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gestão

cultural
E MOBILIZAÇÃO
DE RECURSOS
MANUAL PRÁTICO DE
ELABORAÇÃO DE PROJETOS

Daniel Bender Ludwig


© Daniel Bender Ludwig, 2023
Todos os direitos desta edição reservados.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Ludwig, Daniel Bender


Gestão cultural e mobilização de recursos
[livro eletrônico] : manual prático de elaboração
de projetos / Daniel Bender Ludwig. -- 1. ed. --
Porto Alegre, RS : Angela D'Ornelas Ponsi, 2023.
PDF

Bibliografia.
ISBN 978-65-00-63923-0

1. Captação de recursos 2. Cultura - Estudo e


ensino 3. Cultura - Financiamento 4. Cultura -
Políticas públicas 5. Educação profissional
6. Gerenciamento de projetos 7. Gestão cultura
8. Prestação de contas - Brasil I. Título.

23-147470 CDD-306.47
Índices para catálogo sistemático:

1. Gestão de projetos culturais : Sociologia 306.47

Aline Graziele Benitez - Bibliotecária - CRB-1/3129

Projeto Gráfico, Diagramação e Capa:


Angela D. Ponsi
Ilustrações de capa e entrada de capítulos:
Imagens e recursos do Freepik.com
Revisão:
Maria Rita Quintella

REALIZAÇÃO:

MINISTÉRIO DA
CULTURA
sumário
Prefácio, 8
Apresentação, 15
Capítulo 1: Atores Fundamentais, 19
Capítulo 2: Lei 8.313,
Capítulo 3: Elaboração de Projetos, 53
Capítulo 4: Responsabilidade Social, 105
Capítulo 5: Orçamento, 119
Capítulo 6: Captação de Recursos, 141
Capítulo 7: Prestação de Contas, 159
Capítulo 8: Anexos - IN 01/2023, 171
Sem a cultura, e a liberdade relativa que ela
pressupõe, a sociedade, por mais perfeita
que seja, não passa de uma selva. É por isso
que toda a criação autêntica é um dom para
o futuro.

Albert Camus
A expansão da produção cultural fez com que as atividades artísticas se
tornassem mais constantes e organizadas, impactando no desenvolvi-
mento da economia da cultura, refletindo também nos diversos setores.

Economistas especializados constatam que os projetos culturais trazem


“externalidades positivas”, entre elas impactos sociais e econômicos,
uma vez que a cultura tem grande potencial de gerar lucro, emprego e
renda, com “efeito multiplicador na economia”. O IBGE apontou mais de
cinco milhões de trabalhadores ocupados na área da cultura no ano de
2018.

As leis de fomento e incentivo à cultura foram criadas para estimular o


desenvolvimento do mercado cultural, qualificando produção, difusão,
distribuição dos bens culturais e a profissionalização do setor. Estudo re-
alizado pela Fundação Getúlio Vargas mediu os impactos econômicos da
Lei Rouanet, concluindo que as atividades culturais trazem retorno supe-
rior ao montante que o Estado investe nelas. Os números evidenciaram
que para cada 1 real investido houve um retorno de R$ 1,59 ao país.

As expectativas promissoras dos últimos anos foram fortemente afe-


tadas pela pandemia. Contudo, relatório produzido pelo Observatório
do Itaú Cultural ressaltou o relevante papel da cultura na atividade eco-
nômica brasileira, mesmo em tempos de crise. Análise recente aponta
crescimento de 27% no número de trabalhadores da cultura entre 2020
e 2022.

Nas últimas três décadas o crescimento do setor cultural mostrou resul-


tados positivos, tanto econômicos quanto sociais. O desenvolvimento da
produção cultural brasileira e a ampliação da fruição artística foram efe-
tivamente influenciados pelos recursos aportados pelas leis de incentivo
de todas as esferas públicas. A cultura passou a ocupar maior espaço na
economia brasileira através do incentivo fiscal e dos editais.

Daniel Bender e eu, apaixonados pela cultura e pela arte, com longa tra-
jetória na produção cultural, fazemos questão de ressaltar os aspectos
positivos dessa atividade profissional. Esta obra apresenta um conteúdo
rico e oportuno – dividido entre teoria e prática. Não tenho dúvidas de
que foi preparada com dedicação e carinho para contribuir na jornada
dos interessados pela atividade cultural.

Adriana Donato
Especialista em Leis de Incentivo à Cultura
prefácio
O presente livro de Daniel Bender nos chega como
um necessário guia para os produtores culturais, em
especial aos que procuram se iniciar profissionalmen-
te nessa atividade de formatação de projetos culturais
com vistas à inscrição na Lei Federal n.º 8.313/1991, a
chamada Lei Rouanet.
Bender vem atuando no setor há muitos anos, já
tendo sido, inclusive, coordenador da Lei Estadual de
Incentivo à Cultura do Rio Grande do Sul, criada em
1991 e gerida pela Secretaria Estadual da Cultura do
Estado. Sua atividade principal tem sido de forma in-
dependente, como produtor cultural, consultor e ana-
lista de projetos culturais em vários estados, para go-
vernos, instituições, empresas públicas e privadas e
profissionais das artes e da cultura.
Com tal expertise e experiência, Bender tem mi-
nistrado cursos a produtores, artistas e interessados,
tendo eu mesmo feito um desses cursos, em uma
instituição cultural privada em Porto Alegre. Os cur-
sos são importantes, presenciais e a distância. Assim,
este manual surge também como ferramenta didáti-
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ca. Em especial, um curso que atende a uma neces-


sidade do interessado, pois pode-se trabalhar com
casos específicos, ficando mais fácil se tirarem dú-
vidas, mas, principalmente, atualizar-se com os mais
recentes procedimentos.

A Lei Rouanet é uma ferramenta da maior im-


portância para o desenvolvimento cultural brasileiro,
podendo ser utilizada em todo o território nacional;
portanto, sob as mesmas regras. Trata-se de uma le-
gislação já duradoura e que deve, inclusive, ser revi-
talizada nos próximos anos, voltando, assim, a am-
pliar a sua demanda. A referida lei foi aprovada em
1991 como uma correção de rumos da legislação-mãe
de todas as leis de incentivo à cultura no Brasil, a Lei
Sarney (1985).

As leis de incentivo à cultura, sob modelos simila-


res em todo o país, são ferramentas importantes. Não
são, e não devem ser, a política cultural estatal princi-
pal, mas uma ferramenta importantíssima da socieda-
de, um estímulo para as empresas participarem com
recursos incentivados em projetos de arte e cultura,
com a menor ingerência possível de diretrizes gover-
namentais, com autonomia aos agentes culturais
diversos, os quais são, ao final das contas, os faze-
dores de cultura, profissionais que necessitam do
apoio para a produção de bens simbólicos e ações
em patrimônio artístico e cultural nacionais.
11

O trabalho que vem realizando Daniel Bender


agora tem mais este aporte, com o presente livro, tam-
bém propiciado sob a Lei Rouanet. Que a comunidade
cultural usufrua dessa experiência! Que voltemos aos
bons tempos do incentivo à cultura no Brasil!

José Francisco Alves


Membro do Conselho Estadual de Cultura do RS,
nos períodos 1993-2001 e 2020-2022
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apresentação
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Gestão cultural e mobilização de recursos visa ao


aprimoramento e à capacitação da área cultural, volta-
do aos profissionais atuantes (público e privado). Com
técnicas de gestão, abordamos todos os mecanismos,
desde o seu planejamento, apresentação dos proje-
tos, captação de recursos até à prestação de contas.
O aperfeiçoamento profissional dos gestores cul-
turais é imprescindível para a realização de uma admi-
nistração criativa e eficiente.
Você está recebendo uma ferramenta com con-
teúdo que servirá como instrumento de apoio na ges-
tão e no desenvolvimento de projetos.
Desejamos a cada leitor que este livro venha a
somar no seu desenvolvimento pessoal e profissional,
agregando valores para a realização de seus projetos.

Boa leitura!
Daniel Bender Ludwig
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Atores
Funda-
mentais
capítulo
20
21

Nos últimos 40 anos, as profissões da área cultural


mudaram muito.

Falar de gestão cultural implica falar de


dois atores fundamentais: o gestor e o pro-
dutor cultural.

Com a expansão dos projetos, dos espaços, dos


tipos de equipamentos e das instituições alterou-se
significativamente o modo de atuação dos produto-
res culturais.

Essas mudanças demandaram maior profissiona-


lização de quem trabalha com arte e cultura – tanto no
setor público quanto no privado.

O gestor cultural lida com políticas institucionais,


não se restringindo a uma determinada política cultural,
mas compreendendo suas diversas áreas e ferramentas.

Logo, o gestor cultural é responsável pela estrutura


e pela alocação de recursos humanos, financeiros, tec-
nológicos...

Para tanto, ele tem de ser criativo e ter capacidade


de inovar.
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Gestor Cultural
Gestor cultural é o profissional que administra gru-
pos e instituições culturais, intermediando as relações
dos artistas e dos demais profissionais da área com o
poder público, as empresas patrocinadoras, os espaços
culturais e o público consumidor de cultura, ou que de-
senvolve e administra atividades voltadas para a cultura
em empresas privadas, órgãos públicos, organizações
não governamentais e espaços culturais (Avelar, 2008).

Consequentemente, a gestão de projetos e


políticas culturais exige cada vez mais:

- articular os diferentes atores do campo cul-


tural;
- vincular as ações das políticas culturais;
- ligar os projetos desvinculados da política
ou da instituição;
- promover a interlocução com outros ges-
tores;
- relacionar-se com artistas, mídia e público
de diferentes manifestações culturais.
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Produtor Cultural
O produtor cultural está relacionado ao lado mais
executivo, mais cotidiano de um projeto cultural, crian-
do e administrando diretamente eventos e projetos cul-
turais, intermediando as relações dos artistas e demais
profissionais da área com o poder público, as empresas
patrocinadoras, os espaços culturais e o público consu-
midor de cultura.

Ao produtor cultural cabe:

- operacionalizar políticas e projetos;


- concretizar as ideias expressas em um pla-
nejamento;
- cumprir as metas estabelecidas em um cro-
nograma.

O produtor cultural pode ser um especialista em


determinados assuntos de cultura e deverá produzir
aquilo que é do seu domínio, ou seja, ser um produtor
de música, de espetáculos da área audiovisual.
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Apesar das diferenças, o gestor e o produtor


devem ser profissionais capazes de:

- elaborar projetos;
- captar recursos;
- dominar o uso das leis de incentivo à cul-
tura;
- estar atento a questões legais e jurídicas –
tais como o direito autoral;
- estar atento às características e às ferra-
mentas de marketing, bem como às novas
formas de divulgação;
- conhecer as limitações da burocracia;
- conhecer os fundamentos do planejamen-
to, do orçamento e ter noções de contabili-
dade;
- dinamizar os fazeres culturais;
- conjugar os fazeres culturais com os diver-
sos interesses em jogo;
- potencializar os fazeres culturais como fa-
tores de desenvolvimento da cadeia produ-
tiva do segmento.
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Lei 8.313

capítulo

2
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Ministério, secretarias,
instituições culturais
vinculadas e CNIC
A Lei 8.313, lei federal de incentivo à cultura, foi
promulgada em 1991 pelo governo federal e instituiu o
Programa Nacional de Apoio à Cultura (PRONAC). A lei,
desde sua criação, é conhecida como “Lei Rouanet”, por
conta de seu mentor, o diplomata Sérgio Paulo Rouanet,
à época secretário de Cultura da Presidência da Repú-
blica. Criada com o objetivo de incentivar o desenvolvi-
mento das atividades culturais no Brasil e até hoje em vi-
gor, ainda é o principal mecanismo de financiamento da
cultura brasileira. Durante esses anos, a lei passou por
diversas modificações, sempre visando acompanhar as
demandas da sociedade, a evolução das linguagens ar-
tísticas, bem como o aparecimento de novas platafor-
mas digitais e ferramentas de gestão.
A lei federal de incentivo à cultura é gerida pelo ór-
gão do governo federal que trata de ações em prol do
desenvolvimento do setor cultural brasileiro, como um
segmento produtivo da economia, um direito do cida-
dão para ter acesso a atividades artísticas e culturais ou
símbolo que nos identifica como povo brasileiro. Hoje,
esse órgão é o Ministério da Cultura. A gestão da lei é
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realizada pela Secretaria de Fomento e Incentivo à Cul-


tura (SEFIC), instituição dedicada quase que exclusiva-
mente à gestão dos três mecanismos de financiamento
criados pela lei: o Incentivo a Projetos Culturais, o Fundo
Nacional da Cultura (FNC) e os fundos de Investimento
Cultural e Artístico (FICART), este último nunca imple-
mentado.
Nesta capacitação, vamos tratar, ape-
nas, do Incentivo a Projetos Culturais, um
dos mecanismos do PRONAC, aquele que
é mais utilizado pela sociedade e até con-
fundido com a própria Lei Rouanet. É o me-
canismo mais conhecido, principalmente
por conta de seu alcance e da facilidade de
operação.
29

Resumindo, podemos definir o Incenti-


vo a Projetos Culturais como uma renúncia
fiscal oferecida pelo governo federal, que
possibilita a pessoas físicas e jurídicas inves-
tirem uma parte do seu Imposto de Renda
devido diretamente em projetos culturais
previamente aprovados pelo Ministério da
Cultura. Ou seja, em vez de pagar todo o Im-
posto de Renda ao governo, o contribuinte
pode optar por destinar uma pequena parte
diretamente a uma ação cultural, à sua es-
colha.
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Doação e Patrocínio
Os investimentos na lei estão classificados em
duas categorias: DOAÇÃO e PATROCÍNIO. O Decreto
5.761/2006, que regulamentou a lei, em seu artigo 4º,
assim define essas categorias:

DOAÇÃO: Transferência definitiva e ir-


reversível de numerário ou bens em favor
de proponente, pessoa física ou jurídica sem
fins lucrativos, cujo programa, projeto ou
ação cultural tenha sido aprovado pelo Mi-
nistério da Cultura.

PATROCÍNIO: Transferência definiti-


va e irreversível de numerário ou serviços
com finalidade promocional, a cobertura
de gastos ou a utilização de bens móveis ou
imóveis do patrocinador, sem a transferên-
cia de domínio, para a realização de progra-
ma, projeto ou ação cultural que tenha sido
aprovado pelo Ministério do Turismo.
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Resumindo, a DOAÇÃO é um investimento


sem finalidade promocional do investidor, que
aporta os recursos incentivados, mas não soli-
cita contrapartidas ao proponente do projeto.
Já o PATROCÍNIO é o aporte de recursos incen-
tivados que se caracteriza por um interesse
promocional, ou seja, o investidor utiliza as
contrapartidas permitidas pela lei para a pro-
moção de sua marca ou atividade.
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Todos os projetos que desejam receber esses be-


nefícios fiscais devem ser propostos ao governo por
produtores culturais dentro das normas de regulamen-
tação. Esses projetos são analisados em várias etapas,
quando são considerados adequados em seu conteúdo
em consonância com a proposta, com a apresentação
dos documentos obrigatórios, a regularidade fiscal do
proponente, a capacidade e a experiência dos profissio-
nais envolvidos, o cumprimento das contrapartidas so-
ciais necessárias e a consistência do orçamento propos-
to em seus limites obedecidos.

Para analisar as propostas, a SEFIC conta com


especialistas nas diversas linguagens que dão parece-
res sobre a consistência e a viabilidade das propostas
apresentadas. Além desses especialistas, a SEFIC con-
ta com as demais secretarias parceiras e com as insti-
tuições culturais vinculadas ao Ministério da Cultura,
dentre elas a Fundação Nacional das Artes (FUNARTE),
o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacio-
nal (IPHAN), o Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) e
a Biblioteca Nacional, entre outras.
Por fim, os projetos devem ser apreciados pela
Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC), ór-
gão colegiado criado pela lei, formado por componen-
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tes do governo e da sociedade civil. A CNIC tem a res-


ponsabilidade de homologar ou corrigir, se for o caso,
todas as análises anteriores, recomendando ou não a
aprovação final do projeto.
A análise de um projeto deve ser feita de forma
objetiva, sob critérios claros. A legislação (lei e decre-
to) determina que os projetos não podem ser objeto
de apreciação subjetiva quanto ao seu valor artístico
ou cultural.
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Lei 8.313/1991
O artigo 22 da Lei 8313/91 defende que os proje-
tos enquadrados nos objetivos deste dispositivo não
poderão ser objeto de apreciação subjetiva quanto ao
seu valor artístico ou cultural.

Decreto
11.453/2023, art. 49
Conforme o § 3º do art. 49º. do Decreto 11.453/2023, a
apreciação técnica de que trata o § 2º deverá verificar,
necessariamente, o atendimento das finalidades do
PRONAC, a adequação dos custos propostos aos prati-
cados no mercado, sem prejuízo dos demais aspectos
exigidos pela legislação aplicável, vedada a apreciação
subjetiva baseada em valores artísticos ou culturais.
Isso significa que uma opinião pessoal quanto ao tema
ou conteúdo de uma obra (seja livro, exposição de
arte, ritmo musical ou qualquer das expressões artís-
ticas admitidas) não pode ser levada em consideração
por nenhum dos técnicos, analistas ou pareceristas
que avaliam o projeto. A mesma determinação está
reforçada na Instrução Normativa (IN) 01/2023, em
seu artigo 2º, §1º.
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Lei e instrumentos
infralegais
É fundamental a quem apresentar um projeto cul-
tural o conhecimento de toda a legislação que rege o
PRONAC, pois o proponente é o único responsável civil
pela utilização dos recursos destinados ao projeto. Além
da questão legal implicada, esse conhecimento garanti-
rá uma boa execução da ação proposta, com base nas
normas vigentes, bem como, por consequência, permiti-
rá a apresentação de uma prestação de contas clara que
comprove o fiel uso desses recursos públicos. Todos os
procedimentos que foram definidos para o PRONAC es-
tão nos seguintes documentos legais:

A Lei 8.313, de 23 de dezembro de 1991, que instituiu o Programa


Nacional de Apoio à Cultura (PRONAC), está disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8313cons.htm

O Decreto 11.453/2023 dispõe sobre os mecanismos de fomento


do sistema de financiamento à cultura de que trata o inciso VI do §
2º do art. 216-A da Constituição, instituídos pela Lei nº 8.313, de 23
de dezembro de 1991, pela Lei nº 13.018, de 22 de julho de 2014,
pela Lei nº 14.399, de 8 de julho de 2022, e pela Lei Complementar
nº 195, de 8 de julho de 2022, e estabelece procedimentos padroni-
zados de prestação de contas para instrumentos não previstos em
legislação específica, na forma do disposto na Lei Complementar nº
195, de 2022, a qual está disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2023/decreto/
D11453.htm
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Instruções normativas
Legislação que estabelece procedimentos para
apresentação, recebimento, análise, aprovação, exe-
cução, acompanhamento, prestação de contas e ava-
liação de resultados de projetos culturais, relativos
ao mecanismo de incentivo a projetos culturais do
PRONAC. A instrução normativa pode ter um cará-
ter geral, incluindo todos os procedimentos sobre o
PRONAC ou, apenas, alterando algum procedimento
específico, de forma permanente ou temporária.

A Instrução Normativa Vigente é a 01/2023 de


10/04/2023, a qual estabelece procedimentos relati-
vos à apresentação, à recepção, à seleção, à análise,
à aprovação, ao acompanhamento, ao monitoramen-
to, à prestação de contas e à avaliação de resultados
dos programas, dos projetos e das ações culturais do
mecanismo de Incentivo a Projetos Culturais do Pro-
grama Nacional de Apoio à Cultura (PRONAC).

https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/instrucao-normativa-
-minc-n-1-de-10-de-abril-de-2023-476028057?

Portarias
Documentos de ato administrativo que contêm
instruções acerca da aplicação de regras, normas de
execução de serviço e determinações da competência
de uma autoridade pública. Os projetos da Lei Fede-
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ral de Incentivo à Cultura são aprovados, alterados,


reprovados ou prorrogados mediante a emissão de
portarias e sua publicação no Diário Oficial da União
(DOU).

Manuais
Conjunto de informações sobre determinados
procedimentos necessários ao cumprimento de uma
exigência contida na legislação. O Ministério da Cul-
tura utiliza o Manual de Marcas do PRONAC, o qual
regula a aplicação das marcas e publicidade dos pro-
jetos, e o Manual do Vale Cultura, responsável pela
regulamentação da aplicação de marcas e publicida-
de do governo federal.

As instruções normativas, portarias e manuais que se relacionam


com o PRONAC estão disponíveis em:

http://leideincentivoacultura.cultura.gov.br/legislacao/
(Observação: Até o fechamento da edição, o site não está atualiza-
do com o novo decreto e a nova instrução normativa.)

