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TOMADA DE DECISÃO
Indicadores de Desempenho
É importante, para qualquer organização, que a informação chegue até a gerência,
e esta possa, de forma eficaz e rápida, tomar as decisões necessárias para manter o fluxo
de entrega de valor para o cliente. O desempenho organizacional reflete esse fluxo e, por
isso, precisa ser constantemente monitorado para identificar funções que enriqueçam e
empobreçam a organização. A informação, para ser bem utilizada pela empresa, necessita
ser compreendida por meio de uma linguagem de uso comum e adequada para análise e
tomada de decisão. Assim, surge o indicador, que é o agente tradutor da informação,
democratizando o acesso às informações por todos os interessados, de maneira única e
universal.
Os gestores devem buscar formas de medir e avaliar a eficiência, a eficácia, a
efetividade, a qualidade, a produtividade, a inovação, a lucratividade, entre outras
características. Para essa tarefa, faz-se uso dos indicadores que, segundo Tocchetto e
Pereira (2004, p. 1), "são medidas utilizadas para avaliar, mostrar a situação e as
tendências das condições de um dado ambiente".
Os indicadores sinalizam como se encontra um determinado processo e mostram
como as tarefas estão sendo desenvolvidas. Assim, os indicadores são medidores de uma
atividade.
Van Bellen (2002, p. 5) afirma que o objetivo principal dos indicadores "é o de
agregar e quantificar informações de uma maneira que sua significância fique mais
aparente. Os indicadores simplificam as informações sobre fenômenos com- plexos,
tentando melhorar, com isso, o processo de comunicação. O resultado de um indicador é
uma fotografia de um dado momento e demonstra, sob uma base de medida, aquilo que
está sendo feito, ou o que se projeta para ser feito.
Nesse sentido, os indicadores devem ter relevância como instrumento de gestão e,
para tal, precisam: ser pertinentes; ter credibilidade em relação ao resultado; demandar
esforço aceitável para sua apuração; ser de fácil interpretação; ter um algoritmo simples;
ter, como fonte de dados, bases internas; ser possível seu cálculo de forma automática; ter
fontes de dados passíveis de uma auditoria eficiente; ter alinhamento com a frequência de
monitoramento; ser passíveis de cálculo em momento de emergência; estar protegidos de
eventualidades externas; não gerar efeitos inadequados; servir como referência; e manter-
se sempre atualizados.
Construções de Indicadores
Os indicadores devem ser gerados de forma criteriosa, assegurando a
disponibilidade dos dados e resultados mais relevantes no menor tempo possível e ao
menor custo. Além disso, o uso de um indicador deve observar sua importância no
processo, atender a vários critérios, destacando-se entre eles a seletividade ou
importância, simplicidade e clareza, rastreabilidade e acessibilidade, comparabilidade,
estabilidade e rapidez de disponibilidade, bem como o baixo custo de obtenção.
A periodicidade para a coleta de dados e atualização dos indicadores depende da
compatibilização das melhorias a serem aplicadas e das possibilidades físicas e estruturais
para a medição. O resultado do indicador leva à análise das ações implementadas. Por
outro lado, um indicador que mostre piora constante ou instabilidade em suas métricas
sugere que não está havendo acerto na correção dos pontos críticos, ou que os pontos
identificados não são os críticos.
Para estabelecermos um processo de medição, precisamos, primeiro, definir os
dados necessários para compor o indicador e, depois, elaborar e testar a fórmula, indicar
os responsáveis pela coleta dos dados e alimentação no banco de dados, a periodicidade
da atualização do indicador, a forma de apresentação e as explicações necessárias, entre
outros. É preciso, também, estabelecer o padrão comparativo para o que se está medindo,
visando a manter uma relação próxima. O tamanho da empresa, o negócio, a atividade,
dentre outras variáveis, devem ser considerados neste momento.
Com o padrão estabelecido e a medição em mãos, faz-se a comparação visando a
identificar quão longe está o indicador daquilo que se pretende ser um padrão aceitável
de medição. Esse afastamento indicará o próximo passo da ação gerencial necessária,
quando há necessidade de intervenção. O resultado da comparação pode levar a três
possibilidades de intervenção:
a) No processo de medição, reavaliando as fórmulas, a coleta de dados, a
periodicidade, etc.;
b) Na reavaliação do próprio padrão comparativo, reexaminando se o padrão é o mais
indicado;
c) Na origem da construção do indicador, reavaliando toda a estrutura e os
parâmetros do processo em análise. Aqui, verifica-se se o indicador realmente
agrega ao processo de transferência de valor para a cadeia e, consequentemente,
para o cliente final.
Atividade Avaliativa 1
1. A partir de uma análise do desempenho de um processo, um consultor coletou os
seguintes dados:
I. A cada 100 horas planejadas de produção, apenas 90 horas são realmente usadas
em atividades produtivas, sendo as 10 horas restantes não produtivas.
II. A cada 100 produtos entregues, 14 são devolvidos pelos clientes por não estarem
de acordo com os requisitos acordados.
Usando unicamente esses dados, o consultor concluiu que a eficácia e a eficiência do
processo são, respectivamente:
Indicadores de Lucratividade
Indicadores de Retorno
Indicadores de Liquidez
Indicadores de Endividamento
EMPRESA A
Ativo (R$) Passivo (R$)
CIRCULANTE 6.000 CIRCULANTE 4.000
Disponível 1.000 Contas a Pagar 1.800
Valores a Receber 2.500 Empréstimos 1.700
Estoques 2.500 Provisão de IR 500
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 2.000 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 4.000
ATIVO PERMANENTE 6.000 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 6.000
Total 14.000 Total 14.000
EMPRESA B
Ativo (R$) Passivo (R$)
CIRCULANTE 10.000 CIRCULANTE 11.000
Disponível 3.000 Contas a Pagar 5.000
Valores a Receber 2.000 Empréstimos 4.000
Estoques 5.000 Provisão de IR 2.000
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 4.000 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 3.000
ATIVO PERMANENTE 16.000 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 16.000
Total 30.000 Total 14.000
3 INDICADORES
ECONÔMICA
DE AVALIAÇÃO DE VIABILIDADE
Sistema de Custeio
Os sistemas de custeio estão intimamente ligados à contabilidade de
custos. Além disso, representam, em síntese, diferentes técnicas de mensuração
dos estoques. De modo que auxiliam em todo o sistema contábil de uma empresa.
Tanto na contabilidade geral, quanto na contabilidade gerencial.
Normalmente, utilizam-se as expressões: custo, despesa e perda como
sinônimos. Entretanto, para a definição dos sistemas de custeio, essa
diferenciação é fundamental:
• Gastos
o Custo: Corresponde ao gasto com bens e serviços que serão utilizados
na produção de outros bens e serviços. Ou seja, estão relacionados
à produção, são exemplos: gasto com insumos e mão de obra;
o Investimento: Corresponde ao gasto com um bem ou serviço ativado
em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a períodos
futuros. Esse seria o caso do valor gasto na aquisição de uma
máquina para a fábrica;
o Despesa: São gastos com bens e serviços utilizados com a finalidade
de obtenção de receita. Mas não tem relação com a produção em
si. Temos como exemplos: vencimento dos vendedores, custos com a
loja de venda dos produtos.
• Custos:
o Diretos: Gasto que pode ser direcionado a determinado produto sem
dúvidas, como o gasto com um insumo exclusivo do produto.
o Indiretos: Gasto que necessita de uma forma de rateio para ser
atribuído a cada produto da produção. Nesse caso, seria o gasto, por
exemplo, com tecido para uma fábrica têxtil.
• Custos e despesas
o Fixos: Gasto que não varia com a produção, como aluguel da
fábrica ou o salário em carteira dos vendedores;
o Variáveis: Gasto que varia com a produção, como o gasto com
insumos.
Indicadores de Custos
Custo Total Custo Variável
Custo Total Médio: Custo Variável Médio:
Produção Produção
𝑄 = 𝑓(𝐿, 𝐾)
Indicadores de Produtividade
Produção Observada
Eficiência Técnica =
Produção Máxima
Velocidade
Velocidade significa o tempo decorrido desde que o cliente solicita produtos
ou serviços até o momento em que os recebe. O principal benefício da entrega
veloz de bens e serviços para os clientes (externos) da operação é que, quanto
mais rápido puderem receber o produto ou serviço, mais provável é que
comprarão ou pagarão, ou maior o benefício que receberão
Dentro da operação, a velocidade também é importante. A resposta rápida
aos clientes externos é grandemente ajudada pela rapidez na tomada de decisão
e pela movimentação rápida de materiais e informações dentro da operação. Mas
também há outros benefícios:
▪ Velocidade reduz estoques: Quanto mais tempo os itens levarem para se
moverem através de um processo, mais tempo estarão esperando e mais
elevados serão os níveis de estoque;
▪ Velocidade reduz riscos: Prever os eventos de amanhã é bem menos
arriscado do que prever eventos para o próximo ano. Quanto mais longo o
prazo de previsão das empresas, maior a probabilidade de errarem. Quanto
mais rápido o tempo decorrido em um processo, mais a previsão poderá ser
dispensada.
Confiabilidade
Confiabilidade significa fazer as coisas em tempo para os clientes receberem
seus serviços ou produtos exatamente quando são necessários ou pelo menos
quando foram prometidos. Os clientes só podem julgar a confiabilidade de uma
operação após o produto ou serviço ter sido entregue ou prestado. Inicialmente,
isso pode não afetar a possibilidade de os clientes selecionarem o serviço.
Dentro da operação, os clientes internos julgarão o desempenho de cada
um, em boa parte, pela confiabilidade dos outros processos na entrega de
material ou informação no tempo certo. As operações em que a confiabilidade
interna é alta são mais eficazes do que as que não o são, por várias razões:
▪ Confiabilidade gera estabilidade: A interrupção causada às operações
pela falta de confiabilidade vai além de tempo e custo. Afeta a “qualidade”
do tempo de operação. Se tudo em uma operação for sempre perfeitamente
confiável, um nível de confiabilidade terá que existir entre diferentes partes
da operação. Não haverá “surpresas” e tudo será previsível. Sob tais
circunstâncias, cada parte da operação pode concentrar-se em melhorar
sua própria área de responsabilidade sem ter sua atenção continuamente
desviada pela falta de serviço confiável das outras partes.
