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cultural
E MOBILIZAÇÃO
DE RECURSOS
MANUAL PRÁTICO DE
ELABORAÇÃO DE PROJETOS
Bibliografia.
ISBN 978-65-00-63923-0
23-147470 CDD-306.47
Índices para catálogo sistemático:
REALIZAÇÃO:
MINISTÉRIO DA
CULTURA
sumário
Prefácio, 8
Apresentação, 15
Capítulo 1: Atores Fundamentais, 19
Capítulo 2: Lei 8.313,
Capítulo 3: Elaboração de Projetos, 53
Capítulo 4: Responsabilidade Social, 105
Capítulo 5: Orçamento, 119
Capítulo 6: Captação de Recursos, 141
Capítulo 7: Prestação de Contas, 159
Capítulo 8: Anexos - IN 01/2023, 171
Sem a cultura, e a liberdade relativa que ela
pressupõe, a sociedade, por mais perfeita
que seja, não passa de uma selva. É por isso
que toda a criação autêntica é um dom para
o futuro.
Albert Camus
A expansão da produção cultural fez com que as atividades artísticas se
tornassem mais constantes e organizadas, impactando no desenvolvi-
mento da economia da cultura, refletindo também nos diversos setores.
Daniel Bender e eu, apaixonados pela cultura e pela arte, com longa tra-
jetória na produção cultural, fazemos questão de ressaltar os aspectos
positivos dessa atividade profissional. Esta obra apresenta um conteúdo
rico e oportuno – dividido entre teoria e prática. Não tenho dúvidas de
que foi preparada com dedicação e carinho para contribuir na jornada
dos interessados pela atividade cultural.
Adriana Donato
Especialista em Leis de Incentivo à Cultura
prefácio
O presente livro de Daniel Bender nos chega como
um necessário guia para os produtores culturais, em
especial aos que procuram se iniciar profissionalmen-
te nessa atividade de formatação de projetos culturais
com vistas à inscrição na Lei Federal n.º 8.313/1991, a
chamada Lei Rouanet.
Bender vem atuando no setor há muitos anos, já
tendo sido, inclusive, coordenador da Lei Estadual de
Incentivo à Cultura do Rio Grande do Sul, criada em
1991 e gerida pela Secretaria Estadual da Cultura do
Estado. Sua atividade principal tem sido de forma in-
dependente, como produtor cultural, consultor e ana-
lista de projetos culturais em vários estados, para go-
vernos, instituições, empresas públicas e privadas e
profissionais das artes e da cultura.
Com tal expertise e experiência, Bender tem mi-
nistrado cursos a produtores, artistas e interessados,
tendo eu mesmo feito um desses cursos, em uma
instituição cultural privada em Porto Alegre. Os cur-
sos são importantes, presenciais e a distância. Assim,
este manual surge também como ferramenta didáti-
10
Boa leitura!
Daniel Bender Ludwig
16
17
18
19
Atores
Funda-
mentais
capítulo
20
21
Gestor Cultural
Gestor cultural é o profissional que administra gru-
pos e instituições culturais, intermediando as relações
dos artistas e dos demais profissionais da área com o
poder público, as empresas patrocinadoras, os espaços
culturais e o público consumidor de cultura, ou que de-
senvolve e administra atividades voltadas para a cultura
em empresas privadas, órgãos públicos, organizações
não governamentais e espaços culturais (Avelar, 2008).
Produtor Cultural
O produtor cultural está relacionado ao lado mais
executivo, mais cotidiano de um projeto cultural, crian-
do e administrando diretamente eventos e projetos cul-
turais, intermediando as relações dos artistas e demais
profissionais da área com o poder público, as empresas
patrocinadoras, os espaços culturais e o público consu-
midor de cultura.
- elaborar projetos;
- captar recursos;
- dominar o uso das leis de incentivo à cul-
tura;
- estar atento a questões legais e jurídicas –
tais como o direito autoral;
- estar atento às características e às ferra-
mentas de marketing, bem como às novas
formas de divulgação;
- conhecer as limitações da burocracia;
- conhecer os fundamentos do planejamen-
to, do orçamento e ter noções de contabili-
dade;
- dinamizar os fazeres culturais;
- conjugar os fazeres culturais com os diver-
sos interesses em jogo;
- potencializar os fazeres culturais como fa-
tores de desenvolvimento da cadeia produ-
tiva do segmento.
25
Lei 8.313
capítulo
2
26
27
Ministério, secretarias,
instituições culturais
vinculadas e CNIC
A Lei 8.313, lei federal de incentivo à cultura, foi
promulgada em 1991 pelo governo federal e instituiu o
Programa Nacional de Apoio à Cultura (PRONAC). A lei,
desde sua criação, é conhecida como “Lei Rouanet”, por
conta de seu mentor, o diplomata Sérgio Paulo Rouanet,
à época secretário de Cultura da Presidência da Repú-
blica. Criada com o objetivo de incentivar o desenvolvi-
mento das atividades culturais no Brasil e até hoje em vi-
gor, ainda é o principal mecanismo de financiamento da
cultura brasileira. Durante esses anos, a lei passou por
diversas modificações, sempre visando acompanhar as
demandas da sociedade, a evolução das linguagens ar-
tísticas, bem como o aparecimento de novas platafor-
mas digitais e ferramentas de gestão.
A lei federal de incentivo à cultura é gerida pelo ór-
gão do governo federal que trata de ações em prol do
desenvolvimento do setor cultural brasileiro, como um
segmento produtivo da economia, um direito do cida-
dão para ter acesso a atividades artísticas e culturais ou
símbolo que nos identifica como povo brasileiro. Hoje,
esse órgão é o Ministério da Cultura. A gestão da lei é
28
Doação e Patrocínio
Os investimentos na lei estão classificados em
duas categorias: DOAÇÃO e PATROCÍNIO. O Decreto
5.761/2006, que regulamentou a lei, em seu artigo 4º,
assim define essas categorias:
Lei 8.313/1991
O artigo 22 da Lei 8313/91 defende que os proje-
tos enquadrados nos objetivos deste dispositivo não
poderão ser objeto de apreciação subjetiva quanto ao
seu valor artístico ou cultural.
