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2020

e-Book
Simples Nacional
Passo a Passo da Teoria à Prática
Tudo o que você precisa saber

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Olá, meu Nome é Arthur Gonçalves, sou Contador, Consultor,
Professor e um apaixonado pela Contabilidade.

Antes de mais nada quero agradecer a você que está aqui buscando
mais e mais conhecimento para dar mais passos na sua carreira, de
verdade eu já estive aí nesse mesmo lugar que você.

Não sei em que ponto você está…

Você pode ainda não ter terminado a faculdade mas já está aqui
buscando mais conhecimento para ter uma oportunidade na área.

Pode já estar trabalhando na área mas sabe que o mercado contábil


exige especialização e por isso está sempre buscando informações que
lhe diferencie no mercado…

Pode também ser um empresário contábil que não perde a


oportunidade de se manter atualizado e levar todo bom conteúdo aos
seus colaboradores.

Neste e-book vou lhe ensinar as principais situações do Simples


Nacional, temas esses que são muito mas muito SUBESTIMADO por
UNIVERSIDADES, EMPRESAS CONTÁBEIS E EMPRESÁRIOS NO GERAL.

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Aliás essa questão da parte Fiscal, Tributária, da legislação mesmo,
sempre me deixou muito indignado.

Você já deve ter percebido que as matérias que tratam da parte


tributária nas faculdades representam menos de 25% do total do curso,
e além disso a legislação muda a todo momento.

Me deixa te explicar o que é “A TODO MOMENTO”...

Segundo um levantamento do IBPT são publicados cerca de 800 novas


normas todos os dias, isso mesmo, eu não falei errado e você não
entendeu errado são 800 novas normas, entre leis, decretos, instruções
normativas, soluções de consultas entre tantos outros…

Já em relação ao Simples Nacional o site Empresômetro afirma existir


até este momento mais de 19,8 milhões de empresas ativas no Brasil,
destas, mais de 14 milhões são do Simples Nacional…

Sabe o que isso significa?

Significa que as chances de você lidar com a parte Fiscal de uma


empresa do Simples Nacional são enormes!

E neste e-book você terá a oportunidade de não somente conhecer a


Legislação do Simples Nacional, mas também entender os cálculos e
como funciona a fiscalização para esse tipo de empresa.

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Se você chegou neste e-Book significa que deseja conhecer
profundamente todas as características, situações e exceções
relacionados ao Simples Nacional, mas antes de adentrarmos nesta
seara densa, lhe convido para entender os motivos de se ter um
Regime diferenciado para Empresas de Pequeno e Médio Porte no
País.

Claro que se você já tem algum conhecimento sobre o tema e espera


que eu comece falando sobre a Lei Complementar 123 de 2006 que
tornou possível a implementação de um Regime Diferenciado.

Porém o que precisa ficar claro é que a Lei Complementar 123 só foi
possível graças a um dispositivo criado lá atrás com a promulgação da
Constituição Federal. Já que em seu art. 146 alínea d;

Art. 146. Cabe à lei complementar:


d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as
microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes
especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II,
das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição
a que se refere o art. 239

Você pode estar se perguntando por que não começamos logo pela Lei
Complementar 123, ao invés de “perder tempo” com a Constituição
Federal. E a resposta é justamente essa, porque tudo começa na
Constituição e a Lei Complementar veio para fechar uma lacuna, veio
dar efetividade e legitimidade ao que já havia sido previsto nos idos de
1988.

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Resolvido a questão do “princípio das coisas” podemos retornar para a
Lei Complementar 123 e já explicar uma curiosidade rápida:

Simples Nacional é um apelido, um diminutivo para de “Regime Especial


Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte” que teve início, apesar
da Lei Complementar ser de 2006, a partir de 01/07/2007.

A LC 123 primeiramente criou o Estatuto Nacional da Microempresa


(ME) e das Empresas de Pequeno Porte (EPP), estabelecendo assim
normas gerais perante os entes federativos (União, Estados e
Municípios).

Aqui é importante fazermos uma pausa para que você entenda, a Lei
Complementar 123 não é apenas sobre um Regime Tributário, mas
também sobre o tratamento diferenciado para empresas que se
encaixem em patamares (valor da receita bruta) pré estabelecidos
trazendo assim diferenciação relativos a licitações públicas, relações de
trabalho, estímulo ao crédito, capitalização, inovação e acesso à justiça,
MESMO QUE POR UM MOTIVO OU OUTRO A EMPRESA OPTE POR
OUTRO REGIME TRIBUTÁRIO, DIFERENTE DO SIMPLES NACIONAL.

Por que isso precisa ficar claro?

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Bem, pelo óbvio, porque existem empresas que mesmo com
faturamentos considerados baixos e enquadrados como Lucro
Presumido e Lucro Real possuem também tratamento diferenciado
perante licitações públicas, acesso diferenciado ao crédito entre outros.

Isso é importante por que muitos acreditam que a Lei Complementar


123 veio com finalidade de se criar um Regime Tributário, e isso é
verdade, mas apenas em parte, já que o Estatuto da ME
(Microempresa) e EPP (Empresa de Pequeno Porte) tem fundamental
impacto na economia e na gestão das pequenas empresas do país.

Existem alguns aspectos importantes a serem levados em consideração.


E são aspectos Jurídicos e aspectos de faturamento que devem ser
analisados.

Tratemos primeiro dos aspectos jurídicos, e para isso é preciso entender


que a natureza jurídica precisa ser de uma:

 Sociedade Empresária,
 Sociedade Simples,
 Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI) ou
 Empresário Individual.

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Neste ponto já descartamos alguns tipos de empresas que não podem
se beneficiar do Regime Diferenciado do Simples Nacional, mesmo que
possuam faturamento condizente do que diz respeito a Lei
Complementar 123, e são elas:

• S.A.’s, de capital aberto ou fechado,


• Cooperativas, com exceção de Cooperativas de consumo,
• Empresas com outras empresas no quadro societário e;
• Sócio ou dirigente que tenha participação em outra empresa, com fins
lucrativos e com renda mensal bruta que ultrapasse o limite aceito
pelo programa.

