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MANUAL DE

RETENÇÃO DO
IMPOSTO DE RENDA
Sobre Bens e Serviços
do Estado do Piauí
Rafael Tajra Fonteles
GOVERNADOR DO ESTADO

Emilio Joaquim de Oliveira Júnior


SECRETÁRIO DE ESTADO DA FAZENDA

Cristovam Colombo dos Santos Cruz


SUPERINTENDENTE DE GESTÃO

James Lane Ramos de Sousa


SUPERINTENDENTE DO TESOURO ESTADUAL

Antônio Marcos Milanêz Cavalcante


DIRETOR DA UNIDADE DE GESTÃO E PROGRAMAÇÃO DO GASTO PÚBLICO

Bruno Cardoso Rocha Saraiva Teixeira


DIRETOR DA UNIDADE DE CONTROLE CONTÁBIL

Cristiano Natalício Neves de Oliveira


DIRETOR DA UNIDADE DE GESTÃO FINANCEIRA

Mauro Gomes de Lima


DIRETOR DE GESTÃO DA DÍVIDA PÚBLICA E OPERAÇÕES DE CRÉDITO
MANUAL IRRF SOBRE BENS E SERVIÇOS

PORTARIA SEFAZ-PI/GASEC Nº 17/2023


Regulamenta a forma de retenção de Imposto de Renda – Pessoa Jurídica referente aos
pagamentos efetuados, a qualquer título, a pessoas jurídicas pelos Órgãos
da Administração Direta Estadual, Fundos, Autarquias e Fundações.

O SECRETÁRIO DE ESTADO DA FAZENDA, no uso das atribuições,


Considerando o disposto no inciso I do art. 157 da Constituição Federal,
Considerando as competências da Secretaria de Estado da Fazenda disposta na Lei nº. 7.884, de 08 de
dezembro de 2022;
Considerando a Instrução normativa RFB nº. 2145, de 26 de junho de 2023;
Considerando o disposto no Decreto Estadual nº. 22.157, DE 19 de junho de 2023,

RESOLVE:

Art. 1º A partir de 1º de julho de 2023, a retenção de imposto de renda sobre os pagamentos efetuados pelos
Órgãos da Administração Direta Estadual, Fundos, Autarquias e Fundações a pessoas jurídicas, pelo
fornecimento de bens e serviços, deverá observar as disposições do Decreto Estadual nº 22.157, de 19 de
junho de 2023, e aquelas constantes na Instrução Normativa RFB nº 1.234, de 11 de janeiro de 2012, bem
como as regras do "Manual de Retenção do Imposto de Renda Sobre Bens e Serviços do Estado do Piauí",
disponibilizado no sítio eletrônico da Secretaria de https://portal.sefaz.pi.gov.br/.
Parágrafo único. Não poderão ser aceitos, para fins de liquidação de despesa, notas fiscais, faturas ou recibos
fornecidos pelos prestadores de serviço e fornecedores de bens em desacordo com as regras de retenção
dispostas na Instrução Normativa RFB nº 1.234/2012, exceto os documentos emitidos em data anterior.
Art. 2º. Caberá à Superintendência do Tesouro Estadual da Secretaria da Fazenda - SUTESP adotar as
medidas cabíveis para o fiel cumprimento da Instrução Normativa nº. 1.234/2012 da Receita Federal do
Brasil, podendo realizar bloqueio de pagamentos e/ou bloqueio das Unidades Gestoras.
Art. 3º. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Publique-se.
Cumpra-se.

EMÍLIO JOAQUIM DE OLIVEIRA JÚNIOR


Secretário de Estado da Fazenda

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MANUAL IRRF SOBRE BENS E SERVIÇOS
APRESENTAÇÃO

A Constituição Federal, em seu art. 157, inciso I, estabelece que pertence aos Estados o
produto da arrecadação do imposto de renda na fonte sobre rendimentos pagos, a qualquer título,
por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem ou mantiverem.

Desse modo, historicamente, os órgãos, entidades e fundos do Estado do Piauí utilizavam as


regras previstas no Regulamento do Imposto de Renda (RIR/2018), instituído pelo Decreto nº
9.580/2018, para efetuar as retenções de imposto de renda sobre os serviços prestados por pessoas
jurídicas. As hipóteses de incidência do imposto de renda retido na fonte pelo Estado eram
basicamente sobre serviços tomados de pessoas jurídicas, não incidindo sobre a aquisição de bens
ou materiais em geral.

Contudo, o Supremo Tribunal Federal firmou jurisprudência recente de repercussão geral


(Tema 1130), fixando o entendimento de que o Estado tem o direito de se apropriar da arrecadação do
imposto de renda sobre rendimentos pagos a qualquer título, nas mesmas hipóteses de retenção que a
União previu para seus órgãos, autarquias fundações.

Nas retenções de imposto de renda na fonte efetuadas pelos órgãos e entidades federais
segundo o disposto no art. 64 da Lei Federal nº 9.430/1996, e a Instrução Normativa 1.234/2012 –RFB,
tem um rol de hipóteses de incidência mais amplo e alíquotas maiores que as aplicadas pelo Estado do
Piauí ao seguir o Regulamento do Imposto de Renda, nos pagamentos sobre bens e serviços.

Com a alteração, a Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil publicou recentemente


a 2.145, de 26 de junho de 2023, alterando a Instrução Normativa 1.234/2012, regulamentando a
retenção de IR sobre fornecimento de bens e prestação de serviços pelos Estados e Municípios, com
a mesma base de incidências da administração pública federal.

Diante do exposto, esse Manual é dedicado à orientar os servidores das áreas de gestão
financeira dos órgãos, autarquias e fundações sobre a incidência de retenção de imposto de renda,
bem como a forma de retenção no Sistema de Administração Financeira do Estado do Piauí –
SIAFE/PI, à luz da Instrução Normativa nº 1.234/2012-RFB.

Cabe ressaltar que se trata da primeira versão do Manual e que por se tratar de uma situação
nova no âmbito da administração financeira, poderão ocorrer atualizações rotineiras desse manual,
seja com o objetivo de aperfeiçoar a orientação ao usuário da unidade gestora, como decorrentes de
aperfeiçoamento das ferramentas tecnológicas disponíveis.

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MANUAL IRRF SOBRE BENS E SERVIÇOS

SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ............................................................................................................................................ 3
1 IMPOSTO DE RENDA .................................................................................................................................. 6
1.1 INCIDÊNCIA DE RETENÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA NA FONTE ................................................ 6
1.2 DA BASE DE CÁLCULO E DA ALÍQUOTA ESPECÍFICA .............................................................. 7
1.3 OBRIGAÇÕES DA PESSOA JURÍDICA FORNECEDORA DO BEM OU PRESTADORA DO SERVIÇO
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1.4 DO RECOLHIMENTO DOS VALORES RETIDOS AO TESOURO ESTADUAL............................ 8
1.5 COMPROVANTE DE RENDIMENTOS .............................................................................................. 9
2. HIPÓTESES SEM RETENÇÃO DE IR...................................................................................................... 10
2.1 PESSOAS JURÍDICAS NÃO SUJEITAS À RETENÇÃO ...................................................................... 10
2.2 DISPENSA DE RETENÇÃO PELA NATUREZA DO OBJETO............................................................ 11
2.3 SUPRIMENTO DE FUNDOS ................................................................................................................... 11
2.4 COMPROVAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE IMUNIDADE E ISENÇÃO ............................................... 11
2.4.1 MOMENTO DA APRESENTAÇÃO DAS COMPROVAÇÕES .......................................................... 12
2.5 RETENÇÃO DE VALORES ABAIXO DE R$ 10,00 .............................................................................. 13
2.6 CÓDIGO DA RECEITA ........................................................................................................................... 13
3. SITUAÇÕES ESPECÍFICAS ...................................................................................................................... 13
3.1 AGÊNCIAS DE VIAGENS E TURISMO ................................................................................................ 13
3.2 SEGUROS ................................................................................................................................................. 14
3.3 PROPAGANDA E PUBLICIDADE ......................................................................................................... 14
3.4 CONSÓRCIOS .......................................................................................................................................... 15
3.5 REFEIÇÃO-CONVÊNIO, VALE TRANSPORTE VALE COMBUSTÍVEL E OUTROS ..................... 15
3.6 BENS IMÓVEIS ........................................................................................................................................ 15
3.7 COOPERATIVAS E ASSOCIAÇÕES DE PROFISSIONAIS OU ASSEMELHADAS ......................... 15
3.8 ASSOCIAÇÕES E COOPERATIVAS DE MÉDICOS E DE ODONTÓLOGOS ................................... 16
3.9 PLANO PRIVADOS DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE E ODONTOLÓGICA .......................................... 17
3.10 ALUGUÉL DE IMÓVEIS ....................................................................................................................... 18
3.11 PESSOA JURÍDICA SEDIADA E DOMICILIADA NO EXTERIOR .................................................. 18
3.12 PESSOA JURÍDICA AMPARADA POR MEDIDA JUDICIAL ........................................................... 18
3.13 INTERMEDIAÇÃO NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS E FORNECIMENTO DE BENS ................. 19
4. OPERACIONALIZAÇÃO DO SIAFE-PI .................................................................................................. 19
4.1 EMISSÃO DAS PDs DE RETENÇÃO DO IRRF. QUEM É O RESPONSÁVEL POR EMITI-LAS? .. 19

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MANUAL IRRF SOBRE BENS E SERVIÇOS
4.2 QUAL TIPO DE RETENÇÃO DEVO UTILIZAR?................................................................................. 21
4.3 RETENÇÃO GERAL – TIPO DE RETENÇÃO 170 ............................................................................... 25
4.4 RETENÇÃO ESPECÍFICA – TIPO DE RETENÇÃO 171 ...................................................................... 26
4.5 RETENÇÃO ESPECÍFICA – TIPO DE RETENÇÃO 172 ...................................................................... 26
4.6 RETENÇÃO ESPECÍFICA – TIPO DE RETENÇÃO 177 ...................................................................... 26
4.7 RETENÇÃO ESPECÍFICA – TIPO DE RETENÇÃO 178 ...................................................................... 26
4.8 RETENÇÃO ESPECIFÍCA – TIPO DE RETENÇÃO 179 ...................................................................... 26
4.9 ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................................................................ 27

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MANUAL IRRF SOBRE BENS E SERVIÇOS

1 IMPOSTO DE RENDA

O imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza é um tributo de competência da União que tem
por fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica de renda, como produto do trabalho, do capital
ou da combinação de ambos, bem como demais acréscimos patrimoniais.
A incidência do imposto independe da denominação da receita ou do rendimento, da localização, condição
jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção.
Em regra, o contribuinte do imposto é o titular da disponibilidade econônica ou jurídica da renda ou
provento.
Segundo o Código Tributário Nacional – CTN, a lei pode atribuir à fonte pagadora da renda ou dos proventos
tributáveis a condição de responsável pelo imposto cuja retenção e recolhimento lhe caibam.
Nesse contexto, a administração pública com uma grande tomadora de serviços e adquirente de materiais e
bens, em várias situaçao fica responsável por reter o imposto de renda sobre os pagamentos que realiza pessoas
jurídicas.
Na esfera federal, há bastante tempo a Instrução Normativa RFB nº 1234, de 11 de janeiro de 2012 regula
a retenção de tributos nos pagamentos efetuados pelos órgãos da administração pública federal direta,
autarquias e fundações federais, entre outras pessoas jurídicas que menciona, a outras pessoas jurídicas pelo
fornecimento de bens e serviços.
Contudo, tal regulamentação deverá ser observada também por estados, distrito federal e municípios, tendo
em vista a recente inclusão do art. 2º-A à referida Instrução Normativa.

Art. 2º-A. Os órgãos da administração pública direta dos estados, do Distrito


Federal e dos municípios, inclusive suas autarquias e fundações, ficam
obrigados a efetuar a retenção, na fonte, do imposto sobre a renda incidente
sobre os pagamentos que efetuarem a pessoas jurídicas pelo fornecimento de
bens ou prestação de serviços em geral, inclusive obras de construção civil.

Desse modo, surge a necessidade dos servidores que atuam no âmbito da gestão orçamentária e financeira
dos órgãos, fundos, autarquias e fundações públicas observarem o disposto na Instrução Normativa 1.234/2012.

1.1 INCIDÊNCIA DE RETENÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA NA FONTE

O art. 64 da Lei nº 9.430/1996 estabelece que, em regra, os pagamentos efetuados por órgãos,
autarquias e fundações da administração pública federal a pessoas jurídicas, pelo fornecimento de bens ou

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prestação de serviços, estão sujeitos à incidência, na fonte, do imposto sobre a renda, da contribuição social
sobre o lucro líquido, da contribuição para seguridade social - COFINS e da contribuição para PIS/PASEP.

O alcance deste Manual, se dá somente à retenção de imposto de renda na fonte nos pagamentos
efetuados pelos órgãos da Administração Direta Estadual, fundos, autarquias e fundações a pessoas jurídicas
pelo fornecimento de bens e serviços, inclusive obras, nos termos da Instrução Normativa 1.234/2012. - RFB.

1.2 DA BASE DE CÁLCULO E DA ALÍQUOTA ESPECÍFICA

A base de cálculo é o valor bruto da nota fiscal ou fatura emitida pela contratada, que é o mesmo valor
da despesa liquidada pela prestação de serviços ou fornecimento de bens. Conforme Art. 3º da Instrução
Normativa 1.234/2012:
Art. 3º A retenção será efetuada aplicando-se, sobre o valor a ser pago, o
percentual constante da coluna 06 do Anexo I a esta Instrução Normativa, que
corresponde à soma das alíquotas das contribuições devidas e da alíquota do
IR, determinada mediante a aplicação de 15% (quinze por cento) sobre a base
de cálculo estabelecida no art. 15 da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995,
conforme a natureza do bem fornecido ou do serviço prestado.

Porém, existem exceções a essa regra geral, como no caso da fatura de energia elétrica, onde o valor
cobrado a título de Contribuição de Iluminação Pública deverá ser deduzido da base de cálculo do IRRF, nos
termos do inciso XXII do art. 4º da IN RFB 1.234/2012.
Há situações particulares previstas pela IN RFB nº 1234/2012 sobre a definição da base de cálculo
devem ser observadas:

 Em caso de pagamento com glosa de valores constantes da nota fiscal, sem emissão de
nova nota fiscal, a retenção deverá incidir sobre o valor original da nota fiscal, nos termos
do art. 2º, §10 da IN RFB nº 1234/2012;
 Em caso de pagamentos com acréscimos de juros e multas por atraso no pagamento, a
retenção deverá incidir sobre o valor total da nota fiscal incluídos os acréscimos, conforme
IN RFB nº 1234/2012, art. 2º, §11.

