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30/08/2018

I Congresso de Tributos
Municipais de Santos

Simples Nacional – Lei Complementar nº 155/2016

LEGISLAÇÃO DO SIMPLES NACIONAL

LEIS COMPLEMENTARES

LC 123/2006, LC 127/2007, LC 128/2008, LC 133/2009, LC 139/2011, LC 147/2014, LC


155/2016

LEGISLAÇÕES REGULAMENTADORAS

Decretos, Portarias, IN RFB, Atos Declaratórios, Recomendações CGSN, Comunicados e


Resoluções CGSN, Resoluções do CGSIM

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Legislação do Simples Nacional

A Lei Complementar 123/2006 estabelece normas gerais relativas ao tratamento


diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno
porte no âmbito dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

É também chamada de “Lei Complementar do Estatuto Nacional da Microempresa e da


Empresa de Pequeno Porte” (LCMEPP).

Em função de múltiplas mudanças, o regime tem sido alvo de sucessivas regulamentações,


especialmente no que tange às Leis Complementares 127/2007, 128/2008, 133/2009,
139/2011, 147/2014 e 155/2016 que alteraram várias normas do Simples até então
vigentes.

Legislação do Simples Nacional


As atribuições do Comitê Gestor do Simples Nacional
O Comitê Gestor de Tributação das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - denominado Comitê Gestor
do Simples Nacional – CGSN, foi instituído pelo Decreto nº 6.038/2007.
Compete ao CGSN tratar dos aspectos tributários da Lei Complementar 123/2006, entre os quais:
- apreciar e deliberar acerca da necessidade de revisão dos valores expressos em moeda na Lei Complementar
123/2006;
- estabelecer a forma de opção pelo Simples Nacional da pessoa jurídica enquadrada na condição de
microempresa e empresa de pequeno porte, fixando termos, prazos e condições;
- regulamentar a opção automática e o indeferimento da opção pelo Simples Nacional;
- regulamentar a forma de opção pela determinação do valor a ser recolhido tendo por base o valor da receita
bruta recebida no mês;
- definir a forma como os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no âmbito de suas respectivas
competências, poderão estabelecer valores fixos mensais para o recolhimento do ICMS e do ISS devido por
microempresa que aufira receita bruta, no ano-calendário anterior, de até R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais);
- definir a forma da redução proporcional ou ajuste do valor a ser recolhido, na hipótese em que os Estados, o
Distrito Federal ou os Municípios concedam isenção ou redução do ICMS ou do ISS devido por microempresa
ou empresa de pequeno porte, ou determinem recolhimento de valor fixo para esses tributos;
- regulamentar a aplicação de limites estaduais diferenciados de receita bruta para efeito de recolhimento do
ICMS e do ISS no Simples Nacional, conforme o disposto nos artigos 19 e 20 da Lei Complementar 123/2006;

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As atribuições do Comitê Gestor do Simples Nacional
- instituir o documento único de arrecadação;
- regulamentar o prazo para o recolhimento dos tributos devidos no Simples Nacional;
- credenciar os bancos integrantes da rede arrecadadora do Simples Nacional;
- decidir sobre requerimento para a adoção pelo Estado, Distrito Federal ou Município de sistema simplificado de
arrecadação do Simples Nacional;
- regular o pedido de restituição ou compensação dos valores do Simples Nacional recolhidos indevidamente ou
em montante superior ao devido;
- definir o sistema de repasses dos valores arrecadados pelo Simples Nacional, inclusive encargos legais:
- aprovar o modelo e o prazo de entrega da declaração única e simplificada de informações socioeconômicas e
fiscais do Simples Nacional;
- disciplinar os documentos fiscais a serem emitidos pelos optantes do Simples Nacional;
- disciplinar a comprovação da receita bruta dos empreendedores individuais;
- disciplinar as hipóteses de dispensa de emissão de documento fiscal dos empreendedores individuais;
- estabelecer outras obrigações fiscais acessórias;
- dispor sobre a declaração eletrônica do Simples Nacional;
- regulamentar a contabilidade simplificada para os registros e controles das operações realizadas pelos optantes
do Simples Nacional;

Legislação do Simples Nacional

As atribuições do Comitê Gestor do Simples Nacional

- regulamentar a exclusão do Simples Nacional;


- disciplinar a fiscalização do Simples Nacional;
- definir a forma da intimação prevista no artigo 38 da Lei Complementar 123/2006;
- disciplinar a forma pela qual serão solucionadas as consultas relativas aos tributos de competência estadual ou
municipal;
- disciplinar a forma pela qual os Estados, Distrito Federal e Municípios prestarão auxílio à Procuradoria-Geral da
Fazenda Nacional em relação aos tributos de suas competências;
- regulamentar as regras para parcelamento de tributos e contribuições para ingresso no Simples Nacional; entre
outras atribuições.

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As atribuições do Comitê de Gestão da Rede Nacional – REDESIM

O Comitê para Gestão da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da


Legalização de Empresas e Negócios (CGSIM), tem como função regulamentar,
administrar e gerir a implantação e o funcionamento da Rede Nacional para
Simplificação do Registro e da Legislação de Empresas e Negócios (Redesim).

O órgão é responsável por regulamentar a inscrição, cadastro, abertura, alvará,


arquivamento, licenças, permissão, autorização, registros e demais itens relativos à
abertura, legalização e funcionamento de empresários e pessoas jurídicas de qualquer
porte, atividade econômica ou composição societária. Dentre outras funções, também
irá elaborar e aprovar programa de trabalho para implementação e operação da
Redesim.

Legislação do Simples Nacional


Fórum Permanente das Micro e Pequenas Empresas

O Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (FP), presidido e coordenado pela
Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República (SMPE/PR), é uma das três instâncias
estabelecidas pela Lei Complementar nº 123/06 (artigo 2º, inciso II) para gerir o tratamento diferenciado e
favorecido a esse segmento, previsto nos artigos 170 e 179 da Constituição Federal. Seu objetivo é divulgar e
promover o fortalecimento das micro e pequenas empresas brasileiras.

Atribuições do Fórum Permanente


O Fórum Permanente, sob a presidência e coordenação da Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência
da República, tem como atribuição promover discussões com o objetivo de encaminhar à SMPE/PR propostas que
visam garantir o tratamento favorecido e diferenciado a ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno
porte, especialmente quanto:
• à criação e alteração de leis, regulamentos, procedimentos, sistemas de informação, portais e canais de
comunicação da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios;
• aos ajustes e aperfeiçoamentos de ações e projetos, governamentais e não governamentais, para harmonizar e
potencializar resultados;
• à articulação e à integração entre instituições, órgãos do Governo federal e entidades de apoio e
representação nacional que atuem diretamente no segmento das microempresas e empresas de pequeno porte;
• à implantação e ao desenvolvimento de fóruns regionais das microempresas e empresas de pequeno porte nas
unidades da federação e a sua integração com o Fórum Permanente.
Mais informações sobre o Fórum Permanente, acesse o site: http://www.forumpermanente.smpe.gov.br/ 4
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VEDAÇÕES À OPÇÃO – A PARTIR DE 01.01.2009


A partir do ano-calendário de 2009, estão impedidas de recolher os impostos e contribuições na forma
do Simples Nacional as microempresas ou as empresas de pequeno porte:
- que explorem atividade de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, gestão
de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, gerenciamento de ativos
(“asset management”), compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de
prestação de serviços (factoring);
- que tenham sócio domiciliado no exterior;
- de cujo capital participe entidade da administração pública, direta ou indireta, federal, estadual ou
municipal;
- que possuam débito com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ou com as Fazendas Públicas
federal, estadual ou municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa;
- que prestem serviço de transporte intermunicipal e interestadual de passageiros;
A partir de 01.01.2015, por força da Lei Complementar 147/2014, a vedação não se aplicará à modalidade fluvial
ou quando o serviço possuir características de transporte urbano ou metropolitano ou realizar-se sob fretamento contínuo
em área metropolitana para o transporte de estudantes ou trabalhadores.

