QUAL A DIFERENÇA ENTRE DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO EMPRESARIAL?

A diferença entre diagnóstico e intervenção empresarial é que o diagnóstico é a etapa de análise

da situação atual da empresa, enquanto que a intervenção é a etapa de implementação das soluções
propostas pelo diagnóstico. O diagnóstico visa identificar os problemas e oportunidades da empresa, e a
intervenção visa resolver os problemas e aproveitar as oportunidades. O diagnóstico é um processo de
coleta e interpretação de dados, e a intervenção é um processo de planejamento e execução de ações. O
diagnóstico fornece um diagnóstico da empresa, e a intervenção fornece um prognóstico da empresa. O
diagnóstico é um meio para se chegar à intervenção, e a intervenção é um fim para se alcançar os
objetivos da empresa.

ETAPAS PARA IMPLANTAÇÃO DE UM DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO EMPRESARIAL?

Um diagnóstico empresarial é uma ferramenta que permite analisar a situação atual de uma
empresa, identificar seus problemas e oportunidades, e propor soluções estratégicas para melhorar seu
desempenho. Uma intervenção empresarial é uma ação planejada e executada para implementar as
soluções propostas pelo diagnóstico, visando alcançar os objetivos definidos pela empresa.

Para realizar um diagnóstico e intervenção empresarial, você pode seguir os seguintes passos:

Coleta de informações: Nessa etapa, você deve reunir o máximo de dados possíveis sobre todas as
áreas da empresa, como finanças, marketing, vendas, recursos humanos, logística, processos etc. Você
pode usar diferentes métodos para coletar as informações, como entrevistas, relatórios, observação de
campo etc. O objetivo é conhecer a realidade da empresa e seus principais desafios123.
Análise dos dados: Nessa etapa, você deve organizar e interpretar as informações coletadas,
usando ferramentas como planilhas, gráficos, tabelas etc. Você deve identificar os pontos fortes e fracos
da empresa, as ameaças e oportunidades do mercado, as causas e consequências dos problemas
encontrados etc. Você pode usar ferramentas de análise como a matriz SWOT, o Canvas modelo de
negócio, o ciclo PDCA, o plano de ação 5W2H etc.
Proposição de soluções: Nessa etapa, você deve elaborar um plano de ação para resolver os
problemas diagnosticados e aproveitar as oportunidades identificadas. Você deve definir os objetivos a
serem alcançados, as estratégias a serem adotadas, os recursos necessários, os indicadores de
desempenho, os prazos e responsáveis etc. Você deve priorizar as ações mais importantes e urgentes, e
alinhar as expectativas com os envolvidos.
Implementação das soluções: Nessa etapa, você deve executar o plano de ação proposto,
seguindo as orientações definidas na etapa anterior. Você deve monitorar e avaliar o andamento das
ações, verificando se estão sendo realizadas conforme o planejado e se estão gerando os resultados
esperados. Você deve fazer ajustes e correções sempre que necessário, e comunicar os avanços e
dificuldades aos envolvidos.
Avaliação dos resultados: Nessa etapa, você deve medir e comparar os resultados obtidos com os
objetivos definidos na etapa de proposição de soluções. Você deve analisar se o diagnóstico e a
intervenção empresarial foram eficazes para melhorar o desempenho da empresa, quais foram os
benefícios e dificuldades encontrados, quais foram as lições aprendidas etc. Você deve elaborar um
relatório final com as conclusões e recomendações para o futuro.
PARA QUE SERVE O DIAGNÓSTICO DA EMPRESA?

Como dissemos anteriormente, o diagnóstico da empresa serve para avaliar a saúde do negócio,
evidenciando problemas e oportunidades. A seguir, listamos mais algumas dos benefícios obtidos por
organizações que passam pelo processo.