Nesse site também está reproduzida a legislação principal: a Lei


8.313 e o Decreto 5.761.
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As leis e os decretos são legislações mais estáveis e


de mais difícil alteração. Para uma lei ser alterada é ne-
cessária a anuência do Congresso Nacional, por iniciati-
va dos parlamentares ou do Poder Executivo. Um decre-
to, por sua vez, só pode ser alterado por determinação
da Presidência da República, sendo um ato exclusivo do
presidente.
Por outro lado, a instrução normativa é uma legis-
lação de mais fácil alteração. São normas definidas pelo
órgão gestor do PRONAC e podem ser alteradas frequen-
temente, de forma a acompanhar as demandas mais ur-
gentes da sociedade, as mudanças de cenário econômi-
co, as urgências sanitárias (Covid-19, por exemplo) e até
o aparecimento de novas linguagens artísticas e novas
tecnologias de gestão. Por esse motivo, para uma boa
gestão dos projetos é imprescindível que o proponente
mantenha-se atualizado sobre eventuais mudanças da
legislação que, por algum motivo, interfiram nos proje-
tos que estão sendo executados.
As instruções normativas (INs) são a principal le-
gislação que deve ser conhecida pelo proponente, pois
nelas estão definidos os detalhes de cada fase da exe-
cução do projeto, desde a apresentação da proposta
até à prestação de contas final. As regras estabelecidas
nas instruções normativas geralmente estão organiza-
das de forma clara e didática, de fácil compreensão.
No entanto, algumas INs são editadas apenas para al-
terar uma regra específica e podem tratar de um úni-
39

co tema. Antes de propor um novo projeto, sempre as


instruções normativas são a principal legislação que
deve ser conhecida pelo proponente, pois nelas estão
definidos detalhes de cada fase da execução do proje-
to, desde a apresentação da proposta até à prestação
de contas final. As regras estabelecidas nas instruções
normativas via de regra estão organizadas de forma
clara e didática, de fácil compreensão (verifique as
instruções normativas em vigor antes de enviar seu
projeto e veja se o mesmo está de acordo com a legis-
lação vigente).

https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/ins-
trucao-normativa-minc-n-1-de-10-de-abril-
-de-2023-476028057?
40

Áreas culturais
contempladas
(artigo 18 versus
artigo 26)
Em princípio, todas os segmentos
culturais podem receber incentivos fis-
cais oriundos da Lei Rouanet. Porém, a
lei estabelece prioridades de concessão
de incentivo, considerando necessidades
históricas específicas de cada segmento.
Essa prioridade foi estabelecida pelo ní-
vel de renúncia fiscal oferecido aos inves-
tidores, uma vez que, quanto maior for o
retorno ao patrocinador, mais fácil torna-
-se a captação dos recursos destinados
aos projetos. Por isso, todos os projetos
recebem uma classificação pelos artigos
da lei que regulam tais percentuais. Essa
classificação está prevista nos artigos 18
e 26 desse dispositivo legal.
Algumas ações podem ser finan-
ciadas com 100% dos recursos oriundos
do incentivo fiscal, possibilitando que os
patrocinadores tenham 100% de retorno
41

sobre os recursos investidos nos projetos (art. 18). Ou-


tras ações são financiadas com recursos compartilhados
entre governo e patrocinadores, ou seja, o patrocinador
não tem retorno de 100% sobre os investimentos feitos
nos projetos culturais, devendo contribuir com parte de
recursos próprios (art. 26).
Essas regras diferenciadas entre projetos que re-
cebem ou não os 100% de retorno sobre os recursos
aportados pelos investidores promovem uma maior ou
menor possibilidade de captação junto aos potenciais
patrocinadores, sejam pessoas físicas ou jurídicas.
42

Tal critério de percentual de renúncia fiscal é de-


finido pela própria Lei 8.313, não podendo ser
alterado por instrumentos infralegais (decreto
ou instrução normativa). O artigo 18 da lei defi-
ne quais são os segmentos que podem receber
100% de renúncia fiscal, listados a seguir:
1. artes cênicas;
2. livros de valor artístico, literário ou humanís-
tico;
3. Música erudita, instrumental e regional;
4. exposições de artes visuais;
5. doações de acervos para bibliotecas públicas,
museus, arquivos públicos e cinematecas, bem
como treinamento de pessoal e aquisição de
equipamentos para a manutenção desses acer-
vos;
6. produção de obras cinematográficas e video-
fonográficas de curta e média metragens e pre-
servação e difusão do acervo audiovisual;
7. preservação do patrimônio cultural material e
imaterial;
8. construção e manutenção de salas de cinema
e teatro, que poderão funcionar também como
centros culturais comunitários, em municípios
com menos de 100.000 (cem mil) habitantes.
43

Portanto, os projetos que NÃO estiverem


inseridos nesses segmentos NÃO permitirão
100% de retorno sobre os investimentos reali-
zados pelos patrocinadores, sendo obrigatória
uma participação do investidor com recursos
próprios. Tal participação é regulada pelo ar-
tigo 26 da lei, sendo 20% para pessoas físicas
e variando de 60 a 70% de recursos próprios
para pessoas jurídicas.
Esses percentuais podem ser menores,
considerando que a legislação permite que
o patrocinador pessoa jurídica contabilize o
investimento como despesa operacional da
empresa. Isso possibilita reduzir a participa-
ção de recursos próprios para cerca de 30%.
No entanto, recomendamos que o cálculo
da participação da empresa investidora, quan-
do o projeto for classificado pelo artigo 26, seja
feito por um contador habilitado, consideran-
do a legislação relativa ao Imposto de Renda
controlada pela Receita Federal do Brasil.

Na Lei nº 8.313, de 23 de dezem-


bro de 1991, estão detalhados os
segmentos culturais que podem
ser enquadrados no artigo 18.
44

Quem pode
ser proponente
Podem ser proponentes, apresentando projetos
para utilização dos benefícios fiscais da Lei Rouanet,
pessoas físicas e jurídicas, com ou sem fins lucrativos,
que comprovem atuação na área cultural.
As pessoas jurídicas devem possuir, também, uma
natureza cultural comprovada por meio da existência
nos registros do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica
(CNPJ), do(s) código(s) de Classificação Nacional de Ativi-
dades Econômicas (CNAE), relacionado(s) à área cultural
do projeto.
45

O proponente que apresentar o seu primeiro pro-


jeto junto ao Pronac será dispensado dacomprovação
de atuação na área cultural, caso o valor do Custo Total
do Projeto seja de até R$200.000,00 (duzentos mil reais).
Para o cumprimento do princípio da não-concentra-
ção, disposto no § 8º do art. 19 da Leinº 8.313, de 1991,
serão adotados os seguintes limites de quantidades e
valores de projetos aprovados paracaptação por car-
teira de proponente:

I - para Empreendedor Individual (EI),


com enquadramento Microempreende-
dor Individual (MEI),e para pessoa física,
até 4 (quatro) projetos ativos, totalizan-
do R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais);
II - para os demais enquadramentos
de Empreendedor Individual (EI), até
8 (oito) projetos ativos,totalizando R$
6.000.000,00 (seis milhões de reais); e
III - para Sociedades Limitadas Uni-
pessoal, Sociedades Limitadas (LTDA)
e demais pessoasjurídicas, até 16 (de-
zesseis) projetos ativos, totalizando R$
10.000.000,00 (dez milhões de reais).
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Quando podem
ser apresentados
os projetos
A apresentação de um projeto é feita de forma
eletrônica, em plataforma digital especialmente cons-
truída para tal fim, bem como para promover publici-
dade e transparência para a sociedade brasileira. Essa
plataforma é o Sistema de Apoio às Leis de Incentivo
à Cultura (SALIC), disponível durante todos os dias do
ano, 24 horas por dia. No entanto, para a apresentação
de propostas, o sistema está aberto entre os dias 01
de fevereiro e 30 de novembro de cada ano, de acordo
com o que determina a IN 01/2023, em seu art. 5º.
47

Quem pode ser


patrocinador ou
doador
O patrocinador ou doador dos projetos da Lei
Rouanet é a pessoa física ou jurídica que destina parte
do seu Imposto de Renda devido para projetos apro-
vados no PRONAC. Ao investir no projeto, o patroci-
nador pode receber, além do incentivo fiscal, alguns
benefícios decorrentes da execução do projeto, como
visibilidade de marca, cotas de produtos culturais ge-
rados pelo projeto, unidades de livros, CDs e ingressos,
entre outros. As regras de possibilidade de patrocínio
são distintas para PESSOA FÍSICA e PESSOA JURÍDICA,
estando reguladas pela Lei 8.313 e pelo Decreto 5.761
48

Investimento por
pessoas físicas
Podem investir em projetos culturais
aprovados pelo Ministério da Cultura, com
base na Lei Rouanet, pessoas físicas contri-
buintes do IR que fazem a declaração de Im-
posto de Renda Pessoa Física pelo MODELO
COMPLETO, podendo ser deduzidos até 6% do
imposto devido.
O investidor deve fazer um depósito iden-
tificado pelo CPF ou uma transferência eletrô-
nica no valor desejado de patrocínio/doação
na conta bancária do projeto, até o último dia
útil do ano corrente. Após o depósito, a entida-
de ou o proponente do projeto irá emitir um
recibo (Recibo de Mecenato) e enviar ao patro-
cinador, servindo como comprovante para que
a renúncia fiscal se efetue.

O retorno ao investimento feito virá


no ano seguinte, na forma de restituição ou
abatimento do valor do IR a pagar, em campo
específico existente no modelo completo da
declaração anual do Imposto de Renda.
49

O retorno varia de acordo com a renúncia


permitida pela classificação do projeto, feito
pelo Ministério da Cultura, nos artigos 18 e 26
da lei, sempre limitado a 6% do imposto devido.
Todos os projetos enquadrados no artigo
18 recebem a possibilidade de oferecer 100%
de abatimento. Projetos classificados no artigo
26 recebem 60% de retorno, nos casos de PA-
TROCÍNIO, e 80%, nos de DOAÇÃO.
50

Investimento por
pessoas jurídicas
Podem investir em projetos culturais, aprovados
pelo Ministério da Cultura, pessoas jurídicas contribuin-
tes do Imposto de Renda que utilizam o regime tributá-
rio de LUCRO REAL, com possibilidade de dedução de
até 4% do IR devido.
Para PESSOAS JURÍDICAS também há percentuais dis-
tintos para projetos, de acordo com o seu enquadramento.
Projetos enquadrados no artigo 26 recebem per-
centuais variáveis de abatimento, nas categorias DOA-
ÇÃO e PATROCÍNIO. Para projetos enquadrados no ar-
tigo 18, o investidor recebe abatimento de 100%, tanto
para DOAÇÃO quanto para PATROCÍNIO.

No caso de projetos enquadrados no artigo 26,


os percentuais de incentivo para o investidor
são de 40% para DOAÇÃO e 30% para PATRO-
CÍNIO. Esses percentuais podem chegar a 75%
para DOAÇÃO e 65% para PATROCÍNIO, de-
pendendo da contabilização do investimento
feita como despesa operacional da empresa
investidora, sendo esse um cálculo que deve
ser feito por um contador habilitado.
51
IMPORTANTE
SABER:
A legislação brasileira que regula esses
regimes tributários de pessoas jurídicas é
complexa.
No entanto, é importante o produtor
cultural que busca patrocínio saber, pelo me-
nos, se a empresa onde pretende captar re-
cursos utiliza o sistema tributário de LUCRO
REAL que viabilize qualquer investimento em
seu projeto. Empresas que utilizam o regime
de LUCRO PRESUMIDO ou SIMPLES NACIO-
NAL não podem utilizar os incentivos fiscais
da lei federal de incentivo à cultura.
Atualmente, há um projeto de lei em tra-
mitação na Câmara dos Deputados no qual
empresas tributadas em lucro presumido po-
derão utilizar os incentivos.
A legislação brasileira que regula esses
regimes tributários de pessoas jurídicas é
complexa. Contudo, é importante o produtor
cultural que busca patrocínio saber, pelo me-
nos, se a empresa na qual pretende captar re-
cursos utiliza o sistema tributário de LUCRO
REAL que viabilize qualquer investimento em
seu projeto. Empresas que utilizam o regime
de LUCRO PRESUMIDO ou SIMPLES NACIO-
NAL não podem utilizar os incentivos fiscais
da lei federal de incentivo à cultura.
52
53

Elaboração
de Projetos
capítulo

3
54
55

Documentos
necessários para
a elaboração
de projetos
Para inscrever um projeto na Lei Rouanet é neces-
sário que o proponente, pessoa física ou jurídica, tenha
seus documentos em situação regular. Os documentos
necessários são apresentados em meio eletrônico, inse-
ridos no Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura
(SALIC), plataforma digital que será detalhada no Módu-
lo II. A lista desses documentos está descrita no Anexo III
da Instrução Normativa nº 01/2023.
56

Alguns documentos são aqueles relativos


ao PROPONENTE, outros são referentes ao PRO-
JETO, casos em que são específicos para cada
tipo de projeto. Vide Anexo I da IN 01/2023, com
reprodução parcial no capítulo 8 deste manual.

Além da documentação exigida


para a inscrição dos projetos, todos
os proponentes devem assinar uma
DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE,
documento-padrão e eletrônico inse-
rido no SALIC. Essa declaração é apre-
sentada ao proponente na primeira
fase de inscrição no SALIC.
57

A DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE é
um documento no qual o proponente decla-
ra ter conhecimento de toda a legislação per-
tinente e das obrigações relativas ao uso dos
recursos públicos durante toda a execução do
projeto. Esse documento deve ser lido com
atenção, pois ele pode ser utilizado em futuros
processos de acompanhamento e fiscalização
na execução dos projetos.
Além da documentação exigida, descri-
ta no Anexo III da IN, todos os proponentes
devem ter suas situações fiscais, tributárias e
previdenciária regulares em âmbito federal,
durante todo o período de execução do proje-
to. O Ministério da Cultura consulta essa regu-
laridade pelos sistemas disponíveis, emitindo
a CERTIDÃO NEGATIVA DE DÉBITOS RELATIVOS
AOS TRIBUTOS FEDERAIS E À DÍVIDA ATIVA DA
UNIÃO (CQTF), a CERTIDÃO NEGATIVA DE DÉBI-
TOS RELATIVOS ÀS CONTRIBUIÇÕES PREVIDEN-
CIÁRIAS E ÀS DE TERCEIROS e o CERTIFICADO DE
REGULARIDADE DO FGTS, bem como verifican-
do a regularidade no CADASTRO INFORMATIVO
DE CRÉDITOS NÃO QUITADOS DO SETOR PÚ-
BLICO FEDERAL (CADIN). Caso a Ministério não
consiga emitir essas declarações, o proponente
será diligenciado para regularizar a situação.
58

Elaboração
do Projeto
Primeiro Passo
Técnica do 4QPOC – 5W2H
Para produzir e elaborar um projeto,
deve-se demonstrar claramente “o quê”,
“para quê”, “por quê”, “como” e “com quan-
to” se pretende realizar um produto cultu-
ral.
O projeto servirá para apresentar o
que se pretende produzir aos patrocinado-
res e apoiadores, responsáveis por teatros
e casas de espetáculos, gravadoras, parcei-
ros em geral, assim como para a aprovação
nas leis de incentivo à cultura.
Dedique um tempo à elaboração do
projeto, tendo em mente que ele será a
base de planejamento para o seu produto
cultural. Um projeto bem planejado dimi-
nuirá o estresse da produção.
Lembre-se também de que o patro-
cinador irá avaliar o produto cultural que
você quer produzir pelo projeto que apre-
sentar.
59

Imagem
Interpretativa
O que vamos fazer? (What?)
Por quê? (Why?)
Como? (How?)
Quem faz o quê? (Who?)
Quando realizaremos o projeto? (When?)
Onde será realizado o projeto? (Where?)
Quanto vai custar? (How much?)
60

Resumo da proposta
(O quê?) (What?)
Na apresentação é preciso descrever
o objeto do projeto.
O objeto é, em última instância, uma
“ação ou atividade cultural” e, por isso,
acontece em um lugar, em determinado
período, realizado por uma pessoa ou um
grupo de pessoas, por determinadas ra-
zões, podendo estar associado a conceitos
ou a movimentos artístico-culturais tradi-
cionais ou contemporâneos.
A apresentação ou descrição é uma
síntese do projeto. Comece com um histó-
rico do projeto (da ação ou atividade a ser
realizada), descreva como surgiu a ideia de
realizá-lo, qual a sua importância, número
de pessoas envolvidas, principais objeti-
vos, a qual público se destina e, finalmen-
te, em que período e local ocorrerá.
No campo Resumo deve-se descrever
o objetivo do projeto em no máximo cin-
co (5) linhas. O texto deve ser conciso e
apresentar de forma clara os produtos que

compõem a proposta.
61

Objetivos
(Quê? Quais? Quantos?)
Campo de preenchimento da proposta destina-
do ao que o projeto pretende alcançar, sua finalidade;
perguntas-chave: qual o principal resultado que o pro-
jeto pretende alcançar? Para que realizar o projeto?
Os objetivos devem expor os resultados que se
pretende atingir, os produtos a serem elaborados, be-
nefícios da ação ou atividade cultural oposta, se possí-
vel a curto, médio e longo prazos.

Um projeto pode ter mais de um


objetivo, geralmente tem-se um
Objetivo Geral e Objetivos Espe-
cíficos (decomposição do geral),
devendo-se mencionar todos, ten-
do-se o cuidado de formular Obje-
tivos Específicos que contribuam
para o alcance do Objetivo Geral e
que, também, possibilitem a verifi-
cação do cumprimento do projeto.
No Objetivo Geral deve-se descre-
ver, resumidamente, qual o princi-
pal resultado que o projeto preten-
de alcançar, qual a sua finalidade.
62

Faça um pequeno parágrafo com o Objetivo Geral e or-


ganize em picos os Objetivos Específicos, os quais de-
vem iniciar com um verbo, serem claros e sucintos.
Neste campo copie, cole, negrite e depois fundamente
ao menos um dos incisos do artigo 2º Decreto 11.453, de
23/03/23, de maneira integral, transcritos a seguir:

Art. 3º Na execução do PRONAC, serão apoiados progra-


mas, projetos e ações culturais destinados às seguintes
finalidades:

I - valorizar a cultura na- dimensões material e ima-


cional, consideradas suas terial;
várias matrizes e formas de V - incentivar a ampliação
expressão; do acesso da população à
II - estimular a expressão fruição e à produção dos
cultural dos diferentes gru- bens culturais;
pos e comunidades que VI - fomentar atividades
compõem a sociedade bra- culturais com vistas à pro-
sileira; moção da cidadania cul-
III - viabilizar a expressão tural, da acessibilidade às
cultural de todas as regiões atividades artísticas e da
do país e sua difusão em diversidade cultural;
escala nacional; VII - desenvolver atividades
IV - promover o restauro, que fortaleçam e articulem
a preservação e o uso sus- as cadeias produtivas e os
tentável do patrimônio arranjos produtivos locais
cultural brasileiro em suas nos diversos segmentos
63

culturais; ração e o aperfeiçoamento


VIII - fomentar o desenvol- de recursos humanos para
vimento de atividades ar- a produção e a difusão cul-
tísticas e culturais pelos turais;
povos indígenas e pelas XIII - promover a difusão e
comunidades tradicionais a valorização das expres-
brasileira; sões culturais brasileiras
IX - apoiar as atividades no exterior e o intercâmbio
culturais de caráter inova- cultural com outros países;
dor ou experimental; XIV - estimular ações com
X - apoiar ações artísticas vistas a valorizar artistas,
e culturais que usem novas mestres de culturas popu-
tecnologias ou sejam dis- lares tradicionais, técnicos
tribuídas por plataformas e estudiosos da cultura
digitais; brasileira;

XI - apoiar e impulsionar XV - apoiar o desenvolvi-


festejos, eventos e expres- mento de ações que inte-
sões artístico-culturais tra- grem cultura e educação;
dicionais e bens culturais XVI - apoiar ações de pro-
materiais ou imateriais dução de dados, informa-
acautelados ou em proces- ções e indicadores sobre o
so de acautelamento; setor cultural; e
X - apoiar a inovação em XVII - apoiar outros proje-
atividades artísticas e cul- tos e atividades culturais
turais, inclusive em arte considerados relevantes
digital e em novas tecnolo- pelo Ministro de Estado da
gias; Cultura.
XII - impulsionar a prepa-
64

Nos Objetivos Específicos devem ser citadas todas


as ações que serão realizadas no projeto, ou seja, os
produtos específicos oferecidos à população devem ser
mensuráveis e devidamente comprovados na prestação
de contas.
Cite a quantidade total de público beneficiado para
cada produto cadastrado no Plano de Distribuição e
como será distribuído, informando se será gratuito, se
terá comercialização, ingresso etc.
Para construir uma proposta cultu-
ral eficiente é necessário saber como
você vai prestar contas do projeto.

Pergunte-se:
1. Quais são os produtos?
2. Quais serão as ações culturais?
3. Como serão os resultados do projeto?
4. Como a Avaliação de Resultados poderá avaliar as
suas entregas?
5. Que documentos deverá juntar para a comprovação
do alcance de resultados?
Não se preocupe neste momento. Enquanto você não
enviar a proposta ao Ministério da Cultura, o texto dos
objetivos é ajustável.
65

OS OBJETIVOS ESPECÍFICOS DEVEM ESTAR CLAROS,


COM AS QUANTIDADES DE APRESENTAÇÕES, DURA-
ÇÃO DE EXPOSIÇÕES, HORAS-AULA OFERECIDAS ETC.,
CONFORME OS SEGUINTES EXEMPLOS (preencha o
produto em maiúsculas para dar o devido destaque,
disponha as ações em formato de listas mensuráveis
(verbos no infinitivo - quantitativos e unidades de me-
dida).
Exemplo de como as informações
devem estar organizadas.

Objetivos Gerais
Decreto nº 11.453/23
Art. 3º Na execução do PRONAC, serão apoiados pro-
gramas, projetos e ações culturais destinados às se-
guintes finalidades:
XI - apoiar e impulsionar festejos, eventos e expres-
sões artístico-culturais tradicionais e bens culturais
materiais ou imateriais acautelados ou em processo
de acautelamento
Pois (...)
XIV - estimular ações com vistas a valorizar artistas,
mestres de culturas tradicionais, técnicos e estudiosos
da cultura brasileira.
66

Objetivos Específicos
A) Produto ESPETÁCULO DE ARTES CÊNICAS:
• Realizar 24 apresentações teatrais da peça “tal” com
entrada gratuita e
• Realizar duas apresentações por mês, totalizando 24
apresentações durante os 12 meses de execução do
projeto.
B) Produto CURSO/OFICINA/ESTÁGIO:
• Realizar 80 aulas de 50h/a de oficinas de teatro duran-
te a execução do projeto e
• Realizar em 10 meses oficinas de teatro duas vezes na
semana, totalizando 80 aulas de 50h/a.
C) Produto LIVRO:
• Produzir, publicar e distribuir 3000 exemplares do livro
“tal”.
D) Produto EXPOSIÇÃO DE ARTES:
• Realizar uma exposição de fotos durante cinco dias (se-
gunda a sexta) com entrada franca, do fotógrafo “tal”.
E) Produto CONTRAPARTIDA SOCIAL:
• Realizar um curso de teatro de 40h/aula com emissão
de certificado e
• Realizar um curso de teatro para 300 estudantes e pro-
fessores de instituições públicas de ensino.
67

Fique de olho!
a) No caso de Oficinas, informar sobre
qual assunto, tema ou conteúdo será a
oficina, quantas vezes por semana se-
rão oferecidas as oficinas e por quantos
meses, além do total de carga horária.
b) No caso de Exposições, informar por
quanto tempo a exposição ficará dispo-
nível para visitação e durante quantos
dias da semana será aberta à visitação.
c) ATENÇÃO: Evite termos como “levar a
cultura para locais ....” “Propagar a cul-
tura e a peculiaridade de cada região
brasileira”, “Gerar empregos...”, “Trazer
alegria...”, “Transformar a vida...”.
d) Os objetivos ESPECÍFICOS devem ser
mensuráveis e devidamente comprova-
dos na prestação de contas e
e) ATENÇÃO: Caso o campo “Objetivos
Específicos” não esteja preenchido de
forma clara o suficiente para que se en-
tenda o que será realizado no projeto, a
proposta não será analisada, visto que
esse campo é crucial para a análise de
toda a proposta.
68

As características do projeto ou, mesmo, a trajetó-


ria do proponente, pode ter ou indicar um determina-
do público que já possua um envolvimento com a ação
ou atividade cultural proposta ou, ainda, ao contrário, a
desconheça ou não tenha acesso e possa dela se bene-
ficiar de alguma forma.
Alguns aspectos podem auxiliar na definição do pú-
blico: onde o projeto será desenvolvido, a linguagem a
que se refere (artes plásticas, dança, música, teatro etc.)
e a sua proposta (popular, erudita etc.), entre outros.