Legislação do Simples Nacional

VEDAÇÕES À OPÇÃO – A PARTIR DE 01.01.2009


- que sejam geradoras, transmissoras, distribuidoras ou comercializadoras de energia elétrica;
- que exerçam atividade de importação ou fabricação de automóveis e motocicletas;
- que exerçam atividade de importação de combustíveis;
- que exerçam atividade de produção ou venda no atacado de:
cigarros, cigarrilhas, charutos, filtros para cigarros, armas de fogo, munições e pólvoras, explosivos e
detonantes;
bebidas a seguir descritas:
- alcoólicas;
- até 08.08.2014, preparações compostas, não alcoólicas (extratos concentrados ou sabores concentrados),
para elaboração de bebida refrigerante, com capacidade de diluição de até 10 partes da bebida para cada
parte do concentrado (restrição revogada pela LC 147/2014);

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VEDAÇÕES À OPÇÃO – A PARTIR DE 01.01.2009


- cervejas sem álcool;
A Resolução CGSN 135/2017 suprimiu códigos impeditivos à opção do Simples Nacional relativos
aos CNAES 1111-9/01, 1111-9/02, 1112-7/00, 1113-5/01, 1113-5/02 e 4635-4/99, relativas às bebidas
alcoólicas especificadas.
- que tenham por finalidade a prestação de serviços decorrentes do exercício de atividade
intelectual, de natureza técnica, científica, desportiva, artística ou cultural, que constitua profissão
regulamentada ou não, bem como as que prestem serviços de instrutor, de corretor, de despachante
ou de qualquer tipo de intermediação de negócios;
A venda de veículos em consignação, mediante contrato de comissão ou contrato estimatório, é feita
em nome próprio. Por esse motivo, não constitui mera intermediação de negócios, de sorte que o
exercício dessa atividade, por si só, não veda a opção pelo Simples Nacional – (Solução de
Divergência COSIT 4/2011).

Legislação do Simples Nacional

VEDAÇÕES À OPÇÃO – A PARTIR DE 01.01.2009


O suporte técnico em programas e sistemas de computador é atividade intelectual de natureza
técnica que impede a opção pelo Simples Nacional – (Solução de Consulta Cosit 141/2014).
As atividades intelectuais, de corretagem e demais serviços profissionais, a partir de 01.01.2015,
poderão optar pelo Simples.
- que realizem cessão ou locação de mão de obra;
- que realizem atividade de consultoria;
A atividade de consultoria deixou de ser vedada a partir de 01.01.2015.
- que se dediquem ao loteamento e à incorporação de imóveis; ou
- que realizem atividade de locação de imóveis próprios, exceto quando se referir à prestação de
serviços tributados pelo ISS.Também contempla a vedação no caso de locação de imóveis sujeitos ao
seu usufruto (Solução de Consulta Cosit 135/2015).

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Simples Nacional – Lei Complementar nº 155/2016

Comitê Gestor do Simples Nacional divulgou os sublimites para 2018. Por meio da Resolução nº
136/2017 (DOU de 06/12) o Comitê Gestor do Simples Nacional divulgou os sublimites para
2018.

Para que serve o sublimite

O sublimite determina até qual valor de Receita Bruta Anual o Estado vai permitir o recolhimento no
Simples Nacional do ICMS e do ISS.

Até 2017 a maioria dos Estados não haviam adotado sublimites. Assim, na apuração do DAS estava
contemplado o ICMS e o ISS. Com o advento da Lei Complementar nº 155/2016, que elevou o teto do
Simples Nacional para R$ 4,8 milhões, foi criado um sublimite obrigatório. Assim o Estado que não
publicar sublimite por meio de Decreto, terá obrigatoriamente como sublimite para recolher o ICMS e
o ISS a importância de R$ 3,6 milhões.

Simples Nacional – Lei Complementar nº 155/2016

Assim, a partir de 2018 todos os Estados terão como sublimite o valor de R$ 3,6 milhões. Exceto os Estados
do Acre, Amapá e Roraima que definiram R$ 1,8 milhões como valor de sublimite, conforme Resolução nº 136/2017.

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Simples Nacional – Lei Complementar nº 155/2016

Simples Nacional – Lei Complementar nº 155/2016

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Simples Nacional – Lei Complementar nº 155/2016

O que a Lei Complementar 155/2016 trouxe de novidades


1) Novos limites: os novos limites do simples nacional entram em vigor a partir de 2018, e passam de
R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais) na soma dos últimos doze meses, para R$
4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais) na soma dos últimos doze meses, o equivalente a
uma média mensal de R$ 400.000,00 (quatrocentos mil reais).
ATENÇÃO: – A Lei Complementar 155/2016 determina que quando a empresa ultrapassar o limite de
R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais) no acumulado antes da soma dos últimos doze
meses, deverão recolher ISS e ICMS fora da tabela do Simples Nacional.
O limite do MEI (Micro empreendedor individual) também foi alterado, e em 2018 passa de R$
60.000,00 (sessenta mil reais) na soma dos últimos doze meses, ou R$ 5.000,00 (cinco mil reais) mensais,
para R$ 81.000,00 (oitenta e um mil reais) na soma dos últimos doze meses, ou R$ 6.750,00 (seis mil
setecentos e cinquenta reais) mensais.

Simples Nacional – Lei Complementar nº 155/2016

2) Novas Tabelas do Simples Nacional: Houve também redução nos limites da faixa de
faturamento e alíquotas, anteriormente existiam 20 faixas e agora caíram para 6, as tabelas
também foram reduzidas de 6 para 5.

3) Nova forma de calcular os impostos do Simples Nacional: Antes o cálculo do simples resumia-se
na multiplicação de uma alíquota sobre o faturamento já com as devidas exclusões, a partir de
2018 a forma do cálculo deixa de ser tão simples:

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Simples Nacional – Lei Complementar nº 155/2016

A nova fórmula de cálculo do Simples em comparação com a atual forma de cálculo:

Cálculo Vigente até 2017

Passo 1: Saber o valor do faturamento dos últimos 12 meses anteriores ao período de apuração

Passo 2:Verificar na tabela do anexo da empresa sua faixa de enquadramento por esse faturamento
Passo 3: Multiplicar o faturamento mensal pelas alíquotas encontradas na tabela
Cálculo Vigente até 2017

Cálculo para 2018

Passo 1: Saber o valor do faturamento dos últimos 12 meses anteriores ao período de apuração

Passo 2: Aplicar a fórmula:


RBT12 x Alíquota-Valor a deduzir
RBT12

Passo 3: Aplicar a alíquota encontrada pelo faturamento mensal

Simples Nacional – Lei Complementar nº 155/2016

ALGUMAS DÚVIDAS :
1) Quando os novos limites entram em vigor.
Os novos limites entram em vigor a partir de 01/2018.
2) Quando o contribuinte ultrapassar os R$ 3,6 milhões antes do acumulado de 12 meses em
2018 será excluso do Simples?
a) Não, o contribuinte poderá continuar como simples nacional. Mas após ultrapassar o limite de
R$ 3,6 milhões antes dos 12 meses de faturamento acumulado deverá recolher ISS e ICMS fora
da tabela do simples nacional, até o limite de R$ 4,8 milhões.
b) Caso o contribuinte exceda o limite de R$ 4,8 milhões dentro do mesmo exercício social em
até 20%, estará sujeito a um adicional de 20% na alíquota do simples nacional na faixa máxima da
tabela do Simples Nacional pertencente a sua atividade, e sua exclusão se dará no início do
próximo ano.
c) Caso o contribuinte exceda o limite de R$ 4,8 milhões no mesmo exercício em mais de 20%,
estará fora do regime do simples nacional no mês posterior a data da ocorrência, ou da data de
abertura, se for no ano do início de atividade
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Simples Nacional – Lei Complementar nº 155/2016

ALGUMAS DÚVIDAS :
3) Quando o ISS e o ICMS será cobrado por fora.

Quando o contribuinte ultrapassar o limite de faturamento de R$ 3,6 milhões até o limite de R$


4,8 milhões, deverá recolher ISS e ICMS fora do regime do simples nacional, como um
contribuinte normal e cumprir suas obrigações relativas ao ICMS e ao ISS no respectivo Estado,
Distrito Federal ou Município, aplicando-se a alíquota do ICMS e do ISS do ente tributante.

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Investidor Anjo

O investidor anjo é a pessoa física ou jurídica que investe capital próprio em uma determinada empresa, ou seja, é
aquela pessoa que injeta recursos (dinheiro, ativos, etc) em uma empresa em troca de participação nos lucros.

Antes da Lei Complementar nº 155/2016, para que um investidor injetasse recursos em determinada empresa, este
precisava fazer parte do capital social (sócio) e isso levava a diversos problemas, como, por exemplo, o
desenquadramento da empresa do Simples Nacional (devido ao investidor ser participante de outra empresa).

Com os efeitos da LC 155/2016, o investidor anjo passa a ser apenas um investidor, ou seja, não faz parte do quadro
societário da empresa.

Seus recursos investidos também não integram o capita social. Não tem direito à gerência ou voto na empresa, não
responde por dívidas e o investimento não afeta o enquadramento da empresa no Simples Nacional.

O investimento pode ser feito por pessoa física ou jurídica. O investidor anjo receberá remuneração de acordo com o
Contrato de Participação que deverá ser firmado entre as partes.

Ao final de cada ano fiscal, o investidor anjo terá direito à distribuição de lucros, prevista no contrato, não podendo ser
superior a 50% do lucro da empresa.

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Salões de Beleza

A partir de 2018, os valores repassados aos profissionais de que trata a Lei nº 12.592/2012 (salões de beleza),
contratados por meio de parcerias, nos termos da legislação civil, não integrarão a receita bruta da empresa
contratante par fins de tributação, cabendo ao contratante a RETENÇÃO e o recolhimento dos tributos devidos pelo
contatado.

