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Home » Blog » Resumo Simples Nacional – Lei Complementar nº 123 – Parte I
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Veja os principais pontos da LC 123 e o resumo do Simples Nacional. Saiba o que é mais cobrado nas provas de Direito Tributário
Art. 42 - 49
Quem já estudou sabe o quanto é enorme a LC 123, que dispõe sobre o Simples Nacional. Inúmeros são os detalhes. Porém, nem tudo que está disposto na Lei
costuma ser cobrado em certames. Por conta disso, preparei esse artigo para mostrar para você o que é mais essencial para saber sobre o tema.
Salve esse artigo em sua página de favoritos ou até mesmo imprima-o para revisá-lo sempre que achar necessário.
Para quem não me conhece, me chamo Leandro, sou Auditor-Fiscal da SEFAZ-SC, aprovado no último concurso na 24º posição. Para quem quiser trocar uma ideia
ou tirar uma dúvida, sinta-se à vontade para me chamar nas redes sociais (Instagram: https://www.instagram.com/leandro.rms12/).
Em primeiro lugar, constata-se que a Lei do Simples Nacional nada mais é do que uma exigência constitucional. Veja:
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no
caso do imposto previsto no art. 155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição a que se refere o art. 239.
Importante frisar, em relação ao recolhimento de tributos, que estes serão apurados e recolhidos em um documento único de arrecadação. Ou seja, os impostos e
contribuições da União, Estados, DF e Municípios estão todos somados em um único montante final.
Veja bem, não se trata de um novo imposto único, mas sim de documento único. Desse montante, a depender do que a empresa do simples exerce e a depender do seu
faturamento nos últimos 12 meses, será destinado uma certa porcentagem para cada imposto ou contribuição.
Veja um exemplo: empresa do simples do setor de comércio com faturamento de R$ 250.000 nos últimos 12 meses. De acordo com o Anexo I da LC 123, a empresa
irá apurar um documento único de arrecadação no valor do seu faturamento mensal vezes uma alíquota de 7,3%.
Adendo: para empresas do simples industriais, o IPI integrará nessa repartição. Já para empresas do simples prestadoras de serviços, sairá o ICMS e o IPI e entrará o
ISS.
I. Comitê Gestor do Simples Nacional (8 membros), vinculado ao Ministério da Fazenda, composto por 4 representantes da Secretaria da Receita Federal do
Brasil, como representantes da União, 2 dos Estados e do Distrito Federal e 2 dos Municípios, para tratar dos aspectos tributários; e
II. Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, com a participação dos órgãos federais competentes e das entidades vinculadas ao
setor, para tratar dos demais aspectos, ressalvado o disposto no inciso III do caput deste artigo;
III. Comitê para Gestão da Rede Nacional para Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios – CGSIM, vinculado à Secretaria da Micro e
Pequena Empresa da Presidência da República, composto por representantes da União, dos Estados e do Distrito Federal, dos Municípios e demais órgãos de
apoio e de registro empresarial, na forma definida pelo Poder Executivo, para tratar do processo de registro e de legalização de empresários e de pessoas
jurídicas.
O Comitê Gestor do Simples e o Comitê para Gestão serão presididos por representantes da União. Além disso, os representantes dos Estados nestes órgãos serão
indicados pelo CONFAZ.
Não cabe aqui ficarmos falando sobre as competências de cada um destes órgãos, uma vez que são inúmeras. Contudo cabe falarmos das principais competência do
Comitê Gestor do Simples, que são:
no caso da microempresa (ME), aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00; e
no caso de empresa de pequeno porte (EPP), aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00.
Adendo: Considera-se receita bruta, para fins do disposto no caput deste artigo, o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos
serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, não incluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos.
Além disso, caso a empresa inicie suas atividades no meio do ano calendário, os limites mencionados acima serão, para este ano, reduzidos proporcionalmente.
Por fim, no caso de INÍCIO DE ATIVIDADES, a microempresa que, no ano-calendário, exceder o limite de R$ 360.000,00 passa, no ano-calendário seguinte, à
condição de empresa de pequeno porte.
A recíproca é verdadeira. No caso de INÍCIO DE ATIVIDADES, a empresa de pequeno porte que, no ano-calendário, não ultrapassar o limite de R$ 360.000,00
passa, no ano-calendário seguinte, à condição de microempresa.
E se a EPP ultrapassar o limite de R$ 4,8 milhões? Nesse caso, ela será desenquadrada do Simples NO MÊS SUBSEQUENTE. Entretanto, se o excesso não superar
20% (R$ 5,76 milhões), o desenquadramento será no ano subsequente.
Não podemos dar prosseguimento sem falarmos de uma informação importantíssima sobre o novo limite da EPP. O antigo limite para esse enquadramento era de um
faturamento anual até R$ 3,6 milhões. O aumento desse limite para R$ 4,8 milhões trouxe uma importante ressalva, quanto aos impostos estadual (ICMS) e
municipal (ISS).
Nesse sentido, para os efeitos de recolhimento de ICMS e ISS, o limite máximo ainda será de R$ 3.600.000,00 (chamado de sublimite). Ou seja, uma empresa do
simples que fatura R$ 4 milhões não será desenquadrada regime. Por conseguinte, continuará gerando seu Documento Único de Arrecadação (DAS), porém também
apurará o ICMS ou ISS em documento próprio Estadual (DARE) ou municipal (DAM).
Porém, existe ainda mais um detalhe: os Estados cuja participação no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro seja de até 1% poderão OPTAR pela aplicação de
sublimite para efeito de recolhimento do ICMS de R$ 1.800.000,00.
Adendo: primeiro que isso vale para Estados e não para municípios. Isto é, o sublimite do ISS será sempre R$ 3,6 milhões. Além disso, trata-se de uma opção. Caso
não usem essa opção, o sublimite será obrigatoriamente R$ 3,6 milhões.
Finalizando
Muito bem, vimos nesse artigo o Resumo do Simples Nacional Parte I: principais tópicos cobrados em concursos.
Foi possível ver as definições de ME e EPP, quais os limites para cada enquadramento, além de vermos os sublimites estaduais e municipais, para fins de arrecadação
do ICMS e ISS.
Aprendemos também as hipóteses que a LC 123 veda a participação nesse regime jurídico diferenciado.
Forte abraço
Instagram: https://www.instagram.com/leandro.rms12/
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