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CONCEITO DE RP

É difícil definir o conceito de RP, pois esta é uma área que atinge campos de intervenção de áreas distintas e
que contém um grande leque de funções, pelo que às vezes é complicado delimitar qual o seu real campo de
atividade.
Um profissional de RP tem como funções:
- Estabelecer e manter linhas mútuas de comunicação, entendimento e cooperação.
- Gestão de problemas ou assuntos tendo como objetivo o sucesso da organização.
- Servir o interesse público.
- Estabelecer uma relação entre os públicos e a organização.
- Ajudar os clientes a alcançar as suas metas.
- Gerir conflitos.

Relações Públicas têm como função ajudar a estabelecer e manter linhas de comunicação, compreensão,
aceitação e cooperação mútuas entre uma organização e os seus públicos. São também responsáveis pela
gestão de problemas e questões dentro das organizações e ajudam a administração a manter-se informada
em relação à opinião pública, de modo a servir o interesse público.

RELAÇÕES PÚBLICAS VS OUTRAS ÁREAS DE COMUNICAÇÃO


Jornalismo
Embora a base de trabalho seja idêntica, as RP associam vários meios de comunicação no seu trabalho,
enquanto os jornalistas apenas reúnem informação com o intuito de a fornecer a uma massa. Os
profissionais de RP também fornecem informação a um público, mas têm o intuito de mudar as suas
atitudes e comportamentos, desenvolvendo, em parceria, os objetivos de uma dada organização. Assim, um
jornalista transmite informações para uma massa de leitores, um público em geral, já as RP trabalham e
comunicam informações para um público específico com determinadas características.
Marketing
Ambas têm uma função de gestão: uma campanha de RP é avaliada pelas opiniões dos públicos e pela
manutenção de relações que ocorrem; uma campanha de marketing é considerada tendo em conta a
mudança ou não do comportamento do consumidor face a um produto.
Publicidade
É uma técnica paga cujo objetivo é provocar o maior número de vendas possíveis de modo a gerar lucro. Age
de modo a promover ou a divulgar um certo produto no mercado; O termo “vender uma mensagem”
distingue a publicidade das RP, cujo objetivo não é aumentar as vendas, mas sim aumentar a compreensão.
Propaganda
É uma prática mais voltada para a manipulação, que ocorre de modo a manipular um grande número de
pessoas a pensar como nós.

HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DAS RP


EUA
O termo “Relações Públicas” só surgiu no final da década de 1880 (século XVIII) e até ao século XX nunca
ninguém tinha sido considerado um profissional de Relações Públicas.
Surgiu durante a revolução americana para a implementação da independência, ligadas à imprensa e à
propaganda (áreas que na altura não nutriam grande estima pela sociedade). Aparece através da divulgação
dos ideais americanos através de campanhas de influência de opinião para dar apoio à revolução.
Portugal
Durante os anos 50 e 60, muitos profissionais de Relações Públicas começaram a trabalhar como RPs para
internacionais como a Mobil.
Antes do 25 de Abril de 1974, o termo RP era muito associado à propaganda e informação, nomeadamente
informação governamental. Após a Revolução, muitos profissionais acabaram por se mudar para o setor
público e, assim, as grandes multinacionais não se mostraram com grande destaque nos anos que se
seguiram.
Em 1976 que surgiu a primeira pequena agência de Relações Públicas.
Em 1979, Relações Públicas foram definidas como uma profissão pela entidade responsável pelas
classificações profissionais em Portugal.
A primeira associação profissional foi criada em 1968, denominando-se Sociedade de Relações Públicas
Portuguesas. Na tentativa de criar um conselho profissional que regulasse a profissão, passou mais tarde a
ser Associação de Relações Públicas Portuguesas.
Atualmente existem duas importantes associações empresariais relacionadas com esta área: a Associação
Portuguesa de Relações Públicas e Consultoria de Comunicação (APECOM) e a Associação Portuguesa de
Comunicação Empresarial (APCE).

