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METODOLOGIAS ÁGEIS

1 TRANSFORMAÇÃO DA GESTÃO DE
TRADICIONAL PARA A METODOLOGIA ÁGIL
PROJETOS

O Modelo de Projetos em Cascata


Um projeto é um esforço temporário, um objetivo específico através de um
único conjunto de tarefas inter-relacionadas e com a aplicação eficaz dos
recursos. Possui objetivo bem definido relacionado a escopo, cronograma e
custo. O projeto nasce quando uma necessidade é identificada pela organização
ou pessoas dispostas a fornecer recurso financeiro.
A maioria dos projetos segue um padrão de desenvolvimento onde são
consumidos menos recursos no início, mais recursos nas fases intermediárias e
menos recursos na fase final.
O modelo cascata, ou também conhecido como tradicional, é visto como
um fluir constante para frente através de fases sequenciais e distintas, ondem
os objetivos são definidos no início do projeto e somente podem ser alterados
mediante a um controle formal.
O modelo em cascata foi o primeiro paradigma de desenvolvimento criado
pela Engenharia de Software, que teve sua essência retirada de outras áreas da
Engenharia. Esse modelo sugere uma abordagem linear e sequencial de todas
as atividades envolvidas no desenvolvimento de software, e por se tratar de uma
sequência de eventos, esse modelo também ficou conhecido como "ciclo de vida"
do software.

Def. de
Requisitos
Projeto de
Software
Desenvol-
vimento
Testes de
Sistema
Implanta-
ção

 Definição dos requisitos: os requisitos são características de algo que o


sistema será capaz de realizar para atingir determinado objetivo. A equipe
de desenvolvimento deve questionar o cliente sobre a forma que o sistema
deve ser para satisfazer as suas necessidades, documentando esses
requisitos;
 Projeto de Software: os requisitos são um conjunto de problemas que o
sistema deve resolver para o cliente e com base nesses requisitos, a
equipe de desenvolvimento deve, antes de codificar, projetar uma solução
que satisfaça as necessidades do cliente;
 Desenvolvimento: a atividade de desenvolvimento consiste em
transformar, através de técnicas de programação, o projeto de software
em um produto executável e operacional;
 Testes de sistema: os testes são um processo de execução de um
programa que têm como objetivo revisar a codificação implementada e
encontrar erros na estrutura do software;
 Implantação: implantação significa a entrega do software para o cliente e
a utilização do usuário final, é neste momento que o cliente tem a
oportunidade avaliar se o software atende às suas necessidades. Caso
sejam identificadas não conformidades, a equipe deve registrar as
modificações necessárias para dar início à manutenção do software.

Ciclo de Vida
O ciclo de vida de um projeto são as etapas relacionadas a esforço e tempo
dedicado em cada fase. Na medida em que as etapas avançam em seu ciclo de
vida, diferentes papéis predominantes ou não são utilizados.
Quando pensamos em um projeto e em como vamos executá-lo,
rapidamente pensamos em etapas que precisamos cumprir, uma a uma, de
forma sequencial, iterativa ou sobreposta, até terminarmos tudo que
precisamos fazer. Essas etapas podem ser definidas ou moldadas de várias
formas, de acordo com as necessidades de gerenciamento da organização. tendo
nomes e números diferentes conforme os aspectos exclusivos de cada
organização.
O ciclo de vida do projeto é composto pelas seguintes fases:
1. Iniciação: nesta primeira fase do ciclo envolve a identificação da
necessidade, problema ou oportunidade, onde um termo de abertura do
projeto é elaborado para autorizar formalmente a criação dele

2. Planejamento: esta fase reúne os processos relacionados ao


planejamento do projeto. Neste documento constará o escopo, tempo e
custo do projeto. Informações relevantes como quantidade de recursos e
perfis envolvidos também são levados em consideração;

3. Execução: esta fase agrupa os processos relacionados para executar o


trabalho definido no plano de gerenciamento do projeto, ou seja, executar
o que foi planejado na fase anterior. É neste processo que a maior parte
do orçamento do projeto é gasto. Também é nesta fase que pode, se
necessário, efetuar uma atualização do planejamento e mudar alguns
planos previamente elaborados;
4. Monitoramento e Controle: reúne os processos necessários para
acompanhar, revisar e regular o progresso e o desempenho do projeto.
Periodicamente deve mensurar o projeto para avaliar se o plano está
sendo seguido conforme o planejado;

5. Encerramento: nesta fase estão os processos de encerramento que


incluem a aceitação do cliente ou patrocinador do projeto, revisão,
documentação das lições aprendidas, atualização dos ativos e
arquivamento de documentos relevantes.

Metodologias Ágeis
A metodologia de projetos é o conjunto de técnicas e habilidades que
orienta e guia o processo de planejamento, execução, monitoramento e
obtenção de resultados. Os métodos ágeis são baseados no trabalho
colaborativo, em que todos são responsáveis pelo sucesso do negócio.
Com equipes mais enxutas, é possível criar um time engajado e pronto
para propor soluções com mais autonomia e confiança. Além do mais, há uma
redução da passagem de demandas de mão em mão, fazendo com que as
atividades sejam mais dinâmicas e eficientes.
A metodologia ágil também é caracterizada por entregas incrementais que
funcionam em ciclos iterativos. Essas entregas rápidas garantem a qualidade
dos produtos e fazem com que seus clientes sempre estejam antenados a que o
está sendo realizado e desenvolvido.

Vantagens
 Entregas mais rápidas: Como o tempo determina a forma de uma
empresa se relacionar com fornecedores, clientes e colaboradores, a
metodologia ágil pode ser uma ótima solução para quem busca ótimos
resultados em um curto prazo. A cada etapa de entrega, o produto é
apresentado ao consumidor com as funções implementadas. Assim, ele
pode determinar aquilo que está conforme seus desejos ou não. Como
resultado, você consegue realizar alterações logo no início do processo e
não precisa gastar grandes recursos em processos de especificações de
requisitos;

 Processos Flexíveis: Quando um cliente solicita uma mudança em seu


projeto com a metodologia ágil, ela deve ser implementada em suas
funções imediatamente. Além disso, ela também pode ser adicionada às
próximas etapas de desenvolvimento do projeto. Como o método ágil já
prevê essas mudanças, sua infraestrutura de trabalho é mais flexível e
pode se adaptar às novas realidades que surgem com mais facilidade;
Gerenciamento de riscos: Por mais bem preparada e capacitada que a sua
gestão seja, imprevistos podem acontecer. Nessas horas, é essencial que todos
os envolvidos estejam engajados e alinhados no seguinte objetivo: criar um
produto de qualidade e que atenda às necessidades do mercado. Essa
metodologia garante o sucesso do projeto ao ofertar ao cliente pequenas
amostras do resultado. Desse modo, os riscos de fracasso são reduzidos, e a
sua estratégia torna-se mais competitiva.

Metodologia Tradicional x Metodologia Ágil


Muitos profissionais ficam com dúvidas na hora de escolher a melhor
metodologia para seus projetos. Como não há uma resposta universal para esse
questionamento, é preciso ter muito cuidado e atenção.
Antes de tomar qualquer decisão, você deve analisar as exigências de seus
clientes e as especificidades de seus projetos. Lembre-se também de que a
cultura da empresa é determinante para esses momentos. Se você conta com
profissionais que estão acostumados com entregas rápidas, opte pela
metodologia ágil. Já quando o contrário acontecer, escolha a metodologia
tradicional e saiba como gerenciar suas atividades.
Como você pode perceber, ambas as opções oferecem benefícios e
vantagens que podem reduzir custos e aumentar a satisfação de seus clientes.
Já que o mercado consumidor oferece inúmeras oportunidades de crescimento,
a análise dos pontos positivos e negativos de cada uma delas é fundamental
para a obtenção de resultados positivos.
Ao escolher uma metodologia e perceber que ela não está funcionando
como desejado, não hesite e troque-a por uma que ofereça soluções para os
seus problemas com mais eficiência.
Tradicional Ágil Híbrida
Escopo Detalhado Iterativo Detalhado
Cronograma
Tempo Time-Box Time-Box
Completo
Equipes
Custo e Orçamento e Equipes Orçamento e Equipe
autogerenciáveis e
RH definidos indefinidos
orçamento previsível
Poucas Mudanças Flexível com
Mudanças Personalizável
permitidas mudanças

2 MANIFESTO E VALORES DA METODOLOGIA ÁGIL


Metodologia ágil é um conjunto de técnicas e práticas para gestão de
projetos que oferece mais rapidez, eficiência e flexibilidade. Seu objetivo inicial
era agilizar o desenvolvimento de softwares, mas esses métodos extrapolaram o
setor de tecnologia e hoje revolucionam a gestão de empresas de todas as áreas.
Basicamente, a metodologia ágil torna os processos mais simples,
dinâmicos e iterativos, da concepção da ideia até o produto final.
Entre suas principais características, destacam-se:
 Desenvolvimento incremental, ou seja, de melhoria contínua;
 Cooperação entre equipe e cliente (ciclo de feedback constante);
 Entregas rápidas e de alta qualidade;
 Flexibilidade de escopo do projeto;
 Criação de valor progressiva e de acordo com as necessidades do cliente;
 Adaptabilidade às mudanças e alto nível de inovação.

O Manifesto Ágil
A metodologia ágil foi criada por um grupo de desenvolvedores que se
cansaram dos métodos tradicionais e suas etapas engessadas. Então, em 2011,
eles se reuniram para elaborar o Manifesto Ágil, uma declaração que contém os
princípios do desenvolvimento ágil de software. A ideia foi construída com base
em quatro valores:
1. Os indivíduos e suas iterações acima de procedimentos e ferramentas;
2.
3. O funcionamento do software acima da documentação;
4. A colaboração com o cliente acima de negociação e contrato;
5. A capacidade de resposta a mudanças acima de um plano pré-
estabelecido.

Fica claro que o importante é entregar um produto de qualidade e criar


uma excelente experiência do usuário, mesmo que para isso seja preciso
contornar alguns processos e mudar os planos várias vezes. A partir desses
critérios, os fundadores estabeleceram 12 princípios:
1. Nossa maior prioridade é satisfazer o cliente, por meio da entrega
adiantada e contínua de um software de valor;
2. Aceitar mudanças de requisitos, mesmo no fim do desenvolvimento, pois
os processos ágeis se adequam às necessidades do cliente;
3. Entregar uma versão do software funcionando com frequência, na escala
de semanas até meses, com preferência para períodos mais curtos
4. Profissionais de negócios e desenvolvedores devem trabalhar em conjunto
e diariamente, durante todo o andamento do projeto;
5. Construir projetos ao redor de indivíduos motivados, oferecendo a eles o
ambiente e suporte necessário, e confiar que farão seu trabalho;
6. O método mais eficiente e eficaz de transmitir informações para um time
de desenvolvimento é uma conversa cara a cara;
7. Um software funcional é a medida primária de progresso;
8. Processos ágeis promovem um ambiente sustentável em que os
patrocinadores, desenvolvedores e usuários são capazes de manter passos
constantes;
9. Atenção contínua à excelência técnica e bom design para aumentar a
agilidade;
10. Simplicidade em primeiro lugar, como a arte de otimizar o trabalho;
11. As melhores arquiteturas, requisitos e designs emergem de times
auto-organizáveis;
12. Em intervalos regulares, o time deve pensar em como aumentar sua
efetividade e ajustar seu comportamento de acordo.

