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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONOMICAS

REGÊNCIA DO CURSO DE ENSINO DE CONTABILIDADE E GESTÃO

TRABALHO EM GRUPO DE ESTUDO DE MERCADO


‘‘SISTEMAS DE GESTÃO EMERGENTES’’

Moçâmedes, 2023
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONOMICAS
REGÊNCIA DO CURSO DE ENSINO DE CONTABILIDADE E GESTÃO

TRABALHO EM GRUPO DE ESTUDO DE MERCADO


‘‘SISTEMAS DE GESTÃO EMERGENTES’’

Nº INTEGRANTES COTAÇÃO DO TRABALHO C. INDIVIDUAL


1 Manuel Licaxi Sapalo
2 Manuel Gelson Pereira
3 Manuel Victorino José
4 Maria da Conceição António
5 Máxima Constância Tomás Lino
6 Ricardo Baptista Herculano
7 Rodrigues Mandavela Mário
8 Suzana Navio Jongolo Roque
9 Tiago Jeconias Victorino

O Docente
_____________________________________
BERNARDO PEMBA, LIC.
Eu não quero vencer na vida, eu quero vive-la.
Eduardo Marinho.

iii
Dedicatória

Dedicamos este trabalho em primeiro lugar a Deus, aos professores e estudantes do curso de
Contabilidade e Gestão da Faculdade de Ciências Sociais e Humanidades.

iv
Resumo

O objetivo deste estudo é analisar a adoção de sistemas de gestão emergentes como uma
abordagem para a gestão de organizações em um ambiente em constante mudança. A
metodologia científica utilizada envolveu a revisão bibliográfica e documental existente sobre
o tema sistema de gestão emergente. As considerações finais do estudo indicam que a adoção
de sistemas de gestão emergentes pode ser benéfica para as organizações que operam em
ambientes complexos e imprevisíveis. No entanto, a implementação de um sistema de gestão
emergente requer mudanças significativas na cultura e liderança da organização, além de um
processo de adaptação contínua às mudanças do ambiente. As organizações que buscam adotar
sistemas de gestão emergentes devem estar preparadas para enfrentar desafios e investir na
capacitação e desenvolvimento de suas equipes.
Palavras-chaves: sistemas de gestão emergentes; adaptação; agilidade; inovação; cultura
organizacional; liderança.

v
Abstract

The aim of this study is to analyze the adoption of emerging management systems as an
approach to managing organizations in an ever-changing environment. The scientific
methodology used involved reviewing the existing literature on the topic of emerging
management system. The final considerations of the study indicate that the adoption of
emerging management systems can be beneficial for organizations that operate in complex and
unpredictable environments. However, implementing an emergent management system
requires significant changes in the organization's culture and leadership, as well as a process of
continuous adaptation to changes in the environment. Organizations that seek to adopt
emerging management systems must be prepared to face challenges and invest in training and
developing their teams.
Keywords: emerging management systems; adaptation; agility; innovation; organizational
culture; leadership.

vi
Lista de Figuras

Figura 1. Estruturas empresariais nas décadas de 70 e 90. ....................................................... 5


Figura 2. Meta-empresa. ........................................................................................................... 6

vii
Índice

Dedicatória............................................................................................................................... iv
Resumo ...................................................................................................................................... v
Abstract .................................................................................................................................... vi
Lista de Figuras ......................................................................................................................vii
Prologo ...................................................................................................................................... 1
Capítulo 1 – Referencial Teórico ............................................................................................ 4
1.1 Os sistemas de gestão emergentes ........................................................................... 4
1.1.1 Sistema de gestão da sustentabilidade ................................................................... 8
1.1.2 Sistema de gestão do conhecimento ...................................................................... 8
1.1.3 Sistema de gestão de inovação ............................................................................... 9
1.1.4 Sistema de gestão de cadeia de suprimentos.......................................................... 9
1.1.5 Gestão ágil ........................................................................................................... 10
1.1.6 Gestão de riscos ................................................................................................... 10
1.1.7 Gestão de sustentabilidade ................................................................................... 10

