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Capitalismo

O capitalismo é um sistema econômico e social baseado no direito à propriedade privada, no lucro


e na acumulação de capital.
A palavra capital vem do latim capitale e significa "cabeça", no qual faz alusão às cabeças de
gado, ou seja, uma das medidas de riqueza nos tempos antigos. Atualmente, capital está relacionado
diretamente com o dinheiro ou crédito.
Também conhecido como economia de mercado, o capitalismo opera através das leis da livre
iniciativa, da livre concorrência e das leis da oferta e da procura.
Surgiu no século XV, na passagem da Idade Média para a Idade Moderna, a partir da decadência
do sistema feudal e do nascimento de uma nova classe social, a burguesia.
O sistema capitalista se consolidou a partir das revoluções burguesas ocorridas nos séculos XVII e
XVIII e, da revolução industrial, que instituiu um novo modo de produção.

Características do Capitalismo
O capitalismo se assenta no pensamento liberal e é orientado por alguns fatores determinantes:
O direito à propriedade privada, compreendido como um direito natural dos seres humanos.
A livre iniciativa;
A livre concorrência;
A lei do mercado (oferta e procura);
O lucro como o objetivo principal da produção;
A possibilidade de acumulação de riquezas;
A instituição do trabalho assalariado no lugar da servidão;
O controle dos sistemas produtivos por parte de proprietários privados e do Estado.
Veja também: Modo de produção capitalista

Origem do capitalismo
O capitalismo surgiu na Europa Ocidental devido às mudanças ocorridas no sistema feudal. Com a
centralização do poder nas mãos do rei e da ascensão da burguesia a partir do comércio e da circulação de
mercadorias.
O surgimento de novas técnicas de fabricação e o aumento da urbanização possibilitaram a
mudança do modo de produção e permitiram o barateamento e o melhor atendimento às demandas de
mercadorias.
A melhoria dos meios de transporte, principalmente o marítimo, possibilitou a chegada desses
produtos a territórios distantes e o estabelecimento de rotas comerciais.
Desde então, o capitalismo sofreu uma série de transformações, mas manteve sua base
fundamental e características principais.
Para Adam Smith, um dos principais pensadores do liberalismo, o sistema capitalista é o único
que pode funcionar por ter como base a necessidade natural dos indivíduos de atender os seus interesses
próprios.
O auto interesse seria guiado por uma mão invisível que conduziria à melhoria das condições de
vida da sociedade como um todo.
Não é da benevolência do açougueiro, do cervejeiro e do padeiro que esperamos o nosso jantar,
mas da consideração que ele tem pelos próprios interesses. Apelamos não à humanidade, mas ao amor-
próprio, e nunca falamos de nossas necessidades, mas das vantagens que eles podem obter.
Assim, o sistema preza pela redução da intervenção do Estado na economia, para que o próprio
mercado possa regular as suas relações.

Fases do Capitalismo
Podemos dizer que o capitalismo está dividido, historicamente, em três fases. São elas:
Capitalismo Comercial ou Mercantil (pré-capitalismo)
Capitalismo Industrial ou Industrialismo
Capitalismo Financeiro ou Monopolista
Capitalismo Comercial
O pré-capitalismo ou capitalismo comercial, chamado também de mercantilismo, vigorou dos
séculos XV ao XVIII
Nesta época, a Europa passa pela transição do feudalismo para o capitalismo. A terra deixa de
estar associada diretamente ao poder e se torna um bem, podendo ser vendido como qualquer mercadoria.
Assim, o intuito principal do capitalismo comercial estava no acúmulo de capital através do
comércio, da balança comercial favorável (vender mais do que consome) e da conquista de colônias.
Capitalismo Industrial
O Capitalismo Industrial ou Industrialismo surgiu com a Revolução Industrial no século XVIII, a
partir da transformação do sistema de produção.
Nesse caso, houve a mudança no modo de fabricar produtos manufaturados. Antes, cada produto
era feito de maneira artesanal, em pequenas quantidades. Nesse modo, a demanda era anterior à produção.
Com o surgimento do motor a vapor e de máquinas mais elaboradas, passa-se para grandes escalas
de produção. A oferta dos produtos passa a ser anterior à demanda, cresce a necessidade de criar um
mercado consumidor.
Desta maneira, o Capitalismo Industrial enfoca no desenvolvimento do sistema fabril de produção.
Este vai necessitar mais mão de obra e desta maneira surge à classe operária.
Capitalismo Financeiro ou Monopolista
Por fim, o capitalismo financeiro, iniciado no século XX, consolidado com a Primeira Guerra
Mundial, vigora até os dias atuais.
O capitalismo financeiro está fundamentado nas leis dos bancos, das empresas e das grandes
corporações por meio do monopólio industrial e financeiro.
Por isso, essa terceira fase do capitalismo é conhecida como Capitalismo Monopolista Financeiro.
Importante ressaltar que as indústrias e os comércios ainda lucram, porém, são controlados pelo poderio
econômico dos bancos comerciais e de outras instituições financeiras.
Poucas e grandes empresas passaram a dominar o mercado através de trustes, holdings e cartéis.
Baseado no fenômeno da globalização, alguns estudiosos defendem a teoria de que o capitalismo
já está numa nova fase de desenvolvimento, denominado de capitalismo informacional.
Liberalismo
No século XVIII, com as mudanças produzidas nos sistemas políticos e econômicos, surgem
vários teóricos que pretendem explicar o funcionamento da economia, por conseguinte, do capitalismo.
Desta maneira, surgem duas correntes:
Liberalismo: defende que a interferência do Estado deve ser mínima, encarregando-se apenas de
regular a economia, cobrar impostos e cuidar do bem-estar dos cidadãos.
Antiliberalísmo ou intervencionista: entende que a economia deve ser planejada a partir do Estado,
que fixaria preços, estabeleceria monopólios e regulações.

Fonte: https://www.todamateria.com.br/capitalismo/

Observação:
Atividade no caderno
Avaliação no início de setembro

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