Decreto
11.453/2023, art. 49
Conforme o § 3º do art. 49º. do Decreto 11.453/2023, a
apreciação técnica de que trata o § 2º deverá verificar,
necessariamente, o atendimento das finalidades do
PRONAC, a adequação dos custos propostos aos prati-
cados no mercado, sem prejuízo dos demais aspectos
exigidos pela legislação aplicável, vedada a apreciação
subjetiva baseada em valores artísticos ou culturais.
Isso significa que uma opinião pessoal quanto ao tema
ou conteúdo de uma obra (seja livro, exposição de
arte, ritmo musical ou qualquer das expressões artís-
ticas admitidas) não pode ser levada em consideração
por nenhum dos técnicos, analistas ou pareceristas
que avaliam o projeto. A mesma determinação está
reforçada na Instrução Normativa (IN) 01/2023, em
seu artigo 2º, §1º.
35
Lei e instrumentos
infralegais
É fundamental a quem apresentar um projeto cul-
tural o conhecimento de toda a legislação que rege o
PRONAC, pois o proponente é o único responsável civil
pela utilização dos recursos destinados ao projeto. Além
da questão legal implicada, esse conhecimento garanti-
rá uma boa execução da ação proposta, com base nas
normas vigentes, bem como, por consequência, permiti-
rá a apresentação de uma prestação de contas clara que
comprove o fiel uso desses recursos públicos. Todos os
procedimentos que foram definidos para o PRONAC es-
tão nos seguintes documentos legais:
Instruções normativas
Legislação que estabelece procedimentos para
apresentação, recebimento, análise, aprovação, exe-
cução, acompanhamento, prestação de contas e ava-
liação de resultados de projetos culturais, relativos
ao mecanismo de incentivo a projetos culturais do
PRONAC. A instrução normativa pode ter um cará-
ter geral, incluindo todos os procedimentos sobre o
PRONAC ou, apenas, alterando algum procedimento
específico, de forma permanente ou temporária.
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/instrucao-normativa-
-minc-n-1-de-10-de-abril-de-2023-476028057?
Portarias
Documentos de ato administrativo que contêm
instruções acerca da aplicação de regras, normas de
execução de serviço e determinações da competência
de uma autoridade pública. Os projetos da Lei Fede-
37
Manuais
Conjunto de informações sobre determinados
procedimentos necessários ao cumprimento de uma
exigência contida na legislação. O Ministério da Cul-
tura utiliza o Manual de Marcas do PRONAC, o qual
regula a aplicação das marcas e publicidade dos pro-
jetos, e o Manual do Vale Cultura, responsável pela
regulamentação da aplicação de marcas e publicida-
de do governo federal.
http://leideincentivoacultura.cultura.gov.br/legislacao/
(Observação: Até o fechamento da edição, o site não está atualiza-
do com o novo decreto e a nova instrução normativa.)
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/ins-
trucao-normativa-minc-n-1-de-10-de-abril-
-de-2023-476028057?
40
Áreas culturais
contempladas
(artigo 18 versus
artigo 26)
Em princípio, todas os segmentos
culturais podem receber incentivos fis-
cais oriundos da Lei Rouanet. Porém, a
lei estabelece prioridades de concessão
de incentivo, considerando necessidades
históricas específicas de cada segmento.
Essa prioridade foi estabelecida pelo ní-
vel de renúncia fiscal oferecido aos inves-
tidores, uma vez que, quanto maior for o
retorno ao patrocinador, mais fácil torna-
-se a captação dos recursos destinados
aos projetos. Por isso, todos os projetos
recebem uma classificação pelos artigos
da lei que regulam tais percentuais. Essa
classificação está prevista nos artigos 18
e 26 desse dispositivo legal.
Algumas ações podem ser finan-
ciadas com 100% dos recursos oriundos
do incentivo fiscal, possibilitando que os
patrocinadores tenham 100% de retorno
41
Quem pode
ser proponente
Podem ser proponentes, apresentando projetos
para utilização dos benefícios fiscais da Lei Rouanet,
pessoas físicas e jurídicas, com ou sem fins lucrativos,
que comprovem atuação na área cultural.
As pessoas jurídicas devem possuir, também, uma
natureza cultural comprovada por meio da existência
nos registros do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica
(CNPJ), do(s) código(s) de Classificação Nacional de Ativi-
dades Econômicas (CNAE), relacionado(s) à área cultural
do projeto.
45
Quando podem
ser apresentados
os projetos
A apresentação de um projeto é feita de forma
eletrônica, em plataforma digital especialmente cons-
truída para tal fim, bem como para promover publici-
dade e transparência para a sociedade brasileira. Essa
plataforma é o Sistema de Apoio às Leis de Incentivo
à Cultura (SALIC), disponível durante todos os dias do
ano, 24 horas por dia. No entanto, para a apresentação
de propostas, o sistema está aberto entre os dias 01
de fevereiro e 30 de novembro de cada ano, de acordo
com o que determina a IN 01/2023, em seu art. 5º.
47
Investimento por
pessoas físicas
Podem investir em projetos culturais
aprovados pelo Ministério da Cultura, com
base na Lei Rouanet, pessoas físicas contri-
buintes do IR que fazem a declaração de Im-
posto de Renda Pessoa Física pelo MODELO
COMPLETO, podendo ser deduzidos até 6% do
imposto devido.
O investidor deve fazer um depósito iden-
tificado pelo CPF ou uma transferência eletrô-
nica no valor desejado de patrocínio/doação
na conta bancária do projeto, até o último dia
útil do ano corrente. Após o depósito, a entida-
de ou o proponente do projeto irá emitir um
recibo (Recibo de Mecenato) e enviar ao patro-
cinador, servindo como comprovante para que
a renúncia fiscal se efetue.
Investimento por
pessoas jurídicas
Podem investir em projetos culturais, aprovados
pelo Ministério da Cultura, pessoas jurídicas contribuin-
tes do Imposto de Renda que utilizam o regime tributá-
rio de LUCRO REAL, com possibilidade de dedução de
até 4% do IR devido.
Para PESSOAS JURÍDICAS também há percentuais dis-
tintos para projetos, de acordo com o seu enquadramento.
Projetos enquadrados no artigo 26 recebem per-
centuais variáveis de abatimento, nas categorias DOA-
ÇÃO e PATROCÍNIO. Para projetos enquadrados no ar-
tigo 18, o investidor recebe abatimento de 100%, tanto
para DOAÇÃO quanto para PATROCÍNIO.