1. Direcionar recursos de forma estratégica

Com uma avaliação de progresso de cada setor da empresa, é possível identificar aquilo que, de fato,
necessita investimentos de diferentes ordens. Dessa maneira, a organização evita destinar recursos sem
embasamento, empregando o orçamento de forma efetiva.

2. Embasar decisões gerenciais

Outra vantagem do diagnóstico empresarial é o fortalecimento da base de conhecimento estratégico da
empresa. O relatório tem, como objetivo, fornecer informações sobre a organização como um todo,
analisando também o desempenho de cada setor individualmente e em conjunto com outras áreas.
Com isso, a gerência da empresa consegue visualizar a organização como um sistema, definido, de
maneira assertiva, as operações realizadas.

3. Identificar gaps de comunicação

O entendimento da estratégia da empresa, problema bastante comum apontado na introdução do artigo,
é um gap de comunicação.
A falha na transmissão de mensagens estratégicas, operacionais ou mesmo rotineiras entre os
colaboradores da empresa pode trazer impactos diretos na produtividade e entrega dos times. Como
consequência, atingem, também, os resultados globais do negócio.

4. Estabelecer o nível de maturidade do negócio

Se o seu negócio é recente, o diagnóstico empresarial pode ser um caminho para estabelecer seu nível de
maturidade. Isso significa entender o quão sólida é a empresa, o seu nível de relevância no mercado e
quais as oportunidades de crescimento viáveis no curto, médio e longo prazo.

5. Fazer projeções para o futuro

E por falar em longo prazo…entender a performance da empresa por meio de uma avaliação completa e
multissetorial é importante para pautar projeções realistas de futuro.
Afinal, o comparativo de diagnósticos realizados periodicamente permite a identificação de padrões e
tendências, que podem apontar para um cenário de crescimento ou queda.

6. Evidenciar desvios e problemas antecipadamente

Sim, relatórios empresariais podem antecipar problemas e apontar tendências pouco positivas para as
empresas. No entanto, quando identificado antecipadamente, os desvios e dificuldades podem ser
melhor analisados, trabalhados e solucionados.

Exemplo de diagnóstico empresarial: modelo para aplicar

Se você se interessou pelo diagnóstico empresarial, mas não sabe por onde começar, aqui vão
duas dicas. Como apontado anteriormente, é possível realizar a avaliação da sua empresa com a ajuda de
instituições especializadas, como o Sebrae. Outra opção é contratar consultorias e solicitar o serviço.
Por fim, a empresa pode recorrer a modelos pré-desenvolvidos por autoridades em processos
gerenciais, como Rich Mimick, Mike Thompson e Terry Rachwalski. No livro Business Diagnostics, os três
autores defendem que um bom diagnóstico empresarial deve considerar 12 variáveis:
 1. Atração de clientes
2. Ambiente externo
3. Posição no mercado
4. Concorrentes
5. Situação dos funcionários
6. Saúde financeira
7. Operações
8. Tecnologia
9. Foco estratégico
10. Liderança
11. Partes interessadas
12. Inovação

Para elaborar um PLANO DE AÇÃO para intervenção empresarial, você pode seguir os seguintes
passos:

1. Defina os objetivos da intervenção, ou seja, o que você quer alcançar com as mudanças na empresa. Os
objetivos devem ser claros, específicos, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e temporais.
2. Identifique as ações necessárias para atingir os objetivos, ou seja, o que você precisa fazer para realizar as
mudanças na empresa. As ações devem ser detalhadas, organizadas e priorizadas.
3. Estabeleça os recursos necessários para executar as ações, ou seja, o que você precisa ter para realizar as
mudanças na empresa. Os recursos podem ser financeiros, humanos, materiais, tecnológicos etc.
4. Atribua as responsabilidades para cada ação, ou seja, quem vai fazer o que na intervenção
empresarial. As responsabilidades devem ser definidas de acordo com as competências e habilidades de
cada pessoa envolvida2.
5. Determine os prazos para cada ação, ou seja, quando cada atividade deve ser iniciada e concluída na
intervenção empresarial. Os prazos devem ser realistas e compatíveis com os recursos disponíveis.
6. Defina os indicadores de desempenho para cada objetivo, ou seja, como você vai medir se os resultados
esperados foram alcançados na intervenção empresarial. Os indicadores devem ser quantitativos,
qualitativos ou mistos2.
7. Monitore e avalie o plano de ação, ou seja, acompanhe o andamento das ações e verifique se estão
gerando os efeitos desejados na intervenção empresarial. Faça ajustes e correções sempre que necessário
e comunique os avanços e dificuldades aos envolvidos.

