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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

SIMPLES NACIONAL
DECLARAÇÕES
PROF. ESP. EMERSON GÓES
Simples Nacional - Conceito
• O Simples Nacional é um regime compartilhado de
arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos
aplicável às Microempresas e Empresas de Pequeno
Porte, previsto na Lei Complementar nº 123, de 14 de
dezembro de 2006.
• Abrange a participação de todos os entes federados
(União, Estados, Distrito Federal e Municípios).
• É administrado por um Comitê Gestor composto por
oito integrantes: quatro da Secretaria da Receita
Federal do Brasil (RFB), dois dos Estados e do Distrito
Federal e dois dos Municípios.
Simples Nacional - Adesão
• Por ser um regime tributário com diversas
vantagens, muitas empresas desejam optar pelo
Simples Nacional. Entretanto, apenas algumas
podem aderir.
• As regras definidas para a inserção no Simples
nacional são:
1. A empresa não pode faturar mais que R$ 4,8
milhões por ano;
2. Não pode possuir débitos com o INSS;
3. Deve estar regular nos cadastros fiscais;
Continuação...
• Também não podem:
1. Exercer atividades com serviços financeiros;
2. Ter sócios no exterior;
3. Possuir capital em órgãos públicos;
4. Ser constituída sob sociedade de ações;
5. Ser cooperativa; e
6. Ter filial ou sucursal no exterior.
• Atualmente, é considerada uma micro empresa (ME)
aquela que tem um faturamento de no máximo R$
360 mil. A pequena empresa (EPP), entretanto, deve
faturar anualmente no máximo R$ 4,8 milhões. Assim,
quem pode aderir ao regime são as Microempresas e
Empresas de Pequeno Porte
Observação
• Uma categoria que está fora das micro e
pequenas empresas é o MEI o
Microempreendedor Individual. Porém, ele é
regulamentado pela Lei Geral e pode aderir ao
Simples se desejar.
• Outra regra do Simples Nacional quanto a sua
adesão é em relação a classificação da
atividade econômica. Alguns CNAEs podem
aderir ao Simples e outros não.
Observação
• Para empresas já em atividade, optantes pelo Lucro
Presumido ou Lucro Real, o prazo para solicitação da
opção foi até 29.01.2021, e para as empresas aceitas,
o Simples Nacional passou a valer a partir de
01.01.2021.
• Já para as empresas que estão começando agora, o
prazo para solicitar o enquadramento é de até 60 –
sessenta – dias a partir da data de abertura que consta
no cartão CNPJ.
• Este prazo era de 180 – cento e oitenta – dias para
empresas que foram abertas até 31.12.2020, então
fique atento ao seu processo de abertura para não
perder as datas!
Simples Nacional – Limite de Faturamento
• O limite de faturamento no Simples Nacional é de R$ 4,8
milhões. Assim, quando uma empresa ultrapassa esse valor
ela deve mudar para o Lucro Presumido ou para o Lucro
Real.
• Como o valor total de R$ 4,8 milhões é de faturamento
anual, levando em consideração os últimos 12 meses, o
cálculo durante o primeiro ano de funcionamento é
realizado por média. Sendo assim:
1. No 1º mês o faturamento é multiplicado por 12 meses;
2. No 2º mês o faturamento do primeiro mês é multiplicado
por 12;
3. E no 3º mês a média do primeiro e segundo mês é
multiplicada por 12
Observação
• Se o teto for superado em até 20%, a
comunicação deve ser feita até o último dia
de janeiro do ano-calendário subsequente;
• se for superior a 20% do limite, a
comunicação deve ser feita até o último dia
do mês subsequente ao da ultrapassagem e
produzirá efeitos já a partir do mês
subsequente ao do excesso
Simples Nacional - Vantagens
• As empresas que escolhem esse regime tributário contam com uma
cobrança simplificada de diversos impostos, feitos por uma guia
única mensal — o DAS (Documento de Arrecadação do Simples
Nacional);
• Outra grande vantagem é que esse regime traz tabelas de alíquotas
de reduzidas de impostos, que são calculadas de acordo com o
faturamento do negócio. Antes da criação do Simples Nacional, as
micro e pequenos empresas pagavam porcentagens maiores de
tributos ao ter que optar pelo Lucro Presumido ou Real.
• Além disso, uma empresa Simples Nacional tem contabilidade
simplificada e menos declarações em relação aos outros regimes,
facilitando a gestão e rotina dos empreendedores. E mais: quem
opta por esse enquadramento ainda pode receber benefícios em
processos de licitação e na exportação de produtos.
