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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

ESCOLA DE COMUNICAÇÕES E ARTES

JOÃO PEDRO FERREIRA FIRPE

COMENTÁRIOS E CRÍTICAS DE UM ESTUDANTE DE PUBLICIDADE DENTRO DO


LEQUE DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS

São Paulo, SP
2022

Transição digital e o acesso ao conhecimento


na construção da nova era.

Fala-se muito de tecnologia na contemporaneidade. Ela está fortemente

presente no nosso dia a dia, nos campi universitários, nos shoppings, no metrô…

Nosso entorno - especialmente o paulistano - transborda tecnologia. Com toda

essa abundância, às vezes é difícil imaginar que vivemos na exceção da exceção.

A realidade global difere-se enormemente do contexto privilegiado em que estamos

- e mesmo assim há inúmeros problemas e carências por aqui.

As notícias, as descobertas, as invenções e as mudanças chegam muito mais

rápido através do digital. Muitas dessas novidades, inclusive, sequer estão mais

sendo divulgadas em meios físicos, mais tradicionais. Portanto, entende-se a

importância que o digital exerce como alicerce da sociedade contemporânea: e ele

segue sendo excludente. O conhecimento, apesar de estar mais democrático

atualmente do que em períodos anteriores da História, segue elitizado. Para que

cada vez uma maior e mais plural parcela da população tenha acesso à

informação, a transição para o universo digital deve abranger cada vez mais

pessoas.

Estudando Publicidade e Propaganda na Universidade de São Paulo, minha

visão acerca da democratização do conhecimento expandiu-se. Porque a

publicidade, os anúncios, outdoors etc chegam até as pessoas - ainda mais com o

avanço do digital. Como, então, que o conhecimento muitas vezes não chega?

Simples - ele não gera lucro. Não é do interesse de instituições e pessoas que

regem nossa economia educar a população. Cabe a nós pressionarmos essas

instituições, eleger governos que queiram essa democratização e participar


ativamente da promoção desse conhecimento para que ele chegue em lugares

onde até a publicidade não chegou. 



Jacques Marcovitch e Pedro Dallari: Sergio
Vieira de Mello: Pensamento e ação frente às
crises

As crises contemporâneas, apesar de distoantes das dos séculos passados,

são muitas. Na era Moderna eram muito mais locais. Atualmente, ainda mais com

o avanço das redes de telecomunicação mundiais, nota-se como as crises afetam

milhões de indivíduos de diversos países - algo impensável para o passado. As

crises também são noticiadas globalmente no século XXI - algo ímpar para a

história.

Como agir frente a essas crises?

Como combatê-las?

É preciso, primeiramente, diferenciar a ação coletiva da governamental;

enquanto a primeira ajuda, mas é paliativa, a segunda tem o real poder de encerrar

essas crises.

Como estudante de comunicação, não consigo deixar de penar no papel da

publicidade nesse panorama: enquanto formadora de opiniões, enquanto agente

comunicador, enquanto peças que re etem esse tempo…

Devem ser amplas e plurais as ações frente às mais diversas crises

contemporâneas, abrangendo todos os campos possíveis: o econômico, o social, o

político, o ambiental… As medidas devem ser interdependentes e pensadas em

conjunto. 

fl
Jacques Marcovitch e Pedro Dallari: ODS:
Objetivos de desenvolvimento sustentado frente
ao mundo em transição.

O meu grupo escolheu como tema a igualdade de gênero nas universidades.

E seria impossível passar por essa questão sem comentar como diferentes

institutos dentro da Universidade de São Paulo têm distintas (muito distintas)

realidades a respeito desse panorama. Sou advindo da turma de 2020 da Escola

de Comunicações e Artes e a pauta de gênero sempre foi amplamente discutida -

apesar das questões (que existem), ao conversar com estudantes de outros

institutos percebi como vivo numa bolha ecana. Relatos de alunas da POLI, FEA e

San Fran que me chocaram.

Ademais, a questão temporal também pesa muito. Ao conversar numa roda

com alunas que cursam engenharia agora e outras que cursaram 5, 10 ou 20 anos

atrás, nota-se uma evidente melhora nas questões de gênero em diversas

universidades brasileiras, sejam elas públicas ou particulares (apesar de que pelas

conversas, parece-se que a realidade das públicas nesse quesito é melhor).

É preciso, no entanto, caminhar muito mais para que haja uma plena e justa

igualdade - inclusive na ECA. Ações práticas devem ser tomadas durante todo o

período da graduação, dentro e fora dos campi para que as mulheres sejam

asseguradas de seus direitos fundamentais. 



Alexandre Formisano: A ajuda humanitária na
construção da nova era.

Desde criança conheço a cruz vermelha. Sempre depositei con ança no

trabalho dessa organização - e no de muitas outras. No entanto, nunca gostei da

extrema esperança que tantas pessoas atribuem para ONGs. Sim, elas ajudam na

melhoria da vida de milhões de pessoas - e muitas delas até realizam trabalho de

base - mas nunca verdadeiramente transformarão as bases da sociedade. Servem

como cuidados paliativos do Capitalismo - que segue impedindo a ascensão social

de milhões de indivíduos.

No entanto, não é justo menosprezar a ajuda humanitária que tantas pessoas

realizam - e seguem melhorando (ou até salvando) a vida de muitos.

Nesse panorama pós COVID, a ajuda humanitária se mostra cada vez mais

necessária - é ideal? Não, pois os governos que deveriam atuar nessa frente - mas

a drástica realidade é outra.

Portanto, urge que para a construção dessa nova era coexista a ajuda

humanitária amparada pelos cidadãos e também a efetiva e ampla ação

governamental.

fi
Carlos Eduardo Lins da Silva: O Brasil nas
relações internacionais em 2023.

O Brasil se encontra num panorama muito promissor frente ao globo. Acabou de

sair de um governo que di cultava as relações internacionais com outros países e

entrou numa era onde o presidente eleito é ovacionado e procurado por inúmeros

líderes mundiais - o que traz uma oportunidade ímpar de reconquistar relações

abaladas (como às com a França e Argentina) e também de criar novas. Como

Lula já deixou claro, esse governo não é uma continuação dos seus anteriores -

mas sim algo novo, logo, nada melhor do que novas relações globais para essa

demonstração de novidade

O país sai de um lugar de quase isolamento global (especialmente do ponto de

vista diplomático) para uma nova era de prováveis fortes relações diplomáticas

globais.

O BRICS também se mostra como uma possível renovação de alianças

enfraquecidas durante os 4 anos do governo Bolsonaro. As estratégias alianças

político-economias

O Mercosul também se apresenta como possível re-fortalecimento do novo

governo - claro que também depende dos anseios e desejos de outros presidentes,

mas o carisma de Lula é uma importante peça nesse jogo político.


fi
João Paulo Capobianco: Avanços e recuos da
sustentabilidade na Amazônia

Foi com enorme pesar que vivenciamos o expressivo aumento do

desmatamento na Amazônia após o impeachment da presidenta Dilma Rousseff -

principalmente com o avanço do governo Bolsonaro.

É necessário que lutemos para a maior minimização possível desse

desmatamento - preferencialmente com níveis menores do que as baixas atingidas

em 2012. Somente dessa forma atingiremos um possível equilíbrio ecológico.


É expressiva a postura da Noruega em já voltar com doações para o Fundo

Amazônia - congeladas durante o governo Bolsonaro. Que mais países adotem a

medida.

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