Quanto à RETENÇÃO, deverão ser seguidas as norma da RFB (quanto aos tributos federais) e dos Municípios (quanto ao
ISS).

O salão parceiro não poderá ser MEI.

Apesar da lei permitir, provavelmente a RFB e os Municípios não vão estabelecer essa retenção, porque as empresas do
Simples Nacional não sofrem retenção de seus próprios tributos, mas como a lei n 12.592/2012 determinou essa
retenção a orientação é que o dono do salão (salão parceiro) faça a retenção e o recolhimento dos tributos devidos
pelo profissional parceiro se ele for um microempreendedor.

Simples Nacional – Lei Complementar nº 155/2016

RECEITA BRUTA – PARCERIA DE SALÕES DE BELEZA

A partir de 01.01.2018, não compõe a receita bruta, para o salão-parceiro de que trata a Lei 12.592/2012 (Cabeleireiro,
Barbeiro, Esteticista, Manicure, Pedicure, Depilador e Maquiador), os valores repassados ao profissional-parceiro, desde
que este esteja devidamente inscrito no CNPJ (Resolução CGSN 137/2017).

Exemplo:
Faturamento total do salão: R$ 35.000,00.
Total repassado (por contratos de parceria) com profissionais inscritos no CNPJ: R$ 15.000,00
Receita Bruta a considerar: R$ 35.000,00 – R$ 15.000,00 = R$ 20.000,00.
TABELAS APLICÁVEIS
A receita obtida pelo salão-parceiro e pelo profissional-parceiro deverá ser tributada na forma prevista no:
I - Anexo III, quanto aos serviços e produtos neles empregados; e
II - Anexo I, quanto aos produtos e mercadorias comercializados.

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INDICAÇÕES NA NOTA FISCAL


O salão-parceiro deverá emitir documento fiscal para o consumidor informando o total das receitas de serviços e
produtos neles empregados, discriminando as cotas-parte do salão-parceiro e do profissional-parceiro, bem como o CNPJ
deste.

DOCUMENTO COMPROBATÓRIO
O profissional-parceiro emitirá documento fiscal destinado ao salão-parceiro relativamente ao valor das cotas-parte
recebidas.

Será considerada como receita auferida pelo MEI que atue como profissional-parceiro a totalidade da cota-parte recebida
do salão-parceiro.

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MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL
 O limite de faturamento anual do MEI passou de R$ 60.000,00 para R$ 81.000,00

 No ano da abertura esse limite é proporcional ao número de meses em atividade.

 O MEI enquadrado no SIMEI que durante o ano-calendário de 2017 faturou entre R$ 60.000,01 e R$ 72.000,00
(excesso de até 20%), continuará enquadrado automaticamente em 2018, salvo se solicitou o desenquadramento no
Portal do Simples Nacional

 Se faturar entre 72.000,01 e R$ 81.000,00 (excesso superior a 20%), deverá solicitar seu desenquadramento com
efeitos retroativos a janeiro de 2017 (ou à data de abertura) e pedir enquadramento no SEMEI em janeiro de 2018.

 O CGSN determinou o acréscimo do termo “independente” em todas as ocupações do MEI.

 Entende-se como independente a ocupação exercida pelo titular do empreendimento, desde que este não
guarde, cumulativamente, com o contratante do serviço relação de pessoalidade, subordinação e habitualidade.

 Independente, por exemplo: temos um borracheiro que estava na informalidade e passa a ser borracheiro
independente, ou seja, não é empregado, não é subordinado ele é o dono do negócio, ele é o titular.

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MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL

 A partir de 2018, foram acrescidas novas ocupações para o MEI.

 Porém, a partir de 2018 deixarão de ser autorizadas para o MEI as seguintes ocupações: Arquivista de
documentos, Contador(a)/Tecnico(a) Contábil e Personal Trainer

 O MEI que atue nessas atividades terá que solicitar seu desenquadramento no Portal do Simples Nacional.

 O desenquadramento de ofício dessas ocupações por parte das administrações tributárias poderá se efetuado
com efeitos a partir de 01/01/2019.

 Elas deixam de ser MEI, mas continua como ME no Simples Nacional

Simples Nacional – Lei Complementar nº 155/2016

Atividades que mudaram de Tabela


Passaram a ser tributadas pelo Anexo III as seguintes atividades:
- arquitetura e urbanismo;
- medicina, inclusive laboratorial, e enfermagem;
- odontologia e prótese dentária;
- psicologia, psicanálise, terapia ocupacional, acupuntura, podologia, fonoaudiologia, clínicas de nutrição e
de vacinação e bancos de leite.
Valores Fixos Mensais do ICMS e ISS a Partir de 2018
A partir de 01.01.2018, os valores fixos mensais, no caso de estados e municípios que adotarem esta
forma de recolhimento, serão os seguintes:
I - para a ME que no ano-calendário anterior tenha auferido receita bruta de até R$ 180.000,00 (cento e
oitenta mil reais):
a) R$ 108,00 (cento e oito reais), no caso de ICMS; e
b) R$ 162,75 (cento e sessenta e dois reais e setenta e cinco centavos), no caso de ISS;
II - para a ME que no ano-calendário anterior tenha auferido receita bruta entre R$ 180.000,00 (cento e
oitenta mil reais) e R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais):
a) R$ 295,50 (duzentos e noventa e cinco reais e cinquenta centavos), no caso de ICMS; e
b) R$ 427,50 (quatrocentos e vinte e sete reais e cinquenta centavos), no caso de ISS.
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Novas Tabelas – 2018

Redução de 20 (vinte) para 06 (seis) faixas de faturamento e de 06 (seis) para 05 (cinco)


tabelas de tributação (Anexos I a V).

Instituição de Tributação Progressiva, pela qual a empresa optante sofrerá incidência das
alíquotas fixas superiores apenas sobre o valor que ultrapassar o limite das faixas anteriores.

A alíquota efetiva é obtida pela seguinte fórmula:

Simples Nacional – Lei Complementar nº 155/2016

Exemplo 1 - Empresa enquadrada no anexo I - Comércio

Receita Bruta dos últimos 12 meses – R$ 1.331.108,20

Receita Mensal – R$ 170.133,20

Inicialmente você vai precisar conferir dentro da tabela do anexo em questão qual a alíquota
nominal, e qual a alíquota efetiva da empresa:

Tabela Anexo I (LC 155/16)

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Simples Nacional – Lei Complementar nº 155/2016

ANEXO I

Simples Nacional – Lei Complementar nº 155/2016

No nosso caso, pela tabela a empresa ficaria enquadrada na 4° faixa (entre


720.000,01 e 1.800.000,00).
E neste caso, pela tabela a alíquota nominal é de 10,70% e uma dedução de
22.500,00.
Utilizando a fórmula BT12 x ALIQ – PD ÷ BT12, para encontrar a alíquota efetiva, ou seja,
a real alíquota para fins de cálculo do Simples Nacional.

Assim temos:
1.331.108,20 x 10,70% - 22.500,00 = 119.928,57 / 1.331.108,20 = 9,01%
Então 9,01% será a alíquota efetiva para fins de cálculo.
Receita Mensal= R$ 170.133,20 x 9,01% = R$ 15.329,00 (ICMS devido)

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Simples Nacional – Lei Complementar nº 155/2016

Então R$ 15.329,00 será o valor a recolher no DAS. Lembrando que se dentro das
seções do anexo I, a empresa tiver algum caso que não pague um determinado
tributo, como nos casos de ICMS ST, PIS e COFINS monofásico e etc... Deverá
segregar a alíquota efetiva encontrada, para saber o percentual de tributo a
desconsiderar.
Por exemplo, dentro da LC 155/16 tem se a repartição dos tributos, então dentro
dessa nossa alíquota de 9,01% encontrada, 5,50% dela é IRPJ, 3,50% é CSLL,
12,74% é COFINS e assim sucessivamente.
Em termos práticos ela representa a composição de cada imposto dentro do DAS.

Simples Nacional – Lei Complementar nº 155/2016

No nosso caso se feita à repartição de tributos, cada tributo ficaria assim


representado:

IRPJ 5,50% 15.329,00 843,10


CSLL 3,50% 15.329,00 536,52
COFINS 12,74% 15.329,00 1.952,91
PIS 2,76% 15.329,00 423,08
CPP 42,00% 15.329,00 6.438,18
ICMS 33,50% 15.329,00 5.135,22

Importante também lembrar, que caso a empresa for de algum anexo de serviço, a
sua alíquota máxima de ISS será sempre de 5%, então se na repartição de tributos o
valor do ISS representar mais que 5% da alíquota efetiva total, essa deverá ser
limitada a 5%, e a diferença é separada entre as demais alíquotas dos impostos.

