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CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DA AMAZÔNIA - UNIFAMAZ

CURSO DE BACHARELADO EM PSICOLOGIA

ANNA LUZIA ROCHA SANTOS


CRISTIANE PANTOJA RODRIGUES

BELÉM
2023
ANNA LUZIA ROCHA SANTOS
CRISTIANE PANTOJA RODRIGUES

Resenha à disciplina Orientação Profissional e


Aconselhamento Psicológico– ministrada pela profª
Msc. Roberta Flores como requisito para a 1ª
Avaliação Regimental.

BELÉM-PA
2023
3. INTRODUÇÃO:

A leitura ser adolescente no século XXI

A leitura ser adolescente no século XXI transportar-nos ao passado e ao futuro e em vários


momentos, mostrando como a globalização e a tecnologia dividiu consideravelmente dois
grupos sociais de individuos, mas propriamente os adolescentes do século XX e XI, pois é
impossível fazer uma reprodução histórico-social dos adolescentes do século atual sem antes
entender o contexto que antecederam a eles.
A adolescência se tornou um estudo de pesquisa para muitos, porém não se chega a um
dominador comum, e estar longe de se chegar, pois para a psicologia, a a adolescência
passagem tão certa de acontecer, tem suas várias nuances nos processo de desenvolvimento
físico, mas também social e cultural passagem essa que Erikson (1976) define como a
transição da infância para a vida adulta geralmente marcada de conflitos internos a tão
buscada identidade. Dentre essas e outras, o adolescente busca se integrar, se encontrar e
colocar-se em um lugar de ativa aceitação entre seus pares dentro de toda a sociedade, essa
pela qual seja ela escolar comunitária ou social. Momentos esses, que muitos pais ou
cuidadores acreditam ser alarmantes, elegendo essa fase como de aborrecência, pois se por
um lado o adolescente busca o reconhecimento de estranhos, muitos se afastam ou pouco se
importam com a aprovação familiar. Segundo os autores a adolescência é um momento onde
os pais precisam se fazer presentes, não que outra fase não necessite. Contudo esse momento
de transformações e tantas decisões a serem tomadas, precisam de apoio, aconselhamento,
confiança e muito vínculo para que assim o adolescente não sinta-se sozinho nesse processo
tão intenso, e possa estar mais confiante de si para construir com mais leveza a fase adulta.
Evitando o distanciamento familiar, afastamento, perda de afeto e provavelmente suas
referências.
Entranto, nesse viés histórico dos adolescentes de ontem e hoje, existiu um processo de
transformações no ser adolescente. Escuta-se muito dizer no meu tempo era diferente ou no
meu tempo isso não se fazia. Enfim, geralmente essa frase são referidas aos jovens. E isso
não é somente a educação modificada nas gerações, mas também as sequências desenfreadas
de informações na vida desses jovens, uma mudança de hábito brusca que a tecnologia e a
globalização fez acontecer, acometendo num primeiro momento os adolescentes do século
XX. No texto se questiona quem são os adolescentes de hoje?
Mas para entender esse processo do ser adolescente hoje, precisamos, no entanto,
compreender quem foi o adolescente do passado, hoje adultos, pais ou avós de adolescentes
do século XXI, ligando e exemplificando os adolescentes do século XX, podemos dizer que
muitos ficaram na fronteira de um século ao outro, mas ainda em um modo de vida mais
hierarquizado. Viviam sobre um regime de vida norteador de caminhos, onde educação seria
o que levaria para a profissionalização, dando a estabilidade de futuro sem muito alardes.
Assim, construíam famílias e responsabilidades a partir dessa sua escolha e decisão. Para
outros, essa possibilidade estava um pouco longe, oportunidade que não atingia a todos,
alguns pelas condições socias e económicas ou por viverem bem afastados dos lugares de
oportunidades (cidades, metrópoles ) para se constituir como adulto no meio do trabalho.
Este, que o capitalismo afima ser gerador da dignidade humana. Deixando assim,
adolescestes sem muita expectativa no futuro se lançado aos trabalhos braçais e domésticos
como se vê até os dias de hoje. Todavia, aquele que as oportunidades foram galgadas,
sentiam-se garantidos e viveram essa era, dita hoje por muitos como lugar e tempos bons de
viver. No século XX, os cursos técnicos eram bem mais valorizados e remuneravam de
forma mais justa. Muitos tiveram oportunidades de destaque e se aposentaram com mais
estabilidade.
Quando a globalização chegou, ela trouxe a internet, a modernidade e muitas visões de
desafios para os jovens que sempre buscaram um lugar ao sol, vendo num curso superior a
possibilidade de entrar no mercado de trabalho. Pois o emprego estava cada vez mais dificil,
já que os donos de empresas, os processo seletivos, os concursos públicos, dentre outros
estariam cada vez mais exigindo qualificação.
Ao mesmo tempo que a globalização trouxe oportunidades e esperanças, esse fenomeno por
meios das tecnologias das informações, comunicações, meios de transporte acelerou e
intensificou as mercadorias, os fluxos de capitais mas também a vida de todas as pessoas, e
de um modo particular as crinaças e os adolescentes. O querer imediato, como muitos
costumam dizer pra ontem, resume em desconforto de jovens com insegurança e ansiedade
pelo futuro,
Compreendendo a adolescencia como essa passagem da infancia para a fase adulta, onde
