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O feudalismo e as suas características

A economia

A política

A decadência

Feudalismo

Foi um sistema político económico e social que surgiu na Europa entre o séc. V à XV em que
a terra era a base da economia.

Neste sistema entramos a servo conhecido como Vassala e o senhor feudal conhecido por
suserano.

Características

O servo fazia vários trabalhos para o senhor feudal como forma de pagar renda. Para além de
fazer vários trabalhos, a renda também área paga com base nos produtos agrícolas e em
dinheiro e ainda faziam serviços militares.

Enquanto o senhor feudal tinha a obrigação de dar uma parte das suas terras ao servo, garantir
a segurança e a proteção ao servo em casos de guerra, invasões, cheias, seca e fome. Entre o
servo e o senhor feudal havia uma relação de dependência.

Economia

A base principal da economia era agricultura, as outras actividades secundárias eram pesca, o
artesanato, o comércio, faziam troca de produtos, também praticavam a olaria (trabalho
dedicado ao fabrico de objectos de barro) e a metalúrgica (industria que se dedica a produção
de matais).

Politica

Existia um governo feudal, dirigido por um Rei, ajudado pelos senhores feudais.
Decadência

A decadência do feudalismo verificam-se a partir do séc. XVI, varias crises económicas,


sociais e politicas tais como:

 A peste negra que matou milhares de pessoas provocando a escassez de mão-de-obra;


 As secas que provocaram a fome;
 A revolta dos camponeses contra os senhores feudais;
 A guerra dos 100 anos entre a Inglaterra e a Franca;

T.P.C

1. Define o feudalismo.

2. Mencione (2) duas características do feudalismo.

3. Que relação existe entre o servo e o senhor feudal?

4. Qual é a base da economia do feudalismo?

5. Quais foram as razoes da decadências?

Sintomas da peste negra

 Cansaço excessivo;
 Febre acima do 38º C;
 Gânglios inflamados;
 Dores fortes de cabeça;
 Manchas roxas na pele;
 Dificuldades de respirar;
 Sensação de falta de ar;
 Dor no peito.
A Europa e o mundo no séc. XV

Período de transição de Feudalismo ao Capitalismo

Entre o séc. XV à XVIII, tiveram lugares na Europa, transformações económicas, políticas e


sociais que levaram a passagem do feudalismo ao capitalismo. A esta passagem do
feudalismo ao capitalismo, é que se chama período de transição.

O feudalismo foi uma forma de produção económica na qual os camponeses cultivavam nas
terras do senhor feudal enquanto o capitalismo é outra forma de produção económica
caraterizada pela propriedade privada dos meios de produção e pela existência de mercados
livres. O capitalista é o proprietário das terras, das máquinas e empresas pessoais, pagando
salários, normalmente em dinheiro.

Economia Europeia no séc. XV

A Europa floresceu, nos meados do séc. XV, através do desenvolvimento da agricultura e do


comércio. A melhor das condições económicas permitiu o aumento demográfica.

Agricultura

A agricultura era a actividade mais importante porque dela provinham os alimentos. Apesar
de ser uma actividade fundamental, a agricultura era pouco desenvolvida:

 Usavam instrumentos tradicionais;


 Os adubos eram de origem animal ou vegetal;
 A produtividade era baixa;
 A maior parte das terras pertencia a minoria (o clero e a nobreza).

Industria

A produção era em moldes artesanais. A sua influência na economia era muito baixa devido
ao seu baixo rendimento.

 Era praticado em pequenas oficinas espalhadas pelas zonas;


 O número de trabalhadores era reduzido, muita das vezes, membro da mesma família;
 As oficinas eram compostas por mestres, companheiros e aprendizes.

Comercio

O comércio era uma actividade económica importante, pois, permitia aos europeus obter
especiarias, ferro, cobre, ouro, tecidos Asiáticos e vidros. Além da obtenção de riquezas, o
comércio tornou as relações entre os europeus mais regulares. Apesar da sua importância, o
comércio enfrentava dificuldades devido a alguns aspectos;

 Mau estado das estradas;


 Escassez e fraca circulação de moeda.

Sociedade Europeia no séc. XV

População

A população europeia estava em crescimento, mas a um ritmo muito lento, pois apesar da alta
taxa de natalidade, a taxa de mortalidade era também elevada e a esperança de vida era baixa,
acerca de 40 anos.

A população europeia era na época maioritariamente rural.

Estrutura social

A sociedade europeia era uma sociedade estratificada constituída por 3 estados: Clero,
Nobreza e Terceiro estado ou povo. Esta estratificação social era semelhante à da idade
media.