Além disso, claro, ainda existe o aspecto da Receita Bruta, que precisa
obrigatoriamente observar o limite máximo anual estabelecido pela lei.

Quanto a esse limite, temos que analisar as seguintes condicionantes:

 a partir de janeiro de 2018, a ME ter receita bruta inferior a R$


360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais)
 a partir de janeiro de 2018 a EPP ter faturamento igual ou inferior a
R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais).

Também precisamos levar em consideração que empresas que iniciam


suas atividades no decorrer do ano devem acompanhar o Limite
Proporcional e não os valores absolutos mencionados acima.

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Sei que pode parecer estranho, mas a RFB fez isso com o objetivo de
evitar que empresas grandes, sabidamente grandes, iniciem suas
atividades no decorrer do ano e consigam se beneficiar do Regime
Diferenciado, criando distorções na economia.

Ou seja os limites de receita bruta para definição de ME e EPP do início


de atividade serão sempre proporcionais ao número de meses que
corresponde entre o início da atividade e o final do ano-calendário,
consideradas as frações de meses como um mês inteiro.

Sendo assim, se para reconhecer uma empresa como ME precisamos


admitir uma receita bruta anual de no máximo R$ 360.000,00, sua
proporcionalização com base mensal será do número de meses que
restam para o fim do ano multiplicados por R$ 30.000,00 que
representa o valor anual de R$ 360.000,00 por 12 meses. Já as EPPs
levaremos em consideração o valor de R$ 400.000,00 multiplicado pelo
número de meses restantes.

Para ficar mais claro, vou lhe demonstrar com um exemplo para que
você nunca se esqueça do que se trata a Proporcionalização dos Limites
de Receita.

Imagine que a empresa “Sonho Bom Ltda” iniciou suas atividades em


15 de Outubro e ela faturou no primeiro mês R$ 420.000,00

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Primeira pergunta que lhe faço:

São apenas 15 dias de faturamento em Outubro, consideraremos como


um mês fracionado na Proporcionalização, ou seja, 2,5 meses, ou
consideraremos como 3 meses?

A resposta é que não existe mês fracionado para a proporcionalização


do Limite, sendo assim deve-se considerar 3 meses, mesmo que a
empresa tivesse iniciado sua atividade no dia 30 de outubro.

Além disso precisamos entender que o Limite Proporcionalizado da


empresa não será de R$ 4.800.000,00 mas sim de R$ 1.200.000,00 pois
a proporção deve respeitar a multiplicação de R$ 400.000,00
multiplicado pelo número de meses que resta para empresa, que neste
caso são 3.

Vamos para mais um exemplo:

A empresa Store Comércio de importados Ltda iniciou suas atividades


no dia 10 de Dezembro, a empresa sabia que Dezembro era o mês com
expectativa de maior faturamento e por isso empenhou todos os
esforços para abertura da empresa ainda em Dezembro. Como havia
projetado a empresa realmente obteve vendas espetaculares e fechou
Dezembro, seu primeiro mês de atividade, com faturamento de
480.000,00. A empresa sabe que o faturamento foi espetacular, mas
sabe que essa não será a realidade de todos os meses, visto que a
projeção para os outros meses é inferior a R$ 300.000,00.

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Essa empresa poderá calcular seu faturamento de Dezembro, seu
primeiro faturamento, na sistemática do Simples Nacional?

A resposta é um sonoro não!

E eu explico:

4.800.000 / 12 = 400.000
480.000 x 1 (mês/dezembro) = 480.000
480.000 / 1 = 480.000

480.000 > 400.000

Sendo assim essa empresa estaria fora do Simples Nacional já no seu


primeiro mês de atividade.

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Tributos abrangidos pelo


Simples Nacional

Quais tributos estão listados?

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Tributos abrangidos pelo Simples Nacional

No Simples Nacional existe o recolhimento mensal, de vários tributos


diferentes, inclusive de naturezas diferentes (municipais, estaduais e
federais) mediante um único documento de arrecadação, dos seguintes
tributos:

• Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ);

• Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);

• Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL);

• Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins);

• Contribuição para o PIS/Pasep;

• Contribuição Patronal Previdenciária (CPP);

• Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e


Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação (ICMS);

• Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).

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Apesar dos tributos listados acima, muitos se perguntam se as Empresas
do Simples Nacional estão desobrigadas do recolhimento de outros
tributos não elencados acima.

E a resposta é NÃO, existem sim outros tributos que podem incidir


sobre empresas do Simples Nacional, são eles:

 IOF

 Imposto sobre Importação

 Imposto sobre Exportação (Apesar de inócuo)

 ITR

 IPTU

 PIS/COFINS (Desembaraço Aduaneiro - Importação)

 IPI (Desembaraço Aduaneiro - Importação)

 ICMS (Desembaraço Aduaneiro - Importação)

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Limites
Receita Bruta
Simples Nacional

Hora de conhecer os Limites da Receita Bruta

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Receita Bruta

O cálculo dos tributos devidos pelo contribuinte optante Simples


Nacional será efetuado considerando a receita bruta mensal.

É preciso ficar claro como a legislação federal “enxerga” receita bruta.

Por isso melhor conceito é o que consta no Art. 3º da LC 123/2006 :

Receita Bruta é o resultado das atividades constantes dos objetivos


sociais da empresa, que abrange o produto da venda de bens e
serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços
prestados e o resultado nas operações em conta alheia, excluídas as
vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, nos
termos do artigo 3°, § 1° da Lei Complementar n° 123/2006.

As receitas decorrentes da venda ou da prestação de serviços devem ser


reconhecidas no momento do faturamento, da entrega do bem ou à
proporção em que os serviços são efetivamente prestados, o que
primeiro ocorrer. Esta regra aplica-se aos valores recebidos
adiantadamente, ainda que no regime de caixa, e às vendas para
entrega futura.

