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A solicitação de opção pelo Simples Nacional somente pode ser realizada no mês de janeiro,
até o seu último dia útil. Uma vez deferida, produz efeitos a partir do primeiro dia do ano
calendário da opção.
Ter receita bruta anual no valor igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 no mercado interno
e/ou na exportação de mercadorias e serviços, observando os limites proporcionais no
ano calendário de início de atividade.
Não possuir nenhum dos impedimentos previstos nos artigos 3º, II, § 4º e 17 da Lei
Complementar 123/2006.
Atenção! Não poderão optar pelo Simples Nacional as ME e as EPP que, embora exerçam
diversas atividades permitidas, também exerçam pelo menos uma atividade vedada pela LC
123/06, independentemente da relevância da atividade impeditiva e de eventual omissão do
contrato social.
MEI
Há uma versão ainda mais simplificada do Simples Nacional visando atender exclusivamente os
MEI, a SIMEI.
Nesse caso, o MEI deverá realizar o pagamento de valores fixos mensais, não havendo variação
na porcentagem, independente do importe anual auferido.
Dentre as vantagens desse regime, o MEI será isento dos seguintes tributos:
IRPJ (Imposto sobre Renda de Pessoas Jurídicas), CSLL (Contribuição Social sobre Lucro
Líquido), Contribuição para o PIS/Pasep, Cofins (Contribuição para o Financiamento da
Seguridade Social) e IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados, exceto em caso de
importação).
Percebe-se que essa é uma ótima opção para aqueles que se enquadram como MEI, tendo em
vista os valores bastante reduzidos de arrecadação tributária.
Lucro Real
O Lucro Real é um regime de tributação que segue uma lógica bem diferente do Simples
Nacional.
Ele é utilizado, em grande parte, por multinacionais e empresas de grande porte, e sua
tributação é calculada conforme o lucro líquido obtido durante o ano.
Dessa forma, todas as empresas instaladas no país que possuam faturamento superior a R$ 78
milhões, ou que atuam no mercado financeiro e possuam lucros e rendimentos no exterior
devem aderir ao Lucro Real.
Por ter a tributação calculada com base em seu lucro real, esse é o regime mais complexo e
traz inúmeras responsabilidades aos gestores e administradores das empresas.
É preciso ter um controle muito eficiente das finanças, já que erros e fraudes podem acarretar
multas e juros que prejudicam o negócio.
Assim, a tributação nesses casos fica em torno de 34% do lucro obtido pela empresa. A critério
de exemplo, temos as seguintes alíquotas para quem adere ao regime:
Contudo, apesar de parecer mais inflexível, ele também tem suas vantagens!
Por exemplo, caso a empresa feche o ano com prejuízo, ela estará desobrigada do pagamento
de tributos desse período. O prejuízo será utilizado como crédito para compensar nos
próximos exercícios.
Além disso, o empresário também poderá optar por realizar a apuração tributária trimestral (a
cada 3 meses) ou anual (a cada ano), e cada uma também tem suas vantagens.
A apuração trimestral pode ser mais recomendada quando uma empresa tem rendimentos
estáveis e com dados uniformes ao longo do ano.
Quando a variação financeira é muito grande, recomenda-se a apuração anual, tendo em vista
que a política de compensação de prejuízos da modalidade limita-se a 30% do lucro do
período.
Com a apuração do lucro real anual, as empresas podem apresentar resultados acumulados ao
longo do ano, sejam eles negativos (prejuízos) ou positivos (lucro), beneficiando-se da política
de compensação dos 30%.
É evidente que, apesar das vantagens, esse regime tributário exige bastante organização e
planejamento por parte da empresa para garantir que a tributação esteja adequada e evitar a
aplicação de multas por disponibilização de informações erradas.
Lucro Presumido
Nessa modalidade, como o próprio nome diz, a tributação não é calculada tendo como
referência o lucro verdadeiro da empresa.
Nesse caso, há um lucro presumido que varia conforme a atividade desenvolvida por ela,
variando entre 1,6% e 32% da receita.
Diferentemente dos regimes anteriores, não existem requisitos a serem seguidos para o
enquadramento no Lucro Presumido.
Assim, basta que as empresas não estejam obrigadas a contribuir com base no Lucro Real, ou
seja, exclui-se aquelas cujo faturamento anual seja superior a R$ 78 milhões.
As alíquotas aplicadas neste regime são as mesmas utilizadas no regime de Lucro Real.
A exemplo, podemos citar como alguns negócios têm o seu lucro presumido calculado:
É essencial que, antes de optar pelo Lucro Presumido, a empresa avalie, dentre outros
aspectos, a sua lucratividade porque, se o percentual de lucratividade for superior ao do Lucro
Real, talvez essa escolha não seja tão interessante.
Conforme demonstrado, existem inúmeras diferenças entre essas três opções, o que torna a
escolha do regime tributário uma decisão importante e que precisa ser precedida de um
planejamento tributário e muita análise sobre a situação da empresa.
Não existe, portanto, uma forma pré definida de qual o regime ideal para cada tipo de negócio,
já que o empreendedor precisa avaliar vários aspectos.
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