Flexibilidade
Flexibilidade significa ser hábil em mudar a operação de alguma forma. Isso
pode significar mudar o que a operação faz, como está fazendo ou quando está
fazendo. Especificamente, os clientes precisarão que a operação mude de forma
que possa proporcionar quatro tipos de requisitos:
▪ Flexibilidade de serviço/produto – habilidade de introduzir serviços e
produtos novos ou modificados;
▪ Flexibilidade de mix – habilidade de produzir amplo conjunto ou mix de
serviços e produtos;
▪ Flexibilidade de volume – habilidade de mudar seu nível de output ou
atividade para produzir quantidades ou volumes diferentes de serviços e
produtos no decorrer do tempo;
▪ Flexibilidade de entrega – habilidade de mudar o tempo de entrega de
seus serviços ou produtos.
Custo
Para as empresas que competem diretamente em preço, o custo será seu
principal objetivo nas operações. Quanto menor o custo de prestar e entregar
serviços e produtos, menor pode ser o preço pago pelos clientes. Mesmo as
empresas que não competem em preço estarão interessadas em manter os custos
baixos.
Qualquer euro ou dólar removido da base de custo de uma operação será
um dólar ou um euro acrescentado ao lucro. Não surpreende que o custo baixo
é um objetivo universalmente atraente.
Atividade Avaliativa 4
1. A empresa Wood BS, que produz e instala portas em imóveis residenciais, fechou
contratos para a entrega de 80 portas aos seus clientes até o final do próximo mês.
Entretanto, passado o final do mês, observou-se que apenas 60 portas foram entregues
e instaladas nos imóveis dos clientes.
ET = __________
ANO 1
Raquetes produzidas 4.000
Raquetes com defeitos 150
Tempo de produção por lote 2h
Tempo ótimo de produção por lote (benchmarking) 1,75h
Custo total da produção R$ 1.600.000
Custo total ótimo da produção (benchmarking) R$ 1.200.000
3. Uma clínica médica possui cinco funcionários e “processa” 200 pacientes por
semana. Cada funcionário da clínica trabalha 40 horas semanais. O total da folha de
salários da clínica é de R$ 18.000 por semana e as despesas gerais com os outros
recursos de produção/inputs é de R$ 4.000 por semana.
Quais são os indicadores de produtividade da mão de obra e de custo médio por
paciente atendido da clínica?
5 INDICADORES
HUMANOS
DE DESEMPENHO DOS RECURSOS
Atividade Avaliativa 5
1. Uma empresa pretende construir um sistema de desempenho com
indicadores de produtividade, retenção e satisfação dos funcionários. A empresa
coletou os seguintes dados de determinado ano:
Pesquisa de satisfação – resultado global (nota de 0 a 100) 80
Número de admissões 20
Número de demissões (pedidos de demissão + demitidos pela empresa) 20
Número de funcionários 100
Número de horas planejadas 264.000
Número de horas não trabalhadas (faltas, atrasos etc.) 24.000
Produção total (em unidades do produto) 10.000.000
Receita total da produção R$ 40.000.000
Custo com salários e encargos trabalhistas R$ 8.000.000
Lucro antes de juros e imposto de renda (LAJIR) R$ 20.000.000
Atividade Avaliativa 6
1. Suponha três mercados de produtos distintos: A, B e C; com os preços e
quantidades demandadas/comercializadas em dois períodos, conforme tabela a
seguir:
Mercado A Mercado B Mercado C
Preço R$10 R$18 R$10
Período 1
Quantidade 12.000 5.000 10.000
Preço R$11 R$20 R$12
Período 2
Quantidade 11.800 2.500 8.000
Balanced Scorecard
De acordo com Norton e Kaplan, o Balanced Scorecard é uma ferramenta
(ou uma metodologia) que “traduz a missão e a visão das empresas num conjunto
abrangente de medidas de desempenho que serve de base para um sistema de
medição e gestão estratégica”. O Balanced Scorecard possibilita aos empresários
e executivos identificarem em quais atividades críticas a empresa está gerando
valor para os acionistas, clientes, colaboradores, fornecedores e para a
comunidade.
Em síntese, o Balanced Scorecard por parte pode ser entendido, de uma
forma mais objetiva, em duas dimensões:
▪ É um sistema de gestão que traduz a estratégia de uma empresa em
objetivos, medidas, metas e iniciativas de fácil entendimento pelos
participantes da organização;
▪ É uma ferramenta gerencial que permite capturar, descrever e transformar
os ativos intangíveis de uma organização em valor para os stakeholders.
De acordo com Kaplan e Norton, na perspectiva do Balanced Scorecard, a
execução bem-sucedida da estratégia envolve o domínio de três atividades
interligadas entre si, isto é, a geração de valor é igual à descrição da estratégia,
mais a mensuração da estratégia, mais a gestão da estratégia