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O CG poderá ser compreendido como um grupo de tarefas que assinalam desvios entre
o
desempenho de atividades e a finalidade que se pretende atingir. Visa a minimizar os
incidentes, diminuir os riscos associados ao negócio e a maximizar medidas que
garantam a eficácia e eficiência das operações realizadas, a proteção de ativos, e na
salvaguarda de informação financeira (Pinto, et al., 2006).
O termo controlo não pode ser associado e entendido meramente como um processo de
fiscalização, pois se assim fosse era demasiadamente restrito. Um sistema de
fiscalização
procura constatar o que está bem ou mal, de acordo com normas ou procedimentos,
enquanto um sistema de controlo de gestão faculta informação aos gestores que permita
a tomada de decisões e acções correctivas na prossecução do objectivo final.
O controlo de gestão serve toda a hierarquia da empresa, no entanto, nem todos têm
necessidades idênticas. Se para a administração terá maior relevância o grau de
realização dos objectivos globais, para os gestores intermédios terão maior interesse os
indicadores relativos à sua área de negócios e para os gestores operacionais o
acompanhamento das actividades, considerando os objectivos e planos de acção
específicos.
Segundo Jordan et al. (2015), estes instrumentos são utilizados para os gestores fixarem
objectivos, planear, acompanhar os resultados e tomar acções correctivas com vista a
melhores desempenhos.
O Plano Operacional
Plano operacional
Para Jordan et al. (2015), os centros de custos são aqueles onde o gestor apenas tem
poder de decisão sobre os recursos que utiliza e que se traduzem em custos, com o
objectivo de minimizar a variação entre os custos padrão e os custos reais. Os centros
de proveitos, por outro lado, são aqueles onde os gestores só têm poder de decisão
sobre os recursos que geram proveitos para o centro em partícula, com o objectivo de
aumentar as receitas e onde normalmente têm um limite de gastos orçamentados.
Quanto aos centros de resultados, consideram-se aqueles onde os responsáveis têm
poder de decisão sobre os recursos que geram custos sobre os proveitos com o objectivo
de maximizar os lucros, através da maximização das receitas e minimização dos custos.
Por fim, nos centros de investimento, os responsáveis, para além das responsabilidades
presentes nos centros anteriores, são ainda responsáveis por elementos patrimoniais
(como os activos e/ou passivos). Neste tipo de centros, o gestor é responsável por
montantes de investimento com o objectivo de maximizar os lucros.
Avaliação de desempenho dos centros de responsabilidade
No estudo elaborado por Wiersma (2009), são identificadas três dimensões diferentes
de tipos de avaliação. Numa primeira dimensão, os gestores podem conduzir uma
avaliação mais rígida ou flexível aos seus subordinados; numa segunda dimensão, os
gestores valorizam mais os indicadores financeiros ou não financeiros; numa terceira
dimensão valorizam mais os indicadores quantitativos ou qualitativos.
Neste contexto, Jordan et al. (2015) referem que para na avaliação dos centros de
responsabilidade devem ser usados critérios económico-financeiros, como a quantidade,
eficácia e eficiência, pois são de aplicação geral e facilmente comparáveis. Além disso,
estes autores consideram que os critérios de avaliação devem ter em consideração a
tipologia dos centros de responsabilidade, pois dependem da amplitude do poder de
decisão de cada gestor.
De acordo com Jordan et al. (2015), os instrumentos de diálogo são poucos e simples,
podendo assumir a forma de reuniões e relatórios. Como referido anteriormente, ao
longo de todos os passos onde o controlo de gestão tem impacto, existem várias
oportunidades de diálogo, quer na definição dos objetivos e planos operacionais, quer na
elaboração dos orçamentos, na prestação de contas e na negociação de acções
correctivas.
Como foi referido anteriormente, é importante que gestores tenham uma visão global
sobre como decorrem as actividades da organização que gerem, através do uso de
ferramentas de apoio e acompanhamento da performance das actividades
organizacionais.
O tableaux de bord pode ser entendido como um conjunto de dados sobre os resultados
de um centro de responsabilidade, para a informação do gestor.
O TDB foi concebido para ser utilizado como instrumento de comparação (possibilita a
comparação resultados atingidos com os objectivos inicialmente traçados, contribuindo
para o desenvolvimento de ações correctivas) que favorece o diálogo entre os
intervenientes (superiores e colaboradores) contribuindo de forma estimulante na
tomada de decisão.
Epstein e Manzoni (1998) comparam o TDB a um painel de controlo idêntico ao dos
pilotos de avião, onde se consegue observar a velocidade do voo, as milhas percorridas,
o combustível consumido, ou seja, no fundo comparam esta ferramenta de análise, a um
quadro de visualização de dados.
Oriundo de França o TDB surgiu nos inícios do século XX, tendo sofrido várias
alterações até aos dias de hoje. Esta ferramenta surgiu face a inadequações nos sistemas
contabilísticos que dificultaram a tomada de decisões pertinentes.
Apesar das várias conceções Jordan, H., Neves, J. C. das & Rodrigues, J. A. (2003)
referem que na sua essência “Os tableau de bord, basicamente, produzem informação de
acompanhamento e de controlo, facilitam a comunicação e o diálogo a todos os níveis e
cumprem a sua missão ajudando o gestor na tomada de decisão”.
A partir dos anos 90 que as empresas passam a sentir efeitos da competitividade, muito
devido à globalização da economia, aumentando assim a pressão no mercado e
obrigando as empresas a arranjar soluções mais eficazes. De acordo com Sousa e
Rodrigues (2002), é nesta década que os indicadores financeiros deixam de ser
suficientes para avaliar o desempenho das empresas, passando a considerar outros
fatores que também poderão afetar o lucro. Tornase assim necessário validar as
perspetivas do cliente e da concorrência para tornar possível fornecer sinais de alerta
para as alterações que se vão sentindo no mercado, podendo reagir em tempo útil às
mudanças.
Em síntese, são vários os autores que apontam o TDB como uma ferramenta para a
gestão de topo, instrumento esse de “gestão e de ação muito sintético, rápido e
frequente” (Jordan et al., 2011, p. 227). Permite analisar desvios, elaborar diagnósticos
corretivos, no entanto para que os gestores possam tirar o melhor partido desta
ferramenta terão que garantir o seu uso adequado, e assim assegurar a melhor eficácia
no modelo de Controlo de Gestão implementado.
Procuram a responsabilização;
Como instrumento de comparação: o TDB não serve apenas para ser observado,
mas para realizar um diagnóstico e tomar decisões;
Para elaborar um TDB, o controlador deve usar uma metodologia simples, exaustiva,
que garanta a coerência dos dados. O método de concepção denomina-se de OVAR, que
assenta nos seguintes pressupostos: objectivos; variáveis; acções e resultados.
Este conceito, que tem evoluído até aos dias de hoje, procura dar uma visão global e
integrada (balanceada) da organização (unidade de negócio, empresa), assente em
quatro perspectivas, interligadas entre elas por relações causa-efeito. Essas perspectivas
são:
Financeira
Clientes
Processos internos
Aprendizagem e desenvolvimento organizacional
Em suma, o BSC como instrumento de gestão, fornece aos gestores uma visão global e
integrada do desempenho da empresa. Kaplan e Norton (1996) reforçam a ideia de que
o BSC veio preencher o vazio que existia nos sistemas de gestão, assim como a “falta”
de obter um processo sistemático que permita receber feedback sobre a estratégia
aplicada, ou seja, os processos criados e verificados através do BCS, permitem que a
empresa fique
alinhada e se concentre na estratégia não só de curto prazo, como de longo prazo.
Clientes;
Processos internos;
Em suma, o BSC, foi desenvolvido para colmatar falhas dos métodos tradicionais de
medição de desempenho, uma vez que estes se baseavam principalmente em indicadores
financeiros, ou seja, limitados a nível de informação e avaliação.
Medir a eficiência;
Monitorizar os desempenhos;
Disponha de um chefe;
Esse chefe tenha poder de decisão sobre os meios necessários à realização dos
seus objectivos.
A classificação que a seguir se apresenta tem a ver com o poder de decisão de cada
responsável, ou seja, com o grau de autoridade que lhe é atribuída na gestão dos
recursos e das produções (bens ou serviços) do seu Centro de Responsabilidade. Assim
distinguem-se: