16,60%
L6 + L3
10,00%
dado no texto
Imposto
34,00%
dado no texto
10
6,60%
L8 x L9
11
Total da dívida/Capital total
40,00%
dado no texto
12
60,00%
dado no texto
13
66,00%
L12/13
14
18,10%
[3]
15
13,50%
[4]
16
(–) Inflação dos EUA
3,00%
Tabela 7
17
10,50%
L18 + L19
18
4,00%
Tabela 7
19
= R$ nominal WACC
14,50%
L20 + L21
[3] Custo do capital próprio = custo de capital para risco do negócio + (custo
de capital para risco do negócio - custo da dívida antes do imposto) x (1-
taxa do imposto) x (dívida/capital próprio) = 15,6% + (15,6% - 10%) x (1-
0,34) x 0,4/0,6 = 15,6%
+ 2,464 = 18,064%
[4] wacc = K x (1 – t ) ×
+K×
][
(D + E ) (D + E )
Estudo recente feito por Camacho e Lemme (2004) com empresas brasileiras
com projetos no exterior identificou que empresas brasileiras com
oportunidades de investimentos no exterior devem olhar com muito crité-
INCERTEZA
Conceitos Básicos
Nesse item vamos rever alguns conceitos básicos subjacentes a uma área
importante de gerenciamento de riscos e incertezas que é a dos derivativos
financeiros.
Processos Estocásticos
O Processo de Wiener
t
ria com distribuição normal, com média zero e desvio padrão de 1.
para t ≠ s.
O Lema de Ito
Y=1+X
Y=1+X+½×X2
Y = 1 + X + ½ × X 2 + 1/3 × X 3
Gráfico 10.4
Gráfico 10.5
Gráfico 10.6
Aproximação com uma função do primeiro grau
y = ex
y = ex
y = ex
y = 0,5x2 + x + 1
4
4
y=x+1
-2 -1,5 -1 -0,5
0,5
1,5
2
-4
-2
-2
-1
-1
-1
-1
∂F∂F
dF =
dx +
dt
∂x∂t
∂F
∂F+1
∂F
∂F
dF =
+ a ( x,t)
b 2 ( x,t)
dt + b ( x,t)
dz
Incerteza em Derivativos
Esta seção pretende proporcionar apenas uma visão geral dos conceitos
teóricos básicos em preços de opções. Muitos conceitos matemáticos mais
avan-
çados são utilizados, mas, nesse momento, o mais importante é conhecer e
entender a lógica das metodologias. Os mais interessados no assunto
poderão aprofundar os conhecimentos por meio das leituras sugeridas no
texto.
® uS
(1-q)
® dS
S+ ≡ uS and S ≡ dS
u ≡ S+ = 1 + R+
d ≡ S+ = 1 + R
C+ – C –
N=
( u – d) S
dC + – uC –
B=
( u – d) (1 + r)
pC+ + (1 – p) C –
(1 + r) – d
C=
ep=
1 + r u – d Onde:
C = valor do resgate;
Risco e Incerteza 477
C = SΦ[ m;n, p 1] –
Φ [ m; n, p]
(1 + r ) n
n! p j (1 – p) n-j
[ m;n, p] ≡ ∑
i=a
j!( n – j)!
p’ ≡ u
(
)pe
1+ r
ção em tempo contínuo foi desenvolvido por Fischer Black e Myron Scholes
(1973). Em um artigo clássico, publicado em 1973 no Journal of Political
Economy, Fischer Black e Myron Scholes apresentaram um modelo
matemático para avaliar opções europeias. Esse artigo, amplamente utilizado
por teóricos e praticantes em todo o mundo, serviu de base para o
desenvolvimento da teoria das finanças.
C=NxS–B
Onde:
C = valor de um call;
∂C
1 ∂2 C
∂C
+ dt +
ds +
σ 2S2 dt =
dS – dB
∂ t ∂ S 2 ∂ S2 ∂ S
ou
1 ∂ 1C
dB = – (∂ C +
σ2 S2) dt
∂ t 2 ∂ S2
dB = ( B) rdt = (∂ C × S – C) rdt
∂S
1 σ 2S 2 C + rSC – C
ss
τ – rC = 0
C (0, τ; E) = e,
C ( S, τ; E)/ S → 1 como S → ∞
C( S; τ; X) = S × N ( d ) – Xe–rτ N ( d ) e 1
2
p = Xe – r(T–t) N (– d ) – SN (– d ), 2
Onde:
X = preço de exercício;
σ2
In ( S ) + ( r + ) × ( T – t) X 2
d=
σ√ T – t
σ2
In ( S) + ( r – ) × ( T – t) X 2
d=
= d – σ√ T – t;
σ√ T – t
N( d ) = o mesmo para d ; e
B = E-rt
e N( d )
2
482 Mercado Financeiro
Prever taxas de câmbio é uma tarefa muito difícil e qualquer resultado deve
ser visto com precaução. Pode haver muitos modelos teóricos alternati-vos
tais como o modelo de paridade de poder aquisitivo (PPP), o modelo
monetário e suas muitas variantes, o modelo da balança de pagamentos,
martingale, sub-martingale e modelos Random Walk, o modelo de
equivalência de quatro vias e muitos outros. A previsão de taxas de câmbio é
um item fundamental e necessário na avaliação de um projeto envolvendo
mais de uma moeda. No entanto, para os fins de medição de risco e
modelagem da avaliação de preço da opção, a principal preocupação é com a
evidência obtida por meio de testes econométricos e estatísticos.
O trabalho empírico nessa área começou com Bachelier (1900), que exa-
minou os movimentos dos preços de ações e observou que “os lucros
esperados devem ser zero”. Subsequentemente, conforme observado por
Baillie e McMahon (1989), vários outros pesquisadores alegaram ter
encontrado suporte empírico para o comportamento de random walk ou
martingale dos pre-
ções a respeito dos preços passados, ou seja, nos preços dos ativos no
presente já se encontrariam incorporadas todas as informações sobre os
preços e comportamentos passados. A eficiência no sentido fraco pode ser
testada como uma hipótese random walk, representada matematicamente
como: P = P + E[ r] + ε t t
t-1
Onde:
P = preços passados;
t-1
Por último, a forma forte capta, nos preços dos ativos, toda e qualquer
informação existente, inclusive aquela disponível por meio de um insider
information. A exemplo, se fosse encontrado ouro na mina de uma empresa
explo-radora do metal, o mercado perceberia o movimento desse insider e o
preço se ajustaria antes de qualquer movimento que o favorecesse. Para essa
forma, não há informação sigilosa, nem manipuladores do mercado.
os anos e não podem ser descartados. McKinnon (1979) argumenta que para
as commodities negociáveis individualmente no curto e médio prazos pode
haver desvios notáveis daquilo que a teoria seria capaz de prever, porém
constatou que a mesma se dá bem no longo prazo para as moedas
conversíveis.
RESUMO
Curiosidade:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
______. “The promise and peril of real options”. Working Paper, Stern
School of Business, www.stern.nyu.edu/~adamodaran, 2000.
______. “The Dark Side of Valuation: Firms with no ernings, no history and
no comparables – Can Amazon.com be valued?”. Working Paper, Stern
School of Business, www.stern.nyu.edu/
~adamodaran, 2000.
486 Mercado Financeiro
ISARD, P. “How far can we push the ‘law of one price’?” The Amercan
Economic Review, v. 67, dez.