Você está na página 1de 7

TEMA: A FORMAÇÃO DO SISTEMA CAPITALISTA ENTRE OS SÉCULOS XV-XVIII

Lição no 1: O PERÍODO ANTIGO REGIME OU PERÍODO DE TRANSIÇÃO


Antigo regime ou período de transição é o período compreendido entre os séculos XV e XVIII
caracterizado por absolutismo na política mercantilismo na economia e pela divisão da sociedade em
ordens ou classes sociais que se verificou no continente europeu.

CARACTERÍSTICAS DA ECONOMIA DO ANTIGO REGIME


Agricultura
A agricultura caracterizava-se pelo:
 Uso de técnicas atrasadas como instrumentos tradicionais de madeira (o ferro era usado nas
partes cortantes);
 Uso de adubos de origem animal ou vegetal para a fertilização do solo;
 U uso de sistema de pousio melhorado;
 A produtividade era muito baixa; e
 A terra continuava a ser explorada pelo clero e pela nobreza.
Industria
A industria era caracterizada por:
 Ser praticada em pequenas oficinas espelhadas pelas zonas rurais; e
 O comércio começou a intensificar-se como resultado da expansão europeia e o
comercio começou a ser praticado a escala mundial.

CARACTERÍSTICAS SOCIAIS DO ANTIGO REGIME


A sociedade europeia do antigo regime era caracterizada por três classes sócias ou estados a
destacar:
1º Clero; 2º Nobreza; e 3º Povo.

1º Estado ou classe social (Clero)


Era composto por membros da hierarquia religiosa e estava subdividido em alto clero (bispos e
abades) e o baixo clero (Párocos e monges). Estes tinham como privilégios a posse de grandes
extensões de terra, cobrança de dízimo a população, isentos de pagamento de impostos e, exercer o
direito canónico isto é, era o clero que fazia justiça.

Atia António Pá gina 1


A função destes era ministrar os cultos religiosos e o ensino, controlar a administração pública,
prestar assistência ao mais pobre, organizar e cobrar impostos e dar assistência ao rei.

2º Estado ou classe social (Nobreza)


Esta classe era constituída por nobreza da corte (juntos ao rei) nobreza da toga (administração)
nobreza da espada (militar) nobreza provincial (pequena nobreza rural).

O segundo estado tinha a função administrativa, militar e conselheira do rei, por um lado, e, por
outro, estavam ligados a exploração da terra, praticando a agricultura e o comércio e a indústria.

Esta classe gozava dos seguintes privilégios: Isenção de pagamento de impostos, isenções
jurídicas, receber rendas, direito de uso de terra e porte de armas.

3º Estado ou classe social (povo)


Constituía a maioria da população, compostas por membros de alta burguesia, banqueiros,
financiadores, homens de profissões liberais, artesões, funcionários administrativos, camponeses,
vagabundos e mendigos. Esta classe tinha como funções produzir riquezas para a sociedade e para a
classe dominante, desenvolver o comércio, a indústria e a agricultura, exercer profissões liberais e
administração pública. O terceiro estado não tinha privilégios, apenas cumpria com as obrigações.

TRABALHO PARA CASA (TPC)

1- Situa o período de transição? Resposta: O período de transição situa-se entre os séculos XV-
XVIII.

2- O que entendes por antigo regime? Resposta: O antigo regime ee o período compreendido
entre os séculos XV a XVIII no continente Europeu.

Atia António Pá gina 2


SUMÁRIO: O DESENVOLVIMENTO SOCIENONOMICO, POLÍTICO E CULTURAL DE
AFRICA ENTRE OS SÉCULOS XV-XVII.

Neste período, no continente Africano desenvolviam-se reinos e impérios comum dinamismo


político, económico, social e cultural próprio de áfrica, isto é, diferente de outros locais do mundo.

Até o século XV, África, a sul do Sahara, era uma região habitada por vários povos, que na sua
maioria, tinham poucos contactos entre si. Este isolamento devia-se aos desertos, florestas e relevo
que dificultavam a comunicação entre as comunidades. Assim as adversidades naturais (desertos,
florestas e o relevo que dificultavam a comunicação entre as comunidades) condicionavam a
formação de reinos e impérios com características políticas, económicas e socioculturais diferentes
umas das outras.

Economia
A principal actividade económica era agricultura. A mineração do ouro, o artesanato e o comércio
eram actividades complementares.

No século IX desenvolveu-se comércio na costa oriental africanos com povos asiáticos levando ao
desenvolvimento de algumas de algumas cidades mercantis como Mogadíscio, Brava, Mombaça e
Ouilwa.

Na áfrica ocidental, os estados Hauqces desenvolveram o comércio como principal actividade, o que
permitiu o desenvolvimento da cidades-estados. Nessa região assiste-se também o fortalecimento de
Mali e Sonyhay como importantes cidades.

Na costa oriental destacava-se o estado de Mutapa que entrou na economia mundial através do
comércio que consistia na troca de ouro por tecidos, loiça e missanga e porcelanas traídas pelos
asiáticos.

