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OBJETIVOS
Conheceremos vários pontos que permeiam a auditoria operacional. Faremos, inicialmente, uma
apresentação das bases conceituais da Estratégia e as diversas formas de planejamento
(estratégico, tático e operacional), relacionando-as com o controle de gestão, dentro do ciclo
PDCA.
Veremos a diferença entre o valor agregado e o valor percebido pelo cliente. Nesse contexto
geral, conheceremos o conceito de governança, que direciona as ações de gestão e é controlada
por princípios norteadores do desempenho (eficiência, eficácia, efetividade e economicidade).
Para maior efetividade do controle de gestão, a auditoria se posiciona como um dos seus
instrumentos mais relevantes, com diversas modalidades, que serão apresentadas de forma
resumida. Dentre elas, a auditoria contábil e a auditoria operacional destacam-se como as mais
utilizadas nas organizações. Você conhecerá essas modalidades com suas respectivas diferenças.
MÓDULO 1
Descrever a relação entre Estratégia e seu desdobramento em planos organizacionais com
as atividades de auditoria para controle de gestão
Esse conceito é usado nas organizações públicas e privadas para maior eficiência na aplicação
de recursos e para atender aos objetivos organizacionais.
DEFINIÇÃO DE ESTRATÉGIA
A Estratégia dessa organização, para atender sua missão e visão, poderia comportar as seguintes
diretrizes:
OPERACIONALIZAÇÃO DA ESTRATÉGIA
É efetivada por meio de gerenciamento de projetos e processos de trabalho que entregam
produtos e serviços aos seus clientes, conforme observamos na figura a seguir.
É um conjunto de atividades desenvolvidas por todos os membros de uma organização para que
sejam alcançados seus objetivos, com maior eficiência na aplicação de recursos.
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
PLANEJAMENTO TÁTICO
O planejamento tático, por sua vez, define normas, procedimentos e regras de negócios, que
conjugadas com a alocação de recursos técnicos, materiais e financeiros, dentre outros, oferece
condições para que seja operacionalizado o que foi definido no plano estratégico. Sua principal
entrega é o plano tático.
PLANEJAMENTO OPERACIONAL
Tem como objetivo a entrega de produtos e serviços que atendam às necessidades e expectativas
dos clientes. Com base nesse planejamento, a organização apresenta resultados com valor
agregado, que podem ter valor percebido diferente.
Em diversas situações, ponderamos que um produto é muito caro, isto é, não vale a pena
pagar aquela quantia. Ou nos deparamos com um produto com preço muito abaixo do que
esperávamos. Nas duas situações, em tese, o valor agregado pela organização não encontra
respaldo no primeiro momento da verdade, em que o cliente vislumbra o produto
almejado.
VALOR PERCEBIDO - O valor percebido, por sua vez, refere-se à percepção de valor do
cliente. Nesta condição, o cliente tem a percepção de que o gasto que ele terá na aquisição
daquele produto compensa o que se paga. Assim, temos a aplicação do conceito de valor
percebido, que é feito pelo cliente.
Obviamente, essa percepção de valor varia de pessoa para pessoa e depende também dos
esforços da organização em atender seu segmento de clientes. Na busca pela maior
lucratividade, a organização precisa ter foco no cliente, para identificar suas demandas,
em detrimento do foco no produto, que nem sempre contribui para que o planejamento do
valor agregado resulte em valor percebido pelo cliente.
GOVERNANÇA E GESTÃO
É uma forma de direcionar a gestão na seleção de boas práticas que contribuam para a entrega
de valor, respeitando-se os interesses das partes interessadas.
Na concepção, entidade sem fins lucrativos, “governança corporativa é o sistema pelo qual as
empresas e demais organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os
relacionamentos entre sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e
controle, e demais partes interessadas”.
De forma similar, a Administração Pública, por meio do Tribunal de Contas da União, que é o
órgão que exerce controle externo dos órgãos e empresas públicas, incorporou o conceito de
governança na administração pública como um conjunto de “mecanismos de liderança,
estratégia e controle postos em prática para avaliar, direcionar e monitorar a atuação da gestão,
com vistas à condução de políticas públicas e à prestação de serviços de interesse da sociedade”.