Contudo, ao longo do tempo, foram surgindo estratos dentro da nobreza e do povo, com
funções e direitos próprios.

Entre meados do séc. XIV há meados do séc. XV a Europa vivia uma situação de crise
demográfica, económica e social caraterizada por maus anos climatéricos (muita
precipitação) mas colheitas, foram peste (peste negra) e guerras.
T.P.C

1. O que entendes por período de transição?

2. Porque é que a agricultura era actividade económica mais importante no período de


transição?

3. Caraterize a industria durante o período de transição.

4. Identifique a estrutura social do período de transição.

Africa no séc. XV

A Africa no séc. XV, apresentava uma grande diversidade, a nível de organização


sociopolítica, neste período havia comunidades de caçadores e recolectores nomeados ate
estados e impérios bastante prósperos.

Os maiores estados africanos dessa época eram:

 Songhai, Mali, Bornu e Etiópia;


 Congo, Mwenemutapa.

A vida económica dos estados africanos caracterizava pela agricultura de autossubsistência e


do comércio a longa distancia. A comunidade aldeã era o centro de uma actividade agrícola.
Ela era o lugar onde habitava um conjunto de famílias ligadas por laços de parentesco,
pertencendo a mesma linhagem. O trabalho era coletivo a nível familiar ou de aldeia. No
primeiro caso havia uma divisão do trabalho entre homens e mulheres, entre jovens, adultos e
velhos. O trabalho coletivo na aldeia fazia-se nas terras comuns.

Na comunidade aldeã existiam poucas diferenças sociais. A distribuição das terras, a divisão
do trabalho e a atribuição do poder obedeciam normas de parentesco.

Nos estados africanos haviam 2 classes sociais:

O povo: composto por camponeses, homens livres sujeitos a pagar tributos e prestar serviços.

A classe dominante: ela sobrepunha-se as comunidades aldeãs, a quem era exigida o


pagamento de tributos, para a manutenção do estado.
Certos estados africanos eram teocráticos, pois o Rei tinha um poder divino. Para além de ser
chefe supremo do estado, era também chefe religioso.

A população acreditava que os reis não tinha necessidades de um homem normal como
comer, beber, dormir.

O Rei devia mostrar que estava ligada às forcas sobrenaturais para garantir a prosperidade do
Reino, por isso as pessoas esperavam que o rei mostrasse vigor ou que realizasse cerimónias
magicas religiosas.

Africa e o mundo no séc. XV

No séc. XV, Africa não era um continente fechado. Neste período já existiam relações mais
ou menos profundos entre Africa e o continente Asiático, havia um interesse comercial entre
eles. Os estados africanos trocavam ouro, marfim e escravos por produtos Asiáticos como
tecidos, loucas, missangas e objectos de porcelana.

No sudão, o comércio era feito através de caravanas de camelos que atravessavam o deserto
enquanto na africa oriental, os árabes navegavam ate as costas do Indico, onde instalavam os
seus entrepostos comerciais.

Asia durante o período de transição

Na asia localizavam-se algumas civilizações mais antigas da humanidade, que cedo atingiram
um grande desenvolvimento técnico e científico. No séc. XV, a asia dispunha de uma
agricultura produtiva mais virada para o cultivo de arroz e de especiarias (pimenta, canela,
noz, moscada, cravina). A asia possuía uma próspera actividade industrial fabrico de sedas e
porcelanas, tecidos de algodão e papel. O comércio era bastante intenso e estava toda ela nas
mãos dos muçulmanos.

Quanto a religiões é possível identificar o hinduísmo, o budismo e o islamismo, que


dominava no sudoeste africano.
Principais transformações no período de transição

No séc. XV, a europa revelava falta de dinheiro, as pessoas não percebiam o que de facto
precisavam para ser ricas, para uns a terra era símbolo de riqueza enquanto para outros ser
rico era ter dinheiro.

Este período se estendeu do séc. XV ao séc. XVIII que é conhecida por época moderna, tendo
sido dominado pelo Feudalismo com o novo capitalismo.

Não estava claro se o regime vigente era feudal ou capitalista, também era difícil dizer se o
mais importante eram terras ou o dinheiro.

A nível económica

Houve avanços significativos da agricultura com uso de novos técnicos. A indústria artesanal
estava organizada em corporações e ofícios visto que é uma estrutura necessária para atender
o mercado local.

As manufaturas caracterizavam-se por serem protegidas pelo estado, por localizar-se nos
centros urbanos e próximos dos locais fornecedores de matéria-prima ou energia. A produção
era manual. Na economia feudal, o mestre artesão era ao mesmo tempo negociante logístico,
mas com o crescimento dos mercados já não podia realizar todas as actividades.

