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DE PROJETOS SOCIAIS
1ª Edição
Indaial - 2021
UNIASSELVI-PÓS
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Diagramação e Capa:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
ISBN 978-65-5646-200-4
ISBN Digital 978-65-5646-196-0
CDD 338.9
Impresso por:
Sumário
APRESENTAÇÃO.............................................................................5
CAPÍTULO 1
Conceitos Básicos Sobre Projetos e
Organizações do Terceiro Setor...............................................7
CAPÍTULO 2
Planejamento e Elaboração de Projetos Sociais................. 47
CAPÍTULO 3
Fontes de Recursos para Projetos Sociais...........................91
APRESENTAÇÃO
Caro acadêmico, o tema elaboração de projetos sociais é amplo. Nosso
objetivo, neste livro, é apresentar as noções básicas sobre esta atividade. Por
esse motivo, com certeza não conseguiremos esgotar o assunto, pois a bibliografia
é extensa e composta muitas vezes de manuais elaborados pelo próprio
financiador, ou ainda, deve seguir modelos descritos em editais de chamamento
de projetos. Por outro lado, muitas vezes o financiador solicita que um projeto seja
apresentado, por isso é importante saber o passo a passo de como elaborá-lo.
Nas disciplinas que você estudou na graduação e também ao longo do
curso de pós-graduação, você já obteve o conhecimento de alguns temas que
serão importantes nesta disciplina. Além do tema projetos sociais, vimos a
necessidade de situar os projetos dentro das organizações, por isso, no Capítulo
1, apresentaremos um pouco da história e evolução do terceiro setor e também o
conceito de projetos e qual a sua relação com as entidades de primeiro setor. Este
tema torna-se importante devido alguns editais exigirem que critérios específicos
sejam atendidos, como se a entidade é legalmente constituída, se possui
certificados e títulos de utilidades públicas, entre outros.
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Capítulo 1 CONCEITOS BÁSICOS SOBRE PROJETOS E ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Caro acadêmico, seja bem-vindo à disciplina de Gestão e Elaboração de
Projetos Sociais. Com certeza na sua profissão você já ouviu falar ou fez parte
de algum projeto. Quem atua no terceiro setor sabe o quanto é difícil manter as
atividades sem que se tenha bons projetos.
2 ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO
SETOR
Na literatura, os escritos sobre o terceiro setor são bem antigos. o terceiro setor se
O termo se origina da palavra caridade, originária de caritas, que origina da palavra
em latim significa amor ao próximo. Hudson (1999) coloca que o caridade, originária
surgimento do terceiro setor está atrelado às primeiras civilizações de caritas, que em
latim significa amor
egípcias, pois estas desenvolveram um severo código moral com base
ao próximo.
na justiça social e que a partir deste código as pessoas passaram a
se preocupar em ajudar o próximo. Outros autores também associam o termo
à palavra filantropia, de origem grega, cujo significado é boa vontade com as
pessoas.
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Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
Num primeiro momento parece que estamos falando de algo novo, recente,
mas não, o terceiro setor é antigo. Essa expressão surgiu no Brasil no final da
década de 1980 e início dos anos 1990 e representava o conjunto de entidades
da sociedade civil sem fins lucrativos, representado pelas Santas Casas de
Misericórdia, hospitais filantrópicos e movimentos sociais conhecidos como
Organizações Não Governamentais, nomenclatura adotada no Brasil para
identificar grande parte das entidades que também integram o terceiro setor
(KISIL, 2002; SCHEUNEMANN; RHEINHEIMER; 2009).
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Capítulo 1 CONCEITOS BÁSICOS SOBRE PROJETOS E ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
FONTE: <https://www.santacasasp.org.br/portal/site/
quemsomos/historico>. Acesso em: 1º mar. 2020.
