Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Carateriza-se:
Regime político que vigorou em quase toda a Europa, entre os séculos XVI e XVIII, em que o rei detém os
poderes legislativo, executivo e judicial.
Todos os súbditos deviam obediência ao Rei , tem PODER ABSOLUTO (não prestam contas a
ninguém, só a Deus, as cortes deixam de ser consultadas).
O absolutismo carateriza-se pela centralização dos poderes legislativo, executivo e judicial nas mãos
do rei.
Luís XIV escolheu o sol como emblema. O sol representava Apolo, deus da paz e das artes da
mitologia grega. É também o astro que dá vida.
Representante máximo do absolutismo - LUÍS XIV : «O REI SOL».
Para afirmar o seu poder, mandou construir o Palácio de Versalhes, onde instalou a sua corte e distraiu os
cortesãos com banquetes, festas e representações diversas.
Graças ao luxo e a fausto da corte, Luís XIX controlou e submeteu as ordens privilegiadas à sua vontade,
governando de forma absoluta.
Cerimónias e festas sumptuosas: para sobressair a figura do rei; forma de garantir obediência e veneração
dos súbditos.
2
A vida e a etiqueta da corte exigiam recursos em dinheiro, o que obrigou muitos nobres a endividarem-se,
acentuando a sua dependência e submissão face ao monarca.
CARACTERÍSTICAS SOCIAIS
Divisão da sociedade em várias ordens ou estratos sociais, tendo por base critérios como o nascimento, a
riqueza e a função desempenhada.
Diferenciação social refletia-se por exemplo, na maneira de vestir, nos costumes e na distribuição de lugares
em cerimónias públicas.
• Essencialmente agrícola.
• Tradicional, arcaica, pouco produtiva.
• Ocupa a maioria da população.
Donos das terras são o rei, o clero e a nobreza - arrendam terras aos camponeses em troca de rendas
elevadas.
Colbert, ministro de Luís XIV, foi o teorizador desta política económica protecionista.
Segundo o mercantilismo a riqueza de um país media-se pela quantidade de metais preciosos, de reserva,
nos seus cofres.
Estas reservas conseguiam-se através das trocas comerciais e de uma balança comercial favorável, em que
as exportações pesam mais que as importações.
Este protecionismo e dirigismo económico foi também uma forma de os monarcas reforçarem o seu poder
absoluto.
D. João V subiu ao trono em 1706 e procurou imitar a grandeza da corte de Luís XIV.
• Boas condições financeiras (vinda de remessas de ouro brasileiro) - a partir de 1699 – 1.ªs remessas de
ouro chegam ao reino.
5
• Beneficiando das remessas de ouro do Brasil, governou com luxo e ostentação (grandes festividades
públicas: procissões, autos-de-fé, casamentos de príncipes, etc.), para impressionar o público e afirmar o
seu poder absoluto.
D. João V transmitiu uma imagem da magnificência através da construção de obras monumentais, por
exemplo o Palácio-Convento de Mafra, Biblioteca da Universidade de Coimbra, o Aqueduto das Águas Livres
em Lisboa.
Enviou luxuosas embaixadas a reis estrangeiros e ao Papa, de modo a demonstrar a sua riqueza e poder.
D. João V, como rei absoluto, rodeou-se da nobreza, sustentando-a com rendas e atribuindo-lhe
títulos, como forma de a controlar.
D. João V tinha os seus poderes limitados pela obrigação de respeitar e cumprir os usos, os costumes e as
leis do reino.
Monarca justo, preocupado com os seus súbditos e com a manutenção da ordem social foram características
do seu reinado.
Parte da nobreza, embora detentora, juntamente com o clero, da maioria das terras, continuava a olhar para
os cargos administrativos e para o comércio ultramarino como uma forma de aumentar os seus
rendimentos.
Esta nobreza mercantilizada, que contou com o apoio régio, impediu, assim, o desenvolvimento de uma
burguesia empreendedora, à semelhança do que aconteceu em outros países europeus.
Burguesia aspirava a ter títulos de nobreza e a usufruir do seu modo de vida, através do casamento, ou
investindo na compra de propriedades, por exemplo.
Existia ainda uma parte da burguesia ligada a cristãos-novos que, perseguida pela Inquisição, teve
dificuldade em afirmar-se.
Este facto provocou uma alteração na política ultramarina do Estado, conduzindo a uma viragem para o
Atlântico.
A colónia que se tornou fundamental para o nosso país é o Brasil, o açúcar brasileiro passou a ser a 6
principal fonte de riqueza colonial neste período.