Conclusão ................................................................................................................................ 12
Referencias bibliográficas
Prologo

Os sistemas de gestão emergentes têm se mostrado uma abordagem de gestão cada vez mais
relevante para as organizações em um ambiente em constante mudança. A necessidade de se
adaptar a essas mudanças e acompanhar a evolução do mercado exige que as organizações
estejam preparadas para mudanças e inovações constantes. Nesse contexto, os sistemas de
gestão emergentes surgem como uma alternativa para aprimorar a gestão de processos, projetos
e equipes, tornando as organizações mais ágeis e adaptáveis. A adoção de sistemas de gestão
emergentes envolve uma mudança significativa na cultura e liderança da organização, bem
como a capacitação e desenvolvimento contínuo de suas equipes. O objetivo deste trabalho é
analisar a implementação de sistemas de gestão emergentes em uma empresa, identificando os
principais desafios enfrentados durante a adoção do sistema e os benefícios alcançados após
sua implementação. Para alcançar esse objetivo, serão realizadas entrevistas com gestores da
empresa, observação do ambiente de trabalho e análise de documentos e registros. O estudo
contribuirá para o entendimento do papel dos sistemas de gestão emergentes como uma
abordagem de gestão viável e relevante para as organizações em um ambiente em constante
mudança. Os resultados da pesquisa poderão ser aplicados por outras organizações que buscam
adotar sistemas de gestão emergentes e que enfrentam desafios semelhantes durante a
implementação.
Caracterização do tema
• O presente trabalho tem como tema:
• Sistemas de gestão emergentes.
Formulação do problema
Eestabelecemos o seguinte problema:
• Qual é o impacto da implementação de sistemas de gestão emergentes em uma empresa,
levando em consideração os desafios enfrentados durante a adoção do sistema e os
benefícios alcançados após sua implementação?
Hipóteses
• H1: A implementação de sistemas de gestão emergentes em uma empresa pode enfrentar
desafios significativos devido à resistência cultural e à falta de liderança comprometida,
resultando em baixa adesão dos colaboradores e pouco ou nenhum benefício percebido;
• H2: A implementação de sistemas de gestão emergentes em uma empresa pode resultar
em benefícios significativos, incluindo maior agilidade, inovação e eficiência, além de
1
uma cultura organizacional mais adaptável e colaborativa, desde que haja liderança
comprometida e capacitação adequada para os colaboradores.
Descrição dos objetivos
Objetivo geral
• O objetivo deste trabalho é comparar diferentes abordagens de sistemas de gestão
emergentes.
Objetivos específicos
• Identificar as principais características dos sistemas de gestão emergentes mais
utilizados no mercado e avaliar como eles podem contribuir para a melhoria da
eficiência e eficácia das empresas;
• Identificar as principais características dos sistemas de gestão emergentes mais
utilizados no mercado e avaliar como eles podem contribuir para a melhoria da
eficiência e eficácia das empresas;
• Avaliar o impacto dos sistemas de gestão emergentes na sustentabilidade e
responsabilidade social das empresas, investigando como esses sistemas podem
contribuir para a promoção de práticas mais éticas, transparentes e sustentáveis, tanto
no âmbito interno da organização quanto em sua relação com stakeholders externos.
Justificativa
A gestão de negócios é um campo em constante evolução e transformação, e os sistemas de
gestão emergentes surgem como uma resposta a essa dinâmica. Esses sistemas são
caracterizados por uma abordagem mais flexível e adaptável, que busca integrar diferentes
áreas da empresa e promover a eficiência, eficácia e sustentabilidade das operações.
A implementação de sistemas de gestão emergentes pode apresentar diversos desafios e
oportunidades, tanto em termos de mudanças culturais e organizacionais quanto tecnológicas.
Nesse contexto, é importante que se desenvolva um entendimento mais aprofundado sobre
esses sistemas e como eles podem ser implementados de forma efetiva e sustentável.
Além disso, a avaliação do impacto dos sistemas de gestão emergentes na sustentabilidade e
responsabilidade social das empresas é uma questão cada vez mais relevante, dada a crescente
preocupação com a sustentabilidade e a ética nos negócios. Dessa forma, um estudo sobre
sistemas de gestão emergentes pode trazer contribuições significativas para a academia e para
o mundo empresarial. Por meio da identificação de melhores práticas e tendências, bem como
da avaliação dos impactos desses sistemas na sustentabilidade e responsabilidade social das

