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Iº Ano
MÉ T RICAS E MPRE SARIAIS
Apresentação
Com esta cadeira pretende-se municiar os estudantes com competências para medir, controlar
e melhorar as atividades desenvolvidas pelas organizações. Aprenderá a fazer desenvolvendo,
com capacidade crítica, modelos de avaliação de desempenho que agrupam métricas
diretamente relacionadas com os objetivos estratégicos de uma organização em concreto.
Objetivos
1. Compreender a necessidade e conhecer formas de medir e controlar o desempenho
organizacional;
1.1.Noções de métricas
1.2.Tipos de métricas
1.2.1. Satisfação dos clientes
1.2.2. Qualidade da gestão da empresa.
1.2.2.1.Demonstrativos Financeiros
1.2.2.2.Custo Unitário.
1.2.3. Desempenho comercial
1.2.4. Produtividade do time
Métricas são medidas quantificáveis usadas para analisar o resultado de um processo, ação ou
estratégia específica. De maneira geral, são medidas de desempenho. E são indispensáveis
para quem busca ter um marketing data-driven.
Uma métrica é um número que representa a medida que você vai acompanhar para entender o
que dá certo (ou não) no seu trabalho. Desse modo, é apenas através das métricas que você
será capaz de avaliar, por exemplo, o andamento de uma campanha, identificar tendências,
sejam elas de consumo, interação ou navegação, obter e comparar resultados. A métrica
depende do que você quer e precisa medir.
Para Farris et al (2007) uma empresa deve manter o foco produtivo nos clientes e mercados, e
para isso é preciso compreender as métricas de markiting que possam auxiliar nesse processo.
Segundo o autor:
Elas podem ajudar os administradores a identificar os pontos fortes e os pontos fracos, tanto
das estratégias quanto da execução. Matematicamente definidas e amplamente disseminadas,
as métricas podem tornar-se parte de uma linguagem operacional precisa dentro de uma
empresa (FARRIS et al, 2007 p. 17).
Primeiro a gente precisa entender para que gerir uma empresa com métricas. As métricas são
indicadores, que mostrarão se você está alcançado seu objetivo ou não, bem como a eficiência
desse processo.
Logo, o primeiro passo é você ser bastante claro qual é seu objetivo! E aqui, não precisa ser
uma coisa linda e inspiradora, como é o propósito ou a missão das empresas. Se você é dono
de uma padaria, seu objetivo é vender pão. Se você é dono de hotel, seu objetivo são
hospedagens… e por aí vai.
As métricas sobre as quais cada uma das pessoas de uma organização se debruça, varia de
acordo com o papel que cada uma desempenha na organização (Bundschuh et al., 2008):
São vários os tipos de métricas que existem, mas para um bom planejamento estratégico,
considera-se que devemos olhar para esses 4 tipos de métricas
Sobre o tipo de métrica satisfação do cliente, recomenda-se acompanhar duas métricas: o NPS
( Net Promoter Score) e o MHS ( Must Have Score)
Essas métricas vão dizer se você está se aproximando do seu público ideal e se seu produto é
relevante ou não. Importante abrir espaço para feedback qualitativo.
A primeira mede a probabilidade do seu cliente promover a sua marca para pessoas próximas
a ela e a segunda mede a necessidade do seu produto na vida do seu cliente, ou seja, mede o
nível de satisfação do cliente com os seus produtos ou serviços.
Aqui fala-se não só métricas, mas de duas ferramentas importantes, que fornecem indicadores
financeiros que devem ser acompanhadas.
DRE e DFC são demonstrações financeiras. Elas fornecem diversas informações sobre a
saúde financeira da empresa e a condição do caixa. Com elas conseguimos observar para onde
nosso dinheiro está indo e avaliar se está fazendo sentido ou não. Isso porque na DRE, por
exemplo, listamos o faturamento do período que estamos querendo analisar e todas as
despesas operacionais e comerciais e os impostos em um só lugar. E com isso, calcular o lucro
líquido da empresa.
Além disso, conseguimos analisar qual a relação de cada uma das despesas, impostos e lucro
com o faturamento.
A partir disso, conseguimos ver, por exemplo, se estamos gastando mais com impostos e aí
avaliar se faz sentido mudar o regime tributário, ou se estamos gastando mais com a operação
do que com vendas, e se isso faz sentido para o momento do negócio e por aí vai.