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Compõem também a receita bruta

a) o custo do financiamento nas vendas a prazo, contido no valor dos


bens ou serviços ou destacado no documento fiscal;

b) as gorjetas, sejam elas compulsórias ou não;

c) os royalties, aluguéis e demais receitas decorrentes de cessão de


direito de uso ou gozo; e

d) as verbas de patrocínio.

No cálculo dos tributos integrantes do Simples Nacional, não deverão


ser consideradas as demais receitas auferidas pela empresa, que não
são originárias de atividade comercial (venda de mercadorias ou
prestação de serviços).

Importante ressaltar que empresas que desejam auferir novas receitas,


devem, inicialmente, alterar o objeto social do contrato de constituição
para incluir as novas atividades econômicas, além do cadastro CNPJ da
RFB e demais órgãos envolvidos.

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Limites Receita Bruta Simples Nacional

Falamos um pouco sobre os limites da Receita Bruta, porém além do


que foi dito é preciso demonstrar que o Limite de Faturamento de R$
4.800.000,00 é para receitas auferidas nacionalmente, ou seja existe um
limite de Receita Bruta para vendas no mercado interno e o mesmo
valor de R$ 4.800.000,00 para o mercado externo.

Vamos para mais um exemplo:

Empresa “Eita Nóis”, aberta em 28/05/2017, optará pelo Simples


Nacional apenas em janeiro de 2018. Como iniciou suas atividades no
ano-calendário imediatamente anterior ao da opção, sujeita-se, para
fins de opção, ao limite proporcional de R$ 3.200.000,00

R$ 400.000,00 × 8 meses = R$ 3.200.000,00

Sendo assim, poderá optar pelo Simples Nacional desde que não tenha
ultrapassado este limite no ano em 2017 (R$ 3.200.000,00 de receita no
mercado interno e mais R$ 3.200.000,00 com exportação).

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Tipos de Impedimento no
Simples Nacional

Quais Impedimentos para o Simples Nacional

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Tipos de Impedimento no Simples Nacional

No início deste eBook mencionamos alguns impedimentos de caráter


jurídico que impediriam uma empresa de adentrar ao Regime
Simplificado, todavia existem outros impeditivos que devem ser
levados em consideração.

É notório a intenção do legislador de desburocratizar a possibilidade de


opção pelo regime, mas ainda assim há condições importantes que
devem ser seguidas que caso não atendidas impedirão a empresa de
fazer jus do Simples Nacional.

 Empresas que não possuam natureza jurídica de sociedade


empresária, sociedade simples, empresa individual de
responsabilidade limitada ou empresário individual
 Empresas que tenham auferido, no ano-calendário anterior ou no
ano-calendário em curso, receita bruta no mercado interno superior a
R$ 4.800.000,00
 Empresas que tenham auferido, no ano-calendário de início de
atividade, receita bruta superior ao limite proporcional de R$
400.000,00 multiplicados pelo número de meses em funcionamento
no período, inclusive as frações de meses;
 Empresas cujo capital participe outra pessoa jurídica;
Empresa que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País,
de pessoa jurídica com sede no exterior;

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 Empresas cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como
empresário ou seja sócia de outra empresa optante pelo Simples
Nacional desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de R$
4.800.000,00;
 Empresa cujo titular ou sócio participe com mais de 10% do capital
de outra empresa não enquadrada pela Lei Complementar nº 123, de
2006, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de R$
4.800.000,00;
 Empresa cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de
outra pessoa jurídica com fins lucrativos, desde que a receita bruta
global ultrapasse o limite de R$ 4.800.000,00;
 Empresa constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de
consumo;
 Empresa que participe do capital de outra pessoa jurídica;
 Empresa que exerça atividade de banco comercial, de investimentos
e de desenvolvimento, de caixa econômica, de sociedade de crédito,
financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, de corretora
ou de distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de
empresa de arrendamento mercantil, de seguros privados e de
capitalização ou de previdência complementar;
 Empresa resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de
desmembramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5
anos-calendário anteriores;
 Empresa constituída sob a forma de sociedade por ações;
 Empresa cujos titulares ou sócios guardem, cumulativamente, com o
contratante do serviço, relação de pessoalidade, subordinação e
habitualidade;

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 Empresa que explore atividade de prestação cumulativa e contínua
de serviços de assessoria creditícia, gestão de crédito, seleção e riscos,
administração de contas a pagar e a receber, gerenciamento de ativos
(asset management), compras de direitos creditórios resultantes de
vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring);
 Empresa que tenha sócio domiciliado no exterior;
 Empresa de cujo capital participe entidade da administração pública,
direta ou indireta, federal, estadual ou municipal;
 Empresa que possua débito com o Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS), ou com as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou
Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa;
 Empresa que preste serviço de transporte intermunicipal e
interestadual de passageiros, exceto quando na modalidade fluvial ou
quando possuir características de transporte urbano ou metropolitano
ou realizar-se sob fretamento contínuo em área metropolitana para o
transporte de estudantes ou trabalhadores;
 Empresa que seja geradora, transmissora, distribuidora ou
comercializadora de energia elétrica;
 Empresa que exerça atividade de importação ou fabricação de
automóveis e motocicletas;
 Empresa que exerça atividade de importação de combustíveis;
 Empresa que exerça atividade de produção ou venda no atacado de:
cigarros, cigarrilhas, charutos, filtros para cigarros, armas de fogo,
munições e pólvoras, explosivos e detonantes, cervejas sem álcool e
bebidas alcoólicas (exceto, a partir de 2018, as produzidas ou vendidas
no atacado por micro e pequenas cervejarias, micro e pequenas
vinícolas, produtores de licores e micro e pequenas destilarias);

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 Empresa que realize cessão ou locação de mão-de-obra;
 Empresa que se dedique ao loteamento e à incorporação de imóveis;
 Empresa que realize atividade de locação de imóveis próprios, exceto
quando se referir a prestação de serviços tributados pelo ISS;
 Empresa sem inscrição ou com irregularidade em cadastro fiscal
federal, municipal ou estadual, quando exigível.