MODELOS CLÁSSICOS DAS RP


Press Agentry Model
Nasce no século XX, posteriormente à revolução industrial. Tem como propósito a propaganda, não sendo
relevante o facto de a informação ser verdadeira ou não. Surge como denuncia da corrupção e em defesa
das organizações. É utilizado, por exemplo, na promoção e no patrocínio de produtos.
Public Information
Surge depois da I Guerra Mundial com objetivo da disseminação de informação (“a verdade é importante”). É
utilizado no governo, em associações sem fins lucrativos e em empresas.
Two-way asymmetric
Aparece depois da II Guerra Mundial (fim da década de 40). Tem como propósito a persuasão científica e é
atualmente utilizado em agências de negócios competitivos.
As comunicações assimétricas são desequilibras uma vez que deixam a organização inalterada, tentando
apenas mudar o público. Neste modelo, o público deve ser tanto informado como compreendido, ou seja, o
feedback do público é essencial para melhorar as estratégias da comunicação de uma organização.
Two-way symmetric
Surge no fim do século XX, com o objetivo de entendimento mútuo entre as agências de negócios
regulamentados.
As comunicações simétricas são equilibradas, uma vez que tentam ajudar a estabelecer uma relação entre a
organização e os seus públicos. A relação e a comunicação existente entre a organização e os seus públicos é
bidirecional.
Mixed Motive Model of Public Relations
Surge no séc. XIX. Modelo integrador, assente em processos de negociação e cooperação de forma a
estabelecer relações duradoras e estáveis.
Modelo bidirecional, contudo, esta não pode ser vista como linear, pois em determinados momentos (em
crises, por exemplo) as estratégias de comunicação podem ter de variar (comunicação defensiva), tendo em
mente sempre a lógica de win-win, onde tanto as organizações, com o seu público, saem beneficiados.

Os modelos diferem uns dos outros em termos de direção, que descreve em que medida as comunicações
entre uma organização e os públicos são unidirecionais ou bidirecionais, e em termos do propósito que
descreve a função que as relações publicas desempenham para uma organização.

PÚBLICOS DAS RP
PÚBLICOS
São grupos que, direta ou indiretamente, afetam ou são afetados pela organização, e com os quais esta
procura estabelecer um conjunto de relações, como forma de gerir a sua autonomia.
Como diferenciar os públicos? Existe um modelo integrador de públicos que inclui diversos patamares de
análise. No patamar mais abrangente deve estar integrada uma distinção atitudinal que permita identificar
públicos positivos, negativos, neutros e desinteressados. O público pode e deve ter diferentes atitudes
perante um determinado assunto.
MULTIDÃO
Grande aglomerado de pessoas com um objetivo comum.
O comportamento de uma multidão resulta de uma perceção de invencibilidade: não vamos sofrer as
consequências dos nossos atos, devido ao anonimato e à reciprocidade de comportamentos, que leva ao
rápido contágio de ideia, que “apaga” as capacidades intelectuais e cria uma perda da racionalidade, face à
predominância dos fatores emocionais.
MASSA
Detêm um objetivo comum, contudo os seus membros podem vir de qualquer estrato social, e os seus
comportamentos são bastante heterógenos apesar do objetivo comum. As massas, ao serem sustentadas
pelo anonimato, fazem com que não haja contacto entre os seus elementos, o que leva à ausência de uma
noção de todo, de conjunto. Partilham de uma postura crítica e sabem fazer juízos de valor, pois encontram-
se bem informados.
Perspetiva de massa Acredita que o público é um conjunto de cidadãos que têm o dever de participar nos
diversos assuntos da vida coletiva, que deve ser capaz de adotar uma postura crítica e de fazer julgamento
coerentes. Ao público podemos atribuir a designação de um estado de consciência permanente e
personificado.
STAKEHOLDERS
Grupo de pessoas que estão ligadas à organização e que, de certa forma, influenciam e são influenciados
por esta. Apesar de todos os stakeholders de cada organização serem diferentes uns dos outros, é possível
determinar tipos genéricos de stakeholders (empregados, clientes, consumidores, fornecedores, etc). Todos
estes tipos de stakeholders encontram-se em situações de equilíbrio dinâmico e têm o potencial para se
transformarem em públicos. Enquanto Relações Públicas é essencial entender e perceber a força dos
stakeholders de modo a evitar que eles reconheçam um determinado problema.