E com a DFC nós conseguimos ver a situação do nosso caixa, para tomar decisões de curto
prazo.
O custo unitário é uma métrica muito importante para uma boa precificação e, como já viu em
outros momentos, uma boa gestão financeira começa na precificação.
Ao acompanhar essa métrica, nós conseguimos acompanhar os custos envolvendo a produção
do produto ou realização de um serviço.
Aqui vale explicar que custo é diferente de despesa! Os custos são os gastos que envolvem a
produção, enquanto as despesas são os demais gastos da empresa, que envolvem
gerenciamento do negócio e impulsionamento das vendas.
E como se pode imaginar pelo nome, o custo unitário nada mais é que a soma dos custos com
o produto, dividido pela quantidade de produtos no lote de produção.
E essa é uma boa métrica para a gente saber de cabeça, porque ela diz o menor preço possível
praticável para não sair no prejuízo. Então se quiser vender para um amigo, fazer uma
promoção, não vai precisar chutar um valor e sair no prejuízo.
Além disso, você irá analisar decisões como trocar de fornecedor, embalagem etc, de uma
forma muito mais estratégica.
Olhemos para dois K PIs de marketing que são essenciais para o desempenho comercial, são
eles: CAC ( Custo de Aquisição de Cliente) e LTV ( Lifetime Value- é uma métrica que define o
valor do ciclo de vida do cliente. Ou seja, o quanto de dinheiro ele gera para a empresa a
partir das compras), porque elas te indicam qual canal de aquisição de cliente é mais
eficiente.
Pense no seguinte exemplo, você tem uma pizzaria por delivery e decide colocar um outdoor
(placa de publicidade) e rodar anúncios no Instagram, para divulgar o seu negócio. E aí você
investiu, por exemplo, 30.000kz com o outdoor e conseguiu 100 pedidos, e no Instagram
investiu 5.000kz e conseguiu 50 pedidos.
Pode-se imaginar que o outdoor seria melhor porque ele te deu o dobro de pedidos, mas ele
não foi a estratégia mais eficiente! O CAC do outdoor no caso foi de 300kz, enquanto o CAC
do Instagram foi de 100kz. Ou seja, você gastou 3x mais para ter clientes via outdoor.
Claro, é importante que você teste duas ou mais estratégias de captação de cliente, mas, mais
importante que isso, é você monitorar esses canais para saber qual está dando o melhor
retorno.
E para monitorar o retorno, é importante combinar essa métrica com outra, o LTV, que é a
soma de todas as transações realizadas com um determinado cliente em um determinado
período de análise/relacionamento.
Decodificando. Imagine que o cliente que conheceu sua pizzaria pelo outdoor tenha o hábito
de comprar pelo menos 1 pizza sua por mês. E imagine que sempre peça a mesma pizza, uma
que custe 400kz. Em 1 ano (12 meses), esse cliente vai ter transacionado um total de 4800kz,
sendo o LTV dele em um ano.
Agora o outro cliente, o do Instagram, pediu uma pizza de 400kz, depois de duas semanas
pediu mais uma de 300kz e, por fim, pediu uma de 500kz depois de 1 mês. O LTV nesse caso,
para o mesmo período, é de 1200kz.
Então, se a maior parte dos clientes de um determinado canal reproduzir o mesmo padrão de
consumo, a estratégia de outdoor vale mais a pena, porque no final das contas foi o que
colocou mais dinheiro no seu caixa.
Esse é o tipo de métrica mais delicado, porque depende muito do modelo de negócio. Aqui
vale conversar com seu pessoal para entender qual a melhor forma de medir a entrega de
RESULTADO.
Esse é o ponto importante! Não vale a pena medir elementos do processo, como quantas horas
ele efetivamente trabalha, por exemplo, (a não ser que precise comprovar algo para outra
instituição), mas sim medir o resultado.
Se sua empresa tem processos padrões, como uma padaria, vale a pena medir a produtividade
em termos de quanto ele consegue produzir em determinado tempo, quanto usou de material,
para observar alguma economia … enfim, aqui vale a pena você reunir seu time e entender o
melhor caso.
Agora se sua empresa funciona a base de projetos, ou seja, as demandas variam de acordo
com as semanas e projetos, vale a pena listar as atividades a serem concluídas e avaliar o
quanto de entrega é concluída, ou atribuir um peso a cada um e somar no final do período,
desenvolver um método de avaliação para a qualidade da entrega.