Sempre que me refiro as situações proibitivas para a Opção do Simples


Nacional me perguntam se caso uma empresa exerça várias atividades
(CNAEs diferentes) e entre essas atividades exista uma com
pouquíssima representatividade frente a toda a Receita Bruta, se isso
seria um impeditivo para a Opção pelo Simples Nacional.

E a resposta é sempre sim, caso uma atividade seja ela predominante


ou secundária, seja ela geradora de muita ou pouca receita para
empresa, mesmo que não haja receita referente essa atividade, mas a
mesma esteja constante no Contrato Social e ou nas atividades
exercidas pela empresa no CNAE e no CNPJ a mesma estará impedida de
fazer a opção pelo Regime Unificado do Simples Nacional.

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Momento da Opção pelo


Simples Nacional

Prazos e Prerrogativas para Opção pelo Simples Nacional

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As empresas em início de atividade após efetuar a inscrição no CNPJ,
bem como obter as suas inscrições Estadual e Municipal, se desejarem
que a opção pelo Simples Nacional produza efeitos retroativos à
abertura do CNPJ, deverão observar ao mesmo tempo dois prazos para
solicitá-la: - até 30 dias contados do último deferimento de inscrição
(seja a estadual ou a municipal), e - até 180 dias contados da inscrição
no CNPJ.

Entenda, os prazos não são somados, ou seja, não existe um prazo de


210 dias contados da inscrição no CNPJ como muitos pensam. Após esse
prazo, que é contado em dias corridos e não em dias úteis, a opção
somente será possível no mês de janeiro do ano-calendário seguinte,
produzindo efeitos a partir desse mês e não mais desde a abertura do
CNPJ.

Já para empresa que não está em início de atividade, a opção pelo


Simples Nacional somente poderá ser realizada no mês de janeiro, até o
seu último dia útil, produzindo efeitos a partir do primeiro dia do ano-
calendário da opção.

Lembrando que a opção pelo Simples Nacional é irretratável para todo o


ano-calendário, podendo a optante solicitar sua exclusão, por opção,
com efeitos apenas para o próximo ano.

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Fiscalização do Simples Nacional

Possui competência para fiscalizar o cumprimento das obrigações


principais e acessórias do Simples Nacional todos os órgãos de
administração tributária (Resolução CGSN n° 140/2018, artigo 85):

a) do Município, desde que o contribuinte do ISS tenha estabelecimento


em seu território ou quando se tratar das exceções de competência
previstas no artigo 3° da Lei Complementar n° 116/2003;

b) dos Estados ou do Distrito Federal, desde que a pessoa jurídica tenha


estabelecimento em seu território;

c) da União, em qualquer hipótese.

Vale ressaltar que a ação fiscal, após iniciada, poderá abranger todos os
estabelecimentos da empresa, independentemente das atividades por
eles exercidas. Detalhe, a fiscalização não ficará limitada somente aos
tributos de sua competência. Por exemplo, a secretaria de fazenda do
estado, poderá analisar a aplicação ao ICMS como todos os outros
tributos abrangidos pelo Simples Nacional.

Nos casos de realização, por órgão da administração tributária dos


Estados, ou Município, de ação fiscal em contribuinte com
estabelecimento em outra localização, este deverá comunicar à
administração tributária do outro ente federado para que, havendo
interesse, se integre à ação fiscal.

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A competência para fiscalizar poderá ser exercida pelos entes
federados, de forma individual ou simultânea, inclusive de forma
integrada, mesmo para períodos já fiscalizados (Resolução CGSN n°
140/2018, artigo 85, § 6°).

Nos casos em que houver ação fiscal simultânea, a autoridade fiscal


deverá tomar conhecimento das ações fiscais em andamento, para que
não haja duplicidade de lançamentos referentes ao mesmo período e
fato gerador.

Será permitida a prestação de assistência mútua e a troca de


informações entre a RFB e as Fazendas Públicas dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, para fins de planejamento ou de execução de
procedimentos fiscais ou preparatórios (Resolução CGSN n° 140/2018,
artigo 85, § 10).

Sem prejuízo de ação fiscal individual, as administrações tributárias


poderão utilizar procedimento de notificação prévia visando à
autorregularização, que na prática significa que o ente fiscalizador
demonstra que tem conhecimento dos erros e falhas tributárias
cometidos pela empresa, mas permite que ela mesmo regularize e
recolha os tributos que eventualmente estejam em aberto.

Segundo o artigo 85, § 12 da Resolução CGSN n° 140/2018, as


notificações para regularização prévia poderão ser feitas por meio do
Portal do Simples Nacional, facultada a utilização do DTE-SN,
estipulando-se prazo de regularização de até 90 dias.

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Anexos Simples Nacional

Hora de conhecer os Anexos Simples Nacional

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Você deve estar se perguntando, ok, já sei que o Simples só é Simples
no nome, mas e como funciona os cálculos para o pagamento dos
tributos?

Primeiramente, antes mesmo de falarmos de alíquotas e os cálculos


propriamente dito, é preciso entender que no Simples Nacional existem
alíquotas diferenciadas que estão elencadas em Anexos que separam os
diferentes tipos ou segmentos de empresas.

Considere que à medida que a empresa aumenta seu faturamento


muda também de faixa de alíquota do Simples Nacional.

As alíquotas são definidas através de cálculos realizados previamente


pelos técnicos da RFB em conjunto com os parlamentares que
aprovaram o texto da Lei Complementar. Lembrando que sempre com
base no faturamento do último ano da empresa em questão.

Ao todo, as atividades permitidas são divididas em cinco anexos e cada


uma desses anexos possui 6 faixas diferentes de faturamento.