A governança deve ser o fio condutor da gestão, por meio de ações de direcionamento,
monitoramento e avaliação que contribuem, mediante normativas, processos e estruturas
organizacionais para a entrega de resultados para os seus clientes.
OBS: “A governança define os rumos que devem ser seguidos na gestão, que, por sua vez,
planeja, executa, monitora e executa ações corretivas para a entrega de resultados e o
atendimento das diretrizes definidas pela governança.”
GESTÃO E CONTROLE
É realizada com base nos planejamentos estratégico, tático e operacional, que seguem as
diretrizes definidas pela governança. Nesse contexto, devemos recordar que o ciclo PDCA se
aplica às três formas de planejamento, conforme figura abaixo:
EFICIÊNCIA
A eficiência pode ser mensurada pela relação existente entre as entregas de produtos e serviços,
atendidos determinados requisitos de qualidade, e os recursos consumidos em sua produção, em
determinado espaço temporal.
EFICÁCIA
ECONOMICIDADE
EFETIVIDADE
O ciclo PDCA apresenta uma etapa de monitoramento de atividades que pode ser feito nas três
Essa segregação é uma prática salutar de gestão para que determinada função não seja
impregnada pelo viés cognitivo de outra função. Assim, quem executa não participa do controle
e vice-versa.
A auditoria se insere no ciclo PDCA para contribuir, de forma direta ou indireta, com o alcance
de objetivos organizacionais, atendendo aos princípios de eficiência, eficácia, economicidade e
efetividade. Para que sua colaboração traga melhores contribuições, não deve participar de atos
de gestão.
O objetivo de aumentar o grau de confiança dos usuários nas demonstrações contábeis, nos
relatórios financeiros e patrimoniais, atuando também na avaliação de conformidade e
desempenho da organização. Para o desenvolvimento de suas atividades, atua no que é chamado
de objeto da auditoria, que consiste na coletânea de documentos, registros financeiros,
contábeis e patrimoniais que dão legitimidade aos atos da administração, de acordo com Franco
TRABALHO DE ASSEGURAÇÃO
AUDITORIA PARCIAL - É uma modalidade de auditoria em que não são analisadas todas as
demonstrações contábeis, para fins específicos, como, por exemplo, analisar os custos de
produção.
MÓDULO 2
AUDITORIA CONTÁBIL
É uma das modalidades de auditoria apresentadas, conforme a figura 7, que tem o objetivo de
analisar os registros contábeis decorrentes de atos e fatos administrativos para reduzir a
probabilidade de ocorrência de fraudes e erros nos sistemas contábeis e financeiros. Sua atuação
colabora para a identificação de falhas nos controles internos.
O trabalho desenvolvido pelos auditores deve seguir as normas definidas pelo Conselho Federal
de Contabilidade e, no que couber, a legislação específica.
Esta modalidade é conduzida, comumente, por uma equipe de auditoria formada por membros
da organização e denominada, nesta circunstância, de auditoria interna.
Os profissionais (auditores) que realizam esta modalidade de auditoria devem ter formação de
nível superior em Ciências Contábeis e com registro regular no Conselho Regional de
Contabilidade (CRC), existente em cada estado.
De posse do resultado, o auditado pode tomar providências para sanar problemas, quando for o
caso, ou certificar-se de sua real situação financeira, com respectivo desdobramento em
registros contábeis legítimos.
AVALIAÇÃO DO PATRIMÔNIO
Esta avaliação deve levar em consideração os seguintes fatores, que impactam nos controles
internos:
Estrutura organizacional;
Funções administrativas;
Segregação de funções;
APRESENTAÇÃO DE RECOMENDAÇÕES
As conclusões, baseadas na análise realizada, são expressas de forma objetiva, indicando que a
avaliação é sem ressalva, com ressalva ou abstendo-se de opinião.
LIMITAÇÕES
Apesar de a auditoria contábil contribuir para o controle de gestão, de forma inequívoca, não
pode ser avaliada como um instrumento imune a falhas.
Em determinadas situações, a análise das variações patrimoniais pode indicar diferenças entre o
que foi definido e o que foi constatado, porém, não é possível verificar as causas que
ocasionaram essas diferenças.
Constata-se um problema, sob a ótica contábil, todavia, sem que se vislumbre suas causas.