Elaboração
de Projetos
capítulo
3
54
55
Documentos
necessários para
a elaboração
de projetos
Para inscrever um projeto na Lei Rouanet é neces-
sário que o proponente, pessoa física ou jurídica, tenha
seus documentos em situação regular. Os documentos
necessários são apresentados em meio eletrônico, inse-
ridos no Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura
(SALIC), plataforma digital que será detalhada no Módu-
lo II. A lista desses documentos está descrita no Anexo III
da Instrução Normativa nº 01/2023.
56
A DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE é
um documento no qual o proponente decla-
ra ter conhecimento de toda a legislação per-
tinente e das obrigações relativas ao uso dos
recursos públicos durante toda a execução do
projeto. Esse documento deve ser lido com
atenção, pois ele pode ser utilizado em futuros
processos de acompanhamento e fiscalização
na execução dos projetos.
Além da documentação exigida, descri-
ta no Anexo III da IN, todos os proponentes
devem ter suas situações fiscais, tributárias e
previdenciária regulares em âmbito federal,
durante todo o período de execução do proje-
to. O Ministério da Cultura consulta essa regu-
laridade pelos sistemas disponíveis, emitindo
a CERTIDÃO NEGATIVA DE DÉBITOS RELATIVOS
AOS TRIBUTOS FEDERAIS E À DÍVIDA ATIVA DA
UNIÃO (CQTF), a CERTIDÃO NEGATIVA DE DÉBI-
TOS RELATIVOS ÀS CONTRIBUIÇÕES PREVIDEN-
CIÁRIAS E ÀS DE TERCEIROS e o CERTIFICADO DE
REGULARIDADE DO FGTS, bem como verifican-
do a regularidade no CADASTRO INFORMATIVO
DE CRÉDITOS NÃO QUITADOS DO SETOR PÚ-
BLICO FEDERAL (CADIN). Caso a Ministério não
consiga emitir essas declarações, o proponente
será diligenciado para regularizar a situação.
58
Elaboração
do Projeto
Primeiro Passo
Técnica do 4QPOC – 5W2H
Para produzir e elaborar um projeto,
deve-se demonstrar claramente “o quê”,
“para quê”, “por quê”, “como” e “com quan-
to” se pretende realizar um produto cultu-
ral.
O projeto servirá para apresentar o
que se pretende produzir aos patrocinado-
res e apoiadores, responsáveis por teatros
e casas de espetáculos, gravadoras, parcei-
ros em geral, assim como para a aprovação
nas leis de incentivo à cultura.
Dedique um tempo à elaboração do
projeto, tendo em mente que ele será a
base de planejamento para o seu produto
cultural. Um projeto bem planejado dimi-
nuirá o estresse da produção.
Lembre-se também de que o patro-
cinador irá avaliar o produto cultural que
você quer produzir pelo projeto que apre-
sentar.
59
Imagem
Interpretativa
O que vamos fazer? (What?)
Por quê? (Why?)
Como? (How?)
Quem faz o quê? (Who?)
Quando realizaremos o projeto? (When?)
Onde será realizado o projeto? (Where?)
Quanto vai custar? (How much?)
60
Resumo da proposta
(O quê?) (What?)
Na apresentação é preciso descrever
o objeto do projeto.
O objeto é, em última instância, uma
“ação ou atividade cultural” e, por isso,
acontece em um lugar, em determinado
período, realizado por uma pessoa ou um
grupo de pessoas, por determinadas ra-
zões, podendo estar associado a conceitos
ou a movimentos artístico-culturais tradi-
cionais ou contemporâneos.
A apresentação ou descrição é uma
síntese do projeto. Comece com um histó-
rico do projeto (da ação ou atividade a ser
realizada), descreva como surgiu a ideia de
realizá-lo, qual a sua importância, número
de pessoas envolvidas, principais objeti-
vos, a qual público se destina e, finalmen-
te, em que período e local ocorrerá.
No campo Resumo deve-se descrever
o objetivo do projeto em no máximo cin-
co (5) linhas. O texto deve ser conciso e
apresentar de forma clara os produtos que
compõem a proposta.
61
Objetivos
(Quê? Quais? Quantos?)
Campo de preenchimento da proposta destina-
do ao que o projeto pretende alcançar, sua finalidade;
perguntas-chave: qual o principal resultado que o pro-
jeto pretende alcançar? Para que realizar o projeto?
Os objetivos devem expor os resultados que se
pretende atingir, os produtos a serem elaborados, be-
nefícios da ação ou atividade cultural oposta, se possí-
vel a curto, médio e longo prazos.
Pergunte-se:
1. Quais são os produtos?
2. Quais serão as ações culturais?
3. Como serão os resultados do projeto?
4. Como a Avaliação de Resultados poderá avaliar as
suas entregas?
5. Que documentos deverá juntar para a comprovação
do alcance de resultados?
Não se preocupe neste momento. Enquanto você não
enviar a proposta ao Ministério da Cultura, o texto dos
objetivos é ajustável.
65
Objetivos Gerais
Decreto nº 11.453/23
Art. 3º Na execução do PRONAC, serão apoiados pro-
gramas, projetos e ações culturais destinados às se-
guintes finalidades:
XI - apoiar e impulsionar festejos, eventos e expres-
sões artístico-culturais tradicionais e bens culturais
materiais ou imateriais acautelados ou em processo
de acautelamento
Pois (...)
XIV - estimular ações com vistas a valorizar artistas,
mestres de culturas tradicionais, técnicos e estudiosos
da cultura brasileira.
66
Objetivos Específicos
A) Produto ESPETÁCULO DE ARTES CÊNICAS:
• Realizar 24 apresentações teatrais da peça “tal” com
entrada gratuita e
• Realizar duas apresentações por mês, totalizando 24
apresentações durante os 12 meses de execução do
projeto.
B) Produto CURSO/OFICINA/ESTÁGIO:
• Realizar 80 aulas de 50h/a de oficinas de teatro duran-
te a execução do projeto e
• Realizar em 10 meses oficinas de teatro duas vezes na
semana, totalizando 80 aulas de 50h/a.
C) Produto LIVRO:
• Produzir, publicar e distribuir 3000 exemplares do livro
“tal”.
D) Produto EXPOSIÇÃO DE ARTES:
• Realizar uma exposição de fotos durante cinco dias (se-
gunda a sexta) com entrada franca, do fotógrafo “tal”.
E) Produto CONTRAPARTIDA SOCIAL:
• Realizar um curso de teatro de 40h/aula com emissão
de certificado e
• Realizar um curso de teatro para 300 estudantes e pro-
fessores de instituições públicas de ensino.