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Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
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Capítulo 1 CONCEITOS BÁSICOS SOBRE PROJETOS E ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
Juridicamente esse setor ainda não é reconhecido, por isso, não apresenta
um conceito específico para ele. Entretanto, ele tem ganhado mais espaço e
reconhecimento pelas legislações que regulam suas atividades. Alguns autores,
como Paes (2003, p. 88), já constituíram um conceito para terceiro setor,
definindo-o como sendo “aquele que não é público nem privado, no sentido
convencional destes termos, porém guarda relação simbiótica com ambos, na
medida em que ele deriva sua própria atividade da conjugação entre a metodologia
deste com as finalidades daquele”.
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Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
Segundo Hudson (1999, p. 11), o termo Terceiro Setor tem algo em comum
com o setor público, já que suas atividades não geram lucros e procuram atuar
em prol do bem comum. Algo a mais em relação ao Estado é que o referido setor
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Capítulo 1 CONCEITOS BÁSICOS SOBRE PROJETOS E ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
não está sujeito a controle político direto e tem independência para determinar
seu próprio futuro.
FONTE: A autora
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Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
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Capítulo 1 CONCEITOS BÁSICOS SOBRE PROJETOS E ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
FONTE: <http://pequenoprincipe.org.br/hospital/a-mantenedora/>.
Acesso em: 15 mar. 2020.
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Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
Ano Evolução
1916 Lei nº 3.071 – OSC como pessoa jurídica.
1935 Lei nº 91 – OSCs como utilidade pública.
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Capítulo 1 CONCEITOS BÁSICOS SOBRE PROJETOS E ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
1959 Lei nº 3.577 – OSCs com certificação de Entidade sem fins filantrópi-
cos.
Fundação da ABONG.
1995 Fundação do GIFE.
1997 Criação das RITS (Rede de Informação para o Terceiro Setor)
1998 Lei nº 9.608 – Lei do voluntariado.
1999 Decreto nº 2.999, que dispõe sobre o Conselho da Comunidade
Solidária.
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Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
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Capítulo 1 CONCEITOS BÁSICOS SOBRE PROJETOS E ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
faz com que sua utilização muitas vezes mais confunda do que
explique. Ainda mais se for levado em conta o pensamento
predominante, segundo o qual não existe, ainda, no âmbito
do sistema normativo brasileiro, uma definição jurídica de
Terceiro Setor (MÂNICA, 2007, p. 3, grifos nossos).
Segundo Hudson (1999, p. 7), “existem vários nomes que de um modo geral
fazem parte deste setor. Cada um deles estabelece fronteiras diferentes”. No
Brasil, o código civil faz a diferenciação entre as pessoas físicas e jurídicas. As
pessoas jurídicas são formadas por um grupo de pessoas físicas que se juntam
para determinado fim. Elas se dividem em: direito interno, formado por empresas
de direito público (União, estados, municípios, Distrito Federal, Autarquias) e as
chamadas empresas de direito privado (fundações, Associações, Sociedades,
partidos políticos); e direito externo, formadas por empresas estrangeiras
(governos estrangeiros e organismos internacionais, ONU, OMS, entre outros).
2.3.1 Associações
As associações são formadas por um grupo de pessoas físicas que se
unem em prol de uma causa ou objetivo comum. De acordo com Szazi (2016, p.
27), trata-se de “uma pessoa jurídica criada a partir da união de ideias e esforços
de pessoas em torno de um propósito que não tenha finalidade lucrativa”. Essas
organizações, de acordo com o Art. 53, não podem visar lucro, e necessitam ter
um estatuto social, elaborado de acordo com as obrigações estabelecidas pelo
código civil (BRASIL, 2002).
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Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
Estatuto Social
FONTE: <http://www.portaldecontabilidade.com.br/obrigacoes/
estatutocontratosocial.htm>. Acesso em: 16 mar. 2020.
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Capítulo 1 CONCEITOS BÁSICOS SOBRE PROJETOS E ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
2.3.2 Fundações
As fundações precisam ser constituídas a partir de um patrimônio
determinado, que fará parte de um fundo com um propósito. Geralmente,
a constituição de uma fundação parte, por exemplo, de um capital deixado
por alguém para que seja utilizado no desenvolvimento de um projeto social,
educacional ou de pesquisa. Nesse caso, o instituidor deverá manifestar sua
vontade de forma clara e especificar a que o patrimônio apresentado por escritura
pública ou testamento se destina.