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empresas, pode-se oferecer um suporte para a tomada de decisão e para o desenvolvimento de
estratégias mais adequadas para as organizações.
Método de trabalho
Para a elaboração deste trabalho usou-se a metodologia do procedimento técnico, propriamente
as pesquisas bibliográficas e documental o que nos permitiram obter o máximo de informações
e conteúdos sobre o tema.

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Capítulo 1 – Referencial Teórico

Um sistema de gestão é considerado emergente quando é recém-desenvolvido e ainda está


evoluindo. Em geral, sistemas emergentes são caracterizados por mudanças frequentes,
incertezas e falta de estabilidade, o que significa que eles ainda não são completamente
definidos ou dominados.
Por exemplo, um novo sistema de gestão pode ser considerado emergente se estiver passando
por testes iniciais, ajustes e refinamentos contínuos. Além disso, um sistema emergente pode
ser visto em empresas ou organizações que estão enfrentando mudanças significativas, como
fusões, aquisições ou expansão para novos mercados.
Segundo (Pugh & Hickson, 1993), um sistema emergente é um processo organizacional que
ainda não foi completamente desenvolvido e está em evolução constante. Já (Mintzberg, 1978),
descreve sistemas emergentes como aqueles que ainda estão em desenvolvimento, onde a
incerteza é alta, e a estruturação formal é limitada.
(Tsoukas & Chia, 2002), argumentam que um sistema emergente é um sistema que surge em
resposta a uma mudança significativa ou imprevisível, e que não pode ser completamente
controlado ou previsto. Eles afirmam que, em tais situações, as organizações precisam adotar
uma abordagem mais flexível e adaptativa para a gestão.

1.1 Os sistemas de gestão emergentes

A organização hierárquica rígida não é mais adaptada no mundo atual do just-in-time, dos
mercados fragmentados em múltiplos nichos, dos sistemas de automação de fabricação e da
internet. A burocracia criada pelos sistemas tradicionais de gestão fez com que muitas empresas
nos aos 80 começassem a sentir a necessidade de reduzir os custos de estrutura. Em
consequência desta necessidade surgiu e divulgou-se rapidamente a técnica orçamental ZBB –
orçamento baze zero e mais tarde a reengenharia de processos. No entanto, através destas
técnicas ou de outra qualquer, se as estruturas foram aligeiradas mas se mantidos processos
tradicionais de gestão, tais como a mesma contabilidade analítica, os mesmos sistemas
orçamentais, os mesmos critérios de avaliação, etc. acontece o mesmo que às pessoas que
entram em regimes de dieta, mas não se criam novos hábitos alimentares o peso regressa.
Assim, as empresas reduzem os custos através da redução de pessoal, obtém melhorias de curto
prazo no desempenho económico-financeiro, mas não se alterarem os hábitos de trabalho as
eficiências mantêm-se e a prazo tornam-se evidentes. Os processos de gestão rígidos
mantiveram-se e os excessos regressaram mais tarde ou mais cedo (Jordan et al., 2011).

4
Segundo (Jordan et al., 2011, p. 437), na ultima década do século passado a empresa de
estrutura piramidal dá por vezes lugar a um tipo de empresas com estrutura molecular (Figura
1), baseada em relações de cooperação e parternariato entre as suas divisões ou mesmo com
empresas.

