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Formulário

Geometria Progressões

Comprimento de um arco de circunferência: Soma dos n primeiros termos de uma


progressão _un i :
ar ^a - amplitude, em radianos, do ângulo ao centro; r - raioh
u1 + un
ou • Progressão aritmética: #n
2
ar r ^a - amplitude, em graus, do ângulo ao centro; r - raioh n
180 • Progressão geométrica: u1 # 1 - r
1- r

Áreas de figuras planas

Diagonal maior # Diagonal menor


Losango: Probabilidades e Estatística
2

Trapézio: Base maior + Base menor # Altura Se X é uma variável aleatória discreta de
2
valores  xi  com probabilidade  pi , então:
Polígono regular: Semiperímetro # Apótema
: Valor médio de X :
Sector circular: n = p1 x1 + f + pn xn
ar2 ^a - amplitude, em radianos, do ângulo ao centro; r - raioh
2 : Desvio padrão de X :
p1 ] x1 - ng2 + f + pn ^ xn - nh2
ou
v=
ar r2 ^a - amplitude, em graus, do ângulo ao centro; r - raioh
360
Se X é uma variável aleatória normal de
valor médio  n  e desvio padrão  v , então:

P] n - v 1 X 1 n + v g . 0,6827
Áreas de superfícies

Área lateral de um cone: r r g ^r - raio da base; g - geratrizh P] n - 2v 1 X 1 n + 2v g . 0,9545

P] n - 3v 1 X 1 n + 3v g . 0,9973
Área de uma superfície esférica: 4 r r2 ^r - raioh

Área lateral de um cilindro reto: 2 r r g ^r - raio da base; g - geratrizh

Volumes

Pirâmide: 1 # Área da base # Altura


3

Cone: 1 # Área da base # Altura


3

Esfera: 4 r r3 ^r - raioh
3

Cilindro: Área da base # Altura

Prova 735/1.ª F. • Página 2/ 8


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Exame Final Nacional de Matemática B
Prova 735 | Época Especial | Ensino Secundário | 2019
11.º Ano de Escolaridade
Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho | Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho

Duração da Prova: 150 minutos. | Tolerância: 30 minutos. 8 Páginas

Para cada resposta, identifique o item.

Utilize apenas caneta ou esferográfica de tinta azul ou preta.

É permitido o uso de régua, compasso, esquadro, transferidor e calculadora gráfica.

Não é permitido o uso de corretor. Risque aquilo que pretende que não seja classificado.

Apresente apenas uma resposta para cada item.

As cotações dos itens encontram-se no final do enunciado da prova.

A prova inclui um formulário.

Nas respostas aos itens, apresente todos os cálculos que tiver de efetuar e todas as justificações necessárias.

Sempre que recorrer à calculadora, apresente todos os elementos visualizados na sua utilização, mais
precisamente, consoante a situação:

•  os gráficos obtidos, com os pontos relevantes para a resolução assinalados (por exemplo, pontos de
intersecção de gráficos, pontos de máximos e pontos de mínimos);

•  as linhas da tabela obtida que são relevantes para a resolução;


•  as listas que introduziu na calculadora para obter as estatísticas relevantes para a resolução (por exemplo,
média, desvio padrão, coeficiente de correlação e declive e ordenada na origem de uma reta de regressão).

Prova 735/E. Especial • Página 1/ 8


1.  O Sr. Nunes tem uma propriedade com um terreno agrícola que pretende cultivar.

O terreno está destinado, na sua totalidade, ao cultivo de milho e ao cultivo de centeio.

O seguinte sistema de restrições permite determinar as áreas possíveis para o cultivo de milho e para
o cultivo de centeio.

Z x$0
]
] y$0
]
[ x # 40
] x + y # 60
]]
y#x
\

Neste sistema, x representa o número de hectares do terreno que podem ser destinados ao cultivo
de milho, e y representa o número de hectares do terreno que podem ser destinados ao cultivo de centeio.

1.1.  Será possível cultivar no terreno 20 hectares de milho e 30 hectares de centeio?


Justifique a sua resposta.

1.2.  O Sr. Nunes prevê obter 380 euros de lucro por cada hectare de milho cultivado e 150 euros
de lucro por cada hectare de centeio cultivado.

Quantos hectares do terreno deverão ser destinados ao cultivo de milho e quantos hectares
do terreno deverão ser destinados ao cultivo de centeio, para que, de acordo com a previsão
do Sr. Nunes, o lucro seja máximo?

Na sua resposta, apresente:


–– a função objetivo;
–– uma representação gráfica da região admissível referente ao sistema de restrições;
–– a solução do problema.

Prova 735/E. Especial • Página 3/ 8


2.  No muro que delimita a propriedade do Sr. Nunes, está pintada uma sequência de números hexagonais.

Na Figura 1, representam-se os quatro primeiros números hexagonais, H1 , H2 , H3 e H4 , dessa


sequência.

H1 = 1 H2 = 6 H3 = 15 H4 = 28
Figura 1Figura 1

Tal como a figura sugere, na sucessão dos números hexagonais, verifica-se que:

H1 = 1
H2  1  5
H3  1  5  9
H4  1  5  9  13
^...h
Hn  1  5  9  13  ...  ^4 n  3h

2.1.  Mostre que o número hexagonal de ordem n pode ser dado por

Hn  2 n 2  n

2.2.  O número hexagonal 7140 é o penúltimo número da sequência pintada no muro.


Qual é o último número hexagonal da sequência pintada no muro?

Justifique a sua resposta.

Prova 735/E. Especial • Página 4/ 8


3.  As araucárias são árvores de grande porte. Em Portugal, existem exemplares de araucárias de diferentes
espécies, uma delas conhecida por araucária-do-brasil.

Na propriedade do Sr. Nunes, está plantada uma araucária-do-brasil.

Admita que a altura, h , em metros, da araucária plantada na propriedade do Sr. Nunes, em função da sua
idade, t , em anos, é dada por

h ^t h   4,5375  6,52 ln ^t h , com t ! 64, 30@

3.1.  Determine, de acordo com o modelo apresentado, a idade dessa araucária ao atingir 16 metros
de altura.

Apresente o resultado em anos e meses, com o número de meses arredondado às unidades.

Em cálculos intermédios, conserve, pelo menos, três casas decimais.

3.2.  Seja I a função que dá a taxa de variação instantânea da função h , para cada valor de t .
Sabe-se que I (20) = 0,326 .
Interprete esta igualdade no contexto descrito.

3.3.  A tabela seguinte apresenta os registos, obtidos ao longo de vários anos, da altura, h , da araucária
plantada na propriedade do Sr. Nunes e do correspondente diâmetro, d , da copa.

Altura (metros)
4,6 5,8 6,7 7,7 10,7 12,7 13,9 16,9
(h)
Diâmetro (metros)
3,5 4,1 5,3 6,6 8,6 9,9 10,8 14,1
(d )

Considere um modelo de regressão linear obtido a partir dos dados apresentados na tabela.

Estime, com base nesse modelo, o diâmetro da copa da araucária ao atingir 25 anos de idade.
Na sua resposta, apresente:
–– a altura da araucária, em metros, arredondada às décimas, ao atingir 25 anos de idade;
–– os valores dos parâmetros da equação da reta de regressão linear de d sobre h , arredondados
com quatro casas decimais;
–– o valor pedido, em metros, arredondado às décimas.

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4.  A propriedade do Sr. Nunes localiza-se numa região vinhateira. d
Na Figura 2, está representado um dos barris que o Sr. Nunes tem na adega.

Nesta figura:
•  D representa o diâmetro maior do barril, em decímetros; h
•  d representa o diâmetro das bases do barril, em decímetros; D
•  h representa a altura do barril, em decímetros.

A capacidade, em litros, de um barril deste tipo pode ser dada, aproximadamente,


Figura 2
por

C  r # h ^2 D 2  d 2 h
12

4.1.  Admita que o diâmetro maior do barril mede 7,5 dm , o diâmetro das bases mede 5 dm e a altura
do barril mede 8,4 dm .

É possível armazenar 300 litros de vinho nesse barril?


Justifique a sua resposta.

Em cálculos intermédios, se proceder a arredondamentos, conserve, pelo menos, duas casas decimais.

4.2.  O Sr. Nunes vai encomendar um novo barril, que terá, também, 8,4 dm de altura e bases com 5 dm
de diâmetro.

Determine o valor mínimo do diâmetro maior desse barril, de modo que permita o armazenamento
de 450 litros de vinho.

Apresente o resultado, em decímetros, arredondado às décimas.

Na sua resposta, comece por apresentar uma expressão da capacidade do novo barril, C , em função
do diâmetro maior, D .

5.  Inspirado numa estrutura que viu numa rotunda do Cartaxo,


cuja fotografia se apresenta na Figura 3, o Sr. Nunes construiu
uma estrutura semelhante na sua propriedade, constituída
por dez barris de madeira.

A Figura 4 é um esquema obtido a partir de um corte vertical


dessa estrutura, feito pelos diâmetros maiores dos barris. Este
esquema é constituído por dez circunferências geometricamente
iguais, cada uma com o diâmetro correspondente ao diâmetro
maior dos barris.

Na Figura 4:
•  quaisquer duas circunferências contíguas são tangentes
entre si; Figura 3

•  [ AB] representa a base da estrutura e k representa a


distância, em metros, do ponto mais alto da estrutura à base
da mesma.

Prova 735/E. Especial • Página 6/ 8


k

A B
Figura 4

Admita que o diâmetro maior de cada barril da estrutura mede 10 dm .

5.1.  Determine a altura da estrutura, representada por k na Figura 4.


Apresente o resultado em metros, arredondado às décimas.

Em cálculos intermédios, caso proceda a arredondamentos, conserve, pelo menos, duas casas decimais.

5.2.  Na Figura 5, estão representadas, em referencial ortogonal e monométrico, Oxy , uma das circunferências
da Figura 4, com 5 dm de raio, e a reta PQ , sendo P o ponto da circunferência e do semieixo
negativo das abcissas e Q o ponto da circunferência e do semieixo negativo das ordenadas.

A unidade de medida no referencial é o decímetro.

P O 5 x

Figura 5

Determine a equação reduzida da reta PQ .

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6.  A neta do Sr. Nunes costuma andar num triciclo antigo, idêntico ao da Figura 6, que pertencia ao avô.

A Figura 7 mostra um esquema da roda da frente desse triciclo, com o ponto médio de um dos raios
assinalado pela letra F . Este ponto representa o centro de um pequeno enfeite colorido que a neta do
Sr. Nunes colocou nesse raio.

f tg
g

solo

Figura 6 Figura 7

Numa das vezes em que a neta do Sr. Nunes andou no triciclo, em linha reta e a uma velocidade constante,
foi registado o tempo que o triciclo demorou a percorrer um certo percurso. Nenhuma das rodas do triciclo
derrapou nem patinou.

Sabe-se que, t segundos após o triciclo ter começado a andar, a distância do centro do enfeite ao solo
é dada, em centímetros, por

f ] t g  12  6 cos c 2 rt  2 r m , com t $ 0
3

O argumento da função cosseno está em radianos.

6.1.  Determine a distância, em centímetros, do centro do enfeite ao solo no instante em que o triciclo
começou a andar.

6.2.  Determine quantas voltas completas deu a roda da frente do triciclo num percurso de 13 metros.
Em cálculos intermédios, se proceder a arredondamentos, conserve, pelo menos, duas casas decimais.

7.  A neta do Sr. Nunes tem um jogo educativo com cinco cartões, quatro azuis e um verde.

Retiram-se, ao acaso, sucessivamente e sem reposição, dois desses cinco cartões, e regista-se a cor de
cada um dos dois cartões.

Considere a variável aleatória Z «número de cartões azuis retirados».


Construa a tabela de distribuição de probabilidades da variável aleatória Z .

FIM
COTAÇÕES

Item
TOTAL
Cotação (em pontos)
1.1. 1.2. 2.1. 2.2. 3.1. 3.2. 3.3. 4.1. 4.2. 5.1. 5.2. 6.1. 6.2. 7.
10 20 10 15 15 10 15 10 20 15 15 10 20 15 200

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Exame Final Nacional de Matemática B
Prova 735 | 1.ª Fase | Ensino Secundário | 2018
11.º Ano de Escolaridade
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Para cada resposta, identifique o grupo e o item.

Apresente as suas respostas de forma legível.

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A prova inclui um formulário.

As cotações dos itens encontram-se no final do enunciado da prova.

Nas respostas aos itens, apresente todos os cálculos que tiver de efetuar e todas as justificações necessárias.

Sempre que recorrer à calculadora, apresente todos os elementos visualizados na sua utilização, mais
precisamente, consoante a situação:

•  os gráficos obtidos, com os pontos relevantes para a resolução assinalados (por exemplo, pontos de
intersecção de gráficos, pontos de máximos e pontos de mínimos);

•  as linhas da tabela obtida que são relevantes para a resolução;


•  as listas que introduziu na calculadora para obter as estatísticas relevantes para a resolução (por exemplo,
média, desvio padrão, coeficiente de correlação e declive e ordenada na origem de uma reta de regressão).

Nos termos da lei em vigor, as provas de avaliação externa são obras protegidas pelo Código do Direito de Autor e dos
Direitos Conexos. A sua divulgação não suprime os direitos previstos na lei. Assim, é proibida a utilização destas provas,
além do determinado na lei ou do permitido pelo IAVE, I.P., sendo expressamente vedada a sua exploração comercial.

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GRUPO I

Uma quinta dedica-se à produção e ao comércio vitivinícolas e ao enoturismo.

1.  A quinta tem um terreno destinado, na sua totalidade, ao cultivo de vinhas de duas castas: touriga nacional
e touriga franca.

A área do terreno destinada à touriga nacional não pode exceder 50 hectares.


A área do terreno destinada à touriga franca não pode exceder 40 hectares.
Pretende-se obter um determinado subsídio e, para o conseguir, é necessário efetuar um investimento
inicial, para o qual está fixado um valor mínimo.

Cada hectare de vinha da casta touriga nacional tem um custo inicial de 36 euros, e cada hectare de
vinha da casta touriga franca tem um custo inicial de 45 euros.

Sabe-se que o seguinte sistema de restrições permite determinar as áreas possíveis para o cultivo de
vinhas de cada casta.

Z x$0
]
] y$0
]] x # 50
[
] y # 40
] x + y # 60
] 36 x + 45 y $ 1800
\

Neste sistema, x representa o número de hectares do terreno que podem ser destinados ao cultivo
de vinha da casta touriga nacional, e y representa o número de hectares do terreno que podem ser
destinados ao cultivo de vinha da casta touriga franca.

1.1.  Identifique:
–– o valor mínimo do investimento inicial;
–– a área total do terreno.

1.2.  Está previsto que cada hectare de vinha da casta touriga nacional dê um lucro de 350 euros e que
cada hectare de vinha da casta touriga franca dê um lucro de 200 euros.

Determine o número de hectares de vinha da casta touriga nacional e o número de hectares de vinha
da casta touriga franca que se devem cultivar para se obter o lucro máximo.

Na sua resposta, apresente:


–– a função objetivo;
–– uma representação gráfica da região admissível referente ao sistema de restrições;
–– a solução do problema.

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2.  Na quinta, foi construída uma piscina para exploração turística, com uma forma idêntica à da fotografia
da Figura 1.

Figura 1

Na Figura 2, está representado, a sombreado, em referencial ortogonal e monométrico, Oxy , um esquema


da forma do espelho de água dessa piscina.

Este esquema foi obtido a partir de parte da reta de equação

y=1

e de parte do gráfico da função definida por

t ^ x h = 4 + 3 sen `1,3 x − r j − 3 cos ` x − r j ,


6 3

com os argumentos das funções seno e cosseno em radianos.

O x

Figura 2

No referencial, a unidade é o metro, e a orientação do semieixo positivo Oy corresponde ao sentido norte,


relativamente à localização da piscina.

Como a figura ilustra, N representa a maior distância que é possível nadar de sul para norte.
Determine o valor de N .
Apresente o resultado em metros, arredondado às décimas.

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3.  A quinta produz uva de mesa sem grainha e entregou uma encomenda de embalagens desta uva a uma
rede de hipermercados.

Escolhe-se uma dessas embalagens ao acaso.

Seja X a variável aleatória «peso, em gramas, da embalagem escolhida». Admita que X segue uma
distribuição normal de valor médio 500 gramas e desvio padrão 25 gramas.

Sabe-se que foram entregues 1500 embalagens à rede de hipermercados.


Quantas embalagens, aproximadamente, se espera que tenham menos de 450 gramas?
Na sua resposta:
–– comece por determinar a probabilidade de uma embalagem, escolhida ao acaso, ter menos de
450 gramas;
–– em cálculos intermédios, se proceder a arredondamentos, conserve, no mínimo, cinco casas decimais;
–– apresente o valor pedido arredondado às unidades.

Prova 735/1.ª F. • Página 6/ 14


GRUPO II

No departamento comercial da quinta, implementam-se estratégias de vendas tanto para a própria loja, como
para o restante mercado, interno e externo.

1.  Na loja de vinhos da quinta, as garrafas estão em expositores, como se ilustra no esquema da Figura 3.

Figura 3

O primeiro expositor tem uma garrafa, o segundo tem mais duas garrafas do que o primeiro, o terceiro tem
mais três garrafas do que o segundo, e assim sucessivamente, até ao oitavo expositor.

1.1.  Determine quantas garrafas tem o oitavo expositor.

1.2.  Considere a sequência do número de garrafas que cada expositor tem.

Como a Figura 3 ilustra, os três primeiros termos desta sequência são 1, 3 e 6 .


Justifique que os termos desta sequência não são termos consecutivos de uma progressão aritmética,
nem são termos consecutivos de uma progressão geométrica.

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2.  Nos últimos anos, em Portugal, tem-se verificado um aumento das exportações de bens e serviços, e as
exportações de produtos associados à vitivinicultura têm acompanhado essa tendência. Tem-se ainda
verificado uma correlação forte entre as exportações de produtos da agricultura, da silvicultura e da pesca
e as exportações de produtos alimentares e bebidas.

Na tabela seguinte, apresentam-se os valores, x , em milhões de euros, relativos às exportações de produtos


da agricultura, da silvicultura e da pesca e os correspondentes valores, y , em milhões de euros, relativos
às exportações de produtos alimentares e bebidas nos anos de 2005 a 2014.

x y

594,2 2341,0
664,6 2723,1
736,3 3206,5
904,2 3611,1
830,0 3345,7
940,5 3619,7
992,6 4077,3
1041,8 4302,5
1028,7 4744,0
1146,1 4966,9

Considere um modelo de regressão linear obtido a partir dos dados apresentados na tabela e admita
que esse modelo se mantém válido no ano 2015. Neste ano, foram exportados produtos da agricultura,
da silvicultura e da pesca no valor de 1225,8 milhões de euros.

Estime, com base nesse modelo, o valor das exportações de produtos alimentares e bebidas no ano 2015.

Na sua resposta:
–– apresente os valores dos parâmetros da equação da reta de regressão linear de y sobre x , arredondados
às milésimas;
–– apresente o valor pedido em milhões de euros, arredondado às unidades.

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GRUPO III

Na quinta, o processo de produção do vinho engloba um período em que este é armazenado em barris de
madeira, na cave, em condições de temperatura controlada por um sistema de refrigeração.

1.  Admita que, durante doze horas, a temperatura ambiente na cave, A , em graus Celsius (oC), x horas
após as 9 h do dia 2 de agosto de 2017, é dada, aproximadamente, por

0,003 x 7 − 0,08 x 5 + 0,9 x 3


A ^ x h = 16 + , com 0 # x # 12
ex

Determine a hora desse dia, após as 9 h , em que a temperatura ambiente na cave atingiu 17 oC , pela
primeira vez.

Apresente o resultado em horas e minutos, com o número de minutos arredondado às unidades.

Em valores intermédios, conserve, no mínimo, duas casas decimais.

Resolva o problema recorrendo às capacidades gráficas da calculadora.

2.  No dia 3 de agosto de 2017, às 9 h , foi detetada uma avaria no sistema de refrigeração da cave.
Admita que, durante vinte horas, a temperatura ambiente na cave, T , em graus Celsius (oC), x horas
após a avaria ter sido detetada, é dada, aproximadamente, por

T^ xh = 57 , com 0 # x # 20
ax 2 + bx + 3,3

e em que a e b são números reais não nulos.

2.1.  Determine a temperatura ambiente na cave no instante em que a avaria foi detetada.

Apresente o valor pedido em graus Celsius, arredondado às décimas.

2.2.  Seja V a função que dá a taxa de variação instantânea da função T , para cada valor de x .
Interprete, no contexto descrito, o significado de V ^1 h . 0,5 .

2.3.  Nesse dia, às 16 h e às 22 h , a temperatura ambiente na cave era 20 oC .


Determine o valor de a e o valor de b .
Apresente o valor de a arredondado às milésimas e o valor de b arredondado às décimas.
Se, em cálculos intermédios, proceder a arredondamentos, conserve, no mínimo, três casas decimais.

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GRUPO IV

A madeira é uma das matérias-primas mais usadas na quinta, quer no departamento de produção,
designadamente na produção de barris de vinho, quer na construção de edifícios e zonas envolventes
destinados ao turismo.