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Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
FONTE: <https://www.fundacaodorina.org.br/a-fundacao/quem-somos/>.
Acesso em: 20 mar. 2020.
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Capítulo 1 CONCEITOS BÁSICOS SOBRE PROJETOS E ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
http://www.fundacaogrupoboticario.org.br/pt/conservacao-biodiversidade/
Paginas/Apoio-a-projetos.aspx.
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Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
Você já teve ter observado que assim como as ONGs, o termo instituto está
presente no nome fantasia de algumas entidades, porém, elas não caracterizam
propriamente uma pessoa jurídica, podendo ser utilizadas tanto por entidade
governamental pública ou privada, como também por aquelas com fins lucrativos,
não lucrativos e filantrópicas, sob a forma de fundação ou associação. Geralmente,
podemos encontrar essa denominação associada às entidades cujas ações são
na área da educação e pesquisa ou à produção científica como: Instituto Ayrton
Senna (educação); Instituto Natura (educação); Instituto Brasileiro de Pesquisa e
Análise de Dados, entre outros.
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Capítulo 1 CONCEITOS BÁSICOS SOBRE PROJETOS E ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
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Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
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Capítulo 1 CONCEITOS BÁSICOS SOBRE PROJETOS E ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
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Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
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Capítulo 1 CONCEITOS BÁSICOS SOBRE PROJETOS E ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
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Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
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Capítulo 1 CONCEITOS BÁSICOS SOBRE PROJETOS E ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
Só pelo fato de a entidade ser uma OSCIP estes direitos estão garantidos?
Não, a entidade também deverá atender alguns requisitos que são estabelecidos
por lei, como instrumento de constituição registrado em cartório, CNPJ, ata de
eleição de diretoria, relatório de atividades, Certificado de Entidade Beneficente
de Assistência Social (CEBAS), entre outros, como as comprovações de
regularidades fiscais em nível municipal, estadual e federal (LISBOA, 2013).
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Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
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Capítulo 1 CONCEITOS BÁSICOS SOBRE PROJETOS E ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
FONTE: A autora
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Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
O plano é um
Podemos verificar na figura anterior que o planejamento poderá
documento que
resulta de um ser desdobrado em plano, programa ou projetos.
planejamento.
O plano é um documento que resulta de um planejamento e
consolida as decisões tomadas pelos gestores em determinado momento para
alcançar os objetivos da entidade. Ele tem maior abrangência e objetivos amplos.
A implementação de planos geralmente é flexível, objetiva e prática, bem como
condizente com as necessidades e capacidade existente na entidade. Assim,
esse plano pode ser de curto e médio prazo (quinzenal, mensal, trienal e/ou
semestral) (CURY, 2001).
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Capítulo 1 CONCEITOS BÁSICOS SOBRE PROJETOS E ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
Armani (2002, p. 18) ainda afirma que o “projeto social é uma ação social
planejada, estruturada em objetivos, resultados e atividades baseados em uma
qualidade limitada de recursos (humanos, materiais e financeiros) e tempo”.
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Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
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Capítulo 1 CONCEITOS BÁSICOS SOBRE PROJETOS E ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
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Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
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Capítulo 1 CONCEITOS BÁSICOS SOBRE PROJETOS E ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
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Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
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Capítulo 1 CONCEITOS BÁSICOS SOBRE PROJETOS E ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Caro acadêmico, chegamos ao final do Capítulo 1 dessa disciplina. No
Capítulo 2 estudaremos a construção do projeto social. Nesse capítulo vimos
como o terceiro setor é importante no dia a dia de comunidades mais vulneráveis,
e acabam por complementar as ações que, embora não sejam cumpridas na
íntegra, ainda são de sua responsabilidade.