Anos 70 Anos 90

Figura 1. Estruturas empresariais nas décadas de 70 e 90.


Fonte: O Controle de Gestão Ao Serviço Da Estratégia e Dos Gestores, De (Jordan et al., 2011, p. 437).
(Editado).

Segundo (Jordan et al., 2011), muitas empresas tornaram algumas iniciativas que as posicionam
num estádio de transição. Algumas dessas iniciativas são as seguinte:
• Redução dos níveis hierárquicos de gestão originando assim estruturas mais
horizontais;
• Deslocação do pessoal com funções centrais para atividade operacional;
• Iniciação de processos de just-in-time com os fornecedores e clientes;
• Introdução de programas de empowerment e de team-building;
• Adoção de sistemas de automação quer na fabrica quer nos escritórios;
• Integração de CAD e do CAM;
• Criação de paternariatos com fornecedores, clientes ou concorrentes em projetos de
investigação e desenvolvimento, design, procurando-se inovação e criação de valor
para o cliente e para o acionista;
• Passar de sistemas centralizados para sistemas distribuídos.

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Se há alguns anos atrás as empresas se apresentavam como parte de um sector de atividade
industrial, hoje organizam-se por negócios em torno de um nicho de mercado e os paternariatos
têm mais haver com a satisfação de determinadas necessidades de com produtos específicos.
Aparecem assim empresas co m organização altamente flexível onde os empregados em
contacto com o cliente têm poder de decisão suficiente com vista a poder satisfazer as
necessidades do mesmo. Nas empresas tradicionais os gestores distanciavam-se do mercado e
a burocracia ditava limites mito regidos para aqueles que contactavam diretamente os clientes.
Hoje, as relações entre fornecedor e cliente são vistas de modo diferente. Em vez de adversários
reconhece-se a necessidade de trabalhar em conjunto criando-se assim paternariatos, para troca
de informações, de experiencias de gestão e de sistemas. O resultado destas relações é o
aparecimento de uma espécie de famílias entre clientes de fornecedores do tipo keiretsu no
Japão formando-se uma entidade ainda que informal a Meta-empresa (Jordan et al., 2011).

Clientes Fornecedor

Figura 2. Meta-empresa.
Fonte: O Controle de Gestão Ao Serviço Da Estratégia e Dos Gestores, De (Jordan et al., 2011, p. 439). (Editado).

Segundo (Jordan et al., 2011), o controlo de gestão de finais do século XX e inícios do século
XXI deve basear-se em diferentes pressupostos dos sistemas tradicionais. Não devem
pressupor que as pessoas têm falta de iniciativa antes pelo contrario deve basear-se nos
seguintes princípios:

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• O trabalho pode ter desafios para toda gente a todos os níveis, devendo envolver o
interesse e o empenho pessoal de cada um;
• As pessoas são mais inteligentes do que se possa supor e se motivadas, a sua capacidade
para contribuir para melhoria dos sistemas surpreenderão muitos dos gestores;
• As pessoas estabelecem muitas vezes objetivos mais agressivos para si próprias do que
os seus chefes o fariam, se os sistemas de controlo os não limitarem.

(Jordan et al., 2011) afirmam que:


Assim, confiança e interesse mútuo deve substituir a desconfiança e a fiscalização como
método de controlo. Os sistemas devem sobretudo apoiar a descentralização da tomada
de decisão de modo a facilitar a resposta ao cliente. Assim os sistemas de controlo de
gestão procurarão reforçar a flexibilidade e o baixo custo de modo a contribuir com
vantagens competitivas empresariais (Jordan et al., 2011).