Importante ressaltar que as alíquotas variam de um anexo para o outro,


sendo possível que a mesma empresa possua tributação para receitas
brutas distintas no mesmo mês em diferentes tipos de Anexos.

Anexo 1 é destinado para Receitas advindas do Comércio;


Anexo 2 é para a Indústria; e
Anexo 3, 4 e 5 é destinado para os diferentes tipos de Serviços.

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Anexo I

Comércio

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Anexo I

Receita Bruta Total Alíquota Valor a descontar


em 12 meses

Até R$ 180.000,00 4% 0

De 180.000,01 a 7,3% R$ 5.940,00


360.000,00

De 360.000,01 a 9,5% R$ 13.860,00


720.000,00

De 720.000,01 a 10,7% R$ 22.500,00


1.800.000,00

De 1.800.000,01 a 14,3% R$ 87.300,00


3.600.000,00

De 3.600.000,01 a 19% R$ 378.000,00


4.800.000,00

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Percentual de Repartição dos Tributos

Faixas IRPJ CSLL COFINS PIS CPP ICMS


1ª Faixa 5.50% 3,50 12,74% 2,76% 41,50% 34%
%
2ª Faixa 5.50% 3,50 12,74% 2,76% 41,50% 34%
%
3ª Faixa 5.50% 3,50 12,74% 2,76% 41,50% 33,5%
%
4ª Faixa 5.50% 3,50 12,74% 2,76% 41,50% 33,5%
%
5ª Faixa 5.50% 3,50 12,74% 2,76% 41,50% 33,5%
%
6ª Faixa 13,50 10% 28,28% 6,13% 42,10% –
%

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Anexo II

Indústrias

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Anexo II

Receita Bruta Total Alíquota Valor a descontar


em 12 meses

Até R$ 180.000,00 4,5% 0

De 180.000,01 a 7,8% R$ 5.940,00


360.000,00

De 360.000,01 a 10% R$ 13.860,00


720.000,00

De 720.000,01 a 11,2% R$ 22.500,00


1.800.000,00

De 1.800.000,01 a 14,7% R$ 85.500,00


3.600.000,00

De 3.600.000,01 a 30% R$ 720.000,00


4.800.000,00

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Percentual de Repartição dos Tributos

Faixas IRPJ CSLL COFINS PIS CPP ICMS IPI

1ª Faixa 5.50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50 32% 7,50%


%

2ª Faixa 5.50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50 32% 7,50%


%

3ª Faixa 5.50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50 32% 7,50%


%

4ª Faixa 5.50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50 32% 7,50%


%

5ª Faixa 5.50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50 32% 7,50%


%

6ª Faixa 8,50% 7,5% 20,96% 4,54% 23,50 – 35%


%

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Anexo III

Prestadores de Serviços

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Anexo III

Receita Bruta Total Alíquota Valor a descontar


em 12 meses

Até R$ 180.000,00 6% 0

De 180.000,01 a 11,2% R$ 9.360,00


360.000,00

De 360.000,01 a 13,5% R$ 17.640,00


720.000,00

De 720.000,01 a 16% R$ 35.640,00


1.800.000,00

De 1.800.000,01 a 21% R$ 125.640,00


3.600.000,00

De 3.600.000,01 a 33% R$ 648.000,00


4.800.000,00

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Percentual de Repartição dos Tributos

Faixas IRPJ CSLL COFINS PIS CPP ISS

1ª Faixa 4% 3,50% 12,82% 2,78% 43,4% 33,5%

2ª Faixa 4% 3,50% 14,05% 3,05% 43,4% 32%

3ª Faixa 4% 3,50% 13,64% 2,96% 43,4% 32,5%

4ª Faixa 4% 3,50% 13,64% 2,96% 43,4% 32,5%

5ª Faixa 4% 3,50% 12,82% 2,78% 43,4% 33,5%*

6ª Faixa 35% 15% 16,03% 3,47% 30,5% –

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Anexo IV

Prestadores de Serviços

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Anexo IV

Receita Bruta Total Alíquota Valor a descontar


em 12 meses

Até R$ 180.000,00 4,5% 0

De 180.000,01 a 9% R$ 8.100,00
360.000,00

De 360.000,01 a 10,2% R$ 12.420,00


720.000,00

De 720.000,01 a 14% R$ 39.780,00


1.800.000,00

De 1.800.000,01 a 22% R$ 183.780,00


3.600.000,00

De 3.600.000,01 a 33% R$ 828.000,00


4.800.000,00

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Percentual de Repartição dos Tributos

Faixas IRPJ CSLL COFINS PIS ISS

1ª Faixa 18,8% 15,2% 17,67% 3,83% 44,5%

2ª Faixa 19,8% 15,2% 20,55% 4,45% 40%

3ª Faixa 20,8% 15,2% 19,73% 4,27% 40%

4ª Faixa 17,8% 19,2% 18,9% 4,10% 40%

5ª Faixa 18,8% 19,2% 18,08% 3,92% 40%*

6ª Faixa 53,5% 21,5% 20,55% 4,45% –

* O percentual efetivo máximo devido ao ISS será de 5%, transferindo-


se a diferença, de forma proporcional, aos tributos federais da mesma
faixa de receita bruta anual. Sendo assim, na 5ª faixa, quando a
alíquota efetiva for superior a 12,5%, a repartição será:

5ª Faixa (Alíquota (Alíquota (Alíquota (Alíquota Percentual


(Com efetiva – efetiva – efetiva – efetiva – fixo de 5%
alíquota 5%) x 5%) x 5%) x 5%) x
efetiva 31,33% 32% 30,13% 6,54%
superior a
12,5%)

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Anexo V

Prestadores de Serviço

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Percentual de Repartição dos Tributos