1.  Durante séculos, gerações de tanoeiros dedicaram as suas vidas à arte de construir barris de madeira.

1.1.  Na Figura 4, está representado um dos barris de madeira existentes na cave


da quinta, no qual é visível um orifício, designado batoque.

Com base no barril representado na Figura 4, fez-se o esquema apresentado


na Figura 5.

Relativamente ao sólido de revolução apresentado neste esquema, que


não está à escala, e considerando desprezável a espessura da madeira,
sabe-se que:
•  tem duas bases circulares iguais, com 1,55 m de diâmetro;
•  tem 2,2 m de altura;
Figura 4
•  o diâmetro maior, que corresponde ao diâmetro
do círculo resultante da intersecção do sólido
com o plano paralelo às bases e equidistante B
destas, mede 1,87 m ;
•  o ponto B pertence à circunferência de diâmetro 1,87 m 1,55 m
maior e representa o batoque.

Um método utilizado para calcular a capacidade


deste tipo de barril consiste em medir a distância, j ,
2,2 m
em metros, do batoque ao extremo inferior do
barril, como se ilustra na Figura 6, e em aplicar Figura 5
a fórmula

C = j 3 # 605
B

obtendo-se, assim, um valor aproximado da capacidade j


do barril, C , em litros. 1,87 m 1,55 m
Será possível armazenar 5000 litros de vinho no barril?
Justifique a sua resposta.
2,2 m
Se, em cálculos intermédios, proceder a arredondamentos,
conserve, no mínimo, duas casas decimais. Figura 6

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1.2.  Para construir as bases do barril, um tanoeiro divide a circunferência que delimita cada uma das
bases em seis partes iguais, como se ilustra na Figura 7.

O x

Figura 7

Nesta figura, estão representados, em referencial ortogonal e monométrico, Oxy :


•  uma circunferência, centrada na origem, dividida em seis partes iguais;
•  o ponto P , de coordenadas (0,620 ; 0,465) ;
•  o ponto Q , simétrico do ponto P relativamente à origem.

Determine a equação reduzida da reta PQ .

Prova 735/1.ª F. • Página 11/ 14


2.  Num jardim da quinta, sobre um riacho, existe uma pequena ponte de madeira, em forma de arco de
parábola, idêntica à da fotografia da Figura 8.

Figura 8

Na Figura 9, está representado em referencial ortogonal, Oxy , esse arco de parábola, obtido a partir
de parte do gráfico de uma função quadrática definida por

f ^ x h = ax 2 + bx ,

em que a é um número real negativo e b é um número real positivo.


Nesta figura, P é o ponto de intersecção do arco de parábola com o semieixo positivo Ox .

O P x
Figura 9

2.1.  O comprimento do vão da ponte, correspondente a OP , é dado por − ba .

Mostre que as coordenadas do vértice da parábola são c − b , − b2 m .


2a 4a

Prova 735/1.ª F. • Página 12/ 14


2.2.  Considere o ângulo de vértice no ponto O , em que um dos lados é o semieixo positivo Ox e o outro
o , tal como se ilustra na Figura 10, que não está à escala.
lado é a semirreta OV

y
V
−b
2

4a

a
O x
− b P
2a
Figura 10

Admita que a amplitude, a , desse ângulo é igual a 0,3 graus.


Determine o valor de b .
Apresente o resultado arredondado às centésimas.

Se, em cálculos intermédios, proceder a arredondamentos, conserve, no mínimo, três casas decimais.

FIM

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Exame Final Nacional de Matemática B
Prova 735 | 2.ª Fase | Ensino Secundário | 2018
11.º Ano de Escolaridade
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É permitido o uso de régua, compasso, esquadro, transferidor e calculadora gráfica.

Não é permitido o uso de corretor. Risque aquilo que pretende que não seja classificado.

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Apresente as suas respostas de forma legível.

Apresente apenas uma resposta para cada item.

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Nas respostas aos itens, apresente todos os cálculos que tiver de efetuar e todas as justificações necessárias.

Sempre que recorrer à calculadora, apresente todos os elementos visualizados na sua utilização, mais
precisamente, consoante a situação:

•  os gráficos obtidos, com os pontos relevantes para a resolução assinalados (por exemplo, pontos de
intersecção de gráficos, pontos de máximos e pontos de mínimos);

•  as linhas da tabela obtida que são relevantes para a resolução;


•  as listas que introduziu na calculadora para obter as estatísticas relevantes para a resolução (por exemplo,
média, desvio padrão, coeficiente de correlação e declive e ordenada na origem de uma reta de regressão).

Nos termos da lei em vigor, as provas de avaliação externa são obras protegidas pelo Código do Direito de Autor e dos
Direitos Conexos. A sua divulgação não suprime os direitos previstos na lei. Assim, é proibida a utilização destas provas,
além do determinado na lei ou do permitido pelo IAVE, I.P., sendo expressamente vedada a sua exploração comercial.

Prova 735/2.ª F. • Página 1/ 8


GRUPO I

Um hotel está a publicitar um programa especial para um fim de semana festivo.

1.  Para esse fim de semana, o hotel dispõe de 24 quartos triplos, 30 quartos duplos e 14 quartos
individuais.

O hotel disponibiliza dois tipos de pacotes, I e II, que diferem na oferta de quartos duplos, triplos e
individuais, para vender a operadores turísticos.

Para se determinar o número de pacotes de cada tipo que o hotel deve vender, de modo a obter o valor
máximo de receita, construiu-se o seguinte sistema de restrições:

Z x$0
]
] y$0
]
[ 2 x + 3 y # 24
] 4 x + 3 y # 30
]]
2 x + y # 14
\

Neste sistema, x e y representam, respetivamente, o número de pacotes do tipo I e o número de pacotes


do tipo II que o hotel pode vender.

1.1.  Identifique o número de quartos triplos, o número de quartos duplos e o número de quartos individuais
que compõem cada um dos tipos de pacotes.

1.2.  O preço de venda de cada pacote do tipo I é 600 euros, e o preço de venda de cada pacote do
tipo II é 400 euros.

Determine o número de pacotes de cada tipo que o hotel deve vender, para obter o valor máximo
de receita.

Na sua resposta, apresente:


–– a função objetivo;
–– uma representação gráfica da região admissível referente ao sistema de restrições;
–– a solução do problema.

Prova 735/2.ª F. • Página 3/ 8


2.  Numa atividade organizada pela equipa de animação do hotel, um animador coloca cinco bolas
indistinguíveis ao tato, quatro azuis e uma verde, num saco opaco, para fazer um sorteio.

O animador retira, ao acaso, duas bolas do saco, uma de cada vez e sem reposição, e regista a cor
de cada bola retirada.

Seja X a variável aleatória «número de bolas azuis retiradas».


Determine o valor médio da variável aleatória X .
Na sua resposta, apresente a tabela de distribuição de probabilidades da variável aleatória X .

3.  Admita que a altura, em centímetros, dos funcionários do hotel segue uma distribuição normal de valor
médio 160 cm e desvio padrão 10 cm .

Qual é a probabilidade de um funcionário do hotel, escolhido ao acaso, ter entre 170 cm e 180 cm
de altura?

Apresente o resultado arredondado às centésimas.

Na sua resposta, utilize valores de probabilidade da distribuição normal constantes do formulário.

Em cálculos intermédios, não proceda a arredondamentos.

GRUPO II

O hotel localiza-se nos Açores e oferece aos hóspedes atividades na praia. Para planear as atividades,
a equipa de animação consulta regularmente as previsões da altura de maré no sítio do Instituto Hidrográfico.

1.  Com base em previsões do Instituto Hidrográfico para a altura de maré no porto de Angra do Heroísmo, na
ilha Terceira, referentes a um período de cinco dias, obteve-se o seguinte modelo:

h ^ t h = 0,993 + 0,484 # sen ^0,496 t + 2,196h , com t ! 60, 120@

Este modelo dá, aproximadamente, a altura de maré, h , em metros, em função do tempo, t , em horas,
decorrido a partir de um certo instante inicial. O argumento da função seno está em radianos.

Determine, de acordo com o modelo apresentado, a diferença dos valores máximo e mínimo da altura de
maré no primeiro dia do referido período.

Apresente o resultado, em metros, arredondado às unidades.

Em cálculos intermédios, não proceda a arredondamentos.

Prova 735/2.ª F. • Página 4/ 8


2.  Com base em previsões do Instituto Hidrográfico para a altura de maré no porto da Horta, na ilha do Faial,
para o dia 27 de julho de 2016, foi construído o gráfico da Figura 1, que não está à escala.

Nesta figura:
•  t representa o tempo, em horas, decorrido desde as zero horas do dia 27 de julho de 2016;
•  f ^ t h representa a altura de maré, em metros, no instante t .

f (t )

(20,43; 1,40)
(8,03; 1,35)

(4,91; 1,02) (17,41; 1,05)


(11,16; 0,98)

(14,18; 0,67)
(1,78; 0,59)

O t

Figura 1
Figura 1

Considere válido um modelo de regressão sinusoidal, y = a sen ^bx + ch + d , com o argumento da


função seno em radianos, obtido a partir das coordenadas dos pontos representados na Figura 1.

Estime, com base nesse modelo, a altura de maré no porto da Horta, às 12 horas do dia 27 de julho de 2016.
Na sua resposta, apresente os valores de a , b , c e d arredondados às centésimas.
Apresente o resultado, em metros, arredondado às centésimas.

Em cálculos intermédios, não proceda a arredondamentos.

Prova 735/2.ª F. • Página 5/ 8


GRUPO III

Vai realizar-se no hotel uma conferência internacional da indústria de telecomunicações móveis. Esta indústria
está em constante evolução e, ano após ano, tem aumentado o seu destaque nos mercados mundiais.

1.  Um determinado tipo de telemóvel começou a ser comercializado em 2007.

Admita que o número, N , em milhões, de telemóveis daquele tipo vendidos desde o início da sua
comercialização até ao instante t pode ser dado, aproximadamente, durante os anos de 2008 a 2015, por
t
N ^ t h = 1,061 # 1,034 30

Neste modelo, t é o tempo, em dias, decorrido desde as zero horas do dia 1 de janeiro de 2008.

1.1.  Determine o número de telemóveis daquele tipo vendidos desde o início da sua comercialização até
às zero horas do dia 1 de janeiro de 2008.

1.2.  De acordo com o modelo apresentado, num determinado ano, o número total de telemóveis daquele
tipo vendidos, desde o início da sua comercialização, ultrapassou, pela primeira vez, 2 milhões.

Determine o ano em que tal ocorreu.

Se, em cálculos intermédios, proceder a arredondamentos, conserve, no mínimo, três casas decimais.

1.3.  O mês de fevereiro de 2008 teve 29 dias.


Interprete a expressão N ^60h − N ^31h . 0,04 no contexto descrito.

2.  Uma empresa personaliza capas para telemóveis.

Admita que o número, C , de tipos de capa existentes no catálogo da empresa, no instante t , em meses,
pode ser dado, aproximadamente, por

C ^ t h = a log ^bt + 10h , com t ! 60, 12@ ,

em que a e b são números reais não nulos e t = 0 corresponde ao instante em que a empresa iniciou
a sua atividade.

Considere que cada mês tem trinta dias.

2.1.  Quando iniciou a sua atividade, a empresa tinha um catálogo com 700 tipos de capa.
Passados dois meses, o número de tipos de capa existentes no catálogo triplicou.

Determine o valor de a e o valor de b .

Prova 735/2.ª F. • Página 6/ 8


2.2.  Seja T a função que dá a taxa de variação instantânea da função C , para cada valor de t .
Considere a afirmação seguinte.

De acordo com a função C , no instante em que a empresa completou o primeiro trimestre


da sua atividade, o número de tipos de capa existentes no catálogo estava a aumentar a
uma taxa de 101 unidades por mês, aproximadamente.

A afirmação anterior é uma interpretação da expressão T ^ r h . s , em que r e s designam certos


números reais.

Identifique o valor de r e o valor de s .

GRUPO IV

No hotel, vai realizar-se um curso de formação sobre Matemática e Arte, com base em obras de Almada
Negreiros.

1.  Admita que, inicialmente, todos os participantes no curso se cumprimentam com um único aperto de mão.

O número total de apertos de mão depende do número de participantes, como se exemplifica na


tabela seguinte.

Número de participantes Número total de apertos de mão

2 1

3 3=1+2

4 6=1+2+3

5 10 = 1 + 2 + 3 + 4

Assim, caso estejam presentes n participantes, com n ≥ 2 , o número total de apertos de mão dados
inicialmente é

1 + 2 + ... + ^n − 1h

1.1.  Mostre que o número total de apertos de mão dados inicialmente, caso estejam presentes n
participantes, é

n2 − n
2

1.2.  Admita que, inicialmente, foram dados exatamente 2556 apertos de mão.
Determine o número de participantes no curso.

Prova 735/2.ª F. • Página 7/ 8


2.  A Figura 2 é uma fotografia de parte da obra de Almada Negreiros
intitulada Começar.

Dois dos elementos geométricos que se encontram em Começar


são um pentagrama e uma circunferência, representados
na Figura 3. Nesta figura:
•  os pontos A, B, C, D e E são os vértices do pentagrama
pertencentes à circunferência;
•  os pontos F, G, H, I e J são os restantes vértices do
pentagrama; Figura 2

•  o pentagrama está decomposto no pentágono regular [FGHIJ ]


e em cinco triângulos isósceles geometricamente iguais;
B
•  o ponto O é o centro da circunferência e do pentágono regular;
•  o ponto M é o ponto médio de [FG ] , sendo [OM ] o apótema G F
do pentágono regular e [MB] a altura do triângulo isósceles
C A
M
[FBG ] relativa a [FG ] .
O
H J
I
2.1.  Identifique o lado extremidade do ângulo orientado com lado
origem OA o e 504o de amplitude. D E
Justifique a sua resposta. Figura 3

2.2.  Admita que OB = 1 cm e que OM = 0,309 cm .


Determine a área do pentagrama.

Apresente o resultado, em cm2 , arredondado às décimas.


Em cálculos intermédios, utilize três casas decimais.

FIM

COTAÇÕES

Item
Grupo
Cotação (em pontos)
1.1. 1.2. 2. 3.
I
10 20 15 15 60
1. 2.
II
15 15 30
1.1. 1.2. 1.3. 2.1. 2.2.
III
10 10 10 15 10 55
1.1. 1.2. 2.1. 2.2.
IV
15 10 15 15 55
TOTAL 200

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Exame Final Nacional de Matemática B
Prova 735 | Época Especial | Ensino Secundário | 2018
11.º Ano de Escolaridade
Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho

Duração da Prova: 150 minutos. | Tolerância: 30 minutos. 10 Páginas

Utilize apenas caneta ou esferográfica de tinta azul ou preta.

É permitido o uso de régua, compasso, esquadro, transferidor e calculadora gráfica.

Não é permitido o uso de corretor. Risque aquilo que pretende que não seja classificado.

Para cada resposta, identifique o grupo e o item.

Apresente as suas respostas de forma legível.

Apresente apenas uma resposta para cada item.

A prova inclui um formulário.

As cotações dos itens encontram-se no final do enunciado da prova.

Nas respostas aos itens, apresente todos os cálculos que tiver de efetuar e todas as justificações necessárias.

Sempre que recorrer à calculadora, apresente todos os elementos visualizados na sua utilização, mais
precisamente, consoante a situação:

•  os gráficos obtidos, com os pontos relevantes para a resolução assinalados (por exemplo, pontos de
intersecção de gráficos, pontos de máximos e pontos de mínimos);

•  as linhas da tabela obtida que são relevantes para a resolução;


•  as listas que introduziu na calculadora para obter as estatísticas relevantes para a resolução (por exemplo,
média, desvio padrão, coeficiente de correlação e declive e ordenada na origem de uma reta de regressão).

Nos termos da lei em vigor, as provas de avaliação externa são obras protegidas pelo Código do Direito de Autor e dos
Direitos Conexos. A sua divulgação não suprime os direitos previstos na lei. Assim, é proibida a utilização destas provas,
além do determinado na lei ou do permitido pelo IAVE, I.P., sendo expressamente vedada a sua exploração comercial.

Prova 735/E. Especial • Página 1/ 10


GRUPO I

Numa aula de Física, realizaram-se duas experiências.

1.  Na primeira experiência, colocou-se uma esfera suspensa do tampo de uma


mesa por uma mola elástica, como sugere a Figura 1.

Após ter sido alongada verticalmente, a mola iniciou um movimento


oscilatório vertical.

1.1.  Desde o instante em que se largou a mola, t = 0 , e durante


3 segundos, registaram-se os valores da distância, h , em centímetros,
do centro da esfera ao tampo da mesa.

Os dados obtidos apresentam-se na tabela seguinte.


Figura 1

t (s) 0 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 2,00 2,25 2,50 2,75 3,00

h (cm) 10,6 9,1 9,4 10,8 10,6 9,2 9,4 10,8 10,6 9,2 9,4 10,8 10,6

Considere válido um modelo de regressão sinusoidal, y = a sen ^bx + ch + d (em que a , b , c


e d são números reais), com o argumento da função seno em radianos, obtido a partir dos dados
da tabela.

Estime, com base nesse modelo, a distância do centro da esfera ao tampo da mesa, decorridos
1,55 segundos desde o instante em que se largou a mola.
Na sua resposta, apresente:
–– os valores de a , b , c e d arredondados às milésimas;
–– o valor pedido em centímetros, arredondado às décimas.

Se efetuar cálculos intermédios, não proceda a arredondamentos.

1.2.  Admita, agora, que a distância, h , em centímetros, do centro da esfera ao tampo da mesa, desde
o instante em que se largou a mola e durante os primeiros 3 segundos, é dada por

h ^ t h = 10 + cos ^6,3 t + 0,9h , com t ! 6 0, 3@

O argumento da função cosseno está em radianos.

Na posição de equilíbrio da mola, a distância do centro da esfera ao tampo da mesa corresponde


à média das distâncias extremas absolutas.

Determine a distância, em centímetros, do centro da esfera ao tampo da mesa na posição de equilíbrio


da mola.

Prova 735/E. Especial • Página 3/ 10


2.  Na segunda experiência, analisou-se o arrefecimento da água colocada num recipiente.

Num certo instante, colocou-se um sensor no recipiente. A partir desse instante, o sensor foi registando a
temperatura da água ao longo do tempo.

A temperatura da água, G , em graus Celsius (ºC), em função do tempo, t , em minutos, decorrido desde
o instante em que se colocou o sensor no recipiente, é dada, para um certo número real k , por

G ^ t h = 15 + 80 e − k t , com t $ 0

2.1.  Determine a temperatura da água no instante em que se colocou o sensor no recipiente.

2.2.  Decorridos 2 minutos desde o instante inicial, a temperatura da água era 70 oC .


Determine a temperatura da água decorridos 10 minutos desde o instante inicial.
Apresente o resultado em graus Celsius, arredondado às unidades.

Se, em cálculos intermédios, proceder a arredondamentos, conserve, no mínimo, três casas decimais.

3.  Admita que a altura, em centímetros, dos alunos presentes nessa aula segue uma distribuição normal
de valor médio 162 cm e desvio padrão 8 cm .

Qual é a probabilidade de um desses alunos, escolhido ao acaso, ter uma altura inferior a 170 cm ou ter
uma altura superior a 178 cm ?

Na sua resposta, utilize valores de probabilidade da distribuição normal constantes no formulário.

Em cálculos intermédios, não proceda a arredondamentos.

Prova 735/E. Especial • Página 4/ 10


GRUPO II

Duas caixas, A e B, têm algumas bolas indistinguíveis ao tato.

1.  Cada bola da caixa A está numerada com um número natural maior do que 1 .
Retiram-se, sucessivamente e ao acaso, duas bolas da caixa A, repondo-se a primeira bola antes de se
retirar a segunda.

Seja X a variável aleatória «produto dos números das duas bolas retiradas da caixa A», cuja tabela de
distribuição de probabilidades se apresenta a seguir.

xi 4 6 9

4 4 1
P ^ X = xih 9 9 9

Qual é a probabilidade de os números das duas bolas retiradas da caixa A serem iguais?

Justifique a sua resposta.

Apresente o resultado na forma de fração.

2.  A caixa B tem 20 bolas.


Admita que, nessa caixa, se poderiam colocar, repetidas vezes, mais bolas: 3 bolas na primeira vez,
6 bolas na segunda vez, 12 bolas na terceira vez, e assim sucessivamente, duplicando sempre o número
de bolas colocadas.

2.1.  Quantas bolas se colocariam na caixa B na décima vez?

Justifique a sua resposta.

2.2.  Determine o número total de bolas que ficariam na caixa B imediatamente após terem sido colocadas
as bolas da décima quinta vez.

Prova 735/E. Especial • Página 5/ 10


GRUPO III

O Sr. Ferreira dedica-se à agricultura e à aquariofilia.

1.  O Sr. Ferreira tem um terreno agrícola que vai arrendar ao Sr. Lopes e ao Sr. Santos.

O terreno tem 13 hectares destinados ao cultivo de batata e 44 hectares destinados ao cultivo de milho.
O Sr. Lopes e o Sr. Santos vão cultivar o terreno do Sr. Ferreira, ou uma parte dele.

Ficou acordado que o Sr. Lopes vai:


•  cultivar, pelo menos, 3 hectares de batata;
•  destinar ao cultivo de milho o quíntuplo da área a destinar ao cultivo de batata;
•  pagar 70 euros por cada hectare de terreno que cultivar.
Ficou também acordado que o Sr. Santos vai:
•  cultivar, pelo menos, 2 hectares de batata;
•  destinar ao cultivo de milho o dobro da área a destinar ao cultivo de batata;
•  pagar 60 euros por cada hectare de terreno que cultivar.

O Sr. Ferreira pretende receber a maior renda possível, respeitando o que foi acordado.

Seja x o número de hectares de terreno a destinar ao cultivo de batata pelo Sr. Lopes e seja y o número
de hectares de terreno a destinar ao cultivo de batata pelo Sr. Santos.

1.1.  Justifique que a renda, L , em euros, a receber pelo Sr. Ferreira é dada, em função de x e de y ,
por

L ^ x, yh = 420 x + 180 y

1.2.  Que área do terreno deve ser destinada ao cultivo de batata pelo Sr. Lopes e que área do terreno
deve ser destinada ao cultivo de batata pelo Sr. Santos para que, respeitando-se o acordo, a renda
recebida pelo Sr. Ferreira seja máxima?

Na sua resposta, apresente:


–– as restrições do problema;
–– uma representação gráfica da região admissível referente ao sistema de restrições;
–– a solução do problema.

Prova 735/E. Especial • Página 6/ 10


2.  O Sr. Ferreira vai construir um aquário de vidro, idêntico
ao da fotografia da Figura 2, com a forma de um prisma
quadrangular regular.

2.1.  No estudo que fez para decidir quais seriam as


dimensões do aquário, o Sr. Ferreira representou essas
dimensões, em centímetros, por x e por y , tal como
se ilustra no esquema da Figura 3. Figura 2

x
y
x
Figura 3

Depois de montar os vidros, o Sr. Ferreira vai reforçar exteriormente


as doze arestas do aquário com cantoneiras, que serão coladas umas
às outras sem que haja qualquer sobreposição entre elas, tal como
se ilustra na Figura 4.

Para isso, dispõe de uma cantoneira com 480 cm de comprimento,


que cortará de acordo com as dimensões das arestas. A cantoneira
vai ser utilizada na totalidade e sem qualquer desperdício do seu
comprimento.
Figura 4
Resolva os itens seguintes, considerando desprezável a espessura do
vidro do aquário, e considerando para base do aquário um retângulo
de dimensões x e y .

2.1.1.  Mostre que a área, A , em centímetros quadrados, da base do aquário pode ser dada, em
função de x , com x ! @ 0, 60 6 , por

A ^ x h = 120x − 2 x 2

2.1.2.  Determine os valores de x e de y para os quais se construiria o aquário com a base de


área máxima.

2.2.  Considere, agora, que o Sr. Ferreira construiu o aquário com 64 000 cm3 de volume.
Para encher o aquário de água, o Sr. Ferreira usou um balde cilíndrico com 22 cm de diâmetro
e 15 cm de altura, que foi enchendo de água e despejando no aquário até este ficar cheio.

Determine quantas vezes o Sr. Ferreira encheu o balde de água.

Em cálculos intermédios, utilize valores arredondados às unidades.

Na sua resolução, considere desprezável a espessura do balde.

Prova 735/E. Especial • Página 7/ 10


GRUPO IV

O departamento comercial de uma empresa está a criar um logotipo para uma


campanha publicitária.

Uma das componentes deste logotipo é um quadrado dividido em duas regiões,


uma das quais sombreada, como se ilustra na Figura 5.

O desenhador que construiu este logotipo começou por elaborar o esquema que
se reproduz na Figura 6.

Figura 5

y f
P

O M N x

Figura
Figura 6
6

Nesta figura, está representada, em referencial ortogonal e monométrico, Oxy , parte do gráfico da função f ,
definida por

f ^ x h = 5 + 5 , com x 2 0
x

Seja P um ponto de abcissa x que se desloca ao longo do gráfico de f .


Para cada posição do ponto P , considere:
•  o ponto M , pertencente ao eixo Ox , de abcissa igual à do ponto P ;
•  o ponto N , pertencente ao eixo Ox , de abcissa superior à do ponto P , tal que PM = MN ;
•  o quadrado de diagonal 6PN @ .

A região do quadrado compreendida entre o eixo Ox e o gráfico da função f está representada a sombreado.

Prova 735/E. Especial • Página 8/ 10


1.  Sabe-se que a área, S , da região representada a sombreado na Figura 6 é dada, em função de x , por

S ^ x h = 5 ln c x + 52x + 5 m + 25 + 25 , com x 2 0
2

x x

Determine, recorrendo às capacidades gráficas da calculadora, a abcissa do ponto N para a qual a área
da região sombreada é igual a 50 .

Apresente o resultado arredondado às décimas.

Em cálculos intermédios, conserve, no mínimo, duas casas decimais.

2.  À medida que a abcissa x do ponto P aumenta, a área da região sombreada na Figura 6 tende para 25 .
Considere a função R que dá, para cada valor de x , a razão entre a área representada a sombreado
na Figura 6 e a área do quadrado de diagonal 6PN @ .

O gráfico da função R tem uma assíntota horizontal de equação y = 1 , como se ilustra na Figura 7.

R (x)
1

O x

Figura 7

Qual é o valor para o qual tende a área da região não sombreada do quadrado de diagonal 6PN @ ,
à medida que a abcissa do ponto P vai aumentando?

Justifique a sua resposta.

FIM

Prova 735/E. Especial • Página 9/ 10


Exame Final Nacional de Matemática B
Prova 735 | 1.ª Fase | Ensino Secundário | 2017
11.º Ano de Escolaridade
Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho

Duração da Prova: 150 minutos. | Tolerância: 30 minutos. 11 Páginas

Utilize apenas caneta ou esferográfica de tinta azul ou preta.

É permitido o uso de régua, compasso, esquadro, transferidor e calculadora gráfica.

Não é permitido o uso de corretor. Risque aquilo que pretende que não seja classificado.

Para cada resposta, identifique o grupo e o item.

Apresente as suas respostas de forma legível.

Apresente apenas uma resposta para cada item.

A prova inclui um formulário.

As cotações dos itens encontram-se no final do enunciado da prova.

Nas respostas aos itens, apresente todos os cálculos que tiver de efetuar e todas as justificações necessárias.

Sempre que recorrer à calculadora, apresente todos os elementos visualizados na sua utilização, mais
precisamente, consoante a situação:

•  os gráficos obtidos, e assinale os pontos relevantes para a resolução (por exemplo, pontos de intersecção
de gráficos, pontos de máximos e pontos de mínimos);

•  as linhas da tabela obtida que são relevantes para a resolução;


•  as listas que introduziu na calculadora para obter as estatísticas relevantes para a resolução (por exemplo,
média, desvio padrão, coeficiente de correlação e declive e ordenada na origem de uma reta de regressão).

Nos termos da lei em vigor, as provas de avaliação externa são obras protegidas pelo Código do Direito de Autor e dos
Direitos Conexos. A sua divulgação não suprime os direitos previstos na lei. Assim, é proibida a utilização destas provas,
além do determinado na lei ou do permitido pelo IAVE, I.P., sendo expressamente vedada a sua exploração comercial.

Prova 735/1.ª F. • Página 1/ 11


GRUPO I

A panificadora MILHAFRE fabrica diferentes tipos de pão, que são distribuídos pelas pastelarias e mercearias
das povoações mais próximas.

1.  A MILHAFRE produz diariamente, entre outros, dois tipos de pão de mistura, A e B, fabricados com farinha
de trigo e farinha de centeio.

O fabrico de cada pão do tipo A requer 0,06 kg de farinha de trigo e 0,03 kg de farinha de centeio. Cada
pão deste tipo dá um lucro de 0,25 euros.

O fabrico de cada pão do tipo B requer 0,075 kg de farinha de trigo e 0,02 kg de farinha de centeio.
Cada pão deste tipo dá um lucro de 0,20 euros.

Num certo dia, a MILHAFRE dispõe de 6,9 kg de farinha de trigo e de 2,4 kg de farinha de centeio para
fabricar estes dois tipos de pão.

Admita que, nesse dia, uma certa pastelaria compra todos os pães dos tipos A e B produzidos pela
MILHAFRE.

Determine o número de pães do tipo A e o número de pães do tipo B que a MILHAFRE deve fabricar, nesse
dia, de modo a ter o maior lucro possível nessa venda.

Na sua resposta, designe por x o número de pães do tipo A e por y o número de pães do tipo B
fabricados, nesse dia, pela MILHAFRE, e percorra, sucessivamente, as seguintes etapas:
–– indicar a função objetivo;
–– indicar as restrições do problema;
–– representar, graficamente, a região admissível referente ao sistema de restrições;
–– apresentar o valor de x e o valor de y que são a solução do problema.

Prova 735/1.ª F. • Página 4/ 11


2.  A panificadora MILHAFRE também fabrica outros três tipos de pão: C, D e E.

Os preços de venda destes três tipos de pão são os seguintes:

Tipo C ‒ 1,60 euros por unidade;


Tipo D ‒ 1 euro por unidade;
Tipo E ‒ 1,35 euros por unidade.
Depois de fabricados, os pães são colocados em caixas.

Numa das caixas, que apenas contém pães destes três tipos, metade dos pães são do tipo C. A outra
metade é constituída por igual número de pães do tipo D e de pães do tipo E.

Admita que todos os pães têm forma e tamanho idênticos.

Retira-se, ao acaso, um pão dessa caixa.

Seja X o preço de venda desse pão.

Determine o valor médio da variável aleatória X


Apresente o resultado em euros, arredondado às centésimas.

Na sua resposta, comece por apresentar a tabela de distribuição de probabilidades da variável aleatória X

3.  Admita que o volume de cada pão do tipo C, medido em centímetros cúbicos, segue uma distribuição
normal de valor médio 500 e desvio padrão 15

Para que um pão deste tipo possa ser corretamente embalado, o seu volume tem de estar compreendido
entre 485 cm3 e 530 cm3
Escolhe-se, ao acaso, um pão do tipo C.

Determine a probabilidade de o pão escolhido não poder ser corretamente embalado, por não cumprir os
requisitos relativos ao volume.

Apresente o resultado arredondado às centésimas.

Se, em cálculos intermédios, proceder a arredondamentos, conserve, no mínimo, quatro casas decimais.

Prova 735/1.ª F. • Página 5/ 11


GRUPO II

Um laboratório possui dois reservatórios de água.

1.  Considere que, inicialmente, um dos reservatórios está cheio de água, isto é, a altura da água é igual
à altura do reservatório, e que, num certo instante, se abre uma válvula e o reservatório começa a ser
esvaziado.

Admita que a altura da água, em metros, nesse reservatório, t horas após este ter começado a ser
esvaziado e até ao instante em que fica vazio, é dada por

h (t) = 2,15 + ln ^8,9 − 0,51 t h

Determine ao fim de quanto tempo, após o início do esvaziamento, a altura da água é igual a metade da
altura do reservatório.

Apresente o resultado em horas, arredondado às décimas.

Se, em cálculos intermédios, proceder a arredondamentos, conserve, no mínimo, três casas decimais.

2.  Admita que, no laboratório, o outro reservatório está igualmente cheio de água e também vai ser esvaziado.

Neste reservatório, foi instalada uma bóia à superfície da água, ligada a um instrumento de registo de dados.

A partir do instante em que o reservatório começou a ser esvaziado, foram enviados, da bóia para o
instrumento de registo, dados relativos ao tempo, x , em horas, decorrido após o início do esvaziamento
e à correspondente altura, y , em metros, da água. Alguns desses dados são apresentados na tabela
seguinte.

Tempo, em horas, decorrido após


0,32 1,47 3,85 4,29 4,76 5,01 5,86
o início do esvaziamento (x)

Altura, em metros, da água ( y) 4,18 3,62 2,78 2,18 1,79 1,72 0,35

Considere válido um modelo de regressão cúbica, y = ax 3 + bx 2 + cx + d , obtido a partir dos registos


apresentados na tabela.

Estime, com base nesse modelo, a previsão da altura da água, decorridas seis horas após o início do
esvaziamento.

Na sua resposta, apresente os valores de a , b , c e d arredondados às milésimas.


Apresente o resultado em metros, arredondado às décimas.

Em cálculos intermédios, não proceda a arredondamentos.

Prova 735/1.ª F. • Página 6/ 11


GRUPO III

Em Portugal, a utilização da bicicleta como meio de transporte nos centros urbanos é cada vez mais comum.

1.  O Vicente comprou uma bicicleta.

Admita que o valor da bicicleta do Vicente, t anos após ter sido comprada, é dado, em euros,
aproximadamente, por

V (t) = 999,9 # 0,83 t (t $ 0)

1.1.  Qual é o valor da bicicleta do Vicente meio ano após ter sido comprada?

Apresente o resultado em euros, arredondado às unidades.

Se, em cálculos intermédios, proceder a arredondamentos, conserve, no mínimo, três casas decimais.

1.2.  Ao fim de quanto tempo, após a compra, o valor da bicicleta do Vicente é 374 euros?

Apresente o resultado em anos, arredondado às décimas.

Se, em cálculos intermédios, proceder a arredondamentos, conserve, no mínimo, três casas decimais.

V ^3 h − V ^0 h
1.3.  Determine o valor de , aproximado às unidades, e interprete esse valor no contexto
3
do problema.

Se, em cálculos intermédios, proceder a arredondamentos, conserve, no mínimo, duas casas decimais.

Prova 735/1.ª F. • Página 7/ 11


2.  Na Figura 1, está representada a roda da frente da bicicleta do Vicente, na qual foi instalado um refletor.

O Vicente pedala numa estrada sem curvas e mantendo uma Refletor


velocidade constante. Num certo instante, inicia-se a contagem
do tempo.

Sabe-se que, t segundos após esse instante, a distância do refletor


ao solo é dada, em centímetros, por

d (t) = 20 + a cos ^bt h , com t $ 0

em que a ! R e b ! 60, 12@


Figura 1
O argumento da função cosseno está em radianos.

2.1.  Sabe-se que, no instante inicial, a distância do refletor ao solo é 30 cm e que, 0,15 segundos após
esse instante, essa distância passou a ser 20 cm

Determine o valor de a e o valor de b


Apresente o valor de b arredondado às décimas.
Se, em cálculos intermédios, proceder a arredondamentos, conserve, no mínimo, três casas decimais.

2.2.  Na Figura 2, está representado o gráfico da função T , que dá a taxa de variação instantânea da
função d , para cada valor de t pertencente ao intervalo 60,1 ; 0,8@

Sabe-se que, neste intervalo, 0,3 e 0,6 são os únicos zeros da função T

T(t)

0,1 0,8
O 0,3 0,6 t

Figura 2

Interprete, no contexto do problema, os valores 0,3 e 0,6

Prova 735/1.ª F. • Página 8/ 11


GRUPO IV

O clube naval de uma certa cidade possui alguns barcos à vela.

1.  A Figura 3 é uma fotografia de um barco à vela desse clube.

Na Figura 4, está representado um esquema das duas velas que se podem observar na fotografia.

20º

B C
4m
E 6m D

Figura 3 Figura 4

Relativamente à Figura 4, que não está desenhada à escala, sabe-se que:


•  o triângulo [ABC ] é retângulo em B , e o triângulo [ADE ] é retângulo em D
•  BC 4=
= m e ED 6 m
•  EAt D = 20 o

1.1.  Admita que a área do triângulo [ABC ] é igual a 31 m2

Determine BD
Apresente o resultado em metros, arredondado às centésimas.

Se, em cálculos intermédios, proceder a arredondamentos, conserve, no mínimo, quatro casas decimais.

1.2.  Admita agora que BD = 1 m


Considere um referencial ortogonal e monométrico, xOy , cuja origem coincide com o ponto B da
Figura 4 e em que a unidade é 1 metro. Nesse referencial, o ponto C pertence ao semieixo positivo
Ox e o ponto A pertence ao semieixo positivo Oy
Seja E' o simétrico do ponto E relativamente ao eixo Ox

Quais são as coordenadas do ponto E' ?

Prova 735/1.ª F. • Página 9/ 11


2.  O clube naval promove, durante o mês de agosto, um curso de iniciação à vela. De acordo com as regras
do curso, na parte prática, cada participante deve navegar, em cada dia do mês, um certo número de
milhas marítimas.

Mais precisamente, cada participante deve navegar uma milha marítima no primeiro dia do mês, uma milha
e meia no segundo dia, duas milhas no terceiro dia, e assim sucessivamente, até ao dia 31 de agosto.
Assim sendo, em cada dia, após o primeiro, cada participante deve navegar mais meia milha marítima do
que no dia anterior.

2.1.  Mostre que o número total de milhas marítimas que cada participante deve navegar, nos n primeiros
dias do mês de agosto, é dado por

n2 + 3n
4

2.2.  Determine o dia do mês em que, de acordo com as regras do curso, o número total de milhas marítimas
navegadas por cada participante, até esse dia, inclusive, ultrapassa, pela primeira vez, uma centena.

FIM

Prova 735/1.ª F. • Página 10/ 11


Exame Final Nacional de Matemática B
Prova 735 | 2.ª Fase | Ensino Secundário | 2017
11.º Ano de Escolaridade
Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho

Duração da Prova: 150 minutos. | Tolerância: 30 minutos. 10 Páginas

Utilize apenas caneta ou esferográfica de tinta azul ou preta.

É permitido o uso de régua, compasso, esquadro, transferidor e calculadora gráfica.

Não é permitido o uso de corretor. Risque aquilo que pretende que não seja classificado.

Para cada resposta, identifique o grupo e o item.

Apresente as suas respostas de forma legível.

Apresente apenas uma resposta para cada item.

A prova inclui um formulário.

As cotações dos itens encontram-se no final do enunciado da prova.

Nas respostas aos itens, apresente todos os cálculos que tiver de efetuar e todas as justificações necessárias.

Sempre que recorrer à calculadora, apresente todos os elementos visualizados na sua utilização, mais
precisamente, consoante a situação:

•  os gráficos obtidos, e assinale os pontos relevantes para a resolução (por exemplo, pontos de intersecção
de gráficos, pontos de máximos e pontos de mínimos);

•  as linhas da tabela obtida que são relevantes para a resolução;


•  as listas que introduziu na calculadora para obter as estatísticas relevantes para a resolução (por exemplo,
média, desvio padrão, coeficiente de correlação e declive e ordenada na origem de uma reta de regressão).

Nos termos da lei em vigor, as provas de avaliação externa são obras protegidas pelo Código do Direito de Autor e dos
Direitos Conexos. A sua divulgação não suprime os direitos previstos na lei. Assim, é proibida a utilização destas provas,
além do determinado na lei ou do permitido pelo IAVE, I.P., sendo expressamente vedada a sua exploração comercial.

Prova 735/2.ª F. • Página 1/ 10


GRUPO I

A CONFETE é uma confeitaria familiar que fabrica e vende doces.

1.  Entre os vários tipos de doces fabricados pela CONFETE, são especialmente apreciadas as duas
variedades de doce de abóbora e noz: a tradicional e a gourmet.

Os doces são confecionados em panelas de cobre e, posteriormente, embalados em frascos para venda.

Cada panela de doce tradicional dá um lucro de 8 euros e é fabricado com 0,5 kg de abóbora, 0,1 kg
de miolo de noz e 0,3 kg de açúcar.

Cada panela de doce gourmet dá um lucro de 10 euros e é fabricado com 0,6 kg de abóbora, 0,2 kg
de miolo de noz e 0,1 kg de açúcar.

Num certo dia, a CONFETE dispõe de 20 kg de abóbora, 6 kg de miolo de noz e 8,1 kg de açúcar
para fabricar estas duas variedades de doce.

Admita que todo o doce fabricado é vendido.

Determine o número de panelas de doce tradicional e o número de panelas de doce gourmet que a
confeitaria deve fabricar, de modo a ter o maior lucro possível nesta venda.

Na sua resposta, designe por x o número de panelas de doce tradicional e por y o número de panelas
de doce gourmet fabricadas, nesse dia, pela CONFETE, e percorra, sucessivamente, as seguintes etapas:
–– indicar a função objetivo;
–– indicar as restrições do problema;
–– representar, graficamente, a região admissível referente ao sistema de restrições;
–– apresentar o valor de x e o valor de y que são a solução do problema.

Prova 735/2.ª F. • Página 4/ 10


2.  Na Figura 1, está representado um esquema da tampa de um frasco de doce vendido na CONFETE.

Nesse esquema, estão representados uma circunferência de A


centro O , o quadrado [PQRS ] e quatro triângulos isósceles
geometricamente iguais. Cada um destes triângulos tem um 4 cm
vértice que pertence à circunferência e tem um lado, diferente dos
P 70º S
outros dois, que coincide com um lado do quadrado. Os vértices T
dos triângulos que pertencem à circunferência são designados B D
O
pelas letras A , B , C e D
Q R

2.1.  Sabe-se que:


•  AS = 4 cm C
t = 70 o
•  ASP Figura 1
•  o ponto T é o ponto médio do segmento de reta [PS ]

Determine a área do círculo de centro O e raio OD


Apresente o resultado em centímetros quadrados, arredondado às décimas.