Nesse tipo de situação, a auditoria operacional é que poderá trazer contribuições para a
organização, por avaliar o grau de atendimento aos princípios de desempenho (4Es).
AUDITORIA OPERACIONAL
A auditoria operacional tem o objetivo de efetuar análise das informações relativas às diretrizes
estratégicas, aos projetos e processos organizacionais, sob a ótica da eficiência, eficácia,
efetividade e economicidade (4Es), a partir do confronto de seus resultados com os objetivos
definidos nos planos estratégico, tático e operacional da organização.
ATENÇÃO: Deve-se ressaltar que as modalidades auditoria contábil e auditoria operacional não
são concorrentes, mas complementares ao atuarem sobre o mesmo objeto de análise.
A auditoria operacional tem seu espectro limitado pelo grau de maturidade da organização em
relação à adoção de boas práticas de governança e gestão. Ela atua de acordo com planejamento
organizacional definido, que pode abarcar ou não indicadores e metas de desempenho no
gerenciamento de projetos e processos.
MÓDULO 3
AUDITORIA OPERACIONAL
Podemos concluir, por exemplo, que uma indústria apresenta maior eficiência na produção de
artefatos de alumínio por dispor de um fornecedor de matéria-prima de baixo custo , contudo,
sua produção não é eficaz por não atender às demandas requeridas por seus clientes, em função
de tecnologia ultrapassada adotada na linha de produção. Nessa situação, a organização,
provavelmente, perderá mercado se não atualizar seus equipamentos. Se o foco da auditoria
operacional fosse somente a eficiência, o relatório de auditoria provavelmente apresentaria uma
realidade distorcida.
As atividades da auditoria operacional podem ser conduzidas pela equipe de auditoria interna ou
por uma auditoria externa, entretanto, alcança maior efetividade quando desenvolvida pela
auditoria interna, que atua de forma continuada.
São elas:
Se posiciona como uma forma de controle de gestão, que é operacionalizada pela análise e
avaliação dos esforços da organização em algumas questões.
AUDITORIA DE CONFORMIDADE
CARACTERÍSTICAS
Podem ser utilizadas para certificação, elaboração de relatórios ou ambas as opções. O relatório
pode ser elaborado a partir de uma conclusão simples formulada em uma frase ou trabalhada a
partir de particularidades inerentes à atividade de auditoria.
Essa modalidade de auditoria pode ser realizada de forma combinada com outras modalidades,
como a auditoria de demonstrações contábeis, com base na aderência das demonstrações à
legislação vigente, por exemplo. Outra forma de auditoria combinada seria a realização com a
auditoria operacional, situação em que a conformidade se alinha aos 4Es. Nesse contexto, deve-
se analisar se o foco da auditoria é a conformidade ou o desempenho.
ELEMENTOS
NORMAS E CRITÉRIOS
As normas são as variáveis mais relevantes nessa modalidade de auditoria por apresentarem
critérios para execução da auditoria (definição do escopo). Compreendem o conjunto composto
pela legislação vigente, regulamentações de atuação, códigos e normas internas da organização
dentre outras. Os critérios, por sua vez, devem ser relevantes, compreensíveis e objetivos para
que possam subsidiar a construção do escopo da auditoria.
OBJETO
PRINCÍPIOS
Em uma avaliação mais acurada, conclui-se que a auditoria de conformidade pode ser integrada
à auditoria operacional, sem prejuízo da atuação de cada uma delas, salvo nos casos em que o
alinhamento às normas é imperativo e requisito primordial para a atuação de uma organização,
quando se deve aplicar a auditoria de conformidade.
MÓDULO 4
AUDITORIA INTERNA
É uma boa prática de governança a área de auditoria interna reportar-se à alta administração de
uma organização, seja ela pública, seja ela da iniciativa privada.
AUDITORIA EXTERNA
Instituições financeiras;
Fundos de pensão;
Seguradoras;
Além das questões normativas, outros fatores relevantes impelem a organização a contratar uma
auditoria externa, conforme disposto a seguir:
Entidades regidas por mecanismos de governança que exijam maior controle de gestão,
demandado por seus proprietários.
A auditoria externa é realizada com base na auditoria das demonstrações contábeis e abarca as
seguintes questões:
PRINCÍPIOS DE AUDITORIA
A atuação da auditoria operacional, assim como das demais modalidades de auditoria, é pautada
em princípios definidos na norma NBR ISO 19011:2018, que trata da auditoria de sistemas de
gestão, conforme apresentado na figura a seguir:
O planejamento da auditoria interna deve contemplar, nos termos da norma NBC TI 01, os
alguns fatores.
Com base na internalização dos fatores citados pela equipe de auditoria interna, o planejamento
tem alguns objetivos.
SELEÇÃO TOTAL - Quando o universo de informações não for muito grande para a
análise da equipe de auditoria, opta-se pela seleção de todos os dados.
SELEÇÃO POR AMOSTRAGEM - Em caso de grande quantidade de informações,
podem ser utilizadas técnicas de amostragem estatística do universo a ser analisado.
EXAMES E INVESTIGAÇÕES - Tratam-se de procedimentos que permitem a coleta
de informações que vão subsidiar a elaboração das recomendações à organização.
TESTES DE OBSERVÂNCIA - Têm o objetivo de averiguar a eficácia dos controles
internos. Nesses testes, são inspecionados registros contábeis, documentos e ativos
tangíveis.
TESTES SUBSTANTIVOS - Caracterizam-se pela coleta de evidências, observação de
processos organizacionais e averiguação de informações com organizações e pessoas.
A auditoria interna apresenta seus resultados por meio de um relatório, redigido de forma
objetiva e imparcial, que contém recomendações à organização.
Limitações da auditoria;
Conclusões e recomendações.
Apresentamos uma representação simplificada das etapas que podem compor a realização de
uma auditoria interna, conforme observado a seguir:
A auditoria externa atua em conformidade com normas de auditoria, tendo como diretrizes os
objetivos gerais do auditor independente, nos termos da norma NBC TA 200 (R1), objeto deste
tópico.
O auditor independente, que atua na auditoria externa, deve atender aos seguintes objetivos:
Na condução dos trabalhos, o auditor deve seguir os princípios comuns às auditorias, nos termos
da norma NBR ISO 19011:2018, similares aos princípios de ética do Código de Ética
Profissional do Contabilista, conforme disposto a seguir:
Integridade;
Objetividade;
Competência e zelo profissional;
Confidencialidade;
Comportamento profissional.
A auditoria interna tem o objetivo de colaborar para melhorias na gestão, enquanto a auditoria
externa preocupa-se com a confiabilidade das demonstrações contábeis, geradas em
conformidade com os relatórios financeiros.
OBJETIVOS
INTRODUÇÃO
Para que seja operacionalizada a auditoria externa, devem ser seguidas as normas que regulamentam o
planejamento de auditoria das demonstrações contábeis, escopo do segundo módulo deste tema, que
abordará as atividades preliminares, as atividades de planejamento, a estratégia global e o plano de
auditoria.
Por fim, no quarto módulo, trataremos dos procedimentos de elaboração de relatórios. Você terá uma
visão geral dos principais pontos que devem ser abordados na elaboração do relatório de auditoria . De
forma similar ao módulo anterior, você terá, no fim, uma relação de normas que complementam a
elaboração de relatórios de auditoria.
MÓDULO 1
AUDITORIA EXTERNA
A auditoria externa é uma modalidade de auditoria conduzida por profissionais que não fazem parte da
organização auditada.
Nessa modalidade, o auditor deve conduzir seu trabalho de análise das demonstrações contábeis de
forma independente e alinhado às Normas Brasileiras de Contabilidade(NBC) e às normativas
internacionais, quando for o caso.
Os trabalhos de asseguração seguem uma norma denominada NBC TA Estrutura Conceitual, que trata
da definição de uma estrutura conceitual que normatiza os trabalhos de asseguração.
Temos a norma NBC PA 01 – Controle de Qualidade para Firmas (Pessoas Jurídicas e Físicas) de
Auditores Independentes, que estrutura as políticas e os procedimentos quanto aos seguintes pontos:
São desenvolvidos pelos auditores independentes para coletar evidências que subsidiem a
apresentação de conclusões, que proporcionarão maior confiança às partes interessadas no objeto da
auditoria.