Receita Bruta Total Alíquota Valor a descontar


em 12 meses

Até R$ 180.000,00 15,50% 0

De 180.000,01 a 18% R$ 4.500,00


360.000,00

De 360.000,01 a 19,5% R$ 9.900,00


720.000,00

De 720.000,01 a 20,5% R$ 17.100,00


1.800.000,00

De 1.800.000,01 a 23% R$ 62.100,00


3.600.000,00

De 3.600.000,01 a 30,5% R$ 540.000,00


4.800.000,00

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Percentual de Repartição dos Tributos

Faixas IRPJ CSLL COFINS PIS CPP ISS

1ª Faixa 25% 15% 14,10% 3,05% 28,85% 14%

2ª Faixa 23% 15% 14,10% 3,05% 27,85% 17%

3ª Faixa 24% 15% 14,92% 3,23% 23,85% 19%

4ª Faixa 21% 15% 15,74% 3,41% 23,85% 21%

5ª Faixa 23% 12,5% 14,10% 3,05% 23,85% 23,5%

6ª Faixa 35% 15,5% 16,44% 3,56% 29,5% –

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Exemplos

Hora da Prática

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A empresa M&T Comércio de Metais Ltda possui Receita Bruta dos
últimos 12 meses no valor de R$ 1.820.530,00 e seu faturamento deste
mês foi de R$ 200.000,00. Sendo assim, levando em consideração que
se trata de uma empresa comercial, obrigada ao Anexo I, qual o valor a
recolher no Simples Nacional pela empresa?
Para iniciarmos a apuração precisamos primeiramente entender em
qual faixa do Anexo I a empresa está obrigada.

De 1.800.000,01 a 23% R$ 62.100,00


3.600.000,00

Agora que já sabemos qual a faixa a empresa está obrigada, precisamos


descobrir a Alíquota Efetiva da empresa, visto que a Alíquota de 23% é
apenas nominal. Para isso utilizaremos a seguinte equação.

(RBT12 x Alíquota nominal) – parcela a deduzir


RBT12

(1.820.000 x 23%) - 62.100


1.820.000

418.600 - 62.100
1.820.000

__356.500_ = 0,1959
1.820.000

0,1959 x 100 = 19,59%

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Vejamos agora outro exemplo de uma empresa do Anexo II com Receita
Bruta acumulada nos últimos 12 meses de R$ 685.000,00 e com
faturamento no mês em questão de R$ 65.000,00.

Vamos ao Cálculo:

De 360.000,01 a 10% R$ 13.860,00


720.000,00

(RBT12 x Alíquota nominal) – parcela a deduzir


RBT12

(685.000 x 10%) - 13.860


685.000

68.500 - 13.860
685.000

__54.640__ = 0,0797
685.000

0,0797 x 100 = 7,97%

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65.000 x 7,97% = R$ 5.180,50

Simples Nacional a Pagar R$ 5.180,50

Quero agora lhe demonstrar como seria uma empresa Prestadora de


Serviços elencada exclusivamente no Anexo III com Receita Bruta nos
últimos 12 meses no valor de R$ 4.250.000,00 e obteve faturamento no
mês em questão de R$ 375.000,00.

Vamos ao Cálculo:

De 3.600.000,01 a 33% R$ 648.000,00


4.800.000,00

(RBT12 x Alíquota nominal) – parcela a deduzir


RBT12

(4.250.000 x 33%) - 648.000


4.250.000

1.402.500 - 648.000
4.250.000

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__754.500_ = 0,1775
4.250.000

0,1775 x 100 = 17,75%

375.000 x 17,75% = R$ 66.562,50

Simples Nacional a Pagar R$ 66.562,50

Importante:

No caso deste exemplo a empresa seria obrigado ainda ao recolhimento


do ISS separadamente, respeitando a alíquota de ISS vigente do
município, já que a empresa está na última faixa do Simples Nacional e
a mesma não contempla o ISS.

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Tipos de Empresas
Prestadora de Serviços
Anexo III

Conhecendo os Serviços do Anexo III

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Mas você muito provavelmente está se perguntando, quais são os tipos
de empresas que são enquadradas como prestação de serviços
tributados pelo Anexo III da LC 123?

Por isso abaixo elenco cada um deles:

 Creche, pré-escola e estabelecimento de ensino fundamental,


escolas técnicas, profissionais e de ensino médio, de línguas
estrangeiras, de artes, cursos técnicos de pilotagem, preparatórios
para concursos, gerenciais e escolas livres, exceto as previstas nas
alíneas “b” e “c” do inciso V do art. 25, § 1º, da Resolução CGSN nº
140, de 2018;
 Agência terceirizada de correios;
 Agência de viagem e turismo;
 Transporte municipal de passageiros e de cargas em qualquer
modalidade
 Coleta de resíduos não perigosos – Soluções de Consulta Cosit nº 18,
de 16 de janeiro de 2014, e nº 215, de 21 de julho de 2014;
 Centro de formação de condutores de veículos automotores de
transporte terrestre de passageiros e de carga;
 Agência lotérica;
 Serviços de instalação, de reparos e de manutenção em geral, bem
como de usinagem, solda, tratamento e revestimento em metais;
 Produções cinematográficas, audiovisuais, artísticas e culturais, sua
exibição ou apresentação, inclusive no caso de música, literatura, artes
cênicas, artes visuais, cinematográficas e audiovisuais;

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 Corretagem de seguros;
 Corretagem de imóveis de terceiros, assim entendida a
intermediação na compra, venda, permuta e locação de imóveis;
serviços vinculados à locação de bens imóveis, assim entendidos o
assessoramento locatício e a avaliação de imóveis para fins de
locação;
 Locação, cessão de uso e congêneres, de bens imóveis próprios com
a finalidade de exploração de salões de festas, centro de convenções,
escritórios virtuais, stands, quadras esportivas, estádios, ginásios,
auditórios, casas de espetáculos, parques de diversões, canchas e
congêneres, para a realização de eventos ou negócios de qualquer
natureza;
 Escritórios de serviços contábeis não autorizados pela legislação
municipal a pagar o ISS em valor fixo em guia do Município
 Comercialização de medicamentos e produtos magistrais, produzidos
por manipulação de fórmulas, sob encomenda, no próprio
estabelecimento
 OUTROS serviços não intelectuais sem previsão específica de
tributação pelos outros Anexos (ou seja, não relacionados no art. 25, §
1º, incisos IV e V, da Resolução CGSN nº 140, de 2018).

