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3˚Ano/1˚ Semestre
Curso: Relações Públicas
Cadeira: Relações Públicas e Responsabilidade Social
Discentes:
Adilson Marcos Langa
Constâncio José Gulele
Domingos Vicente Mambone
Frederico Andrade Muazangasse
Ivânia Armando Albino
Suneid Jafar Ismael
Vanny Francisco Sande
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Índice
1. Introdução.......................................................................................................................3
1.1. Objectivo geral............................................................................................................3
1.2. Objectivos específicos.................................................................................................3
2. Histórias das Relações Públicas.....................................................................................4
2.1. Contexto histórico da actividade de relações públicas.............................................4
2.2. Contexto da origem do curso e dos primeiros profissionais de Relações públicas.8
2.3. Principais desafios da área das Relações Públicas.................................................12
2.4. Principais literaturas do campo das relações públicas..........................................14
2.5. O contexto das relações públicas em Moçambique....................................................15
3. Conclusão......................................................................................................................18
4. Referências Bibliográficas...........................................................................................19
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1. Introdução
Este presente trabalho teve como objectivo analisar sobre a história das relações
públicas focando nos seguintes aspectos: contexto histórico da actividade de relações
públicas; Contexto da origem do curso e dos primeiros profissionais de Relações
públicas; Principais desafios da área das Relações Públicas; Principais literaturas do
campo das relações públicas e o contexto das relações públicas em Moçambique. O
nascimento das relações públicas está inserido numa época de bastante efervescência
política, directamente ligada aos fluxos e contra fluxos do movimento sindical
americano. Tal mobilização da classe trabalhadora despertou toda uma série de
estratégias para mobilizar a opinião pública, tarefa esta disputada também pela classe
patronal, que, de muitas maneiras, se aglutinou e tomou medidas para organizar-se
como classe, também com a preocupação de granjear uma opinião pública favorável às
suas causas e interesses. Esta profissionalização, em matéria de comunicação, tanto do
sindicalismo como do patronato, fez emergir as relações públicas como actividade
profissional. Desde as antigas civilizações até a era digital, a prática das Relações
Públicas evoluiu em resposta às mudanças sociais, políticas e tecnológicas,
desempenhando um papel fundamental na construção e manutenção de relacionamentos
entre organizações e seus diversos públicos. No desenvolvimento a seguir estará bem
explícito sobre os Subtemas. Depois do desenvolvimento, seguiremos com uma breve
conclusão e uma referência bibliográfica.
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2. Histórias das Relações Públicas
2.1. Contexto histórico da actividade de relações públicas
As actividades que hoje associamos a Relações Públicas têm raízes históricas que
remontam a civilizações antigas, mas a prática moderna de Relações Públicas como
uma disciplina organizada começou a emergir no início do século XX. No entanto, é
importante observar que as actividades precursoras das Relações Públicas, como a
comunicação estratégica, a gestão de reputação e o envolvimento com públicos
diversos, podem ser identificadas em diferentes momentos ao longo da história.
Os Estados Unidos da América (EUA), por exemplo, saiam de uma violenta guerra civil
(1861/1865), que apontaria a ascensão de capitalistas industriais e o declínio do poder
de uma aristocracia rural. Parece importante lembrar que o modelo rural de sociedade
estabeleceu uma relação de exploração de mão-de-obra de base esclavagista e, em um
primeiro momento, as relações capital x trabalho da sociedade industrial estão nelas
alicerçadas. No mesmo período, Alemanha, Itália, Espanha e França deparavam-se com
a ascensão dos partidos socialistas. E a Rússia vivia sua grande Revolução (1917).
Eclodiam, entre os trabalhadores, reivindicações de melhores condições de trabalho,
saúde, habitação e educação, remanescentes da luta do século anterior.
Cabe observar que até meados da década de 1950, de acordo com os autores Wey
(1983) e Penteado (1984), a prática de Relações Públicas limitava-se a poucas
actividades. Além disso, “confundiam-se Relações Públicas com relações sociais e
algumas empresas exibiam ‘profissionais’ que não tinham outras qualificações senão
um nome de família respeitável e um largo círculo de amizades influentes” (WEY,
1983, p. 34, grifo da autora). Embora dizendo serem casos extremos, Penteado critica as
Relações Públicas dessa época, dizendo que, em algumas indústrias, os encarregados
dessa actividade eram parentes próximos ou remotos dos seus proprietários e se
notabilizavam por uma absoluta falta de competência em qualquer outro ramo válido
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das actividades da empresa. Transformava-se assim uma profissão em sinecura, em um
agradável ‘não ter o que fazer’ bem remunerado” (WEY, 1984, p. 14).
As relações públicas têm uma história rica e interessante que remonta a muitos séculos.
No entanto, a prática moderna de relações públicas como a conhecemos hoje começou a
ganhar forma no final do século XIX e início do século XX.