1.3 OBRIGAÇÕES DA PESSOA JURÍDICA FORNECEDORA DO BEM OU PRESTADORA


DO SERVIÇO

A pessoa jurídica fornecedora do bem ou prestadora do serviço deverá informar no documento fiscal
o valor do IR a ser retido na operação, conforme dispõe a conforme dispõe o art. 2º, §6º combinado com o §
1º do art. 2-A da IN RFB nº 1.234/2012.
Quanto ao marco temporal da alteração da incidência e das alíquotas, o art. 4º do Decreto nº
22.157, de 19 de junho de 2023, estabeleceu que os fornecedores de bens e prestadores de serviços devem
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emitir as notas fiscais, as faturas ou os recibos em observância às regras de retenção dispostas na
Instrução Normativa RFB nº 1.234, de 11 de janeiro de 2012 a partir da data de 01/07/2023. Desse modo,
firmou-se o entendimento que os documentos emitidos em data anterior a esta, poderão permanecer
com a forma de retenção que o Estado do Piauí praticava anteriormente.
Em caso de documento de cobrança com código de barras deverão ser informados o valor bruto
contratado e o valor do IR a ser retido, efetuando-se o pagamento pelo valor líquido deduzido da respectiva
retenção, conforme determina o art. 11 da IN nº 1234/2012.
O valor do IR será obtido mediante a multiplicação do valor bruto da nota fiscal pela alíquota
correspondente, de acordo com o Anexo I da IN RFB nº 1234/2012.
Exemplo: Empresa de locação de serviços de vigilância armada apresenta nota fiscal com valor bruto
de R$ 100.000,00 pelos serviços prestados para a Secretaria de Governo. Sobre a operação, a lei exige a
retenção de INSS (11%) e de ISS (5%, exemplicadamente). Nesse caso, a empresa terá retido, pela Secretaria
de Governo, o valor de R$ 11.000,00 a título de INSS e R$ 5.000,00 a titulo de ISS. A retenção de imposto
de renda deverá ser calculada sobre a base de cálculo de R$ 100.000,00 (valor bruto da nota), com a alíquota
correspondente natureza da atividade, que será de 4,8% conforme IN 1234/2012. Nesse caso, o valor a ser
retido de imposto de renda na fonte será de R$ 4.800,00 (R$ 100.000,00*4,8%).
Conforme dispõe o art. 9º, incisos I e II da IN 1234/2012, o valor do imposto retido será considerado
antecipação do que for devido pelo contribuinte em relação ao mesmo imposto e poderá ser deduzido somente
do valor do imposto apurado no próprio mês da retenção pelo contribuinte que sofreu a retenção. Caso o valor
retido seja superior ao devido, a diferença poderá ser compensada com o imposto mensal a pagar relativo aos
meses subsequentes.

1.4 DO RECOLHIMENTO DOS VALORES RETIDOS AO TESOURO ESTADUAL

No Sistema Integrado de Administração Financeira do Estado do Piauí (SIAFE-PI) a retenção de


imposto de renda ocorre no momento da Nota de Liquidação da despesa - NL.

Após a retenção de imposto de renda na Nota de Liquidação, a Unidade Gestora deverá emitir uma
Programação de Desembolso Orçamentária – PD para o pagamento do líquido ao fornecedor e uma PD de
Retenção para pagamento do IRRF, tendo por credor o Governo do Estado.

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Ficará a cargo do Tesouro Estadual lançar o recolhimento do IRRF por meio de Guia de Recolhimento
no SIAFE-PI e transferir os recursos para a Conta Única, por meio de PD de Tranferência.
Ressalta-se que, em virtude dos valores do IR retido pertencerem ao Estado do Piauí, não há
necessidade de geração de DARF e o respectivo recolhimento da União, mesmo que haja a declaração desses
valores nas obrigações acessórias exigidas pela legislação federal.

1.5 COMPROVANTE DE RENDIMENTOS

A fim de comprovar a retenção efetuada sobre os pagamentos de fornecimentos de bens e serviços, os


órgãos da administração direta, os fundos, as fundações e as autarquias estaduais, na condição de fonte
pagadora, deverão emitir o comprovante de rendimentos pagos e de imposto sobre a renda retido. A IN RFB
nº 2060/2021 trata do referido comprovante e estabelece o seguinte em seu artigo 3º:

Art. 3º O comprovante deverá ser fornecido até o último dia útil do mês de
fevereiro do ano subsequente ao do pagamento dos rendimentos ou por
ocasião da rescisão do contrato de trabalho, se esta ocorrer antes da referida
data.

No Estado do Piauí, o comprovante de rendimentos pagos e de imposto sobre a renda retido poderá ser
consultado no prazo previsto pelo art. 3º da IN RFB nº 2060/2021, em endereço a ser divulgado
posteriormente.
Os valores informados nos comprovantes de rendimentos pagos deverão guardar compatibilidade com
os valores informados na DIRF e/ou EFD-Reinf.

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MANUAL IRRF SOBRE BENS E SERVIÇOS

2. HIPÓTESES SEM RETENÇÃO DE IR

Em virtude de previsão na Constituição Federal (imunidade) ou em normas infraconstitucionais


(isenção), existem situações que não exigem o pagamento de Imposto de Renda e, por conseguinte, não
requerem retenção do mesmo.
O art. 4º da IN RFB nº 1234/2012 elenca, em síntese, as hipóteses em que inexiste obrigação tributária
de pagamento de imposto de renda. Portanto, não há de se falar em retenção do tributo nesses casos.

2.1 PESSOAS JURÍDICAS NÃO SUJEITAS À RETENÇÃO

Não estão sujeitas a retenção de imposto de renda os pagamentos efetuados a:


 templos de qualquer culto;
 partidos políticos;
 instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural, científico e ms associações civis, a que se refere o art.
15 da Lei nº 9.532, de 1997;
 sindicatos, federações e confederações de empregados;
 serviços sociais autônomos, criados ou autorizados por lei (Sistema S);
 conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas;
 fundações de direito privado e fundações públicas instituídas ou mantidas pelo Poder Público;
 condomínios edifícios;
 Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e as Organizações Estaduais de Cooperativas previstas no
caput e no § 1º do art. 105 da Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971;
 pessoas jurídicas optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições
devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), de que trata o art. 12 da Lei
Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, em relação ms suas receitas próprias;
 pessoas jurídicas exclusivamente distribuidoras de jornais e revistas;
 Itaipu Binacional;
 empresas estrangeiras de transportes marítimos, aéreos e terrestres, relativos ao transporte internacional de
cargas ou passageiros, nos termos do disposto no art. 176 do Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999 -
Regulamento do Imposto de Renda (RIR/1999), e no inciso V do art. 14 da Medida Provisória nº 2.158-35,
de 24 de agosto de 2001;
 órgãos da administração direta, autarquias e fundações do Governo Federal, Estadual ou Municipal,
observado, no que se refere ms autarquias e fundações, nos termos dos §§ 2º e 3º do art. 150 da
Constituição Federal; e
 entidades fechadas de previdência complementar, nos termos do art. 32 da Lei nº 10.637, de 30 de dezembro
de 2002.

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MANUAL IRRF SOBRE BENS E SERVIÇOS
Nesse ponto cabe destaque, por se tratar de uma situação bastante comum, em que o fornecedor apesar
de ser contribuinte do imposto de renda, opta por forma distinta de pagamento do tributo, como é o caso das
empresas optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), de que trata o art. 12 da Lei Complementar
nº 123, de 14 de dezembro de 2006.
Nesse caso das empresas que optam pelo Simples Nacional, não deverá ocorrer a retenção do imposto
de renda. Recomenda-se, portanto que o fornecedor apresente a declaração de opção pelo Simples Nacional e
que o servidor do setor financeiro de cada Unidade Gestora consulte o enquadramento no endereço eletrônico
abaixo:
https://consopt.www8.receita.fazenda.gov.br/consultaoptantes
Além disso, o documento fiscal emitido pelo fornecedor deve informar a opção do contribuinte pelo
Simples Nacional.