Pelas razões apontadas, desempenho deverá ser um conceito abrangente que cobre
várias acepções. Por exemplo, Scherer (1980) defende que um bom desempenho é
obtido quando os recursos são eficientemente utilizados, quando os bens produzidos
respondem à qualidade e à quantidade procuradas pelo mercado, quando se aproveitam
as oportunidades criadas através dos avanços científicos e tecnológicos que permitem
melhores níveis de produtividade e a criação de produtos superiores e, quando as
políticas de gestão da empresa são integradas com objectivos macroeconómicos e existe
uma distribuição justa do rendimento.
O primeiro instrumento desenvolvido com o objectivo de dar uma visão mais ampla aos
gestores das diversas variáveis importantes para o sucesso empresarial, foi o tableau de
bord criado por investigadores franceses e cujas origens remontam a 1932. Este
instrumento surgiu como uma resposta à crise da bolsa americana em 1929 que
evidenciou que os dados contabilísticos eram insuficientes para a tomada de decisão,
sendo ainda hoje muito utilizado pelas empresas em França (Bugalho, 2004). Mais tarde,
com a crise económica dos anos setenta do século XX, este tema volta a ganhar
importância e Charnes et al (1978) e Banker et al (1984) desenvolveram através da
programação linear, um dos primeiros modelos que pretendeu estudar empiricamente a
relação entre os inputs da actividade e os outputs gerados.
Ao longo da literatura, diversos autores foram introduzindo várias definições para o conceito
de “desempenho organizacional”. Contudo, ao longo do tempo, este conceito apresentou-se
sempre associado a outros dois conceitos – E ficiência e E ficácia.
De acordo com Neely (1998), considera-se que o desempenho organizacional tem como
função quantificar a eficiência e a eficácia das acções tomadas, com o objectivo de auxiliar a
tomada de decisões de melhoria e executar acções correctivas.
2.7.1. Clientes:
2.7.2. Acionistas:
A gestão de topo influencia com a sua visão toda a estratégia e, como seu empenhamento,
toda a cultura de empresa. Está envolvida com quase todos os actores, nomeadamente
clientes, fornecedores e empregados. Na medida em que influencia um elevado número de
variáveis, o seu impacto no desempenho é da maior importância.
2.7.4. Fornecedores:
2.7.5. Trabalhadores
Influenciam determinantemente a cultura da empresa, de que decorre a atitude no trabalho.
Esta tem influência marcante no produto e consequentemente no desempenho em termos de
qualidade, produtividade, etc. Pode estruturar-se nomeadamente a partir da motivação das
pessoas, de um clima aberto, de uma filosofia de enriquecimento de tarefas e de uma boa
qualificação dos indivíduos.
Procure entender como está a performance dos colaboradores, por meio de avaliações que
mostrem o desempenho de cada um, o que deve ser aprimorado e os pontos positivos. Com
essa prática, o RH tem uma visão mais clara das habilidades dos seus colaboradores e
consegue trabalhar em prol do seu desenvolvimento.
Promova treinamentos
E ngaje os colaboradores
A gestão de desempenho é um processo constante, que não deve ser aplicado apenas
pontualmente. Para que ela tenha um efeito positivo, deve ser aplicada e mensurada
ininterruptamente.
Acompanhe sempre os resultados e pense em novas estratégias para resolver as novas
questões que surgirem. A tendência é que essa prática se torne cada vez mais bem aprimorada
com o tempo, e apenas atualizações sejam necessárias.
Após todas essas definições, é hora de entender o papel de um sistema de gestão de
desempenho nesse processo.
Proporcionar o desenvolvimento dos membros da sua equipe é essencial para garantir bons
resultados. Afinal, são os colaboradores que, efetivamente, colocam a mão na massa e levam
o negócio ao sucesso. No entanto, treinamentos e acompanhamento de metas não são
suficientes para garantir um bom desempenho do time. É aí que entra a gestão de
desempenho.
Muitas empresas acreditam que realizam uma gestão de desempenho quando implementam
ações isoladas e pontuais para avaliar as equipes. No entanto, para ter resultados concretos, é
preciso que haja um sistema com continuidade e efetividade.