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O primeiro momento (l882-1948) chamado de "emergência da profissão", pois os fatos
registados naquele período assim o justificam; o segundo momento (1949-l968) de
"consolidação", porque os acontecimentos históricos e evolutivos tanto em nível
mundial como no Brasil assim o requerem; o terceiro momento (1969-1980) de
"aperfeiçoamento", pois especificamente, no Brasil, apesar dos fatos adversos da
sociedade, é o período em que a profissão é regulamentada, bem como, é nessa época
que proliferam os cursos de graduação na área e surge a pós-graduação em
Comunicação Social com área de concentração em Relações Públicas. O quarto
momento (de l98l até os dias atuais) chama de "fundamentação teórica/científica", pois
é o período em que se intensifica a discussão e produção científica na área, a despeito
dos acontecimentos que têm colocado o país em situação de completa desigualdade com
os países do primeiro mundo.
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Terceiro Momento - APERFEIÇOAMENTO (1969-1980)
Escolheu-se essa denominação para esse período porque aconteceram fatos que
marcaram bastante nossa sociedade, em todos os sectores. Foi nessa época que o
Conselho Federal de Educação impôs duas resoluções para o ensino de Comunicação
Social (11/69 e 03/78); também foi nesse período que os cursos de Pós-Graduação em
Comunicação Social iniciam suas actividades, assim como é nessa fase que o Brasil
vive "o milagre económico".
Durante o século XX, as práticas das relações públicas evoluíram para se tornar uma
parte essencial das estratégias de comunicação das organizações, governos e figuras
públicas. Com o avanço da tecnologia e a globalização, as relações públicas tornaram-se
ainda mais complexas e abrangentes, incorporando médias sociais, marketing digital e
gestão de crises.
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2.2. Contexto da origem do curso e dos primeiros profissionais de
Relações públicas
Estudos realizados por James Grunig, grande estudioso da área, apontam que as
Relações Públicas surgiram há mais de 5 mil anos na aristocracia da China de forma
rudimentar. Porém, as relações públicas como campo profissional são estudadas a partir
do início do século XX, ou seja, há cerca de 100 anos. Como podemos ver, esse campo
de estudo é relativamente recente.
Ele surgiu nos EUA a partir da necessidade que as empresas viram de se comunicar com
seus públicos para gerar uma imagem positiva. Naquela época, estava em andamento
uma era acelerada de crescimento, marcada pela mecanização dos processos e
exploração dos trabalhadores.
Edward Bernays e Ivy Lee, foram figuras chave na formação dos primeiros
profissionais de Relações Públicas. Eles contribuíram significativamente para a
definição dos princípios e técnicas que fundamentam a prática moderna de Relações
Públicas.
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Ivy Lee fundou seu próprio escritório de relações públicas e trabalhou para grandes
corporações para melhorar sua imagem e aumentar seus lucros. Ele reinventou a forma
como as organizações se colocavam no mundo.
Isso sedimenta até hoje a forma como as relações públicas são vistas pelos estudiosos
em comunicação: uma actividade para optimizar a relação entre públicos e empresas,
com o objectivo de melhorar a experiência desses públicos.
Edward Louis Bernays é também considerado um dos “pais” das Relações Públicas.
Terá sido este o autor do primeiro livro da disciplina das Relações Públicas, em 1919, e
foi ainda o primeiro a leccionar a disciplina de Relações Públicas, no caso, na
Universidade de Nova Iorque (Pato, 2009). Segundo Cabrero e Cabrero, 2001, terá sido
este a estabelecer os princípios, a ética e as bases profissionais das Relações Públicas, o
que levou a que os mais variados tipos de organizações começassem a aceitar e a
utilizar as suas ideias.
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Assim, Edward Bernays teve um papel fundamental no contexto histórico do
nascimento das Relações Públicas, uma vez que a sua determinação em busca de regras
e ética levou a que o Relações Públicas adquirisse o estatuto de uma “necessidade
institucional”, ou seja, “uma profissão requerida por qualquer organização, seja ela
financeira, política, religiosa, etc., para conseguir obter, como objecto final, a persuasão
da Opinião Pública.” (Cabrero e Cabrero, 2001:130).
Gurgel (1985) conta que em 1897, o assunto dos caminhos-de-ferro nos Estados Unidos
estava na ordem do dia e que a Associação das Estradas de Ferro dos Estados Unidos
terá empregado, pela primeira vez, a expressão Relações Públicas tal como nos
referimos a estas nos dias de hoje.
Isto era útil quer aos empresários que começavam a lidar com outras empresas
concorrentes, com manifestações e greves dos seus funcionários que colocavam o nome
da empresa em causa, quer aos políticos e aos partidos políticos que tinham os seus
opositores.
A primeira actividade de Ivy Lee como profissional de Relações Públicas surgiu então
em 1906 durante uma greve numa empresa que actuava no sector da indústria de carvão.