Com certeza você deve ter percebido que as considerações feitas sobre o
terceiro setor são mais extensas do que foram apresentadas nesse livro, porém,
nosso objetivo nessa disciplina não se resume ao aprofundamento sobre o terceiro
setor. Nosso objetivo nesse capítulo foi de relembrar de forma clara e objetiva
alguns acontecimentos e fatos que marcaram o surgimento dessas entidades.
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Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
REFERÊNCIAS
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Capítulo 1 CONCEITOS BÁSICOS SOBRE PROJETOS E ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
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Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
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C APÍTULO 2
PLANEJAMENTO E ELABORAÇÃO DE
PROJETOS SOCIAIS
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Capítulo 2 PLANEJAMENTO E ELABORAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Agora que você já estudou sobre as entidades do terceiro setor para entender
como os projetos sociais são importantes para que estas entidades sejam
sustentáveis e qual o papel que elas representam na sociedade, neste capítulo
estudaremos de forma detalhada como planejar e quais as etapas de um projeto
social.
No decorrer dos seus estudos, você poderá observar que os projetos sociais
não são fixos, eles podem sofrer alterações sempre que for necessário para
atingir seus objetivos.
2 ROTEIRO DE ELABORAÇÃO DO
PROJETO
A redação da proposta ou projeto social deve ser um roteiro básico de
questões que precisam ser respondidas de forma lógica, em que as ideias e os
pensamentos possam se transformar em ações e atividades de um projeto que
incorrerá em resultados.
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Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
precisará utilizar todas, mas deverá observar quais etapas são necessárias
para o atendimento de suas necessidades e do que está sendo exigido naquele
momento.
Um projeto não se constrói sozinho, ele também não nasce da noite para o
dia. Para realizarmos um bom planejamento, é importante realizar inicialmente
uma reunião com um pequeno grupo para troca de ideias sobre as necessidades
e/ou desafios a serem superados.
Partindo do princípio de que um projeto deve ter início, meio e fim, na figura a
seguir, poderemos observar algumas etapas que compõem um projeto.
Quadro de
Metas
2.1 APRESENTAÇÃO
Nesta capa você A apresentação do projeto contempla alguns subitens muito
deverá apresentar: importantes para atrair a atenção e o interesse do leitor, financiador
nome da entidade,
ou investidor. Assim, todo projeto deverá apresentar uma capa.
título do projeto,
cidade e data. Nesta capa você deverá apresentar: nome da entidade, título do
A capa tem a função projeto, cidade e data.
de identificar o
projeto.
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Capítulo 2 PLANEJAMENTO E ELABORAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS
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Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
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Capítulo 2 PLANEJAMENTO E ELABORAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS
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Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
FONTE: A autora
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Capítulo 2 PLANEJAMENTO E ELABORAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS
a) Entrevista semiestruturada
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Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
b) Caminhada Transversal
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Capítulo 2 PLANEJAMENTO E ELABORAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS
registro fotográfico, para que depois possa ser realizado um comparativo entre o
antes e o depois (SILVA et al., 2014).
c) Mapa Participativo
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Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
d) Linha do Tempo
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Capítulo 2 PLANEJAMENTO E ELABORAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS
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Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
FONTE: <http://www.arrudaconsult.com.br/2019/01/matriz-de-relevancia-
x-urgencia-aprenda.html>. Acesso em: 15 maio 2020.
g) Matriz FOFA
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Capítulo 2 PLANEJAMENTO E ELABORAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS
FONTE: <https://rockcontent.com/blog/como-fazer-uma-
analise-swot/>. Acesso em: 15 maio 2020.
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Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
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Capítulo 2 PLANEJAMENTO E ELABORAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS
De acordo com Cury (2001, p. 45), “não é fácil formular objetivos, mas sua
elaboração e delimitação, sua clareza e legitimidade são fundamentais para o
êxito de qualquer projeto, já que será em função dos objetivos traçados que todas
as ações serão pensadas, executadas e avaliadas”.
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Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
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Capítulo 2 PLANEJAMENTO E ELABORAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS
Exemplo 2:
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Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
2.2.4 Público-Alvo
O próximo passo consiste em apresentar a descrição do público-alvo. No
projeto, o público-alvo geralmente é apresentado de duas formas: direto e indireto.