IDENTIDADE, IMAGEM E REPUTAÇÃO


IDENTIDADE
É o que caracteriza uma organização, sendo a consequência de processos de compreensão e diferenciação,
tanto a nível pessoal como organizacional.
As identidades organizacionais desenvolvem-se através das suas histórias, culturas, pessoas e do
posicionamento formal e informal em relação a outras organizações. A identidade de uma organização está
relacionada com elementos como o logótipo, tendo este uma grande importância, uma vez que é através
dele que os públicos de uma organização a reconhecem.
IMAGEM
É um reflexo da identidade de uma organização, dito de outra forma, é a organização vista do ponto de vista
dos seus públicos. A imagem de uma organização é construída através da forma como os outros veem a
organização e está sujeito a múltiplas interpretações individuais uma vez que se trata de um juízo de valor
sobre a organização. Cabe às relações públicas compreender as perceções dos stakeholders e as imagens da
identidade e das ações.
REPUTAÇÃO
Forma-se através de um conjunto de perceções, tem um valor intangível e é construída a longo prazo.
A reputação passa por diferentes variáveis de perceção entre as quais aquilo que é dito acerca de uma
determinada marca ou organização, o modo como uma marca ou organização é gerida, a qualidades dos
serviços e produtos existentes e a empatia que cria com os seus consumidores/público.
A reputação de uma organização depende do que os outros pensam dela e deste modo para que uma
organização tenha uma boa reputação é necessário que transmita certos valores como por exemplo,
confiança.
A reputação de uma organização passa por diversos aspetos diferentes entre os quais:
- Económico (uma vez que a reputação de uma organização contribui para inspirar confiança ao investidor).
- Marketing (tendo em conta a reputação como marca e estereotipo).
- Cultura organizacional (ligações entre reputação e vida culturas).

