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É importante frisar que a profissão de Relações Públicas tem seus fundamentos ligados a um
fenómeno nomeadamente a opinião pública. Somente numa sociedade democrática, onde a
opinião pública assume papel preponderante no processo político, haverá a devida importância à
actividade profissional das Relações Públicas. Necessariamente, numa democracia, há que se
estabelecer o diálogo, o consenso, a ausculta aos diversos grupos e movimentos sociais.
Portanto, a Opinião Pública é, portanto, um dos principais centros da actividade das Relações
Públicas. Esta é, lei geral criada no exterior das organizações e detém um grande poder, podendo
afirmar de forma positiva a posição de uma organização mas, por outro lado, também tem o
poder de arruinar e denegrir muito a imagem e a posição da organização.
Ou seja, da mesma forma que as Relações Públicas existem para mudar a Opinião Pública e
voltá-la para os interesses da organização, também as Relações Públicas têm que saber moldar a
organização em função da Opinião Pública.
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As Relações Públicas são uma função empresarial que contribui para o estabelecimento e a
manutenção de linhas de comunicação, compreensão, aceitação e cooperação entre a organização
e os seus públicos (P.22).
Conforme pato (2009), O Relações Públicas deve é o intermediário entre a entidade, empresa ou
organização para a qual exerce funções, e o público ou Opinião Pública. Por consequência as
suas funções influenciam directamente a relação da organização ou entidade com o público.
As Relações Públicas, ou pelo menos a sua forma conceitualizada, teve origem nos Estados
Unidos e são resultado de um conjunto de circunstâncias que coincidiram ao mesmo tempo pela
primeira vez. São elas as práticas de notoriedade; a existência de uma imprensa de grande
tiragem; a rápida industrialização e ainda uma tradição política (Soares, 2011).
No entanto, é comummente aceite pelos variados investigadores de Relações Públicas que Ivy
Lee terá sido o verdadeiro fundador da actividade. Terá mesmo fundado o primeiro escritório a
nível mundial de Relações Públicas, em 1906, em Nova Iorque. O Edward L. Bernays é
consensualmente apontado como percursor na procura de uma fundamentação científica das
relações públicas.
Na mesma linha de pensamento do autor acima citado, é importante referir que o surgimento da
actividade das Relações Públicas está directamente relacionado com a industrialização da
sociedade e o surgimento organizações com interesses comerciais e políticos e ainda com o
desenvolvimento dos meios de comunicação social.
Segundo Gonçalves (2010), no seguimento das mesmas ideias de Ivy Lee, também Edward
Louis Bernays é considerado um dos “pais” das Relações Públicas. Terá sido este o autor do
primeiro livro da disciplina das Relações Públicas, em 1919, e foi ainda o primeiro a leccionar a
disciplina de Relações Públicas, no caso, na Universidade de Nova Iorque.
No entanto, terá sido este a estabelecer os princípios, a ética e as bases profissionais das Relações
Públicas, o que levou a que os mais variados tipos de organizações começassem a aceitar e a
utilizar as suas ideias.
Assim como Ivy Lee e Edward Louis Bernays concordam que o profissional de Relações
Públicas surge da necessidade económico-empresarial, que os empresários sentiram, de ter um
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especialista que conseguisse não só perceber os públicos internos, mas também os públicos
externos e que pudesse fazer a ligação entre a informação disponibilizada pela empresa, ou seja,
a organização, e a sociedade envolvente, podendo assim ter uma participação directa na criação
da Opinião Pública (Pato, 2009).
Contudo, Para melhor entendimento de todo o trajecto evolutivo das Relações Públicas, James
Grunig e Todd Hunt desenvolveram, em 1984, uma teoria para descrever como deve ser
estruturada a profissão. Esta teoria assenta em quatro modelos de Relações Públicas de Grunig e
Hunt (P. 19).
Evidencias patentes nesta hiperligação "(Link1)" Mostram que em Moçambique o cenário das
relações publicas encontra-se em processos de transição para um estado meramente aceitável.
Visto que em Moçambique segundo a classificação de empresas o país apresenta maior número
de microempresas devido a baixos volumes de negócios dai que em alguns casos muitos
empregadores acabam adaptando funcionários com pouca capacitação para exercer esse cargo.
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https://mz.linkedin.com/in/aprpm-mo%C3%A7ambique 53ba07187?original_referer=https%3A%2F
%2Fwww.google.com%2F
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tendem a mudar o conceito de relações humanas, participam na cultura e na prática da
comunicação organizacional e confundem tanto a opinião pública como o verdadeiro do falso e o
ético do antiético. a Associação de Profissionais de Relações Públicas de Moçambique sente a
necessidade de actuar na base dos princípios de Relações Publicas para integrar a academia ao
mercado de maneira inovadora, valorizando e defendendo a prática da profissão.
Enfim, Partindo numa visão holística sobre a valorização do profissional de relações públicas
cinge-se na falta de conhecimento das suas influências sobre uma determina instituição ou
organização, fazendo com que a mesma esteja sujeita a baixos níveis de aderência por conta do
mercado de emprego no país.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FRANCO, V. M. J. (2016). As Relações Públicas numa organização. Relatório de Estágio do
Mestrado em Gestão, apresentado à Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra
para obtenção do grau de Mestre.
GONÇALVES, G. (2010). Introdução à teoria das relações públicas. Porto: Porto Editora.
PATO, A. (2009) O Papel do Relações Públicas na Sociedade Contemporânea –Nascimento,
percurso e futuro da actividade, Dissertação de mestrado em Comunicação e Jornalismo.
Universidade de Coimbra.
SOARES, J. (2011) «Apontamentos para uma história das Relações Públicas em Portugal»,
Comunicação Pública, vol.6 n10 | 2011, 95-115.