Simples Nacional - Benefícios
• Pagamento Unificados de Impostos;
• Tributação;
• Facilidade de Regularização;
• Contabilização Simplificada;
• Benefícios em Licitações; e
• Investidores Anjos.
Continuação
• Pagamento de imposto Unificado – Você vai
necessitar fazer pagamento de apenas uma guia
de imposto, a DAS. Isso facilita a vida do
empreendedor que antes tinha de se desdobrar
entre várias guias e periodicidades de pagamento
diferentes.
• Tributação – Diversas atividades são menos
tributadas em relação ao Lucro Presumido. A
alíquota será definida pela atividade da sua
empresa, especificada na Tabela do Simples.
Continuação
• Facilidade de Regularização – A Receita Federal
facilita o parcelamento e a apuração de débitos
para empresas no Simples, tornando o processo
de manter sua empresa regularizada menos
complexo.
• Contabilização Simplificada – Processo muito
mais fácil para a contabilidade pois ele é isento de
algumas declarações, como o SISCOSERV, Sped
Contribuições, DCTF, e não precisa Certidões
Negativas para fazer alterações contratuais.
Continuação
• Investidores Anjos – Com o novo simples
nacional, foram criados mecanismos para que
empresas do Simples possam receber
investimentos de forma simplificada, mantendo a
segurança jurídica de ambas as partes.
• Benefícios em Licitação – Empresas optante do
Simples Nacional, tem prazo para entrega de
certidões mesmo tendo ultrapassado o prazo.
Simples Nacional - Tributação
• Por meio do DAS são recolhidos tributos como:
1. Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ);
2. Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL);
3. Programa de Integração Social (PIS);
4. Contribuição para Financiamento da Seguridade
Social (Cofins);
5. Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);
6. Imposto sobre a Circulação de Mercadoria e serviços
(ICMS);
7. Imposto sobre serviços (ISS); e
8. Contribuição Patronal Previdenciária (CPP).
Observação
• No caso de empresas em que o faturamento dos
últimos 12 meses supere R$ 3,6 milhões, o ICMS e ISS
serão cobrados em separado do DAS e incluirão as
obrigações acessórias de uma empresa optante pelo
Lucro Presumido ou Real. Assim, apenas os tributos
federais serão recolhidos pela guia única.
• Também é importante ressaltar que a empresa do
Simples poderá ter que recolher outras guias também,
específicas para algumas operações como o diferencial
de alíquotas e a substituição tributária para comércios
e indústrias ou a retenção de impostos federais na
contratação de serviços de empresas de regime
normal.
Simples Nacional - Cálculo
• Todas as atividades permitidas foram separadas em 5 diferentes anexos,
cada um com uma tabela de alíquotas para ser utilizada. Cada tabela é
dividida em 6 faixas de faturamento com alíquotas progressivas, ou seja,
quanto mais a empresa fatura, maior o imposto.
• Para a primeira faixa de faturamento de todas as tabelas, até R$ 180 mil
nos últimos 12 meses, a alíquota é fixa.
• Se o faturamento ultrapassar este limite, será necessário utilizar uma
fórmula para o cálculo da alíquota efetiva:
(faturamento últimos 12 meses * alíquota da tabela) – dedução da tabela
faturamento últimos 12 meses
Por exemplo, uma empresa de serviços do anexo 3, que faturou nos últimos
12 meses o valor de R$ 250.000,00 teria como alíquota efetiva:
(250.000,00 * 11,20%) – 9.360,00
250.000,00 = alíquota efetiva de 0,07456
Para transformar o valor em percentual, basta multiplicá-lo por 100. Esta
empresa teria uma alíquota de 7,46% este mês.
Simples Nacional – Fator “R”
O fator R é o cálculo utilizado para determinar
em qual Anexo do regime tributário Simples
Nacional uma empresa se enquadra. Baseado
no seu resultado, atividades pertencentes ao
Anexo V podem se enquadrar no Anexo III e,
com isso, pagar menos impostos, contribuindo
para reduzir seu gasto mensal.
Simples Nacional – Fator “R” cálculo
• Para começar, é preciso ter o valor total da
folha de pagamento da sua empresa e a
receita bruta, ambos dos 12 últimos meses do
período de apuração.