Se o proponente conhecer seu público pode


ainda detalhar aspectos como faixa etária,
área de atuação, condições de vida etc.

Justificativa
(Por quê?) (Why?)
Na Justificativa devem ser apresentadas as razões
para a realização do projeto. Além de explicitar as razões
pelas quais se tomou a iniciativa de realizar o projeto
proposto, é preciso enfatizar quais circunstâncias favo-
recem a sua execução, justificando-o, o diferenciando e
também destacando suas contribuições para o desen-
volvimento cultural do público ao qual se destina ou
da localidade/região onde se insere.
69

Esse é o momento de convencimento da importân-


cia do projeto e da capacidade do proponente em reali-
zá-lo, cuidando para não se perder em detalhes que es-
tão diretamente vinculados ao projeto. Enfatize os seus
principais atributos.
Lembre-se de que o projeto deve ser justificado
culturalmente. Fale dos seus principais atributos, tais
como sua criatividade, contemporaneidade, tradição, ir-
reverência e popularidade, entre outros.
Nesse campo é necessário cadastrar dois textos de
maneira clara e separadamente: um para os incisos do
artigo 1º da Lei 8313/91 com sua fundamentação e ou-
tro para os incisos do artigo 3º da Lei de Incentivo e sua
respectiva fundamentação.

A) Nesse campo copie, cole, negrite e depois


fundamente os incisos do artigo 1º da Lei
8.313/91 transcritos a seguir:
Art. 1° Fica instituído o Programa Nacional de
Apoio à Cultura (Pronac), com a finalidade de
captar e canalizar recursos para o setor de
modo a:
I. contribuir para facilitar, a todos, os meios para
o livre acesso às fontes da cultura e o pleno exer-
cício dos direitos culturais;
II. promover e estimular a regionalização da pro-
70

dução cultural e artística brasileira, com valori-


zação de recursos humanos e conteúdos locais;
III. apoiar, valorizar e difundir o conjunto das
manifestações culturais e seus respectivos cria-
dores;
IV. proteger as expressões culturais dos grupos
formadores da sociedade brasileira e responsá-
veis pelo pluralismo da cultura nacional;
V. salvaguardar a sobrevivência e o florescimen-
to dos modos de criar, fazer e viver da sociedade
brasileira;
VI. preservar os bens materiais e imateriais do
patrimônio cultural e histórico brasileiro;
VII. desenvolver a consciência internacional e o
respeito aos valores culturais de outros povos ou
nações;
VIII. estimular a produção e a difusão de bens cul-
turais de valor universal, formadores e informa-
dores de conhecimento, cultura e memória;
IX. priorizar o produto cultural originário do país.

B) Agora trace uma linha, copie, cole, negri-


te e depois fundamente os incisos e as res-
pectivas alíneas do artigo 3º da Lei 8.313/91
transcritos, a seguir, para cada produto cul-
tural cadastrado no Plano de Distribuição e
71

suas ações culturais quando em um mesmo


produto:
Art. 3° Para cumprimento das finalidades ex-
pressas no art. 1° desta lei, os projetos cultu-
rais em cujo favor serão captados e canaliza-
dos os recursos do PRONAC atenderão, pelo
menos, um dos seguintes objetivos:
I - Incentivo à formação artística e cultural,
mediante:
a) concessão de bolsas de estudo, pesquisa e
trabalho, no Brasil ou no exterior, a autores,
artistas e técnicos brasileiros ou estrangeiros
residentes no Brasil;
b) concessão de prêmios a criadores, autores,
artistas, técnicos e suas obras, filmes, espetá-
culos musicais e de artes cênicas em concur-
sos e festivais realizados no Brasil;
c) instalação e manutenção de cursos de ca-
ráter cultural ou artístico, destinados à forma-
ção, especialização e aperfeiçoamento de pes-
soal da área da cultura, em estabelecimentos
de ensino sem fins lucrativos.
II - Fomento à produção cultural e artística,
mediante:
a) produção de discos, vídeos, obras cine-
matográficas de curta e média metragens e
72

filmes documentais, preservação do acervo


cinematográfico, bem assim de outras obras
de reprodução videofonográfica de caráter
cultural;
b) edição de obras relativas às ciências huma-
nas, às letras e às artes;
c) realização de exposições, festivais de arte,
espetáculos de artes cênicas, de música e de
folclore;
d) cobertura de despesas com transporte e
seguro de objetos de valor cultural destinados
a exposições públicas no país e no exterior;
e) realização de exposições, festivais de arte e
espetáculos de artes cênicas ou congêneres.
III - Preservação e difusão do patrimônio artís-
tico, cultural e histórico, mediante:
a) construção, formação, organização, manu-
tenção, ampliação e equipamento de museus,
bibliotecas, arquivos e outras organizações
culturais, bem como de suas coleções e acer-
vos;
b) conservação e restauração de prédios, mo-
numentos, logradouros, sítios e demais espa-
ços, inclusive naturais, tombados pelos pode-
res públicos;
c) restauração de obras de artes e bens mó-
73

veis e imóveis de reconhecido valor cultural;


d) proteção do folclore, do artesanato e das
tradições populares nacionais.
IV - estímulo ao conhecimento dos bens e va-
lores culturais, mediante:
a) distribuição gratuita e pública de ingressos
para espetáculos culturais e artísticos;
b) levantamentos, estudos e pesquisas na
área da cultura e da arte e de seus vários seg-
mentos;
c) fornecimento de recursos para o FNC e para
fundações culturais com fins específicos ou
para museus, bibliotecas, arquivos ou outras
entidades de caráter cultural.
V - Apoio a outras atividades culturais e artís-
ticas, mediante:
a) realização de missões culturais no país e no
exterior, inclusive com o fornecimento de pas-
sagens;
b) contratação de serviços para elaboração de
projetos culturais;
c) ações não previstas nos incisos anteriores
e consideradas relevantes pelo ministro de
Estado da Cultura, consultada a Comissão Na-
cional de Apoio à Cultura.
74

Fique
de olho!
a) Seguir a estrutura textual com ter-
mos sugeridos em negrito é importan-
te, pois dá objetividade aos textos e
promove uma análise mais célere por
parte das instâncias técnicas.
b) Inserir a Justificativa do projeto, des-
tacando os motivos para sua realização,
bem como a necessidade do uso do Me-
canismo de Incentivo a Projetos Cultu-
rais.
c) Citar em quais incisos do artigo 1º da
Lei 8313/91 a proposta se enquadra.
d) Citar quais objetivos do artigo 3° da
Lei 8313/91 serão alcançadas com o
projeto.
e) Obs: TRANSCREVER OS INCISOS E AS
ALÍNEAS, justificando em seguida a sua
escolha e
f) Pergunta-chave: POR QUE A LEI DE IN-
CENTIVO À CULTURA?
75

Exemplo de como as informa-


ções devem estar organizadas

Lei 8.313/91
Art. 1° Fica instituído o Programa Na-
cional de Apoio à Cultura (PRONAC),
com a finalidade de captar e canalizar
recursos para o setor de modo a:
VIII. estimular a produção e a difusão
de bens culturais de valor universal,
formadores e informadores de conhe-
cimento, cultura e memória.
Pois (...)
IX. priorizar o produto cultural originá-
rio do País.
Pois (...)
Lei 8.313/91 art. 3° : Para cumprimen-
to das finalidades expressas no art. 1°
desta lei, os projetos culturais em cujo
favor serão captados e canalizados os
recursos do PRONAC atenderão, pelo
menos, um dos seguintes objetivos:
I - incentivo à formação artística e cul-
tural, mediante:
c) instalação e manutenção de cursos
76

de caráter cultural ou artístico, destina-


dos à formação, especialização e aper-
feiçoamento de pessoal da área da cul-
tura, em estabelecimentos de ensino
sem fins lucrativos;
Pois (...)
II - fomento à produção cultural e artís-
tica, mediante:
c) realização de exposições, festivais de
arte, espetáculos de artes cênicas, de
música e de folclore;
Pois (...)
77

Equipe técnica
(Quem?) (Who?)
Escolha para o seu projeto profissionais com o per-
fil da sua ideia e que saibam trabalhar com o seu pú-
blico-alvo. Importante também é ter do seu lado pro-
fissionais nos quais você confie e, de preferência, goste
de trabalhar com eles. O ideal é que vá formando a sua
equipe com bons profissionais, talentosos e bons de li-
dar no dia a dia de trabalho da produção.

A) Deixar explícita qual atividade o proponen-


te realizará no projeto, uma vez que o mesmo
também deverá ser o responsável pela gestão
do processo decisório, incluindo atividade téc-
nico-financeira, visto que sua delegação se ca-
racteriza como intermediação, fato que motiva
o arquivamento da proposta por contrariar a re-
gulamentação relativa ao uso do incentivo fiscal.
B) Verificar se as seguintes informações estão
inseridas (referente aos profissionais participan-
tes):
- nome completo;
- função no projeto;
- currículo resumido dos principais participantes.
78

Fique
de olho!
a) Descreva com detalhes qual ativida-
de (mesmo que voluntária) do dirigente
ou da instituição proponente será reali-
zada no projeto.
b) A gestão do processo decisório, in-
cluindo atividade técnico-financeira, é
competência exclusiva do proponente.
c) Apresente também currículo resumi-
do dos principais participantes.

Período e local
da realização
(Quando?) (When?) –
(Onde?) (Where?)
Informe a data de início e término do projeto e
onde ele será realizado. Lembre-se de que deve solicitar
o patrocínio de uma empresa que tenha interesse nos
locais onde o projeto será realizado.
79

Resultados
previstos
Apresente os Resultados a serem atingidos pelo pro-
jeto e os benefícios produzidos a partir da sua realização.
Os Resultados devem ser mensuráveis e revelar o
alcance dos Objetivos Específicos.
Se possível, apresentar dados quantitativos, como:
número de espetáculos ou mostras, público atingido, ci-
dades abrangidas etc.
Volte ao item Objetivos e tente traduzi-lo em re-
sultados práticos ou produtos que possam ser vistos
ou experimentados. Busque Resultados para cada ob-
jetivo específico, analisando os que, de fato, são viáveis
de concretizar.
80

Estratégia
de Ação
(Como?) (How?)
Em Etapas de Trabalho explica-se como o proje-
to será realizado, detalhando suas etapas, além de de-
monstrar a proximidade que o proponente possui com
a linguagem do projeto e com a produção cultural. Esse
item deve apresentar uma coerência com o orçamento
e o cronograma.
Para elaborar a Estratégia de Ação volte aos itens
Objetivos e Resultados previstos e liste todas as ativida-
des que serão necessárias para atingi-los.
Ordene as ações por etapa de realização e preveja
o tempo de duração de cada uma.

A) Verificar se o campo está subdividido


somente em “Pré-Produção”, “Execução”
e “Pós-Produção”.
Obs.: Cada uma das três etapas deve
conter detalhamento das suas respecti-
vas ações. A definição do período para
cada etapa deve ser em dias, semanas
ou meses de execução, sem especifica-
ção do mês ou da data exata.
81

Exemplo de como as
informações devem
estar organizadas:

ROTEIRO PRÉ-PRODUÇÃO
Tempo estimado: 30 dias
- Reuniões de equipe.
- Assessoria de imprensa
- Contato com editoras

EXECUÇÃO
Tempo estimado: 15 dias
- Ensaios
- Contratação de seguranças
- Registros do espetáculo
-Impressão dos livros.

PÓS-PRODUÇÃO
(tempo máximo: 60 dias)
Tempo estimado:30 dias
-Avaliação
-Prestação de contas.
82

Fique de
olho!
a) Campo de preenchimento de proposta
destinado à Divisão do Projeto em “Pré-Pro-
dução”, “Execução” e “Pós-Produção”, esti-
mando em dias/semanas/meses a duração
de cada etapa sem delimitação de mês ou
data exata.
b) O período máximo de PÓS-PRODUÇÃO é
de 60 dias.
c) Lembre-se de fazer a correlação temporal
com a sua planilha orçamentária.
83

Sinopse da Obra
Insira o conteúdo de todos os produtos do projeto que necessitam
de um breve resumo em relação ao seu assunto. Por exemplo:
seminários, palestras, livros, espetáculo de circo, peça teatral, es-
petáculo de dança, performance, classificação indicativa etária.

Exemplo de como as informações


devem estar organizadas

Produto: Produto: Produto:


APRESENTAÇÃO DE PODCAST CULTU- SEMINÁRIO
TEATRO MUSICAL RAL TEMÁTICA EDUCA-
Segue a DRAMA- DESCRIÇÃO DOS CA- TIVA
TURGIA da peça e PITULOS • Letras e Artes
o detalhamento da (....) - Fotografia
cenografia:
ROTEIRO DE STORY- - Fotomob
(....) TELLING
Segue o detalha- (....)
mento da CENO-
CLASSIFICAÇÃO
GRAFIA:
ETÁRIA
(....)
LIVRE
CLASSIFICAÇÃO
ETÁRIA
LIVRE
84

Segue relação das temáticas culturais para ações educati-


vas de capacitação cultural e Editorial de livros e podcasts:

1. Ciências aplicadas à Economia da Cultura e à Ges-


tão Cultural
a. Museologia, Biblioteconomia e Arquivologia para ges-
tão de acervos culturais;
b. Direito, Administração, Contabilidade, Economia Co-
mércio Exterior para o fomento da Economia da Cultura
e Gestão Cultural;
c. Arquitetura e Urbanismo de Centros Culturais Comu-
nitários com sua plena Acessibilidade e
d. Cinema, Rádio e Televisão, Editorial de livros de valor
artístico, humanístico ou literário e novas mídias criati-
vas culturais.

2. Ciências Humanas
a. Arqueologia
b. Filosofia
c. Geografia Cultural;
d. História Cultural;
e. Sociologia, Antropologia;
f. Educação e Pedagogia voltada ao incentivo da leitura e
escrita criativa cultural;
85

g. Letras e Artes;
i. Literatura
ii. Fundamentos e Crítica das Artes
1. Teoria da Arte
2. História da Arte
3. Crítica da Arte
iii. Artes Plásticas
1. Desenho
2. Gravura
3. Escultura
4. Cerâmica
5. Tecelagem
6. Grafite e Muralismos
7. Artes visuais em paisagismo cultural com
uso de esculturas, pinturas e design)
iv. Música
1. Regência
2. Instrumentação Musical
3. Fabricação de Instrumentos musicais
4. Composição musical e Arranjo
5. Canto
6. Ópera
86

7. Roadie e áudio básico


8. Virtualização de eventos musicais
9. Musicalização
v. Dança
1. Execução da dança
2. Coreografia
3. Capoeira
vi. Teatro
1. Dramaturgia
2. Direção Teatral
3. Sonoplastia, Iluminação, Cenografia, Figuri-
nismo e Maquiagem cênica e suas produções
4. Interpretação teatral
5. Opera
vii. Fotografia
1. Processos fotográficos
2. Restauro fotográfico
3. FotoMob
viii. Cinema
1. Administração e Produção de Filmes
2. Roteiro e Direção
3. Técnicas de Registro e Processamento de
87

Filmes
4. Interpretação Cinematográfica
ix. Artes do Vídeo; e
x. Educação Artística.

3. Técnico Cultural
a. Turismo Cultural
b. Culinária Regional Cultural Brasileira
c. Manutenção de sistemas de informação culturais –
TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação Cultural)
e P&D – Pesquisa e Desenvolvimento Culturais
d. Programação de Jogos Digitais Culturais
e. Artesanato e Manualismo
i. Pedra Metalcerâmica e bonecos de Barro e suas
pinturas
ii. Couro e têxtil (tricô, crochê, patchwork, renda, fu-
xico, tecelagem, serigrafia)
iii. Cestaria e trançados e arte plumária
iv. Entalhamento em madeira, MDF
v. Em papel e encadernação artesanal
vi. Material reciclável
f. Modelagem do Vestuário e Produção de Moda Autoral
Regional Brasileira
88

g. Conservação e Restauro
h. Desing e Desing Gráfico

4. Práticas Culturais
a. Elaboração de Projetos e Pitching
b. Empreendedorismo e Produção Cultural
c. SEO e Marketing Digital Cultural
d. Curadoria e Livreiro Cultural

5. Preservação de Patrimônio Cultural Imaterial por


meio de pesquisa
a. Estadual UF
b. UF – Município
c. Nacional
1. Arte Kusiwa – pintura corporal e arte gráfica Wa-
jãpi – 20/12/2002
2. Bembé do Mercado – 13/06/2019
3. Caboclinho pernambucano – 24/11/2016
4. Cachoeira de Iauaretê – Lugar Sagrado dos po-
vos indígenas dos rios Uapés e Papuri – 10/08/2006
5. Carimbó – 11/09/2014
6. Cavalo Marinho – 03/12/2014
89

7. Círio de Nossa Senhora de Nazaré 05/10/200


8. Complexo Cultural do Bumba-meu-boi do Mara-
nhão – 30/08/2011
9. Fandango Caiçara – 29/11/2012
10. Feira de Campina Grande – 27/19/2017
11. Feira de Caruaru – 20/12/2006
12. Festa de Sant´Ana de Caicó/RN – 10/12/2010
13. Festa do Divino de Paraty – 03/04/2013
14. Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis/
GO – 13/05/2010
15. Festa do Pau de Santo Antônio de Barbalha-CE
– 17/09/2015
16. Festa do Senhor Bom Jesus do Bonfim –
05/06/2013
17. Festividades do Glorioso São Sebastião na Re-
gião do Marajó – 27/11/2013
18. Frevo – 28/02/2007
19. Jongo no Sudeste – 15/12/2005
20. Literatura de Cordel – 19/09/2018
21. Marabaixo – 08/11/2018
22. Maracatu Baque Solto – 03/12/2014
23. Maracatu Nação – 03/12/2014
24. Matrizes do Samba no Rio de Janeiro: Parti-
90

do Alto, Samba de Terreiro e Samba-Enredo –


20/11/2007
25. Modo Artesanal de Fazer Queijo de Minas nas
regiões do Serro e das serras da Canastra e do Sa-
litre/ Alto Paranaíba – 13/06/2008
26. Modo de Fazer Renda Irlandesa, tendo como
referência este ofício em Divina Pastora/SE –
28/01/2009
27. Modo de Fazer Viola-de-Cocho – 14/01/2005
28. Modos de Fazer Cuias do Baixo Amazonas –
11/06/2015
29. Ofício das Baianas de Acarajé – 14/01/2005
30. Ofício das Paneleiras de Goiabeiras – 20/12/2002
31. Ofício de Sineiro – 03/12/2009
32. Ofício dos Mestres de Capoeira – 21/10/2008
33. Procissão do Senhor dos Passos de Santa Cata-
rina – 20/09/2018
34. Produção Tradicional e Práticas Socioculturais
Associadas à Cajuína no Piauí – 15/05/2014
35. Ritual Yaokwa do povo indígena Enawene Nawe
– 05/11/2010
36. Ritxòkò: Expressão Artística e Cosmológica do
Povo Karajá – 25/01/2012
37. Roda de Capoeira – 21/10/2008
91

38. Romaria de Carros de Boi da Festa do Divino Pai


Eterno de Trindade – 15/09/2016
39. Saberes e Práticas Associados ao modo de fa-
zer Bonecas Karajá – 25/01/2012
40. Samba de Roda do Recôncavo Baiano –
05/10/2004
41. Sistema Agrícola Tradicional de Comunidades
Quilombolas do Vale do Ribeira – 20/09/2018
42. Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro –
05/11/2010
43. Tambor de Crioula do Maranhão – 20/06/2007
44. Tava, Lugar de Referência para o Povo Guarani
– 03/12/2014
45. Teatro de Bonecos Popular do Nordeste: Ma-
mulengo, Babau, João Redondo e Cassimiro Coco
– 04/03/2015
46. Toque dos Sinos em Minas Gerais tendo como
referência São João del Rey e as cidades de Ouro
Preto, Mariana, Catas Altas, Congonhas do Cam-
po, Diamantina, Sabará, Serro e Tiradentes –
03/12/2009
47. Tradições Doceiras da Região de Pelotas e Anti-
ga Pelotas – 15/05/2018
48. Outros
92

NÃO SÃO TEMÁTICAS EDUCATIVAS CULTURAIS a prio-


ri, entre outras:

• Botânica e Agro -estar


• Coaching - Terapias
- Gestão do Tempo • Meio Ambiente
- Motivacional • Práticas
- de Relacionamentos - Artes Marciais
- de Produtividade - Massoterapia
• Economia doméstica - Yoga
• Educação financeira • Reciclagem não artística
• Esteticismo • Saúde e bem-estar
• Mecânica - Terapias
• Medicina, Saúde e Bem- • Sustentabilidade
93

Especificações
técnicas do
produto
Detalhamento dos produtos como paginação, ma-
terial, editoração, projeto pedagógico, duração, carga
horária das apresentações performáticas, se for o caso.
Ações pormenorizadas de canto e música instru-
mental como quantitativo de apresentações, tempo de
palco e cachê de artistas.
Coloque aqui seu projeto pedagó-
gico, projeto curatorial, critérios
de seleção e características de Edi-
toração, se houver.
94
Fique de olho!
a) Critérios de seleção: For- ção da obra, além apontar o
ma de escolha dos partici- responsável pela execução e
pantes nos stands de feiras revisão do catálogo da expo-
culturais. Lembre-se de que sição.
não é permitido a destina- e) Projeto pedagógico: Vol-
ção das ações culturais em tado para a formação, ca-
circuito privado ou coleções pacitação, especialização e
particulares. aperfeiçoamento na área da
b) Editoração: São as carac- cultura, que contenha, pelo
terísticas basilares do livro, menos:
paginação, formatação, tipo a. os objetivos gerais e suas
de papel, gramatura, tira- justificativas;
gem, tipo de impressão.
b. os objetivos específicos e
c) Direitos autorais: Em es- suas justificativas;
pecial se há gastos com a ru-
c. carga horária completa
brica Direitos Autorais. Caso
h/a e frequência por mês e
a obra seja de domínio públi-
semana;
co, relate nesse campo.
d. público-alvo;
d) Projeto curatorial: Ação
e. metodologias de ensino;
que prepara, concebe, mon-
ta exposições Trata-se de f. material didático a ser uti-
proposta de combinações lizado;
estéticas entre os seguintes g. conteúdo a serem minis-
procedimentos: medidas de trados;
acessibilidade, processos h. profissionais envolvidos,
discursivos, linhas editoriais i. sendo informação obriga-
e ações educativas didáticas tória para o produto “Con-
expositivas. A proposta deve trapartida Social das ações
apresentar a concepção das educativas com certificado
obras de arte, montagem e de 40 h/a.
supervisão de uma exposi-
95

Exemplo de como as informações


devem estar organizadas

Produto: OFICINAS
Projeto Pedagógico
• O projeto irá formar 30 artesãos para a criação de 10
produtos desenvolvidos por profissionais (arquiteto,
designer de produto).
- A formação desses artesãos será por meio de 06
(seis) oficinas de até 05 (cinco) pessoas.
- Ao todo, as oficinas pretendem produzir 300 pe-
ças, 50 peças por oficina.
- Estima-se produzir 10 peças por artesão, em
cada oficina.
(...)