Para que os trabalhos de asseguração sejam realizados, pressupõe-se a existência de cinco elementos:
Os trabalhos de asseguração atendem aos interesses de três partes interessadas principais: o auditor
independente, o responsável pelo objeto auditado e os usuários do resultado da auditoria.
Objeto
É necessário que o objeto seja apropriado para o alcance de seu objetivo. Nessa linha de entendimento,
temos, por exemplo, características físicas, como a quantidade de veículos utilizados em um
determinado serviço, como fonte de informação do objeto de auditoria.
Critérios
A mensuração ou avaliação de um objeto depende de critérios que apresentam as seguintes as
seguintes particularidades:
Informações vagas e pontos de vista pessoais não podem ser utilizados como critérios nos processos
de auditoria.
Evidências
A mensuração ou avaliação do objeto, de acordo com critérios definidos, contribui para a coleta de
evidências, que são informações relevantes para que o auditor possa tirar suas conclusões. Para que as
evidências sejam analisadas e coletadas adequadamente, o auditor deve ter ceticismo profissional, que
é a condição de estar alerta em relação às informações, de forma imparcial e independente.
Relatório de asseguração
Com base nas evidências coletadas, geradas a partir de critérios aplicados na mensuração e avaliação
do objeto, o auditor elabora seu relatório de asseguração, que consiste nas conclusões que geram
opiniões e são manifestadas de forma escrita.
Em trabalhos em que são emitidos relatórios, que não têm como escopo o trabalho de asseguração, o
auditor deve atentar para evitar os seguintes pontos:
Para que os trabalhos de asseguração possam ser realizados na organização, alguns requisitos são
imperativos, conforme disposto a seguir:
objeto apropriado;
O auditor independente, na condução dos trabalhos de auditoria, deve seguir a norma NBC TA 200
(R1) – Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com
Normas de Auditoria.
Deve-se destacar que a citada norma ressalta diversos aspectos relevantes quanto aos seguintes pontos:
O auditor independente deve atentar para todas as normas de trabalhos de asseguração emitidas
pelo CFC que estejam em vigor e que tenham relação com as condições do trabalho de auditoria.
A declaração de conformidade com as normas nacionais e internacionais só pode ser realizada
após cumprimento das exigências de cada uma delas.
MÓDULO 2
Neste vídeo, vai ser apresentada uma explicação do planejamento de auditoria das
demonstrações contábeis.
A criação e o desenvolvimento desse planejamento devem ser efetivados com base na norma
NBC TA 300 (R1), que trata do planejamento da auditoria de demonstrações contábeis.
Nas situações em que o auditor entender que não é possível alcançar segurança razoável ou
em que sua opinião com ressalva não atender às demandas legais das partes interessadas,
ele deve renunciar, se houver previsão legal ou normativa aplicável.
Para que as atividades preliminares de auditoria sejam conduzidas de forma condizente, devem
ser observadas as disposições das seguintes normativas:
A NBC 220 (R2) trata das questões de controle de qualidade que devem ser conduzidas pelo
auditor no processo de trabalho de auditoria das demonstrações contábeis. Ao implementar o
controle de qualidade, o auditor deve atentar para que haja segurança razoável quanto a
aderências às normas, marcos regulatórios, arcabouço legislativo e geração de relatórios
apropriados.
Essas questões devem ser definidas pela empresa de auditoria e contemplam políticas,
procedimentos e sistemas utilizados no processo de auditoria.
Essa norma delimita os termos do trabalho de auditoria, em relação aos responsáveis pela
gestão e pela governança dentro da organização. Esses termos verificam a existência de
condições mínimas para realização de uma auditoria e da anuência entre o auditor e as
partes interessadas atuantes na gestão e na governança.
ATIVIDADES DE PLANEJAMENTO
Devem ser definidas atividades de planejamento para que sejam estabelecidas as formas de
operacionalização dos seguintes instrumentos:
plano de auditoria.
Esses dois instrumentos não são estáticos, isto é, devem ser atualizados em função de
mudanças de variáveis que podem ocorrer ao longo do trabalho de auditoria. Agora vamos
analisar cada um desses instrumentos.