A nível social

A sociedade estava dividida em 3 ordens, nomeadamente a clero, a nobreza e o povo.

A nível politico

Foi marcado pela (1) centralização do poder. Com a centralização do poder no Rei, surgiram
as monarquias absolutas de direitos divinos. Os poderes estavam centralizados nas mãos do
Rei e dos senhores feudais.

 Destruição das famílias africanas; visto que muitas famílias ficaram sem seus chefes;
pois, houve despovoamento de vastas regiões.
Causas da expansão Europeia

No séc. XV, alguns países europeus lançaram-se num movimento expansionista que os levou
a diferentes regiões da africa, asia e américa. Na origem desse movimento, ficou conhecida
como expansão europeia, que tiveram causas económicas, políticas e técnicas cientificas.

Causas económicas

 Pretendiam tirar o monopólio do comércio entre a Europa, Africa e Asia ao Italianos e


Turcos;
 Procuravam novas rotas comerciais que lhes permitiam chegar ao oriente em busca de
matérias-primas e especiarias a preços baixos. Especiarias (noz-moscada, canela,
gengibre, pimenta).

Causas políticas

 Busca e conquista dos novos mercados;


 A existência de novos estados incentivou apoiar outros sectores da economia como a
indústria e a expansão.

Causas técnicas científicas

A curiosidade científica e o desejo de saber mais sobre o mundo que lhes rodeavam.

A descoberta de novas técnicas de navegação e de orientação, o uso da bússola, leme,


astrolábio e de caravela.

Os pioneiros da expansão

Portugal e Espanha foram os pioneiros da expansão devido à sua localização geográfica


próxima ao Oceano Atlântico e tinham muitos conhecimentos da navegação e excelentes
construtores de navios.
A expansão Portuguesa em Moçambique

Os portugueses chegaram em Moçambique em 1498 (no séc. XV) quando Vasco da Gama e o
seu esquadrão navegavam nas águas dos rios Limpopo e Zavala, desembarcaram em
Inhambane, designada Terra de boa gente, na Ilha de Moçambique e no arquipélago das
quiribas, província de Cabo Delgado, fundado ao longo da costa varias feitorias e fortalezas.

Causas técnicas científicas

A curiosidade científica, isto é, a vontade de saber mais sobre o mundo, a natureza é o


homem.

Causas económicas

 A procura de novos mercados, a carência de cereais e do ouro fez com que


procurassem esses recursos.
 A necessidade de mão-de-obra barata (escravo) é de matérias-primas para a indústria
manufatureira;
 A procura de especiarias, de açúcar.

Causas militares

As rivalidades entre a Europa crista e o note da Africa muçulmana (Argélia, Egipto, Sudão,
Marrocos, Líbia e Tunísia).

Causas religiosas

Espalhar a fé cristã e o espírito das cruzadas na luta contra os muçulmanos.

O conjunto de todas estas razoes levaram Portugal a iniciar a sua expansão.

A fixação dos portugueses em Moçambique


Os portugueses aperceberam-se que em Moçambique possuía um próspero comércio do ouro
praticado entre os árabes e os reinos de Moçambique. Em 1505 iniciaram a sua fixação nos
pais com a ocupação de Sofala e em 1507 ocuparam a Ilha de Moçambique. No séc. XVI
avançaram para Sena e Tete. A medida que os portugueses se fixavam foram criando feitorias
ao longo da costa que serviam de entrepostos comerciais. Criaram também fortalezas na costa
e no interior para se defenderem a si e aos locais de trocas comerciais.

A pilhagem colonial

Os portugueses desenvolveram comércio com os reinos Moçambicanos, primeiro adquiriram


ouro, depois marfim e escravos em troca de tecidos, bebidas alcoólicas, armas e outros
produtos que traziam. O comércio era feito de forma desigual. Os portugueses aproveitaram
do desconhecimento dos Moçambicanos sobre o valor das suas mercadorias, para troca-las
por produtos abaixo do seu valor real. Por exemplo, trocar uma garrafa da aguardente por
uma barra de ouro, ou uma ponta de marfim por um tecido ou ainda um escravo por algumas
armas de fogo. Os europeus dedicaram-se ao tráfico de escravos a partir do séc. XVIII,
milhares de Moçambicanos foram vendidos como escravos pelos chefes moçambicanos aos
europeus ao trabalhar nas plantações em américa e minas dos europeus. A pilhagem colonial
e o tráfico de escravos contribuíram para o empobrecimento dos territórios africanos e para
acumulação de riqueza na Europa.