O sistema de gestão de desempenho consiste em um software capaz de identificar a qualidade
do trabalho realizado pela equipe em tempo real. Além de medirem a eficiência de
colaboradores, esses sistemas são completos, gerando dados de diversos tipos, incluindo o
engajamento de uma equipe no trabalho.
Portanto, atuam na busca por melhorias na qualidade dos resultados gerados, permitindo a
avaliação, o monitoramento, a correção e o aprimoramento de condutas e procedimentos
realizados pelos colaboradores.
Trata-se de um processo contínuo e flexível, voltado para a inovação.
Tudo isso pode ser alcançado por meio de um sistema de gestão de desempenho. Ele permite
que você monitore os resultados e faça o diagnóstico de problemas, corrigindo-os antes que
interfiram na qualidade do produto ou do serviço oferecido aos clientes.
Além disso, com o uso desse sistema, você pode monitorar os resultados de capacitações e
treinamentos oferecidos aos colaboradores. Isso porque você acompanha as métricas em
tempo real, tendo acesso a dados muito importantes para identificar melhorias a partir dos
investimentos realizados. Portanto, o sistema de gestão de desempenho pode ser o maior
aliado do setor de qualidade do seu negócio, além de melhorar o planejamento da área de
gestão de pessoas.
Diante de tantos benefícios, fica nítida a necessidade de implementar esse tipo de ferramenta
na empresa. Porém, para adotá-la, é importante que você siga alguns passos básicos.
Primeiramente, para fazer um sistema que funcione e que gere mudanças na conduta de
colaboradores, é preciso buscar por métodos capazes de promover uma avaliação justa e
flexível. Dessa forma, a sua organização, como avaliadora, deve compreender a fundo como
funciona a dinâmica do desempenho de pessoas dentro de empresas.
capacidade (desenvolvimento);
ambiente (oportunidade);
esforço (motivação).
Crie indicadores
O seu sistema de avaliação deve ser contínuo e coerente. Assim, é possível trabalhar com
indicadores acessíveis e que demonstram aquilo que você procura investigar.
Entenda bem o que a empresa espera dos colaboradores e foque esses aspectos. Você pode
investir em uma lista de competências organizacionais, assim como em habilidades essenciais
para cada um dos cargos da sua empresa.
Além disso, é possível avaliar o ambiente organizacional, o clima da empresa, a liderança e a
motivação da equipe. Com essas competências e características do trabalho em mãos, você
será capaz de implementar um sistema de avaliação de desempenho eficiente na sua empresa.
Lembre-se de que, apenas com a mensuração dos aspectos mais importantes da gestão, é
possível identificar problemas e propor melhorias.
Acompanhamento constante
Um novo sistema traz uma série de transformações para o seu negócio. Por isso, é importante
que você prepare a equipe e a organização como um todo para essas mudanças. Descubra,
agora, alguns elementos que você pode levar em consideração nesse momento.
Aproxime-se da equipe de T I
E nvolva os colaboradores
Os colaboradores precisam se sentir parte de todo o processo. Portanto, converse com eles
antes de impor o sistema de gestão de desempenho.
Essa é a hora de explicar todos os benefícios da mudança e de deixar claro o porquê das
alterações. Aproveite para coletar um feedback sobre as primeiras impressões da equipe de
forma a fazer os ajustes necessários.
Capacite a equipe
A partir do momento em que você entende a importância do sistema de gestão e como ele
pode impactar os resultados da sua organização, é preciso avaliar diversos aspectos para
escolher o sistema mais adequado.
Para isso, diversos fatores devem ser considerados. Destacamos, a seguir, os principais.
Problemas do negócio
Antes de qualquer contato, é preciso, primeiro, fazer uma análise das maiores dificuldades
que o RH enfrenta e do que ele realmente necessita.
Procure identificar gargalos nos processos, problemas de integração, barreiras na
comunicação entre setores, incompatibilidade de dados etc. Esses problemas são comuns nas
empresas e podem ser melhorados com um software. No entanto, para que você entenda de
quais soluções precisa, deve, primeiro, avaliar o que deve ser resolvido.
Recursos disponíveis
Na hora de escolher a melhor solução, os recursos devem ser todos considerados. Compare as
ferramentas oferecidas pelo sistema com as necessidades da sua organização. Ela atende às
demandas de crescimento ou permite a inclusão das informações sobre os funcionários de que
você realmente precisa.
Essa avaliação é essencial para que você faça uma escolha que realmente resolva os
problemas e também não pague a mais por módulos que não serão usados.
Usabilidade
Você pode escolher o software mais moderno do mercado, com diversas interfaces e
ferramentas. No entanto, nada disso fará sentido se encontrar dificuldades para usar o sistema
e não conseguir integrá-lo ao uso diário.
Procure não só por soluções inteligentes, mas também considere a facilidade de adaptação dos
funcionários que vão lidar com essa tecnologia. Programas intuitivos, que sejam fáceis de
entender e que os colaboradores consigam usar sem grandes conhecimentos são a melhor
aposta.
Suporte técnico.
O suporte técnico é outro ponto importante a ser considerado na hora de contratar uma
tecnologia para a gestão de desempenho da sua empresa. O fornecedor dá uma assistência,
seja remota, seja presencial, realmente eficiente? Essa assistência atende 24/7, nos 365 dias do
ano?
Avaliar esse aspecto é fundamental para a escolha da melhor solução. Imagine que você
precisa das informações próximo às festas de fim de ano ou no meio de uma semana com
feriados. Isso pode prejudicar totalmente o planejamento e a realização dos feedbacks e,
consequentemente, a produtividade da equipe.
Contar com uma versão trial ou uma demonstração gratuita do software é excelente para fazer
uma avaliação mais apurada da ferramenta e conferir, na prática, se ela será capaz de resolver
as demandas da sua corporação.
Busque sempre por empresas que ofereçam essa cortesia e faça os testes necessários para
evitar surpresas desagradáveis após a contratação.
Aderência
Quais benefícios o sistema traz para a sua loja? Algumas vantagens são a redução de custos, a
otimização do tempo, a menor incidência de erros, a diminuição do retrabalho, o aumento da
competitividade, um melhor atendimento ao cliente, entre outras.
Avalie a capacidade do fornecedor de atender às demandas da empresa e o custo-benefício
dessa contratação.
Segurança
Integração
Um software que permite a integração com outras soluções e a produção de relatórios pode
otimizar muito o tempo dedicado à gestão e basear a tomada de decisões. Essas características
permitem que os líderes de vários departamentos relacionem os dados e consigam ter uma
visão muito mais clara da empresa.
No caso da gestão de desempenho, é possível avaliar o impacto dos treinamentos ou a relação
entre novas abordagens, a produtividade e o faturamento, por exemplo.
Mobilidade
Com a riqueza de opções que a tecnologia apresenta, fica difícil pensar em um software
realmente eficiente que funcione apenas no desktop. As novas soluções devem oferecer
mobilidade, para que o gestor consiga acessar as informações de um dispositivo conectado à
internet, seja um notebook, seja um tablet, seja um celular.
Por meio do acesso fácil, a liderança ganha tempo, consegue ter mais segurança na hora de
tomar as decisões e não fica escrava de planilhas e relatórios impressos para reuniões. Isso
ajuda também organizações com filiais em diferentes cidades, estados ou até países,
ampliando a atuação da empresa de maneira segura e inteligente.
Qualidade e experiência
Na hora de bater o martelo para a decisão final, pesquise sobre o fornecedor e todo o seu
histórico de atendimento. Avalie o tempo de mercado, os clientes atuais e anteriores, o índice
de reclamações e o grau de satisfação das organizações que usam a solução.
Conhecer mais sobre o histórico da empresa pode aumentar o seu nível de confiança e dar
uma segurança muito maior na hora de fechar o contrato ou, até mesmo, de pagar um pouco
mais para aquele fornecedor que você sabe que oferece um serviço de mais qualidade.
O sistema de gestão de desempenho pode ser o maior aliado da sua empresa na hora de gerar
mais e melhores resultados. Isso cria um diferencial de mercado para o negócio, colocando a
organização no rumo do crescimento contínuo e do sucesso.
A resposta está centrada na avaliação do desempenho organizacional, pelo facto de ser capaz
de fornecer aos gestores informações importantes, as quais poderão ser utilizadas para
encontrar e solucionar problemas, valorizar oportunidades e melhorar a organização como um
todo.
Deste modo, a avaliação do desempenho organizacional é um meio necessário e importante
para o crescimento e melhoria contínua dos negócios tendo em vista o sucesso e a Excelência
organizacional.