Produto: LIVRO
Editoração
• Capa dura papelão 10_lombada quadrada.
• Formato aberto: 360x270mm.
• Formato fechado: 180x270mm.
• Capa em tecido creative azul royal
• Gravação baixo relevo + hot stamping prata e dourado.
96

• Guardas (3x1 preto + pantone prata): 8 páginas, im-


pressas a 2x1 cores no papel offset ld 150g impressão;
refile; dobra;
• Miolo (4x4 cmyk) com verniz fosco de máquina f/v:
432 páginas, impressas a 4x4 cores no papel couchê
fosco nacional imune 150g impressão, dobra.
• Acabamento: shrink individual
• Caixa kit - formato aberto 420x610mm, fechado
210x210mm, impressos no cartão duplex 250g, 4x0.
• Tabuleiro - formato aberto 420x420mm, 210x210mm,
impressos no couchê 300g 4x4 cores.
• Jogo de cartas (tabuleiro) - formato 78x55mm, im-
pressos no couchê 300g, 4x4 cores.
• Caderno de atividades - formato aberto 200x200mm,
capa em cartão triplex 250g, 4x1 cores, miolo com 12
páginas 1x0 cor, no papel offset 180g.
• Livreto - formato aberto 400x200mm, fechado
200x200mm, capa impressa no papel couchê 250g, 4x4
cores, miolo com 32 páginas impressas no papel offset
150g, 4x4 cores. Capa dura.
Direitos Autorais
Informo que o livro é de minha autoria, inclusive as
ilustrações e a imagem, sendo que os gastos com ru-
bricas Direito Autoral estão dentro do teto percentual
de remuneração do proponente.
97

Produto: FEIRA DE ARTESANATO


Critérios de seleção do feirante
• Todo feirante participante do evento obedece aos se-
guintes critérios:
- 1.1. Referência à cultura popular (inspiração nos
elementos da cultural local, com utilização de
técnicas e materiais daquela região);
- 1.2. Criatividade (originalidade, não seguindo as
normas preestabelecidas e nunca imitando o que
já foi feito repetidas vezes por outros artesãos/
manualistas, cozinheiros /chefs e modistas/ esti-
listas/ costureiros);
- 1.3. Linguagem própria (estilo reconhecido como
uma forma de expressão do autor);
- 1.4. Tradição (matéria-prima e modo de fazer
que seja transmitido de geração em geração e re-
presentam o local);
- 1.5. Apresentação (material de suporte: embala-
gem, etiqueta, rótulo, cartão); e
- 1.6. Produto associado à cultura local (possuir
atributos/características culturais da região ou
com a iconografia da região).
98

Descrição da
Atividade do Produto
Neste campo é necessário cadastrar dois textos
de maneira clara e separada: um para Descrição da
atividade do produto em geral e outro para Descrição
da atividade do produto Contrapartida Social
Descrição da atividade do produto em geral
Quer detalhar um produto em específico? Este é
o momento!
Apresente nesse campo detalhes de sua atividade
cultural que não foram mencionados nos campos an-
teriores, como a programação do evento, por exemplo.
Em propostas com ações de música cantada, com
ações de música instrumental ou outras linguagens
artísticas, listar:
• as bandas ou grupos musicais a serem contra-
tados;
• sua formação;
• repertório;
• quantidade de participações;
• cachê e
• valores gastos com as apresentações exclusi-
vamente instrumentais e as apresentações com
canto.
99

Exemplo de como as informações


devem estar organizadas

Produto: APRESENTAÇÃO DE MÚSICA

Música Cantada Música Instrumental


5 grupos musicais sopro 1 banda de rock
10 apresentações instru- 1 apresentação de rock
mentais progressivo
25 músicos flautistas 4 músicos da banda de
Cachê de R$ 500,00 para rock
cada músico Cachê de R$ 100,00 para
Gastos com montagem cada músico
R$ 1000,00 Gastos com roadie
R$ 400,00
100

Fique de olho!
a) Consulte o anexo III da IN 01/2023,
quanto às informações e aos documen-
tos obrigatórios;
b) O que não pode ser esclarecido nes-
se campo deve ser anexado em menu
lateral esquerdo >> Anexar documen-
tos.
Descrição da atividade do produto Con-
trapartida Social
• Descrever DETALHADAMENTE
qual será a ação formativa cultu-
ral oferecida como CONTRAPAR-
TIDA SOCIAL (em atendimento ao
artigo 30 da IN nº 01/2023).
101

Glossário da IN Anexo I

I - Ações Formativas Culturais:

Ações presenciais e gratuitas, destinadas a alunos


e professores de instituições públicas de ensino de qual-
quer nível, que visem à conscientização para a impor-
tância da arte e da cultura por intermédio do produto
cultural do projeto.

Seção III
Das Contrapartidas Sociais

Art. 30. As propostas culturais com comercialização


de ingressos ou produtos culturais deverão apresen-
tar ações formativas culturais obrigatórias, adicionais
àsatividades previstas, em território nacional, preen-
chendo o produto cultural secundário Contrapartidas
Sociais no Plano de Distribuição, com rubricas deta-
lhadas na Planilha Orçamentária.

§ 1º As ações formativas culturais deverão cor-


responder a pelo menos 10% (dez por cen-
to) do quantitativo de público previsto no
plano de distribuição, contemplando no mí-
nimo 20 (vinte) e no máximo 500 (quinhen-
tos) beneficiários, a critério do proponente.

§ 2º As ações formativas culturais destinam-se


102

aos estudantes e professores de instituições pú-


blicas de ensino, que não se confundem com as
medidas de ampliação do acesso contidas no in-
ciso VI do art. 28, podendo abranger uma das
seguintes ações:

I- oferecer bolsas de estudo ou estágio de


gestão cultural e artes;
II- oferecer ensaios abertos, estágios, cur-
sos, treinamentos, palestras, exposições,
mostras e oficinas ou
III- outras medidas sugeridas pelo propo-
nente, a serem apreciadas pela Comissão
Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC).

§ 3º Excluem-se da obrigatoriedade os projetos


que contenham açes formativas ou programas
educativos.
103

ATENÇÃO:

Informar a quantidade de beneficiários da


Contrapartida Social (esta informação deve
estar compatível com a quantidade inseri-
da no PLANO DE DISTRIBUIÇÃO).

Fique de olho!
O produto Contrapartida Social não é
um produto ligado ao projeto.
O produto Contrapartida Social deve
apresentar objetivos que visam sensibilizar
os públicos para apreciação e consumo de
produtos e bens gerados pelas linguagens
culturais e artísticas que o projeto trabalha.
104

Exemplo de como as infor-


mações devem estar orga-
nizadas

Produto: TEATRO
Passagem

• Informo que o item passagem faz re-


ferência aos atores e à equipe técnica
para a itinerância da peça no Nordeste
do Brasil.

Produção independente

• Declaro que o projeto cultural é uma


produção independente, pois (eu pro-
ponente) não detenho a posse ou pro-
priedade de espaços cênicos ou salas de
apresentação. Conforme planilha, há o
item aluguel de teatro para tal fornece-
dor de CNPJ tal.

Produto: OFICINAS
Aquisição de bem durável permanente

• Informo que o item Computadores se-


rão necessários para as oficinas de Con-
trapartida Social e quando o projeto aca-
bar ou caso esta instituição fechar, a
105

Responsa
bilidade
Social
capítulo

4
106
107

Responsabilidade
Social
Acessibilidade
Para CADA PRODUTO CADASTRADO no plano de
distribuição, acrescentar as medidas que serão adotadas
para promover a acessibilidade física no local da reali-
zação do projeto e as medidas que serão adotadas para
promover a acessibilidade ao conteúdo dos produtos
às pessoas com deficiência física, visual, auditiva e que
apresentem espectros, síndromes ou doenças que ge-
rem limitações aos conteúdos, assim como pessoas que
desconhecem as linguagens ou idiomas dos conteúdos.
108

Exemplo de como as informa-


ções devem estar organizadas

Produto: ESPETÁCULO DE ARTES CÊNICAS


ACESSIBILIDADE FÍSICA: detalhar quais serão as medi-
das adotadas.
• Item da planilha orçamentária: informar qual é o item
inserido na planilha orçamentária referente às medidas
que serão adotadas.
ACESSIBILIDADE para PcD VISUAIS: detalhar quais se-
rão as medidas adotadas.
• Item da planilha orçamentária: informar qual é o item
inserido na planilha orçamentária referente às medidas
que serão adotadas.
ACESSIBILIDADE para PcD AUDITIVOS: detalhar quais
serão as medidas adotadas.
• Item da planilha orçamentária: informar qual é o item
inserido na planilha orçamentária referente às medidas
que serão adotadas.
ACESSIBILIDADE PARA PESSOAS QUE APRESENTAM
ESPECTROS, SÍNDROMES OU DOENÇAS QUE GEREM
LIMITAÇÕES AOS CONTEÚDOS, ASSIM COMO PES-
SOAS QUE DESCONHECEM AS LINGUAGENS OU IDIO-
MAS DOS CONTEÚDOS: detalhar quais serão as medi-
das adotadas.
• Item da planilha orçamentária: informar qual é o item
109

inserido na planilha orçamentária referente às medidas


que serão adotadas.
Produto: CONTRAPARTIDA SOCIAL
ACESSIBILIDADE FÍSICA: detalhar quais serão as medi-
das adotadas.
• Item da planilha orçamentária: informar qual é o item
inserido na planilha orçamentária referente às medidas
que serão adotadas.
ACESSIBILIDADE para PcD VISUAIS: detalhar quais se-
rão as medidas adotadas.
• Item da planilha orçamentária: informar qual é o item
inserido na planilha orçamentária referente às medidas
que serão adotadas.
ACESSIBILIDADE para PcD AUDITIVOS: detalhar quais
serão as medidas adotadas.
• Item da planilha orçamentária: informar qual é o item
inserido na planilha orçamentária referente às medidas
que serão adotadas.
ACESSIBILIDADE PARA PESSOAS QUE APRESENTAM
ESPECTROS, SÍNDROMES OU DOENÇAS QUE GEREM
LIMITAÇÕES AOS CONTEÚDOS, ASSIM COMO PES-
SOAS QUE DESCONHECEM AS LINGUAGENS OU IDIO-
MAS DOS CONTEÚDOS: detalhar quais serão as medi-
das adotadas.
• Item da planilha orçamentária: informar qual é o item
inserido na planilha orçamentária referente às medidas
que serão adotadas.
110

Fique de olho!
a) As medidas de acessibilidade devem ser
adotadas para 100% das sessões/aulas/apre-
sentações etc.
b) Os custos com ações de acessibilidade devem
estar sempre previstos no orçamento analítico
do projeto, mesmo que estes sejam oriundos
de Recursos Próprios.
c) Lembramos que o não atendimento à Lei de
Inclusão não permite ao MINC aprovar os pro-
jetos. Para tanto, os mesmos devem apresen-
tar medidas que ASSEGUREM, com precisão, a
FRUIÇÃO do conteúdo do projeto aos PcD físi-
cos, auditivos, visuais e intelectuais.
d) Salientamos que o projeto pode ser inde-
ferido na análise da vinculada pelo não aten-
dimento à Lei de Inclusão, caso a vinculada
entenda que as medidas de acessibilidade
propostas não são suficientes.
111

Democratização
de Acesso
Neste campo é necessário cadastrar dois textos de
maneira clara e separada: um para Democratização de
Acesso e outro para Ampliação de Acesso.

Democratização de Acesso

A) Informar como serão distribuídos os produtos cultu-


rais resultantes do projeto, respeitando os limites do ar-
tigo 27 da IN 01/2023:

Art. 27 O plano de distribuição da proposta deve pre-


ver medidas de democratização do acesso aos produ-
tos, bens, serviços e ações culturais produzidos, con-
tendo as estimativas da quantidade total de ingressos
ou produtos culturais previstos, observados os seguin-
tes limites:

I - até 10% (dez por cento) para distribuição gratuita


promocional por patrocinadores,

Havendo mais de um, receberão em quantidade pro-


porcional ao investimento efetuado;

II - mínimo de 10% (dez por cento) para distribuição


gratuita com caráter social ou educativo;

III - até 10% (dez por cento) para distribuição gratuita


promocional pelo proponente em ações de divulgação
112

do projeto;

IV - mínimo de 20% (vinte por cento) para comercia-


lização em valores que não ultrapassem 3% (três por
cento) do salário-mínimo vigente no momento da
apresentação da proposta.

§ 1º As cotas previstas nos incisos I, II e III poderão ser


cumpridas com realizações de sessões exclusivas.

§ 2º Os ingressos ou produtos culturais poderão ser


comercializadas de forma adicional ao plano de dis-
tribuição aprovado, desde que com recursos não in-
centivados.

§ 3º A parametrização estabelecida no sistema obser-


vará o que segue:

I – meia-entrada assegurada para estudantes em, no


mínimo, 40% (quarenta por cento) do quantitativo total
dos ingressos comercializados, conforme o § 10 do art. 1º
da Lei nº 12.933, de 2013;

II – meia-entrada assegurada para idosos em todos os


ingressos comercializados, conforme art.23 da Lei nº
10.741, de 1º de outubro de 2003.

§ 4º Separadas as cotas previstas nos incisos I, II, III e


IV do caput, os ingressos ou produtos culturais restan-
tes poderão ser comercializados em valores a critério
do proponente, desde que o preço médio do ingresso
ou produto se limite a R$ 250,00 (duzentos e cinquen-
ta reais).
113

§ 5º O valor total da receita prevista no projeto deve ser


igual ou inferior ao Custo Total do Projeto.

§ 6º É permitida a transferência de quantitativos não


utilizados nas cotas dos incisos I, III e IV para a cota
prevista no inciso II do caput.

§ 7º Os projetos culturais que contemplem o custeio de


atividades permanentes deverão prever a aceitação
do Vale-Cultura como meio de pagamento quando da
comercialização dos produtos culturais resultantes,
nos termos da Lei nº 12.761, de 2012.

§ 8º A distribuição gratuita prevista no inciso II do


caput deverá ocorrer, preferencialmente, nos pontos
de venda do produto cultural.

B) Lembre-se de detalhar aqui a forma como serão doados


ou vendidos os ingressos ou produtos culturais resultantes
do projeto, com descrição pormenorizada dos preços e sua
distribuição por categorias de acesso ou produção, confor-
me cadastro no Plano de Distribuição.

C) A disposição deve refletir as estratégias de alcance do


público-alvo com o processo de distribuição e apresentar
os resultados esperados pela democratização de acesso
dos produtos e serviços culturais vendidos com geração de
receita ou ingresso social ou distribuídos plenamente de
forma gratuita.
114

Fique de
olho!
a) Descreva no campo “Democra-
tização de Acesso” a forma de dis-
tribuição e comercialização dos
produtos da proposta.
b) Não se esqueça de que as infor-
mações aqui relatadas são com-
plementares ao seu Plano de Dis-
tribuição Cadastrado.
a. Os quantitativos estão no Plano
de Distribuição.
b. Aqui são identificados os Bene-
ficiários e os Critérios de Seleção.
i. Critérios de seleção dos benefi-
ciários: Forma de escolha dos es-
tudantes dos cursos entre outros.
ii. Lembre-se de que não é permi-
tida a destinação das ações cultu-
rais circuito privado ou coleções
particulares.
115

Ampliação
de acesso
Para cada produto cadastrado no plano de distri-
buição, citar explicitamente qual inciso/medida do art.
28 da IN nº 01/2023 a proposta irá adotar como ação de
AMPLIAÇÃO DE ACESSO.
Obs: Retirar qualquer outra informação, como quanti-
dade e valores de exemplares ou ingressos.
Copie, cole, negrite, destaque e depois justifique os inci-
sos e alíneas escolhidos a seguir:
Artigo 28. Em complemento, o proponente deverá pre-
ver a adoção de, pelo menos, uma das seguintes me-
didas de ampliação do acesso:
I - doar, além do previsto na alínea “a”, inciso I
do arI - doar 10% (dez por cento) dos produtos
resultantes da execução do projeto para distri-
buição gratuita com caráter social, além do pre-
visto inciso II do art. 27, totalizando 20% (vinte
por cento);
II - ampliar a meia-entrada de que trata o § 3º do
art. 27, em todos os ingressos comercializados,
para pessoas elegíveis e não contempladas com
a gratuidade de caráter social referida no inciso
II, caput do art. 27;
116

III - oferecer transporte gratuito ao público, pre-


vendo acessibilidade à pessoa com deficiência
ou com mobilidade reduzida e aos idosos;
IV - disponibilizar, na internet, registros audiovi-
suais dos espetáculos, das exposições, das ativi-
dades de ensino e de outros eventos referente ao
produto principal;
V - garantir a captação e veiculação de imagens
das atividades e de espetáculos por redes públi-
cas de televisão e outros meios de comunicação
gratuitos;
VI - realizar, gratuitamente, atividades paralelas
aos projetos, tais como ensaios abertos,estágios,
cursos, treinamentos, palestras, exposições, mos-
tras e oficinas;
VII - realizar ação cultural voltada ao público in-
fantil ou infantojuvenil;
VIII - realizar atividades culturais nos estabele-
cimentos prisionais das unidades da federação;
IX - estabelecer parceria visando à capacitação
de agentes culturais em iniciativas financiadas
pelo poder público;
117

X - outras medidas sugeridas pelo proponente,


a serem apreciadas pela Comissão Nacional de
Incentivo à Cultura (CNIC).

Art. 29. Para os efeitos desta Seção, considera-se:


I - de caráter social, a distribuição de ingressos
e produtos culturais para pessoas de grupos mi-
noritários ou comunidades em vulnerabilidade
social, tais como: negros, indígenas, povos tra-
dicionais, populações nômades, pessoas em situa-
ção de rua, pessoas LGBTQIA+, pessoas com defi-
ciência, beneficiários do Bolsa Família e CadÚnico;
II - de caráter educativo, a distribuição a alunos
da rede pública de ensino fundamental, médio
ou superior.

Fique de olho!
Neste campo é necessário cadastrar um
texto de maneira clara e separada: um para
os incisos do artigo e retirar qualquer outra
informação desse campo que não seja so-
bre o artigo elencado anteriormente.
118
119

Orçamento

capítulo

5
120
121

Orçamento
(Quanto?) (How much?)
Todo o Orçamento deve estar de
acordo com o escopo do projeto.

1.Objetivos.

2.Local.

3.Cronograma de execução; Equi-


pe de trabalho e Justificativas das
rubricas.

O Orçamento remeta-se às ações indicadas no Cro-


nograma e veja quais gastos estão implícitos em cada
uma delas. Geralmente, os projetos preveem recursos
para: pessoal e serviços, infraestrutura e montagem,
material de consumo, material gráfico, custos adminis-
trativos, comunicação e divulgação, além de impostos
e taxas.

O Orçamento deve ser dividido em: Pré-Produção,


Produção, Divulgação e Mídia, Custos Administrativos,
Impostos e Taxas, Elaboração e Agenciamento/ Cap-
tação de Recursos.
122

Observação: Verifique os percentuais. Ge-


ralmente são modificados com a publicação
de Novas Normativas, mas, via de regra, os
percentuais são os seguintes:
1. Divulgação – entre 5% e 20%.
2.Custos administrativos 20%.
3.Captação de recursos – 10%. Limitado ao
valor máximo de R$ 150.000,00.

O Orçamento deve indicar todos os recursos


financeiros necessários à execução do projeto, com va-
lores unitários e totais.
A maioria das leis e dos editais possuem uma cota-
-limite de financiamento. Se o projeto extrapolar o valor
determinado, deverá comprovar a existência de outras
fontes de financiamento. No caso, divida os totais em
valor solicitado ao edital pelo valor total do projeto.
O Orçamento também deve ser apresentado em
forma de tabela, por itens, e não em texto. Sugere-se
que pelo menos indique: item, valor unitário, quantida-
de e valor total. O valor total do projeto é a multiplicação
de todos os itens anteriores.

DICA: Tenha em mãos os orçamentos,


pois muitos editais (convênios, leis...) solici-
tam o envio dos mesmos.
123

Pagamentos: Pessoa jurídica -


nota fiscal; pessoa física - RPA (Recibo de
Pagamento de Autônomo). Não esquecer
das deduções do INSS, do IR e se o municí-
pio também tem a retenção do ISS.
Projeto cultural: Não paga ta-
xas bancárias nem multas.
Pode ser previsto o INSS: É de responsabi-
lidade do pagador, não podendo ser des-
contado da base de cálculo do valor pre-
visto à pessoa física.

Conta: Conta corrente específica


para o projeto cultural, cuja responsabili-
dade de movimentação é do proponente.

Carta de Ciência: Pessoas fí-


sicas ou jurídicas relacionadas na equipe
técnica, equipe principal do projeto.
Unidade de medida: Cachê, dia, mês, ser-
viço, unidade etc.

Aplicação: Realizar despesas pre-


vistas no Orçamento.
124

Para inserir produtos vá no menu lateral es-


querdo >> Plano de distribuição >> Novo Pro-
duto
Para detalhar os custos rubrica a rubrica, cli-
que >> no produto>> no município (cadastrado
em “Local de realização” >> “Novo item”

A) Inserir justificativas para todos os itens da Planilha


Orçamentária.
Obs: Explicar a relação das colunas “Unidade”, “Qtd.
de dias”, “Quantidade” e “Ocorrência”.