Continuação
• Essa base de cálculo do Fator R está determinada no §24 da
lei complementar 123/2006:
§ 24. Para efeito de aplicação do § 5o-K, considera-se folha de
salários, incluídos encargos, o montante pago, nos doze meses
anteriores ao período de apuração, a título de remunerações a
pessoas físicas decorrentes do trabalho, acrescido do
montante efetivamente recolhido a título de contribuição
patronal previdenciária e FGTS, incluídas as retiradas de
pró-labore.
• Além disso, a lei complementa, no §26, com a seguinte
orientação:
§ 26. Não são considerados, para efeito do disposto no § 24,
valores pagos a título de aluguéis e de distribuição de lucros.
Continuação
Fator R = massa salarial / receita bruta
Aqui, é importante considerar também as regras descritas na
resolução CGSN n.º 140 de 2018, que dispõe sobre o Simples
Nacional:
1. se a massa salarial for maior que 0 (zero) e a receita bruta
igual a 0 (zero), o Fator R será igual a 0,28, ou 28%;
2. se a massa salarial for igual a 0 (zero) e a receita bruta
maior do que 0 (zero), o Fator R será igual a 0,01, ou 1%;
3. se a massa salarial e a receita bruta forem maiores que 0
(zero), o Fator R corresponderá à divisão entre um valor e
outro dos últimos 12 meses.
Exemplo 1
• Como calcular o fator R do Anexo III?
Com a fórmula em mãos, fica fácil descobrir se a
tributação da sua empresa se enquadra no Anexo III.
Para isso, o resultado deve ser igual ou superior a
28%. Veja este exemplo:
Fator R = massa salarial / receita bruta
Fator R = R$ 11.200,00 / R$ 40.000,00
Fator R = 0,28 ou 28%
Neste caso, ainda que a atividade exercida faça
parte do Anexo V, pode-se aplicar as alíquotas do
Anexo III e, assim, pagar menos impostos.
Observação (Empresa Nova)
• A conta é bem simples e pode ser feita apenas
dividindo o valor da folha de salários pelo
faturamento bruto. Ou seja, a fórmula fica
assim: Fator “r” = FSPA / RPA. Quando o negócio
tiver menos de 13 meses de abertura, o Fator R
será proporcional, ainda que essa tenha apenas
um mês de existência. Veja como :
Fator R =
soma das folhas de pagamento anteriores ao
período apurado
soma da receita bruta anterior ao período apurado
Observação (Como calcular o fator R da
folha de pagamento?)
• Quando se fala em fator R da folha de pagamento, é
importante deixar claro o que considerar na hora de
determinar esse valor. Por isso, vamos reforçar a informação
para que não haja erro no seu cálculo.
• Para aplicar a fórmula do Fator R é preciso ter a soma de
todos os custos referentes a pagamento de mão-de-obra
remunerada à pessoa física nos últimos 12 meses a serem
apurados.
• Assim, entram na conta valores referentes à:
1. salários;
2. 13º salário;
3. retiradas de pró-labore;
4. INSS (Instituto Nacional do Seguro Social);
5. FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).
Exemplo 2
• Como calcular o fator R do Anexo V?
O cálculo do Fator R para as atividades que
pertencentes ao Anexo V ocorre da mesma
maneira. No entanto, enquadram-se nessas
alíquotas resultados inferiores a 28%. Exemplo:
Fator R = massa salarial / receita bruta
Fator R = R$ 22.000,00 / 100.000,00
Fator R = 0,22 ou 22%
Observação (Atividade e Fator R)
• fisioterapia;
• medicina, inclusive laboratorial;
• enfermagem;
• odontologia e prótese dentária;
• psicologia, psicanálise, terapia ocupacional;
• acupuntura;
• podologia;
• fonoaudiologia;
• serviços de prótese em geral;
• clínicas de nutrição, de vacinação e bancos de leite;
• laboratórios de análises clínicas ou de patologia clínica;
• serviços de tomografia, diagnósticos médicos por imagem;
• registros gráficos e métodos óticos, bem como ressonância
magnética;
Continuação
• academias de dança, de capoeira, de ioga e de artes marciais;
• academias de atividades físicas, desportivas, de natação e escolas
de esportes;
• arquitetura e urbanismo;
• administração e locação de imóveis de terceiros;
• representação comercial e demais atividades de intermediação de
negócios e serviços de terceiros;
• perícia, leilão e avaliação;
• auditoria, economia, consultoria, gestão, organização, controle e
administração;
• engenharia, medição, cartografia, topografia, geologia, geodésia,
testes, suporte e análises técnicas e tecnológicas, pesquisa,
design, desenho e agronomia;
Continuação
• elaboração de programas de computadores, inclusive jogos
eletrônicos, licenciamento ou cessão de direito de uso de
programas de computação;
• planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas
eletrônicas;
• empresas montadoras de estandes para feiras;
• serviços de comissária, de tradução e de interpretação;
• serviços de despachantes;
• jornalismo e publicidade;
• agenciamento;
• outros serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual,
de natureza técnica, desportiva, científica, artística ou cultural,
desde que não estejam sujeitas à tributação na forma dos Anexos
III ou IV da Lei Complementar 123/2006.
