O documento fornece um resumo histórico dos sistemas de gestão da qualidade desde o método 5S até os dias atuais, descrevendo as principais eras e ferramentas, incluindo PDCA, histograma, diagrama de dispersão, fluxogramas e cartas de controle.
O documento fornece um resumo histórico dos sistemas de gestão da qualidade desde o método 5S até os dias atuais, descrevendo as principais eras e ferramentas, incluindo PDCA, histograma, diagrama de dispersão, fluxogramas e cartas de controle.
O documento fornece um resumo histórico dos sistemas de gestão da qualidade desde o método 5S até os dias atuais, descrevendo as principais eras e ferramentas, incluindo PDCA, histograma, diagrama de dispersão, fluxogramas e cartas de controle.
1. FAÇA UM HISTÓRICO DOS SISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE
DESDE O 5S ATÉ OS DIAS ATUAIS
1.1. SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE
O cuidado e atenção com a qualidade e serviços ofertados e a
preocupação em receber feedbacks positivos dos clientes é comum a todas as empresas. Sistema de Gestão da Qualidade, denominado SGQ nas relações empresariais, consiste em um conjunto de ações integradas à organização com a finalidade de atender às políticas de qualidade e objetivos do negócio aprimorando processos, serviços ou produtos. A implementação de um sistema de gestão de qualidade aplica-se a todas as empresas independentemente do ramo, porte ou finalidade. Historicamente, definem-se os períodos de avanço dos sistemas de gestão da qualidade como a Era da Inspeção, Era do Controle Estatístico e Era da Qualidade Total. A Era da Inspeção consistia basicamente na dependência da inspeção e retorno dos clientes sobre os produtos e serviços fornecidos para as mudanças corretivas do processo, ou seja, havia participação ativa dos consumidores na gestão da qualidade. Com o surgimento da produção em massa, a partir da década de 30 nos Estados Unidos e década de 40 no Japão, surgiu a Era do Controle Estatístico, com proposta de técnicas de amostragem e procedimentos com base na estatística tem a finalidade de localizar os defeitos do processo, sendo a inspeção de qualidade realizada por um departamento específico. A grande mudança ocorreu a partir dos anos 50 com uma filosofia gerencial que deixa de analisar os defeitos presentes em serviços ou produtos e passa a designar um sistema de gestão para o acompanhamento da qualidade. Esta importante mudança de foco sistemático da qualidade descentralizou a responsabilidade pela garantia da qualidade dos produtos e serviços e passou a se tornar ação presente em todas as frentes e ações das organizações. A partir da década de 80 estabeleceu-se a prática de determinar um planejamento estratégico empresarial com foco nos objetivos do negócio, fortemente atrelado ao sistema de gestão da qualidade a fim de manter a produtividade e inovação no mercado. Atualmente as empresas são muito orientadas a resultados e a implementação de sistemas de gestão e acompanhamento da qualidade são fundamentais para garantir a qualidade dos processos, aprimorando resultados e inclusive reduzir custos. A ISO 9001 foi criada para normatizar e definir diretrizes para a implementação de um sistema de gestão da qualidade sólido, possibilitando a certificação de empresas que sigam as orientações especificadas. Existem diversas ferramentas e metodologias de gestão que auxiliam o controle de qualidade nos processos. Como a metodologia PDCA (Plan-Do- Check-Act), que consiste em um ciclo de avaliação do planejamento realizado e ajuste de estratégia para garantir a melhoria dos processos de maneira otimizada e contínua. Outras das 7 ferramentas essenciais da gestão da qualidade serão apresentadas em detalhes a seguir.
