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RELATÓRIO A3 ................................................................................................................... 53
Roteiro A3 de Projeto de Melhoria .................................................................................. 54
KAIZEN ............................................................................................................................... 67
Definição de Kaizen ........................................................................................................ 68
Semana Kaizen ................................................................................................................ 70
KAMISHIBAI ....................................................................................................................... 73
Definição de Kamishibai ................................................................................................. 74
TIME DE PROJETO
Normalmente possui um líder ou Project Owner*
responsável por liderar o time de projeto. Tão
importante quanto o líder, é o time do projeto
ele deve ser composto por pessoas que possuem
conhecimento/domínio do tema, porém não
pode se limitar a esses. Muitas vezes incluímos
no time do projeto profissionais de outras áreas
de conhecimento ou que não possuam relação
com a atividade para que tragam novas ideias
“oxigenem o time”.
»» Algo fundamental de ressaltar que o projeto é o meio para atingir o resultado, logo
precisamos estar focados em medir constantemente a evolução do projeto para ver se
estamos nos aproximando do alvo.
»» Proprietário do projeto
6
Introdução
O LÍDER DO PROJETO
Tem o objetivo de coordenar as
atividades do time, além de fazer
a comunicação do projeto com a
direção e os demais stakeholders*.
»» É importante que o líder saiba fazer a tradução do resultados técnicos do projeto para a
linguagem da diretoria (normalmente é a financeira). Por exemplo, traduzir uma redução do
templo de ciclo de determinado produto, em quanto isso representa financeiramente, ou
quantos produtos a mais serão capazes de produzir.
»» Essa “tradução” na linguagem as vezes não é fácil, mas é de grande importância para validar
o projeto e conquistar recursos financeiros, se necessários. Indicadores como payback, são
fundamentais para suportar a conquista de investimentos.
»» Além de fazer a comunicação com a diretoria e coordenar as atividades, o líder de projeto deve
estar atento a motivação do time de projeto e a resistências a mudança dos membros do time
ou ainda outros impactados com o projeto. Criar coalisão com as partes interessadas, celebrar
os pequenos sucessos e manter uma comunicação ativa com os interessados do projeto são
algumas dicas para diminuir a resistência as mudanças
*Pessoas interessadas/impactadas pelo projeto. Podem ser clientes, fornecedores, outras áreas impactadas, sociedade.
7
A importância
das Pessoas
FORMAÇÃO DE
MOTIVAÇÃO – elas devem se convencer da
NOSSA EQUIPE SÃO: importância do projeto e desejar participar
porque acreditam no mesmo, não porque
a liderança as obrigou.
8
Introdução
Papéis de pessoas na
equipe de melhoria
PATROCINADOR
Entendemos por patrocinador aquele que ajuda a legitimar
o trabaho da equipe; fornece tempo para trabalhar no projeto
e recursos, quando necessário, e exerce o papel de revisor
objetivo do progresso da equipe.
LÍDER
Já por líder, entendemos que é aquele que conduz as iniciativas
de melhoria e dedica metade de seu tempo para o projeto.
Ele sempre é um gestor de projetos, especialista em processos,
sabe sobre melhoria.
PROPRIETÁRIO DO PROCESSO
O Proprietário do processo é aquele que atua diretamente no
processo; sabe como as coisas realmente funcionam no processo;
tem ideias de mudanças; teste as mudanças.
ESPECIALISTAS
FACILITADOR
9
Gestão Eficiente
de Projetos
O QUE MAIS?
Muitas vezes são necessários treinamentos para os
membros do projeto.
DENTRO DO PRAZO
O conceito de sucesso para projetos deve ser considerado
como extremamente relevante no planejamento e
execução dos mesmos. Segundo alguns autores,
adicionalmente ao conceito de sucesso tradicionalmente
baseado no conjunto tempo, escopo e recursos dentro do
planejado, especialmente cinco fatores são sugeridos:
10
Introdução
Evolução da gestão de
projetos
Características
Conceito Era Dominantes Impulso Metáfora Meios
Central de Projeto Principal
Agendar Tecnologia
Programação Simples, Coordenação voos regionais de informação,
1960s
(controle) pouca em uma especialistas
incerteza. companhia em
aérea planejamento
Complexo,
Trabalho alta Cooperação Conduzir uma Facilitação
1970s
em Equipe incerteza. entre orquestra de processo,
(integração) participantes definição de
papéis
Dirigir um circo
Simultaneida-de Complexo, Orquestrar de 3 picadeiros Experiência,
1990s
(dinamismo) alta incerteza, demandas continuamente responsivida-
rápido levantadas alternando os de e
atos conforme adaptatividade
a resposta do
público
Laufer, et. al (2013) compara a evolução dos perfis gerenciais com o tempo. A tabela acima traz uma tradução livre
desta comparação.
11
Gestão tradicional
x adaptativa
Característica Gestão Tradicional Gestão Adaptativa
Meta do projeto Fazer com que o trabalho seja feito Obter resultados de negócios,
no tempo programado, dentro do satisfazer critérios múltiplos.
orçamento e requisitos.
Efeito ambiental Mínimo, desvencilha-se após o Afeta o projeto durante toda sua
lançamento do projeto. execução.
A classificação de projetos também deverá definir o chamado perfil de gestão, aqui tratado como a
consolidação dos critérios de sucesso, nível de detalhamento, esforço, grau de flexibilidade e outros
fatores que se aplicam aos gestores de diferentes abordagens gerenciais.
Na tabela acima, adaptada de Shenhar e Dvir (2007), a abordagem tradicional é comparada com o que
estes autores nomeiam de Abordagem Adaptativa ao Gerenciamento de Projetos.
12
Introdução
»» Gestão de projetos em espiral, onde a cada espiral passamos por todas as etapas até que
nosso grau de convicção na melhoria esteja alto o suficiente para que passemos para a
implementação (último ciclo)
»» Gestão em ondas sucessivas que se baseia na definição de um plano básico menos detalhado
como uma referência fixa para planos detalhados em ondas, progressivamente elaborados
como resposta a condições de contorno dinâmicas (CARON, F., 2013). Diferentemente de
processos repetitivos como o em espiral ou incremental, as fases de um projeto em ondas
são interdependentes, permitindo um processo de decisão diferente da fase seguinte, como
resultado do aprendizado na fase anterior, normalmente com algum nível de sobreposição
entre as duas ondas.