Simples Nacional – Anexo 1
Simples Nacional – Anexo 2
Simples Nacional – Anexo 3
Simples Nacional – Anexo 4
Simples Nacional – Anexo 5
Simples Nacional - Demonstrações
• PGDAS - Empresas optantes pelo regime
tributário do Simples Nacional têm a
vantagem de emitir uma guia única para pagar
os impostos que devem ao governo.
• A sigla PGDAS-D significa Programa Gerador
do Documento de Arrecadação do Simples
Nacional – Declaratório.

Declaração Mensal
Continuação
• DEFIS - A Declaração de Informações
Socioeconômicas e Fiscais (DEFIS) tem como
objetivo comunicar ao órgão fiscal (Receita
Federal), dados econômicos e fiscais da
empresa que está ou esteve enquadrada
neste regime no período abrangido pela
declaração.

Declaração Anual
Continuação
As principais informações que devem ser apresentadas em
sua DEFIS são:
• Ganhos de capital;
• Quantidade de empregados no início do período abrangido
pela declaração;
• Quantidade de empregados no final do período abrangido
pela declaração;
• Caso a ME (Microempresa) / EPP (Empresa de Pequeno
Porte) mantenha escrituração contábil e tenha evidenciado
lucro superior ao limite de que trata o § 1º do art. 131
da Resolução CGSN nº 94, de 29/11/2011, no período
abrangido por esta declaração, informe o valor do lucro
contábil apurado;
Continuação
• Identificação e rendimentos dos sócios:
a. CPF e nome;
b. Rendimentos isentos pagos ao sócio pela empresa (Dividendos);
c. Rendimentos tributáveis pagos ao sócio pela empresa (Pró-labore);
d. Percentual de participação do sócio no capital social da empresa no
último dia do período abrangido pela declaração;
e. Imposto de renda retido na fonte sobre os rendimentos pagos ao sócio
pela ME/EPP.
• Saldo em caixa/banco no início do período abrangido pela declaração e
saldo em caixa/banco no final do período abrangido pela declaração;
• Total de despesas no período abrangido pela declaração (deve-se informar
o total das despesas da PJ no período abrangido, considerando despesas
operacionais e não-operacionais, custos, salários, etc);
• Mudança de endereço do estabelecimento (Caso no período abrangido
aconteceram uma ou mais mudanças do estabelecimento);
Simples Nacional – Prazo e Multas
• O prazo de entrega da DEFIS é até 31 de março do ano
subsequente ao período abrangente que será declarado.
• Essa obrigação acessória não prevê multa por atraso na
entrega de acordo com o art. 66, §1º, da Resolução CGSN
nº 94, de 2011, no entanto, as apurações mensais dos
períodos a partir de março de cada ano no sistema
PGDAS-D só poderão ser geradas após a entrega da DEFIS
referente ao ano anterior.
• Por isso, é muito importante que as documentações
estejam em dia, pois todas as informações declaradas,
serão obtidas através de seus demonstrativos contábeis.
Continuação
• Mas diante dos impactos na economia
causados pela pandemia, o documento que
deveria ser enviado este mês teve
sua data prorrogada. De acordo com o Comitê
Gestor do Simples Nacional, o novo prazo para
a apresentação se estenderá até o dia 31 de
maio. A medida está prevista pela Resolução
CGSN nº 159/2021.
Simples Nacional – Novos Prazos para
Pagamento do Simples
Simples Nacional - Parcelamento
• O prazo para negociação dos débitos inscritos
em dívida ativa da União terá início em 1º de
março de 2021 e permanecerá aberto até as
19h (horário de Brasília) do dia 30 de junho
de 2021. débitos de pessoa física: os débitos
relativos ao Imposto de Renda da Pessoa
Física (IRPF), relativo ao exercício de 2020.
PGDAS

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