17
30/08/2018

Simples Nacional – Lei Complementar nº 155/2016

Exemplo empresa anexo III

Simples Nacional – Lei Complementar nº 155/2016

Com as seguintes informações:

Receita Bruta dos últimos 12 meses – R$ 3.082.017,10


Receita Mensal – R$ 170.935,10

Então com estes dados e efetuando o mesmo cálculo anteriormente demonstrado


temos uma alíquota efetiva de:
R$ 3.082.017,10 x 21% - R$ 125.640,00 = R$ 521.583,59 / R$ 3.082.017,10
= 16,92%

Então qual será a alíquota de ISS dentro destes 16,92%


ISS: 33,50/100 = 0,335 * 16,92% = 5,67%
Como 5,67% é maior que 5%, então teremos de limitar a alíquota do ISS a
5%, e os 0,67% restantes serão separados entre os demais impostos que
compõe o cálculo.
Receita Mensal= R$ 170.133,20 x 5% = R$ 8.546,76 (ISS devido)
18
30/08/2018

Simples Nacional – Lei Complementar nº 155/2016

Então seguindo as orientações da LC 155/16 acima teremos:


Alíquota efetiva =16,92% – 5% = 11,92%
IRPJ 11,92% 6,02% 0,72%
CSLL 11,92% 5,26% 0,63%
COFINS 11,92% 19,28% 2,30%
PIS/PASEP 11,92% 4,18% 0,50%
CPP 11,92% 65,26% 7,78%
ISS: 5%

Se somarmos as alíquotas encontradas e o 5% de ISS, encontraremos a mesma alíquota efetiva


de 16,92%, ou seja, 11,92% + 5% = 16,92%

Simples Nacional – Lei Complementar nº 155/2016

Tomamos, ainda, como exemplo o ANEXO III, com as seguintes informações:

Receita Bruta dos últimos 12 meses – R$ 260.750,10

Receita Mensal – R% 21.708,00

Então com estes dados e efetuando o mesmo cálculo anteriormente demonstrados


temos uma alíquota efetiva de:

R$ 260.750,10 x 11,20% - R$ 9.360,00 = R$ 19.844,01 / R$ 260.750,10 =


7,61%

Então qual será a alíquota de ISS dentro destes 7,61%


ISS: 33,50% * 7,61% = 2,55%
Receita Mensal= R$ 21.708,00 x 2,55% = R$ 553,55 (ISS devido)

19
30/08/2018

Simples Nacional – Lei Complementar nº 155/2016


Tabela de alíquota efetiva do Simples Nacional

ANEXO III

Alíquota Percentuais Efetivos dos Tributos


RBT 12
Efetiva IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP CPP ISS

180.000,00 6,00% 0,24% 0,21% 0,77% 0,17% 2,60% 2,01%

Alíquota Percentuais Efetivos dos Tributos


RBT 12
Efetiva IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP CPP ISS
182.000,00 6,06% 0,24% 0,21% 0,85% 0,18% 2,64% 1,94%

Alíquota Percentuais Efetivos dos Tributos


RBT 12
Efetiva IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP CPP ISS

3.600.000,00 17,51% 0,75% 0,66% 2,41% 0,53% 8,16% 5,00%

Alíquota Percentuais Efetivos dos Tributos


RBT 12
Efetiva IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP CPP ISS

3.610.000,00 15,05% 5,27% 2,26% 2,41% 0,52% 4,59% 0,00%

Alíquota Percentuais Efetivos dos Tributos


RBT 12
Efetiva IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP CPP ISS
4.800.000,00 19,50% 6,81% 2,93% 3,13% 0,68% 5,95% 0,00%

Simples Nacional – Lei Complementar nº 155/2016

Neste caso temos: Receita R$ 20.000,00 – Alíquota calculada pelo PGDA-D 1,96% = ISS R$ 391,58
20
30/08/2018

Simples Nacional – Lei Complementar nº 155/2016


Exemplo – Anexo III

Receita bruta acumulada: R$ 900.000,00


Alíquota nominal: 16%
Valor a deduzir: R$ 35.640,00
Percentual de repartição do ISS: 32,50%

R$ 900.000,00 x 16% - R$ 35.640,00 / R$ 900.000,00 x 32,50% = 3,91%


Alíquota do ISS = 3,91%
Respeitando sempre a alíquota mínima de 2% e a máxima de 5%
Na hipótese de o serviço sujeito à retenção ser prestado no mês de inicio de atividade do prestador,
deverá ser aplicada pelo tomar a alíquota de 2%
Se no cálculo a alíquota for superior a 5% o percentual que ultrapassar será distribuído para os outros
tributos.

Legislação do Simples Nacional

Majoração de Alíquotas

O cálculo do Simples Nacional para o ano de 2018 teve várias mudanças, e uma delas foi com
relação a majoração de alíquotas.
A majoração de alíquotas não afeta apenas o cálculo do Simples quando a empresa ultrapassa o limite
anual de faturamento de 3.600.00,00, previsto até 2017, mas também a questão dos sublimites para o
ISS e o ICMS que muitos estados adotam.
A partir de 2018 todos os estados adotarão sublimites para fins de recolhimento de ISS e ICMS, e os
estados que não tem um sublimite definido, terão de usar o sublimite de 3.600.000,00.
Então, a empresa pode faturar no ano até 4.800.000,00, mas o seu faturamento para fins de ICMS e ISS
não poderá ser maior que 3.600.000,00 ou o sublimite que o estado do contribuinte adotar.
A regra do sublimite de 20% continua valendo, então caso o contribuinte não ultrapassar o limite
previsto em mais de 20% ficará impedido de recolher o ISS e o ICMS só no ano-calendário seguinte, e
se passado esse sublimite, fica desenquadrado para fins de recolhimento do ISS e do ICMS já no mês
seguinte.
Lembrando que no caso de início de atividade, a regra também não muda, o contribuinte que
ultrapassar o limite de 20%, estará impedido da mesma maneira de recolher o ICMS e ISS na forma
do Simples Nacional, sendo estes efeitos retroativos ao início da sua atividade
21
30/08/2018

Legislação do Simples Nacional

Majoração de Alíquotas

Para a empresa em início de atividade, temos que observar que elas seguem a regra da
proporcionalidade durante seu primeiro ano, ou sejam sempre é considerado 1/12 avos do sublimite
estabelecido, e multiplicado pelo número de meses de funcionamento no ano.
Em relação ao sublimite, não houve mudanças com relação a regra para empresas que se utilizam do
regime de caixa, elas continuarão usando o regime de competência para verificação da receita do ano-
calendário.
Para as empresas que além de terem ultrapassado o sublimite estadual, também passaram o sublimite
geral (4.800.000,00), o que muda é que no mês em que ocorreu esse fato, não precisará mais majorar
em 20% as alíquotas máximas da tabela.
O contribuinte vai ter de usar as faixas máximas da tabela, mas com a alíquota efetiva ali encontrada,
sem precisar aumentar a mesma em mais 20%.
Aplica-se essa regra também para o sublimite estadual, ele não precisará, quando passado o sublimite
em menos de 20%, ter a alíquota de ISS ou ICMS máxima da tabela aumentada em 20%, somente se
usa a alíquota máxima já definida para esses impostos.

Legislação do Simples Nacional

Majoração de Alíquotas

O cálculo da relação entre as receitas é necessário para determinação do montante da receita bruta mensal que
sofrerá a majoração das alíquotas.
Dessa forma, essa apuração se faz necessária tão somente no mês em que a receita bruta mensal ultrapassar o limite
de R$ 3.600.000,00. Nos demais meses seguintes desse ano-calendário, o montante da receita bruta mensal estará
sempre sujeito à majoração da alíquota, ou seja, não haverá mais relação entre receita sujeita e não sujeita à
majoração.
EXEMPLO:
a) Mês de apuração: Novembro/2016
b) Receita bruta auferida no mês: R$ 100.000,00
c) Receita bruta auferida nos 12 meses anteriores (Novembro/2015 a Outubro/2016): R$ 3.600.000,00
d) Receita bruta auferida durante o ano-calendário (Janeiro a Novembro/2016): R$ 3.700.00,00
e) Receitas decorrentes da prestação de serviços (Anexo III)
Ignorando a questão da majoração da alíquota, pela regra geral de cálculo, com base na receita bruta auferida nos 12
meses anteriores, seria aplicada, neste exemplo, a alíquota de 17,42% sobre a receita bruta auferida no mês.