Sem medição, não é possível gerir actividades e controlar os resultados das acções tomadas. O
seu principal objectivo é verificar se as organizações estão a efectuar o percurso dirigido para
atingir as metas previamente estabelecidas.
Na visão moderna, observa-se que as medidas de desempenho não são meros elementos de
controlo de processos dentro das organizações, mas sobretudo representam meios geradores
da melhoria contínua dos processos organizacionais dentro do novo enfoque estratégico de
globalização da economia.
Assim, avaliação de desempenho é a crítica que deve ser feita na defasagem existente no
comportamento do empregado entre a expectativa de desempenho definida com a organização
e o seu desempenho real.
“As empresas que não tem plano formal de avaliação, quando precisam de uma informação
sobre o empregado, procuram-na com seu chefe imediato e com pessoas confiáveis que o
conhecem e obtêm uma resposta, portanto o empregado foi avaliado.”( LACOMBE, 2006,
p:284)
Lotta (2002) define a avaliação do desempenho como um mecanismo que busca conhecer e
medir o desempenho dos indivíduos na organização por meio da comparação entre o que é
esperado e o que é realizado.
Toda organização necessita ser avaliada através de um sistema para poder, através de um
processo de retro alimentação, rever suas estratégias e métodos de trabalho, minimizando os
efeitos da tendência à entropia e melhorando suas práticas. Assim ela se recicla, oxigena-se e
torna-se capaz de sobreviver em ambientes turbulentos e mutáveis. Entretanto LACOMBE
continua ressaltando o seguinte: “Um sistema deve ser: confiável e valido: baseado em
resultados obtidos; relacionado ao trabalho: considerar que é relevante para o trabalho;
padronizado: permitir comparações entre as avaliações; e prático: simples de ser executado.”
(LACOMBE, 2006, p: 285)
a) E feito de Halo/Horn
b) Tendência Central
Por medo ou insegurança, o avaliador deixa de atribuir notas muito baixas para não prejudicar
o avaliado; ou muito altas, para não ter que justificá-las no futuro.
c) E feito de recenticidade
Sabe aquela estória de que "a primeira impressão é a que fica"? Isso também acontece na
avaliação de desempenho. Nesse caso, o avaliador tem que tentar se concentrar no período
atual, e não em avaliações passadas. As pessoas mudam e merecem obter o crédito por seu
desenvolvimento profissional.
O avaliador costuma ser mais favorável àqueles que se parecem consigo mesmo, seja pelas
características profissionais, pelos interesses pessoais, pela formação na mesma faculdade ou
por pertencer ao mesmo grupo social.
As pessoas diferem entre si no que se refere às atitudes, hábitos, práticas, disposição para
realizar as suas atividades, cumprimento de prazos e compromissos, presteza, interesse,
assimilação de novas atribuições, posturas diante dos superiores, colegas e subordinados, zelo
pessoal e em uma série infindável de outros fatores.
É difícil determinar, de forma genérica, quais os tipos de avaliação de desempenho são mais
indicados para cada empresa. Essa é uma decisão que dependerá da política da organização e
das características dos cargos envolvidos. Contudo, para tomar a decisão, é preciso entender
como funciona cada uma dessas metodologias.
3.3.1. Autoavaliação
Uma das vantagens desse tipo de avaliação é que o colaborador tem a possibilidade de
participar ativamente do processo, o que é importante para validar os resultados. Assim, ele
pode julgar o seu desempenho e chegar a um parecer final.
Mas é preciso ficar atento, uma vez que não são todas as pessoas que têm facilidade para
participar desse método. Ele funciona melhor com profissionais que já têm certa maturidade.
Pode não parecer, mas não é fácil desenvolver o autoconhecimento.
Quem lidera equipes sabe que essa é uma das dificuldades para se corrigir eventuais falhas:
muitas vezes, o profissional nem mesmo as reconhece e não consegue identificar seus pontos
fortes e fracos.
Quem resolve adotar esse tipo de autoavaliação precisa ficar atento aos problemas, uma vez
que é ela que pode decepcionar o avaliador ou o avaliado, desencadeando incompatibilidades
em razão da dificuldade de se chegar a um consenso.
Fique atento: no caso de o avaliado ter melhor nível cultural, ele ainda poderá induzir ou
manipular o avaliador no seu julgamento.
3.3.2. Avaliação por superior imediato
Dentre os tipos de avaliação de desempenho, esse método mais tradicional das organizações.
