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A europa dos Estados Parlamentares

Magna Carta (1215) - Estabelecimento da limitação do poder do rei, (não podiam lançar
impostos sem o consentimento do povo e no geral, não podiam tomar qualquer decisão sem o
consentimento do Parlamento) - Acabou com o absolutismo
Carlos I (1625) Rei de Inglaterra
 Simpatizante do absolutismo,
 lançou impostos sem o consentimento parlamentar
 procedeu a prisões arbitrárias
Petição de Direitos (1628) – documento que Carlos I assinou e que prevê:
 Soberania do parlamento em matéria de impostos
 Obrigação do rei a respeitar leis antigas
Carlos I dissolve o Parlamento (1629)

“Onze anos de Tirania” (1629-1640)


 Perseguição dos adversários políticos e religiosos (cristãos)
 Extensão do anglicanismo (religião protestante) a toda a Inglaterra e escócia
Guerra Civil (1642-1648) entre: “cabeças redondas “-partidários do parlamento
 Nobres rurais do Sul e do leste da Inglaterra
 Pequena nobreza
 Burguesia comercial e industrial
e entre os “cavaleiros” - partidários do rei/realistas
1645- Carlos I refugia-se na Escócia, após derrota dos realistas em Naseby
1647- Escoceses entregam Carlos I ao Parlamento inglês em troca de dinheiro
1648- O parlamento composto essencialmente por elementos radicais, sob a liderança de
Cromwell, condena Carlos I á morte
1649-Execução de Carlos I, Abolição da monarquia, início da república e do governo de
Cromwell (Cromwealth)
1653- Dissolução do Parlamento por Cromwell- ditadura
1658- Morte de Cromwell, ascensão de Richard Cromwell ao poder, abdicação de Richard

1660- Restauração da monarquia: Carlos II, rei de Inglaterra


1673- Parlamento obriga Carlos II a aprovar o Habeas Corpus (o corpo pertence-te) para evitar
prisões arbitrárias
1685- Jaime II (irmão de Carlos II) sobe ao poder
1688- Guilherme de Orange desembarca na Inglaterra. Inicia-se a revolução gloriosa (querer um
parlamento). Jaime II é disposto ao trono inglês
1689- Coroação de Guilherme Orange. Este jura a declaração dos direitos em que o rei se
comprometia a: respeitar as liberdades individuais, não aumentar os impostos sem ouvir o
parlamento, manter a independência da justiça, permitir o livre exercício de todos os
protestantes

Qual a diferença entre o absolutismo e parlamentarismo?


O parlamentarismo diferencia-se completamente do absolutismo. No absolutismo todos os
poderes são concentrados nas mãos do rei, e é ele que toma todas as decisões sem precisar do
consentimento de ninguém (só de Deus). Já no Parlamentarismo os monarcas só podiam tomar
decisões com o consentimento do mesmo. Por exemplo, estes não podiam aumentar os impostos
simplesmente porque queria nem podia proceder a prisões arbitrárias, (o cidadão é detido sem
que haja qualquer indício de irregularidade ou de cometimento de ato ilícito).

Qual era a importância da declaração de direitos?


 Condicionou a ação dos monarcas que se tornaram dependentes do parlamento
 Consagrou a partilha do poder entre o monarca e o parlamento
 Impediu o rei de fazer o levantamento de impostos sem a autorização do parlamento

Locke e a justificação do parlamentarismo


 Responsável pela justificação teórica do parlamentarismo
 Defendeu que todos os homens se encontram naturalmente nume estado de liberdade e
num estado de igualdade aos quais renunciam a favor da coletividade quando se fazem
representar pelos seus governantes
 Defendeu que o poder supremo do estado era o poder legislativo, exercido pelo
parlamento e que este deve promover a manutenção da lei natural através da lei
O poder político deve guiar-se por uma prática tolerante, caso .
contrário, é reconhecido aos cidadãos o direito á revolta

Locke justificou a revolução gloriosa (querer um parlamento) com base em


vários princípios:
 Recusou a teoria da origem divina e defendeu que a origem do poder residia na
soberania do povo
 Recusou o poder absoluto pois considerava que este degenerava tirania
 Fundamentou que a autoridade do rei resultava do consentimento popular assente num
contrato entre os reis e os seus súbitos
 Defendeu a existência de um contrato que garantia a livre organização da sociedade, a
defesa do direito á vida
 Defendeu que os governados tinham legitimidade para afastar o governante quando este
não cumpria o contrato estabelecido

O império português e a concorrência internacional


No seculo XVI Portugal passava por uma grande crise económica e isso ainda veio piorar
quando outro país europeu queria também participar no comercio colonial como França
Inglaterra e holanda. E como Portugal estava frágil acabou por perder muitas terras e rotas
comerciais. Assim estes deixaram de ter o “exclusivo colonial” que era o mar exclusivo para
Portugal e Espanha (mare clausum) e passou a ser livre (mare liberum) para todos os países.

Mare clausum- Mar fechado (de PT e Espanha)


Mare liberum- Mar livre (passou a ser de todos)

O tempo do grande comércio oceânico e da era do capitalismo comercial


Domínio colonial detido por
Portugal e Espanha disputado pela nova
potencias marítimas e coloniais Nova rota comercial: rota triangular:
Ligação entre a Europa, África e
América
Novos impérios coloniais: Holanda, frança
e Inglaterra

Tráfico negreiro: transporte e comercialização de


escravos de África.
 Meio para assegurar a produção mineira,
agrícola, manufatureira e trabalhos
domésticos

Capitalismo comercial
Sistema económico caracterizado:
 Pela procura do maior lucro
 Pelo espírito de concorrência
 Pelo papel determinante do comércio como motor do desenvolvimento económico
Finais do séc. XVI e XVII: falta de moeda pela: diminuição da prata da América espanhola e
redução da sua produção nas minas europeias

Necessidade de fortalecimento do poder económico e do seu tesouro pelos países europeus para
o reforço do estado e do monarca

Aumento da rivalidade entro os estados pela procura de controlo da circulação de metais


preciosos e procura de novas rotas e mercados livres para o aumento dos lucros e diminuição da
dependência exterior

Afirmação do mercantilismo
Mercantilismo- Teoria económica dos Sec. XVI e XVII na Europa que defende uma forte
intervenção do estado na economia. Defendia que a riqueza de um país assentava na
acumulação de metais precisos. Considerava que cada país devia ser autossuficiente
favorecendo a sua produção interna através de medidas que evitassem a fuga de metais
preciosos para o estrangeiro-protecionismo (proteger a produção nacional da concorrência
estrangeira, através de medidas protecionistas).
Princípios:
 A riqueza do país deve assentar na acumulação de metais preciosos no reino
 Diminuição das importações para evitar a saída de metais preciosos
 Balança comercial favorável
 Expansão comercial colonial
 Autossuficiência de cada país, através do desenvolvimento da produção interna e evitar
importações
Medidas:
 Promoção do consumo dos produtos nacionais
 Incentivo á exportação dos bens manufaturados e diminuição dos impostos sobre as
exportações
 Criação de manufaturas
 Criação de companhias comerciais monopolistas
 Apoio á expansão comercial e ao domínio de novos mercados coloniais

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