PROCESSO DAS RP EM 4 ETAPAS


INVESTIGAÇÃO
Ponto de partida para qualquer estratégia de comunicação. Consiste na obtenção sistemática de informação
que permite descrever e perceber situações, confirmar hipóteses acerca dos públicos e conhecer quais as
consequências que afetam as relações com as organizações. Tem como objetivo principal reduzir o mínimo
de incerteza na fase da tomada de decisões.
Dividida em 2 sub-etapas: - Análise da situação: recolha de toda a informação, de modo a conseguirem
ilustrar em detalhe toda a informação, para ser mais fácil a definir o prolema/oportunidade; utiliza como
ferramentas a análise SWOT e PESTEL; apresentam-se fatores externos (visão dos stakeholders sobre a
organização) e fatores internos (políticas, procedimentos e ações relativos à situação) da organização.
-Definição do problema/oportunidade: clarificar qual o ponto de partido, ou seja, refletir e responder a
algumas questões-base. Se o foco é no problema então deve-se adotar uma estratégia mais reativa, se o
foco é na oportunidade o ideal é adotar uma estratégia mais proativa.
Há dois possíveis métodos de investigação a que o profissional de Relações Públicas pode recorrer -
Métodos formais: dizem respeito a uma junção de dados de uma população que representa uma
amostra cientificamente representativa; contêm informações especificas e mais rigorosas (bases de
dados, inquéritos e entrevistas, focus-groups, análises de conteúdo).
Métodos informais: são os mais utilizados pelos RPs, mesmo apesar de revelarem algumas falhas tal
como no tipo de seleção de amostras feitas, no sentido em que os resultados podem representar a
minoria e não a maioria da população (contactos pessoais, investigação documental, informadores-
chave, análises não científicas).
É fundamental conhecer aquilo que correu mal no passado para que no futuro essas ocorrências não se
repitam. Outras informações relevantes para que a investigação seja bem-sucedida, são a missão da
organização, os seus objetivos, prioridades e como é feita a sua gestão.
PLANIFICAÇÃO
Corresponde ao momento das decisões, ou seja, à tomada de determinadas decisões relacionados com
aquilo que devemos fazer, com o que devemos dizer e qual o motivo daquilo que dizemos enquanto
profissional de Relações Públicas. As sub-etapas da planificação são:
Definição da meta: definir o que é vou fazer para resolver o meu problema, onde quero chegar e qual a
solução do desafio de comunicação.
Definição e categorização de públicos: identificar quem são os meus públicos, a sua importância e o quão
envolvidos estão e analisar as suas principais características, necessidade e atitudes.
Definição de objetivos específicos por públicos: concluir aquilo que devo fazer consoante cada tipo de
público e traçar objetivos para alcançara meta; um objetivo específico por público tem sempre uma
intenção, uma proporção e um prazo.
Definição do percurso lógico de ação: a estratégia que vou desenvolver e qual o caminho a percorrer
para atingir determinado objetivo.
Táticas, operacionalização e ativação: definir quais as táticas a que vou recorrer para que a estratégia se
torne real e seja comunicada e implementar aquilo que foi planeado.
Calendarização: definir uma sequência lógica temporal relacionada com as minhas ações futuras.
Orçamento: diz respeito aos custos associados com a produção, as comissões, a logística e os recursos
humanos; fazer a distinção entre os custos fixos e os custos variáveis e contas que terei para concluir o
meu plano de comunicação.
AÇÃO/COMUNICAÇÃO
Diz respeito à implementação de tudo aquilo que foi planeado na segunda etapa. Usa diferentes técnicas e
ferramentas de comunicação para alcançar a estratégia de comunicação. Há dois aspetos a destacar no
programa de comunicação: o conteúdo da mensagem (modo como a mensagem é criada) e a entrega da
mensagem (relacionada com os canais dos quais ocorre a transmissão da mensagem).
Cuidados a ter na redação das mensagens:
- Aspetos Semânticos.
- Barreiras à comunicação (interpretação pessoal).
- Barreiras sociais, políticas e religiosas; perceção seletiva; estereótipos; preconceitos; cultura;
- 7 C’s da comunicação: Credibilidade; Contexto; Conteúdo; Clareza; Continuidade e consistência; Canais;
Capacidade da Audiência.
AVALIAÇÃO
É composta por dois grandes momentos: a monitorização, no início e durante o processo; e a avaliação no
final do processo. Esta permite avaliar concretamente os resultados, ou seja, possibilita o profissional de
Relações Públicas perceber se foi ou não eficiente naquilo que fez e se não foi perceber os motivos. Existem
três níveis de avaliação da estratégia que correspondem às diversas perspetivas de avaliação feitas pelos
profissionais de Relações Públicas:
Preparação: Inicialmente é realizada uma adaptação do background information, ou seja, é avaliada a
adaptação das etapas de reunião de informação para concluir se falta ou não alguma informação
importante. Posto isto, analisa-se o conteúdo da mensagem foi ou não adequado, averigua-se se o que
foi dito e o que foi feito, foi positivo para o futuro a organização. Por último, verificase a qualidade da
apresentação da mensagem, que reflete a qualidade de uma boa ou má técnica aos olhos dos
profissionais de Relações Públicas.
Implementação: Avalia-se o quão eficaz foi a comunicação e a implementação da estratégia. Mede-se o
número de mensagens distribuídas e o número de pessoas que atribuíram atenção a esta, ou seja, faz-se
uma análise da divulgação.
Impacto: Consiste na avaliação dos efeitos da comunicação nas pessoas. O impacto pode ser
intermediário ou sumativo. Enquanto intermediário, avalia o progresso tendo em conta os objetivos da
estratégia e enquanto sumativo, avalia o sucesso ou fracasso perante o alcance do objetivo final da
estratégia
Princípios de Barcelona
(conjunto de sete princípios para a eficácia das RP na avaliação de resultados):
1. A importância da definição clara de objetivos e da avaliação.
2. Necessidade de avaliar preferencialmente os efeitos em termos de outcomes em vez de outputs.
3. Os efeitos nos resultados da organização podem e devem ser medidos sempre que possível.
4. A análise dos media requer a utilização de metodologias quantitativas e qualitativas.
5. O AVE (Advertising Value Equivalent) não representa o verdadeiro valor das RP.
6. Os social media podem e devem ser avaliados.
7. A transparência e a replicabilidade são essenciais na avaliação em comunicação.