Durante este tumulto, Lee teve um papel muito importante e que veio mudar o
paradigma relativo à forma como se olhava para os públicos. Lee, de uma forma
inovadora, veio defender a ideia de que “o público deve ser informado” (Pato, 2009).
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É no seguimento desta ideia que o profissional de Relações Públicas criou o seu
primeiro modelo de actividade, que, segundo Ivy Lee, tem como ideia chave o seguinte:
Ou seja, Ivy Lee, centra os seus objectivos em prol do bem das empresas e das
organizações no diálogo com os públicos e com os assuntos que realmente interessam
aos públicos.
Em 1916, Ivy Lee dá um enorme passo na história das Relações Públicas ao criar uma
empresa de consultoria de Relações Públicas. Começa assim a ganhar relevo o papel
social dos negócios e começa a notar-se que a imagem e o seu tratamento têm um papel
importante para a evolução social da empresa, assim como para a evolução dos bons
resultados (Pato, 2009). Com isto, começam a surgir os sindicatos como forma de
facilitar o diálogo e a este propósito Cabrero e Cabrero, (2001:20) diz que “esta
actividade de alta direcção está orientada para conseguir a credibilidade e confiança dos
públicos, mediante negociações pessoais”.
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2.3. Principais desafios da área das Relações Públicas
Alguns dos principais desafios enfrentados pela área de relações públicas incluem:
Gestão de Crises
Transparência e Credibilidade
Gestão de Reputação
Avaliação de Impacto
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Diversidade e Inclusão
Velocidade da Informação
Integração Multicanal
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2.4. Principais literaturas do campo das relações públicas
As principais literaturas do campo das relações públicas incluem obras que abordam
teorias da comunicação, estratégias de relações públicas, gestão de crises e marketing.
As revistas académicas especializadas e publicações de associações profissionais são
fontes importantes de literatura sobre o tema. Algumas obras importantes no campo das
relações públicas incluem:
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2.5. O contexto das relações públicas em Moçambique
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Em paralelo, existe também o Gabinete de Imprensa da Presidência da República que é
da exclusiva tutela do Chefe de Estado. O Adido de Imprensa, que dirige o Gabinete de
Imprensa do Presidente da República, é o responsável pela comunicação da Ponta
Vermelha, sede oficial do governo, e reporta as suas actividades directamente ao
Presidente. Tal como em muitos países ocidentais, a comunicação do governo de
Moçambique está centrada numa elite profissional e política que controla a informação
e a sua disseminação. Também nas democracias recentes, a comunicação do governo é
controlada e usada estrategicamente para exercer o poder (Bennett, 2001:16).
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Além disso, as organizações não-governamentais em Moçambique frequentemente
utilizam estratégias de relações públicas para promover causas sociais, angariar fundos e
aumentar a conscientização sobre questões importantes, como saúde, educação e
desenvolvimento comunitário.
No contexto empresarial, as relações públicas são essenciais para gerir a reputação das
empresas, estabelecer e manter relacionamentos com os stakeholders, lidar com crises e
promover uma comunicação eficaz tanto interna quanto externamente.
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3. Conclusão
Chegado ao fim do nosso trabalho, o grupo concluiu que, as actividades que hoje
associamos a Relações Públicas têm raízes históricas que remontam a civilizações
antigas, mas a prática moderna de Relações Públicas como uma disciplina organizada
começou a emergir no início do século XX. Um marco importante na história das
relações públicas foi a criação, em 1904, por Ivy Lee, considerado o pai das relações
públicas modernas, da primeira agência de relações públicas nos Estados Unidos.
Edward Bernays e Ivy Lee, foram figuras chave na formação dos primeiros
profissionais de Relações Públicas. Eles contribuíram significativamente para a
definição dos princípios e técnicas que fundamentam a prática moderna de Relações
Públicas. A actividade de Relações Públicas representava à época uma solução
necessária na ligação entre as entidades com a sociedade, já que as suas técnicas e
métodos permitiam aos políticos e empresários tornarem-se mais próximos com as
comunidades locais. Os desafios são situações ou problemas que exigem esforço,
habilidade e criatividade para serem superados. Na área de relações públicas, os
desafios podem se manifestar como obstáculos que os profissionais precisam enfrentar e
resolver para alcançar seus objectivos, seja na gestão da reputação, na comunicação
eficaz com o público ou na adaptação a mudanças no ambiente mediático e social. Em
Moçambique, as relações públicas desempenham um papel significativo no contexto
empresarial, governamental e social. Com o crescimento económico do país e o
aumento da presença de empresas nacionais e internacionais, a importância das relações
públicas para construir e manter a reputação das organizações tem crescido.
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4. Referências Bibliográficas
Autores
Wey (1983). Penteado (1984). Black, (2006). Boiry, (1998). Pato, (2009). Cabrero e
Cabrero, (2001). Black, (2006). Gurgel (1985). Bland,(1994). CHAUMELY &
HUISMAN12. Bennett, (2001:16).
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