Exemplo:
• Item “Produtor”, ETAPA DE PRODUÇÃO (180 dias).
• A coluna “Unidade” deve ser preenchida com
“Mês”.
• A coluna “Qtd de dias” deve ser preenchida
com 180.
• A coluna “Quantidade” deve ser preenchida
com 1 (um produtor).
• A coluna “Ocorrência”com 6 (6 meses).
• Na coluna valor deve constar o salário mensal
do produtor.
125

• Na Justificativa deve constar: Contratação de um


produtor pelo período de 6 meses (produção) para
montar a equipe, supervisionar a escolha de elenco e
coordenar os trabalhos da equipe.
Obs: A justificativa deve ser clara e objetiva e descre-
ver a função da pessoa ou a necessidade da aquisição
ou do serviço.
B) Preencher a planilha de acordo com as seguintes
orientações
I. “Unidade” (deve ser compatível com o item or-
çamentário):
• “Serviço”: Utilizado apenas para atividades
pontuais e não contínuas. Ex: Pintor, Eletricis-
ta, Tradução, Revisão de texto, Intérprete de
libras etc.
• “Mês”: Para contratação de profissionais que
irão trabalhar de forma contínua durante a
execução do projeto.
• Exemplo: Coordenadores, diretores, produto-
res, professores etc. Deve-se inserir a média
de valor mensal pago a esses profissionais.
• “Semana”: Em algumas situações, a depender
do período, utilizar esta unidade para profis-
sionais que irão trabalhar de forma contínua
durante a execução do projeto
• “Verba”: Reserva de recurso para atividade
126

• que o proponente não consegue ainda definir


quantidade ou valor específico. Exemplo: Ma-
terial de consumo, locação de equipamentos
etc. Não use esta categoria para serviços men-
suráveis.
• “Unidade”: Utilizar “Unidade” para itens que
são adquiridos, alugados, contratados por
UNIDADE, por exemplo: hospedagem (inserir
a quantidade de beneficiários, na ocorrência,
o número de diárias e o valor unitário da diá-
ria), locação de carro (inserir na quantidade
quantos carros serão alugados, na ocorrên-
cia inserir por quantos dias e informar o valor
unitário da diária).
• “Cachê”: Para pagamento de artistas ou gru-
pos artísticos.
II. “Quantidade de dias”:
• Deve ser preenchido com a quantidade de
dias de duração da etapa correspondente:
pré-produção, produção e pós-produção (má-
ximo de 60 dias), conforme o campo ETAPAS
DE TRABALHO.
• As quantidades de dias não interfere no valor
total do item.
III. “Quantidade”:
• Deve ser preenchida com a quantidade exata
127

do item que será adquirida/contratada/utili-


zada.
IV. “Ocorrência”:
• Deve ser preenchida com a quantidade exata
do item que será adquirida/contratada/utili-
zada.
Exemplos:
• Quero contratar 02 bandas que irão tocar em um
festival em 04 cidades diferentes:
• Unidade: “Cachê”
• Quantidade = 2
• Ocorrência = 4
• Quero adquirir 500 banheiros químicos para um
show: unidade:
• Unidade: “Unidade”
• Quantidade = 500
• Ocorrência = 1
• Quero utilizar 01 intérprete de libras durante 36
apresentações:
• Unidade: “Serviço”
• Quantidade = 1
• Ocorrência = 36
• Quero contratar um produtor na fase de produção
128

do projeto com duração de 180 dias.

• Unidade: “Mês”

• Quantidade = 1

• Ocorrência = 6 (meses)

C) AS INFORMAÇÕES DA PLANILHA ORÇAMENTÁRIA DE-


VEM SER COMPATÍVEIS COM OS CAMPOS DA PROPOSTA.

D) Ajustar/Reduzir o valor dos itens destacados em la-


ranja na planilha para que não ultrapassem os valores
autorizados pelo Ministério ou ANEXAR três (03) ORÇA-
MENTOS/COTAÇÕES para cada item em laranja e justifi-
car na planilha orçamentária O PORQUÊ de ter sido pro-
posto um valor superior ao aprovado pelo Ministério.

• ATENÇÃO: Entre os orçamentos apresenta-


dos, escolher o de menor valor.

• Para visualizar os itens em laranja na pla-


nilha orçamentária, clique no menu lateral:
Orçamento do projeto> Visualizar planilha.

• ATENÇÃO: Organize os orçamentos em um


só documento pdf. Para cada item, apresen-
te três (03) orçamentos.
129

Exemplo de documento anexado:


• Os três orçamentos seguintes referem-se ao item
5 “arte-educador” do município tal na etapa de tra-
balho tal.

• Em seguida, apresente os três orçamentos.

• Depois faça outra “capa” especificando os próxi-


mos três orçamentos.

• Ex.: Os três orçamentos seguintes referem-se ao


item 8 “Coordenação pedagógica” do município tal
na etapa de trabalho tal e assim por diante.

E) Caso tenha algum item de aquisição de bem durável


permanente, considerando o artigo 18 da IN 01/2023,
o proponente deve anexar nos documentos da pro-
posta cotação de preços para todas as despesas com
aquisição de bens permanentes constantes na PLANI-
LHA ORÇAMENTÁRIA e

• No campo “Outras Informações”: Declaração infor-


mando para qual entidade pública de natureza cul-
tural serão destinados os bens após o fim do projeto
ou após a dissolução da instituição proponente (no
caso de instituição proponente sem fins lucrativos).

F) É obrigatório inserir rubricas referentes às medidas


de Acessibilidade em CADA PRODUTO.

• A coluna Ocorrência na planilha orçamentária nos


itens referentes às medidas de acessibilidade deve
130

ser compatível com o número de apresentações/


sessões/aulas etc.
G) Caso tenha itens referentes a passagens/hospe-
dagem/diárias/viagens na planilha orçamentária, in-
formar os trechos no campo Justificativa da planilha
orçamentária e no campo Deslocamentos (Local de
Realização/Deslocamento).
ATENÇÃO: Informar no campo “Outras Informa-
ções” os beneficiários das passagens/hospedagens/
diárias/viagens (nome e/ou função no projeto).
O proponente deve especificar os beneficiários das
passagens/diárias/hospedagem e quais as suas fun-
ções no projeto, informando a atividade que será
realizada e a necessidade desses deslocamentos/
viagens.
131

Fique de olho!
a) Você pode pegar a tabela com todos os itens orça-
mentários e demais informações de patrocinadores,
empresas, projetos entre outros.
http://sistemas.cultura.gov.br/comparar/salicnet/sa-
licnet.php
b) Existem três (03) variáveis na composição da plani-
lha orçamentária: Quantidade de dias, Quantidade e
Ocorrência.
c) O campo Quantidade de dias não interfere no valor
total do item, ou seja, pode-se inserir qualquer valor
que não há implicação prática.
d) O campo Quantidade representa qual a quantia
exata do item e sua Unidade que será adquirida/con-
tratada/utilizada.
e) O campo Ocorrência representa o número de vezes
que o item será adquirido/contratado/utilizado.
f) A modal é calculada com base na série histórica de todos
os projetos aprovados desde o início da Lei de Incentivo.
a. Ela leva em consideração a rubrica, o produto e
a região do projeto (estado e município).
b. Normalmente, quando alguma rubrica extra-
pola a modal é devido ao preenchimento incorre-
to do valor unitário do item.
132

c. O valor unitário representa o valor individual


de um item e não seu valor global. Para atingir o
valor global desejado, o proponente deve alterar
os campos Quantidade e/ou Ocorrência.
• Contudo, caso o preenchimento esteja correto e
mesmo assim a rubrica ultrapasse a modal, o pro-
ponente precisa justificar tecnicamente o motivo
do custo elevado e, se necessário, anexar três orça-
mentos (escolhendo o menor).
g) Segue o passo a passo de como inserir rubricas na
planilha orçamentária.

a. Entrar em “Orçamento do projeto” -> “Custos


por produtos” -> Selecionar o produto para qual
deseja incluir a rubrica -> Selecionar o local -> Cli-
car na aba que representa a etapa desejada” ->
Clicar em “Novo Item” -> No campo “Item” sele-
cionar a rubrica que deseja incluir.
h) O limite para pagamento com recursos incentiva-
dos será de:

I - R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais) por apre-


sentação, para artista, solista e modelo;
II - R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) para grupos
artísticos, bandas, exceto orquestras;
III - R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por apresentação,
por músico, e R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais)
para o maestro ou regente, no caso de orquestras.
133

Parágrafo único. Solicitações de valores superio-


res aos definidos neste artigo poderão ser aprova-
das pela Comissão Nacional de Incentivo à Cultura
(CNIC), considerando as justificativas apresenta-
das pelo proponente e pela área técnica.

Art. 15. Os valores relativos aos direitos autorais


e conexos no orçamento dos projetos deverão
ter compatibilidade com os preços praticados no
mercado cultural, até o limite de 10% (dez por
cento) sobre o valor aprovado para execução,
sendo as exceções submetidas à CNIC.

Art. 16. Para projetos da área do audiovisual, a


previsão dos custos relativos aos direitos deexibi-
ção cinematográfica no orçamento dos projetos
será limitada a 20% (vinte por cento) sobre o va-
lor aprovado para execução, sendo as exceções
submetidas à CNIC.

Art. 17. Pagamentos ao Escritório Central de Ar-


recadação e Distribuição (ECAD) ficam limitados
a10% (dez por cento) do valor total dos cachês
pagos em cada apresentação, respeitado o Regu-
lamento de Arrecadação do ECAD.

Deslocamento: De profissionais às cida-


des e aos estados de origem e destino,
além da quantidade de trechos.
134

Plano de distribuição de produtos de


projeto cultural
a) Deve refletir TODOS os produtos citados na proposta,
principalmente os descritos no campo RESUMO e OBJE-
TIVOS ESPECÍFICOS.
b) Informar a estimativa de público ou da quantidade
produzida para os produtos culturais cadastrados, bem
como o valor dos ingressos ou exemplares (se houver
previsão de venda).

Para detalhar um produto, siga o seguinte caminho:


Clicar em plano de distribuição > clicar em detalhar
produto (ícone verde com uma lupa) > clicar no nome
da cidade desejada > clicar em novo detalhamento
caso não tenha cadastrado nenhum ou clicar em edi-
tar detalhamento (ícone azul com um lápis), caso já te-
nha cadastrado um detalhamento.

c) ATENÇÃO: Nos termos dos artigos 61 do Decreto


n.11.453/2023,
I - A destinação ao patrocinador de até 10% (dez
por cento) dos produtos resultantes do programa,
do projeto ou da ação cultural, com a finalidade de
distribuição gratuita promocional, nos termos do
plano de distribuição apresentado na inscrição do
programa, do projeto ou da ação, desde que pre-
viamente autorizado pelo Ministério da Cultura.
II - A aplicação de marcas do patrocinador em ma-
135

terial de divulgação das ações culturais realizadas


com recursos incentivados, observadas as regras
estabelecidas pelo Ministério da Cultura.
§ 1º Ato do Ministro de Estado da Cultura poderá
estabelecer outras situações que não constituam
vantagem financeira ou material nos termos do
disposto no § 1º do art. 23 da Lei nº 8.313, de 1991.
§ 2º Na hipótese de haver mais de um patrocina-
dor, cada um poderá receber produtos resultantes
do projeto em quantidade proporcional ao inves-
timento efetuado, observado o limite total de 10%
(dez por cento) para o conjunto de incentivadores.
Para não ensejar reprovação na prestação de contas,
caso só haja a previsão de patrocinadores para financiar
o projeto, sugerimos manter o plano de distribuição no
valor máximo de 5% dos produtos.
Caso haja doadores e patrocinadores ou caso o proponen-
te não saiba prever os incentivadores nesse momento, ele
poderá destinar até 10% do seu plano de distribuição ao
conjunto de incentivadores, porém deve estar ciente dos
limites máximos para cada tipo de incentivador e também
que a não observância desses limites poderá ensejar pe-
nalidades, nos termos da legislação vigente.
d) O produto CONTRAPARTIDAS SOCIAIS deve ser total-
mente gratuito e não deve ter distribuição para divulga-
ção e patrocinador. A distribuição deve ser totalmente
na coluna “População”.
136

e) O público da Contrapartida Social deve equivaler a, no


mínimo, 10% do total de beneficiários dos outros produ-
tos cadastrados no PLANO DE DISTRIBUIÇÃO.

Para detalhar um produto, siga o seguinte


caminho: Clicar em plano de distribuição >
clicar em detalhar produto (ícone verde com
uma lupa) > clicar no nome da cidade deseja-
da > clicar em novo detalhamento caso não
tenha cadastrado nenhum ou clicar em edi-
tar detalhamento (ícone azul com um lápis),
caso já tenha cadastrado um detalhamento.

Fique de olho!
a) Produto principal: Resultado preponderante do projeto,
assim entendido o evento, a atividade ou o bem cultural
primordial, finalístico ou essencial, podendo ser determi-
nado pela pauta mais extensa ou pelo custo mais elevado.
b) Produto secundário: Demais resultados do projeto cultu-
ral abrangendo eventos, atividades ou bens culturais que
dependem, derivam ou se vinculam ao produto principal
do projeto, não podendo possuir custo unitário superior ao
produto principal.
c) Clicar no plano de distribuição > Clicar na lupa > Clicar no
produto cadastrado > Clicar na cidade cadastrada > Clicar
na opção “Novo detalhamento”.
137

d) Inserir todos os produtos citados no Resumo e nos Ob-


jetivos Específicos. Se não houver menção do produto em
um desses campos, ele deverá ser excluído do plano de dis-
tribuição.
e) Informar a estimativa de público para os produtos cultu-
rais cadastrados, bem como o valor dos ingressos ou exem-
plares (se houver previsão de venda).
f) Verificar se existe coerência na área e nos segmentos se-
lecionados para cada produto cadastrado.
g) Listar proposta > Plano de distribuição > clicar na lupinha
detalhar produto > clicar na cidade > novo detalhamento.
Daí para a frente o proponente poderá cadastrar a estima-
tiva de público.
h) O preço médio diz respeito apenas aos valores comercia-
lizados a critério do proponente.
i) O Valor por Pessoa Beneficiada do produto, dos bens e/
ou serviços culturais será de até R$ 300,00 (trezentos reais),
podendo ser computados os quantitativos totais previstos
para os produtos secundários, excetuando-se sítio da inter-
net e TV aberta,
a) Essa métrica é utilizada para ver a viabilidade do
projeto, que não pode ultrapassar R$ 300,00 (trezen-
tos reais) por beneficiário. Exemplo: Divida o valor to-
tal do projeto pelo número de exemplares/ingressos/
público e assim você obterá o valor por beneficiário.
j) A Contrapartida Social é obrigatória para projetos com
receita prevista.
k) Feiras culturais com receita prevista são consideradas
Feiras de Negócios Culturais.
138
139
140
141

Captação
de
Recursos
capítulo

6
142
143

O número de projetos no mercado, para captação,


tem crescido muito nos últimos anos. Projetos sociais,
culturais, esportivos e outros entram no mercado com
os mais variados apelos, mas todos com um único obje-
tivo: conseguir o patrocinador.

Porém, para vender a ideia , além de ter um bom


projeto, é preciso ter uma boa apresentação. E não se
enganem, não estou solicitando um material caro e ela-
borado, estou falando de um material que realmente
venda a sua ideia.

Um projeto de captação de recursos possui certas


particularidades na sua redação, diferenciado da reda-
ção de projetos.

Conter informações claras e precisas que permi-


tam avaliar sua adequação aos objetivos da entidade
apoiadora.

Especificar as atividades e quantificar o Resultado


Final Esperado.

Demonstrar que a instituição reúne condições téc-


nicas, administrativas de recursos humanos e de infra-
-estrutura adequada à execução do projeto.

Se o principal objetivo for vender a ideia, você pre-


cisa conquistar. Mas nunca se esqueça de que todos de-
vem ganhar. Portanto, faça o dever de casa e veja: no
que e como o possível patrocinador poderá ganhar tam-
bém. E, por favor, não me venha com o argumen
144

to de que ele terá 100% de desconto nos impostos.


Primeiro porque isso pode acabar a qualquer momento
e segundo porque você não foi vender um desconto no
imposto, mas, sim, uma parceria com o seu projeto. An-
tes de tudo, entenda: você não está vendendo uma Lei
de Incentivo; você está negociando o seu projeto. Falar
se o projeto tem ou não algum benefício fiscal é a última
coisa. É a “carta na manga” das argumentações.
Para que serve um material de apresentação? Para,
além de vender a ideia, ser também o suporte de tudo
o que será falado em uma reunião de apresentação. O
material precisa, mesmo sem você presente, mostrar o
que é o projeto, suas possibilidades e o que a empresa
ganhará com isso.
Um projeto de captação de recursos possui certas
particularidades na sua redação, diferenciado da reda-
ção de projetos.

• Informações claras e precisas que permi-


tam avaliar sua adequação aos objetivos da
entidade apoiadora.
• Especificar as atividades e quantificar o Re-
sultado Final Esperado.
• Demonstrar que a instituição reúne condi-
ções técnicas, administrativas de recursos
humanos e de infra-estrutura adequada à
execução do projeto.
145

Muitas entidades apoiadoras fazem uso de um for-


mulário próprio. É preciso que se conheça o seu conteú-
do e preencha somente o que for solicitado com ante-
cedência, para que possa ser revisado e alterá-lo, se for
o caso.
Atualmente, muitas empresas e fundações fazem
chamadas públicas para recebimento de projetos cultu-
rais, por meio da divulgação de um edital próprio e da
confecção de formulários de preenchimento de proje-
tos, que podem ser on-line ou de forma impressa.

O Projeto de Captação é um instrumento de co-


municação elaborado para tornar a sua propos-
ta cultural um produto atraente e capaz de con-
quistar, efetivamente, recursos financeiros de
empresas patrocinadoras. Para alcançar esse
nível, o Projeto deve ser estruturado com clare-
za e objetividade. A estrutura básica pode ser a
seguinte:
• Um resumo objetivo do que se pretende
realizar, com a apresentação esclarecedora
do que se trata o projeto.
• O que é, quem vai fazer, quando será reali-
zado, qual o público beneficiado. Deve apre-
sentar o projeto informando seu conceito e
quem está por trás da ideia, ou seja, o autor.
Deve informar o nome dos integrantes da
equipe, pelo menos os mais importantes.
146

Objetivos
Deve listar o que pretende com o projeto, quais os
objetivos (geral e específicos) que pretende alcançar. É
importante apontar objetivos e público-alvo do projeto,
demonstrando que há ações que trazem benefícios fo-
calizados em um público específico, e os objetivos expli-
citados têm consonância com o planejamento da marca
patrocinadora.

Público-alvo
Qual o público que será atendido com esse projeto.
Quantificar (previsão) e qualificar.
147

RETORNOS DO
PATROCINADOR

Benefícios ao patrocinador:
• É um dos itens mais importantes de qualquer
projeto cultural.

• É preciso informar o que vai dar à instituição (ou


empresa) em troca do apoio (institucional ou fi-
nanceiro) que receberá.

• O projeto deverá ter contrapartidas compatíveis


com o investimento. Aqui devem ser listadas to-
das as formas possíveis de retornos:

Institucionais – que valores positivos o pro-


jeto irá agregar à imagem institucional da empresa
patrocinadora.

Interesse público – indicação do impacto so-


cial do projeto ou das atividades culturais a serem rea-
lizadas como contrapartida (compromisso-cidadão).

Créditos – descrever em detalhes, ilustrando


com imagens, se possível, como o crédito de patrocínio
148

será divulgado para o público em geral (nos cartazes,


folhetos, programas, convites, faixas, outdoors etc.).

Retornos de mídia – diga qual será sua es-


tratégia para motivar os jornalistas a fazerem maté-
rias positivas sobre o projeto;

Retornos de marketing - diga por que o


seu projeto irá valorizar o(s) produto(s) ou o(s) servi-
ço(s) do seu patrocinador, pela forma que ele chegará
ao público-alvo. Se fixará uma marca de produto na
memória do público, explore essa vantagem.

Retornos financeiros - mostre os descon-


tos que o patrocinador terá nos impostos, caso o seu
projeto esteja enquadrado numa lei de incentivo; se
o seu projeto ajudar efetivamente a vender os produ-
tos ou serviços do patrocinador (ação promocional),
comente esse ponto de uma forma envolvente.

Retornos especiais ou exclusivos -


alguns projetos podem ser tão perfeitamente ade-
quados para determinadas empresas que merecam
o acréscimo de um texto sobre Retornos Exclusivos.
(Por exemplo: se o seu projeto é de teatro e a ação
se passa num bar, o cenário poderá ter anúncios de
propaganda da marca de uma bebida, fabricada jus-
tamente pelo patrocinador, ou um livro cuja apresen-
tação será escrita pelo patrocinador).
149

Plano de
comunicação
É o planejamento/descrição de como o seu
projeto será comunicado/divulgado para o
seu público-alvo. O Plano de Comunicação,
em um projeto cultural, pode englobar três
áreas de trabalho:

Mídia paga
Refere-se ao planejamento dos anúncios
pagos, os quais serão veiculados por jor-
nais, revistas, emissoras de rádio ou de
televisão e outdoors. Relacione as mídias
onde você pretende veicular anúncios ou
chamadas para o seu projeto.

Mecanismos de divulgação
Referem-se a faixas, cartazes, filipetas,
convites, comunicados à imprensa (pres-
s-releases), convites, comunicados espe-
ciais (press-kits), camisetas ou bonés com
a logomarca do projeto etc. Relacione to-
das as peças que você pretende criar para
divulgar seu projeto junto ao público.
150

Exemplo:
O projeto foi aprovado na Lei Rouanet – Ministério
da Cultura, com número de PRONAC 00 0000.

Como se trata de um projeto no segmento de Artes


Cênicas (teatro e dança), enquadra-se no artigo 18 da Lei
8313/91, permitindo 100% (cem por cento) de dedução
do valor do patrocínio, como abatimento do IR devido.
O valor aprovado para captação e execução do
projeto é de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais).

Orçamento
O Projeto de venda deve ter um
orçamento realista, detalhado e trans-
parente.

Anexos
Junte ao projeto os documentos e
informações que sirvam para dar sus-
tentabilidade ao seu projeto, tais como:
estatuto, tabelas, contratos, depoimen-
tos, se efetivamente necessários.
151

CRONOGRAMA DE
DESEMBOLSO
É mais fácil convencer um patroci-
nador a investir dinheiro em um projeto
cultural quando o repasse do dinheiro
acontece em parcelas mensais ou tri-
mestrais. Por isso, é aconselhável que
o projeto tenha um Cronograma de De-
sembolso, com as datas em que o pro-
dutor precisará de recursos financeiros
para cumprir uma por uma as etapas
do seu Cronograma de Execução.
152

CAPTAÇÃO DE
RECURSOS
DIVISÃO DO TRABALHO
• Identificação do público-alvo.

• Pesquisar possíveis patrocinadores.

• Que tipo de projeto a empresa costuma pa-


trocinar.

• Ver quais são as empresas que têm ligação


com o projeto.

ANTES DE CHEGAR AO
PATROCINADOR
• O que é o meu projeto?

• Qual é a mensagem positiva que meu projeto


apresenta?

• O que tenho para oferecer para esta empre-


sa? (mídia - produto – atividade)

• Diagnóstico da Organização ou do Projeto.

• Análise de viabilidade frente ao mercado in-


vestidor, parceiros potenciais e públicos.
153

ESTRATÉGIAS

• Elaboração da estrutura e do desenvolvimen-


to.

• Elaboração e adaptação de textos (objetivos


e justificativa).

• Cronograma das atividades.

• Criação ou aperfeiçoamento da proposta de


patrocínio (cotas e contrapartidas).

• Criação ou aperfeiçoamento da apresenta-


ção on-line e impressa da proposta.

• Apresentação (por e-mail) da proposta para


um mailing de investidores selecionados
para o perfil do projeto.

• Listagem com fontes de recursos no setor


público e privado (sites e editais).