Ciclo de Vida de Um Projeto


Gestão de Fluxo - Kanban
Kanban é um sistema de controle e gestão do fluxo de produção em
empresas e projetos que usa de cartões coloridos (post-its) e recebe o nome de
gestão visual, em razão do uso de cores como sinalizadores.
O quadro de Kanban é uma ótima
ferramenta para gerenciar as tarefas de
um modo visual. Esta técnica foi
desenvolvida pela Toyota na década de
1950 para o sistema de agendamento de
logística e de produção de veículos. É uma
ferramenta simples e que dá visibilidade
para o fluxo de trabalho, expondo
problemas que podem ser gargalos e
anormalidades, e desperdícios que possam
ser aprimorados.
O quadro de Kanban gera transparência ao processo por mostrar o que
está sendo realmente realizado. Ele também ajuda a medir a produtividade por
enxergar as tarefas do backlog a serem feitas, além das tarefas sendo feitas e as
já feitas. Desse modo, os gestores conseguem priorizar o que é mais importante
e os colaboradores não ficam sobrecarregados, pois fica claro o limite de tarefas
para cada um e os prazos acordados.
Desenvolvimento Iterativo e Incremental
Como processo de desenvolvimento iterativo, podemos entender a
atividade em que a criação de um software é realizada por meio de progressos
sucessivos. Assim, é comum que o sistema seja apresentado ainda incompleto
ou com algumas partes deficitárias. O objetivo é que o refinamento do produto
aconteça por etapas até que o resultado pretendido seja alcançado.
O desenvolvimento incremental, por outro lado, é aquele em que o
software é entregue separadamente — ou seja, por pedaços, que são chamados
de incrementos. Independentemente do tamanho desses subconjuntos, o fato
que é que eles são entregues já na sua versão final. Assim, há uma
concentração de esforços em determinadas partes até que elas estejam em
pleno funcionamento.
Podemos dizer, ainda, que no desenvolvimento iterativo há uma repetição
das etapas do processo de criação do software até que o resultado almejado seja
obtido; já no desenvolvimento incremental, novas partes são integradas ao
longo do período de construção.
A criação de um processo de desenvolvimento iterativo e incremental está
nas bases das metodologias ágeis, como a Scrum. A ideia é que a criação de um
software seja pautada por vários ciclos curtos, em que funcionalidades são
introduzidas, feedbacks coletados e requisitos revistos.
Assim, é possível atingir um maior nível de satisfação do cliente e garantir
que o resultado esteja dentro do esperado. Se no modelo em cascata a evolução
é feita como um processo contínuo e sequenciado, no desenvolvimento iterativo
e incremental, a empresa diminui tarefas e repete etapas sempre que for
necessário.
Pretende-se, com isso, reduzir o número de falhas na solução entregue ao
usuário, criando um ambiente de trabalho que seja mais prático e capaz de
fazer mudanças em todas as etapas de desenvolvimento.

3 FRAMEWORKS
PROJETOS
ÁGEIS E A NOVA GESTÃO DE

Metodologias Ágeis – LEAN


O sistema LEAN é um sistema de melhoria voltado para pessoas, e pode
aperfeiçoar qualquer processo de trabalho. Isso implica que seus
princípios/ferramentas e práticas podem melhorar qualquer tipo de trabalho
em uma empresa. O objetivo maior de uma transformação LEAN é construir
uma cultura de aprendizado que resolva os problemas dos clientes para
sempre.
O diferencial é que, enquanto suas ações constroem uma nova cultura,
vão também enxugando todos os processos de trabalho e reduzindo qualquer
desperdício – eliminando defeitos, agilizando os prazos de resposta,
diminuindo a necessidade de força de trabalho etc.
Construir uma cultura de aprendizado de longo prazo é a parte mais
difícil de qualquer jornada LEAN, mas é também a parte mais poderosa e
compensadora em termos pessoais. Como Kosuke Ikebuchi, da Toyota, afirmou:
“Os ocidentais dão ênfase exagerada a ferramentas e tecnologias, mas não
reservam a devida atenção para a filosofia e atitudes das lideranças”. Construir
essa cultura de aprendizado LEAN pode – e deve – ser o seu legado à
organização.
Existem inúmeras definições do que é ser líder na Toyota. Todas muito
focadas e parecendo simples demais à primeira vista. Mas, depois de algum
tempo e reflexão, você percebe o quanto são profundas. Um líder na Toyota
deve:
 Ter vontade de liderar, pois a verdadeira liderança é trabalho duro;
 Ter capacidade de liderança, definida como a habilidade de obter
resultados por meio dos outros;
 Ter comprovadas vontade e habilidade como consultor;
 Possuir uma motivação pessoal para buscar a perfeição (kaizen) por meio
do Sistema Toyota de Produção.

7 Princípios do Lean
 Elimine o desperdício: este princípio foca em eliminar atividades que
não agregam valor ao produto ou serviço, incluindo processos
desnecessários, tempo de espera e features (características) ainda pouco
relevantes. A sua equipe pode, por exemplo, eliminar documentação ou
reuniões desnecessárias que não agregam valor ao projeto ou remover
recursos que não são necessários para o cliente.
 Integrar qualidade desde o início: o objetivo é construir qualidade no
produto ou serviço desde o início, em vez de depender de testes para
encontrar erros. Isso pode ser feito implementando testes automatizados
para detectar erros precocemente ou realizando revisões de código para
identificar possíveis problemas.
 Crie Conhecimento: aqui queremos enfatizar a importância de aprender
e melhorar continuamente, buscando feedback e usando-o para fazer
ajustes. Para isso, é possível realizar entrevistas com usuários para
entender as necessidades e preferências ou realizar retrospectivas após
cada ciclo de desenvolvimento para identificar oportunidades de melhoria.
 Adiar comprometimento: parece estranho, mas o adiamento de decisões
até o último momento possível permite mais informações e flexibilidade na
tomada de uma decisão. Isso pode ser útil, por exemplo, quando estamos
realizando experimentos para testar diferentes opções antes de tomar
uma decisão final.
 Entregue o mais rápido possível: este princípio concentra-se em
fornecer valor ao cliente o mais rapidamente possível para reduzir o tempo
de lançamento e aumentar a capacidade de resposta às exigências por
mudança. Uma maneira bem interessante de trabalhar com este princípio
é entregando um software que esteja funcionando em incrementos
menores para obter feedback dos usuários mais rapidamente.
 Respeitar as pessoas: aqui estamos enfatizando a importância de
capacitar as equipes para tomar decisões e assumir a responsabilidade
por seu trabalho, em vez de depender da gestão de cima para baixo. Para
isso, permita que os membros da equipe tomem decisões sobre como
realizarão suas tarefas e forneça a eles as ferramentas e recursos
necessários para ter sucesso.
 Otimize o todo: por último, este princípio envolve otimizar todo o
sistema, em vez de apenas partes individuais, para maximizar a eficiência
e eficácia geral. Lembre-se de focar em toda a cadeia de valor, não apenas
em um aspecto dela, e identifique quais são os gargalos no processo.