As consequências da 1ª expansão europeia

A expansão europeia teve consequências aos vários níveis como:

Consequências económicas

 A pilhagem dos recursos naturais das colonias, através do comércio desigual;


 A acumulação da riqueza na europa, por causa da matéria-prima retirada das colonias;
 Difusão e circulação de plantas e animais provenientes de várias partes do planeta.
Por exemplo: cavalos, bois. Carneiros trigo, centeio, vinho, oliveira, banana, arroz,
inhame e cana-de-açúcar.
Consequências socioculturais e religiosas

 A difusão do cristianismo em africa;


 A difusão das línguas e culturas europeias no continente africano (Português, Inglês,
francês, espanhol);
 A troca de valores culturais e científicos, o vestiário, as danças, musicas;
 A formação de comunidades mestiças como resultado de cruzamento entre europeus e
africanos.

Consequências politicas

 Houve a distribuição das estruturas políticas tradicionais das colonias e


estabelecimento de estruturas administrativas e politicas europeias;
 Em África os reinos de Mwenemutapa, Songhai, Daomé foram destruídas e
substituídas por regimes europeizadas;
 A destruição do sistema feudal e a emergência do capitalismo no mundo.

Consequências técnicas cientificas

 O desenvolvimento das ciências naturais, sociais e das técnicas em quase todas as


regiões do globo terrestre;
 O surgimento de uma nova mentalidade aberta da cultura moderna em oposição à
mentalidade fechada da idade media;
 A formação do espirito cientifico baseada na experiencia.

O Renascimento

Foi um movimento intelectual e de renovação cultural que surgiu na Itália no séc. XIV-XV
tendo-se desenvolvida ate ao séc. XVI, integrava artistas e intelectuais.
Factores do Renascimento

 A expansão europeia permitiu perceber que existia outras civilizações e alargou o


conhecimento dos homens;
 A presença de escritores permitiu a valorização dos clássicos;
 A prosperidade económica da Itália deu origem a uma burguesia;
 A existência de importantes escolas artísticas, universidades;
 Presença de muitos vestígios e monumentos romanos que inspiravam os artistas;

Os principais centros culturais do Renascimento foram as cidades italianas de Veneza, Milão,


Génova e Florença.

Características do Renascimento

 Classismo: valorização da antiguidade clássica na literatura e nas artes e recuperação


dos respectivos temas e modelos;
 O regresso à natureza ou naturalismo como fonte de inspiração;
 Humanismo: valorização do homem e das suas obras, considerando-o o centro de
reflexão do mundo;
 Individualismo: valorizava que o ser humano devia viver intensamente a vida
terrena, a glória, a fama, devia se libertar da influência negativa.

Principais renascentistas

Leon Battista Albert: escreveu os tratados de filosofia, historia, direito, poesia e discursos e
desenvolveu estudos sobre a pintura e a agricultura.

Leonardo da Vinci: percursor da mecânica e da ciência moderna, para além de pintor das
obras geniais.

Erasmo de Roterdão: renascentista holandês, teólogo, autor de o elogio da loucura.

Miguel Ângelo: pintor, escultor e arquiteto da Basílica de S. pedro de Roma e capela de


sistina.

Nicolau Copérnico: autor da teoria Heliocêntrica.


Lourenço de Médicis: poeta e governante de Florença entre 1469 à 1482.

O humanismo

Foi um movimento intelectual e artístico do Renascimento que consistiu na redescoberta,


reinterpretação e edição dos escritores e na valorização do Homem e da sua personalidade.

O Humanismo surgiu na Itália no séc. XV e se espalhou por toda a Europa. O Humanismo


revelou-se mais na área da literatura, na poesia, Historia, Filosofia, retórica, setina, teatro.
Este movimento foi difundido através da poesia, imprensa e teatro.

Características do Humanismo

 Valorização do homem como ser racional dotada de capacidades, capaz de descobrir,


criar e recriar;
 Atitude intelectual marcada, pela curiosidade e pelo espirito critico;
 Estudos das obras da antiguidade clássica;
 Colocou o homem com centro do universo.

Principais humanistas

Nicolau Maquiavel: autor da obra “o príncipe” deu indicações sobre o modo de atuação dos
dirigentes políticos.

Erasmo Roterdão: criticou a decadência moral da sociedade naquela época.

Baltazar Castiglione: descreveu as qualidades ideais de um homem.

Luís de Camões: escreveu o grande poema os Lusíadas entre outros.

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