• Atendimento aos patrocinadores e acompa-


nhamento do patrocínio, intermediando pro-
cessos.

ABORDAGEM
• Você está oferecendo um bom negócio ao
patrocinador

• Apresenta um bom plano de mídia


154

• Tem bons argumentos


• Apresentação com imagens, textos resumidos

PARA CHEGAR NO
PATROCINADOR
• Contato com o gerência ou setor de Marketing
• Ir diretamente nas pessoas que liberam os
recursos dessas empresas
• Estude seu discurso
• Organize um roteiro
• Organize o tempo
• Decore o nome de todas as pessoas
• Envie convites para o patrocinador

LOCAIS PARA
ABORDAGEM
• Ambientes sociais, eventos, clubes, restau-
rantes
• Ambientes políticos, solenidades, comícios,
eventos casuais
• Horário de trabalho ou lazer, apresentação
por conhecidos, intermediários
155

• Convite para almoços, jantares, eventos


• Indicação política

APRESENTAÇÃO
• Uma ou duas pessoas, no máximo
• Aliar o discurso
• Sua apresentação pessoal
• Apresentação do Projeto
• Desenvolvimento de argumentos

NECESSIDADE DAS EMPRESAS


1. O mundo globalizado exige cada vez mais o
poder de competição das empresas.
2. Oferecer somente bom preço e qualidade
para sobreviver no mercado não é mais um
diferencial: é uma obrigação.
3. As empresas então buscam criar diferen-
ciais que auxiliem na construção de uma ima-
gem positiva junto à sociedade.
156

BOA IMAGEM É FUNDAMENTAL


para a sobrevivência.

Uma boa imagem é importante não só para as empre-


sas: para artistas e produtores culturais também.

Quais os motivos que levam as empre-


sas a investir em projetos culturais?

• Valor agregado
• Isenção fiscal
• Endomarketing e marketing
• Lucro social
• Contrapartida
• Mídia espontânea
• Publicidade e
Propaganda
157

Valor Agregado
Esta é a principal razão, mas não é a única.

Um projeto cultural ajuda uma empresa a cons-


truir uma imagem positiva.

Todo projeto cultural tem um valor agregado


para ser repassado para uma empresa.

Isenção Fiscal
É o desconto de impostos.

Nem todas as empresas podem ou querem rece-


ber este benefício.

Endomarketing
Assim como se preocupam com o público exter-
no (consumidores e clientes), as empresas hoje
se preocupam também com seu público interno:
funcionários e colaboradores.

Manter o público interno motivado é fundamen-


tal para a sobrevivência das empresas.

Lucro Social
Responsabilidade social é a palavra da moda.
158

Muitas empresas lucram com o desenvolvimento


social de uma comunidade, pois sabem que o poder
público não consegue mais cumprir a sua função.

Contrapartidas em
Produtos Culturais
Quando parte do produto cultural resultante
é destinado ao patrocinador para uso em ação
promocional interna ou externa. Livros, Cds,
DVDs, ingressos, oficinas etc.

Mídia Espontânea
Este é o argumento mais fácil de mensurar. A mí-
dia espontânea ajuda na construção do valor agre-
gado e da imagem institucional, mas não pode
haver um compromisso entre o patrocinador e o
patrocinado.

Publicidade e Propaganda
A publicidade em projetos culturais tem por obje-
tivo difundir algum serviço ou produto do patro-
cinador.Divulga o nome e a imagem da empresa
pelo público capturados durante a realização do
projeto cultural.
159

Prestação
de Contas
capítulo

7
160
161

A CNIC (Comissão Nacional de Incentivo à Cul-


tura) reúne-se em média pelo menos uma vez
por mês após os projetos terem sido analisa-
dos pelos técnicos e pareceristas.

Aprovado o projeto
Os proponentes, pessoas físicas ou jurídicas, deve-
rão manter regulares suas situações fiscais, o que
será verificado antes da publicação da portaria de
aprovação no Diário Oficial da União.

Captação - Produtor fornece o recibo


ao investidor e informa ao MinC.

Abertura de contas - Após a apro-


vação do projeto cultural, O MinC irá abrir
uma Conta Bloqueada Vinculada em nome
do projeto, o proponente deverá se encami-
nhar à agência do Banco do Brasil escolhida
e providenciar os documentos necessários
para a abertura da Conta Bloqueada e Conta
Movimento.
162

Após os 20% captados, o recurso é trans-


ferido da Conta Bloqueada para a Conta
de Livre Movimento.

Todo recurso/dinheiro captado de apoia-


dores e patrocinadores deve ser deposita-
do nessa conta.

COMPROVANTES
DE DEPÓSITO
Hoje, com a informatização, não é
mais necessária a emissão de recibos de
Mecenato. Entretanto, caso o patrocina-
dor ainda queira, sem problemas, veja o
modelo disponível e preencha.

Após sua aprovação, um projeto tem


até o final do exercício fiscal do ano de
sua aprovação, ou seja, até o dia 31 de de-
zembro do ano em que foi aprovado.

No entanto, caso não seja captado o


recurso nesse período, o proponente pode
pedir uma autorização de Prorrogação
do prazo de captação até completar DOIS
ANOS da data de aprovação do projeto.
163

PRESTANDO CONTAS
Tenho o dinheiro suficien-
te…, posso sair gastando?
Calma…

Um projeto que tem como base um financia-


mento público, exige do proponente um conheci-
mento da legislação que rege todo o sistema, bem
como o acompanhamento das eventuais modifica-
ções que ocorrerem durante sua execução.
Caso não tenha essa expertise, contrate um
profissional que o faça durante a execução do pro-
jeto e não apenas no fim, pois nesse meio tempo
é possível ter erros de pagamento e entendimento
da legislação que podem prejudicar o proponente
e impedi-lo de apresentar novos projetos.
Ao final do projeto, o proponente terá um pra-
zo de 30 dias para realizar sua prestação de contas.
Essa prestação deve ser feita no sistema Salic-
web, anexando-se notas fiscais, transferências ban-
cárias, documentos e o extrato bancário da conta.
Essa conta bancária deve ser encerrada ao
final do projeto.
164

Dica:
Para facilitar o seu trabalho, crie pastas
pelas rubricas aprovadas e também faça uma
planilha em Excel para ter o controle do fluxo
de pagamentos. (Lembre-se de pagar em dia,
pois a Lei Rouanet não cobre despesas de ju-
ros e/ou taxas não previstas no projeto apro-
vado.)
Antes de efetuar o pagamento, verifi-
que que na descrição da Nota Fiscal esteja de
acordo com a rubrica que está sendo paga,
incluindo sempre o nome do projeto e o nú-
mero do PRONAC.

Outra dica:
Veja se o serviço prestado está inserido
no CNAE específico da empresa em seu car-
tão CNPJ. Não possuindo a qualificação, não é
permitida a realização do serviço.
165

REALIZAÇÃO DA
PRESTAÇÃO DE CONTAS

Nessa aba o proponente encontrará as op-


ções, com os seguintes relatórios:

1 - Relação de Pagamentos
2 - Execução da Receita e Despesa
3 - Relatório Físico
4 - Pagamentos por UF/Município
5 - Pagamentos Consolidados
6 - Relatório do Cumprimento do Objeto
7 - Laudo Final.

Os cinco primeiros relatórios podem ser visualiza-


dos à medida que o proponente executa seu projeto. Eles
são ferramentas que auxiliarão a gestão e que mostram
os resumos das informações já inseridas no sistema.
O Relatório de Cumprimento do Objeto é o relató-
rio final que o proponente vai produzir, em texto livre.
Trata-se do documento no qual o proponente relatará
detalhes de tudo o que aconteceu durante a execução
do seu projeto. Embora não haja campos detalhados,
166

deverão ser relatadas as etapas do trabalho, os ob-


jetivos e metas alcançadas, o resumo da movimentação
financeira, as medidas de acessibilidade cumpridas, as
medidas de democratização do acesso cumpridas, as
medidas preventivas quanto aos impactos ambientais
(quando for o caso) e os empregos e as qualificações de-
correntes do projeto.
Todos esses itens deverão ser descritos, em deta-
lhes, comparando tudo que foi aprovado no projeto com
o que foi cumprido, mostrando se houve uma execução
Total ou Parcial de acordo com a proporcionalidade dos
recursos captados.
Os campos a serem preenchidos só ficarão dispo-
níveis no SALIC na etapa de prestação de contas, ou seja,
60 dias a partir da data final de execução do projeto.
167

Prestação de Contas
Avaliação dos resultados
Apresentar um relatório da execução física do
projeto com avaliação dos resultados com as etapas
previstas e realizadas, o cumprimento das medidas de
acessibilidade com comprovações de fotos, vídeos ou
contratos dos profissionais, bem como a forma de de-
mocratização de acesso.
A prestação de contas de um projeto é feita qua-
se que totalmente de forma digital. A exceção é para o
caso de projetos que resultem em obra cinematográfica
ou outro produto que não possa ser anexado ao SALIC,
como discos, DVDs, livros, catálogos etc. Nesse caso, o
produto deve ser enviado para a Secretaria competente
em Brasília–DF.
A comprovação da distribuição dos produtos obti-
dos na execução do projeto, conforme previsto no plano
básico de distribuição do projeto aprovado.
Por fim, apontar a destinação cultural dos bens ad-
quiridos, produzidos ou construídos, seja com cartas de
recebimento, matérias de jornais, vídeos ou outras for-
mas de comprovação.
Apesar de os documentos estarem inseridos ele-
tronicamente no SALIC, toda a documentação original
deve ser mantida e conservada pelo proponente pelo
168

prazo de cinco (5) anos, contados a partir do final


da avaliação dos resultados.
Essa documentação deve ficar disponível para
atender a eventuais solicitações feitas pelo Ministério da
Cultura ou órgãos de controle e fiscalização do governo
federal.
169

SANÇÕES
O não cumprimento das re-
gras estabelecidas pela lei e seus
diversos regulamentos podem
promover sanções diversas para
o proponente, previstas no CAPÍ-
TULO XII – DAS SANÇÕES, da IN
01/2022.
Essas sanções vão desde o
simples bloqueio das contas ban-
cárias do projeto ou impedimento
de operar o sistema por até três
(3) anos até a cobrança de devo-
lução dos valores utilizados com
aplicação de correção monetária
e multas diversas, bem como par-
celamento de eventuais dívidas.
Então, fique atento e siga to-
das as regras. Lembre-se: o único
responsável pelo projeto é você, o
proponente, que tem a responsa-
bilidade e a obrigação de tomar
conhecimento de todas as regras
que dizem respeito ao mecanis-
mo de incentivo fiscal.
170
171

Anexos
IN 01/2023

capítulo

8
172
173

ANEXO I
GLOSSÁRIO1

[...]

L - Proponente: pessoa física ou jurídica com atuação


na área cultural que apresente programa, projeto ou
ação cultural perante o Ministério da Cultura com vistas
a obter autorização de captação de recursos de incen-
tivadores, e sendo pessoa jurídica, Código Nacional de
Atividades Econômicas (CNAE), referente à área cultural
no seu registro de CNPJ, de acordo com a classificação
constante no Anexo VII, responsável por apresentar,
realizar e responder por projeto cultural no âmbito do
Pronac.

LI - Proposta cultural: requerimento apresentado por


proponente, por meio do sistema informatizado do Mi-
nistério da Cultura, denominado Sistema de Apoio às
Leis de Incentivo à Cultura (Salic), visando a obtenção
dos benefícios do mecanismo incentivo a projetos cultu-
rais, nos termos da Lei nº 8.313, de 1991.

[...]

1 Para ler o texto integral da IN 0123, entre no link https://


www.in.gov.br/en/web/dou/-/instrucao-normativa-minc-n-1-de-
-10-de-abril--de-2023-476028057?
174

LV - Termo de Compromisso de Patrocínio: documen-


to firmado pelo patrocinador e pelo proponente, deven-
do conter para análise:
a) Referência ao patrocinador, ao proponente e ao
projeto (número da proposta ou projeto);
b) Data de validade; e
c) Descrição do valor.
[...]

ANEXO II
DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE

DECLARO para todos os fins de direito, estar ciente da


obrigatoriedade de:
TER CONHECIMENTO:
I - que as informações registradas junto ao Sistema de
Apoio às Leis de Incentivo à Cultura (Salic) são de nature-
za pública e serão divulgadas na internet para o controle
social e os projetos culturais estão sujeitos ao acompa-
nhamento e à avaliação de resultados;
II - sobre a legislação referente ao mecanismo Incentivo
a Projetos Culturais (incentivo fiscal) estabelecido pelo
Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac) e sobre
as normas relativas à utilização de recursos públicos e
respectivos regulamentos;
175

III - que é vedada a destinação de novo subsídio para a


mesma atividade ou produto cultural em projeto ante-
riormente subsidiado, conforme Decreto nº 11.453, de
2023;

IV - que as ações de natureza continuada e as novas


edições de atividades ou produtos culturais não serão
consideradas a mesma atividade ou o mesmo produto
cultural, para fins do disposto no III;

V - que a gestão de recursos captados é decisão única e


exclusiva do proponente, a partir da qual a responsabi-
lização pela utilização desses recursos públicos torna-se
indissociável e para a qual deve levar em conta a real
possibilidade de captação futura com vistas ao cumpri-
mento total do objeto pactuado;

VI - que a incorreta utilização dos recursos do Incentivo a


Projetos Culturais sujeita o incentivador, o proponente,
ou ambos, às sanções penais e administrativas previstas
na Lei nº 8.313, de 1991, e na Legislação do Imposto de
Renda e respectivos regulamentos; e

VII - sobre o conteúdo do Portal do Ministério da Cultura.

MANTER:

I - comprovantes documentais das informações


constantes no cadastro das propostas culturais,
assim como das fases subsequentes de aprovação,
execução e avaliação de resultados; e

II - os dados cadastrais atualizados junto ao banco


176

de dados do Sistema do Ministério da Cultura.


PERMANECER em situação de regularidade fiscal,
tributária e previdenciária (seguridade social) du-
rante toda a tramitação da proposta e do projeto
cultural;
ACATAR os valores definidos pelo Ministério da Cultura
na divulgação oficial do resultado da aprovação ou, em
caso de discordância, formalizar recurso conforme a Lei
nº 9.784, de 1999;
PROMOVER a execução do objeto do projeto na forma
e prazos estabelecidos e aplicar os recursos captados
exclusivamente na consecução do objeto, compro-
vando seu regular emprego, bem como os resultados
alcançados;
PERMITIR E FACILITAR o acesso a toda documentação,
dependências e locais do projeto, à fiscalização por
meio de auditorias, vistorias in loco, visitas técnicas e
demais diligências, que serão realizadas diretamente
pelo Ministério da Cultura, por suas entidades vincula-
das, ou mediante parceria com outros órgãos federais,
estaduais, distrital e municipais;
DAR PUBLICIDADE, na promoção e divulgação do proje-
to, ao apoio do Ministério da Cultura, com observância
dos modelos constantes dos manuais de uso das mar-
cas, disponíveis no portal do Ministério da Cultura, ten-
do em vista que a divulgação do Programa Nacional de
Apoio à Cultura (Pronac) é obrigatória conforme discipli-
177

na o Decreto nº 11.453, de 2023;

PRESTAR CONTAS dos valores captados, depositados


e aplicados, bem como dos resultados do projeto, nas
condições e prazos fixados ou sempre que for solicitado;

DEVOLVER em valor atualizado, o saldo dos recursos cap-


tados e não utilizados na execução do projeto, quando
não transferidos para outro projeto, mediante recolhi-
mento ao Fundo Nacional da Cultura (FNC), conforme ins-
truções dispostas no Portal da Lei de Incentivo à Cultura.

Assim, COMPROMETO-ME a:

ACOMPANHAR e SANAR tempestivamente qualquer so-


licitação das áreas técnicas do Ministério da Cultura;

APLICAR E PROMOVER A DIVULGAÇÃO da classificação


indicativa para exibição de obras, espetáculos, eventos,
shows e conteúdo audiovisual;

OBTER E APRESENTAR AO MINISTÉRIO DA CULTURA an-


tes do início de execução do projeto, alvarás ou auto-
rizações equivalentes emitidas pelos órgãos públicos
competentes, caso algumas das atividades decorrentes
do projeto sejam executadas em espaços públicos;

OBTER E APRESENTAR AO MINISTÉRIO DA CULTURA, an-


tes do início de execução do projeto, declaração de au-
torização dos titulares dos direitos autorais, conexos e
de imagem em relação aos acervos, às obras e imagens
de terceiros como condição para utilizá-los no projeto; e
178

Por fim, ATESTO serem fidedignas as informações pres-


tadas no preenchimento dos formulários, assim como
de outras documentações juntadas ao longo da trami-
tação do projeto, e que responderei por eventuais infra-
ções que vierem a ser cometidas.

ANEXO III
DOCUMENTOS OBRIGATÓRIOS

a) Portfólio com as atividades culturais realizadas pelo


proponente. Para comprovação das atividades, o port-
fólio poderá conter:
a.1) Folders, panfletos, cartazes ou busdoor de
eventos realizados pelo proponente, desde que
contenham a logomarca ou nome do proponente
explicitamente destacados.
a.2). Notas fiscais ou contratos de prestação de
serviços realizados pelo proponente, desde que
acompanhados de elementos que comprovem a
realização dos serviços.
a.3) Matérias de jornais ou sites de internet que ci-
tem explicitamente a realização do evento, desde
que contenham a logomarca ou o nome do propo-
nente explicitamente destacado.
179

b) Cópia de documento legal de identificação que conte-


nha foto e assinatura, número da Carteira de Identidade
e do CPF.

c) Cédula de identidade de estrangeiro emitida pela Re-


pública Federativa do Brasil, se for o caso.

APENAS PARA PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO


OU PRIVADO, COM OU SEM FINS LUCRATIVOS:

a) Portfólio com as atividades culturais realizadas pelo


proponente, que poderá conter:

a.1) Folders, panfletos, cartazes ou busdoor de


eventos realizados pelo proponente, desde que
contenham a logomarca ou o nome do proponente
explicitamente destacados.

a.2) Notas fiscais ou contratos de prestação de


serviços realizados pelo proponente, desde que
acompanhados de elementos que comprovem a
realização dos serviços.

a.3) Matérias de jornais ou sites de internet que ci-


tem explicitamente a realização do evento, desde
que contenham a logomarca ou o nome do propo-
nente explicitamente destacados.

b) No caso de a pessoa jurídica não possuir ações de


natureza cultural realizadas, a comprovação poderá se
dar por meio de:
180

b.1) Currículo da equipe técnica constante na ficha


técnica do projeto.
b.2) No caso de Organização Gestora de Fundo Pa-
trimonial, Instrumento de Parceria com instituição
cultural pública, ou privada sem fins lucrativos, ou
Estatuto Social que demonstre a finalidade de insti-
tuição de fundo patrimonial com finalidade cultural
e os documentos dos membros do Conselho de Ad-
ministração ou Cultural da Organização Gestora de
Fundo Patrimonial, que demonstrem que referida
Organização tem capacidade técnica para selecio-
nar projetos culturais que atendam às finalidades
da Lei nº 8.313, de 1991.
c) Comprovante de inscrição e situação cadastral no
CNPJ.
d) Cópia atualizada do Estatuto Social, Contrato Social,
Certificado de Microempreendedor Individual ou Re-
querimento do empresário e respectivas alterações pos-
teriores devidamente registradas no órgão competente
ou do ato legal de sua constituição.
e) Cópia da ata de eleição da atual diretoria, do termo de
posse de seus dirigentes, devidamente registrado, ou do
ato de nomeação de seus dirigentes.
f) Cópia de documento legal de identificação do(s) diri-
gente(s) responsável(eis) por administrar a instituição
que contenha: foto, assinatura, número da Carteira de
Identidade e do CPF.
181

PARA PESSOAS FÍSICAS E JURÍDICAS:

1. Procuração que traga firma reconhecida.

2. Cópia dos documentos de identificação dos pro-


curadores que contenha foto, assinatura, número
da Carteira de Identidade e do CPF.

INFORMAÇÕES RELACIONADAS A PROPOSTAS QUE


CONTEMPLEM ESPETÁCULO DE ARTES CÊNICAS:

a) Contrato de Direito Autoral ou Carta de Anuência,


contendo a assinatura do autor, autorizando a empre-
sa/instituição a apresentar o texto de sua autoria para
realização do espetáculo de artes cênicas.

INFORMAÇÕES RELACIONADAS A PROPOSTAS EM


GERAL:

a) Os documentos, quando encaminhados em idioma


estrangeiro, deverão ser acompanhados de tradução
contendo a assinatura, o número do CPF e do RG do tra-
dutor, exceto nos casos de tradução juramentada.

INFORMAÇÕES RELACIONADAS A QUALQUER PROPOS-


TA CULTURAL:

a) Carta de Anuência assinada pelo próprio artista ou


182

representante legal quando seu nome é determinante


para execução do objeto proposto.

INFORMAÇÕES RELACIONADAS A PROPOSTAS QUE


CONTEMPLEM EXPOSIÇÕES DE ARTE TEMPORÁRIAS E
DE ACERVOS:

a) Proposta museográfica da exposição, documentação


indispensável para conclusão da admissibilidade da
proposta.

OBS.: Proposta museográfica é um projeto com layout,


detalhamento e especificações das soluções técnicas de
montagem (uso das paredes, forro, laje de cobertura in-
ternas e externas, haverá apoio para as estruturas, en-
tre outros).

b) Ficha técnica, com currículo dos curadores e dos artis-


tas, quando for o caso.
c) Relatório das obras que serão expostas, quando já
definidas.

INFORMAÇÕES RELACIONADAS A PROPOSTAS QUE


CONTEMPLEM MOSTRAS, FESTIVAIS COMPETITIVOS
OU NÃO, OFICINAS E WORKSHOPS:

a) Beneficiários do produto da proposta e forma de


seleção.
183

b) Justificativa acerca do conteúdo ou acervo indicado


para o segmento de público a ser atingido, no caso de
mostra.

c) Detalhamento dos objetivos, das atividades e do for-


mato do evento.

d) Indicação do curador, dos componentes de júri, da


comissão julgadora ou congênere, quando houver.

e) Projeto pedagógico com currículo do responsável, no


caso de proposta que preveja a instalação e manuten-
ção de cursos de caráter cultural ou artístico, destinados
à formação, à capacitação, à especialização e ao aperfei-
çoamento de pessoal da área da cultura.

f) Plano de execução contendo carga horária e conteúdo


programático, no caso de oficinas, de workshops e de
outras atividades de curta duração.