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Capítulo 2 PLANEJAMENTO E ELABORAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS
FONTE: A autora
As ações muitas
As ações muitas vezes também recebem o nome de atividades, vezes também
estratégias, ou operações, mas independente da nomenclatura recebem o nome
adotada, representa o conjunto de atividades práticas que serão de atividades,
desenvolvidas para cada um dos objetivos. Cada objetivo específico estratégias, ou
poderá ter uma ou mais ações. operações.
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Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
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Capítulo 2 PLANEJAMENTO E ELABORAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS
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Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
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Capítulo 2 PLANEJAMENTO E ELABORAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS
Aulas semanais do
módulo específico:
agricultura orgânica.
Visitar experiências Visitas realizadas Conhecimento de Ônibus Abril 2020
de cooperativas in loco de comu- experiências con-
ligadas à produção nidades de produ- cretas de coletiv-
orgânica tores orgânicos idade e produção
sustentável
Cultivo de alimentos Preparo da terra Conhecimento e Insumos Abril, maio, jun-
utilizando apenas e de fertilizantes prática na área de necessários na ho e julho 2020
insumos sustentáveis sem uso de produção orgânica preparação do
agrotóxicos sustentável de solo dos fertili-
85% dos partici- zantes orgânicos
pantes
FONTE: A autora
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Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
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Capítulo 2 PLANEJAMENTO E ELABORAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS
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Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
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Capítulo 2 PLANEJAMENTO E ELABORAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS
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Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
Material de escritório
2 Computadores
1 Impressora a laser colorida
2 Mesas
1 Arquivo com quatro gavetas
Equipamentos de campo
Almoços
Mochilas
Capas de chuvas
1 veículo traçado (4x4)
Manutenção
Combustível
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Capítulo 2 PLANEJAMENTO E ELABORAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS
Subtotal
Pesquisa
4 Bolsas de estudo para pesquisa
Subtotal
Divulgação do projeto
Workshops para 30 pessoas
Material de expediente
Impressão
Outras despesas
Treinamentos da equipe do projeto
Taxa administrativa do projeto (10%)
Total (R$)
FONTE: A autora
1 Que ideia legal que você desenvolveu, mas qual será o valor
que é necessário captar para colocá-lo em prática? Apresente o
orçamento que você elaborou para o seu projeto.
R.: ____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
__________________________________________________.
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Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
Outra forma muito utilizada é usar períodos de tempo sem que sejam
mencionadas as respectivas datas. Normalmente, utiliza-se para identificar os
meses o projeto de numeração de 1 a 12, correspondendo aos meses do ano.
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Capítulo 2 PLANEJAMENTO E ELABORAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS
FONTE: A autora
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Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
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Capítulo 2 PLANEJAMENTO E ELABORAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS
3 AVALIAÇÃO DO PROJETO
A avaliação é uma forma de realizarmos o acompanhamento contínuo do
projeto. A avaliação é uma atividade intermediária que acompanha o projeto
desde a elaboração e principalmente durante o processo de execução.
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Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
Além disso, por que avaliar os projetos? Nem sempre a avaliação é vista
como sendo algo bom, geralmente as pessoas associam a avaliação a um
processo punitivo, ou até mesmo de encontrar erros, mas não. A avaliação não
é realizada com esse objetivo. Ela é necessária, pois permite examinar o projeto
para ver até que ponto ele representa uma experiência válida, que merece ser
executada e/ou replicada (PAZ, 2007; STEPHANOU; MÜLLER; CARVALHO,
2003).
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Capítulo 2 PLANEJAMENTO E ELABORAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS
Avaliar um projeto social não é uma tarefa fácil. Uma coisa é avaliar, por
exemplo, um produto novo que será lançado por uma empresa no mercado. Outra
é avaliar um projeto social, considerando que de alguma forma este influenciou
a vida das pessoas ou mudou um cenário de uma comunidade. Observe nos
exemplos que utilizamos, no caso do produto, quando avaliamos um produto e
ele não apresentou nenhum defeito, ótimo, foi aprovado, mas no caso do projeto
social é importante que a fase de avaliação acompanhe o projeto desde o seu
início até o seu fim.
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Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
1 Apresentação:
2 Justificativa:
3 Objetivo(s):
4 Público-alvo:
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Capítulo 2 PLANEJAMENTO E ELABORAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS
5 Metas e indicadores:
6 Metodologia:
7 Equipe e parceiros:
8 Orçamento:
MATERIAIS ORÇADOS
Total2
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Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
9 Cronograma:
ETAPAS DURAÇÃO
Início Término
10 Avaliação:
Local e data.
Assinatura do elaborador.
Assinatura do representante legal da entidade.
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Capítulo 2 PLANEJAMENTO E ELABORAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS
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Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Chegamos ao final desse capítulo. Aqui, nosso objetivo foi apresentar de
forma detalhada todas as etapas a serem seguidas na elaboração do projeto
social. Você pode verificar que uma etapa depende da outra, trata-se de uma
sequência lógica para apresentação dos itens necessários em uma proposta de
projeto.
REFERÊNCIAS
ARMANI, D. Como elaborar projetos? Guia prático para elaboração e gestão de
projetos sociais. Porto Alegre: Tomo Editorial, 2002.
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Capítulo 2 PLANEJAMENTO E ELABORAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS
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Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
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C APÍTULO 3
FONTES DE RECURSOS PARA
PROJETOS SOCIAIS
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Capítulo 3 FONTES DE RECURSOS PARA PROJETOS SOCIAIS
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Chegamos ao Capítulo 3 deste livro de estudos. Nos capítulos anteriores
tivemos inicialmente a oportunidade de compreender o contexto das entidades
do terceiro setor e sua relação com os projetos para a continuidade de suas
atividades. Também estudamos as etapas que compreendem a elaboração de
projetos sociais e vimos que se trata de uma sequência lógica. A ausência de uma
das etapas poderá comprometer o resultado final do projeto.
2 O QUE É A CAPTAÇÃO DE
RECURSOS?
Nos dias atuais é muito comum verificar que a entidade sem fins lucrativos
tem recorrido à captação de recursos para manter a sustentabilidade financeira
de suas atividades. Nesse contexto, a captação de recursos tem o papel de
garantir que a instituição atenda a seus objetivos, como também contribui para
que a instituição divulgue os seus trabalhos junto à sociedade.
93
Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
“Mobilizar recursos”
não diz respeito Vamos ver alguns conceitos sobre mobilização de recursos:
apenas a assegurar
“Mobilizar recursos” não diz respeito apenas a assegurar
recursos novos recursos novos ou adicionais, mas também à otimização (como
ou adicionais, fazer melhor uso) dos recursos existentes (aumento da eficácia
mas também à e eficiência dos planos); à conquista de novas parcerias e à
otimização (como obtenção de fontes alternativas de recursos financeiros. É
fazer melhor uso) importante lembrar que o termo “recursos” se refere a recursos
dos recursos financeiros ou “fundos”, mas também a pessoas (recursos
existentes. humanos), materiais e serviços (GRUPO DE ESTUDO DO
TERCEIRO SETOR, 2002, p. 14, grifos nossos).
94
Capítulo 3 FONTES DE RECURSOS PARA PROJETOS SOCIAIS
95
Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
96
Capítulo 3 FONTES DE RECURSOS PARA PROJETOS SOCIAIS
97
Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
98
Capítulo 3 FONTES DE RECURSOS PARA PROJETOS SOCIAIS
99
Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
3 FONTES DE MOBILIZAÇÃO DE
RECURSOS
Para algumas organizações, a mobilização de recursos é considerada um
desafio, e ao mesmo tempo, é uma necessidade para que ela mantenha sua
sustentabilidade. O grande desafio na busca por recursos disponíveis é que
geralmente não há um planejamento para essa atividade, realizando-a às vezes
de forma emergencial para cobrir o caixa num curto período de tempo. Entretanto,
a busca por recursos deve ser uma atividade estratégica e contínua, com base no
fortalecimento das relações (SANTOS et al., 2013).
100
Capítulo 3 FONTES DE RECURSOS PARA PROJETOS SOCIAIS
FONTE: A autora
101
Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
FONTE: <https://observatorio3setor.org.br/noticias/toda-osc-precisa-de-
um-plano-de-captacao-de-recursos/>. Acesso em: 30 jul. 2020.
102
Capítulo 3 FONTES DE RECURSOS PARA PROJETOS SOCIAIS
103
Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
Construir
104
Capítulo 3 FONTES DE RECURSOS PARA PROJETOS SOCIAIS
FONTE: <http://painel.siganet.net.br/upload/0000000002/cms/
images/editor/files/Educa%C3%A7%C3%A3o/Manuais/MANUAL-DE-
CAPTA%C3%87%C3%83O-DE-RECURSOS.pdf>. Acesso em: 4 dez.
2020.
105
Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
106
Capítulo 3 FONTES DE RECURSOS PARA PROJETOS SOCIAIS
Importân-
Desempenho
cia
Fatores Grande Grande
Força Neutra Fraqueza G M P
Fraqueza
Força
Capacidade de
X X
atendimento
Demanda pelos
X X
serviços prestados
Satisfação do públi-
X X
co-alvo
Crescimento do
número de contribu- X X
intes
Renovação das con-
X X
tribuições
Dedicação dos fun-
X X
cionários
Administração X X
FONTE: Goldschmidt e Calfat (2008, p. 19)
107
Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
108
Capítulo 3 FONTES DE RECURSOS PARA PROJETOS SOCIAIS
FONTE: A autora
109
Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
110
Capítulo 3 FONTES DE RECURSOS PARA PROJETOS SOCIAIS
Nos dias atuais, a tecnologia nos conecta com o mundo, não é mesmo?
Assim, já é possível encontrar plataformas na web voltadas para o e-commerce
desse tipo de produto. A plataforma Pono55 é um dos exemplos encontrados.
FONTE: <https://www.institutoacervo.org.br/loja-acervo-do-bem-vende-produtos-doados-
para-ajudar-projetos-sociais-da-ong-instituto-acervo/>. Acesso em: 15 jul. 2020.
111
Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
FONTE: <http://setor3.com.br/plataforma-vende-produtos-de-ongs/>.
Acesso em: 30 jun. 2020.
Essa venda de Essa venda de serviços também pode ser realizada a partir
serviços também
das experiências exitosas de gestão, ou seja, poderá replicar sua
pode ser realizada
a partir das expertise e sua metodologia de intervenção social para outros
experiências públicos, em forma de capacitação e/ou consultoria, podendo até no
exitosas de gestão. futuro se tornar um negócio social.
112
Capítulo 3 FONTES DE RECURSOS PARA PROJETOS SOCIAIS
Negócio social
FONTE: <https://institutolegado.org/blog/ong-e-negocio-social-entenda-a-
diferenca/>. Acesso em: 15 jul. 2020.
113
Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
FONTE: <https://blog.abacashi.com/como-engajar-uma-campanha-de-
causa-social/>. Acesso em: 4 dez. 2020.
114
Capítulo 3 FONTES DE RECURSOS PARA PROJETOS SOCIAIS
Como é o produto?
FONTE: <http://www.golspelavida.org.br/sobre_a_medalha.pt-br.php>.
Acesso em: 4 dez. 2020.
FONTE: <http://www.golspelavida.org.br/images/site/
certificado_ouro.jpg>. Acesso em: 4 dez. 2020.
115
Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
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Capítulo 3 FONTES DE RECURSOS PARA PROJETOS SOCIAIS
Além dos doadores pessoas físicas, você também deverá prospectar doações
com as empresas. A base do relacionamento é a mesma, porém, é preciso que
a causa e/ou projeto esteja de acordo com os valores da empresa. É importante
que você saiba reconhecer quem são os potenciais doadores empresariais. Por
exemplo, se sou uma entidade cujas ações são de combate ao tabagismo, não
será possível solicitar doações e/ou patrocínios para uma fabricante de cigarros,
não é mesmo? Assim, estude cada uma das empresas antes de apresentar uma
proposta.
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Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
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Capítulo 3 FONTES DE RECURSOS PARA PROJETOS SOCIAIS
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Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
FONTE: <https://m.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/crowdfunding-
reune-financiadores-anonimos-de-projetos,8f0b54f77d76f410VgnVCM10000
04c00210aRCRD>. Acesso em: 4 dez. 2020.
120
Capítulo 3 FONTES DE RECURSOS PARA PROJETOS SOCIAIS
121
Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
FONTE: <https://impactosocial.esolidar.com/pt/2020/07/09/crowdfunding/>.
Acesso em: 5 ago. 2020.
FONTE: <https://m.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/crowdfunding-
reune-financiadores-anonimos-de-projetos,8f0b54f77d76f410VgnVCM1000
004c00210aRCRD>. Acesso em: 4 dez. 2020.
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Capítulo 3 FONTES DE RECURSOS PARA PROJETOS SOCIAIS
123
Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
Esses leilões podem ser presenciais e ocorrem com parceira realizada entre
a entidade e um profissional leiloeiro, ou, também, de forma virtual.
FONTE: <https://impactosocial.esolidar.com/pt/2020/01/16/leilao-
solidario/>. Acesso em: 30 jul. 2020.
124
Capítulo 3 FONTES DE RECURSOS PARA PROJETOS SOCIAIS
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Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
126
Capítulo 3 FONTES DE RECURSOS PARA PROJETOS SOCIAIS
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Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
FONTE: <https://www.filantropia.ong/informacao/captacao-de-recursos-via-
incentivos-fiscais>. Acesso em: 5 ago. 2020.
De acordo com Freller (2017), quando isso ocorre o governo abre mão de
receber os recursos na sua totalidade, como é o caso do imposto de renda, em
que pode haver uma dedução limitada a 1% para os impostos devidos pelas
empresas e 6% pelas pessoas físicas.
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Capítulo 3 FONTES DE RECURSOS PARA PROJETOS SOCIAIS
4 PRESTAÇÃO DE CONTAS
Há vários dilemas sobre a aplicação dos recursos para as entidades sem
fins lucrativos, sejam elas de origem governamental ou privada. Assim, é muito
importante que o processo de captação de recursos seja o mais transparente
possível. Uma das formas é prestar contas da aplicação dos recursos, tanto para
o público interno como para o público externo à entidade.
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Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
Direitos do doador
FONTE: <https://nossacausa.com/quais-os-motivos-para-apresentacao-de-
prestacoes-de-contas-no-terceiro-setor/>. Acesso em: 14 jul. 2020.
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Capítulo 3 FONTES DE RECURSOS PARA PROJETOS SOCIAIS
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Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
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Capítulo 3 FONTES DE RECURSOS PARA PROJETOS SOCIAIS
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Prezado acadêmico, chegamos ao final do Capítulo 3 do livro de estudos
Elaboração e Análise de Projetos Sociais. Nosso objetivo nesse capítulo foi lhe
apresentar um cenário que vem crescendo a cada ano e que necessita muito
de capacidade técnica tanto para realizar uma gestão eficiente dos recursos
como também para a realização de bons projetos que possam contribuir para a
sustentabilidade das ações.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, P. G.; PEREIRA, A. C. R. Por dentro do mapa das OSCS:
metodologia da base de dados (versão 2019). Nota Técnica n. 26. Brasília: IPEA,
2019.
133
Gestão e Elaboração de Projetos Sociais
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm.
Acesso em: 16 dez. 2020.
GETS. Grupo de estudos do terceiro setor. São Paulo: Graphbox Caran, 2002.
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Capítulo 3 FONTES DE RECURSOS PARA PROJETOS SOCIAIS
SANTOS, A. dos et al. Captação de recursos para projetos sociais. Série por
dentro das ciências sociais. Curitiba: InterSaberes, 2013.
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