Para (Jordan et al., 2011), por paradoxal que pareça os controlos mais eficazes não se baseiam
em sofisticação financeira e numérica mas em factos humanos tais como os valores
compartilhados pela organização. Por exemplo a qualidade total baseia-se no estado de espirito
positivo da equipe que assume a responsabilidade de continuamente melhorar o processo, o
produto e o serviço.
Segundo (Jordan et al., 2011), os sistemas de controlo têm de se adaptar aos novos desafios
pelo que:
• O controlo tem de se deslocar para o nível operacional – não faz sentido um batalhão
de gente a fazer contabilidade analítica para ter informação histórica enquanto o gestor
que precisa de tomar decisão não tem a informação que precisa;
• O tempo real deve substituir a informação do facto consumado;
• Os problemas devem ser resolvidos localmente, os gestores são apenas um recurso de
que a equipa se pode recorrer para decisões mais complexas e de politica global;
• O controlo de gestão de ser orientado para normas de comportamento partilhadas por
toda organização - A gestão deve procurar criar sistematicamente sistemas com mais
enfase em normas reguladoras dos sistemas e dos homens do que controlo exclusivo
pelos números;
• Recriar sistemas de incentivos que reforcem a capacidade de resposta, o trabalho de
equipa e os resultados de curto e longo prazo – Os sistemas de incentivos devem basear-
se no valor criado para o cliente e para o desempenho da equipa.

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Finalmente é fundamental que estes sistemas funcionem com uma estrutura muito ligeira e
eficaz, pois só desta forma podem apresentar vantagens competitivas e ser uma base de criação
de valor.
Os sistemas de gestão emergentes são abordagens inovadoras para a gestão de negócios que
surgiram recentemente, e que buscam alinhar a gestão empresarial com as demandas da
atualidade, como a sustentabilidade, a responsabilidade social e a ética. Esses sistemas se
destacam pela sua capacidade de inovação, flexibilidade e adaptação às mudanças do mercado
e do ambiente externo. Neste sentido, este tema pode ser abordado sob diferentes perspetivas,
tais como a gestão da qualidade total, a gestão ambiental, a gestão de responsabilidade social,
a gestão de riscos e a gestão de inovação.
Os sistemas de gestão podem ser considerados mais emergentes do que outros, dependendo da
região geográfica, do setor de negócios e da popularidade da abordagem em questão. Em geral,
podemos destacar os seguintes sistemas de gestão como mais emergentes:

1.1.1 Sistema de gestão da sustentabilidade

Embora a sustentabilidade tenha sido um tema importante por muitos anos, o conceito de um
sistema de gestão da sustentabilidade é relativamente novo e vem ganhando popularidade nos
últimos anos, principalmente em países onde as questões ambientais e sociais são valorizadas
pelos consumidores e pela sociedade em geral.
Para (Schaltegger & Wagner, 2011), a gestão da sustentabilidade é a forma pela qual as
empresas gerenciam seus impactos e riscos ambientais, sociais e econômicos, ao mesmo tempo
em que aproveitam as oportunidades de negócios oferecidas pela transição para uma economia
mais sustentável.
Já para (Freeman, 2010), a gestão da sustentabilidade é a criação de valor a longo prazo para a
empresa, considerando não apenas o lucro, mas também o impacto ambiental e social de suas
operações.

1.1.2 Sistema de gestão do conhecimento

O gerenciamento do conhecimento é um campo relativamente novo que visa ajudar as empresas


a gerenciar e compartilhar conhecimento de maneira eficiente e eficaz. Embora a ideia de
gerenciar o conhecimento seja antiga, os sistemas de gestão do conhecimento são considerados
emergentes, pois ainda não são amplamente adotados.
De acordo com (Bukowitz & Williams, 2002), um Sistema de Gestão do Conhecimento é um
conjunto de políticas, processos, tecnologias e ferramentas que ajudam as empresas a
8
identificar, capturar, armazenar e compartilhar o conhecimento de seus funcionários para criar
valor e melhorar o desempenho.
Para (Alavi & Leidner, 2003), um Sistema de Gestão do Conhecimento é um conjunto de
processos e tecnologias que permitem que as organizações gerenciem o conhecimento de forma
sistemática e estratégica, abrangendo desde a identificação de fontes de conhecimento até a
disseminação e aplicação do conhecimento.

1.1.3 Sistema de gestão de inovação

A gestão da inovação é uma área crescente que visa ajudar as empresas a identificar e
implementar novas ideias e tecnologias para manter-se competitivas. Embora a gestão da
inovação não seja uma ideia nova, a adoção de um sistema de gestão de inovação é
relativamente nova.
Para (Prahalad & Krishnan, 2008), um Sistema de Gestão de Inovação é uma plataforma de
inovação que permite que as empresas capturem ideias e conhecimentos de uma variedade de
fontes, incluindo parceiros, fornecedores, clientes e funcionários, e transformem esses insights
em novos produtos e serviços.
De acordo com o manual da (ISO56002, 2019), um Sistema de Gestão de Inovação é um
conjunto de elementos inter-relacionados que ajuda as organizações a gerenciar suas atividades
de inovação, incluindo a identificação de oportunidades, a geração de ideias, a seleção de
projetos, a implementação e a mensuração dos resultados.

1.1.4 Sistema de gestão de cadeia de suprimentos

Embora a gestão da cadeia de suprimentos seja um conceito antigo, os sistemas de gestão de


cadeia de suprimentos estão se tornando mais populares e emergentes, principalmente devido
à globalização dos negócios e ao aumento da complexidade das cadeias de suprimentos.
Segundo (Handfield & Nichols, 1999), um Sistema de Gestão de Cadeia de Suprimentos é a
coordenação estratégica e colaborativa de todos os processos envolvidos na produção e entrega
de bens e serviços, desde os fornecedores até os clientes finais, com o objetivo de maximizar a
satisfação do cliente e a rentabilidade.
De acordo com (Chopra & Meindl, 2013), um Sistema de Gestão de Cadeia de Suprimentos
(ou Supply Chain Management - SCM) é o planeamento e gerenciamento dos fluxos de bens,
informações e finanças, desde os fornecedores até os clientes, com o objetivo de maximizar a
eficiência e a efetividade da cadeia de suprimentos como um todo.

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Sistemas de gestão emergentes são aqueles que estão surgindo e ganhando importância à
medida que as empresas enfrentam novos desafios e mudanças em seu ambiente de negócios.
Alguns exemplos de sistemas de gestão emergentes incluem:

1.1.5 Gestão ágil

É uma abordagem de gestão de projetos que enfatiza a flexibilidade e a capacidade de resposta


a mudanças no ambiente de negócios.
Segundo (Sabbagh & Simões, 2020), a gestão ágil é baseada em quatro valores: indivíduos e
interações mais do que processos e ferramentas, software em funcionamento mais do que
documentação abrangente, colaboração com o cliente mais do que negociação de contratos e
resposta a mudanças mais do que seguir um plano.
Para (Cockburn, 2006), a gestão ágil é uma abordagem de gestão de projetos que valoriza a
interação e a colaboração entre as pessoas envolvidas, em vez de seguir rigidamente um
processo ou um plano pré-definido.

1.1.6 Gestão de riscos

Um conjunto de práticas e processos que visam identificar, avaliar e gerenciar os riscos que
uma organização enfrenta em seus negócios.
(Taleb, 2008), defende que muitos riscos são imprevisíveis e que a gestão de risco deve se
concentrar em reduzir a exposição a esses riscos. Ele propõe a ideia de antifragilidade, onde as
empresas devem se tornar mais fortes com o tempo, em vez de mais fracas.
(Hull, 2013), enfatiza a importância da gestão de risco financeiro para instituições financeiras.
Ele define o risco financeiro como a possibilidade de perda financeira e propõe o uso de
modelos matemáticos para avaliar e gerenciar esses riscos.

1.1.7 Gestão de sustentabilidade

É um conjunto de práticas e processos que visam garantir que as empresas operem de forma
sustentável, considerando seus impactos ambientais, sociais e econômicos.
Gestão de inovação: uma abordagem de gestão que visa estimular a criatividade e a inovação
em uma organização, incentivando o desenvolvimento de novas ideias e a implementação de
novas tecnologias.
(Porter & Kramer, 2012), propõem que as empresas devem criar valor compartilhado para a
sociedade, integrando a sustentabilidade em sua estratégia de negócios. Eles defendem que a
criação de valor compartilhado pode gerar benefícios econômicos e sociais duradouros.

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(Levy, 2012), enfatiza a importância da liderança para a gestão da sustentabilidade. Ele
argumenta que os líderes empresariais devem ser capazes de articular uma visão clara de
sustentabilidade e de motivar suas equipes a trabalhar em prol dessa visão.

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Conclusão

Diante do exposto, os sistemas de gestão emergentes surgem como uma alternativa para as
empresas enfrentarem os desafios da competitividade e da dinâmica do mercado atual. A
adoção desses sistemas pode promover uma maior eficiência, eficácia e sustentabilidade das
operações, bem como uma maior integração entre as diferentes áreas da empresa. No entanto,
a implementação de sistemas de gestão emergentes também apresenta desafios, como a
necessidade de mudanças culturais e organizacionais, além de uma abordagem mais flexível e
adaptável. Além disso, a avaliação do impacto desses sistemas na sustentabilidade e
responsabilidade social das empresas é uma questão importante, que deve ser considerada no
processo de implementação. A partir do estudo e análise dos sistemas de gestão emergentes, é
possível identificar melhores práticas e tendências, além de oferecer suporte para a tomada de
decisão e para o desenvolvimento de estratégias mais adequadas para as organizações.
Portanto, é de grande importância que se continue a pesquisa e o desenvolvimento desses
sistemas, a fim de promover uma gestão mais eficiente, eficaz e sustentável nos negócios.

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Referencias bibliográficas

Alavi, & Leidner. (2003). Conhecimento em Rede: Criando Capital Intelectual com o Poder
das Redes de Empresas. Atlas .
Bukowitz, & Williams. (2002). Manual de Gestão do Conhecimento: Ferramentas e Técnicas
para Identificar, Capturar, Armazenar e Compartilhar o Conhecimento
Organizacional. Bookman .
Chopra, & Meindl. (2013). Administração da Cadeia de Suprimentos: Estratégia,
Planejamento e Operação. Pearson .
Cockburn, A. (2006). Agile Software Development: The Cooperative Game. Pearson.
Freeman, E. (2010). Strategic Management: A Stakeholder Approach. Cambridge University
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Práticas e Casos. Bookman.
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Jordan, H., Neves, J. C., & Rodrigues, J. A. (2011). O Controlo De Gestão Ao Serviço Da
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Porter, M., & Kramer, M. (2012). Criando Valor Compartilhado: Como Reinventar o
Capitalismo e Tornar a Sociedade Mais Próspera. Campus Elsevier.
Prahalad, & Krishnan. (2008). A Nova Era da Inovação: Estratégias para vencer o desafio da
concorrência global. Elsevier.
Pugh, & Hickson. (1993). Teoria das Organizações: Seleção de Leituras. Atlas.
Sabbagh, R., & Simões, G. S. (2020). Manifesto Ágil: O valor da agilidade em um mundo em
constante mudança. Casa do Código.
Schaltegger, S., & Wagner, M. (2011). Corporate Sustainability: Integrating Performance and
Reporting. Springer.
Taleb, N. N. (2008). Cisnes Negros: Como Eventos Imprevisíveis Podem Nos Atingir.
BestSeller.
Tsoukas, & Chia. (2002). Compreendendo a Gestão Estratégica. Bookman.

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