67
Fique de olho!
a) No caso de Oficinas, informar sobre
qual assunto, tema ou conteúdo será a
oficina, quantas vezes por semana se-
rão oferecidas as oficinas e por quantos
meses, além do total de carga horária.
b) No caso de Exposições, informar por
quanto tempo a exposição ficará dispo-
nível para visitação e durante quantos
dias da semana será aberta à visitação.
c) ATENÇÃO: Evite termos como “levar a
cultura para locais ....” “Propagar a cul-
tura e a peculiaridade de cada região
brasileira”, “Gerar empregos...”, “Trazer
alegria...”, “Transformar a vida...”.
d) Os objetivos ESPECÍFICOS devem ser
mensuráveis e devidamente comprova-
dos na prestação de contas e
e) ATENÇÃO: Caso o campo “Objetivos
Específicos” não esteja preenchido de
forma clara o suficiente para que se en-
tenda o que será realizado no projeto, a
proposta não será analisada, visto que
esse campo é crucial para a análise de
toda a proposta.
68
Justificativa
(Por quê?) (Why?)
Na Justificativa devem ser apresentadas as razões
para a realização do projeto. Além de explicitar as razões
pelas quais se tomou a iniciativa de realizar o projeto
proposto, é preciso enfatizar quais circunstâncias favo-
recem a sua execução, justificando-o, o diferenciando e
também destacando suas contribuições para o desen-
volvimento cultural do público ao qual se destina ou
da localidade/região onde se insere.
69
Fique
de olho!
a) Seguir a estrutura textual com ter-
mos sugeridos em negrito é importan-
te, pois dá objetividade aos textos e
promove uma análise mais célere por
parte das instâncias técnicas.
b) Inserir a Justificativa do projeto, des-
tacando os motivos para sua realização,
bem como a necessidade do uso do Me-
canismo de Incentivo a Projetos Cultu-
rais.
c) Citar em quais incisos do artigo 1º da
Lei 8313/91 a proposta se enquadra.
d) Citar quais objetivos do artigo 3° da
Lei 8313/91 serão alcançadas com o
projeto.
e) Obs: TRANSCREVER OS INCISOS E AS
ALÍNEAS, justificando em seguida a sua
escolha e
f) Pergunta-chave: POR QUE A LEI DE IN-
CENTIVO À CULTURA?
75
Lei 8.313/91
Art. 1° Fica instituído o Programa Na-
cional de Apoio à Cultura (PRONAC),
com a finalidade de captar e canalizar
recursos para o setor de modo a:
VIII. estimular a produção e a difusão
de bens culturais de valor universal,
formadores e informadores de conhe-
cimento, cultura e memória.
Pois (...)
IX. priorizar o produto cultural originá-
rio do País.
Pois (...)
Lei 8.313/91 art. 3° : Para cumprimen-
to das finalidades expressas no art. 1°
desta lei, os projetos culturais em cujo
favor serão captados e canalizados os
recursos do PRONAC atenderão, pelo
menos, um dos seguintes objetivos:
I - incentivo à formação artística e cul-
tural, mediante:
c) instalação e manutenção de cursos
76
Equipe técnica
(Quem?) (Who?)
Escolha para o seu projeto profissionais com o per-
fil da sua ideia e que saibam trabalhar com o seu pú-
blico-alvo. Importante também é ter do seu lado pro-
fissionais nos quais você confie e, de preferência, goste
de trabalhar com eles. O ideal é que vá formando a sua
equipe com bons profissionais, talentosos e bons de li-
dar no dia a dia de trabalho da produção.
Fique
de olho!
a) Descreva com detalhes qual ativida-
de (mesmo que voluntária) do dirigente
ou da instituição proponente será reali-
zada no projeto.
b) A gestão do processo decisório, in-
cluindo atividade técnico-financeira, é
competência exclusiva do proponente.
c) Apresente também currículo resumi-
do dos principais participantes.
Período e local
da realização
(Quando?) (When?) –
(Onde?) (Where?)
Informe a data de início e término do projeto e
onde ele será realizado. Lembre-se de que deve solicitar
o patrocínio de uma empresa que tenha interesse nos
locais onde o projeto será realizado.
79
Resultados
previstos
Apresente os Resultados a serem atingidos pelo pro-
jeto e os benefícios produzidos a partir da sua realização.
Os Resultados devem ser mensuráveis e revelar o
alcance dos Objetivos Específicos.
Se possível, apresentar dados quantitativos, como:
número de espetáculos ou mostras, público atingido, ci-
dades abrangidas etc.
Volte ao item Objetivos e tente traduzi-lo em re-
sultados práticos ou produtos que possam ser vistos
ou experimentados. Busque Resultados para cada ob-
jetivo específico, analisando os que, de fato, são viáveis
de concretizar.
80
Estratégia
de Ação
(Como?) (How?)
Em Etapas de Trabalho explica-se como o proje-
to será realizado, detalhando suas etapas, além de de-
monstrar a proximidade que o proponente possui com
a linguagem do projeto e com a produção cultural. Esse
item deve apresentar uma coerência com o orçamento
e o cronograma.
Para elaborar a Estratégia de Ação volte aos itens
Objetivos e Resultados previstos e liste todas as ativida-
des que serão necessárias para atingi-los.
Ordene as ações por etapa de realização e preveja
o tempo de duração de cada uma.
Exemplo de como as
informações devem
estar organizadas:
ROTEIRO PRÉ-PRODUÇÃO
Tempo estimado: 30 dias
- Reuniões de equipe.
- Assessoria de imprensa
- Contato com editoras
EXECUÇÃO
Tempo estimado: 15 dias
- Ensaios
- Contratação de seguranças
- Registros do espetáculo
-Impressão dos livros.
PÓS-PRODUÇÃO
(tempo máximo: 60 dias)
Tempo estimado:30 dias
-Avaliação
-Prestação de contas.
82
Fique de
olho!
a) Campo de preenchimento de proposta
destinado à Divisão do Projeto em “Pré-Pro-
dução”, “Execução” e “Pós-Produção”, esti-
mando em dias/semanas/meses a duração
de cada etapa sem delimitação de mês ou
data exata.
b) O período máximo de PÓS-PRODUÇÃO é
de 60 dias.
c) Lembre-se de fazer a correlação temporal
com a sua planilha orçamentária.