É quando o colaborador é analisado pelo gestor direto, aquele que acompanha suas de
atividades diárias.
Mas a avaliação por superior imediato só é eficiente caso os colaboradores sejam analisados
pelas pessoas com quem têm mais contato, ou seja, o profissional que delega tarefas. Ainda,
para a avaliação direta dos colaboradores, o avaliador estabelece metas e tem controle sobre a
característica de cada um dos membros da equipe.
Contudo, dependendo do tipo de liderança, essa avaliação pode não refletir a realidade dos
colaboradores. Isso porque a relação direta entre líder e liderado, caso não seja positiva, pode
resultar em dados parciais. Portanto, para implementar esse método é necessário entender a
relação dos gestores e colaboradores.
Aqui, cabe ao gestor, com o apoio do RH, montar, acompanhar e controlar o sistema de
avaliação, uma vez que é dele a responsabilidade pela análise do desempenho dos
colaboradores e também a comunicação dos resultados.
Ainda, existe também o risco para o líder imediato, quando há bom relacionamento com
aquele profissional e ele não se atenta para suas eventuais falhas, por exemplo, no que diz
respeito aos colegas de trabalho.
No entanto, para a aplicação desse tipo de avaliação de desempenho, a empresa já deve ter
uma cultura amadurecida e uma boa comunicação interpessoal entre líderes e subordinados.
Segundo os especialistas, nessas situações, o modelo pode ser muito produtivo. Sendo assim,
essa talvez seja a avaliação de desempenho mais tradicional e utilizada até os dias de hoje,
principalmente em empresas de grande porte e burocratizadas. Mas existem dois pontos de
incômodo na avaliação 180 graus: o fato de ser um método top-down, no qual os principais
gestores não têm a oportunidade de receber feedbacks das pessoas que estão mais próximas
dele no dia a dia; a empresa corre o risco de receber avaliações que não refletem a realidade,
uma vez que depende única e exclusivamente da percepção de uma pessoa.
Por meio dessa avaliação, é possível ter um panorama completo das qualidades e dificuldades
de equipe, com isso, consegue-se trabalhar a característica de cada um. Além disso, criam-se
metas e comparam com avaliações passadas, para mensurar o desenvolvimento da equipe.
Esse formato é pautado em avaliar o que realmente importa para uma empresa. Assim, o líder,
ao avaliar seu liderado, definirá quais as principais competências necessárias para o cargo e o
departamento. Logo, o objetivo é traçar metas para os colaboradores, de acordo com os
parâmetros estabelecidos. Normalmente, é possível avaliar as competências em dois grupos
distintos: competências comportamentais, analisando fatores como proatividade,
comprometimento e habilidade para trabalhar em equipe; competências técnicas, geralmente
relacionadas à atividade-fim exercida pelo colaborador. Considera-se, então, o conhecimento
em determinado software, máquina, equipamento ou item específico.
Lembrando que para usar esse método é importante que já ter as aptidões indispensáveis para
cada um dos cargos e das funções.
Nesse caso, a própria equipe avalia o desempenho de cada um dos membros e programa as
providências necessárias para melhorar. É positivo o fato do próprio time se tornar
responsável pela avaliação dos participantes e pela definição dos objetivos e das metas que
precisam ser alcançadas.
A avaliação por objetivos surgiu na década de 1950, nos Estados Unidos, como consequência
da Administração por Objetivos. Esse modelo de avaliação, de uma maneira mais rica e
completa, atende a três objetivos: revisão do cumprimento das metas ou atingimento de
resultados; apreciação do comportamento da pessoa: a maneira como realiza seus objetivos;
avaliação do potencial: estimativa sobre os rumos que o funcionário pode tomar na sua
carreira dentro da organização.
Com esse método, a avaliação de desempenho é feita por todos aqueles que mantêm alguma
interação com o avaliado. Geralmente, conta com a participação do gerente ou líder, dos
colegas ou colaboradores, dos pares e até de clientes e fornecedores.
Apesar de recente, a avaliação 360 graus já é utilizada em diversas empresas. Um dos seus
pontos positivos é que estão menos sujeitas às influências artificiais, ou seja, aquelas
produzidas por alguém. Isso ocorre porque a análise é feita sob um ponto de vista mais
equilibrado, sem muita influência de opiniões pessoais. A partir daí, consegue-se, por
exemplo, que os impactos sobre os grupos minoritários da empresa sejam menores. Outra
vantagem importante: maior credibilidade.