1.2. METODOLOGIAS E SISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE
1.2.1. OS CINCO SENSOS (5S) A metodologia 5S foi desenvolvida no Japão logo após a Segunda Guerra Mundial com a finalidade de auxiliar a reestruturação das indústrias no país, rapidamente a metodologia se expandiu para as indústrias ocidentais devido a facilidade e simplicidade de aplicação com foco na redução de desperdícios. A nomenclatura desta metodologia tem como origem os cinco sensos de limpeza e organização da cultura japonesa: Seiri, Seiton, Seiso, Seiketsu e Shitsuke. Traduzindo estes termos se referem a sensos de utilização, senso de organização, limpeza, padronização e autodisciplina. • Senso de utilização e descarte: tem como principal objetivo a organização do ambiente, descartando o que é desnecessário e pouco relevante ao objetivo final. Desta forma, inicia-se com a análise e determinação de tudo que é realmente necessário para o propósito desejado. • Senso de organização: este senso guia a organização prática do ambiente e ferramentas de trabalho para fácil localização e acesso quando necessário, reduzindo a perda de tempo para localizar as ferramentas necessárias. Baseia-se essencialmente na classificação e ordenação dos materiais conforme as necessidades de uso. • Senso de limpeza: o principal ponto deste senso é a garantir a limpeza dos ambientes e evitar sujar, pois a limpeza do local de trabalho tem influência direta no desempenho de atividades, ganho de tempo, dinheiro e produtividade. • Senso de padronização: dedica-se à padronização e normatização dos sensos apresentados anteriormente, no sentido de tornar uma rotina garantindo o cumprimento dos preceitos descritos. Conhecido como senso de saúde, pois consiste na identificação das práticas saudáveis e propostas de padronização para aproveitá-las da melhor forma. • Senso de autodisciplina: a disciplina é uma habilidade imprescindível para a execução da metodologia 5s, pois torna uma responsabilidade a execução das práticas saudáveis. O fato da metodologia 5S trazer resultados benéficos à empresa com atitudes e ações simples e corriqueiras, tornou esta ferramenta uma das mais utilizadas até os dias atuais não apenas no âmbito empresarial, mas também em escolas, universidades e na vida pessoal. 1.2.2. Histograma O histograma foi utilizado pela primeira vez em 1883 pelo advogado André Michel Guerry na França. Consiste em um diagrama de barras de frequência comumente utilizado para análise de dados estatísticos e faz parte do conjunto das 7 ferramentas de qualidade. Formado pela distribuição gráfica de frequência em colunas para facilitar a visualização do número de vezes que um conjunto de valores ocorre em uma amostra especificada. Permite a rápida interpretação das categorias com maior frequência de ocorrência e tem ampla aplicação, sendo livre a determinação das categorias de divisão e dados de frequência. Os tipos de histograma podem variar de acordo com a dispersão ou centralização das informações. Histogramas de tendência central tem a frequência concentrada no centro do gráfico e estão associados a processos mais padronizados e com baixa variabilidade. Histogramas de tendência negativa são caracterizados pelo crescimento da frequência da esquerda para a direita, contrário ao histograma de tendência positiva onde o sentido oposto é o que apresenta crescimento de frequência. Histogramas multimodais, por outro lado apresentam barras assimétricas, geralmente predominando as barras de alta frequência. Histogramas achatados representam grande proximidade dos valores das amostras e, por fim, de duplo pico, apresentam mais de uma faixa com alta frequência. Esta é uma ferramenta bem visual e com grandes benefícios associados à análise de informações para auxiliar na identificação de falhas no processo e ações de melhoria contínua.
1.2.3. Diagrama de Dispersão
Com ampla utilização a partir de 1920, os gráficos de dispersão, também denominados gráfico de correlação ou gráfico xy, consiste na representação gráfica para identificação da correlação entre duas variáveis, geralmente analisa- se a relação deu uma variável independente sobre uma variável dependente. A análise de impacto de uma variável independente sobre uma variável independente pode ser feita graficamente e traduz os resultados nas categorias: correlação positiva, negativa e nula. Correlação positiva, quando há aglomeração de pontos na diagonal principal com tendência crescente, neste caso o aumento de uma variável acarreta o aumento de outra variável. Correlação negativa, quando os pontos se concentram em uma diagonal decrescente, indicando que o aumento da variável independente causa a redução do valor da variável dependente. Já a correlação nula é a denominação para o diagrama que não demonstra correlação aparente entre as variáveis de análise. Dessa forma, o diagrama de dispersão é uma ferramenta fortemente indicada para a identificação de possíveis causas raiz do problema. 1.2.4. Fluxogramas Empregado pela primeira vez na década de 20 pelos engenheiros Lilian e Franklin Gilbreath para facilitar o entendimento dos processos industriais na época, os fluxogramas compõem uma importante ferramenta na gestão da qualidade. Com a utilização de representações gráficas que permitem a descrição objetiva das etapas e sequenciamento de ações em um processo. Os fluxogramas são fortes aliados na melhoria contínua de qualidade uma vez que fornecem uma visão completa e integrada do processo como um todo possibilitando a identificação de oportunidades e otimização, identificação de riscos, falhas e causas de problemas.
1.2.5. Cartas de Controle
As cartas de controle surgiram em 1924 pelo Dr. Walter Shewhart e tem como princípio a previsão do comportamento de determinado fenômeno no futuro. Consiste em um gráfico no qual plota-se as medidas para alguma característica do processo agrupando pelo período, local, entre outros critérios, formando subgrupos. As informações são obtidas e plotadas com frequência ao longo do tempo de forma a construir um gráfico de controle consolidado. A partir da coleta de informações e gráfico formado, determina-se uma faixa superior, denominada limite superior de controle e uma faixa inferior, denominada limite inferior de controle, além de uma linha média central do processo, determinadas via estatística descritiva. O principal objetivo das cartas de controle é facilitar a análise e evidenciar que determinado processo está ocorrendo em estado controlado estatisticamente ou prever e identificar variações no processo para que medidas corretivas apropriadas sejam aplicadas. Além disso, as cartas de controle fornecem informações consistentes para embasar tomadas de decisão e ações de melhorias do processo. Tem como principal benefício justamente essa capacidade de distinguir as variações comuns de causas especiais indicando se requer atenção gerencial, o que ajuda a reduzir custos de processo, aumenta a qualidade dos produtos e reduz retrabalhos.
1.2.6. Diagrama de Pareto
O diagrama de Pareto também compõe as 7 ferramentas básicas de qualidade, criado por Vilfredo Pareto, esta metodologia passou a ser amplamente utilizada na década de 40. Este diagrama consiste em um gráfico de barras que ordena a frequência de determinadas situações em ordem decrescente permitindo a localização de causas e problemas principais garantindo a concentração dos esforços no que é mais relevante. O diagrama de Pareto tem como diferencial a identificação de grandezas opostas, pequenos problemas associados a grandes perdas. O diagrama de Pareto baseia-se no princípio 80-20, de acordo com o qual 80% das consequências são provenientes de 20% das causas. Da mesma forma, a interpretação contrária do gráfico de Pareto identifica muitos problemas triviais que representam perdas pequenas. Desta forma, a principal vantagem o gráfico de Pareto que ordena as informações percentuais acumuladas do processo, é a concentração dos esforços de melhoria em poucos pontos associados a maior perda de valor, ou seja, solucionam-se mais questões com um foco menor.
1.2.7. Diagrama de Ishikawa
Criado no Japão na década de 50, o diagrama de Ishikawa, também conhecido como espinha de peixe ou diagrama de causa e efeito. A ferramenta tem como objetivo identificar, definir, classificar e exibir graficamente as causas de determinado problema. O desenvolvimento do diagrama de Ishikawa inicia- se com um problema inicial sobre o qual deseja-se identificar as causas e efeitos e desdobrar ações de melhoria. Portanto realiza-se um brainstorming a respeito de todas as possíveis causas para o problema em questão e realiza-se uma classificação de efeito às causas, pontuando as mais relevantes. O diagrama de Ishikawa, forte ferramenta de gestão de qualidade, auxilia na identificação de causas para o problema analisado tornando a análise de soluções mais focada nas causas mais relevantes e garantindo a construção de um plano de ação mais eficaz para a resolução dos problemas.
1.2.8. Folhas de Verificação
Também denominado de checklist ou lista de verificação, a lista de verificação consiste em um formulário utilizado para padronizar e facilitar a coleta de dados para análise de um processo. As folhas de verificação são uma ferramenta importante para registro das informações importantes sobre o processo analisado. Pode conter as informações de localização do defeito, quantidades, classificação, tipos e número de reclamações, causas de efeitos. As folhas de verificação são muito utilizadas para controlar a produção em sistema de amostragens, analisando se as medidas de um produto atendem às requisições esperadas. O principal benefício do emprego desta metodologia consiste na organização e coleta simplificada das informações relevantes para análise de um processo.
Apresentadas as principais metodologias desenvolvidas ao longo do
tempo com a implementação e melhoria do próprio sistema de gestão da qualidade, conclui-se que o controle dos processos empregando metodologias e ferramentas adequadas agrega muito valor às organizações, inclusive impactos financeiros consideráveis. REFERÊNCIAS
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https://gestaoprodutiva.com.br/>.
CONSULTORIA ISO. O que é Sistema de Gestão da Qualidade? Dezembro,
2017. Disponível em:< www.consultoriaiso.org>.
DE PAULA, G. B. O que é SGQ (Sistema de Gestão da Qualidade Total) e
como ele pode ajudar a reduzir custos e melhorar os resultados. Agosto, 2016. Disponível em:< https://www.treasy.com.br/>.
FERRAMENTAS DA QUALIDADE. Histograma. Novembro, 2016. Disponível
em:< https://ferramentasdaqualidade.org>.
LONGO, R. M. J. Gestão da Qualidade: Evolução Histórica, Conceitos
Básicos e Aplicação na Educação. Janeiro, 1996. Disponível em:< http://repositorio.ipea.gov.br/>.
MEREO. Metodologia 5s: saiba tudo sobre esse conceito. Julho, 2017. Disponível em:< https://mereo.com/>.
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em:< https://blogdaqualidade.com.br/>.
SANTOS, V. M. Como surgiram os Gráficos de Controle? O que são? Abril,