Ética
Reflexão sobre comportamentos relacionados a valores, distinguindo certo do errado, representando o
ideal da conduta humana.
Ética e Relações Públicas: A confiança é algo fundamental para manter uma relação entre o público e a
organização, dito isto, é importante que os profissionais de Relações Públicas adotem um comportamento
ético, uma vez que só assim é possível que uma organização seja vista e admirada pelos seus públicos por
ser de confiança e portanto bem sucedida.
O profissional de Relações Públicas ajuda a criar, a gerir e a estabelecer a relação entre a
organização e os diferentes públicos, de modo a alcançar os objetivos das organizações. É através de um
comportamento ético que as organizações conseguem ser de confiança aos olhos dos seus diferentes
públicos.
Existem 10 critérios éticos a ter em conta sendo um profissional de Relações Públicas:
• Avaliação – Conseguir avaliar o meu comportamento;
• Prioridade – Uma que vez o profissional de RP assume um papel defensivo os interesses do cliente ou da
organização são mais valorizados que os dos outros envolvidos no debate público;
• Sensibilidade – Ter em consideração, por um lado, a prioridade do cliente, por outro, a responsabilidade
social.
• Confidencialidade – Proteção dos direitos de confidencialidade do cliente ou da organização em
assuntos moralmente justificáveis;
• Veracidade – Honestidade e veracidade total em todos os assuntos. A deceção ou evasão podem ser
considerados moralmente aceites apenas em situações excecionais em que as possibilidades verdadeiras
foram descartadas. Isto implica fidedignidade
• Reversibilidade – Pôr-me na pele do outro e perceber aquilo que quer;
• Validade - Todas as comunicações e nome do cliente ou da organização são defensíveis contra ataques e
acusações à sua validade
• Visibilidade - Identificação clara da fonte de origem de todas as comunicações em nome do cliente ou da
organização
• Respeito - Considerar as audiências como individuais autónomos com direitos de tomar as próprias
decisões informadas e de terem uma participação ativa nas decisões que os afetam. Pretende-se o diálogo e
não o monólogo.
• Consenso – Tudo aquilo que faço deve ser validado.

Papéis do profissional de Relações Públicas


Os RP representam a organização e o público, ajudando na ligação entre estes. Têm um papel duplo:
-Ligar, compreender e reconhecer os públicos
-Tornar a organização credível, com uma representação positiva.
Ao longo do tempo relações públicas sofreu algumas associações negativas devido à forma como a área é
praticada. Devido a isto, surgem duas visões bastante distintas:
Visão Tradicional
Técnico de comunicação: Não participa na tomada de decisões de uma organização, mas realiza
comunicados de imprensa. Os técnicos fornecem as habilidades de comunicação e jornalísticas
necessárias para realizar programas de comunicação. Estabelece uma relação com os media e está
pouco ou nada envolvido na realização da pesquisa ou avaliação de programas.
Prescritor Profissional: É visto como a autoridade nos problemas de comunicação e soluções, é o mais
bem informado sobre problemas de comunicação e é responsável pela definição dos problemas e do
desenvolvimentos e implementação de programas.
Facilitador de Comunicação: É um intermediário de comunicação e estabelece uma comunicação
bidirecional entre a organização e os seus públicos. Os profissionais são ouvintes sensíveis que removem
barreiras nas relações entre a organização e o seu público.
Facilitador da Resolução de problemas: É um profissional que ajuda os outros stakeholders de uma
organização a resolver os seus problemas de comunicação. Trabalham com a alta administração na
definição e solução de problemas de comunicação.
Visão Estratégica
Estratégia: Baseia-se na pesquisa da envolvente para reunir informações sobre os públicos e assuntos e
desempenha um papel ao nível do vértice estratégico da organização. Capta a informação e antecipa as
consequências para a organização e para os seus públicos, de modo a introduzir mais-valias nos
processos de tomadas de decisão.
Gestor: Detém um papel funcional associado à determinação de informação e da representação externa
da organização, dos seus valores e da sua atuação. Tem a responsabilidade de desenvolver uma
estratégia de comunicação e uma estratégia política para a organização. Possui a tomada de decisão
sobre problemas e oportunidades.
Técnico: Desempenha um papel ao nível da implementação e é responsável pela execução de
estratégias e planos de comunicação, pela operacionalização e ativação.

A função espelho diz respeito à monitorização de desenvolvimentos ambientais e à antecipação das


consequências que esse desenvolvimento pode trazer para as estratégias e políticas da organização.
Através da junção de informação é possível identificar os problemas antes que haja uma crise. Esta função
permite aos gestores do topo da organização recolher e usar estas informações para que se conheça
os públicos.
A função janela refere-se à preparação e execução da comunicação estratégica e política de uma
organização, que resulta em mensagens que retratam as diversas facetas desta. Os profissionais de RP
ajudam a realizar uma orientação para a organização, estabelecendo uma base sólida para o entendimento
mútuo entre ela e os seus públicos.

