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A leitura ser adolescente no século XXI

A leitura ser adolescente no século XXI transportar-nos ao passado e ao futuro e


em vários momentos, mostrando como a globalização e a tecnologia dividiu
consideravelmente dois grupos sociais de individuos, mas propriamente os
adolescentes do século XX e XI, pois é impossível fazer uma reprodução
histórico-social dos adolescentes do século atual sem antes entender o contexto
que antecederam a eles.
A adolescência se tornou um estudo de pesquisa para muitos, porém não se
chega a um dominador comum, e estar longe de se chegar, pois para a
psicologia, a a adolescência passagem tão certa de acontecer, tem suas várias
nuances nos processo de desenvolvimento físico, mas também social e cultural
passagem essa que Erikson (1976) define como a transição da infância para a
vida adulta geralmente marcada de conflitos internos a tão buscada identidade.
Dentre essas e outras, o adolescente busca se integrar, se encontrar e colocar-
se em um lugar de ativa aceitação entre seus pares dentro de toda a sociedade,
essa pela qual seja ela escolar comunitária ou social. Momentos esses, que
muitos pais ou cuidadores acreditam ser alarmantes, elegendo essa fase como
de aborrecência, pois se por um lado o adolescente busca o reconhecimento de
estranhos, muitos se afastam ou pouco se importam com a aprovação familiar.
Segundo os autores a adolescência é um momento onde os pais precisam se
fazer presentes, não que outra fase não necessite. Contudo esse momento de
transformações e tantas decisões a serem tomadas, precisam de apoio,
aconselhamento, confiança e muito vínculo para que assim o adolescente não
sinta-se sozinho nesse processo tão intenso, e possa estar mais confiante de si
para construir com mais leveza a fase adulta. Evitando o distanciamento familiar,
afastamento, perda de afeto e provavelmente suas referências.
Entranto, nesse viés histórico dos adolescentes de ontem e hoje, existiu um
processo de transformações no ser adolescente. Escuta-se muito dizer no meu
tempo era diferente ou no meu tempo isso não se fazia. Enfim, geralmente essa
frase são referidas aos jovens. E isso não é somente a educação modificada nas
gerações, mas também as sequências desenfreadas de informações na vida
desses jovens, uma mudança de hábito brusca que a tecnologia e a
globalização fez acontecer, acometendo num primeiro momento os adolescentes
do século XX. No texto se questiona quem são os adolescentes de hoje?
Mas para entender esse processo do ser adolescente hoje, precisamos, no
entanto, compreender quem foi o adolescente do passado, hoje adultos, pais ou
avós de adolescentes do século XXI, ligando e exemplificando os adolescentes
do século XX, podemos dizer que muitos ficaram na fronteira de um século ao
outro, mas ainda em um modo de vida mais hierarquizado. Viviam sobre um
regime de vida norteador de caminhos, onde educação seria o que levaria para
a profissionalização, dando a estabilidade de futuro sem muito alardes. Assim,
construíam famílias e responsabilidades a partir dessa sua escolha e decisão.
Para outros, essa possibilidade estava um pouco longe, oportunidade que não
atingia a todos, alguns pelas condições socias e económicas ou por viverem
bem afastados dos lugares de oportunidades (cidades, metrópoles ) para se
constituir como adulto no meio do trabalho. Este, que o capitalismo afima ser
gerador da dignidade humana. Deixando assim, adolescestes sem muita
expectativa no futuro se lançado aos trabalhos braçais e domésticos como se vê
até os dias de hoje. Todavia, aquele que as oportunidades foram galgadas,
sentiam-se garantidos e viveram essa era, dita hoje por muitos como lugar e
tempos bons de viver. No século XX, os cursos técnicos eram bem mais
valorizados e remuneravam de forma mais justa. Muitos tiveram oportunidades
de destaque e se aposentaram com mais estabilidade.
Quando a globalização chegou, ela trouxe a internet, a modernidade e muitas
visões de desafios para os jovens que sempre buscaram um lugar ao sol, vendo
num curso superior a possibilidade de entrar no mercado de trabalho. Pois o
emprego estava cada vez mais dificil, já que os donos de empresas, os processo
seletivos, os concursos públicos, dentre outros estariam cada vez mais exigindo
qualificação.
Ao mesmo tempo que a globalização trouxe oportunidades e esperanças, esse
fenomeno por meios das tecnologias das informações, comunicações, meios de
transporte acelerou e intensificou as mercadorias, os fluxos de capitais mas
também a vida de todas as pessoas, e de um modo particular as crinaças e os
adolescentes. O querer imediato, como muitos costumam dizer pra ontem,
resume em desconforto de jovens com insegurança e ansiedade pelo futuro,
Compreendendo a adolescencia como essa passagem da infancia para a fase