83
Sinopse da Obra
Insira o conteúdo de todos os produtos do projeto que necessitam
de um breve resumo em relação ao seu assunto. Por exemplo:
seminários, palestras, livros, espetáculo de circo, peça teatral, es-
petáculo de dança, performance, classificação indicativa etária.
2. Ciências Humanas
a. Arqueologia
b. Filosofia
c. Geografia Cultural;
d. História Cultural;
e. Sociologia, Antropologia;
f. Educação e Pedagogia voltada ao incentivo da leitura e
escrita criativa cultural;
85
g. Letras e Artes;
i. Literatura
ii. Fundamentos e Crítica das Artes
1. Teoria da Arte
2. História da Arte
3. Crítica da Arte
iii. Artes Plásticas
1. Desenho
2. Gravura
3. Escultura
4. Cerâmica
5. Tecelagem
6. Grafite e Muralismos
7. Artes visuais em paisagismo cultural com
uso de esculturas, pinturas e design)
iv. Música
1. Regência
2. Instrumentação Musical
3. Fabricação de Instrumentos musicais
4. Composição musical e Arranjo
5. Canto
6. Ópera
86
Filmes
4. Interpretação Cinematográfica
ix. Artes do Vídeo; e
x. Educação Artística.
3. Técnico Cultural
a. Turismo Cultural
b. Culinária Regional Cultural Brasileira
c. Manutenção de sistemas de informação culturais –
TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação Cultural)
e P&D – Pesquisa e Desenvolvimento Culturais
d. Programação de Jogos Digitais Culturais
e. Artesanato e Manualismo
i. Pedra Metalcerâmica e bonecos de Barro e suas
pinturas
ii. Couro e têxtil (tricô, crochê, patchwork, renda, fu-
xico, tecelagem, serigrafia)
iii. Cestaria e trançados e arte plumária
iv. Entalhamento em madeira, MDF
v. Em papel e encadernação artesanal
vi. Material reciclável
f. Modelagem do Vestuário e Produção de Moda Autoral
Regional Brasileira
88
g. Conservação e Restauro
h. Desing e Desing Gráfico
4. Práticas Culturais
a. Elaboração de Projetos e Pitching
b. Empreendedorismo e Produção Cultural
c. SEO e Marketing Digital Cultural
d. Curadoria e Livreiro Cultural
Especificações
técnicas do
produto
Detalhamento dos produtos como paginação, ma-
terial, editoração, projeto pedagógico, duração, carga
horária das apresentações performáticas, se for o caso.
Ações pormenorizadas de canto e música instru-
mental como quantitativo de apresentações, tempo de
palco e cachê de artistas.
Coloque aqui seu projeto pedagó-
gico, projeto curatorial, critérios
de seleção e características de Edi-
toração, se houver.
94
Fique de olho!
a) Critérios de seleção: For- ção da obra, além apontar o
ma de escolha dos partici- responsável pela execução e
pantes nos stands de feiras revisão do catálogo da expo-
culturais. Lembre-se de que sição.
não é permitido a destina- e) Projeto pedagógico: Vol-
ção das ações culturais em tado para a formação, ca-
circuito privado ou coleções pacitação, especialização e
particulares. aperfeiçoamento na área da
b) Editoração: São as carac- cultura, que contenha, pelo
terísticas basilares do livro, menos:
paginação, formatação, tipo a. os objetivos gerais e suas
de papel, gramatura, tira- justificativas;
gem, tipo de impressão.
b. os objetivos específicos e
c) Direitos autorais: Em es- suas justificativas;
pecial se há gastos com a ru-
c. carga horária completa
brica Direitos Autorais. Caso
h/a e frequência por mês e
a obra seja de domínio públi-
semana;
co, relate nesse campo.
d. público-alvo;
d) Projeto curatorial: Ação
e. metodologias de ensino;
que prepara, concebe, mon-
ta exposições Trata-se de f. material didático a ser uti-
proposta de combinações lizado;
estéticas entre os seguintes g. conteúdo a serem minis-
procedimentos: medidas de trados;
acessibilidade, processos h. profissionais envolvidos,
discursivos, linhas editoriais i. sendo informação obriga-
e ações educativas didáticas tória para o produto “Con-
expositivas. A proposta deve trapartida Social das ações
apresentar a concepção das educativas com certificado
obras de arte, montagem e de 40 h/a.
supervisão de uma exposi-
95
Produto: OFICINAS
Projeto Pedagógico
• O projeto irá formar 30 artesãos para a criação de 10
produtos desenvolvidos por profissionais (arquiteto,
designer de produto).
- A formação desses artesãos será por meio de 06
(seis) oficinas de até 05 (cinco) pessoas.
- Ao todo, as oficinas pretendem produzir 300 pe-
ças, 50 peças por oficina.
- Estima-se produzir 10 peças por artesão, em
cada oficina.
(...)
Produto: LIVRO
Editoração
• Capa dura papelão 10_lombada quadrada.
• Formato aberto: 360x270mm.
• Formato fechado: 180x270mm.
• Capa em tecido creative azul royal
• Gravação baixo relevo + hot stamping prata e dourado.
96
Descrição da
Atividade do Produto
Neste campo é necessário cadastrar dois textos
de maneira clara e separada: um para Descrição da
atividade do produto em geral e outro para Descrição
da atividade do produto Contrapartida Social
Descrição da atividade do produto em geral
Quer detalhar um produto em específico? Este é
o momento!
Apresente nesse campo detalhes de sua atividade
cultural que não foram mencionados nos campos an-
teriores, como a programação do evento, por exemplo.
Em propostas com ações de música cantada, com
ações de música instrumental ou outras linguagens
artísticas, listar:
• as bandas ou grupos musicais a serem contra-
tados;
• sua formação;
• repertório;
• quantidade de participações;
• cachê e
• valores gastos com as apresentações exclusi-
vamente instrumentais e as apresentações com
canto.
99
Fique de olho!
a) Consulte o anexo III da IN 01/2023,
quanto às informações e aos documen-
tos obrigatórios;
b) O que não pode ser esclarecido nes-
se campo deve ser anexado em menu
lateral esquerdo >> Anexar documen-
tos.
Descrição da atividade do produto Con-
trapartida Social
• Descrever DETALHADAMENTE
qual será a ação formativa cultu-
ral oferecida como CONTRAPAR-
TIDA SOCIAL (em atendimento ao
artigo 30 da IN nº 01/2023).
