AUDITORIA DE MOÇAMBIQUE
LICENCIATURA EM CONTABILIDADE PÚBLICA E
AUTÁRQUICA
Para que a gestão pública possa atingir os resultados positivos que almeja, isto é,
eficiência e eficácia na prestação de serviços à população, é necessário que haja uma
integração entre as quatro funções ou processos fundamentais que a compõem:
planeamento, organização, execução e controle.
Ansoff (citado por António, 2006, p. 22) acrescenta que “o papel da gestão é
desenvolver diagnósticos antecipados sobre a envolvente e não esperar pela
constatação das mudanças da envolvente através das deficiências dos sistemas
operacional e administrativo, ou seja, a organização dever ter mecanismos que lhe
permitam agir e não reagir”.
Controlo e Avaliação
O controle tem como tarefa verificar se as ações estão sendo feitas de acordo com o que foi planeado,
organizado e com as ordens e fiscalização do poder público. Este tipo de organização recebe a
denominação de “terceiro sector”, por ter como objetivo gerar serviços de caráter público. Pode-se citar
como exemplo de organização sem fins lucrativos as associações de moradores (Morozini & Morozini,
2014).
O controlo de gestão pode ser definido como a organização, políticas e procedimentos internos usados
para assegurar que os programas do governo alcançem os resultados previstos; que os recursos usados
nestes programas sejam consistentes com os objetivos organizacionais; que os programas governamentais
sejam protegidos do desperdício, fraude e negligência dos gestores; e que a informação alcançada seja de
confiança, obtida atempadamente, reportada e usada na tomada de decisão. (OCDE, 1996)
Segundo Jund (2006) são dos instrumentos mais importantes em que os gestores se
devem apoiam para tomar decisões nas organizações públicas. Temos como exemplos:
O Plano Operacional;
O Orçamento Operacional e o Controlo Orçamental;
O Tableau de Bord (TDB) e o Balanced Scorecard (BSC).
Plano Operacional
Segundo Jordan et al (2011, p. 77) “o orçamento é um instrumento de gestão de apoio ao gestor no processo de
alcançar os objectivos definidos para a organização, ou seja, um instrumento de decisão e de acção”.
Neste sentido Jordan et al. (2011) consideram como principais papéis do orçamento os seguintes:
Planeamento – o orçamento significa o ponto de partida ao plano operacional a médio prazo, uma vez que este
último identifica os objectivos definidos no tempo, bem como as grandes acções para pôr em prática a estratégia;
Descentralização – o orçamento, para que seja uma poderosa ferramenta de descentralização e de delegação de
autoridade, ela deve ser baseada em elementos bem definidos e quantificados e deve ser mais do que a
consolidação de um conjunto de orçamentos parcelares de cada centro de responsabilidade;
Motivação – os orçamentos não são apenas simples instrumentos técnicos, se não influenciarem as atitudes dos
gestores para realizar melhores resultados, eles perdem o seu verdadeiro interesse e significado. A
descentralização e o planeamento só funcionarão se os gestores estiverem motivados para atingir os seus
objectivos e se forem criativos para elaborarem bons planos;
Coordenação – o processo orçamental exige uma coordenação horizontal e vertical. No que se refere a
coordenação vertical cada gestor, para além de delegar autoridade e responsabilidade aos seus subordinados,
deve negociar os objectivos e meios de acção com a respectiva hierarquia assumindo a responsabilidade do seu
cumprimento. No que concerne a coordenação horizontal o orçamento deve constituir um instrumento de
diálogo e negociação dos objectivos e dos planos de acção entre os elementos da mesma linha hierárquica. Só
assim será possível assegurar a coerência global dos orçamentos parcelares por cada centro de responsabilidade;
Avaliação – o orçamento, é por definição um instrumento de acompanhamento dos resultados sendo, por isso, a
base em relação ao qual se vão avaliar os resultados reais.
Papel da Contabilidade de Gestão
Com base nesse trabalho pode-se concluir que que a Gestão pública é muito complexa,
devido os procedimentos que devem ser seguidos. Visto que existe um grau elevado de
procedimentos a seguir na gestão pública, há necessidade de fazer controle e avaliação
dessa gestão.
controlo de gestão tem um papel fundamental para a eficiência e eficácia das
organizações públicas, e para com o equilíbrio financeiro do Estado.
Um controlo de gestão efetivo só é possível se recorrermos a ferramentas específicas
que permitam a avaliação do desempenho dos colaboradores e dos gestores.
Obrigado pela atenção
dispensada