22
30/08/2018

Legislação do Simples Nacional

Majoração de Alíquotas

Entretanto, tendo em vista que a receita bruta acumulada no ano ultrapassou o limite de R$ 3.600.000,00 sobre a
parcela excedente deverá ser aplicada a alíquota máxima do respectivo Anexo, majorada em 20%.
Dessa forma, sobre o montante auferido no mês será aplicada a alíquota de 20,904%, que corresponde à alíquota
máxima do respectivo Anexo, majorada em 20%. (17,42% x 1,20 = 20,904%)
Uma vez ultrapassado o limite do Simples Nacional, caso esse excesso seja superior a 20%. a ME ou EPP poderá ser
excluída do regime a partir do mês seguinte, Se o limite for inferior a 20%, a ME ou EPP poderá permanecer no
Simples Nacional, até o final do ano, situação em que todos os demais meses do ano estarão sujeitos à majoração da
alíquota.
Portanto, além da majoração da alíquota, outra consequência do excesso de receita pode ser o momento da exclusão
do Simples Nacional: a partir do mês seguinte ou a partir do ano-calendário subsequente.
Neste caso, portanto, abandona-se a regra de cálculo com base na receita bruta auferida nos 12 meses anteriores
(regra geral), e passa a ser aplicada a alíquota máxima majorada.

Simples Nacional – Lei Complementar nº 155/2016

Retenção do ISS dos Optantes do Simples Nacional

O prestador do serviço optante do Simples Nacional, caso esteja sujeito à retenção do ISS por força da
legislação municipal, deverá DESTACAR NA NOTA FISCAL a alíquota a que estiver sujeito, conforme a
faixa de receita bruta em que se encontrar.
Se a alíquota do ISS não for destacada na nota fiscal, o tomador que estiver obrigado à reter o imposto
DEVERÁ APLICAR A ALÍQUOTA DE 5% do valor do serviço.
Se a alíquota informada for diferente daquela que se aplica à sua faixa de Receita Bruta, a
responsabilidade é EXCLUSIVAMENTE DO PRESTADOR DO SERVIÇO.
No momento de realizar o cálculo do Simples Nacional, o prestador do serviço que tenha sofrido a
retenção do ISS deverá separar as receitas sujeitas à retenção na fonte, a fim de não recolher
novamente o mesmo imposto sobre tais receitas.
A retenção na fonte do ISS para empresas optantes pelo Simples Nacional somente será permitida se
observado o disposto no art. 3º da LC 116/2003.
A alíquota aplicável na retenção na fonte corresponderá ao percentual efetivo do ISS decorrente da
aplicação das tabelas dos Anexos III, IV e V para a faixa da receita bruta que o prestador estiver sujeito
no mês anterior ao da prestação.
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30/08/2018

Retenção do ISS dos Optantes do Simples Nacional

Resolução CGSN nº 140, de 22 de maio de 2018


Subseção V
Da Retenção na Fonte e da Substituição Tributária

Art. 27. A retenção na fonte de ISS da ME ou EPP optante pelo Simples Nacional,
somente será permitida nas hipóteses previstas no art. 3º da Lei Complementar nº 116, de 2003, observado
cumulativamente o seguinte: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, § 4º)

I - a alíquota aplicável na retenção na fonte deverá ser informada no documento fiscal e


corresponderá ao percentual efetivo de ISS decorrente da aplicação das tabelas dos Anexos III, IV ou V desta
Resolução para a faixa de receita bruta a que a ME ou EPP estiver sujeita no mês anterior ao da prestação,
assim considerada:

a) a receita bruta acumulada nos 12 (doze) meses que antecederem o mês anterior ao da
prestação; ou

b) a média aritmética da receita bruta total dos meses que antecederem o mês anterior ao da prestação,
multiplicada por 12 (doze), na hipótese de a empresa ter iniciado suas atividades há menos de 13 (treze)
meses da prestação

Simples Nacional – Lei Complementar nº 155/2016

AUTORREGULARIZAÇÃO

 Fica permitida a prestação de assistência mútua e a permuta de informações entre a Fazenda


Pública da União e as dos Estados, Distrito Federal e dos Municípios, relativas à ME ou EPP, para
fins de planejamento ou de execução de procedimentos fiscais ou preparatórios.

 Sem prejuízo de ação fiscal individual, as administrações tributárias poderão utilizar procedimento
de notificação prévia visando à autorregularização, que não constituirá inicio de procedimento
fiscal. (art. 34 d LC 123/2006 – vigência 2018).

 Por exemplo: cruzamento de dados declarados pelos contribuintes x os constantes no banco de


dados do Município. Essa autorregularização permite que os fiscos notifiquem as empresas para
que elas autorregularize evitando com isso uma fiscalização e aplicação de multas de ofício.

24
30/08/2018

TRIBUTAÇÃO POR REGIME DE CAIXA

A incidência do Simples Nacional pode se dar, à opção do contribuinte, na forma regulamentada pelo
Comitê Gestor, sobre a receita recebida no mês (“regime de caixa”), sendo esta opção irretratável para
todo o ano-calendário.
A partir de 1° de janeiro de 2009, opcionalmente, o contribuinte pode utilizar a receita bruta total
recebida no mês - regime de caixa, em substituição à receita bruta auferida - regime de competência.
A opção pela determinação da base de cálculo no regime de caixa será irretratável para todo o ano-
calendário e deverá ser realizada, em aplicativo disponibilizado no Portal do Simples Nacional, quando
da apuração dos valores devidos relativos ao mês de:
I - novembro de cada ano-calendário, com efeitos para o ano-calendário subsequente, na hipótese de
ME ou EPP já optante pelo Simples Nacional;
II - início dos efeitos da opção pelo Simples Nacional, nas demais hipóteses, com efeitos para o próprio
ano-calendário.

TRIBUTAÇÃO POR REGIME DE CAIXA

Na hipótese em que a ME ou EPP em início de atividade, com início dos efeitos da opção pelo
Simples Nacional no mês de dezembro, a opção pelo regime de caixa, relativa ao ano-calendário
subsequente, deverá ser realizada quando da apuração dos valores devidos relativos ao mês de
dezembro.
Na hipótese de a ME ou a EPP possuir filiais, deverá ser considerado o somatório das receitas
recebidas por todos os estabelecimentos.
INCLUSÃO NA RECEITA BRUTA – SERVIÇO À PRAZO
Nas prestações de serviços a prazo, a parcela não vencida deverá obrigatoriamente integrar a base
de cálculo dos tributos abrangidos pelo Simples Nacional até o último mês do ano-calendário
subsequente àquele em que tenha ocorrido a respectiva prestação de serviço.

25
30/08/2018

TRIBUTAÇÃO POR REGIME DE CAIXA

Exemplo:
Nota Fiscal de Serviços emitida em Janeiro/2016, no valor de R$ 5.000,00, cujo recebimento é
previsto para Março/2016. O contribuinte é optante pela tributação pelo Simples segundo o
regime de caixa.
Entretanto, o cliente ficou inadimplente, e não pagou a respectiva nota, desta forma, o valor de
R$ 5.000,00 deverá ser incluído como receita bruta no mês de dezembro/2017.
“Art. 20. Para a ME ou a EPP optante pelo Regime de Caixa: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 3º)
I - na prestação de serviços ou nas operações com mercadorias com valores a receber a prazo, a parcela não vencida
deverá obrigatoriamente integrar a base de cálculo dos tributos abrangidos pelo Simples Nacional até o último mês
do ano-calendário subsequente àquele em que tenha ocorrido a respectiva prestação de serviço ou operação com
mercadorias;”
A receita auferida e ainda não recebida deverá integrar a base de cálculo dos tributos abrangidos
pelo Simples Nacional, na hipótese de:
I - encerramento de atividade, no mês em que ocorrer o evento;
II - retorno ao regime de competência, no último mês de vigência do regime de caixa;
III - exclusão do Simples Nacional, no mês anterior ao dos efeitos da exclusão.

TRIBUTAÇÃO POR REGIME DE CAIXA

REGISTRO DOS VALORES NÃO RECEBIDOS

O optante pelo regime de apuração segundo o regime de caixa deverá manter registro dos
valores a receber, no modelo constante do Anexo IX da Resolução CGSN 140/2018, no qual
constarão, no mínimo, as seguintes informações, relativas a cada prestação de serviço ou operação
com mercadorias a prazo:
I - número e data de emissão de cada documento fiscal;
II - valor da operação ou prestação;
III - quantidade e valor de cada parcela, bem como a data dos respectivos vencimentos;
IV - a data de recebimento e o valor recebido;
V - saldo a receber;
VI - créditos considerados não mais cobráveis.
Na hipótese de haver mais de um documento fiscal referente a uma mesma prestação de serviço
ou operação com mercadorias, estas deverão ser registradas conjuntamente.
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30/08/2018

TRIBUTAÇÃO POR REGIME DE CAIXA

Fica dispensado o registro em relação às prestações e operações realizadas por meio de


administradoras de cartões, inclusive de crédito, desde que a ME ou a EPP anexe ao
respectivo registro os extratos emitidos pelas administradoras relativos às vendas e aos
créditos respectivos.
A adoção do Regime de Caixa pela ME ou EPP não a desobriga de manter em boa ordem e
guarda os documentos e livros previstos, inclusive com a discriminação completa de toda a
sua movimentação financeira e bancária, constante do Livro Caixa.
Na hipótese de descumprimento do registro dos valores não recebidos, será
desconsiderada, de ofício, a opção pelo regime de apuração de receitas pelo regime de caixa,
para os anos-calendário correspondentes ao período em que tenha ocorrido o
descumprimento.
Nesta hipótese, os tributos abrangidos pelo Simples Nacional deverão ser recalculados pelo
regime de competência, sem prejuízo dos acréscimos legais correspondentes

FISCALIZAÇÃO DO SIMPLES NACIONAL

COMPETÊNCIA – REGRA GERAL


Secretaria da Receita Federal – SRF

COMPETÊNCIA - MUNICÍPIO
FISCALIZAÇÃO DO ISS - Hipóteses do art. 3º da LC nº 116/2003
(estabelecimento e exceções)

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30/08/2018

FISCALIZAÇÃO DO SIMPLES NACIONAL

OBRIGAÇÕES FISCAIS ACESSÓRIAS

A Resolução CGSN 140/2018 estabelece, a partir do artigo 59, as obrigações


acessórias, relativas a documentos fiscais e contábeis e prestação de informações ao
fisco.

A RFB, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios não poderão instituir


obrigações tributárias acessórias ou estabelecer exigências adicionais e unilaterais,
relativamente à prestação de informações e apresentação de declarações referentes
aos tributos apurados na forma prevista no Simples Nacional, atendidas por meio
do Portal do Simples Nacional.

Observar, ainda, a existência de outras obrigações de caráter acessório e legal,


como a exigência de destaque de tributos na nota fiscal ao consumidor (Lei
12.741/2012).

FISCALIZAÇÃO DO SIMPLES NACIONAL

A competência para fiscalizar poderá ser plenamente


exercida pelos entes federados, mesmo para períodos
já fiscalizados. Significa que qualquer ente federado
Períodos já pode, desde que tenha competência para isso, iniciar
fiscalizados uma fiscalização em contribuinte cujo período
abrangido pela ação fiscal já tenha sido auditado,
independentemente de qual ente federado já o tenha
feito.

28
30/08/2018

FISCALIZAÇÃO DO SIMPLES NACIONAL

Os Estados, quando optarem por não fiscalizar os


contribuintes de determinado Município dentro de
Convênio com seus limites territoriais, poderão celebrar convênios
Município com tais Municípios para que os mesmos possam
fiscalizar todos os contribuintes dentro de sua
jurisdição.

FISCALIZAÇÃO DO SIMPLES NACIONAL

A apuração no PGDAS-D deverá ser realizada e


transmitida, mensalmente, ainda que a ME/EPP não
tenha auferido receita em determinado mês, hipótese
em que o campo de receita bruta deverá ser
Valores
preenchido com valor igual a zero. Caso a ME/EPP
Devidos ou
permaneça inativa durante todo o ano-calendário,
Não
informará esta condição na DEFIS.
Declarados
A partir do ano-calendário 2012, as informações
socioeconômicas e fiscais, que antes eram prestadas na
DASN, passam a ser declaradas anualmente, por meio
da DEFIS.

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30/08/2018

FISCALIZAÇÃO DO SIMPLES NACIONAL

Qualquer valor devido no Simples Nacional que não


Valores
tenha sido pago e não tenha sido declarados no
Devidos ou
PGDAS-D (confissão de Divida) deverá ser lançado
Não
pela autoridade competente que está realizando a
Declarados
fiscalização.
A autoridade fiscal que iniciar o procedimento de
fiscalização tem competência para efetuar o
Competência
lançamento de todos os oito tributos apurados na
forma do Simples Nacional.

FISCALIZAÇÃO DO SIMPLES NACIONAL

A competência para fiscalizar o cumprimento das obrigações principais e acessórias relativas ao


Simples Nacional e para verificar a ocorrência das hipóteses de exclusão de ofício é da Secretaria da
Receita Federal e das Secretarias de Fazenda ou de Finanças do Estado ou do Distrito Federal,
segundo a localização do estabelecimento.

Tratando-se de prestação de serviços incluídos na competência tributária municipal, a competência


será também do respectivo Município.

As Secretarias de Fazenda ou Finanças dos Estados poderão celebrar convênio com os Municípios de
sua jurisdição para atribuir a estes a fiscalização.

Na hipótese de a microempresa ou empresa de pequeno porte exercer alguma das atividades de


prestação de serviços sujeitas à Contribuição para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica, de
que trata o art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, a fiscalização de tais contribuições caberá
à Secretaria da Receita Federal do Brasil.

30
30/08/2018

FISCALIZAÇÃO DO SIMPLES NACIONAL

O valor não pago, apurado em procedimento de fiscalização, será exigido em lançamento de ofício
pela autoridade competente que realizou a fiscalização.

Os procedimentos de fiscalização, lançamento e contencioso administrativo dos tributos devidos no


Simples se encontram consolidados na seção X da Resolução CGSN 140/2018.

“Art. 85. A competência para fiscalizar o cumprimento das obrigações principais e acessórias relativas ao
Simples Nacional é do órgão de administração tributária: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 33,
caput)

I - do Município, desde que o contribuinte do ISS tenha estabelecimento em seu território ou quando se
tratar das exceções de competência previstas no art. 3º da Lei Complementar nº 116, de 2003;

(....)”

FISCALIZAÇÃO DO SIMPLES NACIONAL

PROCEDIMENTO DE FISCALIZAÇÃO NOS TERMOS DA LEGISLAÇÃO MUNICIPAL (preparo,


seleção e programação da ação fiscal)

SISTEMA ÚNICO DE FISCALIZAÇÃO, LANÇAMENTO E CONTENCIOSO - SEFISC

FUNÇÕES DO SEFISC
Controlar as ações fiscais de empresas optantes pelo Simples Nacional;
possibilitar o lançamento do crédito mediante lavratura do Auto de Infração e Notificação Fiscal –
AINF.

Portal do Simples Nacional com o acesso por usuário habilitado mediante certificação digital.

CARACTERÍSTICAS do SEFISC:
Único auto de infração, todos os tributos que compõem o Simples Nacional, compartilhamento de
dados entre os fiscos, elevando o poder da fiscalização sobre as empresas do Simples Nacional

31
30/08/2018

FISCALIZAÇÃO DO SIMPLES NACIONAL

CARACTERÍSTICAS do SEFISC:

Único auto de infração, todos os tributos que compõem o Simples Nacional,


compartilhamento de dados entre os fiscos, elevando o poder da fiscalização sobre as
empresas do Simples Nacional.

FISCALIZAÇÃO DO SIMPLES NACIONAL


SEFISC
Lançamento conforme os procedimentos fiscais estabelecidos na legislação local, exceto para os
valores já declarados no PGDAS-D, que deverão ser cobrados pela RFB (confissão de dívida);

Aplicação de alíquota, base de cálculo, juros/multa, inscrição em dívida ativa e cobrança judicial
conforme legislação do Simples Nacional.

Competências: (Resolução CGSN 140/2018)


Art. 142. Observado o disposto neste artigo, depois da disponibilização do Sefisc, poderão ser
utilizados alternativamente os procedimentos administrativos fiscais previstos na legislação de cada
ente federado: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 33, § 4º)
I - para fatos geradores ocorridos:
a) de 1º de janeiro de 2012 a 31 de dezembro de 2014, até 31 de dezembro de 2019
b) a partir de 1º de janeiro de 2015, até 31 de dezembro de 2019;
II - para todos os fatos geradores, até 31 de dezembro de 2019, nas seguintes situações:
a) declaração incorreta de valor fixo pelo contribuinte;
b) ações fiscais relativas ao SIMEI;
c) na hipótese de desconsideração, de ofício, da opção pelo Regime de Caixa, na forma do art. 78;
d) apuração de omissão de receita prevista no art. 92.
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30/08/2018

FISCALIZAÇÃO DO SIMPLES NACIONAL

SEFISC ESTÁ DIVIDIDO EM CINCO MÓDULOS:

1) REGISTRO DA AÇÃO FISCAL;

2) AINF;

3) MANUTENÇÃO DA TABELA DE DOMÍNIO;

4) CONTENCIOSO;

5) EXCLUSÃO INDIVIDUAL.

FISCALIZAÇÃO DO SIMPLES NACIONAL

1) REGISTRO DA AÇÃO FISCAL


prazo de até 07 dias, contados da notificação.

Finalidade:
controlar as ações fiscais abertas por outros entes federados impedir a denúncia espontânea

REQUISITOS PARA REGISTRO DA AÇÃO FISCAL


- data de início da ação fiscal;
- abrangência do período;
-estabelecimentos fiscalizados;
-informações sobre: planejamento da ação
- fato que caracterize embaraço
- indício de crime contra ordem trib.
- fato que implique exclusão do SN
-prazo de duração e prorrogações;
-resultado c/ valor do crédito apurado;
-data de encerramento.
33
30/08/2018

FISCALIZAÇÃO DO SIMPLES NACIONAL

2) AINF

O auto de infração e notificação fiscal é o documento único de autuação a ser emitido por
meio do SEFISC, que possibilita aos entes federados efetuarem o lançamento do crédito
tributário devido no Simples Nacional, no caso de inadimplemento da obrigação principal.

Finalidade :

apurar e consolidar o crédito tributário;


emitir o auto de infração e notificação fiscal via sistema eletrônico.

FISCALIZAÇÃO DO SIMPLES NACIONAL

INFRAÇÕES

Infração é toda ação ou omissão, voluntária ou involuntária, da ME ou da EPP, que importe em


inobservância das normas do Simples Nacional.

Tipos de Infrações:

 Omissão de Receita
 Diferença de base de cálculo
 Insuficiência de recolhimento

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FISCALIZAÇÃO DO SIMPLES NACIONAL

PENALIDADES

DESCUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO PRINCIPAL

Regra geral:
75% sobre a totalidade ou diferença do tributo - Falta de Pagamento;

Redução da penalidade:
Possibilidade de redução em 50% se o pagamento do débito realizado no prazo de 30 dias a/c da
notificação do lançamento

FISCALIZAÇÃO DO SIMPLES NACIONAL

CONTENCIOSO ADMINSTRATIVO DO AINF

O contencioso administrativo fiscal é fruto de uma discordância do contribuinte em relação a


uma exigência fiscal. Assim, o sujeito passivo poderá impugnar o lançamento por meio de
processo administrativo tributário, de natureza contenciosa, suspendendo a exigibilidade do
crédito tributário

Competência do contencioso: ente que efetuar o lançamento do crédito

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FISCALIZAÇÃO DO SIMPLES NACIONAL

PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL

O contencioso administrativo relativo ao Simples Nacional será de competência do órgão julgador


integrante da estrutura administrativa do ente federado que efetuar o lançamento do crédito
tributário, o indeferimento da opção ou a exclusão de ofício, observados os dispositivos legais
atinentes aos processos administrativos fiscais desse ente.
 CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO - AINF
 CIÊNCIA DO LANÇAMENTO – NO SEFISC
 PRAZO PARA PAGAMENTO OU IMPUGNAÇÃO (30 DIAS)
 IMPUGNAÇÃO DO CONTRIBUINTE

JULGAMENTO DOS QUESTIONAMENTOS


1ª INSTÂNCIA
2ª INSTÂNCIA
A regulamentação atual sobre os processos administrativos está previsto no artigo 121
da Resolução CGSN 140/2018

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CONTENCIOSO ADMINSTRATIVO DO AINF

1) CIÊNCIA DO LANÇAMENTO AINF:


Aplicativo: SEFISC-Contencioso
Finalidade: registrar a data e a forma de ciência do AINF

2) INFORMAÇÃO DAS FASES E RESULTADOS DO CONTENCIOSO – questionamento


total de 1ª instância

3) FORMULÁRIOS – informação dos demais questionamentos

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FISCALIZAÇÃO DO SIMPLES NACIONAL

CONTENCIOSO ADMINSTRATIVO DO AINF

PARCIAL DE 1ª INSTÂNCIA
TOTAL OU PARCIAL DAS DEMAIS
FASE 1 QUESTIONAMENTOS
INSTÂNCIAS

TODAS AS INSTÂNCIAS
FASE 2 FASES E RESULTADOS

CIÊNCIA DO RESPONSÁVEL SOLIDÁRIO


DESISTÊNCIA DO QUESTIONAMENTO
(ato do contribuinte)
SUSPENSÃO POR REPRESENTAÇÃO
FASE 3 OUTRAS INFORMAÇÕES (ato da administração)
SUSPENSÃO POR MEDIDA JUDICIAL
REATIVAÇÃO DE COBRANÇA
(créditos suspensos por medida judicial)
REVISÃO DE LANÇAMENTO

FISCALIZAÇÃO DO SIMPLES NACIONAL

COBRANÇA DA DÍVIDA ATIVA

Os valores não pagos, fundados em decisões que não caibam mais recursos segundo processo
administrativo fiscal, serão encaminhados para Dívida Ativa da UNIÃO e cobrados judicialmente
pela PGFN;

 observância requisitos art. 202, CTN;


 encaminhamento por eletrônico;
 recolhimento DAS.

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FISCALIZAÇÃO DO SIMPLES NACIONAL


EXCEÇÕES (inscrição em Divida Ativa do Município):

a) transferidos para inscrição em Dívida Ativa do Município, em face do convênio previsto no §


3º do artigo 41 da Lei Complementar 123/2006;

b) lançados pelo ente federado antes da disponibilização do Sefisc, nos termos do art. 19 da
Resolução CGSN 30/2008, desde que não inscritos em Dívida Ativa da União;

c) devidos pelo MEI e apurados no Sistema de Recolhimento em Valores Fixos Mensais dos
Tributos abrangidos pelo Simples Nacional (SIMEI);

d) Crédito por descumprimento de obrigação acessória.

FISCALIZAÇÃO DO SIMPLES NACIONAL

PROCESSO JUDICIAL

Os processos judicias relativos ao Simples Nacional serão ajuizados em face da UNIÃO, representada pela
PGFN.

Exceção:
 Mandados Segurança;
 Ações exclusivamente relativas ao ISS;
 Mediante convênio, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional poderá delegar aos Estados e
Municípios a inscrição em dívida ativa municipal e a cobrança judicial dos tributos unicipais;
 Crédito por descumprimento de obrigação acessória
 Valores devidos por MEI

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PARCELAMENTO DE DÉBITOS DO SIMPLES NACIONAL

Por meio da Resolução CGSN 142/2018 foram alteradas algumas normas relativas a parcelamento e aos
demais procedimentos do Simples Nacional.
Dentre as mudanças, destaca-se que o Microempreendedor Individual (MEI) poderá incluir no
parcelamento débitos não exigíveis, para fins de contagem de tempo de contribuição para obtenção dos
benefícios previdenciários.
Outras alterações em destaque
Caso a EPP esteja impedida de recolher o ISS pelo Simples Nacional, por haver ultrapassado os
sublimites, se esta continuar a utilizar o regime de caixa, para fins de apurar a base de cálculo do
montante devido no regime simplificado, a receita auferida e ainda não recebida deverá integrar a base
de cálculo do ISS no mês anterior ao dos efeitos do impedimento e seu recolhimento deve ser feito
diretamente ao respectivo Município na forma por ele estabelecida, mediante aplicação dos percentuais
efetivos máximos relativos ISS (a redação anterior previa que o ISS deveria ser recolhido pelo
percentual máximo; e
No âmbito de cada órgão concessor, serão admitidos reparcelamentos de débitos relativos ao Simples
Nacional, constantes de parcelamento em curso ou que tenha sido rescindido, podendo ser incluídos
novos débitos, concedendo-se novo prazo, observado o limite de 60 prestações mensais e sucessivas (a
redação anterior permitia apenas 2 reparcelamentos).

PARCELAMENTO DE DÉBITOS DO SIMPLES NACIONAL

PARCELAMENTO ESPECIAL – DÉBITOS ATÉ NOVEMBRO/2017

A Lei Complementar 162/2018 instituiu o Programa Especial de Regularização Tributária das


Microempresas e Empresas de Pequeno Porte optantes pelo Simples Nacional (PERT-SN).
Poderão ser parcelados pelo PERT-SN os débitos vencidos até a competência do mês de novembro de
2017 e apurados na forma do Simples Nacional.
A adesão ao PERT-SN condiciona-se ao pagamento em espécie de, no mínimo, 5% (cinco por cento) do
valor da dívida consolidada, sem reduções, em até cinco parcelas mensais e sucessivas, e o restante:
a) liquidado integralmente, em parcela única, com redução de 90% (noventa por cento) dos juros de
mora, 70% (setenta por cento) das multas de mora, de ofício ou isoladas e 100% (cem por cento) dos
encargos legais, inclusive honorários advocatícios;
b) parcelado em até 145 parcelas mensais e sucessivas, com redução de 80% (oitenta por cento) dos
juros de mora, 50% (cinquenta por cento) das multas de mora, de ofício ou isoladas e 100% (cem por
cento) dos encargos legais, inclusive honorários advocatícios; ou

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PARCELAMENTO DE DÉBITOS DO SIMPLES NACIONAL

PARCELAMENTO ESPECIAL – DÉBITOS ATÉ NOVEMBRO/2017

c) parcelado em até 175 mensais e sucessivas, com redução de 50% (cinquenta por cento) dos juros de
mora, 25% (vinte e cinco por cento) das multas de mora, de ofício ou isoladas e 100% (cem por cento)
dos encargos legais, inclusive honorários advocatícios.
O valor mínimo das prestações será de R$ 300,00 (trezentos reais), exceto no caso dos
Microempreendedores Individuais (MEIs), cujo valor mínimo de R$ 50,00.
O parcelamento poderia ter sido solicitado até o dia 9 de julho de 2018, ficando suspensos os efeitos
das notificações efetuadas até o término deste prazo.