»» Métodos Ágeis onde as etapas típicas de planejamento são repetidas em iterações com o
intuito de evitar as desvantagens típicas do desenvolvimento em cascata como, descoberta
tardia de falhas do produto do projeto, pouca flexibilidade em incorporar mudanças de
requisitos do cliente e outras que resultam em baixas taxas de sucesso dos projetos (Goyal,
2008). Os projetos são subdivididos em pacotes de trabalho que são designados a equipes
multidisciplinares com papéis específicos e que possuem intervalos regulares para cada
entrega. O monitoramento do andamento do projeto ocorre de forma natural conforme os
pacotes são entregues.
»» Plano de estudo (Learning Plans) que se baseia na identificação e priorização das incertezas
que precisam ser resolvidas, definir premissas para explorá-las e continuamente rever o
aprendizado acumulado comparado aos custos incorridos (Rice et. al). Os autores lembram
como times de técnicos tendem a focar somente nas incertezas tecnológicas e negligenciar
riscos no mercado, organização e recursos. Esta abordagem se assemelha bastante à dos
ciclos PDSAs, que trataremos com mais detalhe neste curso.
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Organizando o projeto
PLANO
• CONTRATO
• CRONOGRAMA DE MARCOS – POR EXEMPLO, ATRAVÉS
DE UM DIAGRAMA DE AFINIDADES
• ANÁLISE DE RISCOS
EXECUÇÃO
• REVISÕES DO PLANO
• REAÇÕES ÀS ADVERSIDADES
»» Para uma organização adequada do projeto, estes cinco itens básicos nos auxiliam. Falaremos
nos próximos capítulos com mais detalhes sobre contrato e análise de risco.
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CONTRATO
DE MELHORIA
E PLANILHA
RACI
Contrato
de projeto
O QUE É?
Contrato é um acordo Deve conter uma Tem o objetivo de Todo projeto Lean
entre o patrocinador descrição clara do alinhar o escopo Six-Sigma deve
e o time de melhoria incômodo que se do projeto. ter um contrato.
sobre o que é esperado pretende aliviar.
do projeto.
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Contrato de Melhoria e Planilha RACI
Contrato do Projeto
de Melhoria
Patrocinador: 1 por projeto. Traz a visão Problema: qual é o incômodo?
de negócios e ajuda na superação dos
obstáculos políticos organizacionais, Q1. O que estamos tentando realizar?
além de disponibilizar recursos para a O objetivo deve ser declarado da seguinte forma:
equipe. Geralmente é uma pessoa Verbo no infinitivo + complemento
da alta gerência. Exemplo: reduzir tempo de ciclo da operação X
em 50% em 3 meses a partir do início do projeto.
Líder da equipe: 1 por projeto. Alguém
Q2. Como sabemos que a mudança é uma
formado nas ferramentas de melhoria melhoria? Nessa etapa, colocamos nosso
(normalmente um Green Belt ou Black Belt). indicador, o seu desempenho atual e a meta que
queremos realizar.
Integrantes da equipe: entre 2 a 3
pessoas. Considere incluir pessoas com Business case: deve ser realizado o cálculo do
conhecimento sobre o problema. ganho esperado com este projeto. É o momento
de vender o projeto para a alta liderança.
Contexto: descreva o incômodo (ou
oportunidade) que existe na organização Atividades iniciais: liste as atividades que darão
e que motivou a escolha desse projeto. início ao projeto. Por exemplo: coletar dados do
Não deve conter causa ou indicador, mapear o processo, entrevistar um
solução do problema. cliente etc.
17
Contrato do Projeto
Contrato
Contratodo
do
de MelhoriaProjeto
Projeto
de
deMelhoria
Melhoria
AQUI APRESENTAMOS COMO ESTRUTURAR O BUSINESS CASE, ALÉM
Aqui
Aqui
aPresentamos
DEaPresentamos como
como
UM EXEMPL O DE estruturar
estruturar
UM PROJETO oo
REAL: Business
Businesscase,
case,aLém
aLém
dede
umum
exemPLo
exemPLodede
umum
Projeto
ProjetoreaL:
reaL:
Descrição
Descrição
DoDo
Problema
Problema meta
meta business
business
case
case
(O que
(O que
está
está
errado?)
errado?)DO
DESCRIÇÃO (Quanto
(Quanto
deve
deve
serser
METAo impacto?)
o impacto?) (Qual
(Qual
é oébenefício
o benefício
BUSINESS CASE do do
PROBLEMA (Quanto deve ser o impacto
impacto
do do
negócio?)
negócio?)
(Qual é o benefício do
(O que está errado?) impacto?) impacto do negócio?)
ExemPLo:
ExemPLo:
A redução
A redução
dede
entregas
entregas
atrasadas
atrasadas
dede
15%
15%
para
para
3%3%
iráirá
aumentar
aumentar
a satisfação
a satisfação
dosdos
clientes
clientes
e reduzirá
e reduzirá
custos
custos
dede
multas
multas
contratuais
contratuais
emem
R$350.000,00
R$350.000,00
emem
umum
ano.
ano.
EXEMPLO: A redução de entregas atrasadas de 15% para 3% irá aumentar a satisfação
dos clientes e reduzirá custos de multas contratuais em R$350.000,00 em um ano.
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6464
Contrato de Melhoria e Planilha RACI
Contrato do Projeto
de Melhoria
APRESENTAREMOS, A SEGUIR, UM FORMULÁRIO DE CONTRATO DO PROJETO
Patrocinador: Roberto Meireles
Líder da Equipe: Paulo Eduardo Souza
Demais integrantes: Gabriel da Silva, Junior Rodrigues
Contexto / Descrição: Nossa empresa possui 42 máquinas injetoras que precisam realizar setup
para trocar o molde de injeção.
Problema: O tempo de máquina parada é considerado excessivamente alto.
Reduzir o tempo de máquina Tempo (em horas por 500 horas 250 horas
parada para setup, na linha de semana) de máquina semanais semanais.
injeção plástica, em 50% até parada para setup. (média).
janeiro de 2015.
19
Contrato do Projeto
de Melhoria
Diminuição da motivação
intrínseca.
20
Contrato de Melhoria e Planilha RACI
Cuidados
com metas
Uma questão também importante diz respeito A definição de objetivos arrojados e
a como erros ou falhas são tratados. A Toyota, aparentemente impossíveis funciona pari passu
por exemplo, baseia-se nos resultados da com a cultura da experimentação, em que a
experimentação para aprender o que funciona recompensa real não é o êxito ou o fracasso,
e o que não funciona, mas esse processo não mas sim o conhecimento acumulado a partir de
terá êxito se os funcionários sentirem que têm diversas experiências de aprendizagem
de ocultar notícias desfavoráveis ou fabricar de alta qualidade.
resultados positivos.
21
Cuidado
com metas
22
Contrato de Melhoria e Planilha RACI
Planilha
RACI
»» “Consulted” é quem deve ser consultado antes da realização da ação, seja por obter um
conhecimento necessário para sua realização adequada ou porque o impacto da mesma em sua
área de influência é relevante.
23
Planilha
RACI
»» “Informed” é quem deve ser informado após a decisão final da ação. Em geral são pessoas que
impactam ou são impactadas pela ação.
»» Em algumas organizações usa-se o RASIC, que adiciona um grupo de pessoas listadas como
“suporte” para a atividade em questão. Esta quinta dimensão é menos usada mas representa
pessoas que se comprometerão com recursos como seu tempo e esforço para que a atividade possa
ser realizada.
24
DIAGRAMA DE
AFINIDADES
Diagrama
de Afinidade
»» Usa a afinidade entre dados verbais para ajudar no entendimento da
estrutura de um problema.
Porque usar
o D.Averbais/escritos).
»» O diagrama de afinidades é uma »» Esses dados podem ser originados
ferramenta para organizar e resumir dados de uma variedade de fontes incluindo
qualitativos (geralmente verbais/escritos). brainstorming, feedback do cliente,
análise de reclamações, problemas de
produção e etc.
26
Diagrama de Afinidades
Porque
usar o D.A.
BENEFÍCIOS
27
Usos típicos
Obter apoio de
Analisar perguntas Esclarecer Elaborar um um grupo para a
abertas em temas ou situações Plano de Ações implementação
Pesquisas confusas
de mudanças
Diagrama de Afinidades
(Como?)
Coletar dados
qualitativos
Agrupar
dados afins
28
Diagrama de Afinidades
Preparação
»» Marcadores
Exemplo
fatores que prejudicam as vendas de café
Falta um local para Não fica aberto tempo Os preços não são Não há variedade
as pessoas santarem suficiente apropriados suficiente de
do lado de fora tipos de café
Café jogado fora Materiais de leitura Melhorar a aparência Fica sem suprimentos
porque não foi desatualizado da loja
vendido desmotiva os clientes
em ficar
29
Construção do
Diagrama de Afinidades
Exemplo:
»» Fatores que prejudicam as vendas de café
30
Diagrama de Afinidades
Construção do
Diagrama de Afinidades
Exemplo
31
Avaliacão
do sucesso
Para medir o sucesso quanto à utilização desta
ferramenta, reveja as seguintes perguntas:
32
ANÁLISE DE RISCOS
Gestão de riscos
do projeto
OS RISCOS DO PROJETO PRECISAM SER IDENTIFICADOS, AVALIADOS E GERENCIADOS PARA
MINIMIZAR SEU POSSÍVEL EFEITO NO PROJETO
Avaliação do risco
Probabilidade
Severidade
34
Análise de Riscos
Gestão
fe do Risco
Severidade de ocorrência
o
tá str
Ca
a nte
lev
Re
a da
d er
Mo or
n
Me
a nte
n ific
ig
m
do
l
Ins
el
ve
ro
mu
áv
ra
Ra
vá
de
Co
ov
ro
Pr
Mo
p
Im
Probabilidade de ocorrência
NÍVEL DE RISCO
MUITO ALTO: ação urgente para reduzir o nível
35
ROTEIROS DE
MELHORIA
Como você
faz melhorias?
TRABALHAR MAIS HORAS?
PODER E CONTROLE?
TRABALHAR DURO?
USAR UM MÉTODO
PROJETAR UM ESTUDO?
COLETAR DADOS?
REDESENHAR O SISTEMA
Existem diversas formas de trabalharmos para tentar realizar mudanças que resultarão em
melhorias. Algumas delas serão mais eficientes que outras.
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Roteiros de Melhoria
Diferentes
roteiros
8.Close 1.Define
Control Define
7. Standardise 2. Measure
Measure
6. Control 3. Analyse
Improve
5.Check 4. Improve Analyse
Além do DMAIC, existem outros roteiros
para se realizar melhorias.
Todos com o mesmo objetivo: estruturar os
Define Map Define passos de projeto. Para o Seis Sigma, o roteiro
Process Process Process
et ss
Meas.
rg ce
al oce
Ta Pro
s
ys s
th
e
oc e
Pr rov
s
e s
p
th
Im
39
Mudança e
melhoria
Conceito fundamental:
NEM SEMPRE
RESULTA EM:
MUDANÇA MELHORIA
REQUER
O primeiro passo para Com isso em mente, levantamos a seguir três considerações:
realizar melhorias é • Para propor qualquer mudança, precisamos ter um objetivo para o
reconhecer que nem projeto claramente definido (precisamos saber o que
toda mudança resulta queremos melhorar e por quê).
em melhoria. Apesar
disso, para melhorar, • Como nem toda mudança pode gerar uma melhoria, precisamos de
é necessário alterar o indicadores para comprovarmos quando nossa ação foi efetiva, é preciso
processo ou o sistema. estabelecer critérios (metas) para saber quando uma mudança é uma
melhoria para o propósito especificado.
• Como toda melhoria requer mudança, precisamos buscar por mudanças
durante a execução da iniciativa de melhoria, desenvolvê-las,
testá-las e implementá-las.
40
Roteiros de Melhoria
Modelo de
melhoria
Q1 Q2
Como saberemos
O que estamos
se uma mudança
tentando realizar?
é uma melhoria?
Q3
Sabemos que cada Q2. Como saberemos se uma mudança é uma melhoria?
consideração leva à formulação (INDICADORES)
de uma questão que deve ser Nem toda mudança resulta em melhoria. É preciso estabelecer
respondida pelo projeto critérios para saber quando atingimos o objetivo.
de melhoria.
Para saber se uma mudança é uma melhoria quase sempre
Q1. O que estamos tentando necessitamos de dados, sejam eles observados ou formalmente
realizar? (OBJETIVO) coletados em pesquisa. O impacto das mudanças será medido
Todo esforço de melhoria deve baseado no indicador escolhido para o projeto.
ter um propósito bem definido. Q3. Que mudanças podemos fazer que resultarão em
As pessoas se motivam e se melhoria? (MUDANÇAS)
comprometem com uma
iniciativa de melhoria se elas Toda melhoria requer mudança. Se estamos interessados em
têm um foco claro. Além disso, obter melhoria precisamos alterar o processo/sistema.
as pessoas devem entender Esta questão chama a atenção para a necessidade de se
a importância do trabalho desenvolver, testar e implementar mudanças para obter melhoria.
desenvolvido. A resposta à Devemos sempre usar as três questões fundamentais.
primeira questão estabelece
objetivos para uma iniciativa Em um projeto formal de melhoria, é apropriado responder às
de melhoria. Os objetivos duas primeiras questões no início do projeto. A terceira questão é
devem ser declarados de forma respondida durante a realização do projeto, com novas propostas
breve e concisa, para orientar a de mudanças para serem testadas.
iniciativa e para manter o foco.
41
Metodologia Científica
A Metodologia Científica foi elaborado por Frederick Taylor. Esta metodologia é o berço dos ciclos
de melhoria, como PDCA, PDSA, DMAIC, entre outros:
Pode ser definido como a coordenação da teoria e de evidência, por meio da qual encontramos
novas informações, as interpretamos e, se necessário, revisamos nossa compreensão (interação e
reflexão com os resultados obtidos). É um processo que lida constantemente com incertezas. Na
verdade, aprendemos mais quando explicitamente declaramos o que esperamos e comparamos
com o que realmente acontece. Permite que haja uma melhoria sustentável, adaptabilidade e
inovação em uma organização. Visa o desenvolvimento de pessoas.
42
Que mudanças podemos
fazer que resultarão
Roteiros de Melhoria em melhoria?
Modelo de melhoria:
PDSA
Executar ações em função dos Objetivo
resultados Questões e predições
Outro ciclo? Plano para coletar dados
(O que, Onde, Quando)
ACT PLAN
Para ajudar as pessoas a organizar essas No STUDY é a hora de analisar os dados e tirar
etapas nos estudos de melhoria dentro das conclusões do ciclo de acordo com as questões
organizações, é importante utilizar ciclos PDSAs. estruturadas no PLAN.
Em cada fase do ciclo, temos tarefas que nos No ACT é o momento de executar as ações
levam na direção do aprendizado. Essas tarefas aprendidas e planejar a partir destes resultados
estão descritas no ciclo PDSA acima. quais seriam os próximos ciclos de estudo.
No PLAN é o momento de definirmos o objetivo As formas mais comuns de se usar um ciclo
deste ciclo de estudo, quais questões queremos PDSA como parte de um esforço de melhoria são:
responder e para cada questão colocar uma • Coletar dados para construir conhecimento
predição. Essa predição é muito importante para para ajudar a responder qualquer uma das
aprender com as suposições que haviam antes três questões fundamentais. (Atenção: neste
do estudo. Neste momento também é a hora de caso garanta que a etapa A do ciclo seja feita. É
definir como será o plano de coleta de dados, preciso que alguma ação concreta ocorra após o
caso faça parte do plano. ganho de conhecimento.)
No DO é a hora de entrar em ação! Executar um • Testar uma mudança.
plano, a coleta de dados e observar eventos que
não eram planejados. • Implementar uma mudança.
43
Usando PDSA
em sequência
Em uma iniciativa de melhoria, ciclos Conforme os PDSAs são realizados, o conhecimento
PDSA são utilizados para entender a aumenta em direção às mudanças que resultam em
situação atual de um processo, além melhoria. A figura a seguir ilustra esse conceito.
de desenvolver, testar e implementar
mudanças (um ciclo “puxa” o outro).
Esse conceito é chamado de rampa de FERRAMENTAS BÁSICAS PARA MELHORIA:
PDSAs. »» Formulário de coleta de dados.
»» Definição operacional.
»» Histograma.
»» Gráfico de Pareto.
»» Gráfico de tendência.
»» Gráfico de controle.
»» Mapeamento de processos.
»» Diagrama de causa e efeito.
»» Planejamento de experimentos.
STUDY DO
ACT PLAN
STUDY DO
ACT PLAN
STUDY DO
ACT PLAN
STUDY DO
Suposições
Teorias
Intuições
Tempo
44
Roteiros de Melhoria
Modelo
de melhoria
ACT PLAN
45
Roteiros
Os roteiros de projeto são estruturas que utilizamos para organizar as atividades de melhoria.
Eles são análogos e suas fases podem ser facilmente correlacionadas. Podemos ver que
todos seguem a mesma lógica da abordagem organizada com o início em planejamento
e entendimento do problema, passando por fases de análises e testes, e finalizando com
atividades para a garantia de que os resultados serão mantidos.
46
Roteiros de Melhoria
Roteiro
DMAIC
»» Contrato
»» VOC
»» Implementar mudanças »» SIPOC
»» Documentar
»» Monitorar
»» Avaliar o SM
47
8Ds - As 8 disciplinas para
resolução de problemas
• Formação de Equipe
1D
• Descrever o Problema
2D
1D (Formação de Equipe):
É importante reunir pessoas que tenham conhecimento técnico e gerencial a respeito da área
onde o problema foi encontrado. Ou seja, tem por objetivo formar o time com todas as pessoas
capacitadas para resolver o problema.
2D (Descrever o Problema):
Definição do problema que deverá ser tratado. É importante enxergar o problema da mesma forma
que o cliente externo ou interno.
48
Modelo de Melhoria: PDSA
49
PDSA vs. PDCA
Define
1 Entender
Measure
Plan
2 Desenvolver Analyze
3 Testar Improve Do
Check
4 Implementar Control
Act
50
Modelo de Melhoria: PDSA
PDSA X PDCA
Há também outros ciclos com acrônimos similares ao PDCA e algumas vezes confundidos com
o mesmo. O SDCA, por exemplo, traz um ciclo muito útil para a padronização dos processos,
garantindo a estabilidade dos resultados obtidos através das melhorias.
51
RELATÓRIO A3
Roteiro A3 de Projeto
de Melhoria
Definição do Problema Mudanças Propostas
Análise
Resultados
54
Relatório A3
»» O Relatório A3 é utilizado como suporte para todos os planejamentos estratégicos, por meio
de indicadores contidos no mesmo.
»» Caso não haja Relatório A3, não há onde a equipe possa basear suas decisões, contribuindo
para o surgimento de “achismos” ao invés de análises precisas.
