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1.

OBJETIVOS DO EVENTO

Apresentar de forma simples atuação do profissional da área fiscal,

detalhando os conhecimentos técnicos necessários e as oportunidades

encontradas no mercado de trabalho. Reforçar o alinhamento entre teoria e

prática, com base na legislação tributária e o correto uso dos programas

disponibilizados pelo fisco para utilização diária nas rotinas fiscais.

2. FORMATO DAS AULAS

O evento está dividido em 04 (quatro) aulas teórico-práticas ao vivo, com

duração média de 01 (um) hora e 30 (trinta) utilização de recursos tecnológicos

que potencializem as experiências dos participantes. Além das aulas, materiais

extras para download servem de base para os estudos complementares. Serão

utilizados mapas mentais, planilhas, softwares de obrigações acessórias e etc.

3. CERTIFICADO DE PARTICIPAÇÃO

O evento é realizado pelo Instituto de Educação Contábil e Tributária,

inscrito no CNPJ sob nº 31.602.885/0001-22, e emitirá certificado de participação

de 08 (oito) horas aos alunos que assistirem 75% (setenta e cinco por cento) das

aulas, o controle de frequência será realizado via sistema pela organizadora.


4. PROFESSOR FELLIPE GUERRA

Fellipe Guerra é Contador, Tributarista e Empresário Contábil.

Reconhecido como um dos principais influenciadores da Contabilidade

Brasileira. Doutorando em Ciências da Informação pela Universidade Fernando

Pessoa em Portugal e Mestre em Administração e Controladoria pela

Universidade Federal do Ceará. Autor dos Livros Descomplicando o SPED

(2017/2019), Caminhos do Empreendedorismo (2019), Descomplicando o Setor

Fiscal (2020), além de idealizador, coautor e coordenador do livro Contabilidade,

Auditoria e Gestão Tributária (2020).

Foi vice-presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Estado do

Ceará nas gestões (2016/2019). É atual membro da Academia de Ciências

Contábeis do Estado do Ceará. CEO do Grupo Compliance (Contadores

Associados; C4 Consulting; Instituto de Educação Contábil e Tributária;

Tributário Responde); Atua como Coordenador Nacional dos cursos de Pós-

Graduação do IPOG. Mantenedor das páginas ‘Professor Fellipe Guerra’ no

Instagram, Facebook e YouTube, onde conta com quase 200 mil seguidores.

5. IMPORTÂNCIA DO SETOR FISCAL

O departamento fiscal é uma das áreas essenciais para a continuidade

das operações de uma empresa. Independentemente do segmento de atuação

ou do porte da empresa, todas as pessoas jurídicas brasileiras precisam lidar

com inúmeras exigências legais relacionadas a tributos, obrigações acessórias

e diversas mudanças na legislação sobre o tema.


Apesar de ter as suas atividades muito relacionadas apenas ao

cumprimento de obrigações legais e realização de atividades de alto grau

burocrático, a verdade é que o departamento fiscal pode ter um papel de

protagonista para o sucesso de uma empresa – seja garantindo o cumprimento

de todas as obrigações legais, reduzindo custos ou gerando informações úteis

para a gestão empresarial.

6. PESSOA FÍSICA x PESSOA JURÍDICA

A diferença entre pessoa física e pessoa jurídica é que a primeira se refere

a qualquer pessoa como indivíduo. A segunda representa uma entidade formada

por um grupo de pessoas.

Em outras palavras, a pessoa física se trata do indivíduo concreto,

enquanto a pessoa jurídica representa um sujeito abstrato. Assim, uma pessoa

jurídica pode ser uma empresa, partidos políticos, associações, entre outros.

Quanto a pessoa física, o Código Civil determina que todo ser humano é

uma pessoa física, desde o nascimento até a morte, possuindo direitos e

deveres. Os principais registros de uma pessoa física são o Cadastro de Pessoa

Física (CPF) e a certidão de nascimento. Porém, uma pessoa não precisa

necessariamente ter um CPF para ser considerada uma pessoa física.

Quanto a pessoa jurídica é o termo que descreve uma entidade formada

por indivíduos, que possui um propósito e deve ser reconhecida pelo Estado.

Empresas, governos, organizações, igrejas e outros grupos são exemplos de


pessoa jurídica. Apesar de a entidade ser formada por uma ou mais pessoas

físicas, responsáveis por sua criação, a pessoa jurídica possui uma

personalidade jurídica diferenciada. Também é independente de seus membros.

Mas apesar da diferenciação entre entidade e seus responsáveis, em

determinados casos a Justiça pode responsabilizar os indivíduos pelos atos da

entidade que representam. Isto em fraudes cometidas por empresas. Este

fenômeno é chamado de despersonalização ou desconsideração da pessoa

jurídica.

7. SIMPLES NACIONAL

O Simples Nacional é o nome abreviado do “Regime Especial Unificado

de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e

Empresas de Pequeno Porte”.

Trata-se de um regime tributário diferenciado, simplificado e favorecido

previsto pela Lei Complementar nº 123, de 2006, aplicável às Microempresas e

às Empresas de Pequeno Porte, a partir de 01/07/2007.

A Lei Complementar nº 123, de 2006, institui o Estatuto Nacional da

Microempresa (ME) e da Empresa de Pequeno Porte (EPP). Ou seja, estabelece

normas gerais relativas às ME e às EPP no âmbito dos Poderes da União, dos

Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Ela abrange:

• um regime tributário diferenciado – o Simples Nacional – e


• outros aspectos relativos a licitações públicas, relações de trabalho,

estímulo ao crédito, capitalização, inovação e acesso à justiça, entre outros.

Compete ao Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN), instituído pela

Lei Complementar nº 123, de 2006, e regulamentado pelo Decreto nº 6.038, de

7 de fevereiro de 2007.

O CGSN, vinculado ao Ministério da Fazenda, trata dos aspectos

tributários da Lei Complementar nº 123, de 2006, e é composto por

representantes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

A partir de 1º de agosto de 2018, o regulamento geral do Simples Nacional

é a Resolução CGSN nº 140, de 2018.

Para ser uma ME ou EPP, o contribuinte precisa cumprir dois tipos de

requisitos:

1. quanto à natureza jurídica, precisa ser uma sociedade empresária,

sociedade simples, empresa individual de responsabilidade limitada ou

empresário individual;

2. quanto à receita bruta, precisa observar o limite máximo anual

estabelecido em Lei.

Quanto a esse limite, temos que:


a) desde janeiro de 2012, a ME precisa ter receita bruta igual ou inferior a

R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais);

b) a partir de janeiro de 2018, a EPP tem receita bruta superior a

R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a

R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais).

Os limites de receita bruta para definição de ME e EPP no ano-calendário

de início de atividade serão proporcionais ao número de meses compreendido

entre o início da atividade e o final do respectivo ano-calendário, consideradas

as frações de meses como um mês inteiro.

A partir de 01/01/2018, os limites proporcionais para ME e EPP serão,

respectivamente, de R$ 30.000,00 e de R$ 400.000,00 multiplicados pelo

número de meses compreendido entre o início da atividade e o final do respectivo

ano calendário, consideradas as frações de meses como um mês inteiro.

Por exemplo, a empresa “XYZ Ltda. EPP” quer iniciar suas atividades em

20 de outubro de 2018. Como outubro deve ser considerado um mês inteiro, de

outubro a dezembro são três meses. Então, seus limites proporcionais de receita

bruta para 2018 serão de: 3 × R$ 400.000,00 = R$ 1.200.000,00.

Ressaltamos que, para fins de enquadramento na condição de ME ou

EPP, deve-se considerar o somatório das receitas de todos os estabelecimentos.


8. LUCRO PRESUMIDO

Conforme o Decreto 9.580/2018, o Lucro Presumido é uma forma de

tributação simplificada para determinação da base de cálculo do Imposto de

Renda (IRPJ), e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) das

pessoas jurídicas.

Toda a sistemática para calcular o Lucro Presumido está baseada na

presunção do lucro, que varia de acordo com as atividades desenvolvidas pela

empresa e o seu faturamento nos períodos anteriores.

A opção pela sistemática do lucro presumido só pode ser exercida pelas

empresas industriais, comerciais ou de prestação de serviços cuja receita bruta

no ano-calendário anterior tenha sido de até R$ 78.000.000,00 (setenta e oito

milhões de reais). 17 Quando a pessoa jurídica tenha iniciado atividades no

decorrer do ano, o limite é de R$ 6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil

reais) multiplicado pelo número de meses de atividade naquele ano.

A opção por esta modalidade de tributação é formalizada no decorrer do

ano-calendário, e manifestada com o recolhimento no mês de abril da primeira

ou única cota correspondente ao primeiro período trimestral de apuração do ano-

calendário (Janeiro a março). É preciso muito cuidado neste ponto, pois uma vez

feita a opção ela é irretratável para todo o ano-calendário. As empresas que

iniciarem atividades a partir do mês de abril do ano-calendário manifestam a


opção pelo lucro presumido com o pagamento do imposto relativo ao trimestre

em que se deu o evento.

É comum as empresas confundirem o lucro presumido com os

pagamentos mensais por estimativa. Embora ambas as sistemáticas tenham por

base a presunção do lucro, o traço marcante da diferenciação está na

periodicidade dos pagamentos (o presumido é trimestral e a estimativa é mensal)

e, principalmente, no código do DARF relativo ao primeiro recolhimento no ano-

calendário.

A base de cálculo do imposto de renda sobre o lucro presumido é apurada

a partir da totalidade das receitas decorrente da atividade da pessoa jurídica ou

não, ou seja, ganhos de capital oriundos de atividades não pertencentes à

segmentação da empresa serão considerados, também. A receita bruta das

vendas e serviços compreende o produto da venda de bens nas operações de

conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado auferido nas

operações de conta alheia (consignação, por exemplo).

Na receita bruta não se incluem os impostos não cumulativos cobrados

destacadamente do comprador ou contratante, além do preço do bem ou serviço,

e dos quais o vendedor dos bens ou o prestador dos serviços seja mero

depositário, a exemplo do IPI.

O ICMS devido pela pessoa jurídica, na qualidade de contribuinte, não

deve ser excluído da receita bruta. Entretanto o ICMS cobrado do adquirente, a

título de substituição tributária, não integra a receita bruta.


Nas vendas a prazo, o custo do financiamento, contido no valor dos bens

ou serviços ou destacado na nota fiscal, integra a receita bruta como

complemento do preço de venda.

O imposto de renda das empresas incide sobre o lucro. As empresas

optantes pelo lucro presumido devem presumir o lucro auferido em cada

trimestre, e essa presunção é feita pela aplicação de percentuais de lucratividade

ditados pela lei:

• comércio e Indústria: 8,0% (oito por cento);

• revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool

etílico carburante e gás natural: 1,6% (um inteiro e seis décimos por cento);

• serviços em geral: 32,0% (trinta e dois por cento); a) serviços

hospitalares e de transporte de carga: 8% (oito por cento);

• demais serviços de transporte: 16% (dezesseis por cento); e A base de

cálculo mensal do imposto de renda das pessoas jurídicas prestadoras de

serviços em geral, exceto serviços hospitalares e de transporte, bem como

aqueles prestados por sociedades prestadoras de serviços de profissões

legalmente regulamentadas, cuja receita bruta anual seja de até R$ 120.000,00

(cento e vinte mil reais), poderá ser determinada mediante a aplicação do

percentual de 16% sobre a receita bruta auferida mensalmente.

A pessoa jurídica que houver utilizado a alíquota reduzida de 16,0%, cuja

receita bruta acumulada até um determinado mês do ano-calendário exceder o

limite de R$ 120.000,00, ficará sujeita ao pagamento da diferença de estimativa


não recolhida, apurada em relação a cada trimestre transcorrido, até o último dia

útil do mês subseqüente àquele em que ocorrer o excesso, sem acréscimos

legais.

O pagamento é feito em DARF de IRPJ e CSLL ou mediante transmissão

eletrônica de fundos (caixas eletrônicos ou Home Bank), no código 2089 e 2372,

respectivamente. 23 É vedada a utilização de DARF para pagamento de imposto

de valor inferior a R$ 10,00 (dez reais). Dessa forma, o imposto apurado sob

determinado código de receita, que, no período de apuração, resultar inferior a

R$ 10,00, deverá ser adicionado ao imposto do mesmo código, correspondente

aos períodos subseqüentes, até que o total seja igual ou superior a R$ 10,00

(dez reais), quando, então, será pago ou recolhido no prazo estabelecido na

legislação para este último período de apuração. O imposto será pago em cota

única até o último dia útil do mês subseqüente ao do encerramento do período

de apuração.

Opcionalmente o imposto apurado em cada trimestre poderá ser pago em

até três quotas mensais, iguais e sucessivas, no valor mínimo de R$ 1.000,00,

vencíveis no último dia útil dos três meses subseqüentes ao de encerramento do

período de apuração a que corresponder, observando:

• 1ª quota (vence no mês determinado para a quota única): sem encargo;

• 2ª quota - juros de 1%;

• 3ª quota - SELIC do mês anterior, mais 1%.


9. LUCRO REAL

Opcionalmente o imposto apurado em cada trimestre poderá ser pago em

até três quotas mensais, iguais e sucessivas, no valor mínimo de R$ 1.000,00,

vencíveis no último dia útil dos três meses subseqüentes ao de encerramento do

período de apuração a que corresponder, observando:

Conforme o Decreto 9.580/2018, o Lucro Real é a regra geral para a

apuração do Imposto de Renda (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro

Líquido (CSLL) da pessoa jurídica. É o tipo de regime mais complexo.

Lucro Real é o lucro líquido do exercício ajustado pelas adições,

exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pela legislação tributária.

A base de cálculo do imposto, determinada segundo a lei vigente na data

de ocorrência do fato gerador, é o lucro real correspondente ao período de

apuração.

Como regra geral, integram a base de cálculo todos os ganhos e

rendimentos de capital, qualquer que seja a denominação que lhes seja dada,

independentemente da natureza, da espécie ou da existência de título ou

contrato escrito, bastando que decorram de ato ou negócio que, pela sua

finalidade, tenha os mesmos efeitos do previsto na norma específica de

incidência do imposto.

Neste regime, o imposto de renda (IRPJ) é determinado a partir do lucro

contábil, apurado pela pessoa jurídica, acrescido de ajustes (positivos e

negativos) requeridos pela legislação fiscal, conforme esquema a seguir:


Lucro (Prejuízo) Contábil

(+) Ajustes fiscais positivos (adições)

(-) Ajustes fiscais negativos (exclusões)

(=) Lucro Real ou Prejuízo Fiscal do período

Tanto o IRPJ quanto a CSLL são tributos sobre o lucro, diferentemente

dos tributos sobre o faturamento (como PIS e Cofins) e dos tributos sobre

consumo (como ICMS, IPI e ISS).

O imposto será determinado com base no lucro real por períodos de

apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de

setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário.

O contribuinte tem a opção de apurar anualmente o imposto devido,

devendo, entretanto, recolher mensalmente o imposto por estimativa.

Estão automaticamente obrigadas à apuração pelo Lucro Real as pessoas

jurídicas:

a) cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos,

bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito,

financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades

corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidora de títulos e

valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de


crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de

previdência privada aberta;

b) que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do

exterior; Não confundir rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior

com receitas de exportação.

As exportadoras podem optar pelo Lucro Presumido normalmente, desde que

não estejam nas hipóteses de vedação. A restrição deste item alcança aquelas

empresas que tenham lucros gerados no exterior (como empresas Offshore,

filiais controladas e coligadas no exterior, etc.);

c) que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios

fiscais relativos à isenção ou redução do imposto;

Tipos de benefícios fiscais: redução do IRPJ pelo Programa de Alimentação do

Trabalhador, projetos incentivados pela SUDENE e SUDAM, programas

setoriais, etc.

d) que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento

mensal pelo regime de estimativa;

e) que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de

serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e

riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos

creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços

(factoring).
f) que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários,

financeiros e do agronegócio;

g) também estão obrigadas ao Lucro Real as empresas imobiliárias,

enquanto não concluídas as operações imobiliárias para as quais haja registro

de custo orçado. O custo orçado é a modalidade de tratamento contábil dos

custos futuros de conclusão de obras.

Além das obrigatoriedades acima, observar o limite de receita bruta anual,

para fins de opção obrigatória pelo lucro real.

As pessoas jurídicas, mesmo se não obrigadas a tal, poderão apurar seus

resultados tributáveis com base no Lucro Real.

Assim, por exemplo, uma empresa que esteja com pequeno lucro ou

mesmo prejuízo, não estando obrigada a apurar o Lucro Real, poderá fazê-lo,

visando economia tributária (planejamento fiscal).

A administração e a fiscalização do IRPJ e da CSLL competem à

Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB).

São contribuintes do IRPJ e da CSLL:

I – as pessoas jurídicas; e

II – as empresas individuais.

As disposições deste artigo aplicam-se independentemente de estar a

pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade

econômica ou profissional.
As empresas públicas e as sociedades de economia mista, bem como

suas subsidiárias, são contribuintes nas mesmas condições das demais pessoas

jurídicas.

Sujeita-se à tributação aplicável às pessoas jurídicas o Fundo de

Investimento Imobiliário nas condições previstas no art. 2º da Lei nº 9.779, de 19

de janeiro de 1999.

O consórcio constituído na forma prevista nos arts. 278 e 279 da Lei

nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e as pessoas jurídicas consorciadas

deverão observar o disposto em legislação específica.

Salvo disposição em contrário, a expressão pessoa jurídica, quando

empregada nesta Instrução Normativa, compreende todos os contribuintes a que

se refere este artigo.

10. SPED

Instituído pelo Decreto nº 6.022, de 22 de janeiro de 2007, o Sistema

Público de Escrituração Digital (Sped) constitui-se em mais um avanço na

informatização da relação entre o fisco e os contribuintes.

De modo geral, consiste na modernização da sistemática atual do

cumprimento das obrigações acessórias, transmitidas pelos contribuintes às

administrações tributárias e aos órgãos fiscalizadores, utilizando-se da

certificação digital para fins de assinatura dos documentos eletrônicos,

garantindo assim a validade jurídica dos mesmos apenas na sua forma digital.
• Iniciou-se com três grandes projetos: Escrituração Contábil Digital,

Escrituração Fiscal Digital e a NF-e - Ambiente Nacional.

• Representa uma iniciativa integrada das administrações tributárias

nas três esferas governamentais: federal, estadual e municipal.

• Mantém parceria com 20 instituições, entre órgãos públicos,

conselho de classe, associações e entidades civis, na construção

conjunta do projeto.

• Firma Protocolos de Cooperação com 27 empresas do setor

privado, participantes do projeto-piloto, objetivando o

desenvolvimento e o disciplinamento dos trabalhos conjuntos.

• Possibilita, com as parcerias fisco-empresas, planejamento e

identificação de soluções antecipadas no cumprimento das

obrigações acessórias, em face às exigências a serem requeridas

pelas administrações tributárias.

• Faz com que a efetiva participação dos contribuintes na definição

dos meios de atendimento às obrigações tributárias acessórias

exigidas pela legislação tributária contribua para aprimorar esses

mecanismos e confira a esses instrumentos maior grau de

legitimidade social.

• Estabelece um novo tipo de relacionamento, baseado na

transparência mútua, com reflexos positivos para toda a sociedade.


A maioria dos contribuintes já se utiliza dos recursos de informática para

efetuar tanto a escrituração fiscal como a contábil. As imagens em papel

simplesmente reproduzem as informações oriundas do meio eletrônico.

A facilidade de acesso à escrituração, ainda que não disponível em tempo

real, amplia as possibilidades de seleção de contribuintes e, quando da

realização de auditorias, gera expressiva redução no tempo de sua execução.

Universo de Atuação:

• CT-e

• ECD

• ECF

• EFD ICMS IPI

• EFD Contribuições

• EFD-Reinf

• e-Financeira

• eSocial

• NF-e

• NFS-e

• MDF-e

• NFC-e
11. DOCUMENTOS FISCAIS ELETRÔNICOS

A legislação tributária e fiscal brasileira é conhecida por ser bastante

extensa e complexa, o que gera uma exacerbada burocracia na emissão de

documentos fiscais, principalmente do ramo de empresas de transportes.

Além dessa complicação, há constantes atualizações sobre o tema. Uma

delas é a criação do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) que torna

eletrônica a emissão e declaração de diversas obrigações legais.

Essa mudança alterou o nome e a forma de emissão dos documentos

fiscais pelas companhias e, apesar da informatização trazer melhorias, demanda

que os empreendedores atualizem suas empresas e renovem seu conhecimento

sobre o tema.

A emissão correta dos documentos fiscais não é levada com a devida

seriedade por vários administradores e empreendedores, porém é de

excepcional importância para o desenvolvimento saudável do negócio.

Basicamente, os documentos fiscais objetivam comprovar as operações

de transporte, vendas de mercadorias e prestações de serviços.

• CT-e (Conhecimento de Transporte Eletrônico)

O Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) é um documento

completamente digital cuja finalidade é registrar o transporte de carga de

terceiros. É utilizado tanto para operações interestaduais quanto intermunicipais.


Esse documento substituiu os antigos CTRC (Conhecimento de

Transporte Rodoviário de Cargas), Conhecimento Ferroviário de Cargas,

Conhecimento de Transporte Aquaviário de Cargas e Conhecimento de

Transporte Aéreo, para cada modalidade de transporte — rodoviário, aéreo,

aquaviário, dutoviário e ferroviário. Além de unificar os documentos, sua emissão

também é uniforme em todo o território nacional, ou seja, todos os estados

adotam o mesmo modo de expedição.

A partir do CT-e também se comprova o recolhimento devido do ICMS,

PIS, COFINS, SEST/SENAT da atividade. Dessa forma, os fiscais podem

averiguar que a prestação de serviço está sendo realizada conforme os ditames

legais.

• NF-e (Nota Fiscal Eletrônica)

A Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) é um documento completamente

eletrônico que faz parte do escopo do projeto SPED. Sua criação visa a

substituição das antigas notas fiscais modelo 1 e 1A. O documento é emitido

para registrar inúmeras transações de pessoas jurídicas, como vendas,

remessas para consertos, devoluções, baixas de estoque, entre outras.

Esse documento simplifica o cumprimento das obrigações principais e

acessórias do recolhimento de tributos e a sua adesão é obrigatória para os

contribuintes de ICMS que exercem as atividades listadas. Além desse imposto,

nele também são destacados os tributos de PIS, COFINS, Imposto sobre

Produtos Industrializados (IPI) e o Imposto sobre Importação (II).


• NFS-e (Nota Fiscal de Serviços Eletrônica)

A Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e) é utilizada para registrar as

prestações de serviços.

Seu objetivo é comprovar o recolhimento do Imposto sobre Serviços de

Qualquer Natureza (ISSQN ou ISS). A alíquota do tributo varia entre 2% e 5%

conforme a legislação de cada município, assim como o modelo de declaração

também pode variar conforme a cidade. É necessário acessar o domínio oficial

da prefeitura e buscar sobre o tema.

Além disso, a NFS-e são utilizadas em transporte e logística também para

registrar e cobrar as operações de transporte realizadas dentro do município.

• Cupom Fiscal

Esse documento surgiu como um substituto à nota fiscal de venda ao

consumidor de modelo. Seu propósito consiste em contabilizar o ICMS dos

produtos comercializados pelo varejo diretamente ao consumidor final.

O Cupom Fiscal é regulado diferentemente por cada estado da federação,

alguns exigem que ele seja emitido por uma impressora específica conhecida

como Emissor de Cupom Fiscal (ECF), outros podem impor regras especiais

para o uso de software de gestão que façam uso do ECF ou não. Dessa forma,

é essencial consultar a legislação específica sobre o tema de cada estado, afim

de fazer a correta utilização.

• NFC-e (Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica)


O propósito da Nota Fiscal do Consumidor Eletrônica (NFC-e) é substituir

o cupom fiscal explicado anteriormente. Portanto, sua finalidade também é

apurar o ICMS das mercadorias transacionadas do varejo para o consumidor

final.

Sua vantagem consiste na utilização de qualquer impressora, sem a

necessidade de lacres e autorizações específicas expedidas pela Secretaria de

Estado de Fazenda (SEFAZ) de cada estado. Isso facilita todo o procedimento

de emissão do documento, pois tanto a autorização quanto a emissão da NFC-

e passam a ser bem mais simples, de forma semelhante a NF-e.

12. ESCRITURAÇÕES FISCAIS DIGITAIS

As Escriturações Fiscais Digitais são obrigações acessórias que

evidenciam as movimentações dos documentos fiscais:

• EFD ICMS/IPI (SPED Fiscal)

• EFD Contribuições (PIS e COFINS)

• EFD-Reinf (Informações sobre Retenções Tributárias)

A Escrituração Fiscal Digital - EFD é um arquivo digital, que se constitui

de um conjunto de escriturações de documentos fiscais e de outras informações

de interesse dos Fiscos das unidades federadas e da Secretaria da Receita

Federal do Brasil, bem como de registros de apuração de impostos referentes

às operações e prestações praticadas pelo contribuinte.


Este arquivo deverá ser assinado digitalmente e transmitido, via Internet,

ao ambiente Sped.

Os arquivos da EFD-ICMS/IPI têm periodicidade mensal e devem

apresentar informações relativas a um mês civil ou fração, ainda que as

apurações dos impostos (ICMS e IPI) sejam efetuadas em períodos inferiores a

um mês, segundo a legislação de cada imposto.

Não é necessário imprimir os livros fiscais constantes da EFD-ICMS/IPI e

autenticá-los na repartição estadual. Os contribuintes obrigados à EFD-ICMS/IPI

está vedada a escrituração fiscal dos livros e documentos listados no Ajuste

Sinief 02/2009 de forma diversa. Sendo assim, não há que se falar em

autenticação de livros impressos na repartição estadual. Um dos objetivos do

Projeto Sped é a economia de papel.

O prazo de entrega da EFD-ICMS/IPI é definido pelas Administrações

Tributárias Estaduais. Verifique a legislação estadual, exceto para os

contribuintes do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) situados no

Estado de Pernambuco que, por força da Instrução Normativa RFB nº

1.371/2013, estão obrigados a entregar a EFD validada no PVA-EFD-ICMS/IPI,

no Perfil “B” até o 20º (vigésimo) dia do mês subsequente ao da apuração do IPI.

Já a EFD-Contribuições trata de arquivo digital instituído no Sistema

Publico de Escrituração Digital – SPED, a ser utilizado pelas pessoas jurídicas

de direito privado na escrituração da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins,

nos regimes de apuração não-cumulativo e/ou cumulativo, com base no conjunto


de documentos e operações representativos das receitas auferidas, bem como

dos custos, despesas, encargos e aquisições geradores de créditos da não

cumulatividade.

Com o advento da Lei nº 12.546/2011, a EFD-Contribuições passou a

contemplar também a escrituração digital da Contribuição Previdenciária sobre

a Receita Bruta, incidente nos setores de comércio, serviços e industrias, no

auferimento de receitas referentes aos CNAE, atividades, serviços e produtos

(NCM) nela relacionados.

Os documentos e operações da escrituração representativos de receitas

auferidas e de aquisições, custos, despesas e encargos incorridos, serão

relacionadas no arquivo da EFD-Contribuições em relação a cada

estabelecimento da pessoa jurídica. A escrituração das contribuições sociais e

dos créditos, bem como da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta,

será efetuada de forma centralizada, em arquivo único mensal, pelo

estabelecimento matriz da pessoa jurídica. Exceção à regra do arquivo único

recai em relação às SCP, cujos arquivos devem ser gerados de forma

individualizada e em separado, das operações próprias da PJ sócia ostensiva.

O arquivo da EFD-Contribuições deverá ser validado, assinado

digitalmente e transmitido, via Internet, ao ambiente Sped. Conforme disciplina

a Instrução Normativa RFB nº 1.252, de 01 de março de 2012, estão obrigadas

à escrituração fiscal digital em referencia:


I - em relação à Contribuição para o PIS/Pasep e à Cofins, referentes aos

fatos geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2012, as pessoas jurídicas

sujeitas à tributação do Imposto sobre a Renda com base no Lucro Real;

II - em relação à Contribuição para o PIS/Pasep e à Cofins, referentes aos

fatos geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2013, as demais pessoas

jurídicas sujeitas à tributação do Imposto sobre a Renda com base no Lucro

Presumido ou Arbitrado;

III - em relação à Contribuição para o PIS/Pasep e à Cofins, referentes

aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2014, as pessoas

jurídicas referidas nos §§ 6º, 8º e 9º do art. 3º da Lei nº 9.718, de 27 de novembro

de 1998, e na Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983;

IV - em relação à Contribuição Previdenciária sobre a Receita, referente

aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de março de 2012, as pessoas

jurídicas que desenvolvam as atividades relacionadas nos arts. 7º e 8º da Medida

Provisória nº 540, de 2 de agosto de 2011, convertida na Lei nº 12.546, de 2011;

V - em relação à Contribuição Previdenciária sobre a Receita, referente

aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de abril de 2012, as pessoas jurídicas

que desenvolvam as atividades relacionadas nos §§ 3º e 4º do art. 7º e nos

incisos III a V do caput do art. 8º da Lei nº 12.546, de 2011.

A pessoa jurídica poderá retificar os arquivos originais da EFD-

Contribuições em 5 (cinco) anos contados do 1º (primeiro) dia do exercício


seguinte àquele a que se refere a escrituração, sem penalidade. Todavia, a

retificação não será validada pela Receita Federal:

- Para reduzir débitos que já tenham sido encaminhados à PFN, que

tenham sido objeto de auditoria interna ou de procedimento de fiscalização;

- Para alterar débitos em relação aos quais a pessoa jurídica tenha sido

intimada de início de procedimento fiscal;

- Para alterar créditos já objeto de exame em procedimento de fiscalização

ou objeto de análise de PERDComp.

Funciona a partir de sua base de dados, a pessoa jurídica deverá gerar

um arquivo digital de acordo com leiaute estabelecido pela Secretaria da Receita

Federal do Brasil - RFB, informando todos os documentos fiscais e demais

operações com repercussão no campo de incidência das contribuições sociais e

dos créditos da não-cumulatividade, bem como da Contribuição Previdenciária

sobre a Receita Bruta, referentes a cada período de apuração das respectivas

contribuições. Este arquivo deverá ser submetido à importação e validação pelo

Programa Validador e Assinador (PVA da EFD-Contribuições) fornecido na

página do Sped e da RFB.

Poderá também a pessoa jurídica, a partir da versão 2.0.1A do PVA da

EFD-Contribuições, criar uma escrituração mediante a digitação de todos os

dados necessários no próprio PVA, ou seja, sem a necessidade de importar

arquivos. Este PVA também permite editar/excluir/adicionar as informações


necessárias à escrituração de qualquer operação sujeita a incidência das

referidas contribuições.

Como pré-requisito para a instalação do PVA EFD-Contribuições é

necessária a instalação da máquina virtual do Java. Após a importação ou

criação da escrituração, a mesma poderá ser visualizada pelo próprio Programa

Validador, com possibilidades de pesquisas de registros ou relatórios do sistema.

Outras funcionalidades do programa: digitação, alteração, assinatura digital da

EFD-Contribuições, transmissão do arquivo, exclusão de arquivos, geração de

cópia de segurança e sua restauração.

O programa gerador de escrituração possibilitará:

• Importar o arquivo com o leiaute da EFD-Contribuições definido

pela RFB;

• Criar uma nova escrituração, mediante digitação completa dos

dados;

• Validar o conteúdo da escrituração e indicar dos erros e avisos;

• Editar via digitação os registros criados ou importados;

• Emissão de relatórios da escrituração;

• Geração do arquivo digital, para assinatura e transmissão ao Sped;

• Assinar do arquivo gerado por certificado digital;

• Efetuar a transmissão do arquivo ao Sped.

A periodicidade de apresentação do arquivo da EFD-Contribuições é

mensal, devendo ser transmitido, após a sua validação e assinatura digital, até
o 10º (décimo) dia útil do segundo mês subsequente ao de referência da

escrituração.

Por fim, quanto a Escrituração Fiscal Digital de Retenções e Outras

Informações Fiscais EFD-Reinf é um dos módulos do Sistema Público de

Escrituração Digital - SPED, a ser utilizado pelas pessoas jurídicas e físicas, em

complemento ao Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais,

Previdenciárias e Trabalhistas – eSocial.

Tem por objeto a escrituração de rendimentos pagos e retenções de

Imposto de Renda, Contribuição Social do contribuinte exceto aquelas

relacionadas ao trabalho e informações sobre a receita bruta para a apuração

das contribuições previdenciárias substituídas. Substituirá, portanto, o módulo

da EFD-Contribuições que apura a Contribuição Previdenciária sobre a Receita

Bruta (CPRB).

A EFD-Reinf junto ao eSocial, após o início de sua obrigatoriedade, abre

espaço para substituição de informações solicitadas em outras obrigações

acessórias, tais como a GFIP, a DIRF e também obrigações acessórias

instituídas por outros órgãos de governo como a RAIS e o CAGED.

Esta escrituração está modularizada por eventos de informações,

contemplando a possibilidade de múltiplas transmissões em períodos distintos,

de acordo com a obrigatoriedade legal.


Dentre as informações prestadas através da EFD-Reinf, destacam-se

aquelas associadas:

- aos serviços tomados/prestados mediante cessão de mão de obra ou

empreitada;

- às retenções na fonte (IR, CSLL, COFINS, PIS/PASEP) incidentes sobre

os pagamentos diversos efetuados a pessoas físicas e jurídicas;

- aos recursos recebidos por / repassados para associação desportiva que

mantenha equipe de futebol profissional;

- à comercialização da produção e à apuração da contribuição

previdenciária substituída pelas agroindústrias e demais produtores rurais

pessoa jurídica;

- às empresas que se sujeitam à CPRB (cf. Lei 12.546/2011);

- às entidades promotoras de evento que envolva associação desportiva

que mantenha clube de futebol profissional.


13. ESCRITURAÇÕES CONTÁBEIS FISCAIS

As Escriturações Contábeis Digitais são obrigações acessórias que

evidenciam as movimentações financeiras e operacionais da empresa, que

segue:

• Escrituração Contábil Digital (ECD)

• Escrituração Contábil Fiscal (ECF)

A Escrituração Contábil Digital (ECD) é parte integrante do projeto

SPED e tem por objetivo a substituição da escrituração em papel pela

escrituração transmitida via arquivo, ou seja, corresponde à obrigação de

transmitir, em versão digital, os seguintes livros:

I - Livro Diário e seus auxiliares, se houver;

II - Livro Razão e seus auxiliares, se houver;

III - Livro Balancetes Diários, Balanços e fichas de lançamento

comprobatórias dos assentamentos neles transcritos.

Já a Escrituração Contábil Fiscal (ECF) substitui a Declaração de

Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ), a partir do ano-

calendário 2014, com entrega prevista para o último dia útil do mês de julho do

ano posterior ao do período da escrituração no ambiente do Sistema Público de

Escrituração Digital (Sped). Portanto, a DIPJ está extinta a partir do ano-

calendário 2014.
São obrigadas ao preenchimento da ECF todas as pessoas jurídicas,

inclusive imunes e isentas, sejam elas tributadas pelo lucro real, lucro arbitrado

ou lucro presumido, exceto:

I - As pessoas jurídicas optantes pelo Regime Especial Unificado de

Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e

Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), de que trata a Lei

Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006;

II - Os órgãos públicos, às autarquias e às fundações públicas;

III - As pessoas jurídicas inativas de que trata a Instrução Normativa RFB

nº 1.536, de 22 de dezembro de 2014;

14. DEFINIÇÃO DE TRIBUTOS

A união, os Estados, o Distrito Federal, e os Municípios poderão instituir

os seguintes tributos: Impostos, taxas e contribuições.

Artigo 3 do CTN – Lei Complementar n° 5.172 de 1966

Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor

nela se possa exprimir, que não constitua sanção por ato ilícito, instituída em lei

e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.


15. TRIBUTOS DIRETOS

Os tributos podem ser classificados em: Direto, indireto, adicional, fixo,

proporcional, progressivo, regressivo, real, pessoal, extrafiscal e parafiscal.

Tributos Diretos são aqueles que incidem sobre o Contribuinte de Direito,

diretamente sobre a renda ou patrimônio, não possibilitando, pelo menos

teoricamente, o repasse do ônus tributário.

16. TRIBUTOS INDIRETOS

Incidem sobre o Consumo, onde o Contribuinte de Direito repassa o ônus

fiscal para o Contribuinte de Fato.

17. REFORMA TRIBUTÁRIA

O Governo Federal, através do Ministro da Economia, Paulo Guedes,

entregou ao congresso nacional o Projeto de Lei nº 3.887 contemplando o que

é considerado como “primeira fase” do plano. Essa proposta é compatível

com as duas PECs que estão em tramitação.

A intenção do governo é dividir a Reforma Tributária em 04 fases. A

primeira parte trata da extinção das contribuições para PIS e COFINS e a

criação do IVA Federal, imposto sobre valor agregado. Nas fases

seguintes seriam contemplados temas como: simplificação do IPI; reforma


do IRPJ/IRPF e tributação sobre os dividendos; desoneração da folha de

pagamentos.

A extinção das contribuições para PIS/COFINS, contemplada na

fase inicial do projeto se justifica pela complexidade de sua legislação,

atualmente são mais de 2 mil páginas relacionadas a esses tributos.

Ademais, existem cerca de 71 mil processos no CARF (Conselho

Administrativo de Recursos Fiscais), o que representa 20% do total dos

litígios.

A ideia é que a nova CBS – Contribuição sobre bens e serviços se

apresente como uma nova forma de tributar o consumo, onde cada

empresa só pague sobre o valor que agregar ao produto ou serviço. O

ponto controverso da proposta está na alíquota de 12%, atualmente as

empresas pagam percentuais que podem variar de 3,65% a 9,25%.

18. TÉCNICA DE ESTUDOS POMODORO

A Técnica Pomodoro é um método para gerenciar o tempo que você

utiliza para exercer tarefas, podendo ser na área dos estudos ou do

trabalho.

A proposta é que você cronometre e foque totalmente no que está

executando até que chegue o momento de sua pausa. Todo o método vai

intercalando entre períodos estudados e intervalos de descanso.


Criada em meados dos anos 1980 pelo italiano Francesco Cirillo, a

Técnica Pomodoro tem como objetivo fazer você se concentrar nas tarefas

que precisa realizar, parando de procrastinar e obtendo mais êxito no que

faz.

Para isso, é utilizado um cronômetro para dividir o trabalho ou

estudo em períodos de 25 minutos com breves intervalos entre eles. Isso

permite que você faça uma gestão de tempo mais assertiva e é ideal para

aqueles que têm dificuldades para se concentrar.


REFERÊNCIAS

Código Tributário Nacional

Decreto Estadual 24.569/97 (Regulamento do ICMS – Ceará)

Decreto Federal 3.000/99 (RIR)

Lei Complementar Federal 116/2003

Lei Complementar Federal 123/2007 (SIMPLES Nacional)

Lei Complementar Federal 127/2007

Lei Complementar Federal 128/2008

Lei Complementar Municipal 14/2003 (Regulamento do ISSQN de Fortaleza)

Lei Municipal 4.144/1972 (Código Tributário de Fortaleza)

Lei Federal 9.718/98

Lei Federal 10.637/2002

Lei Federal 10.833/2003

GUERRA, Fellipe. Descomplicando o SPED. Fortaleza: Fortes, 2017.

OLIVEIRA, Gustavo Pedro de. Contabilidade Tributária. São Paulo: Saraiva,

2005.

www.classecontabil.com.br

www.sefaz.ce.gov.br

www.sefin.fortaleza.ce.gov.br

www.receita.fazenda.gov.br

www.receita.fazenda.gov.br/simplesnacional

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