INFORMAÇÕES RELACIONADAS A PROPOSTAS NA ÁREA


DE PATRIMÔNIO CULTURAL MATERIAL, CONFORME O
CASO:

a) Definição prévia dos bens em caso de proposta que


vise à identificação, à documentação e ao inventário de
bem material histórico.

b) Propostas de pesquisa, levantamento de informação,


organização e formação de acervo e criação de banco
de dados.
184

c) Termo de Compromisso atestando que o resultado ou


produto resultante do projeto será integrado, sem ônus,
ao banco de dados do Instituto do Patrimônio Histórico
e Artístico Nacional - IPHAN.

d) Inventário do acervo e parecer ou laudo técnico, em


caso de proposta que vise à restauração de acervos
documentais.

e) Plano básico de sustentabilidade com indicação das


ações de manutenção, em caso de proposta que trate
dos processos de patrimonialização do bem.

INFORMAÇÕES RELACIONADAS A PROPOSTAS NA ÁREA


DE EDUCAÇÃO PATRIMONIAL:

a) O projeto deverá considerar Educação Patrimonial


como processos educativos formais e não formais, cons-
truídos de forma coletiva e dialógica, que têm como foco
o patrimônio cultural socialmente apropriado como re-
curso para a compreensão sócio-histórica das referên-
cias culturais, a fim de colaborar para seu reconheci-
mento, valorização e preservação.

b) Os processos educativos deverão primar pelo diálogo


permanente entre os agentes sociais e pela participação
efetiva das comunidades.

c) Os projetos deverão considerar as seguintes diretrizes


da Educação Patrimonial, presentes na Portaria IPHAN
no. 137, de 28 de abril de 2017:
185

1. Incentivar a participação social na formulação,


implementação e execução das ações educativas,
de modo a estimular o protagonismo dos diferen-
tes grupos sociais.

2. Integrar as práticas educativas ao cotidiano, as-


sociando os bens culturais aos espaços de vida das
pessoas.

3. Valorizar o território como espaço educativo,


passível de leituras e interpretações por meio de
múltiplas estratégias educacionais.

4. Favorecer as relações de afetividade e estima


inerentes à valorização e preservação do patrimô-
nio cultural.

5. Considerar que as práticas educativas e as políti-


cas de preservação estão inseridas em um campo
de conflito e negociação entre diferentes segmen-
tos, setores e grupos sociais.

6. Considerar a intersetorialidade das ações edu-


cativas, de modo a promover articulações das po-
líticas de preservação e valorização do patrimônio
cultural com as de cultura, turismo, meio ambien-
te, educação, saúde, desenvolvimento urbano e
outras áreas correlatas.

7. Incentivar a associação das políticas de patrimô-


nio cultural às ações de sustentabilidade local, re-
gional e nacional.
186

d) Os projetos que preveem a elaboração de projetos


pedagógicos deverão utilizar a estrutura mínima de:

1. Diagnóstico contextualizado, identificando a si-


tuação atual da localidade em relação ao tema da
preservação do patrimônio cultural.

2. Objetivos gerais e específicos, identificando quais


mudanças e impactos serão gerados com o projeto
na realidade local.

3. Justificativa, explicando por que o projeto é im-


portante e como ele contribui para mudar a reali-
dade local.

4. Definição do público participante, esclarecendo


o processo de seleção do referido público.

5. Principais ações/atividades. É importante que a des-


crição dessas ações seja relacionada com o orçamen-
to do projeto e com o diagnóstico contextualizado.

6. Estratégias, explicando como essas ações serão


realizadas e indicar quais as principais parcerias.

7. Monitoramento, definindo como as ações serão


acompanhadas.

8. Estrutura curricular do conteúdo, a carga horá-


ria, as disciplinas e o quadro de docentes.

9. Base conceitual e metodologias relativas à Edu-


cação Patrimonial.

10. Avaliação, descrevendo como será implemen-


187

tado o plano de avaliação (avaliações processuais,


autoavaliações, avaliação do processo de desen-
volvimento do público participante etc.).

INFORMAÇÕES RELACIONADAS A PROPOSTAS QUE


CONTEMPLEM ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE RESTAU-
RO (ARQUITETURA E COMPLEMENTARES) PARA PRE-
SERVAÇÃO DE BENS CULTURAIS MATERIAIS TOMBA-
DOS PELOS PODERES PÚBLICOS, FEDERAL, ESTADUAL,
MUNICIPAL OU DISTRITAL:

a) O projeto de restauro (arquitetura e complementares).

INFORMAÇÕES RELACIONADAS A PROPOSTAS QUE


CONTEMPLEM ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE RESTAU-
RO (ARQUITETURA E COMPLEMENTARES DE ENGENHA-
RIA), PARA BENS CULTURAIS MATERIAIS TOMBADOS
PELOS PODERES PÚBLICOS, FEDERAL, ESTADUAL, MU-
NICIPAL OU DISTRITAL:

a) Identificação e conhecimento do bem:

1. pesquisa histórica;

2. levantamento físico;

2.1. levantamento cadastral;

2.1.1. planta de situação;

2.1.2. planta de locação;


188

2.1.3. plantas baixas;

2.1.4. fachadas;

2.1.5. cortes;

2.1.6. plantas de cobertura;

2.2. topografia do terreno;

2.3. documentação fotográfica;

2.4. elementos artísticos integrados.

3. Análise tipológica, identificação de materiais e


sistema construtivo.

4. Prospecções:

4.1. arquitetônica;

4.2. estrutural e do sistema construtivo;

4.3. arqueológica.

b) Diagnóstico:

1. mapeamento de danos;

2. análises do estado de conservação;

3. estudos geotécnicos.

4. Ensaios e testes.

c) Proposta de intervenção:

1. estudo preliminar;

2. projeto básico de intervenção;

3. projeto executivo.
189

INFORMAÇÕES RELACIONADAS A PROPOSTAS QUE


CONTEMPLEM ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUI-
TETURA E URBANISMO PARA CONSTRUÇÃO EM GERAL:

a) O projeto de arquitetura e urbanismo deve ser fruto


de processos de concurso, utilizando, para tanto, pro-
cedimentos de seleção análogos aos indicados no pará-
grafo 1º, art. 13 da Lei 8.666, de 1993, que versa sobre a
escolha e a contratação de serviços e profissionais para
o desenvolvimento de projetos técnicos especializados
ou aquisição de obras de arte.

b) Os custos previstos no projeto cultural devem incluir


e descrever todas as etapas de organização e divulga-
ção do concurso e de seus resultados, além da fase de
desenvolvimento do projeto de arquitetura e urbanismo
referenciados na tabela pública de honorários divulgada
pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil -
CAUBR -, desde que se restrinjam ao fomento à arquite-
tura e ao urbanismo, excluindo projetos complementa-
res de engenharia.

c) O profissional responsável pelo projeto deve ser regu-


larmente registrado no CAU de seu estado.

d) O concurso que resultar na seleção do projeto a ser


desenvolvido deve prever etapa de exposição pública e
edição de publicação dos projetos concorrentes, mini-
mamente dos vencedores e menções.

e) Os projetos, objeto do fomento ora proposto, em sua


190

origem, desde o edital de chamada dos concursos, de-


vem propor e garantir a qualificação do espaço público
a eles relativos.

INFORMAÇÕES RELACIONADAS ESPECIFICAMENTE A


PROPOSTAS NA ÁREA ARQUIVÍSTICA, NO CASO DE TRA-
TAMENTO DE ACERVO:

a) Diagnóstico situacional com informações sobre:

1. Dimensão do acervo, respeitando regras de


mensuração praticadas para cada conjunto especí-
fico de gêneros e suportes documentais.

2. Estado de organização, conservação e guarda de


cada conjunto de suportes documentais.

3. Ambientes de armazenamento.

4. Existência de instrumentos de pesquisa e bases


de dados.

5. Histórico de intervenções anteriores.

INFORMAÇÕES RELACIONADAS ESPECIFICAMENTE A


PROPOSTAS NA ÁREA ARQUIVÍSTICA, NO CASO DE DI-
GITALIZAÇÃO DE DOCUMENTOS:

1. Comprovação de que os documentos originais


estejam devidamente classificados, identifica-
dos, descritos, acondicionados, armazenados e
referenciados em base de dados, ou, não tendo
191

sido ainda cumprida estas etapas, declaração de


que elas serão concluídas antes ou concomitan-
temente aos processos de reprodução, sob pena
de inabilitação.
2. Declaração de que os documentos originais não
serão eliminados após sua digitalização ou micro-
filmagem e de que permanecerão em boas condi-
ções de preservação e armazenamento, sob pena
de inabilitação.

INFORMAÇÕES RELACIONADAS ESPECIFICAMENTE A


PROPOSTAS NA ÁREA ARQUIVÍSTICA, NO CASO DE DE-
SENVOLVIMENTO DE BASES DE DADOS:

1. Comprovação de que os documentos originais


estejam devidamente classificados, identificados,
descritos, acondicionados, armazenados e refe-
renciados em base de dados, ou, não tendo sido
ainda cumpridas estas etapas, declaração de que
elas serão concluídas antes ou concomitantemen-
te à elaboração das bases de dados, sob pena de
inabilitação.

INFORMAÇÕES RELACIONADAS ESPECIFICAMENTE


A PROPOSTAS NA ÁREA ARQUIVÍSTICA, NO CASO DE
AQUISIÇÃO DE ACERVO:

1. Histórico de procedência propriedade dos itens


192

a serem adquiridos, acompanhado de declaração


de intenção de venda do proprietário ou do deten-
tor dos direitos.
2. Diagnóstico situacional do acervo na forma da
alínea “a”.
3. Justificativa para a aquisição.
4. Inventário do acervo a ser adquirido.
5. Laudo técnico com avaliação de pelo menos dois
especialistas sobre o valor de mercado do acervo.
6. Parecer de autenticidade do acervo.
7. Declaração da entidade recebedora de que o
acervo adquirido será incorporado ao seu acervo
permanente.

INFORMAÇÕES RELACIONADAS ESPECIFICAMENTE A


PROPOSTAS NA ÁREA ARQUIVÍSTICA, N OCASO DE DE-
SENVOLVIMENTO DE PESQUISA HISTÓRICA SOBRE OS
ACERVOS:

1. Projetos de pesquisa com metodologia adequa-


da ao desenvolvimento de seus objetivos.
2. Levantamento preliminar de fontes que embasem
o projeto e revisão da literatura sobre o seu objeto.
3. Delimitação do grupo de entrevistados e de sua
relevância para o projeto, em caso de utilização de
entrevistas orais.
193

4. Demonstração da relevância social e cultural do


projeto a ser desenvolvido.
5. Descrição das equipes e da exequibilidade do
cronograma.
6. Comprovação da qualificação técnica do propo-
nente e de outros profissionais envolvidos.

INFORMAÇÕES RELACIONADAS A PROPOSTAS NA ÁREA


DE PATRIMÔNIO CULTURAL IMATERIAL:

a) O projeto deverá ser desenvolvido sob a óptica da


sustentabilidade social, econômica, cultura, ecológica e
ambiental e necessariamente incluir na equipe realiza-
dora detentores dos bens culturais imateriais objeto da
proposta de preservação e salvaguarda.
b) O projeto deverá demonstrar os investimentos dire-
tos ou quaisquer outros benefícios concretos para os
detentores do bem em questão de modo a favorecer
condições para que eles mantenham as tradições asso-
ciadas à sua prática cultural.
c) Deverá ser apresentada anuência prévia e informada,
obtida junto aos grupos ou às comunidades detentores
de bens culturais ou junto a segmento representativo
desta coletividade e deverão ser considerados principal-
mente aqueles grupos ou comunidades que serão dire-
tamente envolvidos na realização da proposta.
d) Projetos que preveem pesquisa e documentação de-
194

verão: explicitar a metodologia utilizada; informar os


locais onde será desenvolvido o trabalho de campo ou
documental; conter compromisso de que o resultado
será repassado ao IPHAN, que poderá utilizar-se dele
desde que sem fins comerciais, e a outras instituições
relacionadas, de modo a tornar esses resultados de am-
plo acesso ao público.
e) Deverão ser apresentados documentos comprobató-
rios da qualificação técnica do proponente e dos técni-
cos envolvidos. No caso de pessoa jurídica, deverá ser
apresentado dossiê que demonstre atuação na área ob-
jeto da proposta ou junto à comunidade que será bene-
ficiária das ações do projeto.
f) No caso de propostas que contemplem a utilização ou a
divulgação de expressões originais e referências culturais
de artistas, grupos, povos e comunidades representativas
da diversidade cultural brasileira serão ainda exigidos:
1. Consentimento prévio do artista, do grupo ou da
comunidade sobre a proposta no que tange à utili-
zação de suas expressões culturais.
2. Declaração acerca da contrapartida aos artistas,
aos grupos ou às comunidades, em virtude dos
benefícios materiais decorrentes da execução do
projeto.
3. Declaração da forma como será dado o crédito à
expressão cultural na qual os produtos do projeto
têm origem.
195

g) Indicação da rede de parceiros envolvidos, definindo


as responsabilidades na consolidação e na sustentabili-
dade das atividades do projeto.

h) Eventos, publicações e edições patrocinados com re-


cursos dos projetos não poderão ter fins lucrativos.

i) Projetos que visem à realização de eventos deverão


demonstrar sua relevância para a comunidade produ-
tora de pelo menos um bem cultural, além de ter um
caráter de divulgação e de formação de público.

j) Projetos que preveem ações educativas deverão favo-


recer tanto a livre fruição do conhecimento para a so-
ciedade em geral quanto as condições para a inclusão
social dos detentores dos bens em questão.

k) Recursos administrativos do projeto não poderão ser


alocados para a manutenção ou o benefício da institui-
ção proponente, limitando-se à dimensão administrati-
va da execução das atividades propostas no projeto.

l) Além dos itens ora especificados, o projeto deverá


apresentar as informações específicas relativas às áreas
de patrimônio cultural material, audiovisual, arquivísti-
ca, entre outras, quando for o caso.

m) Lista de bens, em caso de propostas que visem à identi-


ficação, à documentação ou ao inventário de bem imaterial.

n) Proposta de pesquisa, levantamento de informação,


organização e formação de acervo e criação de bancos
de dados.
196

o) termo de compromisso atestando que o resultado


ou o produto resultante do projeto será integrado, sem
ônus, ao banco de dados do IPHAN.

INFORMAÇÕES RELACIONADAS A PROPOSTAS QUE


CONTEMPLEM CONSTRUÇÃO OU INTERVENÇÃO EM
ESPAÇOS CULTURAIS:

a) Projetos arquitetônicos e complementares detalha-


dos da intervenção ou construção pretendida, contendo
o endereço da edificação e o nome, a assinatura e o nú-
mero de inscrição do responsável técnico no Conselho
de Arquitetura e Urbanismo - CAU, bem como a assina-
tura do proprietário ou detentor do direito de uso.
b) Memorial descritivo detalhado, assinado pelo respon-
sável técnico, bem como orçamento analítico completo
apresentado em acordo as normas da Associação Brasi-
leira de Normas Técnicas - ABNT, especialmente no que
diz respeito ao sequenciamento as etapas.
c) Especificações técnicas dos materiais e equipamentos
utilizados, assinado pelo autor da proposta cultural e
pelo responsável técnico do projeto arquitetônico.
d) Cronograma físico-financeiro das obras.
e) Escritura do imóvel ou de documento comprobatório
de sua situação fundiária, quando a proposta envolver
intervenção em bens imóveis.
f) Autorização do proprietário do imóvel ou comprova-
197

ção da posse do imóvel, por interesse público ou social,


condicionadas à garantia subjacente de uso pelo prazo
mínimo de 20 (vinte anos).
g) Registro documental fotográfico ou videográfico da si-
tuação atual dos bens a receberem a intervenção.
h) Ato de tombamento ou de outra forma de acautela-
mento, quando se tratar de bens tombados ou protegi-
dos por legislação específica.
i) Proposta de intervenção aprovado pelo órgão respon-
sável pelo tombamento, quando for ocaso.
j) Levantamento arquitetônico do edifício e planialti-
métrico do terreno, devidamente cotados e em escala
adequada, especificando os possíveis danos existentes
quando se tratar de bens tombados ou protegidos por
legislação que vise à sua preservação.
k) Termo de compromisso de conservação do imóvel ob-
jeto da proposta, pelo prazo mínimo de 20 (vinte) anos
devidamente assinado pelo proponente.

INFORMAÇÕES RELACIONADAS ESPECIFICAMENTE A


PROPOSTAS QUE CONTEMPLEM RESTAURAÇÃO, PRE-
SERVAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE BENS IMÓVEIS TOM-
BADOS PELOS PODERES PÚBLICOS OU PROTEGIDOS
POR LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA MEDIANTE OUTRAS FOR-
MAS DE ACAUTELAMENTO:

a) Levantamento cadastral do edifício.


198

b) Pesquisa histórica.
c) Levantamento fotográfico do estado atual do bem.
d) Diagnóstico sobre o estado atual do imóvel contendo
informações das causas dos danos, devidamente cota-
das.
e) Planta de situação do imóvel.
f) Projeto arquitetônico e projetos complementares de-
talhados da intervenção pretendida,aprovado pelo ór-
gão responsável pelo tombamento, contendo:
1. Nome, assinatura e número de inscrição do au-
tor no CREA.
2. Endereço da edificação.
3. Memorial descritivo.
4. Especificações técnicas.
5. Levantamento completo dos danos existentes.
6. Previsão de acessibilidade a pessoas com defi-
ciência e limitações físicas, conforme a Lei nº10.098,
de 19 de dezembro de 2000, o Decreto nº 5.296, de
2 de dezembro de 2004 e a Instrução Normativa nº
1, de 25 de novembro de 2003, do IPHAN.
g) Ato de tombamento ou de outra forma de acautela-
mento.
h) Além de anexar, nos campos disponibilizados no SA-
LIC, a documentação elencada acima, o proponente de-
verá encaminhar ao Ministério da Cultura, via meio físico,
199

CD contendo todas as plantas e projetos arquitetônicos.

INFORMAÇÕES RELACIONADAS ESPECIFICAMENTE A


PROPOSTAS QUE CONTEMPLEM A ELABORAÇÃO DE
PROJETO ARQUITETÔNICO E RESTAURO, BEM COMO
PROJETOS COMPLEMENTARES DE BENS IMÓVEIS TOM-
BADOS OU ACAUTELADOS:

a) Escritura do imóvel ou de documento comprobatório


de sua situação de titularidade quando a proposta en-
volver intervenção em bens imóveis.
b) Autorização do proprietário do imóvel ou comprova-
ção de sua posse, por interesse público ou social, condi-
cionadas à garantia subjacente de uso pelo prazo míni-
mo de 20 (vinte) anos.
c) Ato de tombamento ou outra forma de acautelamen-
to.
d) Levantamento cadastral do edifício.
e) Pesquisa histórica.
f) Levantamento fotográfico do estado atual do bem.
g) Diagnóstico sobre o estado atual do imóvel conten-
do informações das causas dos danos, devidamente
cotadas.
h) Planta de situação do imóvel.
i) Memorial descritivo detalhado das ações e procedi-
mentos previstos devidamente validados por parecer
200

técnico, emitido pela instituição pública responsável


pelo tombamento, indicando critérios e orientações a
serem observados pelo proponente.

j) O prosseguimento do projeto cultural ficará condicio-


nado à apresentação de sua aprovação pela instituição
responsável pelo tombamento.

h) As exigências previstas nas alíneas ‘a’, ‘b’, ‘c’, ‘g’ e ‘i’ po-
derão ser excepcionadas quando se tratar de bem tom-
bado.

INFORMAÇÕES RELACIONADAS A PROPOSTAS NA ÁREA


MUSEOLÓGICA:

a) Em caso de restauração:

1. listagem com os itens a serem restaurados;

2. justificativa técnica para a restauração, incluin-


do laudo de especialista atestando o estado de
conservação da obra, do acervo, do objeto ou do
documento;

3. Currículo do restaurado.

4. Orçamento específico por obra.

b) Em caso de aquisição de acervo:

1. Lista dos itens a serem adquiridos, acompanha-


da de ficha técnica completa.

2. Justificativa para a aquisição, atestando a perti-


201

nência e a relevância da incorporação dos itens ao


acervo da instituição

3. Histórico de procedência e de propriedade dos


itens a serem adquiridos, acompanhado de decla-
ração de intenção de venda do proprietário ou de-
tentor dos direitos.

4. Laudo técnico com avaliação de pelo menos dois


especialistas sobre o valor de mercado dos itens.

5. Parecer de autenticidade das obras.

6. Declaração de que o item adquirido será incor-


porado ao acervo permanente da instituição.

7. Laudo técnico de especialista, com diagnóstico


do estado de conservação das obras.

8. Comprovação de que o local que abrigará o acer-


vo que se pretende adquirir possui condições ade-
quadas de armazenamento e acondicionamento.

c) Em caso de exposição com acervo da própria instituição:

1. Listagem com os itens de acervo que irão com-


por a exposição.

2. Ficha técnica dos itens do acervo (título, data,


técnica, dimensões, crédito de propriedade).

3. Projeto museográfico, com proposta conceitual,


local e período da exposição, planta baixa,mobiliá-
rio, projeto luminotécnico, disposição dos itens no
espaço expositivo etc., ou, caso o projeto ainda não
202

esteja definido, descrição de como se dará tal pro-


posta, incluindo o conceito básico da exposição, os
itens, textos e objetos que serão expostos, local e
período da exposição
4. Currículo do(s) curador(es) e do(s) artista(s),
quando for o caso.
5. Proposta para ações educativas, se for o caso.
d) Em caso de exposição com obras emprestadas de ou-
tras instituições ou coleções particulares:
1. Todos os documentos listados na alínea “c” deste
inciso.
2. Declaração da instituição ou pessoa física que
emprestará o acervo, atestando a intenção de em-
préstimo no prazo estipulado.
3. Proposta de seguro para os itens.
4. Número previsto e exemplos de possíveis obras
que integrarão a mostra, quando não for possível a
apresentação de lista definitiva.
e) Em caso de exposição itinerante:
1. Todos os documentos listados nas alíneas ‘c’ e ‘d’
deste inciso.
2. Lista das localidades atendidas, com menção dos
espaços expositivos.
3. Declaração das instituições que irão receber a
exposição, atestando estarem de acordo e terem
203

as condições necessárias para a realização da mos-


tra em seu espaço.

f) Em caso de criação de museus:

1. Plano Museológico, conforme estabelecido nos


arts. 45, 46 e 47 da Lei nº 11.904/2009 e em con-
sonância com o § 1º do art. 8º da referida lei ou,
caso ainda não tenha sido elaborado, apresentar
na planilha orçamentária rubrica/profissional para
produzir o referido documento.

2. Plano básico de sustentabilidade com indicação


das ações de manutenção, em caso de proposta
que trate da criação de acervos ou museus.

3. Todos os documentos listados nas alíneas “b” e


“c” desse inciso, quando for o caso.

4. Todos os documentos listados no tópico INFOR-


MAÇÕES RELACIONADAS A PROPOSTAS QUE CON-
TEMPLEM CONSTRUÇÃO OU INTERVENÇÃO EM ES-
PAÇOS CULTURAIS desse anexo, quando se tratar
de construção de espaço para abrigar o museu.