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Tipos de Empresas
Prestadora de Serviços
Anexo IV

Conhecendo os Serviços do Anexo IV

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No Anexo IV temos as empresas prestadoras de serviço com as
seguintes atividades:

 Construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob


a forma de subempreitada;
 Execução de projetos e serviços de paisagismo;
 Decoração de interiores;
 Serviço de vigilância, limpeza ou conservação o inclusive dedetização,
desinsetização, desratização, imunização e outros serviços de
controles de pragas urbanas
 Serviços advocatícios.

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Tipos de Empresas
Prestadora de Serviços
Anexo V

Conhecendo os Serviços do Anexo V

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Já no Anexo V as empresas estão sujeitas ao fator “r” (que prometo
lhe explicar adiante) sendo as seguintes atividades:

 Administração e locação de imóveis de terceiros, assim entendidas a


gestão e administração de imóveis de terceiros para qualquer
finalidade, incluída a cobrança de alugueis de imóveis de terceiros;
 Academias de dança, de capoeira, de ioga e de artes marciais;
 Academias de atividades físicas, desportivas, de natação e escolas de
esportes; elaboração de programas de computadores, inclusive jogos
eletrônicos, desde que desenvolvidos em estabelecimento da optante;
 Licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de
computação;
 Planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas
eletrônicas, desde que realizados em estabelecimento da optante;
 Empresas montadoras de estandes para feiras;
 Laboratórios de análises clínicas ou de patologia clínica; serviços de
tomografia, diagnósticos médicos por imagem, registros gráficos e
métodos óticos, bem como ressonância magnética;
 Serviços de prótese em geral;
 Fisioterapia;
 Medicina, inclusive laboratorial, e enfermagem;
 Medicina veterinária;
 Odontologia e prótese dentária;

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 Psicologia, psicanálise, terapia ocupacional, acupuntura, podologia,
fonoaudiologia, clínicas de nutrição e de vacinação e bancos de leite;
 Serviços de comissaria, de despachantes, de tradução e de
interpretação;
 Arquitetura e urbanismo; engenharia, medição, cartografia,
topografia, geologia, geodésia, testes, suporte e análises técnicas e
tecnológicas, pesquisa, design, desenho e agronomia; o inclusive
desenho técnico;
 Representação comercial e demais atividades de intermediação de
negócios e serviços de terceiros;
 Perícia e avaliação;
 Auditoria, economia, consultoria, gestão, organização, controle e
administração;
 Jornalismo e publicidade;
 Agenciamento;
 OUTROS serviços intelectuais sem previsão específica de tributação
pelos outros Anexos (ou seja, não relacionados no art. 25, § 1º, III e IV,
§ 2º, I, e § 11, da Resolução CGSN nº 140, de 2018).

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Fator “R”
Simples Nacional

Como Calcular o Fator “R”

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O fator R do Simples Nacional é destinado a empresas do Simples
Nacional que estejam incluídas no rol de empresas do Anexo V. Todavia
caso tais empresas atinjam alguns pressupostos relacionados a Folha de
Pagamento, terão suas receitas tributadas não pelo Anexo V (mais
oneroso) e sim pelo Anexo III (menos dispendioso).

Para que tal mudança de anexo aconteça soma-se todos os encargos da


Folha de Pagamento dos últimos 12 meses e divide-se pela Receita
Bruta dos últimos 12 meses.

 Pró-Labore
 Salários
 FGTS
 CPP (Dentro do Cálculo do Simples Nacional)

Fator R = folha de salários em 12 meses / receita bruta em 12 meses

Imagine um Laboratório de Análise que sua retirada Pró Labore no valor


de R$ 23.928,00 e folha de pagamento dos últimos 12 meses seja de R$
520.000,00, recolhimento de FGTS no valor de R$ 41.600,00. Além disso
o CPP pago dentro do Simples Nacional nos últimos 12 meses foi de R$
242.875,90 sua Receita Bruta nos últimos 12 meses foi de R$
2.920.000,00
Fator R = ___828.403,90__
2.920.000,00

Fator R = 28,37%

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Todo mês esse cálculo é refeito, atualizando os valores, e sempre que o
resultado do Fator R for igual ou superior a 28% a empresa deixará de
ter sua Receita Bruta calculada pelo Anexo V (mais caro) e terá sua
tributação com base no Anexo III (mais barato).

Sempre que explico isso, todos me olham atônitos e perguntam:

E se no mês que vem o índice for menor que 28% será no Anexo V?

E eu respondo que sim, será no Anexo V.

E me perguntam novamente, e no outro se voltar a ser maior que 28%


volta a ser no Anexo III?

E eu digo, sim, isso mesmo, você entendeu perfeitamente a lógica do


Fator R.

Porém vem a pergunta que eu chamo de matadora:

Mas eu vou ter uma empresa ora tributada no Anexo V ora tributada no
Anexo III, isso não deveria valer para todo o ano calendário?

E aí que vem a resposta difícil.

Os legisladores identificaram os tipos de empresas que possuem alto


índice de lucratividade e as empresas de caráter personalíssimo
(empresas com pouco ou nenhum funcionário) e a sua intenção é
incentivar a contratação de funcionários com carteira assinada fazendo
a roda da economia girar.