adulta, onde não ser é criança e ao mesmo tempo não se é adulto. Então, como
se constitui dentro de uma sociedade em transformação, quando este está se
constituindo como sujeito em construção?
Esse é um ponto crucial para compreender o que tantas pesquisas mostram
sobre os adolescentes. Aqueles que passaram por essa transição de um século
ao outro não reconhecem mais suas referências, e o que chegam nesse século
XXI não conseguem saber o seu refencial.
A vida se tornou ainda mais corrida, num processo e loucura de se chegar ao
futuro, como o autor ressalta, sem viver cada processo, como um passo, uma
fase que precisa ser experenciada e vivida. Isso nos leva novamente a um
passado, em que as pessoas comiam conversando a mesa ou debaixo de
arvores, reuniões de familias onde o entretenimento eram dialogos. Onde se
comer uma maçã exigia ver a cor, sentir o sabor pedaço a pedaço. Hoje todos
se reunem com celulares a mão ou não se reúnem. Conectados com muitos, e
ao mesmo tempo com poucos dos seus (referencias). O capitalismo gerou nos
adolescentes o novo, em ver o a roupa da moda, celular mais moderno, possível
de ser trocando antes mesmo de precisar conserto, pois o capitalismo ja
produziu outro bem mais avançado .Na leitura se discorre muito sobre
informações instantâneas e absolutas, onde não se espera pra experimentar o
processo, fase de suma importancia segundo o autor.
Os pais ou cuidadores vivem essa era com a mesma intensidade. Priorizando
trabalho, estudo, vida social, aparência física. Existe uma necessidade também
de mostrar status e sucesso. O mundo adulto também é vitima do capitalismo.
Nessa dialética, dentro de todas as questões em volta da adolescencia do
século XXI podemos preponderar o que foi possível dentro dessas perceções da
vida moderna. Pois se abre um leque de possibilidades e novas experiencias
dentro de um construto inovador.
Vale ressaltar que os jovens do século passado não tiveram tantos ouvidos
voltados as suas subjetividades e criatividades como os da geração tecnológica.
Inclusive a própria os inseriu no mercado de trabalho através da formação de TI.
Mas voltamos a colocar em questão o jovem profissional de hoje, que passa
pela adolescencia com tantas tentações e pressas para o futuro que se
preocupa sobre sua escolha profissional. Atenta-se para a quantidade de
pessoas com fomações acadêmicas trabalhando em outras areas. Ou por falta
de oportunidade, devido a concorrência ou simplesmente pelas frustrações da
escolha. O profissional de carreira e orientação profissional busca caminhos e
tem essa preocupação e cuidado com o jovem que vive esse dilema de
construção de futuro, não esse de viver o hoje desesperadamente para se ter
um futuro promissor, mas o de ver o hoje como um preparo, uma experiência a
ser vivida dia a dia, com planos sim, mas esses guiados de forma plena.
O profissional de orientação profissional sabe os dilemas enfrentados pelos
jovens, nos quais a passagem para vida adulta o trabalho é um dos marcos
desse processo, em um mercado atual que exige qualificações e as relações
estão cada vez mais passageiras, a trocas de empresa e de profissão mais
frequentes, o livro a corrosão do carater é uma narrativa que exemplifica o
mercado atual, pai e filho possuem carreiras com contextos opostos gerações
com conflitos transgeracionais.
Contextualizando a orientação profissional ao longo do tempo deixou de ser
diretiva como demonstra o histórico, um processo que segundo Carl Rogers
podia ser confundido com a própria psicoterapia. Surge na Alemanha no
contexto de empresas e para sugerir quem está inapto para desenvolver o
cargo, tem como base a teoria de traço e fator. A ampliação de atributos desse
profissional teve contribuições da psicanalise, da terapia centrada no cliente
deixando de ser diretiva, teorias do desenvolvimento surgiram como no caso de
Super e a teoria do desenvolvimento, no qual a escolha profissional é um
processo que ocorre ao longo da vida.
No Brasil não se abre mão da teoria de traço e fator presente desde o seu
desenvolvimento busca-se a profissão correta para cada individuo, porem a
regulamentação da profissão de psicologia influenciou a forma que a orientação
profissional de vincular esse processo com a psicologia clínica tendo como base
veemente a psicanalise, a psicologia brasileira é influenciada pela clínica, mas
não deixa de ser influenciada pela teoria de desenvolvimento de super. Desde a
promulgação da lei Capanema, a orientação educacional foi incluída nas escolas
e com ela foi incumbida a tarefa de auxiliar a escolha profissional dos alunos.
Com base na lei 9.394 o ensino medio continua a ter como um dos seus
objetivos a preparação básica para o trabalho. O trabalho de orientação
profissional pode ser realizado por psicólogos e pedagogos.

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