Uma ferramenta que pode ajudar na elaboração do plano de ação é o sistema 5W2H, que consiste
em responder às seguintes perguntas: What (O que), Why (Por que), Where (Onde), When (Quando),
Who (Quem), How (Como) e How much (Quanto custa) 3. Você pode usar uma planilha de Excel, Word ou
PDF para registrar as respostas e facilitar o controle do plano de ação.

Os RECURSOS NECESSÁRIOS para uma intervenção empresarial dependem do tipo, da dimensão e

da complexidade do projeto. No entanto, de modo geral, os seguintes recursos são essenciais para
realizar uma intervenção empresarial:

Pessoas: são os profissionais envolvidos na intervenção, que podem ser internos ou externos à empresa.
Eles devem ter as competências, habilidades e conhecimentos necessários para planejar, executar,
monitorar e avaliar as ações propostas. As pessoas também devem estar alinhadas com os objetivos,
valores e cultura da empresa.
Recursos financeiros: são os recursos monetários disponíveis para custear as despesas da intervenção,
como salários, materiais, equipamentos, viagens, consultorias etc. Os recursos financeiros devem ser
planejados e controlados de forma eficiente e transparente, evitando desperdícios e imprevistos.
Equipamentos: são os recursos materiais necessários para realizar as atividades da intervenção, como
computadores, impressoras, telefones, máquinas, ferramentas etc. Os equipamentos devem estar em
bom estado de conservação e funcionamento, e ser adequados às necessidades da intervenção.
Instalações: são os espaços físicos onde a intervenção será realizada, como escritórios, salas de reunião,
auditórios, fábricas etc. As instalações devem oferecer condições adequadas de trabalho, segurança,
conforto e acessibilidade para os envolvidos na intervenção.
Materiais e suprimentos: são os recursos consumíveis necessários para realizar as atividades da
intervenção, como papel, tinta, energia elétrica, água, combustível etc. Os materiais e suprimentos
devem ser adquiridos e armazenados de forma racional e sustentável, evitando faltas ou excessos.
Informação: é o recurso intangível necessário para obter conhecimento sobre a situação atual da
empresa, identificar problemas e oportunidades, propor soluções e avaliar resultados. A informação deve
ser coletada, organizada, analisada e comunicada de forma confiável, relevante e atualizada.
Tecnologia: é o recurso intangível necessário para apoiar as atividades da intervenção, como softwares,
aplicativos, plataformas digitais etc. A tecnologia deve ser compatível com as necessidades da
intervenção, facilitando a comunicação, a colaboração e a inovação.

Para planejar e controlar os recursos financeiros de uma intervenção empresarial, você deve seguir alguns
passos básicos, como:

 Definir os objetivos e as metas da intervenção, ou seja, o que você quer alcançar com as
mudanças na empresa e como você vai medir o sucesso.
 Estimar os custos e as receitas da intervenção, ou seja, quanto você vai gastar e quanto
você vai ganhar com as mudanças na empresa. Você deve considerar os custos fixos e
variáveis, as despesas operacionais e administrativas, as receitas operacionais e não
operacionais etc.
 Elaborar um orçamento para a intervenção, ou seja, um plano detalhado de como você vai
alocar os recursos financeiros para cada ação da intervenção. Você deve definir os limites
de gastos e de recebimentos para cada período e para cada área da empresa.
 Criar um fluxo de caixa para a intervenção, ou seja, um registro de todas as entradas e
saídas de dinheiro da empresa durante a intervenção. Você deve projetar o saldo do caixa
para cada período e verificar se há necessidade de capital de giro ou de financiamento
externo.
 Monitorar e avaliar o desempenho financeiro da intervenção, ou seja, acompanhar se os
resultados financeiros estão de acordo com o planejado e se há necessidade de ajustes ou
correções. Você deve usar indicadores financeiros como lucratividade, rentabilidade,
liquidez, endividamento etc.
Você pode usar ferramentas tecnológicas para facilitar o planejamento e o controle financeiro da
intervenção empresarial, como softwares, aplicativos e plataformas digitais. Alguns exemplos são:
Siteware, Serasa Experian, Neon, EPR Consultoria, TOTVS e Treasy. Essas ferramentas podem ajudar você
a organizar, analisar e gerenciar os recursos financeiros da sua empresa de forma eficiente e
transparente.

Os INDICADORES FINANCEIROS são medidas que permitem avaliar a situação financeira de uma
empresa, bem como o seu desempenho, rentabilidade, liquidez e endividamento. Eles são úteis para
apoiar a tomada de decisão na intervenção empresarial, que é um processo de implementação de
mudanças estratégicas para melhorar o desempenho da empresa.

Existem diversos indicadores financeiros que podem ser usados na intervenção empresarial,
dependendo do objetivo e do contexto da análise. Alguns dos mais comuns são:
  Margem Bruta: indica o quanto a empresa ganha ao vender um produto ou serviço depois de
descontar as despesas para produzi-lo e vendê-lo. É calculada pela fórmula: Margem Bruta =
(Receita – Deduções – Custos Diretos Variáveis) x 100.
 Margem EBITDA: indica a quantidade de geração operacional de caixa da empresa, ou seja, o
quanto a empresa gera de lucro apenas em suas atividades operacionais, sem considerar os
efeitos financeiros e de pagamento de tributos. É calculada pela fórmula: EBITDA = Lucro
Operacional Líquido + Depreciação + Amortização.
 Margem Líquida: indica o que restou do valor de vendas após a dedução de todas as despesas
(incluindo o imposto de renda). É calculada pela fórmula: Margem Líquida = Lucro Líquido /
Receita Líquida x 100.
 Retorno sobre Investimento (ROI): indica o quanto a empresa ganhou ou perdeu em relação ao
valor investido em um projeto ou atividade. É calculado pela fórmula: ROI = (Lucro – Custo) / Custo
x 100.
 Retorno sobre o Capital Investido (ROIC): indica o quanto a empresa gerou de retorno para o
capital investido pelos acionistas e credores. É calculado pela fórmula: ROIC = EBIT / Capital
Investido x 100.
 Ponto de Equilíbrio (Breakeven): indica o nível mínimo de vendas que a empresa precisa realizar
para cobrir todos os seus custos e despesas, sem obter lucro ou prejuízo. É calculado pela fórmula:
Ponto de Equilíbrio = Custos Fixos / Margem de Contribuição.
 Índice de Cobertura de Juros: indica a capacidade da empresa de pagar os juros da sua dívida com
o lucro gerado pelas suas operações. É calculado pela fórmula: Índice de Cobertura de Juros = EBIT
/ Despesas Financeiras.
 Faturamento: indica o valor total das vendas realizadas pela empresa em um determinado
período. É calculado pela soma das receitas brutas obtidas com as vendas.
 Margem de Contribuição: indica o quanto cada produto ou serviço vendido contribui para o
pagamento dos custos fixos e para a geração de lucro da empresa. É calculada pela fórmula:
Margem de Contribuição = Preço de Venda – Custos Diretos Variáveis – Despesas Variáveis.

Esses são alguns exemplos de indicadores financeiros que podem ser usados na intervenção
empresarial, mas existem muitos outros que podem ser relevantes para a sua análise. O importante é
escolher os indicadores que melhor se adequam à sua realidade e aos seus objetivos, e acompanhar os
seus resultados com frequência e rigor.
Se você quiser saber mais sobre indicadores financeiros, você pode consultar os seguintes sites: Treasy,
FIA, Siteware ou InfoMoney.

DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL: MODELOS, TÉCNICAS, EXEMPLO

O diagnóstico organizacional é uma forma eficaz de ver uma organização identificar as lacunas
entre o desempenho atual eo desejado, e como você pode atingir seus objetivos . O diagnóstico pode ser
limitado a uma equipe, um projeto ou uma empresa em geral.
É um processo que envolve três etapas: entrar publicamente em um sistema humano, coletar
dados válidos em diferentes experiências e fornecer feedback ao sistema para promover o desempenho
corporativo. É uma abordagem estruturada que avalia a operação e a eficiência de uma organização.

Diagnóstico Organizacional: Modelos, Técnicas, Exemplo

 Em todos os casos, funciona da mesma maneira: primeiro é realizada uma avaliação da
organização usando diferentes métodos (entrevistas, pesquisas, observações etc.) e diferentes fontes de
informação (funcionários, líderes, clientes, fornecedores), para de ter a imagem mais específica possível.
O próximo passo é comparar o estado real de uma situação com os resultados desejados e
desenvolver um plano de ação concreto. As atividades que serão realizadas são priorizadas e
implementadas.
Nos últimos anos, o diagnóstico organizacional evoluiu de uma técnica usada como parte do
processo de desenvolvimento organizacional para uma importante técnica por si só.
O objetivo do diagnóstico é identificar os problemas enfrentados pela organização. Também
determine suas causas para que o gerenciamento possa planejar soluções.
Desde o início do desenvolvimento organizacional, o diagnóstico deixou de ser uma abordagem
puramente comportamental, passou a ser um diagnóstico comercial estratégico e abrangente, e
considerou as intervenções humanas isoladamente, explorando as interações das pessoas no contexto
em que operam.
O diagnóstico eficaz da cultura organizacional e os pontos fortes e fracos estruturais e
operacionais são essenciais para qualquer intervenção bem-sucedida no desenvolvimento organizacional.

Modelos de diagnóstico organizacional

Muitos profissionais usam modelos desenvolvidos por consultores e pesquisadores experientes
que o aplicaram para orientar suas pesquisas.
Esses modelos especificam características organizacionais que se mostraram críticas no passado.
Modelos padronizados também ajudam os consultores a manter a consistência em todos os projetos.
Infelizmente, trabalhar com os modelos disponíveis corre o risco de gerar muitos dados difíceis de
interpretar. Da mesma forma, de deixar de abordar desafios e problemas críticos para a organização e de
não refletir suas características distintivas.
Para evitar esses inconvenientes, os consultores adaptam os modelos padronizados para se
adaptarem à organização e suas circunstâncias.
Os modelos de diagnóstico organizacional podem estar em sistemas abertos ou fechados.

Modelo de Sistemas Abertos

Modelos de sistemas abertos sugerem que todos os componentes dentro de uma organização
estão inter-relacionados. Portanto, alterar um componente afetará os outros componentes.
Os modelos de sistema aberto consideram adicionalmente o ambiente externo da organização e
levam em consideração seus efeitos nas decisões e mudanças.
Isso dá origem à ideia de que as organizações são um conjunto de funções extremamente
complexas de tarefas, liderança, mudanças e tomada de decisão.
Embora essa complexidade seja excessiva demais para ser considerada de uma só vez, o modelo
de sistemas abertos apóia o conceito de que o todo é mais forte e mais eficaz do que cada componente
individual sozinho.
Comentários
O modelo de sistemas abertos é interessante porque admite um ciclo de feedback constante ao
longo do processo.
Insumos, como informações e capital humano, transformações como componentes sociais e
tecnológicos e produtos (bens, serviços e capital intelectual) são considerados no contexto do ambiente
externo em que a organização opera.
Em cada uma dessas categorias, há um feedback constante, que serve para promover a
organização. Serve também para devolvê-lo, repensar conceitos ou idéias que não funcionaram e
precisam ser aprimorados.
 Isso é semelhante à idéia de incentivar tentativa e erro: ensaie muitas coisas e mantenha a que
funciona. A comunicação pode ser considerada um componente importante nesse modelo, para garantir
feedback eficaz e oportuno.

Modelo de Sistemas Fechados

O modelo de sistemas fechados não promove flexibilidade e adaptabilidade, pois ignora
completamente o ambiente externo e se concentra inteiramente nos componentes internos.
Atualmente, ignorar forças externas é um sinal de uma organização fraca, condenada à crise ou ao
fracasso, porque não estará preparada adequadamente para enfrentar as mudanças que surgirem.
Além disso, os modelos de sistema fechado suportam o conceito de fazer as coisas corretamente.
Isso limita o crescimento da organização e de seus membros da equipe, porque não promove
nenhum tipo de desenvolvimento ou incentiva o aprendizado organizacional, que é novamente
imperativo no mundo em mudança de hoje.

Técnicas
Métodos de diagnóstico
Existem muitas maneiras de analisar e diagnosticar organizações e seus fenômenos. A seguir estão
os métodos mais frequentemente usados:
– questionários.

Entrevistas.
– observação.
– Análise de registros, circulares, relatórios de avaliação e outra literatura organizacional.
– Análise de dados de organizações e várias unidades.
– Equipes de tarefas e grupos de tarefas.
– Oficinas para identificar problemas / resolver problemas.
– Seminários, simpósios e programas de treinamento.
– Registro e exame de incidentes críticos.

Processo geral
O processo para usar a ferramenta de diagnóstico organizacional foi primeiro entender a
organização e o setor com o qual está trabalhando.
Em seguida, é realizada uma investigação e os membros são entrevistados no setor. Perguntas
estruturadas são criadas para que entrevistas com alguns membros importantes da organização sejam
diagnosticadas.
Também se trata de estar presente nos escritórios e corredores da organização para observar em
andamento alguns dos aspectos organizacionais.

A partir daí, vai para a documentação, que é um processo bastante simples e direto para dividir as
informações que foram ouvidas, notadas e observadas no modelo de diagnóstico organizacional.

Técnicas de intervenção
Com o diagnóstico organizacional, as organizações se tornam mais eficazes promovendo reduções
nas diferenças entre poder e status. Também em comunicação aberta, em tomada de decisão
participativa, em cooperação, solidariedade e desenvolvimento do potencial humano de seus membros.
Para promover mudanças e desenvolvimento, os consultores de desenvolvimento organizacional
desenvolveram uma ampla gama de técnicas de intervenção. A seguir, é apresentado um resumo dessas
intervenções, agrupadas pela parte do sistema organizacional ao qual é dirigida mais diretamente.
 Recursos humanos
A mudança ou seleção de habilidades, atitudes e valores por meio de programas e cursos de
treinamento, recrutamento, seleção, aconselhamento, colocação e gestão de estresse e programas de
manutenção da saúde

Comportamento e processos
Mudanças nos processos de interação, como tomada de decisão, liderança e comunicação, por
meio de treinamento, formação de equipes, consulta de processos e intervenção de terceiros para
resolução de conflitos.

Feedback dos dados da pesquisa para autodiagnóstico e planejamento de ações.

Estruturas e tecnologias organizacionais

Redesenho do trabalho, procedimentos administrativos, mecanismos de recompensa, divisão do
trabalho, mecanismos de coordenação e procedimentos do trabalho.

Objetivos, estratégias e cultura organizacional

Promover o esclarecimento de objetivos e a formulação de estratégias por meio de workshops e
exercícios. Facilitar os vínculos de cooperação entre organizações. Examine e mude as culturas
corporativas (valores, normas e crenças).

Exemplo

O diagnóstico organizacional é uma forma de intervenção, pois interrompe as operações rotineiras

da organização. Pode afetar as expectativas dos membros em relação à mudança e influenciar o modo
como eles pensam sobre si mesmos e sua organização.

Caso da NASA
Uma análise da tentativa da NASA de implementar a inovação aberta, que era compartilhar idéias
e resolver problemas com outras organizações em todo o mundo, pode ser feita em resposta a seus
cortes no orçamento. Seu sistema de recursos humanos pode ser definido da seguinte maneira:

– Trabalho não estruturado: muitos projetos em execução ao mesmo tempo.

– Não há processos que determinam como ou o que estudar nos projetos.
– Existem hierarquias e processos claros, que permitem o sucesso em um campo que precisa de
muita experiência.
– Fornece um método para executar tarefas com base em quem deseja trabalhar em quê, qual
conjunto de habilidades funciona etc.
– Uma cultura de não demitir pessoas.
– Muitos contratados no escritório, que foram os primeiros a serem demitidos durante cortes no
orçamento.
– Membros da equipe muito bem tratados.
– Limites de baixa remuneração, embora isso não afete a cultura organizacional. As pessoas
querem estar lá e é por isso que aceitam limites salariais mais baixos.
– Os funcionários pensam na NASA como um empregador superior, porque permite que as
pessoas sejam inovadoras e contribuam para uma nova idéia, ou algo que nunca foi feito antes.

Intervenções realizadas
 Nesse caso, a organização não estava comprando a idéia de inovação aberta. Este foi um projeto
desenvolvido para continuar alcançando os resultados de qualidade da NASA. Foi necessária a
colaboração externa da NASA, devido a mudanças no ambiente externo, que foram cortes no orçamento.
Intervenções como sessões de treinamento, oportunidades de feedback, recompensas por
participar da inovação aberta foram introduzidas. Também foi criada uma lista de verificação para tornar
a inovação aberta utilizável pela NASA.
Todas essas intervenções tomadas pelos agentes de mudança no caso da NASA finalmente
trabalharam para reconciliar os conflitos criados pela diminuição de recursos, ansiedade de sobrevivência,
motivação reduzida e resistência à mudança.
Intervenções apropriadas, como trabalhar para alinhar a visão da empresa com a realidade das
operações cotidianas, podem ser usadas para conciliar e obter resultados positivos quando existem
conflitos.

Modelo de perguntas para diagnóstico organizacional

O segredo de um bom questionário para diagnóstico empresarial é fazer as perguntas certas para as
pessoas certas.

A seguir, apresentamos um modelo de 10 perguntas para você ter uma ideia do teor do questionário.

Confira também: Como criar uma planilha de diagnóstico empresarial? Descubra e tire o máximo da sua
empresa com essa ferramenta

Os resultados que a sua empresa vem obtendo no mercado estão alinhados com o planejamento
estratégico?
Você sabe dizer quais são os pontos fortes e fracos da organização?
Você sabe quais as mudanças devem ser feitas para garantir os resultados esperados?
Em sua empresa, os funcionários sabem exatamente quais são os fundamentos da função deles?
Caso precisasse recomeçar do zero, sabe apontar o que faria diferente?
Se você estivesse competindo contra você mesmo, sabe exatamente onde atacaria?
O que é necessário fazer para corrigir esses pontos fracos?
Como é feito o planejamento financeiro da empresa?
Como a empresa reage às modificações do mercado? Existem estratégias definidas de como se comportar
nas mudanças?
A empresa analisa o mercado para desenhar as suas estratégias?
As respostas a essas perguntas vão permitir que se faça uma análise profunda da percepção que os
integrantes da organização têm sobre sua gestão empresarial.