OUTRAS ESTRATÉGIAS DE RP
MODELO PESO
Estratégia que integra os media pagos (paid), ganhos (earned), partilhados (shared) e adquiridos (owned),
fundindo-os de modo a criar campanhas personalizadas e adaptadas aos objetivos de cada organização e ao
seu público.
Paid media Os RP usam plataformas para disseminar uma mensagem controlada (pago), através de
anúncios televisivos ou em jornais, anúncios de pesquisa pagos por clique ou patrocínios. Aumenta a
presença das organizações nas plataformas onde os consumidores passam o seu tempo.
Earned media Cria a oportunidade de um indivíduo credível e objetivo falar sobre da organização (ex.:
quando um jornalista decide publicar ou falar sobre uma organização ou os serviços que esta oferece
sem que haja qualquer pagamento envolvido). Frequentemente referido como publicidade ou relações
com os media.
Shared Media Media social da marca partilhada por indivíduos que não pertencem a organização (fãs,
seguidores, clientes, etc.). Os gestores não têm qualquer controlo neste tipo de media. Assim, cria-se
conteúdo mutuamente.
Owned Media Conteúdo e recursos que a marca controla (blogs, revistas, podcasts, contas de redes
sociais, catálogos, campanhas, eventos, etc.). O conteúdo é criado com o intuito de envolver a marca com
os seus clientes e criar uma relação entre eles.
MODELO ROSTIR
Research, objectives, strategies, tactics, implementation, reporting and evaluation.
MODELO RACE
Research: pesquisas feitas para entender melhor o problema e encontrar a melhor solução.
Action: criação de estratégias e planos, utilização dos objetivos SMART.
Communication: forma como vamos comunicar com o nosso público, as diferentes estratégias
comunicacionais e aos tipos de meios que utilizaremos. Evolution: avaliação dos resultados do projeto.

RP ENQUANTO PROFISSÃO
Sistema in-house: Os profissionais de RP são contratados pela organização para fazerem parte do seu
departamento de RP. Estes departamentos existem tanto em grandes organizações como em pequenas
empresas e até em organizações sem fins lucrativos. As equipas in-house costumam ser relativamente
pequenas em relação às organizações que as empregam.
Sistema Outsourcing: O trabalho de um Profissional de RP é exercido através de agências de comunicação,
podendo ser mais favorável em termos económicos para uma empresa, uma vez que só se recorre ao
serviço destes profissionais quando é necessário. Neste sistema os RPs fazem um diagnóstico de objetivos e
necessidades do cliente e trabalham em trazer um valor acrescentado ao cliente, tal como abordagens
criativas e diversificadas e informação externa. Freelancer Trabalha de forma independente.

Profissionais de Relações Públicas podem aprimorar sua criatividade por meio de estratégias
inovadoras:
1. Atualização Constante: Fique informado sobre as últimas tendências em RP e áreas correlatas para aplicar
ideias relevantes.
2. Diversidade de Inspiração: Busque inspiração em diversas fontes, como artes, literatura, ciência e cultura
popular, para obter perspectivas únicas.
3. Brainstorming Colaborativo: Promova sessões regulares de brainstorming com colegas para gerar ideias e
considerar diferentes perspectivas.
4. Cultura de Inovação: Incentive a criatividade na equipe, valorizando ideias ousadas e criando um ambiente
que estimule a expressão criativa.
5. Conhecimento do Público-alvo: Entenda profundamente o público-alvo para criar estratégias direcionadas
e adaptar mensagens de forma envolvente.
6. Experimentação em Comunicação: Explore novas plataformas e formatos, como vídeos e podcasts, para
inovar na comunicação.
7. Aprendizado com Erros: Encare o fracasso como uma fonte valiosa de insights criativos e oportunidades
de aprendizado.
8. Colaboração Multidisciplinar: Trabalhe com profissionais de áreas como marketing, design e tecnologia
para criar soluções inovadoras.
9. Desenvolvimento Pessoal: Participe de cursos e eventos que estimulem a criatividade e promovam o
desenvolvimento de novas habilidades.
10. Mentalidade Aberta: Esteja aberto a novas ideias, mesmo que pareçam incomuns inicialmente,
facilitando a aplicação da criatividade.