5. Todos os documentos listados no tópico IN-


FORMAÇÕES RELACIONADAS ESPECIFICAMENTE A
PROPOSTAS QUE CONTEMPLEM RESTAURAÇÃO,
PRESERVAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
TOMBADOS PELOS PODERES PÚBLICOS OU PRO-
TEGIDOS POR LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA MEDIANTE
OUTRAS FORMAS DE ACAUTELAMENTO desse ane-
204

xo, quando se tratar de restauração de imóvel tom-


bado para abrigar o museu.

g) Ações socioeducativas em museus:

1) Projeto pedagógico do museu.

2) Currículo dos profissionais.

h) Quando o proponente não for a própria instituição


museológica, deverá ser apresentada declaração do re-
presentante da instituição atestando sua concordância
com a realização do projeto.

INFORMAÇÕES RELACIONADAS A PROPOSTAS NA ÁREA


DE AUDIOVISUAL:

a) Breve currículo dos principais membros da equipe


técnica, especificando a função que cada integrante irá
exercer no projeto.

b) Para o depósito legal de obras audiovisuais é necessá-


ria apresentação de declaração do proponente que irá
realizar a entrega da matriz de preservação, conforme
especificações abaixo:

b.I) com destinação a salas de exibição devem ser


enviados obrigatoriamente dois materiais:

I. Matriz Digital de Preservação em LTO-9;

II. Digital Cinema Package - DCP em Disco rígi-


do CRU DX115 ou Disco rígido externo.
205

b.II) Cdestinação a televisão e/ou outras telas deve


ser enviado um material:
I. Matriz Digital de Preservação (opção 1 ou 2)
em LTO-9 ou Disco rígido externo
Cada suporte deve conter exclusivamente material re-
lacionado a um projeto. Não é recomendado que sejam
enviados materiais referentes a mais de um projeto no
mesmo suporte.
c) Laudo técnico do estado de conservação das obras a
serem restauradas para projetos que contemplem res-
tauração ou preservação de acervo audiovisual, emitido
por profissional ou Instituição devidamente especializa-
da na área.
d) Argumento cinematográfico contendo a estratégia
de abordagem, lista de locações e personagens docu-
mentados e a ideia cinematográfica do projeto que deve
conter em si uma visão sobre os fenômenos abordados
(não se trata de descrição do tema ou de sua importân-
cia), no caso de produção de documentário.
e) Roteiro dividido por sequências, contendo o desenvol-
vimento dos diálogos para produção de obra de ficção de
curta ou média metragens, com o respectivo certificado
de registro de roteiro na Fundação Biblioteca Nacional
-FBN - ou protocolo de registro na FBN juntamente com
o comprovante de pagamento e declaração do propo-
nente se comprometendo a entregar o certificado antes
da liberação dos recursos para a conta movimento.
206

f) Roteiro dividido por sequências contendo o desenvolvi-


mento dos diálogos do primeiro episódio de websérie de
ficção e sinopse dos demais episódios, com o respectivo
certificado de registro de roteiro na Fundação Biblioteca
Nacional ou protocolo de registro na FBN juntamente
com ocomprovante de pagamento e declaração do pro-
ponente se comprometendo a entregar o certificado an-
tes da liberação dos recursos para a conta movimento.
g) Proposta de produção, incluindo Plano de produção,
Detalhamento técnico, Estratégia de produção, den-
tre outras informações consideradas relevantes para a
obra audiovisual.
h) Plano de direção: apresentação dos procedimentos
estilísticos que se pretende utilizar no filme, a ser redi-
gido pelo diretor, descrevendo como será a linguagem
da obra cinematográfica e fazendo menção aos diversos
setores do filme.
i) Storyboard ou concept art acompanhado dos docu-
mentos mencionados na alínea “e”, para produção de
obra de animação.
j) Estrutura e formato do programa de Rádio e TV a ser
produzido, contendo sua duração, periodicidade e nú-
mero de programas e manifestação de interesse de
emissoras em veicular o programa,sendo vedada a pre-
visão de despesas vinculadas a aquisição de espaços
para a sua veiculação.
k) Estrutura e formato do podcast a ser produzido con-
207

tendo a sua duração, periodicidade e número de episó-


dios, sendo vedada a previsão de despesas vinculadas à
aquisição de espaços para sua veiculação.

INFORMAÇÕES RELACIONADAS A PROPOSTAS QUE


CONTEMPLEM SÍTIO DE INTERNET, JOGOS ELETRÔNI-
COS, APLICATIVOS OU TRANSMIDIÁTICOS:

a) No caso do sítio de internet, informar a descrição das


páginas, com definição de conteúdo, incluindo pesqui-
sas e sua organização e roteiros.
b) No caso de jogos eletrônicos, apresentar a descrição
das fases do jogo, ambientes e objetivos
c) No caso do aplicativo para diferentes sistemas ope-
racionais, apresentar a descrição do aplicativo e sua
funcionalidade.
d) No caso de proposta transmidiáticas, apresentar a de-
finição e a descrição do universo explorado, plano de
trabalho dos diferentes meios de distribuição, fruição e
consumo e definição dos diferentes conteúdos audio-
visuais desenvolvidos e da forma como se relacionam
com o objetivo de explorar diversos aspectos da narra-
tiva proposta.
e) No caso de propostas que contemplem projetos de
instalações ou intervenções audiovisuais e ambientes
de imersão e performances audiovisuais, apresentar a
descrição da ação, justificativa e proposta técnica.
208

INFORMAÇÕES RELACIONADAS A PROPOSTAS DE FOR-


MAÇÃO OU AMPLIAÇÃO DE FUNDO PATRIMONIAL:

a) No caso de a Proponente ser Instituição Cultural que


queira constituir uma Organização Gestora de Fundo
Patrimonial, nos termos da Lei nº 13.800, de 2019, em
seu favor: proposta de trabalho de planejamento con-
ceitual do fundo patrimonial; proposta de trabalho de
estruturação jurídica da Organização Gestora de Fundo
Patrimonial; proposta de trabalho de planejamento de
captação de recursos para o fundo patrimonial; valor
que se pretende captar, com o incentivo fiscal, e plano
de trabalho da instituição cultural apoiada.

b) No caso de a Proponente ser a Organização Gestora


de Fundo Patrimonial que queira formar ou ampliar o
Fundo Patrimonial em benefício de determinadas insti-
tuições culturais: instrumento de parceria com as insti-
tuições culturais apoiadas, documentos de instituição do
fundo patrimonial, se já constituído, com sua política de
investimentos e resgate, nos termos da Lei nº 13.800, de
2019; plano de captação de recursos proposto no projeto
e plano de trabalho das instituições culturais apoiadas.

c) No caso de a Proponente ser a Organização Gestora


de Fundo Patrimonial que queira formar ou ampliar o
Fundo Patrimonial em benefício de instituições culturais
indeterminadas: política de seleção de instituições cul-
turais apoiadas, documentos de instituição do fundo pa-
209

trimonial, se já constituído, com sua política de investi-


mentos e resgate, nos termos da Lei nº 13.800, de 2019,
e plano de captação de recursos proposto no projeto.
d) No caso de doações de propósito específico, nos ter-
mos da Lei nº 13.800, de 2019,destinados a projetos cul-
turais de instituição cultural apoiada pela Organização
Gestora de Fundo Patrimonial, além dos documentos
da Organização Gestora e do Instrumento de Parceria
com a instituição cultural apoiada, será necessário apre-
sentar: o projeto cultural que se pretende custear com
a verba incentivada, nos moldes previstos para o seg-
mento cultural a que se destina; o plano orçamentário
correspondente a 20% do valor doado no exercício de
execução do projeto, ou a percentual maior, no caso de
recuperação ou a preservação de obras e patrimônio e
para as intervenções emergenciais para manutenção
dos serviços prestados pela instituição apoiada, nos ter-
mos do artigo 15 desta Lei.

ANEXO IV
ÁREAS E SEGMENTOS CULTURAIS

OS INCENTIVADORES DE PROJETOS QUE SE ENQUADREM


NA LISTAGEM DESTE ANEXO, FARÃO JUS AO BENEFÍCIO DE
QUE TRATA O § 1º DO ART. 18 DA LEI Nº 8.313, DE 1991.
OS INCENTIVADORES DE PROJETOS QUE NÃO SE ENQUA-
DREM NO ART. 18, FARÃO JUS AO BENEFÍCIO DO ART. 26.
210

I - ARTES CÊNICAS

a) Circo (art. 18, § 3º, alínea a).

b) Dança (art. 18, § 3º, alínea a).

c) Mímica (art. 18, § 3º, alínea a).

d) Ópera (art. 18, § 3º, alínea a).

e) Teatro (art. 18, § 3º, alínea a).

f) Teatro de formas animadas, de mamulengos, bonecos


e congêneres (art. 18, § 3º, alínea a).

g) Desfile de escola de samba ou festivos de caráter mu-


sical e cênico que tenham relação com festividades re-
gionais, com confecções de fantasias, adereços ou ma-
terial cenográfico (art. 18, § 3º, alínea a).

h) Construção e manutenção de salas de teatro ou cen-


tros culturais comunitários em municípios com menos
de 100.000 (cem mil) habitantes (art. 18, § 3º, alínea h).

i) Empreendedorismo cultural ou ações de capacitação e


treinamento de pessoal; e (art. 18, § 3º, alínea a).

j) Teatro musical, quando sua encenação se estabele-


ce por meio de dramaturgia, compreendendo danças e
canções (art. 18, § 3º, alínea a).

k) Doação permanente restrita de propósito específico a


fundo patrimonial, instituído nos termos da Lei nº 13.800,
de 2019, voltado para a sustentabilidade financeira no
longo prazo de instituições culturais de artes cênicas.
211

l) Doação de propósito específico à organização


gestora de fundo patrimonial, instituída nos ter-
mos da Lei nº 13.800, de 2019, para aplicação em
projeto específico de artes cênicas.

II - AUDIOVISUAL

a) Produção de conteúdo audiovisual de curta e média


metragens, podcasts, rádios, TVs educativas e culturais
(art. 18, § 3º, alínea f).

b) Difusão de acervo e conteúdo audiovisual nos diver-


sos meios e suportes (art. 18, § 3º, alínea f).

c) Restauração e preservação de acervos audiovisuais


(art. 18, § 3º, alínea f).

d) Doação de acervos audiovisuais para cinematecas


(art. 18, § 3º, alínea e).

e) Ações de capacitação e treinamento de pessoal (art.


18, § 3º, alínea e).

f) Aquisição de equipamentos para manutenção de


acervos audiovisuais públicos e cinematecas (art. 18,
§3º, alínea e).

g) Construção e manutenção de salas de cinema que po-


derão funcionar também como centros culturais comu-
nitários em municípios com menos de 100.000 (cem mil)
habitantes (art. 18, § 3º, alínea h).
212

III - MÚSICA

a) Erudita (art. 18, § 3º, alínea c).

b) Instrumental (art. 18, § 3º, alínea c).

c) Canto coral (art. 18, § 3º, alínea c).

d) Empreendedorismo cultural ou ações de capacitação


e treinamento de pessoal (art. 18, § 3º, alínea c).

e) Doação permanente restrita de propósito específico a


fundo patrimonial, instituído nos termos da Lei nº 13.800,
de 2019, voltado para a sustentabilidade financeira no
longo prazo de instituições culturais de artes cênicas.

f) Doação de propósito específico à organização gesto-


ra de fundo patrimonial, instituída nos termos da Lei nº
13.800, de 2019, para aplicação em projeto específico de
artes cênicas.

IV - ARTES VISUAIS

a) Exposição de artes visuais que possua em sua concepção


tratamento artístico e curatorial, em quaisquer suportes,
abrangendo as seguintes categorias: pintura, desenho,
gravura, fotografia, escultura, objeto, grafite, instalação,
performances, vídeo-arte, artes digitais, arte eletrônica, de-
sign, arquitetura, moda, arte cibernética e artes gráficas,
que poderão se organizar sob a forma de exposições, feiras,
festivais, mostras, circuitos artísticos (art. 18, § 3º, alínea d).
213

b) Empreendedorismo cultural ou ações educativo-cul-


turais, inclusive seminários, oficinas e palestras, assim
como ações de capacitação e treinamento de pessoal
que visem à formação e ao fomento em artes visuais
(art. 18, § 3º, alínea d).

c) Doação permanente restrita de propósito específico a


fundo patrimonial, instituído nos termos da Lei nº 13.800,
de 2019, voltado para a sustentabilidade financeira no
longo prazo de instituições culturais de artes cênicas.

d) Doação de propósito específico à organização gesto-


ra de fundo patrimonial, instituída nos termos da Lei nº
13.800, de 2019, para aplicação em projeto específico de
artes cênicas.

V - PATRIMÔNIO CULTURAL MATERIAL E IMATERIAL

a) Ações de difusão de manifestações culturais conside-


radas patrimônio imaterial reconhecido por lei ou que
componham o Registro de Bens Culturais de Natureza
Imaterial, realizado pelo IPHAN (art.18, § 3º, alínea g).

b) Doações ou aquisições de acervos culturais em geral


para arquivos públicos e instituições culturais (art. 18, §
3º, alínea g).

c) Preservação, restauração, conservação, salvaguarda,


identificação, registro, educação patrimonial e acervos
do patrimônio cultural material e imaterial (art. 18, § 3º,
214

alínea g).
d) Ações de documentação ou digitalização de acervo
bibliográfico e arquivístico, pesquisa, sistematização de
informação (art. 18, § 3º, alínea g).
e) Preservação, restauração, manutenção, readequação
ou revitalização de equipamentos culturais ou edifica-
ções destinadas à preservação de patrimônio cultural
(art. 18, § 3º, alínea g).
f) Ações de segurança para preservação de patrimônio
cultural ou de acervos (art. 18, § 3º, alínea g).
g) Ações educativo-culturais, inclusive seminários, ofi-
cinas e palestras, visando à preservação do patrimônio
material, imaterial ou de acervos de valor cultural (art.
18, § 3º, alínea g).
h) Treinamento de pessoal ou aquisição de equipamen-
tos para manutenção de acervos, arquivos públicos e
instituições congêneres (art. 18, § 3º, alínea g).
i) Elaboração de projetos de arquitetura e urbanismo
(art. 18, § 3º, alínea g).
j) Elaboração de projetos de restauro (arquitetura e
complementares) destinados à preservação de bens cul-
turais materiais tombados pelos poderes públicos, fede-
ral, estadual, municipal ou distrital (art.18, § 3º, alínea g).
k) Doação permanente restrita de propósito específi-
co a fundo patrimonial, instituído nos termos da Lei nº
13.800, de 2019, voltado para a sustentabilidade finan-
215

ceira no longo prazo de instituições culturais de artes


cênicas.
l) Doação de propósito específico a organização gesto-
ra de fundo patrimonial, instituída nos termos da Lei nº
13.800, de 2019, para aplicação em projeto específico de
artes cênicas.

VI - MUSEUS E MEMÓRIA

a) Doação ou aquisição de acervos para museus e insti-


tuições de preservação da memória (art.18, § 3º, alínea g).
b) Preservação, restauração, conservação, identificação,
registro e promoção (art. 18, § 3º, alínea g);
c) documentação e digitalização de acervos; sistemas de
informações (art. 18, § 3º, alínea g).
d) Ações de segurança para preservação de acervos (art.
18, § 3º, alínea g).
e) Planos anuais de atividades e elaboração de planos
museológicos (art. 18, § 3º, alínea g).
f) Exposições realizadas em museus, exposições organi-
zadas com acervos de museus e museografia (art. 18, §
3º, alíneas d e g).
g) Pesquisa; sistematização de informações. (art. 18, §
3º, alínea g).
h) Ação educativo-cultural, inclusive seminários, con-
gressos, palestras (art. 18, § 3º, alínea g).
216

i) Criação e implantação (projetos, construção, restaura-


ção e reforma) (art. 18, § 3º, alínea g).

j) Ações de capacitação e treinamento de pessoal (art.


18, § 3º, alínea g).

k) Aquisição de equipamentos para a preservação e a


manutenção de acervos (art. 18, § 3º, alínea g).

l) Doação permanente restrita de propósito específi-


co a fundo patrimonial, instituído nos termos da Lei nº
13.800, de 2019, voltado para a sustentabilidade finan-
ceira no longo prazo de instituições culturais de artes
cênicas.

m) Doação de propósito específico à organização gesto-


ra de fundo patrimonial, instituída nos termos da Lei nº
13.800, de 2019, para aplicação em projeto específico de
artes cênicas.

VII – HUMANIDADES

a) Livros ou obras de referência, impressos ou eletrôni-


cos, de valor artístico, literário ou humanístico (art. 18, §
3º, alínea b).

b) Manutenção, preservação ou restauração de acervos


bibliográficos e arquivísticos compreendidos por livros ou
obras de referência, impressos ou eletrônicos, de valor ar-
tístico, literário ou humanístico (art. 18, § 3º, alínea b).

c) Eventos literários ou ações educativo-culturais volta-


217

dos para empreendedorismo cultural, promoção do li-


vro e da criação literária, bem como para o incentivo à
leitura (art. 18, § 3º, alínea b).

d) Doação ou aquisição de acervos para bibliotecas pú-


blicas, museus, arquivos públicos, cinematecas (art. 18,
§ 3º, alínea b).

e) Empreendedorismo cultural e ações de capacitação,


treinamento de pessoal, oficinas e aquisição de equipa-
mentos, que tenham como finalidade a manutenção de
acervos de bibliotecas públicas, museus, arquivos públi-
cos e cinematecas (art. 18, § 3º, alínea b).

f) Construção de bibliotecas desde que esteja prevista


a implantação de espaço destinado a apresentações de
teatro, exibição de filmes e outras atividades culturais
em municípios com menos de 100.000 (cem mil) habi-
tantes (art. 18, § 3º, alínea h).

g) Doação permanente restrita de propósito específi-


co a fundo patrimonial, instituído nos termos da Lei nº
13.800, de 2019, voltado para a sustentabilidade finan-
ceira no longo prazo de instituições culturais de artes
cênicas.

h) Doação de propósito específico a organização gesto-


ra de fundo patrimonial, instituída nos termos da Lei nº
13.800, de 2019, para aplicação em projeto específico de
artes cênicas.
218

ANEXO V
TARIFAS BANCÁRIAS

Todas as contas cadastradas no sistema corporativo do


Banco do Brasil, vinculadas a projetos beneficiados pe-
los incentivos fiscais ao amparo da Lei nº 8.313, de 1991,
possuem isenção das seguintes tarifas:
I - PESSOA FÍSICA E JURÍDICA
II - MANUTENÇÃO C/C ATIVA - PF E PJ
III - GERENCIADOR FINANCEIRO - CONEXÃO
IV - CADASTRO PF E PJ - CONFECÇÃO
V - CADASTRO PF E PJ - RENOVAÇÃO SEMESTRAL
VI - TRANSFERÊNCIA ENTRE CONTAS CORRENTES (ORI-
GEM PF E PJ) - RPG
VII - TRANSFERÊNCIA ELETRÔNICA (DOC/TED) - RPG
VIII - EXTRATOS TAA - TERMINAL DE AUTOATENDIMENTO
IX - EXTRATOS DE INTERNET
X - AGENDA FINANCEIRA
219

ANEXO VI
TRILHAS DE CONTROLE

I - Regularidade do proponente e sócios.


II - Regularidade da Classificação Nacional de Atividades
Econômicas - CNAE do proponente e fornecedor.
III - Princípio da não concentração.
IV - Itens concentrados por fornecedores.
V - Notas fiscais eletrônicas.
VI - Beneficiários de ingressos gratuitos.
VII - Incentivadores inativos.
VIII - Regularidade de captadores de recursos.
220

DANIEL BENDER LUDWIG


É historiador, produtor cultural e
palestrante com uma ampla gama
de experiências e realizações no
campo da cultura. Possui um his-
tórico impressionante como ex-
-diretor da Lei de Incentivo à Cul-
tura do RS e parecerista da Lei
Rouanet, bem como de outros edi-
tais fomentados por diferentes es-
tados. Sua contribuição foi de ex-
trema importância ao auxiliar diversos municípios na busca por
incentivos necessários para a realização de projetos culturais.

Como consultor, tem se destacado ao auxiliar municípios na cria-


ção de legislação de enquadramento junto ao Sistema Nacional
de Cultura, visando à regulamentação e implementação dos Fun-
dos de Apoio à Cultura. Suas habilidades em elaboração de proje-
tos incentivados, negociação e gestão são amplamente reconheci-
das, fruto de sua vasta experiência tanto no setor público quanto no
privado, atuando como gestor de organizações sociais e culturais.

Autor do livro Gestão Cultural e Mobilização de Recursos,


Manual Prático de Elaboração de Projetos, uma obra que tem
se destacado no cenário cultural. Além disso, suas palestras têm sido
muito elogiadas por empresários, produtores culturais, profissionais
de organizações sociais e gestores públicos e privados, pois fornecem
conhecimentos valiosos sobre o financiamento de projetos culturais.

Sua trajetória é marcada por um profundo envolvimento com a cultura,


tanto no aspecto teórico quanto prático. Sua expertise em gestão, elabo-
ração de projetos, negociação e conhecimento dos mecanismos de finan-
ciamento o tornam um consultor altamente valorizado e um palestrante
influente no cenário cultural. Comprometido em promover o conhecimento
e contribuir para o desenvolvimento da cultura em nosso estado.
221

Gestão Cultural e Moblização de Recursos -


Manual Prático de Elaboração de Projetos,
de Daniel Bender Ludwig, tem como objetivo o aprimoramento
e a capacitação dos profissionais atuantes no mercado cultu-
ral, tanto na esfera pública quanto privada.

Apresentando técnicas e ferramentas de gestão, o livro abor-


da todos os mecanismos relativos à elaboraçao de projetos
culturais, desde as fases iniciais de planejamento, de apresen-
tação e de captação de recursos até a etapa final de prestação
de contas.

O aperfeiçoamento profissional dos gestores culturais é im-


prescindível para a realização de uma administração criativa
e eficiente na elaboração e no desenvolvimento de projetos e
ações culturais. Neste sentido, a obra busca servir como um
instrumento completo de referência na gestão e no desenvolvi-
mento de projetos culturais de valor para a sociedade.

Ricamente ilustrado e apresentando uma linguagem de fácil


compreensão, o presente manual impressiona pela qualidade
técnica e artística, apresentando conceitos complexos de
forma bastante didática, objetiva e original.

Este é, certamente, um livro capaz de instigar


a visão crítica do leitor mais atento, desenvol-
vendo a capacidade organizadora e o espí-
rito empreendedor dos profissionais atuantes
no setor cultural.

MINISTÉRIO DA
CULTURA

REALIZAÇÃO:

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