não ser é criança e ao mesmo tempo não se é adulto. Então, como se constitui dentro de uma
sociedade em transformação, quando este está se constituindo como sujeito em construção?
Esse é um ponto crucial para compreender o que tantas pesquisas mostram sobre os
adolescentes. Aqueles que passaram por essa transição de um século ao outro não
reconhecem mais suas referências, e o que chegam nesse século XXI não conseguem saber o
seu refencial.
A vida se tornou ainda mais corrida, num processo e loucura de se chegar ao futuro, como o
autor ressalta, sem viver cada processo, como um passo, uma fase que precisa ser
experenciada e vivida. Isso nos leva novamente a um passado, em que as pessoas comiam
conversando a mesa ou debaixo de arvores, reuniões de familias onde o entretenimento eram
dialogos. Onde se comer uma maçã exigia ver a cor, sentir o sabor pedaço a pedaço. Hoje
todos se reunem com celulares a mão ou não se reúnem. Conectados com muitos, e ao
mesmo tempo com poucos dos seus (referencias). O capitalismo gerou nos adolescentes o
novo, em ver o a roupa da moda, celular mais moderno, possível de ser trocando antes
mesmo de precisar conserto, pois o capitalismo ja produziu outro bem mais avançado .Na
leitura se discorre muito sobre informações instantâneas e absolutas, onde não se espera pra
experimentar o processo, fase de suma importancia segundo o autor.
Os pais ou cuidadores vivem essa era com a mesma intensidade. Priorizando trabalho,
estudo, vida social, aparência física. Existe uma necessidade também de mostrar status e
sucesso. O mundo adulto também é vitima do capitalismo.
Nessa dialética, dentro de todas as questões em volta da adolescencia do século XXI
podemos preponderar o que foi possível dentro dessas perceções da vida moderna. Pois se
abre um leque de possibilidades e novas experiencias dentro de um construto inovador.
Vale ressaltar que os jovens do século passado não tiveram tantos ouvidos voltados as suas
subjetividades e criatividades como os da geração tecnológica. Inclusive a própria os inseriu
no mercado de trabalho através da formação de TI. Mas voltamos a colocar em questão o
jovem profissional de hoje, que passa pela adolescencia com tantas tentações e pressas para
o futuro que se preocupa sobre sua escolha profissional. Atenta-se para a quantidade de
pessoas com fomações acadêmicas trabalhando em outras areas. Ou por falta de
oportunidade, devido a concorrência ou simplesmente pelas frustrações da escolha. O
profissional de carreira e orientação profissional busca caminhos e tem essa preocupação e
cuidado com o jovem que vive esse dilema de construção de futuro, não esse de viver o hoje
desesperadamente para se ter um futuro promissor, mas o de ver o hoje como um preparo,
uma experiência a ser vivida dia a dia, com planos sim, mas esses guiados de forma plena.
O profissional de orientação profissional sabe os dilemas enfrentados pelos jovens, nos
quais a passagem para vida adulta o trabalho é um dos marcos desse processo, em um
mercado atual que exige qualificações e as relações estão cada vez mais passageiras, a trocas
de empresa e de profissão mais frequentes, o livro a corrosão do carater é uma narrativa que
exemplifica o mercado atual, pai e filho possuem carreiras com contextos opostos gerações
com conflitos transgeracionais.
Contextualizando a orientação profissional ao longo do tempo deixou de ser diretiva como
demonstra o histórico, um processo que segundo Carl Rogers podia ser confundido com a
própria psicoterapia. Surge na Alemanha no contexto de empresas e para sugerir quem está
inapto para desenvolver o cargo, tem como base a teoria de traço e fator. A ampliação de
atributos desse profissional teve contribuições da psicanalise, da terapia centrada no cliente
deixando de ser diretiva, teorias do desenvolvimento surgiram como no caso de Super e a
teoria do desenvolvimento, no qual a escolha profissional é um processo que ocorre ao
longo da vida.
No Brasil não se abre mão da teoria de traço e fator presente desde o seu desenvolvimento
busca-se a profissão correta para cada individuo, porem a regulamentação da profissão de
psicologia influenciou a forma que a orientação profissional de vincular esse processo com a
psicologia clínica tendo como base veemente a psicanalise, a psicologia brasileira é
influenciada pela clínica, mas não deixa de ser influenciada pela teoria de desenvolvimento
de super. Desde a promulgação da lei Capanema, a orientação educacional foi incluída nas
escolas e com ela foi incumbida a tarefa de auxiliar a escolha profissional dos alunos.
Com base na lei 9.394 o ensino medio continua a ter como um dos seus objetivos a
preparação básica para o trabalho. O trabalho de orientação profissional pode ser realizado
por psicólogos e pedagogos.
REFERÊNCIAS
SPARTA, Mônica. O desenvolvimento da orientação profissional no Brasil. Revista
Brasileira de Orientação Profissional, v. 4, n. 1-2, p. 1-11, 2003.
SENNETT, Richard. A corrosão do caráter: consequências pessoais do
trabalho no novo capitalismo. Editora Record, 2015.
LEVENFUS, Rosane Schotgues. Orientação vocacional e de carreira em contextos
clínicos e educativos. Artmed Editora, 2015.

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