A criatividade é um processo contínuo, e com prática, esforço e a incorporação dessas estratégias, os


profissionais de RP podem fortalecer suas habilidades criativas em suas estratégias de comunicação.

O acordo de Estocolmo
Documento que foi estabelecido em junho de 2010;
Tendo como objetivo afirmar e reforçar o principal papel das Relações Públicas e da gestão da
comunicação no sucesso das organizações;
Identifica quais são os princípios pelos quais um profissional de RP se deve orientar para acrescentar
valor à organização.
RP: uma disciplina da comunicação aplicada
a área da comunicação é uma disciplina que tem a sua agenda de investigação, obras independentes,
metodologia, técnicas
área de estudo e profissional
Enquanto investigação com vista ao desenvolvimento da área
Associadas à investigação existem revistas científicas (publicação de trabalhos na área de estudo);
handbooks; associações nacionais (SOPCOM; apce; apecom; euprera; ipra; PRSA)

Relações Públicas como profissão


O objeto de estudo das RP é gerir a interdependência entre a organização e os seu públicos sendo que nessa
gestão os profissionais de comunicação, através da comunicação, procuram construir e gerir relações que
sejam mutuamente benéficas numa perspetiva de médio-longo prazo. Tem de se ter em conta os diferentes
públicos e adaptar a comunicação a cada um deles.
Relações estáveis e duradouras – só são possíveis se forem baseadas na confiança, compromisso, diálogo e na
negociação.
A profissão está associada ao reconhecimento profissional; código deontológico. Em Portugal não existe
acreditação da profissão
Diferentes designações, uma mesma realidade
Comunicação corporativa – objetivo de aumentar a efetividade da organização ao criar e manter relações
com os stakeholders
Comunicação Institucional – é um dos tipos de comunicação que os profissionais de RP se focam – focada
na expressão da identidade e dos valores da organização
Comunicação Organizacional – focada na comunicação dentro da organização (as RP são mais abrangentes
porque também comunicam com os públicos externos)
Comunicação Estratégica – mais recente e mais utilizada pra fazer referencia a todos os esforços de
comunicação de uma organização (inclui publicidade e marketing) – mais abrangente – as RP não são um
conjunto de técnicas que eu implemento, são uma função estratégica – defino os objetivos e o que faz
sentido para os alcançar (comunicamos com um determinado porque e não só porque sim). Para serem
estratégicos as RP têm de fazer tudo de acordo com a visão ou missão da organização para alcançar os
seus objetivos.
Comunicação Empresarial – empresa restringe um tipo de organização (lucrativas) e a atividade das RP faz
sentido em todos os tipos
Universo de intervenção das RP
Um profissional desempenha a sua função dentro de um universo:
Públicos
Setores de atividade – atividade económica (primário, secundário, terciário); ramos de atividade (saúde,
farmacêutico, cultura, financeiros, turismo, educação, tecnologia); critério jurídico (público, privado,
terceiro setor) – deve-se dominar o setor onde se trabalha
Áreas de intervenção: gestão da reputação, publicidade institucional, media relations, comunicação de
produto, comunicação com os colaboradores, relação com os investidores, responsabilidade social,
relações como governo e gestão de risco e comunicação de crises. (Argenti)
Relações Públicas (Cutlip/Center/Broom ) Definição
função de gestão que identifica, estabelece e mantém relações mutualmente benéficas entre organizações e
os vários públicos que determinam o seu sucesso ou falhanço.
Elementos Transversais às várias definições de RP para uma execução eficaz das RP:
Deliberação: influenciar, compreender melhor, providenciar informação e obter feedback.
Planear: descobrir soluções para os problemas e ponderar logísticas, requere pesquisa e análise durante
um longo período de tempo.
Desempenho: baseado em políticas e execução de modo a responder às preocupações da comunidade.
Interesse Público: alinhamento dos interesses da organização com as preocupações e interesses do seu
público.
Comunicação Bidirecional: não se pode cingir à disseminação de materiais informacionais é igualmente
importante a solicitação de feedback.
Estratégia: participar na consultoria e resolução de problemas a alto nível (top management) não apenas
disseminar a informação após uma decisão ter sido feita.

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