Era a África que os portugueses iam buscar os escravos, destinados ao trabalho nas minas e plantações das
Américas.
A sua produção em grande quantidade, com o objetivo de ser comerciado, foi iniciada pelos portugueses no
Brasil, que no entanto só o podiam enviar para Portugal que depois se encarregava de o vender ao resto da
Europa.
Devido à concorrência do açúcar produzido nas Antilhas pelos Holandeses, o preço do açúcar foi baixando.
Portugal entrou num período de crise comercial e financeira, devido a vários fatores:
Para combater a crise comercial e financeira, o Conde de Ericeira (ministro de D. Pedro II) –
implementou as 1.ªs medidas mercantilistas:
• Criação novas manufaturas têxteis (Covilhã), seda, chapéus, vidros, ferro, papel, cordoaria… ;
• Leis pragmáticas (proibição de importação de produtos estrangeiros);
• Privilégios e empréstimos a estrangeiros que instalassem as suas fábricas em Portugal.
O FRACASSO DAS MEDIDAS MERCANTILISTAS
Apesar dos esforços do conde da Ericeira, a industrialização do país veio a ficar, em boa parte,
comprometida. Essa situação deveu-se, a dois fatores:
• Descoberta de ouro e diamantes no Brasil, em finais do século XVII, facilitou o pagamento dos
produtos importados;
• Tratado de Methuen (1703) consagrou a aliança comercial entre Inglaterra e Portugal.
Tratado de Methuen (1703) - Tratado assinado entre Portugal e Inglaterra, segundo este:
Importância:
• Girava em torno da venda de produtos coloniais na Europa e exportação de sal, vinho, azeite, frutas.
• Não houve desenvolvimento das atividades produtivas nacionais.
No final do reinado de D. João V, Portugal enfrentava sinais de crise económica devido a vários fatores,
como:
1. Diminuição do afluxo de ouro e pedras preciosas do Brasil;
2. Dependência da economia nacional face à Inglaterra;
3. Dificuldade de colocação de produtos coloniais no estrangeiro;
4. Produção manufatureira ultrapassada pela concorrência inglesa;
5. Agricultura atrasada e pouco produtiva.
Foi neste contexto que, em 1750, D. José I (filho de D. João V) subiu ao trono.
Com o objetivo de solucionar a crise e de romper com as políticas do reinado anterior, o rei convidou para
seu ministro Sebastião José de Carvalho e Melo, futuro Marquês de Pombal, cuja experiência no
estrangeiro lhe permitiria modernizar Portugal, aproximando-o de outros países europeus.
MEDIDAS POLÍTICAS DO MARQUÊS DE POMBAL
Criou vários organismos:
Erário Régio, para controlar as receitas do Estado, vigiando as Finanças e cobrando impostos;
Real Mesa Censória, retirando à Inquisição o controlo da censura, que passou a estar
dependente do Estado
× Limitação dos privilégios e da ação de todos os que pusessem em causa o poder do Estado;
× Combate o poder e os privilégios da alta nobreza, com a condenação à morte de muitos membros da
família dos Távoras, acusados de envolvimento num atentado contra o rei D. José, tendo os seus bens
revertido a favor do Estado;
Marquês de Pombal, vai tomar algumas medidas para melhorar a economia portuguesa:
O VALE DO DOURO - tornou-se uma região demarcada, tendo em vista a defesa da qualidade do vinho do
Porto.
A política pombalina possibilitou o crescimento da grande burguesia capitalista ligada ao comércio colonial
e ao comércio do vinho, do sal e do azeite.
No século XVIII, Portugal registava um atraso cultural relativamente aos outros países da Europa.
Esse atraso era sentido e criticado por uma elite de intelectuais, os estrangeirados, que, por terem viajado
ou vivido no estrangeiro, conheciam bem as mudanças ali ocorridas, ambicionando o mesmo para
Portugal.
Estrangeirado – nome utilizado em Portugal para designar os intelectuais portugueses que viajaram,
trabalharam ou estudaram no estrangeiro, onde contactaram com as novas ideias. Destes, destacam-se o
médico Ribeiro Sanches e o padre Luís António Verney.
Algumas das propostas destes autores foram seguidas pelo Marquês de Pombal, também ele um
estrangeirado.
Depois de expulsar os Jesuítas, Pombal empreendeu várias medidas para reformar o ensino:
A construção de edifícios semelhantes, tinha com objetivo a não distinção social dos seus moradores,
que refletia a politica do rei subordinando todos os grupos sociais à sua autoridade.
A construção da estátua de D. José I, no centro da Praça do Comércio, simbolizava a grandiosidade
do rei.