Você está na página 1de 6

1

CURSO: MBA Liderança e Gestão Educacional


DISCIPLINA: Oratória
PROFESSOR: Adriano Rocha
ALUNOS: Daniela Zilz, Eliane, Silene, Daniela A., Gláucio, Mariana, Breno,
Christiane, Tiago.
DATA: 13/03/2024

RESUMO: A INFLUÊNCIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL NA


PROBLEMÁTICA DA ESCOLHA PROFISSIONAL

INTRODUÇÃO (Dani Zilz e Eliane)

A escolha profissional é um dos pontos críticos do sujeito que está na


construção do seu projeto de vida. Essa escolha sofre influências de ordem social,
política, econômica, familiar e influência de ideais veiculados pelos meios de
comunicação social que têm o poder de manipulação. O avanço tecnológico e a
facilidade de acesso aos veículos de comunicação influenciam o ser social. Ao
mesmo tempo refletimos sobre o papel da Psicologia frente à orientação vocacional /
profissional, considerando que o ser social se constitui em meio às suas relações
sociais.
A problemática da escolha profissional se dá pelo desconhecimento da
realidade do trabalho e do mercado, e à estereotipagem de papéis profissionais. É
nesse contexto que impera o poder de manipulação da mídia, gerando lacunas na
formação real dos sujeitos.
A influência dos meios de comunicação social na problemática da escolha
profissional é um tema de extrema criticidade atualmente. A omnipresença da mídia
na vida cotidiana dos indivíduos cria um cenário complexo, onde as mensagens
veiculadas podem moldar as aspirações e expectativas dos jovens em relação ao
seu futuro profissional. A psicologia, especialmente no campo da orientação
2

vocacional/profissional, enfrenta novos desafios diante dessa realidade. A


abordagem tradicional, centrada em testes psicométricos, mostra-se inadequada
para lidar com a diversidade e dinâmica das influências midiáticas contemporâneas.
Diante disso, é fundamental ampliar o escopo da reflexão, considerando não apenas
aspectos individuais, mas também sociais e culturais.
O ensaio proposto sobre "Psicologia e comunicação social: produção de
sujeitos, subjetividade e identidades culturais" busca justamente expandir essa
reflexão, explorando a complexa interação entre os meios sociais e as escolhas
profissionais dos sujeitos. Nesse contexto, torna-se essencial compreender como as
narrativas midiáticas contribuem para a construção das identidades e aspirações
profissionais, influenciando diretamente as trajetórias pessoais e profissionais dos
indivíduos.

I REFLEXÕES SOBRE OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL E A PRODUÇÃO


DE SUJEITOS (Silene e Dani A.)

O texto mostra que as diversas mudanças que acontecem ao redor do mundo


costumam causar reflexo na comunicação social. O ser humano é relacional e traz
consigo a necessidade de comunicação, de maneira a emitir e receber mensagens e
isso pode interferir nas maneiras de agir e se comportar.
Desta maneira, com o passar dos anos a TV surge como meio de
comunicação social em massa capaz de afetar as ações humanas, ou seja, interfere
na produção de sujeitos sociais. As mídias tendem a utilizar-se da alienação do
indivíduo para exercer a publicidade e ter o público a seu favor.
O Brasil é um país caracterizado pela falta de qualidade de vida, o que
observamos a partir de índices como: educação, saúde, trabalho, moradia, lazer,
segurança etc. A TV é o veículo de comunicação social mais acessível, quele que
está mais presente nas casas, de maneira a assumir um importante papel no dia a
dia das pessoas.
Este meio de comunicação é acessível a milhares de pessoas, envolvendo,
todo o corpo social. Outro dado importante, de acordo com pesquisa de Daniel Hertz
(do Instituto de Estudos e Pesquisas em Comunicação) é que 90% da propriedade
dos meios de comunicação no Brasil está nas mães de sete famílias; esse dado
3

aponta para o grande antagonismo social, no qual a minoria dominante tem a


predominância no discurso, controlando o mega mecanismo de poder que é a mídia.

II CONSEQUÊNCIAS DA PROBLEMÁTICA DA ESCOLHA PROFISSIONAL


(Glaucio e Mariana)

A escolha profissional é vista como um desdobramento da identidade pessoal


do indivíduo, que é moldada por sua interação com o mundo. A mídia tem um papel
significativo na formação dos hábitos e comportamentos das pessoas, o que, por
sua vez, afeta a escolha profissional. Essa escolha geralmente ocorre em um
momento de transição na vida de um indivíduo, a adolescência, quando ele deixa a
escola para entrar no mundo do trabalho ou universitário.
A escolha profissional só passou a existir com a instalação do modo de
produção capitalista, que trouxe mudanças significativas na maneira como as
pessoas produzem e reproduzem sua existência. Ela é um fenômeno socialmente
determinado, influenciado por fatores familiares, culturais, econômicos e
educacionais. A presença cotidiana dos meios de comunicação social é cada vez
mais proeminente no campo das determinações sociais. A supremacia da TV, que
reflete e contribui para o sistema social excludente, tem um potencial alienador e
essa alienação se torna evidente no momento crítico da escolha profissional.
A mídia, especialmente a televisão, tem um papel significativo na formação da
percepção das pessoas sobre o trabalho e a sociedade. Ela tende a associar o
sucesso humano ao dinheiro e ao status, e isso é evidente na forma como o
marketing educacional é conduzido. O marketing educacional reforça valores como
individualismo e competitividade, responsabilizando o indivíduo pelo sucesso. Além
disso, a mídia frequentemente retrata estereótipos profissionais, contribuindo para a
formação de ideias equivocadas ou preconceituosas sobre profissões.
A influência da mídia está intimamente ligada à falta de conhecimento sobre a
realidade profissional, o mercado e o significado do trabalho como atividade social.
Portanto, a influência da mídia é um ponto importante a ser considerado na
orientação vocacional/profissional.
4