2.2 DISPENSA DE RETENÇÃO PELA NATUREZA DO OBJETO

São imunes ou isentos os pagamentos efetuados a título de:

a. Prestações relativas à aquisição do bens financiados por instituição financeira;


b. Seguro obrigatório de danos pessoais causados por veículos automotores;
c. Suprimentos de fundos;
d. Contribuição para o Custeio da Iluminação Pública, cobrada nas faturas de consumo de energia elétrica
emitidas por distribuidoras de energia elétrica com base em convênios firmados com os municípios ou com
o Distrito Federal.

2.3 SUPRIMENTO DE FUNDOS

A RFB prevê que nos pagamentos efetuados pelos órgãos federais por intermédio de suprimento de
fundos, de que trata os arts. 45 a 47 do Decreto nº 93.872/1986, não haverá retenção de imposto de renda.
O Estado do Piauí possui adiantamentos de recursos a título de suprimento de fundos, conforme
Decreto n° 16.226, de 13 de outubro de 2015 que se dão por meio de adiantamento ao tomador de suprimentos
nomeado pelo ordenador de despesa através de portaria, conforme art. 5º do Decreto n° 16.226/2015. Por
analogia, os pagamentos de adiantamentos realizados por meio do cartão Cartão Corporativo do Governo do
Estado do Piauí – CCGEP ou por outros meios de pagamento, não serão objeto de retenção de imposto de
renda.

2.4 COMPROVAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE IMUNIDADE E ISENÇÃO

É importante ressaltar que, conforme dispõe o art. 2º, §5º da IN RFB 1234/2012, as pessoas jurídicas
amparadas por isenção, não incidência ou alíquota zero devem informar essa condição no documento fiscal,

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MANUAL IRRF SOBRE BENS E SERVIÇOS
inclusive o enquadramento legal, sob pena de, se não o fizerem, sujeitarem-se à retenção de imposto de renda
no percentual total correspondente à natureza do bem ou serviço.
Ainda, de acordo com a leitura do §2º do art. 4º e do § 6º do art. 6º da IN RFB nº 1234/2012, as
instituições de que trata os incisos III e IV do mesmo artigo, precisarão apresentar documentos que
comprovem sua condição de imunes ou isentas na seguinte forma:

 As instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, a que se refere o art. 12 da Lei nº
9.532/1997 necessitam, para comprovação das condições de imunidade e isenção, apresentar declaração de
que trata o anexo II da IN RFB 1234/12. Além disso, deverão apresentar Certificado de Entidade
Beneficente de Assistência Social (Cebas), expedido pelos Ministérios das respectivas áreas de atuação da
entidade, na forma estabelecida pelo Decreto nº 8.242, de 23 de maio de 2014.
 As instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural, científico e as associações civis, a que se refere o
art. 15 da Lei nº 9.532/1997 necessitam, para comprovação das condições de imunidade e isenção,
apresentar declaração de que trata o anexo III da IN RFB 1234/12. Além disso, deverão apresentar
Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (Cebas), expedido pelos Ministérios das
respectivas áreas de atuação da entidade, na forma estabelecida pelo Decreto nº 8.242, de 23 de maio de
2014.

A ausência das declarações comprobatórias obriga a entidade pagadora a efetuar á retenção de imposto
de renda, conforme determina o § 8º do art. 6º da IN RFB nº 1234/2012.
Já as empresas optantes pelo Simples Nacional, de que trata a Lei Complementar nº 123/2006, para
fins de comprovação das condições de isenção deverão apresentar declaração de que trata o anexo IV da IN
RFB 1234/12, conforme determina o art. 6º da referida instrução. Em caso de não apresentação da declaração,
a fonte pagadora poderá consultar o portal do Simples Nacional para verificação se a empresa contratada é ou
permanece sendo optante pelo Regime Tributário diferenciado, conforme § 4º do art. 6º da IN RFB nº
1234/2012.

2.4.1 MOMENTO DA APRESENTAÇÃO DAS COMPROVAÇÕES

As declarações de que trata o item 2.4 deverão ser apresentadas no ato da assinatura do contrato e
anexadas ao processo do primeiro pagamento, em se tratando de contratação/primeiro pagamento efetuado a
partir de 1º de julho de 2023. Os fornecedores deverão ainda destacar na Nota Fiscal ou outro documento de
cobrança a situação de isenção de retenção em que se enquadra.
Nas contratações em andamento, os comprovantes deverão ser anexados à primeira liquidação
realizada a partir de 1º de julho de 2023, inclusive nos documentos fiscais emitidos a partir da referida data.
Em caso de não apresentação da documentação que comprove a situação de imunidade, isenção ou
alíquota zero pelo fornecedor do bem ou prestador do serviço, a retenção poderá ser efetuada sobre o valor
total do documento fiscal, no percentual correspondente à natureza do bem ou serviço, conforme § 3º do art.
2º-A da IN RFB 1.234/2012.

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2.5 RETENÇÃO DE VALORES ABAIXO DE R$ 10,00

A Receita Federal estabeleceu que os valores abaixo de R$ 10,00 têm sua retenção dispensada,
conforme prevê o §3º do art. 31 da Lei 10.833/2003:

§ 3o Fica dispensada a retenção de valor igual ou inferior a R$ 10,00 (dez


reais), exceto na hipótese de Documento de Arrecadação de Receitas Federais
- DARF eletrônico efetuado por meio do Siafi. (Redação dada pela Lei nº
13.137, de 2015)

Entretanto, considerando que o Estado do Piauí é o titular dos valores retidos nos pagamentos efetuados
por seus órgãos da Administração Direta, fundos, autarquias e fundações, tal dispositivo não se aplica às
retenções realizadas pelos órgãos e entidades estaduais referenciados, uma vez que a arrecadação
estadual do imposto de renda retido na fonte não é realizada por meio de DARF.

2.6 CÓDIGO DA RECEITA

O §4º do art. 37 da IN RFB 1.234/2012 estabele o código de receita a ser informado na DIRF a respeito
dos rendimentos pagos pelor órgãos, autarquias, fundos e fundação dos estados, distrito federal e municípios:

§ 4º As retenções efetuadas na forma estabelecida pelo art. 2º-A deverão ser


informadas na Dirf, com o código de receita 6256.

A apresentação da DIRF 2024, relativa aos fatos ocorridos no exercício de 2023 deverá, portanto,
utilizar o código 6256 nas retenções efetuadas em conformidade com o que dispõe o §4º do art. 37 da Instrução
Normativa nº 1.234/2012.
Cabe ressaltar que os dados referentes à retenção de imposto de renda deverão ser infirmados na EFD-
Reinf a partir de setembro de 2023, conforme dispõe o art. 5º, VI da IN RFB 2043/2021.
Ressalta-se que ficará dispensada a apresentação da DIRF em relação aos fatos ocorridos a partir de 1º
de janeiro de 2024, conforme prevê o §1º do art. 3º da IN RFB 2043/2021.

3. SITUAÇÕES ESPECÍFICAS

A IN RFB nº 1234/2012 prevê algumas situações específicas, às quais segue abaixo.

3.1 AGÊNCIAS DE VIAGENS E TURISMO

Conforme dispõe o art. 12 da IN RFB 1234/2012, a retenção de imposto de renda nas aquisições de
passagens aéreas e rodoviárias, despesas de hospedagens, aluguel de veículos e prestação de serviços afins,
contratadas por intermédio de agências de viagem, devem ocorrer em nome da:

13
MANUAL IRRF SOBRE BENS E SERVIÇOS

 Agência de viagem sobre o valor cobrado a título de comissão pela intermediação da comercialização do
bilhete de passagem ou pela prestação do serviço de agenciamento de viagens na venda de passagens aos
órgãos e entidades públicas;
 Empresa prestadora do serviço sobre o valor do serviço prestado;
 Operador aeroportuário sobre o valor da tarifa de embarque.