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Tipos de Receitas

Receitas não Reconhecidas no Simples Nacional

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Um questionamento comum é que se todos os tipos de receita da
empresa são tributados pelo Simples Nacional. E na verdade aqui, a
resposta deveria ser “QUASE TODOS”. Essa palavra quase todos não é
bem quista no meio acadêmico, mas aqui eu a utilizo para que você se
lembre da Regra Geral, onde QUASE TODAS as receitas de uma empresa
são Tributados pelo Simples Nacional, porém, existem suas exceções.

A venda de bens do ativo imobilizado é um exemplo claro disso, pois


esse tipo de receita não integra a base de cálculo do Simples Nacional.

E existe uma explicação, mas antes vamos definir o que é um Ativo


Imobilizado. Consideram-se bens do ativo imobilizado os ativos
tangíveis que são disponibilizados para uso na produção ou
fornecimento de bens ou serviços, ou para locação por outros, para
investimento, ou para fins administrativos e cuja desincorporação
ocorrer somente a partir do décimo terceiro mês contado de sua
respectiva entrada.

Dito isso, podemos concluir que na venda de um Ativo Imobilizado a


empresa não está auferindo receita de sua atividade, mas sim da
desincorporação de bens que na maioria das vezes são realizadas pela
troca por um bem novo fomentando ainda mais a economia, por isso
não faz sentido onerar a renovação dos ativos das pequenas empresas.

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Existem outros tipos de situações que precisam ser analisadas e são
importantíssimas no que tange a apuração do Simples Nacional.

Uma delas são as vendas de produtos da Substituição Tributária.

Caso uma empresa comercial ou industrial possua produtos da


Substituição Tributária em seu estoque ao realizar venda dos mesmos,
deverá segregar (dividir, separar) as receitas de produtos tributados das
vendas de produtos Substituição Tributária.

E o motivo para isso é evidente, mas vou levá-lo a entender isso melhor
explicando o que é a Substituição Tributária.

A substituição tributária é um regime no qual a responsabilidade pelo


recolhimento do ICMS é atribuída ao vendedor inicial da mercadoria
naquela unidade da federação, ficando para si a responsabilidade de
recolher ICMS próprio e de todos na cadeia produtiva.

Na prática, apenas primeira empresa é responsável por recolher o ICMS


devido de toda a cadeia, atuando como substituto tributário sobre os
demais envolvidos nas operações.

Um exemplo seria de um fabricante de bebidas que faz o recolhimento


integral do tributo desobrigando a rede atacadista que dele compra e
também os pequenos mercados que serão responsáveis pela venda
final ao consumidor. Os dois últimos atuantes desta cadeia não
necessitarão se preocupar com o recolhimento do ICMS em suas
vendas.

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A frase “não necessitarão se preocupar com o recolhimento do ICMS
em suas vendas” precisa ser melhor explicada.

Não precisam se preocupar em recolher, mas precisam sim,


obrigatoriamente, segregar as receitas advindas de produtos da
Substituição Tributária, para que o empresário não caia em bitributação,
recolhendo o que não lhe devido recolher.

Imagine uma empresa que obteve R$ 200.000,00 de faturamento em


determinado mês. Porém do valor total R$ 80.000,00 é composto de
produtos da Substituição Tributária e também Monofásicos de
PIS/COFINS. Veja abaixo:

Ao separar a Receita Tributada das Receitas Monofásicas de PIS/COFINS


e Substituição Tributária de ICMS a empresa deixou de recolher estes
tributos em relação ao valor de R$ 80.000,00.

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Como Optar pelo


Simples Nacional

Procedimentos Práticos para Opção pelo Simples Nacional

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Para as empresas já em atividade, a solicitação de opção poderá ser
feita sempre em janeiro, até o último dia útil. Mesmo que demore a
ocorrer a aceitação por parte da RFB, se deferida (aceita), retroagirá a
ao primeiro dia de Janeiro.

Porém para empresas em início de atividade, o prazo para a solicitação


de opção é de 30 dias contados do último deferimento de inscrição
(municipal, ou estadual caso exigível), desde que não tenham
decorridos 180 dias da data de abertura constante do CNPJ. Quando
deferida, a opção produz efeitos a partir da data da abertura do CNPJ.
Após esse prazo, a opção somente será possível no mês de janeiro do
ano-calendário seguinte, produzindo efeitos a partir de então.

A solicitação é feita somente na internet, por meio do Portal do Simples


Nacional (em Simples - Serviços > Opção > Solicitação de Opção pelo
Simples Nacional), sendo irretratável para todo o ano-calendário.

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Ao acessar o item “Opção pelo Regime de Apuração de Receitas” é
possível efetuar a opção ou consultar opção
já efetuada.

A empresa deverá declarar que não incorreu em qualquer situação


impeditiva à opção pelo Simples Nacional prevista na legislação.

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A verificação automática de pendências é feita logo após a solicitação
de opção:

 não havendo pendências com nenhum ente federado, a opção será


deferida;
 havendo pendências, a opção ficará “em análise”.

A verificação é feita por União (RFB), Estados, DF e Municípios, em


conjunto. Portanto, a empresa não pode possuir pendências cadastrais
e/ou fiscais, inclusive débitos, com nenhum ente federado.

Durante o período da opção, é permitido o cancelamento da solicitação


da Opção pelo Simples Nacional, salvo se o pedido já houver sido
deferido. O cancelamento não é permitido para empresas em início de
atividade.

Caso a empresa esteja com algum débito que impossibilite a Opção,


enquanto não vencido o prazo para solicitar do Simples Nacional,
poderá a empresa pedir o parcelamento através do Portal do Simples
Nacional ou no Portal e-CAC da RFB, no serviço “Parcelamento –
Simples Nacional”.

O acesso ao Portal do Simples Nacional é feito com certificado digital ou


código de acesso gerado no portal do Simples.

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O acesso ao Portal e-CAC é realizado com certificado digital ou código
de acesso gerado no e-CAC.

O contribuinte pode acompanhar o andamento, os processamentos


parciais e o resultado final da solicitação no serviço “Acompanhamento
da Formalização da Opção pelo Simples Nacional”.

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