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Mercantilismo e capitalismo

O Mercantilismo foi o conjunto de ideias e práticas econômicas, desenvolvidas na Europa


no séc. XV, durante a Idade Moderna.
Segundo o mercantilismo, a fonte de riqueza de uma nação se baseava no comércio com o
mercado exterior e no acúmulo de metais preciosos.
Os reis, com o apoio da burguesia mercantil, foram assumindo o controle da economia
nacional, visando fortalecer ainda mais o poder central e obter os recursos necessários para
expandir o comércio.
Os governos, interessados numa rápida acumulação de capital, estabeleceram monopólio
sobre as atividades mercantis e manufatureiras, tanto na metrópole como nas colônias.
Donos do monopólio, o Estado concedia à burguesia, através das Companhias de
Comércio, o direito de explorar o comércio de pessoas escravizadas, a venda de produtos
agrícolas, etc.
A burguesia, favorecida pela concessão exclusiva, comprava pelo preço mais baixo o que
os colonos produziam e vendiam pelo preço mais alto tudo o que os colonos necessitavam.
Dessa forma, a economia colonial funcionava como um complemento da economia da metrópole.
Os mercantilistas defendiam a ideia de que a riqueza de um país era medida pela
quantidade de ouro e prata que possuíssem (metalismo).
Por isso, houve a busca por regiões na América onde fosse possível extrair estes
metais preciosos.
O mercantilismo chegou ao Brasil por meio dos portugueses. Desde a chegada de Pedro
Álvares Cabral, em 1500, os colonizadores buscavam encontrar ouro no litoral brasileiro. A notícia
de que os espanhóis encontraram metais precisos fizeram com que os portugueses
aumentassem a procura no Brasil. Como não encontraram de imediato esses metais, eles
resolveram explorar outras mercadorias que também tinham valor no mercado externo.
Com o êxito da produção de açúcar no Nordeste brasileiro, os portugueses implantaram
o Pacto Colonial ou o exclusivismo colonial. Com isso, o Brasil Colônia só poderia comercializar
com a metrópole portuguesa. Dessa forma, Portugal obteve o controle de toda a riqueza extraída
de sua colônia brasileira.
O capitalismo é um sistema econômico e social baseado no direito à propriedade privada,
no lucro e na acumulação de capital.
A palavra capital vem do latim capitale e significa "cabeça", no qual faz alusão às cabeças
de gado, ou seja, uma das medidas de riqueza nos tempos antigos. Atualmente, capital está
relacionado diretamente com o dinheiro ou crédito.
Surgiu no século XV, na passagem da Idade Média para a Idade Moderna, a partir da
decadência do sistema feudal e do nascimento de uma nova classe social, a burguesia.
O sistema capitalista se consolidou a partir das revoluções burguesas ocorridas nos
séculos XVII e XVIII e, da revolução industrial, que instituiu um novo modo de produção.
O capitalismo se assenta no pensamento liberal e é orientado por alguns fatores
determinantes:
 O direito à propriedade privada, compreendido como um direito natural dos seres
humanos.
 A livre iniciativa;
 A livre concorrência;
 A lei do mercado (oferta e procura);
 O lucro como o objetivo principal da produção;
 A possibilidade de acumulação de riquezas;
 A instituição do trabalho assalariado no lugar da servidão;
 O controle dos sistemas produtivos por parte de proprietários privados e do Estado.
Podemos dizer que o capitalismo está dividido, historicamente, em três fases. São elas:
 Capitalismo Comercial ou Mercantil (pré-capitalismo).
 Capitalismo Industrial ou Industrialismo.
 Capitalismo Financeiro ou Monopolista.

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