101
Glossário da IN Anexo I
Seção III
Das Contrapartidas Sociais
ATENÇÃO:
Fique de olho!
O produto Contrapartida Social não é
um produto ligado ao projeto.
O produto Contrapartida Social deve
apresentar objetivos que visam sensibilizar
os públicos para apreciação e consumo de
produtos e bens gerados pelas linguagens
culturais e artísticas que o projeto trabalha.
104
Produto: TEATRO
Passagem
Produção independente
Produto: OFICINAS
Aquisição de bem durável permanente
Responsa
bilidade
Social
capítulo
4
106
107
Responsabilidade
Social
Acessibilidade
Para CADA PRODUTO CADASTRADO no plano de
distribuição, acrescentar as medidas que serão adotadas
para promover a acessibilidade física no local da reali-
zação do projeto e as medidas que serão adotadas para
promover a acessibilidade ao conteúdo dos produtos
às pessoas com deficiência física, visual, auditiva e que
apresentem espectros, síndromes ou doenças que ge-
rem limitações aos conteúdos, assim como pessoas que
desconhecem as linguagens ou idiomas dos conteúdos.
108
Fique de olho!
a) As medidas de acessibilidade devem ser
adotadas para 100% das sessões/aulas/apre-
sentações etc.
b) Os custos com ações de acessibilidade devem
estar sempre previstos no orçamento analítico
do projeto, mesmo que estes sejam oriundos
de Recursos Próprios.
c) Lembramos que o não atendimento à Lei de
Inclusão não permite ao MINC aprovar os pro-
jetos. Para tanto, os mesmos devem apresen-
tar medidas que ASSEGUREM, com precisão, a
FRUIÇÃO do conteúdo do projeto aos PcD físi-
cos, auditivos, visuais e intelectuais.
d) Salientamos que o projeto pode ser inde-
ferido na análise da vinculada pelo não aten-
dimento à Lei de Inclusão, caso a vinculada
entenda que as medidas de acessibilidade
propostas não são suficientes.
111
Democratização
de Acesso
Neste campo é necessário cadastrar dois textos de
maneira clara e separada: um para Democratização de
Acesso e outro para Ampliação de Acesso.
Democratização de Acesso
do projeto;
Fique de
olho!
a) Descreva no campo “Democra-
tização de Acesso” a forma de dis-
tribuição e comercialização dos
produtos da proposta.
b) Não se esqueça de que as infor-
mações aqui relatadas são com-
plementares ao seu Plano de Dis-
tribuição Cadastrado.
a. Os quantitativos estão no Plano
de Distribuição.
b. Aqui são identificados os Bene-
ficiários e os Critérios de Seleção.
i. Critérios de seleção dos benefi-
ciários: Forma de escolha dos es-
tudantes dos cursos entre outros.
ii. Lembre-se de que não é permi-
tida a destinação das ações cultu-
rais circuito privado ou coleções
particulares.
115
Ampliação
de acesso
Para cada produto cadastrado no plano de distri-
buição, citar explicitamente qual inciso/medida do art.
28 da IN nº 01/2023 a proposta irá adotar como ação de
AMPLIAÇÃO DE ACESSO.
Obs: Retirar qualquer outra informação, como quanti-
dade e valores de exemplares ou ingressos.
Copie, cole, negrite, destaque e depois justifique os inci-
sos e alíneas escolhidos a seguir:
Artigo 28. Em complemento, o proponente deverá pre-
ver a adoção de, pelo menos, uma das seguintes me-
didas de ampliação do acesso:
I - doar, além do previsto na alínea “a”, inciso I
do arI - doar 10% (dez por cento) dos produtos
resultantes da execução do projeto para distri-
buição gratuita com caráter social, além do pre-
visto inciso II do art. 27, totalizando 20% (vinte
por cento);
II - ampliar a meia-entrada de que trata o § 3º do
art. 27, em todos os ingressos comercializados,
para pessoas elegíveis e não contempladas com
a gratuidade de caráter social referida no inciso
II, caput do art. 27;
116
Fique de olho!
Neste campo é necessário cadastrar um
texto de maneira clara e separada: um para
os incisos do artigo e retirar qualquer outra
informação desse campo que não seja so-
bre o artigo elencado anteriormente.
118
119
Orçamento
capítulo
5
120
121
Orçamento
(Quanto?) (How much?)
Todo o Orçamento deve estar de
acordo com o escopo do projeto.
1.Objetivos.
2.Local.
Exemplo:
• Item “Produtor”, ETAPA DE PRODUÇÃO (180 dias).
• A coluna “Unidade” deve ser preenchida com
“Mês”.
• A coluna “Qtd de dias” deve ser preenchida
com 180.
• A coluna “Quantidade” deve ser preenchida
com 1 (um produtor).
• A coluna “Ocorrência”com 6 (6 meses).
• Na coluna valor deve constar o salário mensal
do produtor.
125
• Unidade: “Mês”
• Quantidade = 1
• Ocorrência = 6 (meses)
Fique de olho!
a) Você pode pegar a tabela com todos os itens orça-
mentários e demais informações de patrocinadores,
empresas, projetos entre outros.
http://sistemas.cultura.gov.br/comparar/salicnet/sa-
licnet.php
b) Existem três (03) variáveis na composição da plani-
lha orçamentária: Quantidade de dias, Quantidade e
Ocorrência.
c) O campo Quantidade de dias não interfere no valor
total do item, ou seja, pode-se inserir qualquer valor
que não há implicação prática.
d) O campo Quantidade representa qual a quantia
exata do item e sua Unidade que será adquirida/con-
tratada/utilizada.
e) O campo Ocorrência representa o número de vezes
que o item será adquirido/contratado/utilizado.
f) A modal é calculada com base na série histórica de todos
os projetos aprovados desde o início da Lei de Incentivo.
a. Ela leva em consideração a rubrica, o produto e
a região do projeto (estado e município).
b. Normalmente, quando alguma rubrica extra-
pola a modal é devido ao preenchimento incorre-
to do valor unitário do item.