Se, em cálculos intermédios, proceder a arredondamentos, conserve, no mínimo, quatro casas decimais.

2.2.  Considere a rotação de centro no ponto O e amplitude 630 o

Qual é o transformado do ponto C por meio dessa rotação?

3.  As tampas dos frascos são guardadas em caixas. Uma dessas caixas contém seis tampas, indistinguíveis
ao tato, das quais duas são amarelas e quatro são verdes.

Retiram-se, ao acaso, sucessivamente e sem reposição, duas tampas dessa caixa.

Determine a probabilidade de as duas tampas retiradas serem amarelas.

Apresente o resultado na forma de dízima, arredondado às centésimas.

Prova 735/2.ª F. • Página 5/ 10


GRUPO II

Os pinheiros são, por vezes, atingidos por doenças.

Numa certa região, um pinhal foi afetado por uma doença, tendo-se iniciado o ataque a essa doença com um
tratamento adequado que durou quarenta semanas.

Admita que, t semanas após o início do tratamento, a área de pinhal já atingida pela doença, em hectares,
é dada, para um certo número real positivo k , por

f (t) = 0,25 + 6 ln (k t + 1) , com 0 # t # 40

1.  Determine o valor de k , sabendo que, dez semanas após o início do tratamento, a área de pinhal já
atingida era de 4,4 hectares.

Apresente o resultado arredondado às décimas.

Se, em cálculos intermédios, proceder a arredondamentos, conserve, no mínimo, três casas decimais.

2.  Seja g a função, de domínio [0, 40] , que dá, em cada instante t , a taxa de variação instantânea da
função f

Considere a seguinte afirmação: «A função g é sempre positiva.»


Interprete esta afirmação no contexto do problema.

GRUPO III

Num laboratório, procura-se testar as propriedades de condução de calor de três materiais diferentes.
Para tal, utilizam-se três barras, A, B e C, compostas dos materiais a analisar.

1.  Considere que as barras A e B foram aquecidas e, num determinado instante, revestidas de uma película
isolante e colocadas a arrefecer.

Admita que, t minutos após esse instante, a temperatura no ponto médio da barra A é dada, em graus
Celsius, por

A (t) = 18 + 72 e − 0,02 t

e a temperatura no ponto médio da barra B é dada, também em graus Celsius, por

B (t) = 18 + 50 e − 0,01 t

1.1.  Determine o valor de A (0) − B ^0 h e interprete esse valor no contexto do problema.

Prova 735/2.ª F. • Página 6/ 10


1.2.  Determine ao fim de quanto tempo, após as duas barras terem sido colocadas a arrefecer, é que a
temperatura no ponto médio da barra A é igual à temperatura no ponto médio da barra B.

Apresente o resultado em minutos, arredondado às décimas.

Se, em cálculos intermédios, proceder a arredondamentos, conserve, no mínimo, quatro casas


decimais.

2.  Considere agora que, num determinado instante, a barra C, depois de aquecida, foi revestida de uma
película isolante e que as suas extremidades foram colocadas em contacto com o gelo. Nesse instante, a
barra começou a arrefecer.

Durante alguns minutos, imediatamente a seguir a esse instante, foi registada a temperatura da barra, de
dois em dois minutos.

Na tabela seguinte, estão registados alguns instantes, x , em minutos, e as correspondentes temperaturas,


y , em graus Celsius.

Tempo, em minutos, decorrido


2 4 6 8 10 12
após o início do arrefecimento (x)

Temperatura, em graus Celsius,


46,1 42,4 39,1 36,2 33,6 31,1
da barra ( y )

Considere válido um modelo de regressão exponencial, y = a b x , obtido a partir dos dados da tabela.

Estime, com base neste modelo, a temperatura da barra, catorze minutos após o instante em que esta
começou a arrefecer.

Na sua resposta, apresente o valor de a e o valor de b arredondados às milésimas.


Apresente o resultado em graus Celsius, arredondado às unidades.

Se, em cálculos intermédios, proceder a arredondamentos, conserve, no mínimo, três casas decimais.

Prova 735/2.ª F. • Página 7/ 10


GRUPO IV

Num arraial de uma aldeia, encontra-se uma barraca com um jogo de tiro ao alvo.

1.  O jogo é constituído por dois alvos, A e B, que se deslocam ao


y
longo de duas calhas circulares e concêntricas, de raios iguais a
1 e a 2 decímetros, respetivamente.
B
A
A Figura 2 ilustra a situação. Considerou-se um referencial
ortogonal e monométrico xOy no plano que contém as duas
calhas circulares. Neste referencial, a origem é o centro das duas O 1 2 x
circunferências e a unidade corresponde a 1 decímetro.

Os dois alvos iniciam o seu movimento no mesmo instante. Seja


d a distância entre eles, em decímetros, t segundos após esse
instante. As variáveis d e t relacionam-se através da fórmula

Figura 2
d2 = 5 − 4 cos ` r t j
2

O argumento da função cosseno está em radianos.

1.1.  Admita que, no instante t = 2 , o alvo A coincide com o ponto de coordenadas (1, 0)

Determine, para esse instante, as coordenadas do ponto correspondente à posição ocupada pelo
alvo B.

1.2.  Ao longo dos quatro primeiros segundos, houve dois instantes em que os dois alvos se encontravam
à distância de 2 decímetros um do outro.

Determine quanto tempo decorreu entre esses dois instantes.

Apresente o resultado em segundos, arredondado às décimas.

Se, em cálculos intermédios, proceder a arredondamentos, conserve, no mínimo, três casas decimais.

Prova 735/2.ª F. • Página 8/ 10


2.  Para participar no jogo de tiro ao alvo, é necessário adquirir séries de cinco tiros.

A primeira série de cinco tiros custa 2 euros, a segunda custa menos 10 cêntimos do que a primeira, a
terceira custa menos 10 cêntimos do que a segunda, e assim sucessivamente. Portanto, cada série de
cinco tiros, após a primeira, custa menos 10 cêntimos do que a anterior.

De acordo com o estipulado pelo dono da barraca, não é permitido adquirir mais do que dez séries de
cinco tiros.

2.1.  Mostre que o preço a pagar pela compra das primeiras n séries de cinco tiros é dado, em euros, por

2,05 n − 0,05 n 2 ^1 # n # 10h

2.2.  O Artur pretende gastar exatamente dez euros e cinquenta cêntimos no jogo de tiro ao alvo.

Determine o número de séries de cinco tiros que o Artur vai adquirir.

2.3.  Determine quanto paga, em média, por cada tiro, um jogador que adquira dez séries de cinco tiros.

Apresente o resultado em cêntimos.

FIM

Prova 735/2.ª F. • Página 9/ 10


Exame Final Nacional de Matemática B
Prova 735 | Época Especial | Ensino Secundário | 2017
11.º Ano de Escolaridade
Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho

Duração da Prova: 150 minutos. | Tolerância: 30 minutos. 8 Páginas

Utilize apenas caneta ou esferográfica de tinta azul ou preta.

É permitido o uso de régua, compasso, esquadro, transferidor e calculadora gráfica.

Não é permitido o uso de corretor. Risque aquilo que pretende que não seja classificado.

Para cada resposta, identifique o grupo e o item.

Apresente as suas respostas de forma legível.

Apresente apenas uma resposta para cada item.

A prova inclui um formulário.

As cotações dos itens encontram-se no final do enunciado da prova.

Nas respostas aos itens, apresente todos os cálculos que tiver de efetuar e todas as justificações necessárias.

Sempre que recorrer à calculadora, apresente todos os elementos visualizados na sua utilização, mais
precisamente, consoante a situação:

•  os gráficos obtidos, e assinale os pontos relevantes para a resolução (por exemplo, pontos de intersecção
de gráficos, pontos de máximos e pontos de mínimos);

•  as linhas da tabela obtida que são relevantes para a resolução;


•  as listas que introduziu na calculadora para obter as estatísticas relevantes para a resolução (por exemplo,
média, desvio padrão, coeficiente de correlação e declive e ordenada na origem de uma reta de regressão).

Nos termos da lei em vigor, as provas de avaliação externa são obras protegidas pelo Código do Direito de Autor e dos
Direitos Conexos. A sua divulgação não suprime os direitos previstos na lei. Assim, é proibida a utilização destas provas,
além do determinado na lei ou do permitido pelo IAVE, I.P., sendo expressamente vedada a sua exploração comercial.

Prova 735/E. Especial • Página 1/ 8


GRUPO I

A LICORAL é uma pequena empresa que se dedica ao fabrico de licor sem álcool.

1.  Entre os vários licores fabricados pela LICORAL, existem duas variedades de licor de abacaxi muito
apreciadas: A e B.

Cada garrafa da variedade A dá um lucro de 20 euros e é fabricada com 1 kg de abacaxi e 0,5 kg


de açúcar.

Cada garrafa da variedade B dá um lucro de 15 euros e é fabricada com 0,8 kg de abacaxi e 0,7 kg
de açúcar.

Num certo dia, a empresa dispõe de 55 kg de abacaxi e de 35 kg de açúcar para fabricar estas duas
variedades de licor.

De acordo com a estratégia de marketing adotada pela LICORAL, esta empresa nunca fabrica menos de
14 garrafas de licor da variedade A nem menos de 10 garrafas de licor da variedade B.
Admita que todas as garrafas produzidas são vendidas.

Determine quantas garrafas da variedade A e quantas garrafas da variedade B deve a LICORAL produzir,
de modo a maximizar o lucro com a venda destas duas variedades de licor.

Na sua resposta, designe por x o número de garrafas de licor da variedade A e por y o número de
garrafas de licor da variedade B, e percorra, sucessivamente, as seguintes etapas:
–– indicar a função objetivo;
–– indicar as restrições do problema;
–– representar, graficamente, a região admissível referente ao sistema de restrições;
–– apresentar o valor de x e o valor de y que são a solução do problema.

Prova 735/E. Especial • Página 3/ 8


2.  Na Figura 1, está representado, num referencial ortogonal z
e monométrico Oxyz , em que a unidade é 1 centímetro, V
um modelo geométrico de uma garrafa de licor utilizada pela
LICORAL.

O modelo desta garrafa é a pirâmide quadrangular regular


[OPQRV ] em que:
•  o segmento de reta [AV ] é a altura da pirâmide;
•  o ponto B é o ponto médio do segmento de reta [PQ]
•  PQ = 8 cm
•  AVtB = 9 o

2.1.  Foi colado um rótulo numa das faces laterais da garrafa.


Esse rótulo é um triângulo geometricamente igual a uma
face lateral da pirâmide.
O R
Determine a área do rótulo. A y

Apresente o resultado em cm2 , arredondado às unidades. P B Q


Se, em cálculos intermédios, proceder a arredondamentos, x
conserve, no mínimo, quatro casas decimais.
Figura 1

2.2.  Tal como a Figura 1 sugere, o segmento de reta [OP ] está contido no semieixo positivo Ox , e o
segmento de reta [OR ] está contido no semieixo positivo Oy

Seja Q' o simétrico do ponto Q relativamente ao plano yOz


Quais são as coordenadas do ponto Q' ?

Prova 735/E. Especial • Página 4/ 8


GRUPO II

O futebol é considerado o desporto mais popular do mundo.

Numa cidade, decorreu um jogo de futebol entre duas equipas rivais.

1.  Admita que, antes do início do jogo, entre as dezasseis horas e as dezasseis e quinze, se contou, minuto
a minuto, o número de espectadores que entraram no estádio.

Sabe-se que, no primeiro desses quinze minutos, entraram 160 espectadores no estádio.
Sabe-se ainda que o número de espectadores que entraram no estádio em cada um dos minutos seguintes
ultrapassou em vinte o número de espectadores que entraram no estádio no minuto anterior.

1.1.  Mostre que, ao longo desses quinze minutos, o número de espectadores que entraram no estádio no
minuto de ordem n é dado por 20 n + 140

1.2.  Sabe-se que, às dezasseis horas, se encontravam dentro do estádio 2931 espectadores.

Determine o número total de espectadores que se encontravam dentro do estádio às dezasseis horas
e quinze minutos.

2.  A Maria, a Inês e o Pedro foram assistir ao jogo de futebol.

Durante o intervalo, decidiram que cada um comeria um gelado e que escolheriam, ao acaso, qual deles
pagaria os três gelados.

No final do jogo, decidiram que cada um beberia uma garrafa de água e que escolheriam, ao acaso, qual
deles pagaria as três garrafas.

Qual é a probabilidade de a Maria não pagar qualquer das despesas?

Apresente o resultado na forma de dízima, arredondado às centésimas.

3.  Numa das equipas, a média das idades dos onze jogadores que iniciaram a partida era igual a 22 anos.
Um desses onze jogadores era o guarda-redes veterano Manuel Vento.

Determine a idade, em anos, do jogador Manuel Vento, nesse dia, sabendo-se que a média das idades dos
restantes dez jogadores era igual a 20,8 anos.

Prova 735/E. Especial • Página 5/ 8


GRUPO III

Em Portugal existem várias atividades ligadas ao mar.

1.  Admita que, ao longo de dois dias, a profundidade da água do mar, p , num certo local da costa portuguesa,
medida em metros, t horas após as zero horas do primeiro desses dois dias, é dada por

p ^t h = 5 + 0,48 sen (0,5 t − 9,15) ^0 # t # 48h

O argumento da função seno está em radianos.

Determine a que horas do segundo dia é que a profundidade da água do mar atingiu pela primeira vez,
nesse local, a profundidade de 5,2 metros.

Apresente o resultado em horas e minutos (minutos arredondados às unidades).

Se, em cálculos intermédios, proceder a arredondamentos, conserve, no mínimo, três casas decimais.

2.  Num certo laboratório, estudam-se problemas relacionados com a fauna e a flora marítimas.

Nesse laboratório, às zero horas do dia 1 de junho de 2017, colocou-se em cultura uma certa quantidade
de organismos vivos.

Sabe-se que, t dias após esse instante, a massa total, m , de organismos vivos existentes na cultura é
dada, em gramas, por

m ^t h = 1000 ^t $ 0h
1 + 9 e − 0,4 t

2.1.  Determine a massa total, em gramas, dos organismos colocados vivos na cultura às zero horas do
dia 1 de junho de 2017.

2.2.  Determine ao fim de quanto tempo a massa total de organismos vivos existentes na cultura foi
750 gramas.
Apresente o resultado em dias e horas (horas arredondadas às unidades).

Se, em cálculos intermédios, proceder a arredondamentos, conserve, no mínimo, três casas decimais.

Prova 735/E. Especial • Página 6/ 8


2.3.  Considere a função, V , que dá a taxa de variação instantânea da função m , para cada valor de t
+
pertencente a R 0

Interprete, no contexto descrito, o significado de

V ^1,5h . 56

3.  Registou-se o salário médio, em euros, de um trabalhador por conta de outrem no sector de Agricultura e
Pescas, entre 1985 e 2012.

Na tabela abaixo, onde se encontram alguns desses registos, x designa o ano e y designa o correspondente
salário médio, em euros, de um trabalhador.

Ano (x) 1985 1989 1992 1995 1999 2000 2003 2005 2007 2010 2012

Salário
médio, em 106,6 179,8 276,5 349,8 429,8 459,1 527,5 558,6 611,9 683,7 708,2
euros ( y)

Considere válido um modelo de regressão linear, y = a x + b (em que a e b são números reais), obtido
a partir dos dados apresentados na tabela.

Estime, com base nesse modelo, o salário médio de um trabalhador em 2001.

Na sua estimativa, utilize o valor de a e o valor de b arredondados às centésimas.


Apresente o resultado em euros, arredondado às unidades.

Prova 735/E. Especial • Página 7/ 8


GRUPO IV

O chocolate, feito com base na amêndoa fermentada e torrada do cacau, é nutritivo e pode considerar-se
um alimento de elevada qualidade.

1.  Uma empresa dedica-se ao fabrico artesanal de chocolate.

Admita que o custo de produção, C , em euros, de cada quilograma de chocolate fabricado nessa empresa
é dado por

C (x) = 100 + 20 x ^ x 2 0h
x

em que x é o número de quilogramas fabricados.

1.1.  Num certo dia, a empresa fabricou vinte e cinco quilogramas de chocolate.

Determine quanto gastou a empresa, nesse dia, na produção desses vinte e cinco quilogramas
de chocolate.

1.2.  Determine a quantidade de chocolate que é necessário fabricar, de modo que o custo de produção de
cada quilograma de chocolate seja vinte e seis euros.

Apresente o resultado, em quilogramas, arredondado às décimas.

Se, em cálculos intermédios, proceder a arredondamentos, conserve, no mínimo, duas casas decimais.

FIM

COTAÇÕES

Item
Grupo
Cotação (em pontos)
1. 2.1. 2.2.
I
30 15 10 55
1.1. 1.2. 2. 3.
II
10 15 15 15 55
1. 2.1. 2.2. 2.3. 3.
III
20 10 15 10 15 70
1.1. 1.2.
IV
10 10 20
TOTAL 200

Prova 735/E. Especial • Página 8/ 8


EXAME FINAL NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO
Prova Escrita de Matemática B
11.º Ano de Escolaridade
Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho

Prova 735/1.ª Fase 14 Páginas

Duração da Prova: 150 minutos. Tolerância: 30 minutos.

2016

Utilize apenas caneta ou esferográfica de tinta azul ou preta.

É permitido o uso de régua, compasso, esquadro, transferidor e calculadora gráfica.

Não é permitido o uso de corretor. Risque aquilo que pretende que não seja classificado.

Para cada resposta, identifique o grupo e o item.

Apresente as suas respostas de forma legível.

Apresente apenas uma resposta para cada item.

A prova inclui um formulário.

As cotações dos itens encontram-se no final do enunciado da prova.

Nos termos da lei em vigor, as provas de avaliação externa são obras protegidas pelo Código do Direito de Autor e dos
Direitos Conexos. A sua divulgação não suprime os direitos previstos na lei. Assim, é proibida a utilização destas provas,
além do determinado na lei ou do permitido pelo IAVE, I.P., sendo expressamente vedada a sua exploração comercial.

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GRUPO I

Uma empresa da indústria do calçado organizou a sua produção de alta qualidade em três departamentos:
conceção, corte e acabamento.

1.  Os departamentos de conceção e de corte laboram diariamente durante 8 horas, e o de acabamento


durante 9 horas e 20 minutos. A empresa produz dois modelos de calçado de alta qualidade, X e Y, e
tem assegurada a venda de toda a produção que realizar.

Cada par de calçado do modelo X necessita de 20 minutos no departamento de conceção, de meia hora
no de corte e de 40 minutos no de acabamento.

Cada par de calçado do modelo Y necessita de 40 minutos no departamento de conceção, de meia hora
no de corte e de 20 minutos no de acabamento.

O lucro que a empresa obtém com a venda de um par de calçado do modelo X é 100 euros, e o lucro
obtido com a venda de um par de calçado do modelo Y é 150 euros.

Designe por x o número de pares de calçado do modelo X e por y o número de pares de calçado do
modelo Y que a empresa produz diariamente.

Determine o número de pares de calçado do modelo X e o número de pares de calçado do modelo Y que
a empresa deve produzir diariamente, de modo que o lucro seja máximo.

Na sua resposta, apresente:


–– a função objetivo;
–– as restrições do problema;
–– uma representação gráfica da região admissível referente ao sistema de restrições;
–– o valor de x e o valor de y correspondentes à solução do problema.

Prova 735/1.ª F. • Página 6/ 14


2.  O número total de operários que trabalham nos departamentos de corte e de acabamento é 20
Escolhe-se, ao acaso, um dos 20 operários.

2.1.  Desses 20 operários, uns trabalham apenas no departamento de corte e outros trabalham apenas
no departamento de acabamento, mas também há operários que trabalham nos dois departamentos.

O número de operários que trabalham no departamento de corte é 10 , e o número de operários que


trabalham no departamento de acabamento é 13

Determine a probabilidade de o operário escolhido trabalhar nos dois departamentos.

Apresente o resultado em percentagem.

2.2.  Seja Z a variável aleatória «número de dias em que o operário faltou, no último mês».
A tabela de distribuição de probabilidades de Z é

zi 0 1 2 3

P ^ Z = zih 0,6 a 0,15 b

em que a e b são números reais.


Sabe-se que a probabilidade de o operário ter faltado no máximo 2 dias, no último mês, é 0,95

Determine o valor médio da variável aleatória Z

Na sua resposta, comece por obter os valores de a e de b

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GRUPO II

As bactérias reproduzem-se predominantemente por um processo denominado divisão binária. Este


processo ocorre quando uma bactéria duplica o seu material genético e se divide em duas bactérias idênticas
à original.

1.  Admita que, num dado instante inicial, uma bactéria se divide em duas e que, a partir desse instante, de
20 em 20 minutos, cada bactéria existente se divide em duas outras bactérias.
Assim, no instante inicial, existem duas bactérias e, por exemplo, passados 40 minutos, o número de
bactérias existentes é oito.

Justifique que o número de bactérias existentes passadas 5 horas desde o instante inicial é superior
a 65 000

2.  Admita, agora, que, num dado instante, uma colónia tem 1000 bactérias, que se reproduzem, em
simultâneo, por divisão binária.

Seja bn o número de bactérias existentes na geração n desse processo, com b1 = 1000 , b2 = 2000 ,
b3 = 4000 , e assim sucessivamente.

Escreva o termo geral da sucessão (bn)

Na sua resposta, justifique que (bn) é uma progressão geométrica e identifique a razão dessa progressão.

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GRUPO III

Numa cidade, foi detetada uma epidemia de gripe.

1.  Admita que o número de pessoas com sintomas de gripe atendidas numa certa unidade de saúde dessa
cidade, no dia de ordem x , contada a partir das zero horas do dia 11 de janeiro de 2016, é dado por f ^ x h ,
com x ! !1, 2, ..., 40 +

Por exemplo, f ^7 h representa o número de pessoas com sintomas de gripe atendidas no dia 17 de
janeiro de 2016, na unidade de saúde.

Sabe-se que, nessa unidade de saúde, no período de tempo considerado:


•  em todos os dias, foram atendidas pessoas com sintomas de gripe;
•  os dias em que foram atendidas mais de 180 pessoas com sintomas de gripe foram dias consecutivos.
Sabe-se, ainda, que o dia 30 de janeiro corresponde a um dos extremantes da função f
Nas Figuras 1, 2 e 3, estão representados três gráficos.


y y

180 180

O 1 10 20 30 40 x O 1 10 20 30 40 x

Figura 1 Figura 2

180

O 1 10 20 30 40 x

Figura 3

Apresente, num pequeno texto, para cada uma das Figuras, 1, 2 e 3, uma razão pela qual o gráfico
representado não pode ser o gráfico da função f

Prova 735/1.ª F. • Página 10/ 14


2.  Na referida cidade, existem três agrupamentos de escolas: A, B e C.

2.1.  Admita que o número total de alunos do agrupamento A que foram infetados pelo vírus da gripe,
NA , desde as oito horas do dia 10 de janeiro de 2016 até t dias após esse instante, é dado,
aproximadamente, por

NA ^ t h = 325 , para 0 # t # 40
1 + 12 # 3 − 0,1 t

2.1.1.  Quanto tempo teve de decorrer, desde as oito horas do dia 10 de janeiro de 2016, para o
número total de alunos do agrupamento A infetados pelo vírus da gripe ultrapassar uma
centena?

Justifique a sua resposta.

Apresente o resultado em dias e horas, com o número de horas arredondado às unidades.

Em cálculos intermédios, conserve, no mínimo, quatro casas decimais.

2.1.2.  Admita, também, que o número total de alunos do agrupamento B que foram infetados pelo
vírus da gripe, NB , desde as oito horas do dia 10 de janeiro de 2016 até t dias após esse
instante, é dado, aproximadamente, por

NB ^ t h = k # NA ^ t h , para 0 # t # 40 ,

em que k é um número real.


Até às oito horas do dia 20 de janeiro de 2016, tinham sido infetados pelo vírus da gripe, no
total, 39 alunos do agrupamento B.

Determine o valor de k

2.2.  Admita, agora, que, desde as oito horas do dia 10 de janeiro de 2016 até t dias após esse instante,
o número total de alunos do agrupamento C que foram infetados pelo vírus da gripe é dado,
aproximadamente, por NC ^ t h , para 0 # t # 40

Na Figura 4, encontra-se representado o gráfico da


função V , que dá a taxa de variação instantânea da V (t)
função NC , para cada valor de t

Considere a afirmação:

«Durante os primeiros 40 dias após as oito horas do dia


10 de janeiro de 2016, o valor máximo do número total de
O 40 t
alunos do agrupamento C que foram infetados pelo vírus
da gripe, desde aquele instante, foi atingido às oito horas
do dia 19 de fevereiro de 2016.» Figura 4

Justifique que esta afirmação é verdadeira, com base na relação existente entre o sinal da função V
e a monotonia da função NC

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GRUPO IV

Na calçada portuguesa, os motivos geométricos são muito utilizados.

A Figura 5 é uma fotografia de um pavimento em calçada portuguesa.

Figura 5

A partir da fotografia, desenhou-se o esquema representado na Figura 6.

Nesse esquema, que não está desenhado à escala, estão representados:


•  uma circunferência de centro no ponto O r s
•  o triângulo equilátero 6ABC@ , inscrito nessa circunferência;
C
•  as retas r e s , tangentes à circunferência nos pontos P e Q ,
respetivamente;
•  o ponto R , ponto de intersecção das retas r e s P Q

Admita que o ponto R pertence à reta OC e que o raio da circunferência O


mede 27 cm
A B

Figura 6

1.  Mostre que o comprimento do lado do triângulo 6ABC@ é exatamente 9 cm

2.  Calcule a área total da região representada a sombreado na Figura 6.

Apresente o resultado em centímetros quadrados, arredondado às unidades.

Se, em cálculos intermédios, proceder a arredondamentos, conserve, no mínimo, duas casas decimais.

Prova 735/1.ª F. • Página 12/ 14


3.  Determine a amplitude do ângulo PRQ , sabendo-se que a distância do ponto C ao ponto R é 12 cm

Apresente o resultado em graus, arredondado às unidades.

Se, em cálculos intermédios, proceder a arredondamentos, conserve, no mínimo, três casas decimais.

Na sua resposta, tenha em consideração que o ângulo OQR é um ângulo reto.

4.  Na Figura 7, estão representados o triângulo equilátero 6ABC@ , de centro no ponto O , e as respetivas
circunferências inscrita e circunscrita.

A B

Figura 7

4.1.  Indique o transformado do ponto A por meio da rotação de centro no ponto O e amplitude -240o

4.2.  A razão entre as áreas dos círculos delimitados pelas circunferências representadas na Figura 7 é
igual a 4

Determine o comprimento da circunferência inscrita no triângulo 6ABC@

Apresente o resultado em centímetros, arredondado às décimas.

Se, em cálculos intermédios, proceder a arredondamentos, conserve, no mínimo, duas casas decimais.

Note que o raio da circunferência circunscrita ao triângulo 6ABC@ é 27 cm

FIM

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EXAME FINAL NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO
Prova Escrita de Matemática B
11.º Ano de Escolaridade
Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho

Prova 735/2.ª Fase 14 Páginas

Duração da Prova: 150 minutos. Tolerância: 30 minutos.

2016

Utilize apenas caneta ou esferográfica de tinta azul ou preta.

É permitido o uso de régua, compasso, esquadro, transferidor e calculadora gráfica.

Não é permitido o uso de corretor. Risque aquilo que pretende que não seja classificado.

Para cada resposta, identifique o grupo e o item.

Apresente as suas respostas de forma legível.

Apresente apenas uma resposta para cada item.

A prova inclui um formulário.

As cotações dos itens encontram-se no final do enunciado da prova.

Nos termos da lei em vigor, as provas de avaliação externa são obras protegidas pelo Código do Direito de Autor e dos
Direitos Conexos. A sua divulgação não suprime os direitos previstos na lei. Assim, é proibida a utilização destas provas,
além do determinado na lei ou do permitido pelo IAVE, I.P., sendo expressamente vedada a sua exploração comercial.

Prova 735/2.ª F. • Página 1/ 14


GRUPO I

Uma empresa vinícola produziu vinho de elevada qualidade: 1280 garrafas de vinho tinto, 900 de vinho
branco e 1050 de vinho rosé.

A empresa pretende vender essa produção a retalhistas em dois tipos de lotes:


•  Lote I, a 1500 euros, com 160 garrafas de vinho tinto, 100 de vinho branco e 50 de vinho rosé;
•  Lote II, a 1800 euros, com 80 garrafas de vinho tinto, 100 de vinho branco e 150 de vinho rosé.

Será possível a empresa obter uma receita de 15 500 euros com a venda de lotes dos dois tipos?

Na sua resposta, designe por x e por y , respetivamente, o número de lotes I e o número de lotes II
que a empresa pode vender, e apresente:
–– as restrições do problema;
–– uma representação gráfica da região admissível referente ao sistema de restrições;
–– o valor máximo de receita que a empresa pode obter com a venda de lotes dos dois tipos.

GRUPO II

O estudo dos surtos de gripe é essencial em Saúde Pública.

1.  Habitualmente, um surto de gripe faz aumentar a procura dos serviços prestadores de cuidados de saúde.

1.1.  Na tabela seguinte, apresentam-se os registos do número, x , de pessoas infetadas por vírus de
gripe, e do respetivo número, y , de hospitalizações associadas a gripe, em diferentes momentos,
numa certa região.

Número de
31 857 11 973 12 000 86 000 86 123 320 083 616 545
pessoas infetadas (x)

Número de
6 117 1000 1100 5426 6000 13 848 18 339
hospitalizações (y)

Considere um modelo de regressão linear obtido a partir dos registos apresentados na tabela.

Estime, com base nesse modelo, o número de hospitalizações associadas a gripe, nessa região,
caso sejam registados 250 000 infetados por vírus de gripe.

Na sua resposta, apresente os valores dos parâmetros da equação da reta de regressão linear de y
sobre x , com quatro casas decimais.

Apresente o resultado final arredondado às unidades de milhar.

Prova 735/2.ª F. • Página 6/ 14


1.2.  Admita que, numa determinada unidade de saúde, o tempo de espera, em minutos, por uma consulta
de urgência é bem modelado por uma distribuição normal de valor médio 25 minutos.

A Maria dirige-se a essa unidade de saúde para uma consulta de urgência.

1.2.1.  Indique a probabilidade de a Maria ter de esperar, pelo menos, 25 minutos pela consulta
de urgência.

1.2.2.  É mais provável a Maria ter de esperar menos de 15 minutos pela consulta de urgência, ou
ter de esperar mais de 30 minutos por essa consulta?

Justifique a sua resposta.

2.  As pandemias de gripe são epidemias que ocorrem com intervalos irregulares, habitualmente, de várias
décadas.

Admita que, durante uma pandemia de gripe, a percentagem de casos de gripe, x dias após o início da
pandemia, é dada, aproximadamente, por

f (x) = 4,75 # e − 0,007^ x − 42h x ! 60, 84@


2
, para

2.1.  Qual foi, aproximadamente, a percentagem de casos de gripe no instante em que se completaram
três semanas após o início da pandemia?

Apresente o resultado arredondado às décimas.

Se, em cálculos intermédios, proceder a arredondamentos, conserve, no mínimo, quatro casas decimais.

2.2.  Admita que as autoridades de saúde, no âmbito do plano de contingência para esta pandemia de
gripe, mantiveram ativa uma determinada medida nos dias em que a percentagem de casos de gripe
foi superior a 1%

Durante quantas semanas completas esteve ativa essa medida?

Resolva o problema recorrendo às potencialidades gráficas da sua calculadora.

Prova 735/2.ª F. • Página 7/ 14


GRUPO III

A água é uma substância química e um recurso natural essencial à vida na Terra.

1.  Durante muito tempo, o regadio dos terrenos agrícolas foi auxiliado pelas rodas de água ou noras de
corrente. As noras caíram em desuso, mas ainda existem algumas a funcionar nos dias de hoje.

A Figura 1 é uma fotografia de uma dessas noras.

A água que passa sob a nora empurra as suas pás, fazendo-a rodar.

Admita que:
•  num determinado dia, a nora esteve a rodar com velocidade constante
durante dez minutos e que, no dia seguinte, voltou a rodar durante dez
minutos, também com velocidade constante, embora superior à do dia
anterior;
•  em ambos os dias, o nível da água se manteve constante e que uma
determinada pá se encontrava na mesma posição, no instante em que
a roda começou a rodar em sentido positivo.

Figura 1

Considere a altura dessa pá em relação ao nível da água, em metros, e considere o tempo após a nora ter
começado a rodar, em segundos.

A Figura 2 é um esquema da situação, no qual:


•  a circunferência representa a nora;
•  o ponto P representa a posição inicial da pá;
•  o ponteado representa o nível da água.

P
altura
inicial

nível da água

Figura 2

Prova 735/2.ª F. • Página 8/ 14


1.1.  Relativamente ao primeiro dia, admita que a altura da pá, h1 , t segundos após a nora ter começado
a rodar, é dada, durante os dez minutos em que a nora rodou, por

h1 ^ t h = 2,1 − 2,5 sen ` r t j , com t ! 60, 600@


10

O argumento da função seno está em radianos.

1.1.1.  Determine o diâmetro da nora.

1.1.2.  Quantas voltas completas foram dadas pela pá durante o intervalo de tempo em que a
nora rodou?

Justifique a sua resposta.

1.2.  Designemos por h2 a altura da pá t segundos após a nora ter começado a rodar no segundo dia.
Sabe-se que a função H , que dá, em metros por segundo, a taxa de variação instantânea da função
h2 , para cada valor de t , é definida por

H ^ t h = − 5 r cos ` r t j , com t ! 60, 600@


14 7

O argumento da função cosseno está em radianos.

Determine ao fim de quantos segundos a altura da pá foi máxima pela primeira vez, após a nora ter
começado a rodar no segundo dia.

Prova 735/2.ª F. • Página 9/ 14


2.  Numa aula de Química, um grupo de alunos realizou uma experiência com o objetivo de estudar a
temperatura de ebulição da água.

A experiência consistiu em aquecer água num recipiente e registar, ao longo de algum tempo, a temperatura
da água. Durante a experiência, a temperatura ambiente da sala manteve-se igual a 21 ºC

Às 14h 50min , colocou-se o recipiente com água a aquecer. Algum tempo depois, o processo de
aquecimento foi interrompido devido a uma falha elétrica. A partir desse instante, a água começou a
arrefecer e, com o passar do tempo, a sua temperatura foi-se aproximando da temperatura ambiente
da sala.

Seja x o tempo, em minutos, decorrido após as 14h 50min , e seja f a função que a cada instante x
faz corresponder o valor da temperatura, em ºC , da água no recipiente.

Sabe-se que:
•  a temperatura da água no recipiente, no instante em que se colocou a aquecer, era inferior à temperatura
ambiente da sala;
•  a falha elétrica ocorreu às 15 horas;
•  a taxa média de variação da função f no intervalo 65, 40@ é positiva.
Nas Figuras 3, 4 e 5, estão representados três gráficos e as respetivas assíntotas horizontais, de
equação y = 21

21

O 5 10 40 x

Figura 3

21

O 5 10 40 x

Figura 4

Prova 735/2.ª F. • Página 10/ 14


y

21

O 5 15 40 x

Figura 5

Apresente, num pequeno texto, para cada uma das Figuras, 3, 4 e 5, uma razão pela qual o gráfico
representado não pode ser o gráfico da função f

Prova 735/2.ª F. • Página 11/ 14


GRUPO IV

Na Figura 6, apresentam-se as três primeiras etapas da construção de um Tapete de Sierpinski, feita a


partir de um triângulo equilátero inicial.

Tal como a figura sugere, nesta construção:


•  na etapa 1, marcam-se os pontos médios dos lados do triângulo inicial e retira-se o triângulo com
vértices nesses pontos médios, obtendo-se três triângulos;
•  na etapa 2, marcam-se os pontos médios dos lados dos triângulos obtidos na etapa anterior e retiram-se
os triângulos com vértices nesses pontos médios, obtendo-se nove triângulos;
•  e assim sucessivamente.

etapa 1 etapa 2 etapa 3

Figura 6

1.  Quantos triângulos são obtidos na etapa 16 desta construção?

Justifique a sua resposta.

2.  A sucessão das somas das áreas dos triângulos obtidos em cada etapa da construção é uma progressão
geométrica.

Determine a razão dessa progressão.

Sugestão: Na sua resolução, considere que a área do triângulo inicial é 1

Prova 735/2.ª F. • Página 12/ 14


3.  Num mural, com forma de paralelogramo, foram pintados triângulos equiláteros iguais aos da etapa 1 da
construção do Tapete de Sierspinski (os triângulos pintados a branco representam aquele que foi retirado
naquela etapa).

Tal como ilustra a Figura 7, que não está à escala:


•  os triângulos vão ocupar toda a superfície do mural, de modo a não existirem espaços nem
sobreposições entre eles;
•  o triângulo inicial tem 1 dm de lado;
•  os lados do paralelogramo medem 20 dm e 10 dm

1 dm

10 dm

20 dm

Figura 7

Determine a área do mural ocupada pelos triângulos pintados a branco.

Apresente o resultado em decímetros quadrados, arredondado às décimas.

Em cálculos intermédios, se proceder a arredondamentos, conserve, no mínimo, quatro casas decimais.

4.  Na Figura 8, estão representadas as planificações de duas pirâmides triangulares regulares.


As planificações não estão desenhadas à escala.

Figura 8

Sabe-se que a pirâmide de menores dimensões tem 10 cm de aresta e que a razão entre os volumes
das duas pirâmides é 1
64
Determine a soma dos comprimentos das arestas da pirâmide de maiores dimensões.

FIM

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Prova Escrita de Matemática B
11.º Ano de Escolaridade
Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho

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Duração da Prova: 150 minutos. Tolerância: 30 minutos.

2016

Utilize apenas caneta ou esferográfica de tinta azul ou preta.

É permitido o uso de régua, compasso, esquadro, transferidor e calculadora gráfica.

Não é permitido o uso de corretor. Risque aquilo que pretende que não seja classificado.

Para cada resposta, identifique o grupo e o item.

Apresente as suas respostas de forma legível.

Apresente apenas uma resposta para cada item.

A prova inclui um formulário.

As cotações dos itens encontram-se no final do enunciado da prova.

Nos termos da lei em vigor, as provas de avaliação externa são obras protegidas pelo Código do Direito de Autor e dos
Direitos Conexos. A sua divulgação não suprime os direitos previstos na lei. Assim, é proibida a utilização destas provas,
além do determinado na lei ou do permitido pelo IAVE, I.P., sendo expressamente vedada a sua exploração comercial.

Prova 735/E. Especial • Página 1/ 14


GRUPO I

O gestor de uma cadeia hoteleira encomendou um estudo sobre a rentabilidade de cada um dos hotéis
dessa cadeia.

Admita que, nesse estudo, se concluiu que o custo operacional diário, C , em euros, de um dos hotéis, em
função da sua taxa de ocupação diária, t , em percentagem, é dado por

C ^ t h = t 2 − 90 t + 3500 , com t ! 60, 100@

Por exemplo, C ^20h é o custo operacional diário desse hotel, correspondente a uma taxa de ocupação
diária de 20%

1.  Determine a taxa de ocupação diária para a qual o custo operacional diário desse hotel é mínimo.

C ^50h − C ^30h
2.  Sabe-se que = − 10
50 − 30

Interprete, no contexto do problema, o significado desta igualdade.

3.  No estudo realizado, verificou-se que a receita diária, R , em euros, desse hotel é uma função linear de t
definida por

R ^ t h = a # t , com t ! 60, 100@

em que a representa um número real positivo.


O respetivo saldo diário, S , é dado por

S ^ t h = R ^ t h − C ^ t h , com t ! 60, 100@

Sabe-se que, com uma taxa de ocupação diária de 50% , o saldo diário é 2000 euros.

3.1.  Mostre que S ^ t h = − t 2 + 160 t − 3500

3.2.  O autor do estudo verificou que, com determinadas taxas de ocupação diária, se obtinham saldos
diários superiores ao que se obtinha com uma taxa de ocupação diária de 100%

Determine os valores da taxa de ocupação diária para os quais tal se verifica.

Prova 735/E. Especial • Página 6/ 14


GRUPO II

Nas maternidades, existem diversos serviços especializados, como os de neonatologia e de obstetrícia.

1.  Os serviços de apoio ao serviço de neonatologia de uma maternidade produzem capas de proteção de
incubadoras de dois tipos: A e B. As componentes principais destas capas de proteção são gaze esterilizada
e um tecido especial.

Diariamente, esses serviços dispõem de 18 unidades de gaze esterilizada, de 15 unidades de tecido


especial e de 21 horas de trabalho para a produção das capas.
A produção de uma capa do tipo A requer uma unidade de gaze esterilizada, duas unidades de tecido
especial e três horas de trabalho.
A produção de uma capa do tipo B requer duas unidades de gaze esterilizada, uma unidade de tecido
especial e uma hora de trabalho.
Os serviços pretendem produzir, diariamente, o maior número total de capas, nas condições descritas.

Designe por x o número de capas do tipo A e por y o número de capas do tipo B que os serviços
produzem diariamente.

Determine o número de capas do tipo A e o número de capas do tipo B que os serviços devem produzir,
diariamente, para que o número total de capas produzidas seja máximo.

Na sua resposta, apresente:


–– a função objetivo;
–– as restrições do problema;
–– uma representação gráfica da região admissível referente ao sistema de restrições;
–– o valor de x e o valor de y correspondentes à solução do problema.

Prova 735/E. Especial • Página 7/ 14


2.  Em obstetrícia, é possível obter, com ecografias efetuadas ao longo do período gestacional do feto,
importantes indicadores relativos à saúde do futuro recém-nascido, uma vez que há relação entre as
características do feto e as características do recém-nascido.

2.1.  O diâmetro biparietal de um feto, medido na 34.ª semana de gravidez, permite calcular uma boa
estimativa do perímetro cefálico do recém-nascido.

Uma equipa de obstetras recolheu os dados representados no diagrama de dispersão da Figura 1,


relativos ao diâmetro biparietal, x , em centímetros, medido em ecografias de fetos efetuadas na 34.ª
semana de gravidez, e ao correspondente perímetro cefálico dos recém-nascidos, y , também em
centímetros.

Figura 1

O diagrama de dispersão não está à escala, e as coordenadas dos pontos representados são:
^7, 49; 30, 36h , ^7, 81; 31, 99h , ^8, 21; 33, 66h , ^8, 23; 34, 22h , ^8, 30; 35, 26h ,

^8, 66; 35, 51h , ^8, 76; 34, 86h , ^8, 97; 36, 44h , ^9, 04; 35, 30h , ^9, 07; 36, 97h e

^9, 24; 37, 63h

Verifica-se uma correlação linear forte entre as variáveis estatísticas x e y

Determine, com base nestes dados, o valor do respetivo coeficiente de correlação linear.

Na sua resposta, recorra às ferramentas de estatística da calculadora e apresente o valor pedido


arredondado às centésimas.

Prova 735/E. Especial • Página 8/ 14


2.2.  Admita que o perímetro cefálico, em centímetros, numa população de recém-nascidos em certa
maternidade, em certo ano civil, segue uma distribuição normal de valor médio 34,8 cm

Relativamente a esta população, considere as afirmações seguintes.

A) 
A probabilidade de um recém-nascido, escolhido ao acaso, ter perímetro cefálico inferior a
34,8 cm é 75%
B) É
 igualmente provável que um recém-nascido, escolhido ao acaso, tenha perímetro cefálico
superior a 35 cm ou tenha perímetro cefálico inferior a 34 cm

C) A probabilidade de um recém-nascido, escolhido ao acaso, ter perímetro cefálico superior a


34 cm é 0,45

Apresente, num pequeno texto, para cada uma das afirmações, uma razão que justifique que é falsa.

Prova 735/E. Especial • Página 9/ 14


GRUPO III

Considere uma sequência de construções geométricas, em que:


•  a 1.ª construção é formada por um círculo de raio 1
•  a 2.ª construção é formada por dois círculos, cada um com raio igual a metade do raio do círculo da
1.ª construção;
•  a 3.ª construção é formada por quatro círculos, cada um com raio igual a metade do raio dos círculos
da 2.ª construção;
•  e assim sucessivamente.

Na Figura 2, estão representadas as quatro primeiras construções dessa sequência.

Figura 2

1.  Quantos círculos formam a 100.ª construção desta sequência?

Justifique a sua resposta.

Apresente o resultado na forma de potência.

2.  Determine a soma das áreas dos círculos que formam a 10.ª construção desta sequência.

Apresente o resultado arredondado às milésimas.

Em cálculos intermédios, não proceda a arredondamentos.

3.  Seja n um número natural. Considere a construção de ordem n desta sequência.

Mostre que a soma dos perímetros dos círculos que formam essa construção é 2r

Prova 735/E. Especial • Página 10/ 14


4.  Considere o retângulo e os três círculos representados na Figura 3, em que:
•  o círculo maior, de raio 1, é o círculo da 1.ª construção;
•  os círculos menores, de raio 1 , são os círculos da 2.ª construção.
2
Tal como a figura sugere, todos os círculos são tangentes a lados do retângulo
e são tangentes entre si.

Determine a área da região do retângulo não ocupada pelos círculos.

Apresente o resultado arredondado às décimas.


Figura 3
Se, em cálculos intermédios, proceder a arredondamentos, conserve, no
mínimo, duas casas decimais.

Na sua resposta, pode considerar o triângulo isósceles cujos vértices coincidem com os centros dos três
círculos.

5.  Considere um referencial ortogonal e monométrico, Oxy , cuja unidade de medida é o raio da circunferência
do círculo da 1.ª construção e cuja origem é o centro dessa circunferência, tal como se ilustra na Figura 4.

A
O x

Figura 4

Na Figura 4, está assinalado o ponto A , ponto de intersecção da circunferência com o semieixo positivo
das abcissas.

Indique as coordenadas do ponto simétrico do ponto A relativamente ao eixo das ordenadas.

Prova 735/E. Especial • Página 11/ 14


GRUPO IV

O princípio de funcionamento de um motor de combustão interna consiste no movimento retilíneo de um


êmbolo no interior de um cilindro. Esse movimento transmite-se, por intermédio de uma biela, a uma manivela,
transformando-se em movimento de rotação.

Com base nesse mecanismo, foram elaborados os esquemas da Figura 5,

Q
Q

Q
Q

P
P

O O O O
P
P

Figura 5

em que:
•  o retângulo a sombreado representa o êmbolo, em quatro posições do seu movimento;
•  o segmento de reta 6PQ@ representa a biela;
•  o segmento de reta 5OP? representa a manivela;
•  a circunferência de centro no ponto O representa o movimento de rotação do ponto P em torno do ponto O

Na Figura 6, está representado, em referencial ortogonal e monométrico,


Oxy , um dos esquemas da Figura 5.
y
Nesse esquema, que não está à escala:
•  o ponto Q pertence ao semieixo positivo Oy
•  i
 é a amplitude, em graus, de um ângulo que tem por lado origem o
o , em Q
semieixo positivo Ox e por lado extremidade a semirreta OP
sentido positivo.

Admita que OP = 1 e que PQ = 4

P
i
O x

Figura 6

Prova 735/E. Especial • Página 12/ 14


1.  No movimento de rotação do ponto P , a distância do ponto Q ao ponto O depende da amplitude i

Determine o menor valor e o maior valor que essa distância pode ter, quando 0 o # i 1 360 o

Na sua resposta, comece por indicar para que amplitudes i ocorrem esses valores.

2.  Considere, agora, a rotação do ponto P apenas no primeiro quadrante.

Determine uma expressão que dê a distância do ponto Q ao ponto O , em função de i , com


0o 1 i 1 90 o

Na sua resolução, comece por decompor o triângulo 6OPQ@ em dois triângulos retângulos.

FIM

Prova 735/E. Especial • Página 13/ 14


EXAME FINAL NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO
Prova Escrita de Matemática B
11.º Ano de Escolaridade
Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho

Prova 735/1.ª Fase 15 Páginas

Duração da Prova: 150 minutos. Tolerância: 30 minutos.

2015

Utilize apenas caneta ou esferográfica de tinta azul ou preta, exceto nas respostas que impliquem
construções, desenhos ou outras representações, que podem ser primeiramente feitos a lápis e
a seguir passados a tinta.

É permitido o uso de régua, compasso, esquadro, transferidor e calculadora gráfica.

Não é permitido o uso de corretor. Deve riscar aquilo que pretende que não seja classificado.

Para cada resposta, identifique o grupo e o item.

Apresente as suas respostas de forma legível.

Apresente apenas uma resposta para cada item.

A prova inclui um formulário.

As cotações dos itens encontram-se no final do enunciado da prova.

Prova 735/1.ª F. • Página 1/ 15


GRUPO I

Desde muito cedo que o Dinis procura fazer economias, quer poupando, quer investindo as suas poupanças
para as rentabilizar.

1.  Recentemente, o Dinis decidiu investir parte das suas poupanças em dois produtos financeiros: o X-fin e
o Y-fin.

O Dinis espera vir a ter um lucro anual de 30 euros por cada milhar de euros investido no produto X-fin e
um lucro anual de 50 euros por cada milhar de euros investido no produto Y-fin.

Tendo em conta as suas poupanças, o Dinis impôs os seguintes limites de investimento anual: poderá
investir até 4000 euros no produto X-fin e poderá investir até 6000 euros no produto Y-fin.

O Dinis tem o seguinte sistema de pontuação anual de risco de investimento:


•  atribuir 3 pontos de risco de investimento por cada milhar de euros investido no produto X-fin;
•  atribuir 2 pontos de risco de investimento por cada milhar de euros investido no produto Y-fin;
•  não ultrapassar 18 pontos de risco de investimento, no total.

Determine o número, x, de milhares de euros que o Dinis deve investir no produto X-fin e o número, y,
de milhares de euros que o Dinis deve investir no produto Y-fin, de modo a maximizar o lucro anual.

Na sua resposta, apresente:


–– a função objetivo;
–– as restrições do problema;
–– uma representação gráfica da região admissível referente ao sistema de restrições;
–– o valor de x e o valor de y correspondentes à solução do problema.

2.  No dia em que fez dezasseis anos, o Dinis decidiu iniciar uma poupança.

Pensou em duas hipóteses diferentes de a fazer:


•  colocar 2 euros num mealheiro vazio e, todos os meses, a partir desse dia, colocar no mealheiro mais
1 euro do que a quantia colocada no mês anterior;
•  colocar 15 euros num mealheiro vazio e, todos os meses, a partir desse dia, voltar a colocar 15 euros
no mealheiro.

O objetivo do Dinis era juntar, pelo menos, 500 euros.

Qual das duas hipóteses permite concretizar este objetivo mais rapidamente?

Justifique a sua resposta.

Prova 735/1.ª F. • Página 6/ 15


3.  Quando o Dinis completou o ensino secundário, os pais e os avós deram-lhe algum dinheiro.

O Dinis decidiu rentabilizar esse dinheiro num depósito a prazo, obtendo juros, num regime de juro
composto. Neste regime, o juro relativo a um determinado período de tempo é capitalizado, ou seja, é
adicionado ao capital existente no início desse período de tempo. Constitui-se, assim, um novo capital, o
qual, por sua vez, vai render mais juros, de forma continuada.

Por exemplo: um capital inicial de 100 euros, a uma taxa de juro anual de 2%, com capitalizações
anuais, passado um ano, perfaz o capital de 102 euros; passados dois anos, perfaz o capital de
104,04 euros; passados três anos, perfaz o capital de cerca de 106,12 euros; e assim sucessivamente.
Depois de se informar em várias instituições bancárias, o Dinis depositou o dinheiro que tinha recebido dos
pais e dos avós numa conta a prazo com uma taxa de juro anual de 1,50%, com capitalizações anuais.

O Dinis fez alguns cálculos e verificou, corretamente, que, nas condições referidas, seis anos após a data
de abertura da conta, o correspondente capital iria perfazer cerca de 1530,82 euros.

Determine a quantia que o Dinis recebeu dos pais e dos avós quando completou o ensino secundário.

Apresente o resultado arredondado às unidades.

Se, em cálculos intermédios, proceder a arredondamentos, conserve, no mínimo, três casas decimais.

Prova 735/1.ª F. • Página 7/ 15


GRUPO II

O crescimento de uma criança ou de um adolescente é um importante indicador do seu desenvolvimento,


pelo que parâmetros como a altura e o peso* são periodicamente monitorizados.
*  A palavra «peso» é utilizada na sua aceção corrente como sinónimo de massa.

1.  A Laura nasceu no dia 1 de junho de 1998.

Admita que, entre os 2 e os 20 anos de idade, o peso da Laura, P, em quilogramas, é dado, em função
do tempo, t, aproximadamente, por

P^ t h = 70 para 2 # t # 20
1 + 8,5 e − 0,22 t

A variável t representa o tempo decorrido, em anos, após o dia 1 de junho de 1998.


Por exemplo, P ]2g é, aproximadamente, o peso da Laura, em quilogramas, no dia 1 de junho de 2000.

1.1.  Determine, de acordo com o modelo apresentado, durante quanto tempo o peso da Laura esteve
compreendido entre 30 e 40 quilogramas, inclusive.

Apresente o resultado em anos e meses, com o número de meses arredondado às unidades.

Em cálculos intermédios, conserve, no mínimo, quatro casas decimais.

1.2.  No Boletim de Saúde Infantil e Juvenil, usado em Portugal, são apresentadas curvas de crescimento
relativas a crianças e a adolescentes.

Na Figura 1, apresenta-se uma das curvas que constam num boletim e que relaciona a altura, em
centímetros, com a idade, em anos, de raparigas, dos 5 aos 19 anos de idade.

180

170

160

150
Altura (cm)

140

130

120

110

100

5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19

Idade (anos)

Figura 1

Prova 735/1.ª F. • Página 8/ 15


O índice de massa corporal, IMC, é um dos indicadores utilizados para monitorizar o estado de
nutrição de uma criança ou de um adolescente. O IMC é dado por

peso
IMC =
]alturag2

com o peso em quilogramas e a altura em metros.

Admita que a altura da Laura, entre os 5 e os 19 anos de idade, é bem modelada pela curva
apresentada na Figura 1.

Determine, de acordo com os modelos apresentados, o IMC da Laura no dia 1 de junho de 2012.

Apresente o resultado arredondado às décimas.

Em cálculos intermédios, conserve, no mínimo, três casas decimais.

2.  O André também nasceu no dia 1 de junho de 1998.

Na tabela seguinte, apresentam-se registos da altura do André em determinadas idades.

Idade
(meses)
72 96 114 120 132 156 180 204 222

Altura
(cm)
116,0 127,3 135,2 137,8 143,1 156,0 169,0 175,2 176,4

Admita que a relação entre a altura do André, y, em centímetros, e a sua idade, x, em meses, é bem
modelada por uma função logarítmica definida por uma expressão do tipo

y = a + b ln x para 70 # x # 225

e em que a e b são parâmetros constantes.

Estime a altura do André no dia 1 de dezembro de 2014.

Apresente o resultado em centímetros, arredondado às décimas.

Na sua resposta:
–– recorra à calculadora e utilize a regressão logarítmica para obter uma expressão da função logarítmica
que melhor se ajusta aos dados da tabela;
–– apresente o valor de a e o valor de b, arredondados às milésimas.

Prova 735/1.ª F. • Página 9/ 15


GRUPO III

Numa aula de preparação para o exame de Matemática B, o professor propôs aos alunos atividades
destinadas à revisão de diversos conteúdos.

1.  Numa das atividades, o professor apresentou os conjuntos I, II, III e IV, cada um com quatro polígonos,
alguns dos quais sombreados. Esses conjuntos estão representados na Figura 2.

Figura 2

De seguida, o professor apresentou o seguinte problema:

«Estou a pensar num destes quatro conjuntos. Se eu escolher, ao acaso, um polígono do conjunto em que
estou a pensar, verifica-se que:
•  é tão provável escolher um quadrado como um triângulo;
•  o acontecimento “o polígono escolhido está sombreado” não é o acontecimento certo;
•  a probabilidade de escolher um quadrado, de entre os polígonos sombreados, é 1
2
Qual é o conjunto em que estou a pensar?»

Um dos alunos respondeu, corretamente, que o professor estava a pensar no conjunto II.

Numa pequena composição, apresente, para cada um dos conjuntos I, III e IV, a razão pela qual o
professor não poderia estar a pensar nesse conjunto.

Na sua resposta, não se refira ao conjunto II.

Prova 735/1.ª F. • Página 10/ 15


2.  Na Figura 3, está representada uma construção geométrica que o professor usou como base para as
atividades de revisão. Nesta construção:

•  6OPQR@ é um quadrado;
•  os pontos A, B, C, D, E, F, G e H pertencem aos lados F E
R Q
desse quadrado;

•  5OAIH ? e 6BPCJ @ são quadrados geometricamente iguais;


G L K D
•  os pontos L e K pertencem à reta GD, que é paralela à
reta OP

•  6GLF @ e 6KDE@ são triângulos isósceles geometricamente H I J C


iguais;

•  GL
= KD
= OA
O A B P
•  AB
= CD
= OA
•  RF = 1 OA
= EQ Figura 3
2

2.1.  Mostre que, na construção representada na Figura 3, a área da região sombreada é exatamente igual
ao dobro da área da região não sombreada, qualquer que seja o valor de OP

2.2.  Na construção representada na Figura 3, fixou-se um referencial ortogonal e monométrico, xOy,


com origem no ponto O, como se ilustra na Figura 4.

y
F E
R Q

G D

H C

O A B P x

Figura 4

Os segmentos de reta 6OP@ e 5OR? estão contidos nos semieixos positivos Ox e Oy,
respetivamente.

Admita que o ponto P tem coordenadas ^3, 0 h

2.2.1.  Identifique as coordenadas do ponto simétrico do ponto P em relação à reta OQ

2.2.2.  Determine a equação reduzida da reta BC


Na sua resolução, comece por indicar as coordenadas dos pontos B e C

Prova 735/1.ª F. • Página 11/ 15


3.  Na Figura 5, apresenta-se o diagrama de extremos e quartis relativo ao tempo que os 28 alunos da turma
demoraram a realizar as atividades propostas na aula de preparação para o exame.

35 55 70 75 80

Figura 5

Neste diagrama, os valores indicados, em minutos, correspondem aos extremos e aos quartis.

Admita que nenhum aluno demorou exatamente 70 minutos a realizar as atividades.

Quantos alunos demoraram mais do que 70 minutos a terminar as atividades propostas na aula?
Justifique a sua resposta.

Prova 735/1.ª F. • Página 12/ 15


GRUPO IV

No seu movimento em torno do Sol, os planetas descrevem órbitas elípticas, pelo que a distância de
cada planeta ao Sol varia ao longo do tempo.
Na órbita de um planeta, o afélio é o ponto em que o planeta se encontra a maior distância do Sol e o
periélio é o ponto em que o planeta se encontra a menor distância do Sol.

Na Figura 6, apresenta-se um esquema, que não está à escala, da órbita do planeta Saturno, em que:
•  o ponto E representa o Sol; S
•  o ponto A representa o afélio de Saturno;
•  o ponto P representa o periélio de Saturno; x
P A
•  o ponto S representa a posição de Saturno na sua órbita, num dado E
instante;
•  o ponto E pertence à reta AP
•  x é a amplitude, em radianos, do ângulo orientado AES, cujo lado Figura 6
origem é a semirreta EA o e cujo lado extremidade é a semirreta
oES , com x ! 60, 2 r 6

Admita que a distância, d, em milhões de quilómetros, de Saturno ao Sol é dada, em função de x,


aproximadamente, por

d^ x h = 1429 x ! 60, 2 r 6
1 − 0,055723 cos^ x h
com

1.  De acordo com o modelo apresentado, determine AP , a distância entre o afélio e o periélio de Saturno.

Apresente o resultado, em milhões de quilómetros, arredondado às unidades.

Se, em cálculos intermédios, proceder a arredondamentos, conserve, no mínimo, três casas decimais.

2.  Justifique que, para qualquer valor de x pertencente ao intervalo @ 0, r 6 , se verifica a igualdade

d _ 2r − x i = d ^ x h

3.  Considere a função, V, que dá a taxa de variação instantânea da função d, para cada valor de x
pertencente ao intervalo 6 0, 2r 6

Interprete, no contexto descrito, o significado de V c 5 r m . −70,5


16

FIM

Prova 735/1.ª F. • Página 13/ 15


EXAME FINAL NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO
Prova Escrita de Matemática B
11.º Ano de Escolaridade
Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho

Prova 735/2.ª Fase 15 Páginas

Duração da Prova: 150 minutos. Tolerância: 30 minutos.

2015

Utilize apenas caneta ou esferográfica de tinta azul ou preta, exceto nas respostas que impliquem
construções, desenhos ou outras representações, que podem ser primeiramente feitos a lápis e
a seguir passados a tinta.

É permitido o uso de régua, compasso, esquadro, transferidor e calculadora gráfica.

Não é permitido o uso de corretor. Deve riscar aquilo que pretende que não seja classificado.

Para cada resposta, identifique o grupo e o item.

Apresente as suas respostas de forma legível.

Apresente apenas uma resposta para cada item.

A prova inclui um formulário.

As cotações dos itens encontram-se no final do enunciado da prova.

Prova 735/2.ª F. • Página 1/ 15


GRUPO I

Existem, desde a antiguidade, referências a devastações de culturas agrícolas causadas por pragas de
gafanhotos.
Numa determinada região do Norte de África, em 2004, foi localizado um enxame de gafanhotos.

1.  Admita que o número, G, em milhões, de gafanhotos existentes no enxame, x semanas após as zero
horas do dia em que este foi localizado, é dado, aproximadamente, por

G ^ x h = 0,9 ^ x + 0,5 h3 e − 0,6 x com x$0

1.1.  Mostre que, de acordo com o modelo apresentado, o número de gafanhotos existentes onze semanas
após as zero horas do dia em que o enxame foi localizado era inferior, em cerca de 2,37 milhões de
indivíduos, ao número de gafanhotos existentes duas semanas após as zero horas do mesmo dia.

Em cálculos intermédios, conserve, no mínimo, cinco casas decimais.

1.2.  Determine durante quanto tempo o número de gafanhotos existentes no enxame foi superior a
6 milhões de indivíduos.

Apresente o resultado em dias, arredondado às unidades.

Na sua resolução, recorra às potencialidades gráficas da sua calculadora.

Em cálculos intermédios, conserve, no mínimo, duas casas decimais.

2.  Admita que a área, A, em centenas de km2, da zona agrícola afetada pelo enxame de gafanhotos,
x semanas após as zero horas do dia em que este foi localizado, é dada, aproximadamente, por

A^ x h = 12 com x$0
1 + 9,5 e − 0,5 x

2.1.  Com o decorrer do tempo, e de acordo com o modelo apresentado, poderá a área da zona agrícola
afetada pelo enxame de gafanhotos atingir 1400 km2 ?

Justifique a sua resposta.

2.2.  Considere a função, T , que dá a taxa de variação instantânea da função A, para cada valor de x

Interprete, no contexto descrito, o significado de T ^ 6 h . 1,3

Prova 735/2.ª F. • Página 7/ 15


GRUPO II

O reservatório de um parque industrial tem a forma de um tronco de cone, tal como o que se apresenta
na Figura 1.
Admita que o reservatório tem 11,2 metros de altura e que as suas superfícies circulares, na base e no
topo, têm de raio, respetivamente, 15 metros e 6,6 metros.
Foi construída uma maquete do reservatório com 11,2 cm de altura e com 15 cm de raio da base inferior.
Para construir essa maquete, efetuou-se um corte, num cone de revolução, por um plano paralelo à base,
como sugere o esquema da Figura 2, que não está desenhado à escala. Neste esquema, h representa a
altura do cone que se obteve a partir do corte efetuado e cuja base tem 6,6 cm de raio.

6,6 cm
11,2 cm

15 cm

Figura 1 Figura 2

1.  Mostre que o valor exato de h é 8,8 cm


Na sua resposta, poderá ser-lhe útil considerar a semelhança de triângulos.

2.  Aquando das obras de manutenção do parque industrial, foi pintada toda a superfície lateral exterior do
reservatório.

Determine a área da superfície pintada do reservatório, sabendo que a área lateral do cone de revolução,
antes de se efetuar o corte, é, aproximadamente, 1178 cm2

Apresente o resultado em metros quadrados, arredondado às unidades.

Em cálculos intermédios, conserve duas casas decimais.

3.  Na superfície lateral do reservatório, foram pintadas 27 circunferências,


de espessura desprezável, contidas em planos paralelos equidistantes,
como o esquema da Figura 3 ilustra.
...

Figura 3

Prova 735/2.ª F. • Página 8/ 15


A Figura 4 apresenta a vista de cima do reservatório, na qual estão
representadas, no mesmo plano, algumas dessas circunferências.

Sabe-se que a menor circunferência pintada no reservatório tem 6,9 m


de raio e que cada circunferência, da menor para a maior, tem mais
A2 A4. . .
0,3 m de raio do que a circunferência anterior.
Os perímetros das 27 circunferências pintadas no reservatório, da menor
para a maior, são termos consecutivos de uma progressão aritmética.

3.1.  Mostre que a razão dessa progressão é exatamente 0,6 r metros.


Figura 4

3.2.  Determine a soma dos perímetros das 27 circunferências pintadas


no reservatório.

Apresente o resultado em metros, arredondado às unidades.

Se, em cálculos intermédios, proceder a arredondamentos, conserve, no mínimo, três casas decimais.

4.  Admita que, no cone de revolução representado no esquema da Figura 2, se fixa um referencial ortogonal
e monométrico, Oxyz, em que:

•  a origem do referencial, O, coincide com o centro da base;


o , sendo V o vértice do cone.
•  o semieixo positivo das cotas é a semirreta OV

A Figura 5 representa esse referencial fixado no cone de revolução.

z
V

O
y
x

Figura 5

Neste referencial, o ponto V tem cota 20

Identifique as coordenadas do ponto simétrico do ponto V, relativamente ao plano xOy

Prova 735/2.ª F. • Página 9/ 15


GRUPO III

A Helena e o Samuel foram andar de baloiço no parque. Cada um deles escolheu um baloiço diferente.

1.  Admita que, em cada instante, a distância do baloiço da Helena ao chão é medida a partir da extremidade
inferior de uma das correntes que ligam o assento do baloiço à estrutura, conforme se ilustra na Figura 6.

13 dm
5dm

Figura 6

Nessa figura, encontram-se duas posições do baloiço da Helena no seu movimento: uma relativa à posição
em que a distância do baloiço ao chão é máxima e a outra relativa à posição em que a distância do baloiço
ao chão é mínima.

Na Figura 7, na qual se apresenta um esquema dessas duas posições, todos os pontos pertencem ao
mesmo plano vertical. Os segmentos de reta [ AB ] e [ AC ] representam uma das correntes que ligam o
assento do baloiço à estrutura nas duas posições referidas. A reta horizontal s representa o nível do chão.

55º

B D

C
13 dm
5dm

Figura 7

Sabe-se que:
•  o ponto B dista 13 dm da reta s
•  o ponto C dista 5 dm da reta s
t = 90º
•  o ponto D é o ponto de [ AC ] , tal que BDA
t = 55 o
•  BAD

Determine o comprimento da corrente do baloiço.

Apresente o resultado em decímetros, arredondado às décimas.

Na sua resposta, tenha em consideração que AB = AC


Em cálculos intermédios, conserve, no mínimo, três casas decimais.

Prova 735/2.ª F. • Página 10/ 15


2.  A função H dá a distância, em decímetros, do baloiço da Helena ao chão t segundos após o início do
movimento, com 0 # t # 18

Na Figura 8, está representado o gráfico da função H

H(t )

13

O 5,6 8,8 18 t

Figura 8

Tal como a figura ilustra:


•  5 e 13 são, respetivamente, o valor mínimo e o valor máximo absolutos da função H
•  5,6 e 8,8 são dois maximizantes consecutivos da função H

Admita que a função H pode ser definida por


H ^ t h = 9 − a sen ^0,625 r t h com t ! 60 ; 18@

em que a é uma constante real positiva.


O argumento da função seno está em radianos.

Sabe-se que o Samuel e a Helena começaram a andar de baloiço com alguns segundos de diferença.

Admita que a distância, S, em decímetros, do baloiço do Samuel ao chão, t segundos depois de a Helena
ter começado a andar de baloiço, é dada por

S ^ t h = H ^ t − 12 h com t ! 612; 30 @

Elabore uma pequena composição, na qual:


–– identifique, justificando, o valor de a na expressão analítica da função H
–– interprete, no contexto descrito, o significado da igualdade H ^t + 3,2 h = H ^ t h, com t ! 60; 14,8@
–– interprete, no contexto descrito, o significado do valor -12 na expressão analítica da função S

Prova 735/2.ª F. • Página 11/ 15


GRUPO IV

Em Portugal, durante o inverno, é frequente verificar-se a ocorrência de intempéries, com elevados valores
de precipitação, que afetam de modo significativo as culturas agrícolas.

1.  Os terrenos de produção agrícola de uma certa empresa situam-se numa região de Portugal habitualmente
fustigada por intempéries. Devido aos prejuízos sofridos no presente ano agrícola, essa empresa decidiu
candidatar-se a um subsídio governamental destinado à produção e a um subsídio europeu destinado à
renovação de estruturas para o próximo ano agrícola.

Esses subsídios destinam-se ao cultivo de trigo e de vinha.

A empresa dispõe de uma área de 100 hectares de cultivo e tem a garantia de conseguir vender toda a
produção obtida, em cada ano agrícola.

Para que qualquer dos subsídios seja atribuído à empresa, é exigido que:
•  pelo menos 20 hectares de cultivo sejam de trigo;
•  pelo menos 10 hectares de cultivo sejam de vinha.

O subsídio governamental, no valor total máximo de 150 000 euros, é de:


•  2000 euros por cada hectare de cultivo de trigo;
•  1000 euros por cada hectare de cultivo de vinha.

O subsídio europeu, no valor total máximo de 205 000 euros, é de:


•  3000 euros por cada hectare de cultivo de trigo;
•  1000 euros por cada hectare de cultivo de vinha.

No caso de receber os dois subsídios aos quais se candidata, prevê-se que a empresa obtenha o lucro
anual de 1500 euros por cada hectare de trigo cultivado e o lucro anual de 3000 euros por cada hectare
de vinha cultivada.

Determine a área, x, em hectares, que a empresa deve reservar para o cultivo de trigo e a área, y, em
hectares, que a empresa deve reservar para o cultivo de vinha, referentes ao próximo ano agrícola, de
modo que, caso receba os dois subsídios, a empresa obtenha, nesse ano, o lucro máximo.

Na sua resposta, apresente:


–– a função objetivo;
–– as restrições do problema;
–– uma representação gráfica da região admissível referente ao sistema de restrições;
–– o valor de x e o valor de y correspondentes à solução do problema.

Prova 735/2.ª F. • Página 12/ 15


2.  Uma das estações meteorológicas em que se registam os valores mais elevados de precipitação total
anual em Portugal é a de Viana do Castelo.

2.1.  Ao ler o diário que escreveu ao longo de um determinado ano dos seus tempos de juventude, a
Edite encontrou, na página relativa a um dos primeiros quinze dias do mês de dezembro desse ano,
passados em Viana do Castelo, a seguinte frase:

Esta manhã, o vento parou de soprar, mas está a chover.

Sabe-se que, nos primeiros quinze dias desse mês de dezembro, não choveu em Viana do Castelo
apenas em cinco dias.

O estado do tempo em Viana do Castelo, nesse período, está ilustrado na Figura 9.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

Legenda: dia em que choveu dia em que não choveu

Figura 9

Qual é a probabilidade de ter chovido no dia seguinte ao dia em que foi escrita a frase encontrada
pela Edite?

Na sua resposta, identifique os dias do mês que correspondem aos casos possíveis e os dias do mês
que correspondem aos casos favoráveis.

2.2.  Relativamente aos valores de precipitação total anual registados na estação meteorológica de Viana
do Castelo, no período 2010-2013, verifica-se que:
•  a média dos valores de precipitação total anual, nesses quatro anos, é 1270,125 mm e a mediana
é 1314,350 mm
•  desses quatro anos, 2012 foi o ano de menor precipitação total anual e 2013 foi o ano de maior
precipitação total anual.

Determine a média, em mm, dos valores de precipitação total anual dos últimos dois anos desse
período de tempo, 2012 e 2013.

FIM

Prova 735/2.ª F. • Página 13/ 15


EXAME FINAL NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO
Prova Escrita de Matemática B
11.º Ano de Escolaridade
Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho

Prova 735/Época Especial 13 Páginas

Duração da Prova: 150 minutos. Tolerância: 30 minutos.

2015

Utilize apenas caneta ou esferográfica de tinta azul ou preta, exceto nas respostas que impliquem
construções, desenhos ou outras representações, que podem ser primeiramente feitos a lápis e
a seguir passados a tinta.

É permitido o uso de régua, compasso, esquadro, transferidor e calculadora gráfica.

Não é permitido o uso de corretor. Deve riscar aquilo que pretende que não seja classificado.

Para cada resposta, identifique o grupo e o item.

Apresente as suas respostas de forma legível.

Apresente apenas uma resposta para cada item.

A prova inclui um formulário.

As cotações dos itens encontram-se no final do enunciado da prova.

Prova 735/E. Especial • Página 1/ 13


GRUPO I

Uma escola secundária está a preparar a comemoração do seu aniversário.

1.  A associação de estudantes está a organizar o sexto torneio de xadrez, que decorrerá no dia do aniversário
da escola.

1.1.  No âmbito de um trabalho de Estatística, uma turma do 10.º ano aplicou um questionário em que uma
das perguntas era: «Dos cinco torneios de xadrez já realizados, em quantos participaste?».

A pergunta foi respondida por 100 alunos e os resultados obtidos são os que constam da tabela
seguinte, em que a e b são números naturais.

N.º de torneios 0 1 2 3 4 5

N.º de alunos a 25 15 11 b 10

Sabe-se que a média de participações desses 100 alunos nos cinco torneios de xadrez é 1,7

Determine o valor de a e o valor de b

1.2.  No sexto torneio de xadrez, todos os jogadores disputarão duas partidas.

As regras estabelecidas pela organização para a atribuição de pontos, por partida, são as seguintes:

Vitória Empate Derrota

3 pontos 2 pontos 0 pontos

Admita que, para cada jogador, em cada partida, são igualmente prováveis a obtenção de vitória, de
derrota e de empate.

Seja X a variável aleatória «número de pontos obtidos por um determinado jogador, no total de duas
partidas».

Construa a tabela de distribuição de probabilidades da variável aleatória X


Apresente os valores das probabilidades na forma de fração.

Prova 735/E. Especial • Página 6/ 13


2.  Numa das paredes do átrio principal da escola, foi colocado um painel alusivo à comemoração. A superfície
desse painel tem a forma de um quadrado, com 6 metros de lado, e está dividida em duas regiões de
cores diferentes.

Na Figura 1, o quadrado 6 ABCD@ representa essa superfície, e o triângulo 6 AED@ e o trapézio


6EBCD@ representam as regiões de cores diferentes.
D C

A E B

Figura 1

Considere que o ponto E pertence ao segmento de reta 6 AB@ e não coincide com o ponto A nem com
o ponto B

Seja i a amplitude, em graus, do ângulo ADE, com 0º 1 i 1 45º

2.1.  Mostre que a área, T, em metros quadrados, do triângulo 6 AED@ pode ser dada, em função de
i, por
T ^i h = 18 tg i

2.2.  Determine o valor de i para o qual a área do triângulo 6 AED@ é metade da área do trapézio 6EBCD@

Apresente o resultado em graus, arredondado às unidades.

Prova 735/E. Especial • Página 7/ 13


GRUPO II

O actínio 288 é um isótopo radioativo. A massa de um isótopo radioativo presente numa substância vai
diminuindo com o tempo. Este processo designa-se decaimento radioativo.
Seja A a massa de actínio 288, em gramas, presente, num dado instante, numa determinada substância.
Admita que, ao fim de t horas, a partir desse instante, a massa de actínio 288, Q, em gramas, presente
na substância, é dada por
Q ^ t h = A e − 0,11 t com t $ 0

1.  Um cientista afirmou que:

«De acordo com o modelo de decaimento descrito, não é possível que duas substâncias que, num
dado instante, contenham massas diferentes de actínio 288 venham posteriormente a conter, num
mesmo instante, massas iguais de actínio 288.»

Justifique que a afirmação do cientista está correta.

2.  Admita que, às 10 horas de um determinado dia, se regista a massa de actínio 288 presente numa certa
substância e que, ao fim de t horas, a partir desse instante, a massa de actínio 288 presente nessa
substância é dada, de acordo com o modelo de decaimento descrito, por

Q1 ^ t h = 50 e − 0,11 t

2.1.  A que horas, desse dia, a massa de actínio 288 presente na substância ficou reduzida a metade da
massa existente às 10 horas?

Apresente o resultado em horas e minutos, com os minutos arredondados às unidades.

Se, em cálculos intermédios, proceder a arredondamentos, conserve, no mínimo, três casas decimais.

2.2.  Admita também que, a partir das 10 horas desse dia, a massa de actínio 288 presente numa outra
substância é dada, de acordo com o mesmo modelo, por

Q2 ^ t h = 75 e − 0,11 t

O gráfico da função Q2 obtém-se a partir do gráfico da função Q1 pela transformação que respeita
a igualdade Q2 ^ t h = k Q1 ^ t h , para todo o t, sendo k um número real.

Qual é o valor de k?

Prova 735/E. Especial • Página 8/ 13


GRUPO III

Numa unidade agroindustrial, existe um projeto para h


construir um reservatório com 1000 dm3 de capacidade,
r
constituído por duas superfícies semiesféricas e por uma
superfície cilíndrica, justapostas, tal como se representa
na Figura 2, em que:
•  r representa o raio, em dm, da base do cilindro e
solo
o raio de cada uma das superfícies semiesféricas;
•  h representa a altura, em dm, da superfície
Figura 2
cilíndrica.

Admita que o material usado na construção do reservatório é de espessura desprezável.

1.  Mostre que, sendo o volume do reservatório igual a 1000 dm3, a altura h, em função de r , é dada por
3
h = 3000 − 42r r
3rr

2.  Justifique, no contexto descrito, que 6 é o maior valor inteiro que r pode tomar.

3.  Seja r=3

Determine a área total, em dm2, da superfície do reservatório.


Apresente o resultado arredondado às unidades.

Se, em cálculos intermédios, proceder a arredondamentos, conserve, no mínimo, duas casas decimais.

h, definida por h ^ r h = 3000 − 42r r , com r ! 61, 6@


3
4.  Considere, agora, a função
3rr
Seja F a função que dá a taxa de variação instantânea da função h, para cada valor de r

Interprete, no contexto do problema, o facto de se ter F ^ r h 1 0 , para qualquer valor de r ! 61, 6@

Prova 735/E. Especial • Página 9/ 13


GRUPO IV

O João foi dar um passeio com o avô por uma avenida ladeada por belas árvores. O avô do João
contou-lhe que, no final do século XIX, o avô dele, o trisavô do João, tinha tratado daquelas árvores quando
ainda eram pequenas.

1.  Disse o avô ao João:

«O meu avô tratava as árvores com guano, que é uma espécie de estrume. Para veres como a
vida era dura nesses tempos, vou dizer-te como ele o fazia. O meu avô tinha de transportar um
cesto de guano para junto de cada uma das árvores. Começava por carregar o cesto no monte,
ia até uma árvore e despejava o cesto. Voltava ao monte e repetia a operação para a árvore
seguinte, até ter estrumado todas as árvores. No fim, deixava o cesto no monte.

Repara que, de um e de outro lado da avenida, cada árvore dista 8,4 metros da seguinte e que
da primeira à última árvore vão 630 metros. Do monte de guano à primeira árvore de cada lado
iam 32 metros.

O meu avô era um homem rijo. Para realizar esta tarefa, percorria 1625 metros numa hora e
trabalhava 9 horas por dia!»

A Figura 3, que não está desenhada à escala, reproduz um esquema da avenida, de acordo com a
descrição do avô do João.

8,4 m

...

32 m ...
630 m

Figura 3

1.1.  Verifique que, na realização desta tarefa, o trisavô do João percorria, no total, 105 488 metros.

Se, em cálculos intermédios, proceder a arredondamentos, conserve, no mínimo, uma casa decimal.

1.2.  Determine o tempo total que o trisavô do João demorava na realização da tarefa.

Apresente o resultado em dias e horas de trabalho, com o valor das horas arredondado às unidades.

Se, em cálculos intermédios, proceder a arredondamentos, conserve, no mínimo, uma casa decimal.

Prova 735/E. Especial • Página 10/ 13


2.  A propósito do que o avô lhe contara, o João lembrou-se de um problema que resolvera numa aula de
Matemática.

O problema era o seguinte:

«Na segunda década do século XX, uma fábrica de adubos produzia diariamente dois tipos de
adubo, A e B, cuja produção exigia a utilização de estrume.

A produção de cada quilograma de adubo A exigia dois quilogramas de estrume e a produção de


cada quilograma de adubo B exigia três quilogramas de estrume.

A fábrica podia utilizar diariamente até 450 quilogramas de estrume.


A produção de um quilograma de adubo A exigia meia hora de trabalho de um operário e a
produção de um quilograma de adubo B exigia quinze minutos de trabalho de um operário.

A fábrica tinha oito operários, que trabalhavam diariamente dez horas cada um.

A venda da totalidade do adubo produzido esteve sempre garantida: cada quilograma de adubo A
dava um lucro de 5 tostões e cada quilograma de adubo B dava um lucro de 6 tostões.

Designe por x o número de quilogramas de adubo A produzidos diariamente e por y o número


de quilogramas de adubo B produzidos diariamente.

Determine o valor de x e o valor de y de modo que o lucro fosse máximo.»

2.1.  Seria possível, nas condições referidas, a fábrica ter produzido, num mesmo dia, 100 quilogramas
de adubo A e 100 quilogramas de adubo B ?

Justifique a sua resposta.

2.2.  Numa pequena composição, interprete, justificando no contexto do problema, o significado das
expressões seguintes:

III)  5 x + 6 y
III)  2 x + 3 y # 450
III)  0,5 x + 0,25 y # 80

FIM

Prova 735/E. Especial • Página 11/ 13


EXAME FINAL NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO
Prova Escrita de Matemática B
11.º Ano de Escolaridade
Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho

Prova 735/1.ª Fase 15 Páginas

Duração da Prova: 150 minutos. Tolerância: 30 minutos.

2014

Utilize apenas caneta ou esferográfica de tinta azul ou preta, exceto nas respostas que impliquem
construções, desenhos ou outras representações, que podem ser primeiramente feitos a lápis e
a seguir passados a tinta.

É permitido o uso de régua, compasso, esquadro, transferidor e calculadora gráfica.

Não é permitido o uso de corretor. Deve riscar aquilo que pretende que não seja classificado.

Para cada resposta, identifique o grupo e o item.

Apresente as suas respostas de forma legível.

Apresente apenas uma resposta para cada item.

A prova inclui um formulário.

As cotações dos itens encontram-se no final do enunciado da prova.

Prova 735/1.ª F. • Página 1/ 15


GRUPO I

O departamento de marketing de uma empresa que se dedica ao fabrico e à venda de gelados dispõe
de 16 500 euros, por mês, para investir em publicidade. A publicidade será efetuada na rádio e na televisão.
A direção da empresa impôs que o tempo mensal de publicidade a efetuar na rádio seja, pelo menos, o
dobro do tempo mensal de publicidade a efetuar na televisão. Além disso, impôs o limite mensal máximo de
600 minutos de publicidade a efetuar na rádio.
Um minuto de publicidade na rádio custa 15 euros e um minuto de publicidade na televisão custa
300 euros.
De acordo com estudos feitos, sabe-se que um minuto de publicidade na rádio garante a venda de 1000
gelados e que um minuto de publicidade na televisão garante a venda de 25 000 gelados.