Fica a agência de viagem obrigada a emitir documento de cobrança observando o seguinte:


 Apresentará fatura e nota fiscal em seu nome em relação ao valor cobrado pela intermediação da
comercialização do bilhete de passagem ou pela prestação do serviço de agenciamento de viagens na
venda de passagens aos órgãos e entidades públicas,
 Apresentará faturas, separadas por prestador de serviço, onde conste:
o o nome e o número de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) da empresa
prestadora do serviço e o número e valor da nota fiscal, no caso de despesas de hospedagem,
aluguel de veículos e prestação de serviços afins;
o o nome e o número de inscrição no CNPJ da empresa prestadora do serviço e o número e valor
do bilhete de passagem aérea ou rodoviária emitido pela empresa transportadora, excluídos a
tarifa de embarque, o pedágio e o seguro, no caso de venda de passagens;
o o número de inscrição no CNPJ do operador aeroportuário e, em destaque, o valor da tarifa de
embarque; e
o o nome do usuário do serviço, que deverá ser identificado nas situações previstas nas alíneas “a”
e ”b”.

A retenção se dará pelo valor bruto dos documentos fiscais, sendo aplicada a alíquota de retenção para
cada operação em separado, e identificado o CNPJ prestador do serviço para fins de informação na DIRF.
Nesse ponto, o SIAFE-PI ainda não está preparado para realizar a identificação do sujeito passivo da retenção
diferente do credor contratado, nesse caso a agência de viagens.
A agência de viagens, a quem o Estado efetuar o pagamento, repassará ao prestador do serviço ou
operador aeroportuário o valor líquido recebido, já deduzidas as retenções efetuadas em nome deste.

3.2 SEGUROS

Conforme determina o art. 13 da IN RFB 1234/2012, em relação aos pagamentos de seguro, efetuados
por intermédio de corretora, a retenção será efetuada tendo por base o valor total do prêmio, em nome da
companhia seguradora, não sendo possível deduzir o valor correspondente na corretagem.

3.3 PROPAGANDA E PUBLICIDADE

Segundo estabelece o art. 16 da IN RFB 1234/2012, quando se tratar de serviços de propaganda e


publicidade, a retenção de imposto de renda será efetuada em relação à agência de propaganda e publicidade
e a cada uma das demais pessoas jurídicas prestadoras do serviço, sobre o valor das respectivas notas fiscais.
A agência de propaganda apresentará, para tanto, documento de cobrança que deverá constar:

14
MANUAL IRRF SOBRE BENS E SERVIÇOS

a) o nome e o número de inscrição no CNPJ de cada empresa emitente de nota fiscal, listada no
documento de cobrança; e
b) o número da respectiva nota fiscal e o seu valor

Nos casos de diversas notas fiscais de uma mesma empresa, o nome e número do CNPJ de uma mesma
empresa poderão ser indicados apenas na linha correspondente à 1ª Nota Fiscal Listada.

3.4 CONSÓRCIOS

Em conformidade com o art. 17 da IN RFB 1.234/2012, nos casos de pagamentos realizados a


consórcio constituído para fornecimento de bens e prestação de serviços, inclusive obras ou serviços de
engenharia, a retenção de imposto de renda deverá ser efetuada em nome da cada empresa participante do
consórcio, com base em documento fiscal emitido por cada uma das pessoas jurídicas consorciadas.
No caso de pagamentos a consórcio formado entre empresas nacionais e estrangeiras, a retenção deverá
ser aplicada seguindo a legislação específica aplicada a cada empresa, ainda que em consórcio.
3.5 REFEIÇÃO-CONVÊNIO, VALE TRANSPORTE VALE COMBUSTÍVEL E OUTROS

Conforme dispõe o art. 18 da IN RFB 1234/2012, não sendo possível identificar o fornecedor da
refeição, transporte ou combustível, o valor a ser retido no pagamento da empresa intermediária terá como
base de cálculo o valor da corretagem ou da comissão. Para tanto, o valor da comissão ou corretagem deverá
ser destacado na nota fiscal de serviços. Do contrário, a retenção será sobre o total a pagar.
Sendo possível a identificação do fornecedor da refeição, transporte ou combustível, será efetuada
retenção em nome deste sobre o valor correspondente ao serviço prestado ou ao bem fornecido, sem prejuízo
da retenção sobre o valor da corretagem, efetuado em nome da empresa intermediária.

3.6 BENS IMÓVEIS

De acordo com o art. 23 da IN RFB 1234/2012 será realizada retenção de imposto de renda sobre o
valor total da compra nas hipóteses em que:
a. o vendedor é pessoa jurídica que exerce a atividade de compra e venda de bens imóveis;
b. o vendedor é entidade aberta de previdência complementar com fins lucrativos;
c. o imóvel pertencer ao ativo não circulante da empresa vendedora.

De outro lado, em se tratando de imóvel adquirido de entidade aberta de previdência complementar


sem fins lucrativos, não deverá ser efetuada a retenção de imposto de renda.

3.7 COOPERATIVAS E ASSOCIAÇÕES DE PROFISSIONAIS OU ASSEMELHADAS

Conforme arts. 24 e 25 da IN RFB 1234/2012, em se tratando de fornecimento de bens por sociedade


cooperativa não é cabível a retenção de imposto de renda. Exceto na hipótese de fornecimento de bens por
15
MANUAL IRRF SOBRE BENS E SERVIÇOS
sociedade cooperativa de agricultura ou de pesca, em relação aos produtos que adquirirem de não associados
para completar lotes destinados ao cumprimento de contratos ou para suprir capacidade ociosa de suas
instalações industriais. Nesse caso, haverá retenção de imposto de renda com alíquota de 1,2% sobre os valores
segregados em documentos fiscal pela fornecedora de bens.
Em relação aos serviços prestados por cooperativas de trabalho ou associações profissionais ou
assemelhadas, conforme art. 26 da IN RFB 1234/2012, será retido 1,5% a título de imposto de renda, relativo
aos serviços pessoais prestados por seus cooperados ou associados, pessoa física, em nome da cooperativa.
Na hipótese de serviços prestados por terceiros, pessoa jurídica, não associados/cooperados, haverá retenção
de 1,2% (serviço com emprego de materiais) ou 4,8% para os demais serviços. Em se tratando de serviço
prestado por pessoa física não cooperada/associada, a retenção obedecerá a tabela progressiva.
A retenção de serviços prestados por terceiros de que trata o parágrafo anterior deverá ocorrer em nome
da pessoa física ou jurídica prestadora do serviço. As faturas/documentos de cobrança da cooperativa ou
associação deverão segregar cada uma das hipóteses elencadas, acompanhadas dos documentos fiscais dos
prestadores de serviços da seguinte forma:

 Fatura correspondente aos serviços pessoais prestados por seus cooperados ou


associados onde serão retidos 1,5% de imposto de renda em nome da
cooperativa/associação.
 Fatura relativa aos serviços de terceiros não associados e de pessoas jurídicas,
cooperadas ou não, que devem segregar ainda:

i. serviços em geral prestados por pessoas físicas sobre os quais caberá retenção
de imposto de renda de acordo com a tabela progressiva em nome da pessoa
física;
ii. serviços prestados com emprego de material por pessoas jurídicas,cooperadas
ou não, cabendo retenção de 1,2% de imposto de renda em nome da pessoa
jurídica prestadora;
iii. demais serviços prestados por pessoa jurídica, cooperadas ou não, cabendo
retenção de 4,8% a título de imposto de renda.

 Fatura correspondente à comissão ou taxa de administração em que haverá


retenção de 4,8% de imposto de renda em nome da cooperativa/associação

As faturas deverão estar acompanhadas dos seguintes documentos:

a) Pessoa Física: CPF e valor a ser pago;


b) Pessoa Jurídica: CNPJ, nota fiscal e valor.

As notas fiscais deverão ser emitidas em nome da pessoa jurídica pagadora.

3.8 ASSOCIAÇÕES E COOPERATIVAS DE MÉDICOS E DE ODONTÓLOGOS

Com base no art. 27 da IN RFB 1.234/2012 os pagamentos de planos de assistência à saúde ou


odontológica de associações e cooperativas de médicos, odontólogos, veterinários, anestesistas e enfermeiros
16
MANUAL IRRF SOBRE BENS E SERVIÇOS
que subcontratam ou mantêm convênios para a prestação de serviços de terceiros deverão obedecer às regras
estabelecidas no item 3.7, sendo necessária a apresentação de três faturas, assim distribuídas:

 Fatura segregando serviços pessoais prestados por cooperados ou associados pessoa física, em que
haverá retenção de 1,5% de imposto de renda em nome da cooperativa/associação.
 Fatura relativa aos serviços de terceiros não cooperados ou associados ou pessoas jurídicas em que
haverá retenção de 4,8% de imposto de renda para pessoas jurídicas e conforme tabela progressiva
para pessoas físicas, em nome do prestador. No caso de serviços hospitalares ou auxílio diagnóstico e
outros de que trata os arts. 30 e 31 da IN, a alíquota será de 1,2% de imposto de renda em nome do
prestador.
 Fatura relativa em comissão, taxa de administração ou adesão ao plano, em que haverá retenção de
4,8% de imposto de renda em nome da associação/cooperativa.

A inobservância do disposto neste item e no art. 24 da IN 1234/2012 acarretará na retenção de 4,8%


de imposto de renda sobre o valor total da fatura ou documento fiscal em nome da cooperativa ou associação.
Mesmas regras se aplicam ms associações de intermediação da prestação de serviços médicos,
veterinários, anestesiologistas, de enfermagem ou odontológicos que realizam seus procedimentos em nome
próprio, em suas respectivas instalações, conforme trata o art. 29 da IN RFB 1.234/2012.
Nos pagamentos relativos aos planos de saúde humana, veterinária e odontológica, mediante valor fixo,
é cabível retenção de 4,8% a título de imposto de renda. Nos pagamentos relativos ao seguro saúde, mediante
valor fixo, é cabível retenção de 2,4% a título de imposto de renda, conforme art. 28 da IN 1.234/2012

3.9 PLANO PRIVADOS DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE E ODONTOLÓGICA

Conforme art. 32 da IN RFB 1234/2012, em se tratando de serviços de assistência à saúde e


odontológica, intermediado por pessoa jurídica, não cooperativa, operadoras de planos de assistência à saúde
humana e veterinária ou assistência odontológica, a retenção de imposto de renda será efetuada em relação à
taxa de administração cobrada e em relação a cada uma das pessoas jurídicas ou físicas prestadoras de serviços,
sobre os valores das respectivas notas fiscais e recibos.
A operadora do plano deverá apresentar documento de cobrança com os valores segregados,
acompanhados de notas fiscais relativas à taxa de administração e aos serviços prestados por pessoas físicas e
jurídicas, onde deve constar ainda informações da:
a) Pessoa Física: CPF e valor a ser pago;
b) Pessoa Jurídica: CNPJ, nota fiscal e valor.

Os percentuais de retenção serão os mesmos previstos no item 3.8.


Nos pagamentos relativos aos planos de saúde humana, veterinária e odontológica à operadora não
cooperativa, mediante valor fixo, é cabível retenção de 4,8% a título de imposto de renda. Nos pagamentos
relativos ao seguro saúde, mediante valor fixo, é cabível retenção de 2,4% a título de imposto de renda,
conforme art. 33 da IN 1234/2012.
17
MANUAL IRRF SOBRE BENS E SERVIÇOS

Em relação aos pagamentos referentes aos operadores ou grupos de empresas médicas que utilizam
rede própria para prestação de serviços de assistência à saúde e odontológica, a retenção de imposto de renda
se dará:
 No percentual de 1,2%, no caso dos serviços de que trata o arts. 30 e 31, quando o
pagamento se der pelo custo operacional;
 No percentual de 4,8%, no caso de pagamento por valor fixo; ou, sendo pelo custo
operacional, em relação aos serviços não contemplados nos arts. 30 e31; ou, nos casos de
importâncias recebidas a título de comissão, taxa de administração ou de adesão ao plano
de saúde.

Caso a operadora utilize rede credenciada e rede própria deverá segregar as faturas para que se
apliquem as regras dos arts. 32 e 33, respectivamente.

3.10 ALUGUÉL DE IMÓVEIS

A retenção do imposto de renda se dará sobre o valor total pago a título de aluguel à pessoa jurídica,
mediante a alíquota de 4,8%. Caso o pagamento se dê por intermédio de administradora de imóvel, a
intermediária deverá fornecer o nome da Pessoa Jurídica beneficiária e o número do CNPJ, para fins de
identificação do sujeito passivo e informação na DIRF.
Não haverá retenção se o imóvel for de entidade aberta de previdência complementar sem fins
lucrativos.

3.11 PESSOA JURÍDICA SEDIADA E DOMICILIADA NO EXTERIOR

Não se aplicam as retenções de imposto de renda da IN RFB 1.234/2012 às pessoas jurídicas


domiciliadas no exterior.
A retenção se dará conforme cálculo com base nas alíquotas vigentes no momento em que os
rendimentos sejam pagos, entregues ou remetidos ao exterior.
A Instrução Normativa nº 1.455, de 06 de março de 2014 dispõe sobre a incidência do imposto sobre
a renda na fonte sobre rendimentos pagos, creditados, empregados, entregues ou remetidos para pessoas
jurídicas domiciliadas no exterior.
Na hipótese de intermediação por agência de publicidade, cabe a esta a obrigação de reter e recolher o
IR na fonte.

3.12 PESSOA JURÍDICA AMPARADA POR MEDIDA JUDICIAL

18
MANUAL IRRF SOBRE BENS E SERVIÇOS
ATENÇÃO: Não é cabível a retenção de IRRF em relação a pessoa jurídica amparada por decisão
judicial transitada em julgado ou nas hipóteses do Código Tributário Nacional, art. 151, II, IV e V. O
beneficiário deve comprovar a cada pagamento que se mantém sob o amparo da medida judicial.

3.13 INTERMEDIAÇÃO NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS E FORNECIMENTO DE


BENS

Em se tratando de contratação de empresa que intermedia fornecimento de bens em geral e


prestação de serviços, faz-se necessário que a retenção ocorra nome daquele que efetivamente prestou o
serviço.
Em resumo, havendo de comissão ou taxa cobrada pela empresa intermediária, ocorrerá a retenção de
imposto de renda em nome desta. Entretanto, em relação ao serviço prestado ou bem fornecido, a retenção de
imposto de renda se dará em nome daquele que efetivamente prestou o serviço ou forneceu o bem.
Para tanto, a empresa intermediária deverá apresentar, junto da fatura, relação dos documentos fiscais
das pessoas jurídicas ou físicas que realizaram a prestação de serviços ou fornecimento de bens, acompanhado
do CPF e CNPJ, bem como dos valores por fornecedor/prestador.
Os documentos fiscais devem ser emitidos com o órgão ou entidade pagadores como destinatário. O
valor da retenção, ainda que a intermediária aplique desconto, deverá ser realizado sobre o valor original da
nota.

4. OPERACIONALIZAÇÃO DO SIAFE-PI

Neste tópico, mostraremos de que forma os usuários poderão fazer as retenções do Imposto de Renda
no SIAFE-PI.
As retenções são realizadas quando da emissão da Nota Fiscal pelo fornecedor, informando os valores
que serão retidos quando da ocasião do pagamento. O usuário deverá informar, na Nota de Liquidação, os
valores a serem retidos.
4.1 EMISSÃO DAS PDs DE RETENÇÃO DO IRRF. QUEM É O RESPONSÁVEL POR
EMITI-LAS?