Definição dos objetivos do relatório para subsidiar a definição do período de auditoria e das
comunicações
Definição dos recursos necessários para realização do trabalho, que pode ter áreas de auditorias
específicas, demandando especialistas
PLANO DE AUDITORIA
NBC TA 315 – Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorção Relevante por meio do
Entendimento da Entidade e de seu Ambiente
NBC TA 315 – Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorção Relevante por meio do
Entendimento da Entidade e de seu Ambiente
O auditor deve levar em consideração que o planejamento de uma auditoria faz parte de um
processo contínuo de acompanhamento que apresenta pontos de intersecção (auditoria atual com
a auditoria anterior).
De certa forma, alguns procedimentos de auditoria anterior devem ser finalizados antes que se
inicie uma nova auditoria. Todavia, o auditor deve ter sensibilidade para averiguar qual a melhor
abordagem a ser adotada, sem deixar de analisar os seguintes pontos:
Compreensão do ambiente regulatório em que se insere a organização que passará pelo processo
de auditoria.
DOCUMENTAÇÃO
No trabalho de auditoria, o auditor deve elaborar toda a documentação de acordo com a norma
NBC TA 230 (R1) – Documentação de Auditoria.
A avaliação de riscos é de extrema relevância para a realização de uma auditoria, razão pela
qual deve ser considerada por ocasião da elaboração do plano de auditoria..
MÓDULO 3
DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA
Responsabilização de trabalhos
Colabora para a melhoria da qualidade da auditoria. Outro benefício advindo dessa elaboração é
a revisão das evidências e conclusões antes da elaboração final do relatório.
evidências coletadas;
conclusões da auditoria.
Para que a documentação de auditoria seja elaborada com apresentação das informações
relativas às evidências e aos procedimentos de auditoria, o auditor deve ater-se aos seguintes
aspectos:
COMPLEXIDADE DA DOCUMENTAÇÃO
Na elaboração da documentação, a forma, o conteúdo e a extensão dependem dos seguintes
pontos: tamanho da organização; natureza dos procedimentos; riscos de distorção relevante; e
relevância das evidências.
TIPOS DOCUMENTAIS
REGISTROS NA DOCUMENTAÇÃO
data de execução;
tratamento de inconsistências;
O auditor independente deve primar pelo alcance dos objetivos gerais, tendo o zelo de fazer
cumprir as determinações das normas que regulamentam o processo de auditoria nas
organizações.
CONFORMIDADE DA AUDITORIA
A conformidade da auditoria com as normas de regulamentação também deve fazer parte da
documentação.
Embora a documentação seja uma atividade de relevância em uma auditoria, nem todos os
assuntos e julgamentos realizados no transcurso do trabalho devem ser registrados, sob o risco
de se tornarem inviáveis o planejamento e a execução dos trabalhos, em função de maior tempo
dispendido em atividades de registro documental.
A montagem do arquivo final de auditoria deve ser realizada com base nas diretrizes e nos
procedimentos definidos pela organização, conforme determinado na norma NBC PA 01 –
Controle de Qualidade para Firmas (Pessoas Jurídicas e Físicas) de Auditores Independentes.
O arquivo final da documentação do relatório de auditoria deve ser realizado logo após a data
do relatório do auditor. Essa geração não implica a operacionalização de novos procedimentos
nem novas conclusões.
Uma vez finalizado esse arquivo, o auditor não pode apagar as informações antes do término do
período legal de guarda de documentos, que não é inferior a cinco anos, contados a partir da
data do relatório.
ATENÇÃO
NORMAS DE DOCUMENTAÇÃO
NBC TA 210 (R1) – Concordância com os Termos do Trabalho de Auditoria, itens 10 a 12;
NBC TA 220 (R2) – Controle de Qualidade da Auditoria de Demonstrações Contábeis, itens 24
e 25;
NBC TA 260 (R2) – Comunicação com os Responsáveis pela Governança, item 23;
NBC TA 315 (R1) – Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorção Relevante por meio do
Entendimento da Entidade e do seu Ambiente, item 32.
NBC TA 330 (R1) – Resposta do Auditor aos Riscos Avaliados, itens 28 a 30;
NBC TA 450 (R1) – Avaliação das Distorções Identificadas Durante a Auditoria, item 15;
10
11
12
13
14
15