RESTITUIÇÃO OU COMPENSÃÇÃO

A Microempresa (ME) ou a Empresa de Pequeno Porte (EPP), no caso de recolhimento indevido ou em


valor maior que o devido, por meio do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), poderá
requerer restituição.

A ME ou EPP optante pelo Simples Nacional somente poderá solicitar a restituição de tributos
abrangidos pelo Simples Nacional diretamente ao respectivo ente federativo, observada sua competência
tributária.

O processo de restituição deverá observar as normas estabelecidas na legislação de cada ente


federativo.

COMPENSAÇÃO

O crédito a ser restituído poderá, a critério do ente federativo, ser objeto de compensação com débitos
com a Fazenda Pública, desde que relativos tão somente a valores e tributos não abrangidos pelo Simples
Nacional, de acordo com a legislação de cada ente.

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RESTITUIÇÃO OU COMPENSÃÇÃO
COMPENSAÇÃO
O artigo 131 da Resolução CGSN 140/2018 prevê a possibilidade de compensação tributária, que será
efetuada por aplicativo disponibilizado no Portal do Simples Nacional na internet.
No aplicativo referido:
I - é permitida a compensação tão somente de créditos para extinção de débitos junto ao mesmo ente
federado e relativos ao mesmo tributo;
II - os créditos a serem compensados na forma prevista no item I são aqueles oriundos de período para
o qual já tenha sido apropriada a respectiva DASN apresentada pelo contribuinte, até o ano-calendário
2011, ou a apuração validada por meio do PGDAS-D, a partir do ano-calendário 2012;
III - o valor a ser restituído ou compensado será acrescido de juros obtidos pela aplicação da taxa
referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC para títulos federais, acumulada
mensalmente, a partir do mês subsequente ao do pagamento indevido ou a maior que o devido até o
mês anterior ao da compensação ou restituição e de 1% (um por cento), relativamente ao mês em que
estiver sendo efetuada;
IV - observar-se-ão os prazos de decadência e prescrição previstos no CTN.

RESTITUIÇÃO OU COMPENSÃÇÃO
COMPENSAÇÃO

Adicionalmente, deverá ser observado que:


a) os valores compensados indevidamente serão exigidos com os acréscimos moratórios previstos para
o imposto de renda, inclusive, quando for o caso, em relação ao ICMS e ao ISS;
b) na hipótese de compensação indevida, quando se comprove falsidade de declaração apresentada pelo
sujeito passivo, o contribuinte estará sujeito à multa isolada aplicada no percentual previsto no inciso I
do caput do artigo 44 da Lei 9.430/1996, aplicado em dobro, e terá como base de cálculo o valor total
do débito indevidamente compensado;
c) será vedado o aproveitamento de créditos não apurados no Simples Nacional, inclusive de natureza
não tributária, para extinção de débitos do Simples Nacional.
d) os créditos apurados no Simples Nacional não poderão ser utilizados para extinção de outros
débitos junto às Fazendas Públicas, salvo quando da compensação de ofício oriunda de deferimento em
processo de restituição ou após a exclusão da empresa do Simples Nacional e;
e) será vedada a cessão de créditos para extinção de débitos no Simples Nacional.

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30/08/2018

RESTITUIÇÃO OU COMPENSÃÇÃO

COMPENSAÇÃO

Exemplo:

A empresa XPTO Ltda., realiza prestação de serviços, porém informou a maior sua receita bruta no
PGDAS, gerando recolhimento a maior de ISS e Contribuição Patronal Previdenciária - CPP.

Em decorrência deverá solicitar restituição de ISS junto a Secretaria da Fazenda do respectivo Município
e de CPP junto à Receita Federal do Brasil, observando as normas estabelecidas na legislação de cada
ente.

FISCALIZAÇÃO DO SIMPLES NACIONAL

Ações que podem ser aplicadas:

Adotar uma fiscalização preventiva e orientativa, ou seja, constatado irregularidade no


recolhimento, a empresa é notificada para que no prazo de 30 dias regularize sua
situação pelo PGDAS-D, sob pena de ser excluída de ofício. Esse procedimento vem
dando resultado positivo, pois as empresas não querem ser excluídas do Simples
Nacional. Caso constate omissão de receita, emitimos uma guia do município para
recolhimento do ISS, não registrando essa ação no SEFISC

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FISCALIZAÇÃO DO SIMPLES NACIONAL

Ações que podem ser aplicadas:

O Fisco Municipal pode fazer o cruzamentos entre as informações eletrônicas


disponibilizadas pela Receita Federal do Brasil (PGDAS-D) e Sistema Municipal de emissão
de Nota Fiscal Eletrônica de todos contribuintes optantes do Simples Nacional podendo
constatar as seguintes irregularidades nas declarações: emissão de nota fiscal de serviços
com alíquotas não correspondente a faixa de faturamento; declaração do
faturamento no PGDAS-D em desacordo com o declarado na NFS-e; imunidades
e isenções indevidas, exigibilidade suspensa, locações indevidas, retenções de
impostos não correspondentes, omissões de receita, bem como débitos de
tributos inscritos em Divida Ativa do Município

FISCALIZAÇÃO DO SIMPLES NACIONAL


Alguma regras mais comuns que as Micro e Pequenas empresas devem respeitar para
evitar o desenquadramento no Simples Nacional

Pendências: As micro e pequenas empresas não podem ter pendências tributárias, a


empresa em caso de valores não recolhidos no DAS deverá optar pelo parcelamento de 60
meses do Simples Nacional, ou algum parcelamento extraordinário, caso esteja vigente e com
prazo de adesão aberto.

Nos termos da Lei Complementar 123/06, débitos do Simples Nacional também são motivos
de desenquadramento. Mas os débitos tributários devem ser parcelados antes de ocorrer o
desenquadramento, isso é muito importante.

Questões societárias: Diferentemente de outros regimes, o Simples Nacional tem mais


regras em relação à formação da empresa para fins de enquadramento.

Por exemplo existe atividades que são vedadas ao Simples Nacional, como factorings e
cooperativas (exceto de consumo). Também não poderá participar do capital de uma
empresa do Simples uma pessoa jurídica, exceto no caso do investidor anjo.

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FISCALIZAÇÃO DO SIMPLES NACIONAL

Alguma regras mais comuns que as Micro e Pequenas empresas devem respeitar para
evitar o desenquadramento no Simples Nacional

A Lei Complementar 123/06 em seu artigo 3º § 4, também é vedada que na empresa tenha-se
um sócio que seja administrador ou equiparado em outra empresa com fins lucrativos e que
nesta a receita ultrapasse o limite de faturamento do Simples Nacional, sendo ela ou não do
Simples Nacional.

Faturamento: As microempresas e empresas de pequeno que ultrapassar o limite anual de


faturamento de 4.8 milhões e nem os limites estaduais de 1.8 a 3.6 milhões dependendo do
estado.

Simples Nacional: Comitê Gestor aprova normativos

Em reunião do Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN), realizada na tarde desta quarta-feira, 22 de
agosto, foram aprovados dois novos normativos, a Resolução nº142 e a Portaria nº 25. A Resolução
possibilita ao Microempreendedor Individual (MEI) incluir, no parcelamento, débitos não exigíveis para
contagem de tempo de contribuição e obtenção dos benefícios previdenciários.
Além disso, fica determinado que a empresa que exerce atividade que deixou de ser impeditiva no
Simples poderá optar pelo Sistema no ano subsequente ao da mudança da regra. Outra novidade da
Resolução é que serão considerados, para o cálculo da folha anualizada, os mesmos critérios já utilizados
para a determinação da Receita Bruta Acumulada (RBA).
Por fim, a Resolução retira o limite de até dois reparcelamentos, permitidos anteriormente aos
contribuintes optantes pelo Simples Nacional. Na prática, ficam admitidos quantos reparcelamentos
forem possíveis podendo, ainda, ser incluídos novos débitos, concedendo-se novo prazo, observado o
limite de 60 parcelas.
Já a Portaria nº 25 extingue diversos grupos de trabalho que já não funcionavam no âmbito do Simples
Nacional e concede ao “Grupo de Trabalho 01 Opção, Exclusão e Cadastro” a competência de tratar do
enquadramento e desenquadramento no Sistema de Recolhimento em Valores Fixos Mensais de Tributos
do Simples Nacional (SIMEI).
A Confederação Nacional de Municípios (CNM) foi representada na reunião pelo consultor de Finanças,
Eudes Sippel, integrante do Comitê indicado pela entidade.
Da Agência CNM de Notícias 44
30/08/2018

Alguma Dúvida??????

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