As retenções do IRRF, assim como as demais (ISS, INSS, entre outras) deverão ser recolhidas dentro
do prazo legal. No caso do IRRF, o § 1º do art. 1º do Decreto 22.157/23 estabeleceu que o recolhimento deverá
ser em até 3 dias úteis após o pagamento da obrigação.
1. Pagamentos realizados na Conta Única

Nos casos de Despesas que serão pagas pela Conta Única, não será necessário a Unidade Gestora emitir
a PD de Retenção. O processo será feito na Setorial Financeira, com os registros de execução financeira e
Guia de Recolhimento de responsabilidade do Tesouro Estadual.
Dessa forma, após a Emissão da Nota de Liquidação, deverá a Unidade Gestora efetuar a emissão da
PD Orçamentária bem como as outras PDs de Retenção pertinentes, para a execução da PD.
19
MANUAL IRRF SOBRE BENS E SERVIÇOS
A Setorial Financeira irá emitir a PD de Retenção do IRRF, na modalidade Regularização, que será
executada com o respectivo reconhecimento da receita por meio da geração de GR.

2. Pagamentos não realizados na Conta Única.

Para os casos de pagamentos que não utilizem a Conta Única, deverá a Unidade Gestora emitir a
Programação de Desembolso de Retenção do IRRF normalmente.
O usuário deverá emitir a PD, na aba de PD de Retenção, preenchendo o campo de identificação,
informado a UG Liquidante e Pagadora, bem como Domicílio Bancário de Origem e selecionando o Tipo de
Retenção adequado, da seguinte forma:

Após a seleção, o usuário deverá preencher os campos ‘Credor da Retenção’ e ‘Domicílio Bancário de
Destino’, da seguinte forma:

Recomendamos que a PD de Retenção seja executada de forma conjunta com a PD Orçamentária,


considerando que o prazo para recolhimento, de modo a obedecer ao disposto no §1º do art. 1º do Decreto
22.157/2023
A seguir, segue fluxograma de como se dará a emissão das PDs de Retenção:

20
MANUAL IRRF SOBRE BENS E SERVIÇOS

4.2 QUAL TIPO DE RETENÇÃO DEVO UTILIZAR?

Foram criados alguns tipos de retenção de modo a adequar as diferentes situações constantes na IN
1.234/2012. O Anexo I da referida Instrução apresenta a Tabela de Retenções, que apresenta a natureza do
bem fornecido ou do serviço prestado, com as respectivas alíquotas a serem aplicadas. Importante mencionar
que não haverá retenção CSLL, COFINS e PIS/PASEP, mas somente do IR.
Os tipos de retenção foram definidos para duas situações, com base na tabela do Anexo I. A primeira
situação é para os casos gerais, que será definido um tipo de retenção geral. Nesse caso, o usuário deverá
informar o tipo de retenção geral, colocar o valor correspondente à retenção e contabilizar a Nota de
Liquidação.
Já para o segundo caso, haverá tipos de retenção específicos para cada subitem de despesa, de acordo
com a Tabela disposta no Anexo I. Segue abaixo tabela com os tipos de retenção a serem utilizados:

NATUREZA DO BEM FORNECIDO OU DO SERVIÇO ALÍQUOTA Retenção Código do Tipo de


PRESTADO IR Geral ou Retenção
Específica

Alimentação; 1,20% Geral 170 - IRRF SOBRE


BENS E
SERVIÇOS -
GERAL

Energia elétrica 1,20% Específica 171 - IRRF SOBRE


CONTAS
PÚBLICAS

Serviços prestados com emprego de materiais 1,20% Geral 170 - IRRF SOBRE
BENS E

21
MANUAL IRRF SOBRE BENS E SERVIÇOS
SERVIÇOS -
GERAL

Construção Civil por empreitada com emprego de materiais 1,20% Específica 172 - IRRF SOBRE
OBRAS E
REFORMAS

Serviços hospitalares de que trata o art. 30 1,20% Geral 170 - IRRF SOBRE
BENS E
SERVIÇOS -
GERAL

Serviços de auxílio diagnóstico e terapia, patologia clínica, 1,20% Geral 170 - IRRF SOBRE
imagenologia, anatomia patológica e citopatológia, medicina BENS E
nuclear e análises e patologias clínicas de que trata o art. 31. SERVIÇOS -
GERAL

Transporte de cargas, exceto os relacionados no código 8767 1,20% Geral 170 - IRRF SOBRE
BENS E
SERVIÇOS -
GERAL

Produtos farmacêuticos, de perfumaria, de toucador ou de 1,20% Geral 170 - IRRF SOBRE


higiene pessoal adquiridos de produtor, importador, distribuidor BENS E
ou varejista, exceto os relacionados no código 8767 SERVIÇOS -
GERAL

Mercadorias e bens em geral. 1,20% Geral 170 - IRRF SOBRE


BENS E
SERVIÇOS -
GERAL

Gasolina, inclusive de aviação, óleo diesel, gás liquefeito de 0,24% Geral 170 - IRRF SOBRE
petróleo (GLP), combustíveis derivados de petróleo ou de gás BENS E
natural, querosene de aviação (QAV), e demais produtos SERVIÇOS -
derivados de petróleo, adquiridos de refinarias de petróleo, de GERAL
demais produtores, de importadores, de distribuidor ou
varejista, pelos órgãos da administração pública de que trata o
caput do art. 19;

Álcool etílico hidratado, inclusive para fins carburantes, 0,24% Geral 170 - IRRF SOBRE
adquirido diretamente de produtor, importador ou distribuidor BENS E
de que trata o art. 20; SERVIÇOS -
GERAL

Biodiesel adquirido de produtor ou importador, de que trata o 0,24% Geral 170 - IRRF SOBRE
art. 21. BENS E
SERVIÇOS -
GERAL

22
MANUAL IRRF SOBRE BENS E SERVIÇOS
Gasolina, exceto gasolina de aviação, óleo diesel, gás 0,24% Geral 170 - IRRF SOBRE
liquefeito de petróleo (GLP), derivados de petróleo ou de gás BENS E
natural e querosene de aviação adquiridos de distribuidores e SERVIÇOS -
comerciantes varejistas; GERAL

Álcool etílico hidratado nacional, inclusive para fins 0,24% Geral 170 - IRRF SOBRE
carburantes adquirido de comerciante varejista; BENS E
SERVIÇOS -
GERAL

Biodiesel adquirido de distribuidores e comerciantes varejistas; 0,24% Geral 170 - IRRF SOBRE
BENS E
SERVIÇOS -
GERAL

Biodiesel adquirido de produtor detentor regular do selo 0,24% Geral 170 - IRRF SOBRE
"Combustível Social", fabricado a partir de mamona ou fruto, BENS E
caroço ou amêndoa de palma produzidos nas regiões norte e SERVIÇOS -
nordeste e no semiárido, por agricultor familiar enquadrado no GERAL
Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar
(Pronaf).

Transporte internacional de cargas efetuado por empresas 1,20% Geral 170 - IRRF SOBRE
nacionais BENS E
SERVIÇOS -
GERAL

Estaleiros navais brasileiros nas atividades de construção, 1,20% Geral 170 - IRRF SOBRE
conservação, modernização, conversão e reparo de BENS E
embarcações pré-registradas ou registradas no Registro SERVIÇOS -
Especial Brasileiro (REB), instituído pela Lei nº 9.432, de 8 de GERAL
janeiro de 1997;

Produtos farmacêuticos, de perfumaria, de toucador e de 1,20% Geral 170 - IRRF SOBRE


higiene pessoal a que se refere o § 1º do art. 22 , adquiridos BENS E
de distribuidores e de comerciantes varejistas; SERVIÇOS -
GERAL

Produtos a que se refere o § 2º do art. 22; 1,20% Geral 170 - IRRF SOBRE
BENS E
SERVIÇOS -
GERAL

Produtos de que tratam as alíneas "c" a "k"do inciso I do art. 1,20% Geral 170 - IRRF SOBRE
5º; BENS E
SERVIÇOS -
GERAL

Outros produtos ou serviços beneficiados com isenção, não 1,20% Geral 170 - IRRF SOBRE
incidência ou alíquotas zero da COFINS e da Contribuição BENS E
para o PIS/Pasep, observado o disposto no § 5º do art. 2º. SERVIÇOS -
GERAL

23
MANUAL IRRF SOBRE BENS E SERVIÇOS
Passagens aéreas, rodoviárias e demais serviços de 2,40% Geral 170 - IRRF SOBRE
transporte de passageiros, inclusive, tarifa de embarque, BENS E
exceto as relacionadas no código 8850. SERVIÇOS -
GERAL

Transporte internacional de passageiros efetuado por 2,40% Geral 170 - IRRF SOBRE
empresas nacionais. BENS E
SERVIÇOS -
GERAL

Serviços prestados por associações profissionais ou 0,00% Específica 177 - OPERAÇÃO


assemelhadas e cooperativas. SEM RETENÇÃO
IRRF

Serviços prestados por bancos comerciais, bancos de 2,40% Específica 178 - IRRF SOBRE
investimento, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, SERVIÇOS
sociedades de crédito, financiamento e investimento, BANCÁRIOS E
sociedades de crédito imobiliário, e câmbio, distribuidoras de SEGURO SAÚDE
títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento
mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros
privados e de capitalização e entidades abertas de previdência
complementar;

Seguro saúde. 2,40% Específica 178 - IRRF SOBRE


SERVIÇOS
BANCÁRIOS E
SEGURO SAÚDE

Serviços de abastecimento de água 4,80% Específica 171 - IRRF SOBRE


CONTAS
PÚBLICAS

Telefone 4,80% Específica 171 - IRRF SOBRE


CONTAS
PÚBLICAS

Correio e telégrafos 4,80% Específica 171 - IRRF SOBRE


CONTAS
PÚBLICAS

Vigilância 4,80% Específica 179 - IRRF SOBRE


LOCAÇÃO DE
MÃO DE OBRA

Limpeza 4,80% Específica 179 - IRRF SOBRE


LOCAÇÃO DE
MÃO DE OBRA

Locação de mão de obra 4,80% Específica 179 - IRRF SOBRE


LOCAÇÃO DE
MÃO DE OBRA

Intermediação de negócios 4,80% Geral 170 - IRRF SOBRE


BENS E

24
MANUAL IRRF SOBRE BENS E SERVIÇOS
SERVIÇOS -
GERAL

Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e 4,80% Geral 170 - IRRF SOBRE
direitos de qualquer natureza BENS E
SERVIÇOS -
GERAL

Factoring 4,80% Geral 170 - IRRF SOBRE


BENS E
SERVIÇOS -
GERAL

Plano de saúde humano, veterinário ou odontológico com 4,80% Geral 170 - IRRF SOBRE
valores fixos por servidor, por empregado ou por animal BENS E
SERVIÇOS -
GERAL

Demais serviços 4,80% Geral 170 - IRRF SOBRE


BENS E
SERVIÇOS -
GERAL

4.3 RETENÇÃO GERAL – TIPO DE RETENÇÃO 170

No caso do Tipo de Retenção 170 - IRRF Sobre Bens e Serviços - Geral, o usuário será responsável
por informar os valores retidos. A operação irá aparecer para os casos de despesas constantes dos seguintes
Elementos de Despesas:

Elemento de Despesa Nome

30 Material de Consumo

33 Passagens e Despesas com Locomoção

35 Serviços de Consultoria

38 Arrendamento Mercantil

39 Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica

40 Serviços de Tecnologia da Informação e Comunicação - Pessoa


Jurídica

52 Equipamentos e Material Permanente

83 Despesas Decorrentes de Contrato de PPP

85 Contrato de Gestão

25
MANUAL IRRF SOBRE BENS E SERVIÇOS
92 Despesas de Exercício Anteriores

Nos casos de elementos acima, e quando não se enquadrar nos casos descritos nas alíneas seguintes, o
usuário deverá selecionar o tipo de retenção 170, informar o valor retido e contabilizar a NL normalmente.

4.4 RETENÇÃO ESPECÍFICA – TIPO DE RETENÇÃO 171

Para os casos do Tipo Retenção 171 - IRRF Contas Públicas, serão utilizados para os casos de serviços
prestados por meio de concessionárias de serviços públicos, como Energia Elétrica e Serviços de
abastecimento de água, Correios, em que a cobrança se dá por boleto/fatura com código de barras. Esse Tipo
de Retenção se assemelha com as regras aplicadas ao Tipo de Reserva 3 - Contas Públicas.

4.5 RETENÇÃO ESPECÍFICA – TIPO DE RETENÇÃO 172

Casos de utilização do Elemento de Despesa 51 - Obras e Instalações, bem como do Elemento 39 e


subitem 60 - Manutenção e Conservação de Bens Imóveis, bem como das Despesas de Exercícios Anteriores
(DEA) decorrentes. Nesses casos, a Unidade Gestora deverá necessariamente aplicar a alíquota de 1,2% sobre
o valor total da nota fiscal.

4.6 RETENÇÃO ESPECÍFICA – TIPO DE RETENÇÃO 177

Os casos de Tipo de Retenção 177 serão utilizados nos casos de isenção, imunidade, não incidência e
alíquota zero, previstos na IN RFB 1.234/2012, e em outra legislação específica que conceda tais benefícios
aos contribuintes.

4.7 RETENÇÃO ESPECÍFICA – TIPO DE RETENÇÃO 178

Casos de utilização no Elemento 39, nos seguintes subitens: 32 (Serviços Bancários) e 29 (Seguros em
geral), somente quando se tratar de Seguro Saúde, nos quais será aplicada a alíquota de 2,4% sobre o valor
bruto da nota fiscal.
Os outros casos de seguros, como seguros veiculares, seguros imobiliários seguem no caso geral,
considerados demais serviços.

4.8 RETENÇÃO ESPECIFÍCA – TIPO DE RETENÇÃO 179

Casos de utilização do Elemento 37 - Locação de Mão de Obra, em todos os seus subitens, bem como das
Despesas de Exercício Anteriores decorrentes. Nesse caso, deverá ser aplicada a alíquota de 4,8% sobre o
valor bruto da Nota Fiscal.

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MANUAL IRRF SOBRE BENS E SERVIÇOS

4.9 ORIENTAÇÕES GERAIS

Os casos de utilização do tipo de retenção específica deverão observar a alíquota estabelecida na IN.
Em alguns casos, como o de locação de mão de obra terceirizada, o SIAFE foi parametrizado para somente
contabilizar a Nota de Liquidação caso o valor da retenção respeite o percentual estabelecido na norma.
Também foi configurado para que o usuário NECESSARIAMENTE informe um dos tipos de
retenção elencados acima quando da contabilização da NL dos elementos de despesas supracitados. Quando
for o caso de isenção, imunidade ou alíquota zero, deverá o usuário selecionar o Tipo de Retenção 177,
conforme consta no item 4.6.
A unidade gestora deve adotar como regra a retenção, sendo que os casos de imunidade, isenção e
alíquota zero deve ser justificado e/ou declarado pelo fornecedor do bem ou prestador do serviço, inclusive
mediante a apresentação dos Anexo II, III e IV da IN 1234/2012-RFB.

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