III O QUE SUSCITA À PSICOLOGIA NO CAMPO DA ORIENTAÇÃO


VOCACIONAL (Breno e Chris)

O texto traz a mudança na abordagem da Psicologia na Orientação


Vocacional/Profissional, destacando a necessidade de uma visão mais ampla e
crítica. Antes centrada em modelos simplistas, agora busca-se integrar informações,
promover o autoconhecimento e considerar a influência da mídia nas escolhas
profissionais. Além disso, enfatiza-se a importância de superar conflitos e
estereótipos durante o processo de orientação. A inclusão dessas temáticas visa
ampliar o alcance social da orientação, promovendo saúde e qualidade de vida. Em
resumo, a abordagem proposta busca uma integração mais completa entre indivíduo
e sociedade para uma orientação mais eficaz.

IV POSICIONAMENTO CRÍTICO (Tiago)

O tema proposto é relevante e merece atenção. De fato, a escolha


profissional é o “ponto culminante e crítico de um projeto de vida” e, os meios de
comunicação social desenvolvem um papel importante.
Há de se considerar que o artigo foi escrito em 2004. Atualmente, em 2024,
20 anos depois, há indicativos de que não estamos na 3º revolução industrial, mas
em uma 5ª revolução que além da robótica (4ªrevolução), insere a inteligência
artificial para mediar diálogos e propor inovações.
Nesse horizonte, a escolha profissional tende a ser ainda mais refletida a
partir de parâmetros contemporâneos. Um exemplo disso é toda a comunicação
social a respeito das “profissões do futuro” em detrimento das carreiras atuais.
O jovem da atualidade não é mais aquele sujeito que faz uma escolha sólida
por um campo do saber. Agora, ele está diante de um mundo de muitas
possibilidades e escolhas. As startups têm ganhado o coração dos jovens! As
experiências internacionais têm provocado novos olhares! Contudo, parece que a
realidade presente, diferente da “virtual”, não está sendo considerada. E isso tem
gerado frustração, especialmente no que conserve à remuneração financeira.
5

É nesse sentido que concordamos com o artigo de que a comunicação pode


provocar alienação – tornar a pessoa naquilo que ela não é. Por outro lado, também
podemos reconhecer que a comunicação tem uma força influenciadora de
transformar a vida das pessoas, a cultura e a vida social.
Atualmente, diferentemente da proposta do artigo, não é a televisão que
promove a comunicação massiva: agora, temos as redes sociais, os tiktocs, os
youtubers, e por aí vai. Prosseguimos em um mundo hiper informacional em que
tudo precisa ser resolvido rápido. “Modelos idealizados” de informação massiva,
como propõe o artigo, podem ser construídos facilmente nas redes sociais. Basta
alguém neste momento fazer uma publicação fake de que haverá greve de
caminhoneiros para que os postos formem longas filas.
O problema da discussão proposta é que estamos perdendo a “profundidade”
e vivendo no “raso” das informações imediatas sem reflexão. Refletir leva tempo! Por
mais que haja a insistência de que vivemos em um mundo capitalista e massivo,
como afirma o artigo, precisamos também ser sinceros em aceitar que o problema
não é a sociedade capitalista, mas o quanto este capitalismo se apoderou de nós e
nos tem tirado o tempo para as relações saudáveis.
Para finalizar, é importante lembrar que, a partir de 2018, a nova BNCC (Base
Nacional Comum Curricular) estabeleceu que os estudantes tivessem orientação
profissional, o que, nesse documento é chamado de “Projeto de Vida”. Hoje, a
educação brasileira tem se preocupado com o “protagonismo juvenil”, de maneira
que este jovem não seja uma “presa fácil” dos meios de comunicação massivos,
mas que possa aprender a perguntar, criticar e refletir antes de tomar sua decisão
por uma carreira.
Assim, os meios de comunicação social podem influenciar de maneira positiva
e negativa. O ponto central da discussão da escolha profissional, é, o quanto o
interlocutor/receptor dessa informação tem consciência crítica para tomar sua
decisão. E é aí que percebemos o lugar da escola, da orientação vocacional, do
professor e dos gestores, uma vez que trabalham em prol de uma ressignificação do
jovem na vida social: de um ouvinte para um intérprete! Prossigamos em nossa
missão!
6

REFERÊNCIA

SILVA, Janaila dos Santos. A Influência dos Meios de Comunicação Social na


Problemática da Escolha Profissional: o que isso Suscita à Psicologia no Campo da
Orientação Vocacional/ Profissional? Psicologia Ciência e Profissão, n. 24, ano 4,
2004, p.60-67.

Você também pode gostar