»» Sem o Relatório A3, maior é o tempo gasto com reuniões e planejamentos
700
Valor Indi vidual
600
_
500 X= 501, 0
400
300
200
LIC= 140, 8
100
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Ob servação
800
700
600
V alor Individ ual
_
X= 501, 0
500
LSC= 437, 0
400
_
300 X= 237, 5
200
0 LIC= 38, 1
1 3 5 7 9 11 13 15 17
Ob servação
55
Carta I de Estoque M ensal
16000
LSC= 1496 8
14000
12000
Va lor Indi vidual
10000
_
X= 8209
8000
6000
400 0
2000
LIC= 1451
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Observação
1400 0
12000
V alor I ndividual
10000
_
X= 8209
8000
LSC=7 042
_
600 0 X= 5429
4000
LIC=3 816
2000
LIC=1 451
0
1 3 5 7 9 11 13 15 17
Ob servação
56
PLANO DE AÇÃO
(5W2H)
5W2H
58
DIAGRAMA
DIRECIONADOR
Que mudanças podemos fazer
que resultarão em melhoria?
Teoria que
fundamenta
a proposta
Proposta de
Mudança Melhoria
Predição
60
Diagrama Direcionador
Diagrama
direcionador
»» Sabemos que o diagrama direcionador comunica a todos as suas teorias sobre as mudanças
que conduzirão a uma melhoria. Ele é uma importante ferramenta que auxilia na tradução
das maiores metas de um projeto de melhoria em um subconjunto lógico de objetivos
subjacentes. O diagrama direcionador também nos mostra a teoria sobre o que deve ser feito
em um sistema para que se alcance o objetivo.
»» Em um projeto de melhoria, podemos utilizar um diagrama de árvore para organizar os
esforços da equipe. E esse tipo de comunicação é uma função importante de uma equipe de
melhoria efetiva. Sem uma compreensão comum, a equipe pode ter diferentes entendimentos
sobre o projeto. A explicitação da teoria ajuda todos a articularem os fundamentos da
predição de que a mudança resultará em melhoria.
Nível de detalhe
Problema ou
oportunidade
»» O diagrama de árvore é uma técnica que organiza a “teoria de mudança” para atingir um
objetivo específico, que é a melhoria. Ele conecta o objetivo com as intervenções no sistema
(estrutura, processos, cultura e normas) para criar uma estrutura de aprendizagem, além disso
fornece um modelo mental comum para a equipe e um documento vital para o trabalho de
melhoria que é continuamente atualizado e conta a história da melhoria (aliado aos gráficos).
61
Diagrama direcionador
completo
O diagrama direcionador pode ser composto por direcionadores primários e direcionadores
secundários, a seguir descritos.
»» Direcionadores primários
• Os direcionadores primários mostram as GRANDES categorias a serem trabalhadas para que se
alcance o objetivo. São elas: estruturas, processos, ou normas e culturas que contribuem com
os resultados desejados.
»» Direcionadores secundários
• Os direcionadores secundários apresentam-se em grupos com recursos compartilhados, gerência,
equipamentos, pacientes etc.
»» Conceitos de mudanças
• Noção geral e abstrata executada por meio de uma ideia específica.
»» Ideias de mudanças
• Aquilo que na verdade precisamos fazer para que as atingir o objetivo.
Ideia de
mudança
Conceito de
mudança
Ideia de
Direcionador mudança
Conceito de Ideia de
Direcionador mudança mudança
Ideia de
mudança
Conceito de
Direcionador Direcionador
mudança
Ideia de
mudança
Conceito de Ideia de
mudança mudança
62
Diagrama Direcionador
Conexão de resultados
com o sistema
»» Os direcionadores estão associados às alterações na estrutura, nos processos, na cultura e
nas normas. Ele ilustra quais mudanças são exigidas no sistema, bem como a forma como elas
podem ser alteradas através da aplicação de ideias específicas de mudança.
Estrutura
Processos
+ = Resultado
Cultura
Normas
63
Teoria para melhorar
um sistema
Observamos que os drivers primários e secundários pretendem identificar os elementos dentro do
sistema que são necessários e suficientes para alcançar o resultado pretendido. Eles incluem quatro
elementos: estruturas que compõem o sistema, a cultura da organização, processos que representam
o trabalho do sistema, normas operacionais que demonstram a cultura explícita e tácita do sistema.
»» Os drivers primários são elementos de alto nível dentro do sistema que se acredita que precisa
mudar para alcançar o resultado desejado.
»» Abaixo deles, estão os drivers secundários, que são abordagens, lugares ou oportunidades
mais acionáveis dentro do sistema, onde uma mudança pode ocorrer. Por exemplo, um
processo abrangente é identificado no nível primário, e as etapas individuais desse processo
são descritas no nível secundário. O nível secundário articula os lugares físicos, os momentos
com limite de tempo e/ou as normas que podem ser usadas ao introduzir novas maneiras de
fazer as coisas, seja substituindo uma ferramenta, introduzindo uma nova etapa, reordenando
uma sequência de eventos ou mantendo um comportamento benéfico.
»» Os drivers podem ser vistos como os comutadores dentro do sistema que precisam ser
ativados ou desativados para atingir o resultado de interesse.
64
Diagrama Direcionador
Planejar
refeições
Reduzir
ingestão de
calorias
Não beber
refrigerante
Perder x kg
em x meses Exercício 5
dias/semana
Aumentar Ir de bike
gasto de para o
calorias trabalho
“Todo sistema é
Exercício no perfeitamente projetado
escritório para alcançar os resultados
que obtém.”
65
Como construir
um DD
Para criar diagrama direcionador:
objetivo inicial
Reduzir o custo
»» 1. Inicie com objetivos claramente definidos. com descarte de
resíduos em 50% até
Use a estrutura: dezembro de 2018
• O quê? • Quanto?
• Onde? • Quando?
Realizar campanha
de separação
para reciclagem.
Reciclagem
Aproveitar
Reduzir o custo retalhos de panos.
com descarte de
resíduos em 50% até
dezembro de 2018
Utilizar secador
Evitar produção
de mãos nos
de resíduos
banheiros.
66
KAIZEN
Definição
de Kaizen
»» Filosofia de Controle e Melhoria de Processos, que consiste em fazer melhorias simples, pequenas,
rápidas e contínuas em práticas já existentes (Quick Wins).
»» Ações diárias que fazem parte da cultura.
»» Não necessariamente precisa de muitos investimentos para gerar melhorias.
»» Contribui para motivação e geração de conhecimento dos colaboradores, que se sentem mais
produtivos e interessados em participar.
»» Desenvolve valores como união, determinação, parceria, compreensão e comprometimento.
»» Projetos com duração aproximada de 1 semana (entre 3 à 5 dias).
»» Incentiva Criatividade
Grupo Kaizen
»» Kaizen faz-se uso do trabalho em equipe para solução de problemas, documentando e
melhorando processos, coletando e analisando dados.
»» Metodologia de melhoria contínua de curto prazo e 100% focada.
»» Deve reunir pessoas, retirando-os de seus respectivos postos de trabalho, focando na
implementação de planos de ação de forma rápida.
»» Utilização de, no máximo, 15 pessoas.
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Kaizen
Kaikaku
»» São mudanças radicais e lentas, muitas vezes com a utilização de novos conceitos, tecnologias
ou práticas.
»» Utilizado quando for necessário eliminar desperdícios significativos.
»» Faz-se modificações substanciais no processo. Realização de grandes modificações. Metas
colocadas pelo mercado são tão desafiadores que não podem ser atingidas pelo processo
existente. Investimentos elevados.
Kaiaku
»» São mudanças realizadas que geram resultados piores. Se uma mudança resultar em Kaiaku,
retifique imediatamente. Não volte para o que era, mas tente alguma coisa diferente.
Kaizen
Melhoria disruptiva
Desempenho
Kaizen
Tempo
Comparação entre ciclos curtos de Melhoria (Kaizen) e ciclos drásticos de melhoria (Kaikaku).
A melhoria incremental é realizada durante atividades diárias de produção, através de eventos
Kaizen ou dentro de projetos de melhoria estruturados. Em projetos onde o indicador de resultado é
influenciado por um grande número de variáveis (ex. custos de produção, defeitos, produtividade, etc.),
implementamos normalmente diversos ciclos de melhoria incremental que geram diferentes ações e
podemos assim observar a evolução do indicador do projeto mesmo antes de sua conclusão.
69
Semana Kaizen
PRÉ KAIZEN:
»» Identificar possíveis melhorias por meio de Gemba Walk.
»» Definir claramente o escopo e determinar o ponto de partida que dará início ao projeto.
Determinar o produto final a ser entregue para o cliente.
»» Esclarecer o objetivo do projeto.
»» Elaborar um mapa preliminar do estado atual antes do evento.
»» Coletar todos os documentos relevantes.
»» Afixar o mapa do estado atual na sala de equipe.
PRIMEIRO DIA:
»» Tem por objetivo fazer com que todos estejam engajados na filosofia Lean. Treinamento de equipe
Kaizen para a utilização de ferramentas e equipamentos. Manter a produção alinhado com o Takt
Time.
SEGUNDO DIA:
»» Analisar o estado atual e desenvolver métricas (Cálculo do Takt Time, Tempo de Ciclo e
Produtividade). Utilização de Brainstorming para formalização de ideias de melhoria.
»» Os participantes caminham ao longo do processo (sempre que possível) para fins de Gemba.
Depois da caminhada, a equipe pode começar uma análise detalhada do mapa preliminar do
estado atual. Com base nos dados coletados na caminhada e no conhecimento da equipe, os
passos do processamento são modificados e/ou acrescentados como for necessário.
70
Kaizen
TERCEIRO DIA:
»» Delinear o mapa do estado futuro a partir das ideias de melhoria originada dos colaboradores.
Promover um Brainstorm entre os participantes.
»» Neste estágio, a visão do estado futuro é apresentado para a alta administração e para os
proprietários de outros processos afetados para aprovação imediata. Quando todos estiverem
concordando quanto a visão do estado futuro, a equipe pode prosseguir para a implementação.
»» Utilização de ferramentas para desenho do estado futuro: POP, 5S, SMED, Heijunka, Jidoka,
Kanban, Células Unitárias, entre outros.
QUARTO DIA:
»» O Mapa do Estado Futuro é dividido em segmentos e os participantes são distribuídos em
subgrupos para trabalhar em cada segmento.
»» Começar a tornar a visão do estado futuro em uma realidade.
QUINTO DIA:
»» Estabelecer mensurações que mapearam o progresso para o estado futuro e que garantirão
que os ganhos alcançados durante o seminário sejam de fato sustentados ao longo do tempo. É
necessário que implemente um sistema de mapeamento que idealmente deve ser baseado na
coleta de dados das mensurações atuais.
»» Estabelecer um plano de acompanhamento. Apresentar o resultado e comemorar com a equipe.
71
KAMISHIBAI
Definição
de Kamishibai
Ferramenta de gerenciamento para realizar auditorias dentro de um processo de fabricação. Como parte
do STP, as placas Kamishibai são usadas como controle visual para realizar auditorias dentro de um
processo de fabricação. Uma série de cartões são colocados em uma placa e selecionados aleatoriamente
ou de acordo com a programação por supervisores e gerentes da área. Isso garante que a segurança e a
limpeza do local de trabalho sejam mantidos e que sejam realizadas a verificação de qualidade.
74
CADEIA DE AJUDA
E GEMBA WALK
O que é cadeia
de ajuda?
»» A cadeia de ajuda é uma das ferramentas implementadas nesse kaizen, junto com a gestão
visual para tornar os problemas visíveis e terem uma rápida resolução, ela consiste em:
»» Ser uma rotina de interação e envolvimento entre as pessoas para se resolver um problema
quando ele surge.
»» Exige das pessoas a tolerância “zero”aos probelmas que geram desperdícios, num ambiente
onde não é “quem é o responsável”, e sim, “qual é o problema”.
»» Iniciando-se pelo líder da produção e que envolve as lideranças imediatas e os responsáveis de
todas as áreas de apoio, eliminando as instabilidades do processo.
76
Cadeia de Ajuda e Gemba Walk
Sistemática da
cadeia de ajuda
PARA A CADEIA DE AJUDA FUNCIONAR, BASICAMENTE SÃO NECESSÁRIOS 5 PASSOS, SÃO ELES:
77
Sistemática da
cadeia de ajuda CADEIA DE AJUDA - 42B/L
QUALIDADE
SUSTAINING
ABASTECIMENTO MANUTENÇÃO
»» Algo fundamental para que a cadeia de ajude funcione é a disciplina dos participantes para que
quando chamados atendam com presteza a área solicitante.
»» Para tornar o acionamento padronizado e com regras claras, é definida a estrutura da cadeia de
ajuda, você pode ver um exemplo na figura a direita do slide. Onde são definidos os responsáveis de
cada área para atender, assim como o tempo o qual cada nível tem para solucionar o problema.
Gemba Walk
O GEMBA WALK QUE CONSISTE NA RONDA DIÁRIA DA GESTÃO NA FÁBRICA, TEM O OBJETIVO DE:
»» Auxiliar os líderes de produção a identificar e resolver os problemas que prejudicam o
desempenho da área rapidamente;
»» Aproximar a cadeia de ajuda (áreas de suporte) do chão-de-fábrica;
»» Incentivar a resolução de problemas no Gemba.
78
GANHOS
FINANCEIROS
Benefícios econômicos
do projeto
VAMOS DISCUTIR DE FORMA RESUMIDA ESTES ITENS..
Origem
Todo projeto de melhoria, quando nasce é concebido com base em algumas premissas básicas,
tais como, aplicabilidade das ferramentas Lean e 6 Sigma, tempo para conclusão, entre outras.
Uma das principais premissas de um projeto de melhoria é a economia que o mesmo trará para
a empresa.
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Ganhos Financeiros
KPI’s vs.
economias
Sem a estimativa de economia, não há razão em iniciar e/ou prosseguir com um projeto!!!
»» O primeiro passo, seria identificar o KPI (indicador) do seu projeto, junto ao seu Patrocinador.
»» Só com o KPI definido é que será possível esboçar o cálculo do economia.
»» Um detalhe importante é que o KPI esteja de acordo com a proposta do projeto, e ainda, que
sempre seja avaliado.
»» Este KPI está realmente refletindo o trabalho do meu projeto!? Caso o mesmo não esteja de
acordo com o projeto, sugira ao(s) Champion uma revisão do mesmo!!!
»» Uma das dificuldades encontrada no decorrer dos projetos é transformar KPI’s (Key Performance
Indicators ou Indicadores de Performance Chave) em economias (Economia).
»» Isso ocorre porque alguns indicadores (KPI’s) estão diretamente relacionados à informações
financeiras (ex. R$/pç, R$/ton, etc.), e outros indicadores são puramente técnicos (ex. PPM, tempo
de ciclo, etc.).
INDICADORES TÉCNICOS
A economia do projeto é calculada diretamente
sobre as ações que contribuíram para a
melhoria efetiva do Indicador técnico. Este tipo
de indicador facilita o acompanhamento da
economia do projeto.
INDICADORES FINANCEIROS
A economia do projeto é
calculada não apenas pela
Ajustes de baseline e meta evolução do indicador. Neste
neste tipo de indicador são caso temos que estar atentos
mais freqüentes. às flutuações que podem
ocorrer em função de variações
normais do mercado (ex. preço
de matéria-prima, variação
cambial, etc.).
81
KPI’s vs.
economias
Dessa forma, nos projetos onde o acompanhamento é feito através de um indicador financeiro, não
necessariamente a economia está em função da flutuação do mesmo (flutuação de valores do mercado).
O líder de projeto deve ter em mente que a economia do projeto está diretamente ligada as melhorias e
ações implementadas.
Sendo assim, sempre que possível o líder de projeto deve buscar uma forma de acompanhamento através
de indicadores técnicos.
82
Ganhos Financeiros
Economia Real
Muitas vezes dentro de projetos ações são implementadas, indicadores (KPI’s) são melhorados, porém
não há um ganho efetivo para a empresa, mas sim, ganhos potenciais... não há uma redução efetiva nos
custos!!!
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KPI’s vs economia
- Cálculo
PROJETO PARA REDUÇÃO TEMPO DE SET-UP E OU AUMENTO DA PRODUÇÃO HORÁRIA
Como já comentado anteriormente este tipo de projeto irá gerar mais horas disponíveis para produzir. Se
houver um volume adicional de produção, o cálculo será diretamente sobre a margem de contribuição do
produto.
Considerando-se um ganho de 10 horas no mês, e um tempo de processamento de 1min/pç, estamos gerando
a oportunidade de produzir um volume adicional de 600 peças/mês.
Sendo assim, para um produto com MC=100,00 R$/pç o ganho seria de 60.000R$/Mês.
Porém neste caso, temos que lembrar dos conceitos de economia real.
Caso não haja volume adicional, o ganho poderá ocorrer através da redução de turnos de trabalho por
exemplo.
Se não forem identificados outros pontos de redução de custos, teremos o problema de não transformar
melhorias implementadas em ganhos reais.
Teremos apenas o que chamamos de ganhos potenciais.
2º - Se a linha está operando em regime de 4 turnos, cada produto que deixamos de refugar, será um
produto a mais vendido, neste caso o ganho será calculado sobre o preço de venda do produto.
Preço de venda = 400R$/pç
Ganho de 50 peças/mês no índice de refugos.
Ganho projeto = 20.000R$/Mês.
84
Ganhos Financeiros
Envolvidos
Informações Gerais
»» Sempre procure indicadores que realmente expressam a realidade do seu processo;
»» Monitore outros indicadores (muitas vezes eles serão afetados por melhorias no processo, e os
ganhos não serão efetivos);
»» Sempre evidencie os ganhos efetivos;
»» Planeje sempre como e onde atuar com base nos potenciais financeiros;
»» Busque sempre a área financeira da sua empresa para consolidação dos ganhos;
»» Nunca deixe de reportar ganhos efetivos obtidos pelo seu projeto;
85
ESTUDO DE CASO –
LIDERANDO UM
PROJETO KAIZEN
Kaizen Gestão visual
e cadeia de ajuda
Para apresentarmos de forma
prática alguns temas que
falamos até o momento, vamos
abordar um caso prática de
aplicação de Kaizen para
melhorar a gestão da visual
de fábrica e intensificar a
comunicação para solução de
problemas através da Cadeia
de Ajuda, outra ferramentas do
Lean Manufacturing.
88
Estudo de Caso – Liderando um Projeto Kaizen
O que é a gestão
visual
»» Quadros de gestão – Onde são expostos os resultados dos indicadores de produção, qualidade,
saúde e segurança e gestão de pessoas;
»» Acompanhamento de produção hora à hora gráfico de acompanhamento da produção
preenchido pelos próprios operadores;
»» Genba Walk – Ações abertas durante a caminhada diária da gestão no chão de fábrica;
»» Cadeia de ajuda e a sistemática da cadeia de ajuda que será detalhada no próximo slide.
89
Objetivo do Projeto
CONTRATO DE MELHORIA
Patrocinador: José XYZ – Gerente de Manufatura
Líder da Equipe: Mariana ABC – Coordenadora de Melhoria Continua
Equipe: Coordenador de manufatura, Técnico de Segurança, Técnico de qualidade, Técnico de manutenção, Técnico da Engenharia
de Processo
CONTEXTO/DESCRIÇÃO:
A empresa XYZ estava sofrendo com alguns problemas relacionados a desinformação de seu time
de liderança, o que ocasionava diversas paradas de linha e por conseguência perda de produção ou
geração de horas-extras.
PROBLEMA:
Falta de comunicação entre a área de manufatura e as demais áreas de suporte, impactando perda de
produtiva, elevado número de problemas.
Q1. O que estamos tentando realizar? Q2. Como saberemos que a maudança é uma melhoria?
BUSINESS CASE
Business Case
Custo Atual com Linha Parada 100*15,6 = R$ 1560
Custo após o Projeto = 85*15,6 = 1326
Retorno: R$ 234
Para implementar as melhorias na gestão visual e na cadeia de ajuda, foi estabelecido um projeto,
liderado para a área de melhoria continua no qual o patrocinador era o Gerente de Manufatura.
A primeira etapa do projeto foi estabelecer o contrato do projeto, designando o time de trabalho,
participaram pessoas da área da manufatura, qualidade, meio ambiente, saúde e segurança,
manutenção e engenharia de processo. Estabelecer o problema a ser resolvido e os indicadores que
mensurariam a efetividade do projeto.
Como foi constituído um time diverso com funções e experiências distintas, foi realizado um
treinamento com todos os envolvidos para nivelar os conhecimentos de lean, gestão visual e cadeia
de ajuda.
Depois foi estabelecido o cronograma, onde dois eventos Kaizens de 1 semana cada foram
planejados para fazer a implementação gradual dos novos mecanismos de gestão e diminuir a
resistência as mudanças.
90
Estudo de Caso – Liderando um Projeto Kaizen
1° Semana Kaizen
Resultado diferente
e melhor
Mapeamento
do estado
atual
Análise do
estado atual Revisões e Ajustes
Pilotagem
Geração Construção
do conceito
dos protótipos
A primeira semana kaizen iniciou com a participação de todo o time, inicialmente se mapeou
o estado atual da gestão visual, identificando as informações expostas e como essas
eram tratadas, na sequencia se fez a análise critica dessas e com o auxilio dos clientes do
processos, os quais expressavam o que estava bom e o que necessitava de mudança.
Na sequência foi apresentado um benchmarking realizado previamente com empresas de
relevância da região. O Benchmarking foi importante para a fase de geração do conceito da
nova gestão visual.
A próxima etapa da semana Kaizen, foi construir os protótipos que seriam utilizados por duas
semanas na produção para serem testados.
Após a construção dos protótipos foi realizado um teste de conceito chamado de pilotagem e
por fim, pequenos ajustes foram realizados nos protótipos.
91
1° Semana Kaizen
Indicadores Diários
1. Ilhas de informação - Absenteísmo Análise de Causa
- Produção - Espinha de Peixe
- Rejeições - 5 Porquês
Indicadores Mensais
- Qualidade Produção Horário
- MASS Plano x Real
Cadeia de Ajuda
5S
- Manutenção
A saída da primeira semana Kaizen foi a construção da ilha de informação. As quais, após as duas
semanas de testes, foram implementadas em definitivo em todas as linhas de produção.
A ilha era composta por dois quadros o primeiro da esquerda da foto era composto pelos
indicadores de produção, qualidade, MASS, 5S e manutenção. E o segundo quadro era composto
pelo apontamento hora a hora da produção, a espinha de peixe para tratamento dos problemas, o
espaço para o plano de ação e a cadeia de ajuda.
Após o estabelecimento das linhas, todos os envolvidos no processo foram treinados quanto ao
preenchimento e interpretação das informações.
92
Estudo de Caso – Liderando um Projeto Kaizen
2° Semana Kaizen
O foco da segunda semana Kaizen foi revisar e melhorar os mecanismos de gestão baseado nas
informações da ilha. Da mesma forma, que a primeira iniciou-se o trabalho com o mapeamento
das práticas atuais de gestão, na sequência foi realizada a análise crítica a geração do novo
conceito que contemplava a implementação de rondas diárias chamadas de Genba Walk, o
estabelecimento de um novo quadro geral de indicadores que resumia a performance de todas as
linhas da fábrica e a definição da cadeia de ajuda.
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2° Semana Kaizen
DEFINIÇÃO DO PADRÃO
CONDUÇÃO DA REUNIÃO
94
Estudo de Caso – Liderando um Projeto Kaizen
2° Semana Kaizen
95
2° Semana Kaizen
INDICADORES
Quantidade produzida
Horas extras
Horas produzidas
GESTÃO VISUAL
Cores que diferenciam resultados
Verde – Acima da meta
Vermelho – Abaixo da meta
Azul – Na meta
Com essa identificação de uma forma muito simples e visual é possível ter o
entendimento de como está a performance da manufatura.
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Estudo de Caso – Liderando um Projeto Kaizen
2° Semana Kaizen
Assim de uma forma visual é possível identificar as áreas mais críticas e a área responsável
tem visualização de todas as pendências que precisam ser resolvidas.
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2° Semana Kaizen
2.3 INDICADORES DE DESEMPENHO
Lista de Presença
Indicadores
Por fim, no quadro central ficam exposto os indicadores de desempenho do processo e a lista
de presença dos participantes do gemba walk. Os indicadores são analisados mensalmente
pelo gerente de produção, afim de assegurar a efetividade do processo.
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Estudo de Caso – Liderando um Projeto Kaizen
Mensuráveis
»» Redução de 30% no número de ocorrências – o que gerou um retorno mensal de
R$ 234 reais
»» Aumento da produtividade em 15% - que gerou um retorno mensal de R$ 225.000
»» Totalizando um retorno de R$ 225243 por mês e no ano um retorno de R$ 2.702.808
»» Algo fundamental após um projeto como esse é a celebração. Na ocasião foi
realizada uma celebração com o time apresentando os resultados alcançados.
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“Espere o melhor, planeje-se para o pior e prepare-se para
ser surpreendido”
Denis Waitley
100
A EDTI, com base em uma longa experiência de trabalho
de consultoria em diversas indústrias, está plenamente
capacitada para treinar e orientar equipes em atividades
de melhoria, desenvolver processos de inovação e dar
suporte à análise de dados (inteligência analítica) para
subsidiar decisões de negócios.