Como Adotar a Cultura LEAN


1 – Enxugue o Modelo de Negócio
Mesmo que seu plano de negócios tenha sido baseado em meses de
pesquisa, antes da sua real efetivação não há nada além de hipóteses – boas
suposições – que precisam ser comprovadas na prática.
Assim, em vez de consolidar um longo relatório de plano de negócios, você
deve usar uma ferramenta chamada Canvas para montar o seu business model.
Basicamente, trata-se de um diagrama que mostra, de forma integrada e visual,
todos os aspectos relevantes em uma empresa. Assim, o Canvas serve de ponto
de referência e linguagem comum na hora de trabalhar cada nova hipótese.
2 – Customer Development
Após estruturar tudo com o Canvas, você deve testar suas hipóteses com
uma abordagem chamada de “desenvolvimento com clientes”, ou customer
development. Para isso, você precisará trocar informações com potenciais
usuários, compradores e parceiros para pegar suas opiniões sobre todo e
qualquer elemento do modelo de negócios.
O Customer Development serve para evitar que o empreendedor baseie seu
produto em premissas e suposições. Ao contrário disso, ele trata de aplicar um
método científico a fim de construir um produto cujas características atendam
às necessidades reais dos clientes.
O processo se divide em quatro etapas para validar a necessidade
identificada, construir o produto certo para atendê-la, testar os métodos
corretos de aquisição e conversão de clientes e implantar os recursos
adequados para atender à demanda do produto. São elas:
 Descoberta (Customer Discovery): busca entender os clientes e as
necessidades que a empresa pode satisfazer. É quando uma série de
hipóteses são criadas para serem testadas;
 Validação (Customer Validation): visa ter um produto que satisfaça as
necessidades dos clientes, identificadas no ponto anterior. O objetivo é
encontrar um modelo de negócio que seja escalável;
 Criação de Demanda (Customer Creation): determina se o produto
atenderá a todas as necessidades dos clientes. É o começo da execução,
pois cria a demanda e direciona o consumidor ao canal de vendas,
testando a conversão e a satisfação dos pagantes;
 Estruturação do Negócio (Company Building): é o momento em que
ocorre a transição de uma startup para uma empresa com modelo de
negócios validado.
3 – Adote o desenvolvimento ágil
Por fim, de acordo com Steve Blank, o lean orienta que você implemente o
chamado “desenvolvimento ágil” em sua empresa. A metodologia ágil surgiu na
indústria de software para fazer frente às práticas convencionais de gestão de
projetos, como a Waterfall.
Em vez de fazer apenas uma entrega do produto, no desenvolvimento ágil
são feitas várias entregas de versões do software ao longo do projeto, visando
uma maior colaboração com o cliente, priorizando as suas necessidades.
O conceito de mindset ágil tem a ver com agir rápido, criar protótipos,
interagir o máximo possível para que, a partir da interação, haja modelos muito
mais aplicáveis à realidade do que simplesmente algo focado somente no
planejamento e, depois dele, numa entrega. A máxima do conceito de mindset
ágil é simples e direta: errar o mais rápido possível e acertar o mais rápido
possível. Identificar mais rápido os acertos e erros, sendo, por isso,
chamado de ágil.

4 SCRUM (PARTE I)

O Scrum é um framework cuja solução é voltada para o gerenciamento de


projetos cujos profissionais conseguem trabalhar juntos na resolução de
problemas complexos de forma mais criativa, adaptável, e, por consequência,
garantindo resultados mais eficientes e de alto valor.
Entre as muitas características de projetos gerenciados com o Scrum, os
times ou equipes ganham destaque. Eles geralmente são compostos por poucas
pessoas, gerando ganhos tanto na flexibilidade do trabalho quanto na qualidade
da comunicação, o que faz com que esses grupos sejam altamente adaptativos.
Mas é importante esclarecer que metodologias ágeis não necessariamente
prezam por entregas relâmpago ou estritamente dentro de prazos. Nesse
contexto, ser ágil significa ter a capacidade de lidar com mudanças e adaptar o
projeto a elas, de forma organizada e segura para todos os envolvidos.
A metodologia Scrum sugere que o projeto seja dividido em pequenos
ciclos de atividades, que incluem reuniões de alinhamento que coordenam as
responsabilidades de cada membro do time e o que é preciso ser corrigido para
que o resultado seja alcançado como o proposto.
Ou seja, é como em um voo, em que a decolagem, cruzeiro e pouso são
divididos em ciclos de atividades, e o responsável por cada um deles é listado
para executar suas funções.
Durante os acontecimentos, dependendo das condições do percurso,
ajustes serão realizados para chegar ao resultado, sempre de forma ágil e sem
padronizações ou ações engessadas. A ideia é sempre buscar uma solução mais
rápida e eficiente.
Scrum Framework

Product Backlog
O Product Backlog é a relação das principais entregas de um projeto ágil,
priorizadas e sequenciadas conforme o nível de valor que podem gerar para o
cliente. Quanto mais importante for a entrega, maior a sua urgência em
começar a desenvolvê-la.
O Product Backlog serve como uma “lista” com todas as funcionalidades e
características desejadas do produto. É definida de acordo com prioridades, em
que as entregas mais importantes são feitas logo no início. Sendo assim, a
função do Product Backlog é descrever o trabalho previsto de maneira
organizada e flexível, servindo como consulta para todos os integrantes do time.
É preciso destacar, porém, que o Product Backlog não tem a obrigação de
ser feito em lista, essa é apenas uma forma de organizá-lo. A partir da criação
das tarefas e da priorização delas, já é possível distribuí-las ao longo das
Sprints

Sprint
O Product Backlog, normalmente, apresenta muitos passos e exigências.
Para garantir o seu cumprimento, há os Sprints. Sprint, dentro da metodologia
Scrum, é o período de algumas semanas no qual a versão de um produto é
desenvolvida. Sendo assim, a ideia de Sprint é que se deve cumprir uma meta
dentro de um período determinado. Para realizar uma Sprint temos a
ocorrência de 4 Eventos:

Sprint Planning
Ao fazer uso da prática de Scrum, a reunião de planejamento do sprint é
realizada no início deste, onde as equipes identificam o que pode ser entregue
no sprint e como esse trabalho vai ser realizado. No final da reunião de
planejamento, cada membro do Scrum precisa esclarecer o que pode ser
apresentado no sprint e como o incremento pode ser entregue.
O planejamento do Sprint prepara toda a equipe para ter êxito durante o
sprint. Ao participar da reunião do Scrum, o proprietário do produto vai ter
uma lista priorizada de backlog do produto. Eles discutem cada item com a
equipe de desenvolvimento e os integrantes do grupo estimam juntos o esforço
envolvido. Então, a equipe de desenvolvimento faz uma previsão de sprint que
especifica a quantidade de trabalho que consegue concluir da lista de backlog
do produto. Essa parte do trabalho se torna a lista de backlog do sprint.

Sprint Backlog
Nesta parte são definidos quais são os itens prioritários do Backlog. As
tarefas mais importantes, ou com maior risco recebem maior pontuação e
devem ser analisadas e desenvolvidas com mais cuidado e prioridade.
Cada equipe envolvida na Sprint recebe uma pontuação limite, para que o
número de tarefas não realizadas seja o menor possível e que para nenhuma
equipe fique sobrecarregada no desenvolvimento do projeto/produto.
Após isso a ação dos líderes do projeto é essencial para que ele siga de
forma natural e alcance o melhor resultado possível. Eles podem optar por
priorizar tarefas de difícil execução e maior risco, ou pelas tarefas que
agregarão mais valor para a solução final.

Sprint Review
Nas Sprints Scrum, após a realização de um ciclo sempre ocorre uma
Sprint Review. Que apresenta tudo que foi ou não desenvolvido e quais foram
as dificuldades enfrentadas. Esta etapa é normalmente realizada através de
uma apresentação e por um tempo separado para a realização de testes na
plataforma desenvolvida na Sprint.
Após a realização da Sprint Review o Product Owner pode decidir na
adição de novas funcionalidades ou melhorias no projeto. Os itens que não
foram desenvolvidos ficam novamente no Backlog para consulta de Sprints
futuras.

Sprint Retrospective
Uma retrospectiva do sprint é uma reunião para analisar o que deu certo
durante o sprint e o que pode ser melhorado. As equipes ágeis podem analisar,
em particular, a dinâmica, os processos e as ferramentas da equipe e, em
seguida, criar planos para melhorar a forma como a equipe trabalha.
Ser ágil significa obter feedback rápido para tornar o produto e a cultura
de desenvolvimento melhores. As retrospectivas ajudam a equipe a entender o
que funcionou bem e o que não funcionou.

Daily Scrum
A reunião rápida diária — ou seja, Daily Scrum — é uma reunião diária
curta de 15 minutos (ou menos) para discutir o progresso e identificar
bloqueadores. Os participantes são incentivados a participar em pé para ajudar
a manter a reunião curta.
A reunião rápida diária é projetada para informar a todos com rapidez o
que está acontecendo em toda a equipe. Não é uma reunião de status
detalhado. O tom deve ser leve e descontraído, mas informativo.

Scrum Team
Para que a técnica seja aplicada corretamente, o Scrum conta com papéis
bem-definidos. Na aplicação, é possível adicionar outras funções, mas essa base
já é o suficiente para alcançar os resultados. A seguir, veja quais são os
componentes mais importantes.
 Product Owner: O dono do produto ou Product Owner é o maior
interessado no desenvolvimento do produto, de acordo com suas
necessidades. Ele é quem define quais são as funcionalidades esperadas
pelo produto, qual é a ordem de prioridade de execução e quais são as
expectativas. É responsabilidade dele garantir que todo o time esteja
ciente daquilo que deve ser feito. Além disso, deve tirar dúvidas e dar
explicações sempre que for necessário para o desenvolvimento.

 Scrum Master: O Scrum Master exerce uma função de liderança


importante. Ele coordena as atividades e atua como um facilitador para a
equipe. Se houver alguma dificuldade, ele deve buscar a solução ideal.
Mas vale entender que ele não é igual ao gerente de projetos. Embora seja
um líder, não exerce a autoridade ligada à gerência.

 Development Team: O time é composto por todos os desenvolvedores e


responsáveis pelas etapas. Normalmente, reúnem habilidades específicas
para concluir as tarefas definidas para atingir as expectativas. Atuam em
colaboração, com delegação de atividades, responsabilidades individuais e
metas.

Incremento do produto
Incrementos de produto são os materiais de entrega do cliente que foram
produzidos nas tarefas do backlog do produto durante o sprint. Os incrementos
de todos os sprints anteriores também são considerados aqui. Sempre há um
incremento para cada sprint, e o incremento é decidido durante a fase de
planejamento do Scrum. O incremento acontece se a equipe decide lançar para
o cliente.
Definição de Concluído
É importante que as equipes tenham uma definição clara de “concluído”.
Essa definição pode ser outro tipo de artefato, que deve ser documentado e
compartilhado. Um exemplo de definição de "concluído" para uma equipe de
desenvolvimento é quando o código é coberto com testes automatizados que
correspondem a uma especificação e é implementado em um ambiente de
produção. Se a equipe não tiver uma definição clara de "concluído", vai acabar
muitas vezes se perguntando se determinada tarefa foi concluída em revisões de
sprint ao analisar as tarefas de Scrum em aberto.
A definição de "concluído" ajuda a definir os limites do incremento.
Incrementos devem ser entregues em pacotes utilizáveis completos que são
adicionados aos incrementos que vieram antes.

4 SCRUM (PARTE II)

Persona
Persona é uma descrição real ou hipotética de um usuário final de um
produto que está sendo desenvolvido. Personas normalmente são registradas
em um documento escrito com foto, nome, profissão e outros detalhes
importantes.
O time de desenvolvimento utiliza as personas como guia ao desenvolver
um produto que se se adequa a um determinado tipo ou a vários tipos de
usuários finais. Às vezes, as equipes também usam personas de usuários
negativas para garantir que sabem quem explicitamente não devem ser levados
em consideração ao desenvolver um produto.

User Experience
Compreender a importância da Experiência do Usuário e implementar
estratégias eficazes para melhorá-la pode gerar inúmeros benefícios, como
maior satisfação do cliente, aumento da retenção, aquisição de novos clientes e
recomendações positivas. Portanto, investir no aprimoramento da Experiência
do Usuário é essencial para criar uma relação positiva entre a empresa e seus
usuários.
A integração da experiência do usuário (UX) no processo do Scrum é uma
abordagem poderosa para criar produtos centrados no usuário. O UX
desempenha papéis importantes, como facilitador de pesquisa de usuário,
definidor de personas, criador de wireframes e protótipos, testador de
usabilidade, colaborador com desenvolvedores e designers e defensor das
necessidades dos usuários.
Para obter os melhores resultados, é importante seguir melhores práticas,
como incluir o UX desde o início, promover uma colaboração multidisciplinar,
realizar testes iterativos e estabelecer métricas de sucesso. Com a integração
eficaz do Scrum UX, as equipes podem desenvolver produtos altamente
adaptados às necessidades e desejos dos usuários.

Scrumban
O Scrumban é um híbrido das metodologias Scrum e Kanban, com o
objetivo de ajudar as equipes na transição entre essas estruturas. O Scrumban
combina as melhores características de ambos os métodos: Ele junta a
natureza normativa do Scrum e a capacidade de melhoria dos processos do
Kanban, permitindo que as equipes cheguem ao desenvolvimento Agile para
melhorar seus processos. Scrumban está se tornando popular em indústrias
onde o desenvolvimento de projeto e a manutenção andam de mãos dadas.
A combinação desses dois métodos possui muitas vantagens. Ele pode
auxiliar a equipe de desenvolvimento a acabar com o estresse das despesas
gerais, melhorar a eficiência e a satisfação do cliente no geral. Mas o mais
importante é: a entrega de um produto de alta qualidade, melhoramento
contínuo, minimização de desperdício, redução de tempo de espera.
Em resumo, o Scrumban pode ajudar as equipes a se tornarem mais
ágeis, permitindo que elas se adaptem rapidamente às mudanças de requisitos
e prioridades, enquanto ainda mantêm o foco no processo de entrega.
Combinando o Scrum e o Kanban, o Scrumban oferece uma solução híbrida
que pode ser personalizada para atender às necessidades exclusivas de cada
equipe ou organização.

6 METODOLOGIAS ÁGEIS APLICADAS A DIFERENTES


ÁREAS DA EMPRESA

Design Sprint
O Design Sprint é um processo exclusivo de design, que permite
responder a perguntas críticas de negócios por meio de pesquisa, ideação,
prototipação rápida e testes. Esse brainstorming e formato de tomada de
decisão permite o pensamento centrado no usuário e nos ajuda a entender se
estamos no caminho certo, desde o início do ciclo de pesquisa e
desenvolvimento.
O objetivo é conseguir comprimir semanas ou até meses de discussões em
ciclos de no máximo cinco dias — de segunda a sexta. Quando o plano é bem
implementado e apoiado por uma infraestrutura tecnológica, é possível
construir e testar essa ideia em até 40 horas — um ganho fundamental para a
competitividade de negócios digitais.
O Design Sprint é indicado para 4 situações:
 Início de um projeto: o método ajuda a definir o produto que precisa ser
desenvolvido para solucionar determinado problema;
 Projeto em andamento: o método é indicado para superar obstáculos em
alguma etapa de um projeto;
 Aceleração de processos: o método dá mais rapidez e agilidade a
processos que não precisam sempre envolver a criação de um produto;
 Integração de equipes: a metodologia coloca todos os integrantes de um
projeto na mesma página.

Etapas do Design Sprint


O Design Sprint é um framework simples de ser implementado, mas seu
sucesso depende da participação ativa de todos os colaboradores. Então, vamos
apresentar o modelo padrão de cinco dias para que você possa elaborar o seu
próprio calendário e discutir com os outros participantes a melhor forma de
abordar a metodologia.

Dia 1: Unpack (Definição)


O primeiro dia de um Design Sprint é voltado para identificação e
alinhamento de um problema. É quando uma questão é levantada como
prioritária e todos os participantes contribuem com suas informações sobre ela
— pode ser um problema técnico, uma necessidade de iteração, uma falha de
produto etc.
Com a colaboração de todos, aquele assunto é entendido em sua totalidade e
definido como o ponto a ser atacado no sprint da semana. É a base necessária
para que o project manager guie toda a equipe nos próximos dias.

Dia 2: Sketch (Divergência)


Essa é a fase mais parecida com o tradicional brainstorming, sendo que a
diferença está no foco em divergência. Em vez de a equipe se reunir para jogar e
debater ideias, cada participante é incentivado a buscar soluções
separadamente para o problema.
Dessa forma, a tendência é que cada um análise e solucione a questão
baseada em seu background profissional — sem amarras, sem o medo de
sugerir algo na frente de várias pessoas. Apenas quando o prazo terminar é que
todas as ideias propostas serão reunidas.

Dia 3: Decide (Decisão)


Esse é o dia mais crítico do Design Sprint e não dá para perder muito
tempo debatendo todas as ideias propostas. O foco precisa estar na previsão de
retorno de cada sugestão em relação ao problema apresentado e, claro, a
viabilidade de prototipar e testar a ideia antes que o prazo termine.

Dia 4: Prototype (Prototipação)


Depois que a ideia é escolhida, é hora de colocá-la em prática. O objetivo
de um protótipo não é terminar com um produto pronto (até porque seria
impossível em um dia), mas uma representação da solução proposta com média
a alta fidelidade.

Dia 5: Test (Teste e validação)


O último dia da semana é reservado para testar, medir, analisar e
aprender com o protótipo desenhado. No final do dia, ainda é possível
aprimorar o que deu certo e descartar o que não for relevante.
Ou seja, em cinco dias, um problema é identificado, analisado e corrigido.
Quando a iteração é bem-sucedida, a próxima semana já parte de um degrau
acima da anterior, enquanto o protótipo parte para desenvolvimento.
Se não houve um consenso ou uma solução relevante, a próxima
segunda-feira não parte mais da estaca zero — vocês podem atacar o mesmo
problema tendo na bagagem o que aprenderam das últimas tentativas.
Spotify Quads
Squads são equipes pequenas, com até 8 pessoas, que precisam trabalhar
juntas e que possuem responsabilidades de ponta a ponta. Ou seja, os Squads
eram quem controlava determinada funcionalidade produto do Spotify desde
sua projeção, desenvolvimento e manutenção, com um nível muito alto de
autonomia. Afinal, essa designação de responsabilidade por funcionalidade, ou
feature, torna as equipes “independentes”, já que todas as tomadas de decisão e
necessidades técnicas são concentradas internamente em cada Squad.
A autonomia é uma das palavras-chave que fez o Spotify ter tanto sucesso
com os Squads. Além de ser um motivador bem forte, é uma forma de agilizar a
produção e focar em certos aspectos cruciais.
O alinhamento é a outra palavra-chave que permitiu o sucesso dos Spotify
Squad’s. Não somente todos os squads precisam estar alinhados, como a
missão de nenhum suplanta a missão do Spotify. É como se fossem várias
células altamente produtivas que formam um organismo vivo único.
Chapter: pessoas que Tribe: contém uma Guld: comunidade de
atuam na mesma área série de squads que pessoas um interesse
de especialidade e que possuem objetivos em comum, onde se
se encontram para similares. Os squads partilha informações,
discutir desafios da de uma tribo ficam ferramentas e práticas
prática; fisicamente próximos; sobre um tema.

O RH Ágil
O RH Ágil é uma forma de classificar o setor de Recursos Humanos que
busca desenvolver uma cultura organizacional forte, que se adapta facilmente
as mudanças do mercado, que ajuda na construção e acompanhamento do
engajamento, desempenho e desenvolvimento dos colaboradores.
A mentalidade do RH Ágil deixa os processos mais fluidos. E ela é
sustentada pelos pilares abaixo:
 Redes colaborativas: como citamos, a metodologia ágil coloca as
necessidades dos clientes em primeiro lugar. Para o RH, isso significa ser
flexível e se adaptar conforme as necessidades e prioridades, trabalhando
em conjunto, em vez de em silos funcionais;
 Transparência: na área de Recursos Humanos, as informações pessoais
serão sempre confidenciais. No entanto, apesar disso, o padrão deve ser a
transparência, não de sigilo com os envolvidos;
 Adaptabilidade: ser adaptável significa observar nos obstáculos a
oportunidade de fazer algo melhor. Às vezes, fazer da forma padrão não é
será o ideal, caso não atenda às necessidades do cliente;
 Inspirar e comprometer-se: demonstre que a empresa se preocupa com
os colaboradores, ouvindo e apoiando em todos os momentos. Isso poderá
resultar em maior satisfação do empregado e fidelidade no futuro;
 Motivação intrínseca: se a cultura da empresa permitir maior autonomia
sobre as atividades de trabalho, poderá ter uma força de trabalho mais
produtiva, inspirada e engajada.
 Ambição: procure criar na empresa um ambiente onde as pessoas
possam ser elas mesmas, com espaço para expressar suas opiniões e
ideias.

Checklist do RH Ágil
□ Simplicidade: crie um e torne esse um pilar no seu
ambiente onde simplicidade e RH.
praticidade sejam praticadas. □ Focado na experiência:
□ Teste e adaptabilidade: tenha busque criar experiências aos
uma mentalidade de testes, colaboradores e candidatos.
valide informações e adapte o □ Orientado por potencial de
plano final conforme
valor gerado: as pessoas são
necessário: essa é uma boa
clientes do RH, e as ações
prática que evita surpresas.
precisam gerar valor.
□ Data-driven: tenha os dados
como orientadores de decisões
□ Transparência: construa um times, desde as ações até as
ambiente seguro para tomadas de decisão.
feedbacks e sinceridade. □ Trabalho em equipe e
□ Melhoria contínua: busque colaboração: um RH Ágil é
sempre melhorar as entregas, sobre pessoas trabalhando
gerando valor incremental ao juntas para entregar valor de
cliente final. Foque em forma ágil e eficiente, e isso só
mudanças pequenas, mas é efeito com trabalho em
contínuas. equipe.
□ Processos e ferramentas
□ Autonomia e confiança: para
apropriados: que facilitem o
ser ágil é preciso dar
trabalho e gerem maior
autonomia. Dê liberdade aos
confiança.

7 LIDERANÇA E GESTÃO DE EQUIPES NO MODELO ÁGIL

Liderança Ágil
Liderança Ágil nada mais é que um estilo de liderança baseado em
métodos ágeis de gestão. Foi por isso que te expliquei esse contexto todo antes
de chegarmos aqui.
Assim como os princípios da metodologia ágil criados pela comunidade de
software, uma liderança ágil, seja para qual segmento for, é aquela focada em
entregar o melhor resultado para clientes e colaboradores, otimizando suas
soluções e se adaptando às mudanças e cenários do mercado.
Características de Uma Liderança Ágil
 Foco nas pessoas: uma gestão humanizada preocupa-se com o bem-estar
das pessoas nas relações de trabalho acima dos resultados. Dessa forma,
está engajada em formar equipes de alta performance, gerando maior
eficiência aos processos organizacionais, sem negligenciar a qualidade de
vida dos colaboradores.

 Segurança psicológica: lideranças inovadoras encorajam seus


colaboradores a pensarem diferente, fornecer condições para tal e
estimulam a experimentação. Para isso, é importante criar um ambiente
de trabalho seguro que contribui para que eles se sintam confortáveis em
compartilhar suas ideias, sem receios.

 Colaboração: o papel da liderança inovadora está em encorajar e orientar


os colaboradores a evoluírem na direção da colaboração para alcançar os
objetivos definidos. Afinal, inovação se faz com pessoas! Por esse motivo,
uma liderança ágil e inovadora deve exercitar o olhar para o quanto a
cocriarão é muito mais potente do que a individual. Nesse sentido,
compartilhar conhecimento e informação de forma transparente deve ser
o princípio da cultura organizacional.

 Senso de propósito: Líderes inspirados pelo senso de propósito


influenciam positivamente seus liderados, estimulando relações saudáveis
e o fortalecimento do protagonismo das pessoas para tomada de decisões
estratégicas.

 Empatia: uma liderança inovadora preocupa-se em trabalhar a


inteligência emocional para compreender as pessoas e situações
complexas da rotina organizacional, estimulando a comunicação aberta,
clara e síncrona entre o time.

 Cultura de feedback ágil: Líderes ágeis e inovadores criam ciclos de


feedbacks constantes e se autoavaliam constantemente para que
consigam encontrar formas de levar a equipe para outro nível.
Implementar a cultura de feedback contínuo é relevante para que gestores
acompanhem de perto os projetos, garantindo que os objetivos estejam
alinhados e colocando os colaboradores em primeiro lugar.

 Engajamento de equipes remotas: atualmente, para grande parte das


empresas e seus colaboradores, qualquer lugar pode se tornar um
escritório: tendo os equipamentos, conexão com internet e concentração
necessários, o trabalho presencial passou a ser uma opção, não mais uma
regra. Nesse contexto, uma liderança ágil e inovadora é essencial para
manter sinergia entre empresa, gestores e liderados.
 Compartilhamento de conhecimento: líderes inovadores valorizam a
troca para que a gestão do conhecimento dentro de uma organização seja
mais rica e eficaz. Assim como também incentivam a diversidade ao
priorizar a pluralidade de vozes para promover as mudanças necessárias
no ambiente corporativo.

Como Desenvolver uma Liderança Ágil


O desenvolvimento de líderes inovadores é um aspecto essencial das
organizações ágeis. Para incentivar que equipes e líderes estejam sensibilizados
sobre a importância da cultura ágil, é preciso estabelecer um ambiente de
trabalho criativo em todos os níveis da organização.
As organizações devem investir ainda em outros aspectos que
favoreçam um ambiente de trabalho criativo que impulsione a agilidade e,
consequentemente, a inovação:
 Colaboração e comunicação: é preciso estimular a colaboração e a troca
de ideias para criação conjunta de soluções;
 Aceitação de novas ideais: os líderes devem incentivar o
desenvolvimento e a exploração de ideias;
 Liberdade: um ambiente criativo define objetivos claros para fornecer
liberdade e direção para o entusiasmo dos colaboradores;
 Aceitação do risco: o risco é parte do processo criativo que visa produzir
boas ideias;
 Reconhecimento: o reconhecimento por geração e desenvolvimento de
ideias é importante para que a equipe se sinta valorizada;
 Confiança: estimular um ambiente em que as pessoas se sintam seguras
é fundamental para que elas desenvolvam soluções inovadoras.

SMART
SMART É uma metodologia amplamente utilizada para ajudar as pessoas
e empresas a definir e alcançar seus objetivos de maneira clara e eficiente, pois
permite transformar as ideias em objetivos realistas e práticos. As metas
SMART definem objetivos e KPIs de uma forma precisa e fácil de comunicar.
 Específico (S): Traçar
objetivos específicos evita a
autossabotagem e facilita a
conquista de bons resultados;

 Mensurável (M): Tenha


indicadores exatos para
avaliar seus resultados.

 Alcançável (A): Pensar


grande é ótimo, mas jamais
defina metas impossíveis de
serem atingidas. Caso
contrário, você nunca
experimentará a sensação de
dever cumprido e se sentirá
frustrado.

 Relevante (R): Por


outro lado, definir objetivos
fáceis demais acaba tirando
sua relevância. Quando uma
pessoa ou equipe precisa
superar limites para atingir
uma meta, ela terá grande
valor quando for conquistada.

 Temporal (T): Toda


meta precisa ter prazo para
conclusão. Mesmo pessoas
disciplinadas rendem mais
quando definem um período
para conquistar um objetivo.
8 REVISÃO

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