132
Fique de olho!
a) Produto principal: Resultado preponderante do projeto,
assim entendido o evento, a atividade ou o bem cultural
primordial, finalístico ou essencial, podendo ser determi-
nado pela pauta mais extensa ou pelo custo mais elevado.
b) Produto secundário: Demais resultados do projeto cultu-
ral abrangendo eventos, atividades ou bens culturais que
dependem, derivam ou se vinculam ao produto principal
do projeto, não podendo possuir custo unitário superior ao
produto principal.
c) Clicar no plano de distribuição > Clicar na lupa > Clicar no
produto cadastrado > Clicar na cidade cadastrada > Clicar
na opção “Novo detalhamento”.
137
Captação
de
Recursos
capítulo
6
142
143
Objetivos
Deve listar o que pretende com o projeto, quais os
objetivos (geral e específicos) que pretende alcançar. É
importante apontar objetivos e público-alvo do projeto,
demonstrando que há ações que trazem benefícios fo-
calizados em um público específico, e os objetivos expli-
citados têm consonância com o planejamento da marca
patrocinadora.
Público-alvo
Qual o público que será atendido com esse projeto.
Quantificar (previsão) e qualificar.
147
RETORNOS DO
PATROCINADOR
Benefícios ao patrocinador:
• É um dos itens mais importantes de qualquer
projeto cultural.
Plano de
comunicação
É o planejamento/descrição de como o seu
projeto será comunicado/divulgado para o
seu público-alvo. O Plano de Comunicação,
em um projeto cultural, pode englobar três
áreas de trabalho:
Mídia paga
Refere-se ao planejamento dos anúncios
pagos, os quais serão veiculados por jor-
nais, revistas, emissoras de rádio ou de
televisão e outdoors. Relacione as mídias
onde você pretende veicular anúncios ou
chamadas para o seu projeto.
Mecanismos de divulgação
Referem-se a faixas, cartazes, filipetas,
convites, comunicados à imprensa (pres-
s-releases), convites, comunicados espe-
ciais (press-kits), camisetas ou bonés com
a logomarca do projeto etc. Relacione to-
das as peças que você pretende criar para
divulgar seu projeto junto ao público.
150
Exemplo:
O projeto foi aprovado na Lei Rouanet – Ministério
da Cultura, com número de PRONAC 00 0000.
Orçamento
O Projeto de venda deve ter um
orçamento realista, detalhado e trans-
parente.
Anexos
Junte ao projeto os documentos e
informações que sirvam para dar sus-
tentabilidade ao seu projeto, tais como:
estatuto, tabelas, contratos, depoimen-
tos, se efetivamente necessários.
151
CRONOGRAMA DE
DESEMBOLSO
É mais fácil convencer um patroci-
nador a investir dinheiro em um projeto
cultural quando o repasse do dinheiro
acontece em parcelas mensais ou tri-
mestrais. Por isso, é aconselhável que
o projeto tenha um Cronograma de De-
sembolso, com as datas em que o pro-
dutor precisará de recursos financeiros
para cumprir uma por uma as etapas
do seu Cronograma de Execução.
152
CAPTAÇÃO DE
RECURSOS
DIVISÃO DO TRABALHO
• Identificação do público-alvo.
ANTES DE CHEGAR AO
PATROCINADOR
• O que é o meu projeto?
ESTRATÉGIAS
ABORDAGEM
• Você está oferecendo um bom negócio ao
patrocinador
PARA CHEGAR NO
PATROCINADOR
• Contato com o gerência ou setor de Marketing
• Ir diretamente nas pessoas que liberam os
recursos dessas empresas
• Estude seu discurso
• Organize um roteiro
• Organize o tempo
• Decore o nome de todas as pessoas
• Envie convites para o patrocinador
LOCAIS PARA
ABORDAGEM
• Ambientes sociais, eventos, clubes, restau-
rantes
• Ambientes políticos, solenidades, comícios,
eventos casuais
• Horário de trabalho ou lazer, apresentação
por conhecidos, intermediários
155
APRESENTAÇÃO
• Uma ou duas pessoas, no máximo
• Aliar o discurso
• Sua apresentação pessoal
• Apresentação do Projeto
• Desenvolvimento de argumentos
• Valor agregado
• Isenção fiscal
• Endomarketing e marketing
• Lucro social
• Contrapartida
• Mídia espontânea
• Publicidade e
Propaganda
157
Valor Agregado
Esta é a principal razão, mas não é a única.
Isenção Fiscal
É o desconto de impostos.
Endomarketing
Assim como se preocupam com o público exter-
no (consumidores e clientes), as empresas hoje
se preocupam também com seu público interno:
funcionários e colaboradores.
Lucro Social
Responsabilidade social é a palavra da moda.
158
Contrapartidas em
Produtos Culturais
Quando parte do produto cultural resultante
é destinado ao patrocinador para uso em ação
promocional interna ou externa. Livros, Cds,
DVDs, ingressos, oficinas etc.
Mídia Espontânea
Este é o argumento mais fácil de mensurar. A mí-
dia espontânea ajuda na construção do valor agre-
gado e da imagem institucional, mas não pode
haver um compromisso entre o patrocinador e o
patrocinado.
Publicidade e Propaganda
A publicidade em projetos culturais tem por obje-
tivo difundir algum serviço ou produto do patro-
cinador.Divulga o nome e a imagem da empresa
pelo público capturados durante a realização do
projeto cultural.
159
Prestação
de Contas
capítulo
7
160
161
Aprovado o projeto
Os proponentes, pessoas físicas ou jurídicas, deve-
rão manter regulares suas situações fiscais, o que
será verificado antes da publicação da portaria de
aprovação no Diário Oficial da União.
COMPROVANTES
DE DEPÓSITO
Hoje, com a informatização, não é
mais necessária a emissão de recibos de
Mecenato. Entretanto, caso o patrocina-
dor ainda queira, sem problemas, veja o
modelo disponível e preencha.
PRESTANDO CONTAS
Tenho o dinheiro suficien-
te…, posso sair gastando?
Calma…
Dica:
Para facilitar o seu trabalho, crie pastas
pelas rubricas aprovadas e também faça uma
planilha em Excel para ter o controle do fluxo
de pagamentos. (Lembre-se de pagar em dia,
pois a Lei Rouanet não cobre despesas de ju-
ros e/ou taxas não previstas no projeto apro-
vado.)
Antes de efetuar o pagamento, verifi-
que que na descrição da Nota Fiscal esteja de
acordo com a rubrica que está sendo paga,
incluindo sempre o nome do projeto e o nú-
mero do PRONAC.
Outra dica:
Veja se o serviço prestado está inserido
no CNAE específico da empresa em seu car-
tão CNPJ. Não possuindo a qualificação, não é
permitida a realização do serviço.
165
REALIZAÇÃO DA
PRESTAÇÃO DE CONTAS
1 - Relação de Pagamentos
2 - Execução da Receita e Despesa
3 - Relatório Físico
4 - Pagamentos por UF/Município
5 - Pagamentos Consolidados
6 - Relatório do Cumprimento do Objeto
7 - Laudo Final.
Prestação de Contas
Avaliação dos resultados
Apresentar um relatório da execução física do
projeto com avaliação dos resultados com as etapas
previstas e realizadas, o cumprimento das medidas de
acessibilidade com comprovações de fotos, vídeos ou
contratos dos profissionais, bem como a forma de de-
mocratização de acesso.
A prestação de contas de um projeto é feita qua-
se que totalmente de forma digital. A exceção é para o
caso de projetos que resultem em obra cinematográfica
ou outro produto que não possa ser anexado ao SALIC,
como discos, DVDs, livros, catálogos etc. Nesse caso, o
produto deve ser enviado para a Secretaria competente
em Brasília–DF.
A comprovação da distribuição dos produtos obti-
dos na execução do projeto, conforme previsto no plano
básico de distribuição do projeto aprovado.
Por fim, apontar a destinação cultural dos bens ad-
quiridos, produzidos ou construídos, seja com cartas de
recebimento, matérias de jornais, vídeos ou outras for-
mas de comprovação.
Apesar de os documentos estarem inseridos ele-
tronicamente no SALIC, toda a documentação original
deve ser mantida e conservada pelo proponente pelo
168
SANÇÕES
O não cumprimento das re-
gras estabelecidas pela lei e seus
diversos regulamentos podem
promover sanções diversas para
o proponente, previstas no CAPÍ-
TULO XII – DAS SANÇÕES, da IN
01/2022.
Essas sanções vão desde o
simples bloqueio das contas ban-
cárias do projeto ou impedimento
de operar o sistema por até três
(3) anos até a cobrança de devo-
lução dos valores utilizados com
aplicação de correção monetária
e multas diversas, bem como par-
celamento de eventuais dívidas.
Então, fique atento e siga to-
das as regras. Lembre-se: o único
responsável pelo projeto é você, o
proponente, que tem a responsa-
bilidade e a obrigação de tomar
conhecimento de todas as regras
que dizem respeito ao mecanis-
mo de incentivo fiscal.
170
171
Anexos
IN 01/2023
capítulo
8
172
173
ANEXO I
GLOSSÁRIO1
[...]
[...]
ANEXO II
DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE
MANTER:
Assim, COMPROMETO-ME a:
ANEXO III
DOCUMENTOS OBRIGATÓRIOS
1. pesquisa histórica;
2. levantamento físico;
2.1.4. fachadas;
2.1.5. cortes;
4. Prospecções:
4.1. arquitetônica;
4.3. arqueológica.
b) Diagnóstico:
1. mapeamento de danos;
3. estudos geotécnicos.
4. Ensaios e testes.
c) Proposta de intervenção:
1. estudo preliminar;
3. projeto executivo.
189
3. Ambientes de armazenamento.
b) Pesquisa histórica.
c) Levantamento fotográfico do estado atual do bem.
d) Diagnóstico sobre o estado atual do imóvel contendo
informações das causas dos danos, devidamente cota-
das.
e) Planta de situação do imóvel.
f) Projeto arquitetônico e projetos complementares de-
talhados da intervenção pretendida,aprovado pelo ór-
gão responsável pelo tombamento, contendo:
1. Nome, assinatura e número de inscrição do au-
tor no CREA.
2. Endereço da edificação.
3. Memorial descritivo.
4. Especificações técnicas.
5. Levantamento completo dos danos existentes.
6. Previsão de acessibilidade a pessoas com defi-
ciência e limitações físicas, conforme a Lei nº10.098,
de 19 de dezembro de 2000, o Decreto nº 5.296, de
2 de dezembro de 2004 e a Instrução Normativa nº
1, de 25 de novembro de 2003, do IPHAN.
g) Ato de tombamento ou de outra forma de acautela-
mento.
h) Além de anexar, nos campos disponibilizados no SA-
LIC, a documentação elencada acima, o proponente de-
verá encaminhar ao Ministério da Cultura, via meio físico,
199
h) As exigências previstas nas alíneas ‘a’, ‘b’, ‘c’, ‘g’ e ‘i’ po-
derão ser excepcionadas quando se tratar de bem tom-
bado.
a) Em caso de restauração:
3. Currículo do restaurado.
ANEXO IV
ÁREAS E SEGMENTOS CULTURAIS
I - ARTES CÊNICAS
II - AUDIOVISUAL
III - MÚSICA
IV - ARTES VISUAIS
alínea g).
d) Ações de documentação ou digitalização de acervo
bibliográfico e arquivístico, pesquisa, sistematização de
informação (art. 18, § 3º, alínea g).
e) Preservação, restauração, manutenção, readequação
ou revitalização de equipamentos culturais ou edifica-
ções destinadas à preservação de patrimônio cultural
(art. 18, § 3º, alínea g).
f) Ações de segurança para preservação de patrimônio
cultural ou de acervos (art. 18, § 3º, alínea g).
g) Ações educativo-culturais, inclusive seminários, ofi-
cinas e palestras, visando à preservação do patrimônio
material, imaterial ou de acervos de valor cultural (art.
18, § 3º, alínea g).
h) Treinamento de pessoal ou aquisição de equipamen-
tos para manutenção de acervos, arquivos públicos e
instituições congêneres (art. 18, § 3º, alínea g).
i) Elaboração de projetos de arquitetura e urbanismo
(art. 18, § 3º, alínea g).
j) Elaboração de projetos de restauro (arquitetura e
complementares) destinados à preservação de bens cul-
turais materiais tombados pelos poderes públicos, fede-
ral, estadual, municipal ou distrital (art.18, § 3º, alínea g).
k) Doação permanente restrita de propósito específi-
co a fundo patrimonial, instituído nos termos da Lei nº
13.800, de 2019, voltado para a sustentabilidade finan-
215
VI - MUSEUS E MEMÓRIA
VII – HUMANIDADES
ANEXO V
TARIFAS BANCÁRIAS
ANEXO VI
TRILHAS DE CONTROLE
MINISTÉRIO DA
CULTURA
REALIZAÇÃO: