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Simples Nacional

O Simples Nacional é o nome abreviado do “Regime Especial Unificado de Arrecadação de


Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte”.
Faça sua opção pelo regime especial do Simples Nacional.
O Simples Nacional unifica o pagamento de:
 Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ);

 Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);

 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL);

 Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins);

 Contribuição para o PIS/Pasep;

 Contribuição Patronal Previdenciária (CPP);

 Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de


Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS); e

 Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).

A solicitação de opção pelo Simples Nacional somente pode ser realizada no mês de janeiro,
até o seu último dia útil. Uma vez deferida, produz efeitos a partir do primeiro dia do ano
calendário da opção.

Para empresas em início de atividade, o prazo para solicitação de opção é de 30 dias contados


do último deferimento de inscrição (municipal ou estadual, caso exigíveis), desde que não
tenham decorridos 60 dias da inscrição do CNPJ. Se deferida, a opção produz efeitos a partir da
data da abertura do CNPJ. Após esse prazo, a opção somente será possível no mês de janeiro
do ano-calendário seguinte.

O contribuinte pode acompanhar o andamento e o resultado final da solicitação na opção


"Acompanhamento da Formalização da Opção pelo Simples Nacional."
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte
São requisitos necessários:

 Ter natureza jurídica de sociedade empresária, sociedade simples, empresa individual


de responsabilidade limitada ou empresário individual.

 Ter receita bruta anual no valor igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 no mercado interno
e/ou na exportação de mercadorias e serviços, observando os limites proporcionais no
ano calendário de início de atividade.

 Não possuir nenhum dos impedimentos previstos nos artigos 3º, II, § 4º e 17 da Lei
Complementar 123/2006.

Atenção! Não poderão optar pelo Simples Nacional as ME e as EPP que, embora exerçam
diversas atividades permitidas, também exerçam pelo menos uma atividade vedada pela LC
123/06, independentemente da relevância da atividade impeditiva e de eventual omissão do
contrato social.

Durante o período da opção, é permitido o cancelamento da solicitação da Opção pelo Simples


Nacional, salvo se o pedido já houver sido deferido. O cancelamento não é permitido para
empresas em início de atividade.

MEI

Há uma versão ainda mais simplificada do Simples Nacional visando atender exclusivamente os
MEI, a SIMEI.

Considera-se Microempreendedor Individual – MEI o empresário que tenha auferido até R$


81.000,00 e que atenda também a diversos requisitos.

Nesse caso, o MEI deverá realizar o pagamento de valores fixos mensais, não havendo variação
na porcentagem, independente do importe anual auferido.

Dentre as vantagens desse regime, o MEI será isento dos seguintes tributos:
IRPJ (Imposto sobre Renda de Pessoas Jurídicas), CSLL (Contribuição Social sobre Lucro
Líquido), Contribuição para o PIS/Pasep, Cofins (Contribuição para o Financiamento da
Seguridade Social) e IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados, exceto em caso de
importação).

Os valores a serem pagos mensalmente correspondem a R$ 5,00 de ISS e R$ 1,00 de ICMS,


caso seja contribuinte desses impostos, e 5% do valor do salário mínimo referente às
contribuições previdenciárias.

Percebe-se que essa é uma ótima opção para aqueles que se enquadram como MEI, tendo em
vista os valores bastante reduzidos de arrecadação tributária.

Lucro Real

O Lucro Real é um regime de tributação que segue uma lógica bem diferente do Simples
Nacional.

Ele é utilizado, em grande parte, por multinacionais e empresas de grande porte, e sua
tributação é calculada conforme o lucro líquido obtido durante o ano.

Diferentemente do Simples Nacional, as empresas que atendem aos pressupostos do Lucro


Real DEVEM fazer a adesão do regime, não sendo uma escolha. 

Dessa forma, todas as empresas instaladas no país que possuam faturamento superior a R$ 78
milhões, ou que atuam no mercado financeiro e possuam lucros e rendimentos no exterior
devem aderir ao Lucro Real.

Por ter a tributação calculada com base em seu lucro real, esse é o regime mais complexo e
traz inúmeras responsabilidades aos gestores e administradores das empresas. 

É preciso ter um controle muito eficiente das finanças, já que erros e fraudes podem acarretar
multas e juros que prejudicam o negócio.

Assim, a tributação nesses casos fica em torno de 34% do lucro obtido pela empresa. A critério
de exemplo, temos as seguintes alíquotas para quem adere ao regime:

 Imposto sobre a Renda de Pessoas Jurídicas é, em regra, 15% sobre o lucro.


 Contribuição Sobre o Lucro Líquido tem a alíquota de 9% sobre o lucro.

Contudo, apesar de parecer mais inflexível, ele também tem suas vantagens!

Por exemplo, caso a empresa feche o ano com prejuízo, ela estará desobrigada do pagamento
de tributos desse período. O prejuízo será utilizado como crédito para compensar nos
próximos exercícios.

Além disso, o empresário também poderá optar por realizar a apuração tributária trimestral (a
cada 3 meses) ou anual (a cada ano), e cada uma também tem suas vantagens.

A apuração trimestral pode ser mais recomendada quando uma empresa tem rendimentos
estáveis e com dados uniformes ao longo do ano.

Quando a variação financeira é muito grande, recomenda-se a apuração anual, tendo em vista
que a política de compensação de prejuízos da modalidade limita-se a 30% do lucro do
período.

Com a apuração do lucro real anual, as empresas podem apresentar resultados acumulados ao
longo do ano, sejam eles negativos (prejuízos) ou positivos (lucro), beneficiando-se da política
de compensação dos 30%.

É evidente que, apesar das vantagens, esse regime tributário exige bastante organização e
planejamento por parte da empresa para garantir que a tributação esteja adequada e evitar a
aplicação de multas por disponibilização de informações erradas.

Lucro Presumido
Nessa modalidade, como o próprio nome diz, a tributação não é calculada tendo como
referência o lucro verdadeiro da empresa.

Nesse caso, há um lucro presumido que varia conforme a atividade desenvolvida por ela,
variando entre 1,6% e 32% da receita.

Diferentemente dos regimes anteriores, não existem requisitos a serem seguidos para o
enquadramento no Lucro Presumido. 

Assim, basta que as empresas não estejam obrigadas a contribuir com base no Lucro Real, ou
seja, exclui-se aquelas cujo faturamento anual seja superior a R$ 78 milhões.
As alíquotas aplicadas neste regime são as mesmas utilizadas no regime de Lucro Real. 

A exemplo, podemos citar como alguns negócios têm o seu lucro presumido calculado:

 Se atuarem no comércio e na indústria, há a presunção de 8% do faturamento para o


IRPJ, 12% para CSLL e 0,65% para o PIS e Cofins.

 Se atuarem com prestação de serviços, estabelece-se 32% da receita para os IRPJ e o


CSLL e 3% para o PIS e COFINS.

É importante salientar que as empresas enquadradas no Lucro Presumido não possuem


qualquer direito de abatimento, dedução ou crédito, devendo contribuir de maneira
cumulativa.

É essencial que, antes de optar pelo Lucro Presumido, a empresa avalie, dentre outros
aspectos, a sua lucratividade porque, se o percentual de lucratividade for superior ao do Lucro
Real, talvez essa escolha não seja tão interessante.

Conforme demonstrado, existem inúmeras diferenças entre essas três opções, o que torna a
escolha do regime tributário uma decisão importante e que precisa ser precedida de um
planejamento tributário e muita análise sobre a situação da empresa.

Não existe, portanto, uma forma pré definida de qual o regime ideal para cada tipo de negócio,
já que o empreendedor precisa avaliar vários aspectos.

Questionário

1. Quais os impostos que o MEI está isento de fazer o pagamento?


2. Quais os fatores impeditivos para o empreendedor ser regulada pelo Simples
Nacional?
3. Quais os impostos são recolhidos de forma unificada no Simples Nacional?
4. Qual o limite de faturamento para as empresas que optam pelo Lucro Presumido?
5. Quais as vantagens da tributação do MEI frente aos outros regimes?
6. Quais empresas são obrigadas a fazerem a opção pelo regime de tributação do Lucro
Real?
7. Quais os requisitos para o empreendedor realizar a opção de tributação pelo Simples
Nacional?
8. Qual a vantagem da opção do Lucro Real comparado com o Lucro Presumido?

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