Em suma, neste período desenvolvia-se comercio local regional e inter-regional. A nível local
vendiam produtos como sal e artigos artesanais. O comércio regional levou ao surgimento das elites
ligadas ao comércio na costa e cegaram a dinamizar o comércio de escravos.

Política

Atia António Pá gina 3


A população africana neste período estava integrada em estados centralizados, dirigidos por um rei.
São exemplos de estados: Gana, Mali, Sonyhay, Etiópia, Mwenemutapa, Massona, Mandara,
Nubva Haúços, Congo, Luanda, Zimbabwe entre outros.

O poder era hereditário, isto é, passava de geração a geração na mesma família reinante e a linhagem
lutava para se manter no poder.

Sociedade e Cultura
A sociedade e a cultura era complexa e heterogénea devido a diversidade cultural resultante da
flexibilidade das fronteiras. A emergência do islão no século VII vai influenciar a costa e mais tarde
o interior onde penetra com os comerciantes. A influência Asiática, sobretudo na costa oriental de
África levou ao surgimento e desenvolvimento da cultura e civilização Swahili como resultado da
fusão entre Africanos e árabes. Foi sob sua influências que surgiram os reinos Afro-islâmicos da
costa de Moçambique tais como, o sultanato Angoche, Xeicado de Quitangonha, Sangage e Sancul.

Antes da influência árabe e cristã a cultura africana baseava-se nos usos e costumes locais muito
diversificados. As populações africanas professavam religiões animistas. O culto aos antepassados
constituía garantia do bem-estar social e económico cujos anciões eram intermediários entre os
vivos e os mortos.

SUMÁRIO: AS RELAÇÕES ENTRE ÁFRICA E OUTROS CONTINENTES ENTRE OS


SÉCULOS XV E XVIII.

Entre os séculos XV e XVIII a África ajudou a desenvolver a Europa, mas por seu lado a Europa
subdesenvolveu a África retirando matéria prima do continente Africano.

No século XV, os europeus não tinam uma política de fixação e colonização em relação ao
continente africano. Esses penetraram no continente Africano com o objectivo de desenvolver as
trocas comerciais para a obtenção de ouro, escravos e marfim. Em troca, os Africanos recebiam
armas, tecidos e quinquilharia. Os africanos pouca voz no tocante ao desenvolvimento de relações
comerciais que estabeleceram entre África, Europa e as Américas. Na verdade, os Europeus
serviram-se da superioridade dos seus navios e armas. Para conseguir o controlo de todos os
caminhos marítimos mundiais. O comercio era feito através do estabelecimento de relações
comercias em locais estratégicos do litoral, onde foram criadas asfeitoria (centro de trocas

Atia António Pá gina 4


comerciais criadas pelos portugueses, geralmente localizadas na costa). As relações entre Europeus
e Africanos neste período eram pacificarem com um carácter mais comercial do que militar.

Entre século XV e XVII desenvolvem-se influencia Europeia na cultura Africana, em particular o


cristianismo exemplo: na África ocidental, no Senegal, já havia trabalhos das igrejas missionárias
protestantes e, no reino do Congo, portugueses tentaram criar reino Africano cristão Europeizado.

TRABALHO PARA CASA (TPC)

1- Que actividades Económicas eram praticadas pelos africanos entre os séculos XV-XVII?

2- Mencione as cidades Mercantis que mais se destacaram nesse período?

3- Que estados Afro-islâmicos se destacaram na costa de Moçambique entre o século XV-XVII?

Atia António Pá gina 5


TEMA: ANTECEDENTES DE EXPANSÃO EUROPEIA

Lição no 1

SUMÁRIO: O COMERCIO MEDITERRÂNICO NOS SÉCULOS XIII-XV- PRINCIPAIS


MARCADORES E ASCENSÃO DOS TUNCOS E ITALIANOS.

Antes dos europeus se engajarem no comércio entre os continentes, estavam outros povos, os
Tuncos que se dedicavam nesta actividade.

No século XIII o comercio com o oriente feito pelos Árabes e italianos (genoveses e Venezianos). O
comércio das especiarias e trocas orientais cegavam a Europa por via terrestre. No decurso desse
período, a bacia do mediterrâneo comunicava com o extremo oriente (Índia) por varias rotas ou
caminhos:

- Pelo norte saindo da China (Pequim) atravessando o mar negro e apontando em Constantinopla.

- Pelo Centro da Índia e centro da China (As mercadorias da índia seguiam por mar; pelo golfo
pérsico; as da China por terra) reunindo-se em Bogotá e seguiam depois numa só via até ao porto da
Síria.

- Pelo sul partindo da Índia (Calecute) Penetrando no mar vermelho e seguindo por terra ate
Alexandria.

Descarregadas as mercadorias no porto de Constantinopla, da síria e da Alexandria, barcos italianos


transportavam-nas para Veneza e Génova e dai para outras cidades da Europa. Este comércio era
controlado no mediterrâneo oriental, por varias cidades Italianas marítimas e comercias como
Veneza e Génova.

Atia António Pá gina 6


Atia António Pá gina 7

Você também pode gostar