Uma pessoa pode se enganar ao avaliar um determinado colaborador. Mas se a maioria tem
uma mesma opinião sobre determinada pessoa, o risco de estarem erradas é bem menor.
O que se percebe é que, nesse método, os colegas de trabalho são mais específicos ao dar o
retorno sobre o comportamento do colaborador. A boa notícia é que, dependendo do caso, a
pressão dos companheiros de trabalho motiva as mudanças de comportamento.
Por meio da avaliação 360º é possível analisar: a capacitação do colaborador; as atitudes;
as habilidades; os pontos fortes e fracos; o perfil comportamental.
A eficiência desse sistema tem feito com que ele ganhe cada vez mais importância nas
organizações. Hoje, temos estruturas mais flexíveis, nas quais se vê com bons olhos a
possibilidade do funcionário ser avaliado pelos seus superiores, colegas de trabalho e
subordinados, quando for o caso.
Segundo relato dos profissionais, com a avaliação 360 graus a perspectiva sobre o
desempenho real de cada colaborador se tornam muito mais rica, o que reverte positivamente
para a empresa, por exemplo, em ganho de produtividade.
A avaliação de desempenho com base na satisfação dos funcionários pode trazer à tona a
opinião dos colaboradores, referente ao ambiente de trabalho e às relações interpessoais
também. Com esse método de avaliação é preciso considerar a opinião dos colaboradores,
uma vez que, por meio dela, é possível identificar a fragilidade dos setores. Ainda, essa
análise é feita com uso de questionários e feedbacks dos funcionários à gestão de pessoas.
Além disso, é importante para a organização saber o índice de satisfação dos colaboradores,
porque quando estão felizes, fazem o trabalho mais engajados e buscam não cometer erros.
No caso de funcionários insatisfeitos com o trabalho ou com o ambiente de trabalho, é
possível gerar prejuízos para a empresa, como queda de produtividade e aumento da
rotatividade dos colaboradores.
O grau de satisfação influência diretamente no bem-estar da empresa, sendo um grande
diferencial competitivo. Uma equipe motivada contribui para um dia a dia mais produtivo e
lucrativo e gera benefícios, como autoestima elevada, otimização de tempo, crescimento
pessoal, bom relacionamento interpessoal e baixa de turnover.
Ainda, ao avaliar o conjunto, é possível fazer ajustes e analisar os pontos fortes e fracos de
cada equipe, além de aperfeiçoar o fluxo de trabalho, melhorar o relacionamento de todos e,
principalmente, a comunicação.
Por fim, esse tipo de avaliação consiste no registro detalhado de situações entre os
colaboradores, principalmente se, na ocasião, agiram de forma muito positiva ou negativa.
Para ser bem-sucedida, é importante que o gestor responsável pela análise seja criterioso ao
manter o histórico das ações que podem configurar como incidentes críticos.
Ainda, é possível que alguns gestores façam comparações dos colaboradores com anos
passados, por isso, é dispensável que todos os acontecimentos sejam anotados no momento
em que ocorreram, seja ele feito pelo avaliador ou pelo colaborador avaliado. Quando
documentados depois, pode prejudicar a ação, uma vez que os detalhes significativos podem
ser esquecidos posteriormente.
Algumas desvantagens desse método incluem longo tempo para avaliação, o que gera demora
no feedback e melhoras como um todo. Além disso, causa dificuldade na análise comparativa.
Como você pode ver, não faltam modelos para serem adotados no dia a dia pelas empresas
interessadas em acompanhar mais de perto o desenvolvimento das equipes. O importante é
que se escolha um dos tipos de avaliação de desempenho de acordo com a cultura do negócio.
A partir daí, a operação consegue aprimorar suas políticas internas e melhorar o clima
organizacional.
A grande questão é: qual o nível ou extensão desta “discrepância de desempenho” para cada
colaborador e seu reflexo para o alcance dos objetivos organizacionais?
Jordan, H., Neves, J.C. e Rodrigues, J.A. (2015), O Controlo de Gestão 10ª Edição, Áreas
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K aplan, Robert S. e David P. Norton (2008b), The Execution Premium, Linking Strategy to
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Porter, Michael E. (1980), Competitive Strategy, New York: Macmillan, Free Press