Designe por x o número de minutos, por mês, de publicidade a efetuar na rádio e por y o número de
minutos, por mês, de publicidade a efetuar na televisão.

Determine o número de minutos, por mês, de publicidade a efetuar na rádio e o número de minutos, por
mês, de publicidade a efetuar na televisão, de modo que, nas condições referidas, se garanta a venda do
número máximo de gelados.

Na sua resposta, percorra, sucessivamente, as seguintes etapas:


–– indicar a função objetivo;
–– indicar as restrições do problema;
–– representar, graficamente, a região admissível referente ao sistema de restrições;
–– calcular o número de minutos, por mês, de publicidade a efetuar na rádio e o número de minutos, por
mês, de publicidade a efetuar na televisão, correspondentes à solução do problema.

Prova 735/1.ª F. • Página 5/ 15


GRUPO II

Uma empresa de telecomunicações lançou, no mercado português, um novo modelo de telemóvel,


designado por MR.

1.  Admita que, no ano de 2013, o número, N, em centenas, de telemóveis MR vendidos em Portugal, no
dia de ordem x , é dado, aproximadamente, por

N^ x h = 1950 e − 0,019 x com x ! "1, 2, ..., 365 ,


^6,25 e − 0,019 x + 1h2

Por exemplo, N (30) é o número aproximado, em centenas, de telemóveis MR vendidos em Portugal no


dia 30 de janeiro de 2013 (o trigésimo dia do ano).

1.1.  De acordo com o modelo apresentado, no ano de 2013, o maior número de telemóveis MR vendidos
em Portugal, num só dia, foi 7800 unidades.

Determine, de acordo com este modelo, a diferença entre o maior e o menor número de telemóveis
MR vendidos em Portugal, num dia, no ano de 2013.
Apresente o resultado arredondado às unidades.

Em cálculos intermédios, conserve, no mínimo, duas casas decimais.

1.2.  Determine, de acordo com o modelo apresentado, o número de dias do ano de 2013 em que foram
vendidos em Portugal menos de 5000 telemóveis MR.

Prova 735/1.ª F. • Página 6/ 15


2.  O lançamento do telemóvel MR no mercado português realizou-se no ano de 2012.

Seja t a variável que representa o tempo, em meses, decorrido desde as zero horas do dia 1 de janeiro
de 2013.

Admita que G ( t ) é o número aproximado, em centenas, de telemóveis MR vendidos em Guimarães,


desde o dia do lançamento até ao instante t, com t $ 0

G ( 0 ) é o número aproximado, em centenas, de telemóveis MR vendidos em Guimarães, desde o dia do


lançamento até às zero horas do dia 1 de janeiro de 2013.

Na Figura 1, está representada parte do gráfico da função G

G(t)

30

(4; 18,59)

G(0)

O t

Figura 1

Verifica-se que:
•  G ^0 h > 3
•  G^ 4h . 18,59
•  a reta de equação y = 30 é assíntota horizontal do gráfico da função G

2.1.  Existe algum instante t no qual a taxa de variação instantânea da função G seja negativa?
Justifique a sua resposta.

2.2.  Admita que, em Faro, o número aproximado, em centenas, de telemóveis MR vendidos, desde o dia
do lançamento até ao instante t, é dado por

F^ t h = G^ t h − 3

A partir deste modelo, fizeram-se as seguintes afirmações.


III.  Desde o dia do lançamento até às zero horas do dia 1 de janeiro de 2013, foram vendidos em
Guimarães, no total, mais  300  telemóveis MR do que em Faro.
III.  Nos primeiros quatro meses do ano de 2013, foram vendidos em Guimarães cerca de  1859
telemóveis MR.
III.  Com o decorrer do tempo, o número de telemóveis MR vendidos em Faro foi aumentando;
porém, esse número nunca atingiu 2800 unidades.

Elabore uma pequena composição, na qual justifique que as afirmações I e III são verdadeiras e que
a afirmação II é falsa. Apresente uma justificação por cada uma das afirmações.

Prova 735/1.ª F. • Página 7/ 15


GRUPO III

As temperaturas máximas e mínimas diárias variam ao longo do ano e consoante o local onde são
registadas. Os valores da temperatura dependem de características como a latitude e a altitude dos locais.
Também se verificam diferenças quando se comparam conjuntos de anos distintos.

1.  Na tabela seguinte, apresentam-se os valores da altitude, em metros, de alguns locais de Portugal onde
estão situadas estações meteorológicas. Apresentam-se também os valores, em graus Celsius (ºC),
das médias anuais das temperaturas máximas, registadas nessas estações, no período 1971- 2000 e no
período 2001- 2010.

Médias anuais das temperaturas


Localização
Altitude máximas (ºC)
da estação
(metros)
meteorológica
1971- 2000 2001- 2010

Bragança 690 17,9 18,8

Vila Real 481 18,6 18,8

Braga 190 20,0 20,8

Viseu 443 19,6 18,6

Guarda 1019 14,7 15,7

Coimbra 35 21,2 21,2

Castelo Branco 386 21,0 21,5

Santarém 73 22,3 22,8

Portalegre 597 19,5 20,5

Setúbal 35 21,8 22,7

Évora 309 20,7 22,8

Beja 246 22,5 23,0

Faro 8 22,0 22,2

Fontes: www.ine.pt (adaptado), www.ipma.pt (adaptado)


(consultados em setembro de 2013)

Prova 735/1.ª F. • Página 8/ 15


1.1.  Designe por x a variável «altitude», referente aos locais das estações meteorológicas apresentadas
na tabela, e por y a variável «média anual das temperaturas máximas», referente aos mesmos
locais, registadas no período 1971-2000.

Na Figura 2, apresentam-se o diagrama de dispersão que relaciona as variáveis x e y e a reta de


regressão linear de y sobre x

y
(ºC)
Média anual das temperaturas máximas 24

20

16

12

4
0
0 200 400 600 800 1000 x
Altitude (m)

Figura 2

O valor do coeficiente de correlação linear, r, é aproximadamente igual a - 0,912

1.1.1.  Justifique que a correlação linear existente entre as variáveis x e y é forte e negativa.

1.1.2.  A afirmação seguinte é uma interpretação incorreta do valor de r


O valor de r indica que, quando diminui a média anual das temperaturas máximas, a
altitude diminui.

Interprete corretamente, no contexto da situação descrita, o valor de r

1.2.  Das estações meteorológicas que constam da tabela, considere aquelas cujas médias anuais das
temperaturas máximas são, nos dois períodos indicados, ambas iguais ou superiores a 20,0 ºC

Escolhe-se, ao acaso, uma dessas estações meteorológicas.

Determine a probabilidade de a média anual das temperaturas máximas registadas nessa estação ter
subido, pelo menos, 0,5 ºC, do período 1971- 2000 para o período 2001- 2010.

Apresente o resultado em percentagem.

Na sua resposta, deverá apresentar os casos possíveis e os casos favoráveis.

Prova 735/1.ª F. • Página 9/ 15


2.  Os meses mais frios em Portugal correspondem aos meses mais quentes em regiões temperadas de
países localizados no hemisfério sul, como, por exemplo, o Brasil.

Admita que, no período 1971-2000, a média mensal das temperaturas máximas, em graus Celsius,
registadas na cidade portuguesa de Bragança, para o mês de ordem t do ano, é dada, aproximadamente,
por

B^ t h = 18,48 + 9,33 sen^0,56 t − 2,5h com t ! "1, 2, 3, ..., 12 ,

Admita ainda que, no mesmo período, a média mensal das temperaturas máximas, em graus Celsius,
registadas na cidade brasileira de Santana do Livramento, para o mês de ordem t do ano, é dada,
aproximadamente, por

L^ t h = 23,37 + 6,16 sen^0,49 t + 1,23h com t ! "1, 2, 3, ..., 12 ,

O argumento da função seno nas expressões de B e de L está em radianos.

2.1.  De acordo com os modelos apresentados, sabe-se que a maior diferença, em valor absoluto, entre
as médias mensais das temperaturas máximas registadas nas duas cidades ocorre num dos meses
seguintes: janeiro, fevereiro ou dezembro.

Em qual dos três meses referidos ocorre a maior diferença?

Na sua resposta, apresente, para cada um dos três meses, os valores absolutos das diferenças entre
as médias mensais das temperaturas máximas registadas nas duas cidades.

Em cálculos intermédios, conserve, no mínimo, duas casas decimais.

2.2.  De acordo com os modelos apresentados, existe algum mês do ano em que as médias mensais das
temperaturas máximas registadas nas duas cidades sejam iguais?

Justifique a sua resposta.

Prova 735/1.ª F. • Página 10/ 15


GRUPO IV

Desde a antiguidade que o Homem utiliza circunferências e círculos na criação de composições


geométricas.

1.  Para criar o logotipo de um aldeamento turístico, foi considerada uma sequência
de circunferências concêntricas, em que o círculo central é branco e, a partir dele,
as regiões exteriores a cada uma das circunferências e interiores à circunferência ...
seguinte são, alternadamente, pretas e brancas, sendo a última preta, tal como
sugere a Figura 3.

O logotipo foi pintado num dos muros do aldeamento e, tal como a Figura 4 ilustra,
consiste num quadrado com duas dessas sequências de circunferências Figura 3
concêntricas, uma das quais dividida em duas partes geometricamente iguais.

De acordo com o esquema representado na Figura 5, verifica-se que o conjunto I, o conjunto II e o conjunto III
são tangentes entre si e cada um deles é tangente a dois lados do quadrado que os circunscreve.

II
III

Figura 4 Figura 5

No logotipo pintado no muro do aldeamento:


•  o conjunto I tem 20 circunferências concêntricas, que passarão a ser designadas, da menor para a
maior: circunferência um, circunferência dois, …, circunferência vinte ;
•  os raios dessas circunferências estão em progressão aritmética de razão 5 cm ;
•  o círculo central do conjunto I, limitado pela circunferência um, tem 25 r cm 2 de área.

1.1.  Determine a área da parte do logotipo pintado no muro do aldeamento correspondente à região
exterior aos conjuntos I, II e III, representada a sombreado na Figura 5.

Apresente o resultado em m2, arredondado às décimas.


Se, em cálculos intermédios, proceder a arredondamentos, conserve, pelo menos, duas casas
decimais.

Prova 735/1.ª F. • Página 12/ 15


1.2.  Relativamente ao conjunto I, designe por A1 a área do círculo central, por A2 a área da região
exterior à circunferência um e interior à circunferência dois, e assim sucessivamente, até A20 ,
de acordo com o esquema representado na Figura 6.

A1 A2 A3 A4 . . . A20

Figura 6

Verifica-se que, no logotipo pintado no muro do aldeamento, os valores correspondentes a


A1, A2 , A3 ,..., A20 , em cm2, podem ser obtidos a partir da expressão

An = 50 r n − 25 r

1.2.1.  Mostre que An é termo geral de uma progressão aritmética de razão 50r

1.2.2.  Na pintura do logotipo do muro do aldeamento, foram usadas tinta branca e tinta preta, com
igual rendimento.

Admita que, para pintar o círculo central do conjunto I, se gastou 1 centilitro de tinta branca.

Determine a quantidade total de tinta preta gasta na pintura dos conjuntos I, II e III
do logotipo, admitindo que a quantidade de tinta gasta na pintura de uma região é diretamente
proporcional à área dessa região.

Apresente o resultado em litros, arredondado às décimas.

Se, em cálculos intermédios, proceder a arredondamentos, conserve, pelo menos, três casas
decimais.

Prova 735/1.ª F. • Página 13/ 15


2.  Considere a composição geométrica apresentada na Figura 7.

Q
O

Figura 7

Nesta figura, estão representados:


•  duas circunferências concêntricas de centro no ponto O
•  o ponto P, pertencente à circunferência de menor raio;
•  a reta tangente à circunferência de menor raio, no ponto P
•  o ponto Q , um dos pontos de intersecção da reta tangente à circunferência em P com a circunferência
de maior raio;
•  o segmento de reta 6PQ @
•  a circunferência de centro no ponto P e raio PQ

=
Admita que OP a=
e que OQ b

Mostre que a área da coroa circular, representada a sombreado na Figura 7, é exatamente igual à área do
círculo de centro no ponto P e raio PQ

Na sua resposta, poderá ser-lhe útil considerar o triângulo [OPQ ]

FIM

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EXAME FINAL NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO
Prova Escrita de Matemática B
11.º Ano de Escolaridade
Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho

Prova 735/2.ª Fase 15 Páginas

Duração da Prova: 150 minutos. Tolerância: 30 minutos.

2014

Utilize apenas caneta ou esferográfica de tinta azul ou preta, exceto nas respostas que impliquem
construções, desenhos ou outras representações, que podem ser primeiramente feitos a lápis e
a seguir passados a tinta.

É permitido o uso de régua, compasso, esquadro, transferidor e calculadora gráfica.

Não é permitido o uso de corretor. Deve riscar aquilo que pretende que não seja classificado.

Para cada resposta, identifique o grupo e o item.

Apresente as suas respostas de forma legível.

Apresente apenas uma resposta para cada item.

A prova inclui um formulário.

As cotações dos itens encontram-se no final do enunciado da prova.

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GRUPO I

Dois grupos musicais venceram concursos televisivos, o que lhes permitiu o lançamento, no mercado
nacional, dos seus álbuns de estreia, designados, respetivamente, por Álbum F e por Álbum G.
Os dois grupos têm a mesma editora discográfica e o lançamento dos álbuns de estreia realizou-se na
mesma data. Antes dessa data, e durante um certo período de tempo, a editora promoveu na Internet uma
pré-venda dos álbuns, permitindo aos fãs a aquisição de exemplares com uma capa especial.

Admita que:
•  o número, em milhares, de exemplares do Álbum F vendidos até ao instante t é dado, aproximadamente,
por
f ^t h = 14
1 + 6 e − 0,3 t
•  o número, em milhares, de exemplares do Álbum G vendidos até ao instante t é dado, aproximadamente,
por
g^ t h = 12
1 + 3 e − 0,5 t
•  nos dois modelos, a variável t representa o tempo, em meses, decorrido desde a data do lançamento
do Álbum F e do Álbum G.

1.  Qual foi o álbum mais vendido no período de pré-venda?

Na sua resposta, apresente o número de exemplares de cada álbum vendidos no período de pré-venda.

2.  Determine quanto tempo decorreu desde a data do lançamento dos álbuns até à data em que o número de
exemplares vendidos do Álbum F ultrapassou o número de exemplares vendidos do Álbum G.

Apresente o resultado em meses, arredondado às unidades.

Resolva o problema, recorrendo às potencialidades gráficas da sua calculadora.

3.  Em Portugal, o Disco de Platina é um galardão entregue a um grupo ou artista musical se as vendas de
um dos seus álbuns atingirem as 15 000 unidades.

Algum dos grupos será galardoado com o Disco de Platina, pelas vendas do seu álbum de estreia, de
acordo com os modelos apresentados?

Justifique a sua resposta.

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GRUPO II

A descoberta de ouro no Brasil trouxe, no século XVIII, alterações significativas à vida da corte portuguesa
e refletiu-se na arte e no estilo do mobiliário português da época.

1.  Admita que, numa determinada mina de ouro, foi necessário construir um poço, que permitisse um acesso
direto às galerias da mina situadas a maior profundidade.

Dadas as características geológicas do subsolo e a complexidade dos trabalhos de escavação, o número


de metros escavados em cada dia foi progressivamente diminuindo, até se alcançar a profundidade
pretendida.

Sabe-se que:
•  no final do primeiro dia de trabalho, o poço ficou com 30 metros de profundidade;
•  no segundo dia, foram escavados 28,5 metros (95% de 30 metros), ficando o poço, no final desse
dia, com 58,5 metros de profundidade.

Admita que os trabalhos prosseguiram, de modo que, em cada dia, a partir do segundo, a profundidade
acrescentada ao poço, em metros, foi 95% da profundidade acrescentada ao poço no dia anterior.

Considere a sequência ^ pnh , em que pn é o número de metros acrescentados à profundidade do poço,


no dia de trabalho de ordem n

1.1.  Quantos metros foram acrescentados à profundidade do poço no décimo dia de trabalho?

Apresente o resultado arredondado às décimas.

Na sua resposta, comece por justificar que os termos da sequência ^ pnh são termos consecutivos
de uma progressão geométrica de razão 0,95

Em cálculos intermédios, conserve, no mínimo, três casas decimais.

1.2.  Determine quantos dias de trabalho foram necessários para que a profundidade do poço
ultrapassasse 575 metros.

Em cálculos intermédios, conserve, no mínimo, três casas decimais.

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2.  A Beatriz resolveu corretamente um problema de programação linear sobre mobiliário português do
século XVIII e elaborou um relatório do qual constavam o enunciado e a resolução detalhada do mesmo.
Entretanto, devido a um problema informático, perdeu parte do enunciado e parte da resolução.

Do enunciado, conseguiu recuperar apenas o excerto seguinte.

«Uma empresa de mobiliário produz, artesanalmente, cadeiras de estilo português do século XVIII,
estilo D. José e estilo D. Maria I, estando assegurada a venda de todas as cadeiras que produza.

Na produção destas cadeiras, estão envolvidas três secções da empresa: a secção de marcenaria,
a secção de revestimento e a secção de acabamento. Para o efeito, a secção de marcenaria dispõe
de 720 horas mensais, a secção de revestimento dispõe de 320 horas mensais e a secção de
acabamento dispõe de 440 horas mensais.

A empresa obtém 300 euros de lucro com a venda de cada cadeira estilo D. José.»

Quanto à resolução, conseguiu recuperar apenas o excerto seguinte.

«Designo por x o número de cadeiras estilo D. José produzidas, mensalmente, pela empresa.

A limitação das horas mensais na secção de marcenaria traduz-se pela condição

6 x + 4 y # 72

A limitação das horas mensais na secção de revestimento traduz-se pela condição

2 x + 2 y # 32

A limitação das horas mensais na secção de acabamento traduz-se pela condição

4 x + 2 y # 44 »

A Beatriz sabe que a função objetivo é o lucro obtido pela empresa com a venda das cadeiras dos dois estilos
e que o lucro máximo, 3600 euros, se obtém no ponto de coordenadas (8, 6)

Elabore uma pequena composição, na qual:


–– refira o significado da variável y
–– indique, justificando, o número de horas utilizadas em cada uma das secções da empresa na produção
de uma cadeira estilo D. José;
–– escreva, justificando, uma expressão da função objetivo.

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GRUPO III

Num terreno agrícola, retangular, é necessário colocar uma rede, de modo a dividir o terreno em três
partes: uma parte com a forma de um triângulo e cada uma das outras com a forma de um trapézio retângulo.

Na Figura 1, o retângulo 6 ABCD @ representa o terreno e os três segmentos de reta a traço mais grosso
representam a rede. O esquema da figura não está desenhado à escala.

D C

F G
100 m E

A B
30 m

Figura 1

Sabe-se que:
•  o ponto E é o ponto médio de 6BC@
•  o ponto F é o ponto médio de 6AD@
•  o ponto G é um ponto móvel que pertence a 6EF @
•  x é a amplitude, em graus, do ângulo GAF, com x ! @ 0, 25 @
•  os lados correspondentes a 6AB@ e a 6AD@ medem, respetivamente, 30 m e 100 m

O comprimento da rede depende do valor de x

1.  Mostre que o comprimento, R, em metros, da rede pode ser dado, em função de x , por

100 − 50 sen ^ x h
R ^ x h = 30 +
cos ^ x h

Na sua resposta, poderá começar por escrever FG   em função de tg ^ x h

2.  Para um certo valor de x , verifica-se que cos ^ x h = 12


13
Mostre que, para esse valor de x , o comprimento da rede é igual a 117,5 m
Na sua resolução, utilize apenas valores exatos.

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R^ 25 h − R^15 h
3.  Sabe-se que . − 0,3
25 − 15
Interprete, no contexto do problema, o significado desta expressão e do seu valor.

4.  Considere a função T, que dá, em metros por grau, a taxa de variação instantânea da função R, para
cada valor de x

Na Figura 2, apresenta-se o gráfico da função T

T (x)
25
O x

Figura 2

O que se pode concluir quanto à monotonia da função R?


Justifique a sua resposta, com base no gráfico da função T

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GRUPO IV

Numa escola, o professor de Matemática B propôs aos alunos das turmas I e J, do curso de Artes
Visuais, a elaboração de trabalhos subordinados ao tema «Matemática e Arte».

1.  Os alunos do curso de Artes Visuais distribuem-se por turmas e por género de acordo com a tabela
seguinte.

Rapazes Raparigas

Turma I 10 18

Turma J a 10

Escolhido, ao acaso, um destes alunos, a probabilidade de ser rapaz é 6


13
Determine o valor de a

2.  Considere as seguintes variáveis aleatórias:

X : 
«tempo gasto, em minutos, por um aluno da turma I, na elaboração do respetivo trabalho»
Y: «tempo gasto, em minutos, por um aluno da turma J, na elaboração do respetivo trabalho»

As variáveis aleatórias X e Y seguem distribuições normais, ambas de valor médio 220 minutos.
Admita que:

P ^200 1 X 1 240h . 0,6827 e P ^200 1 Y 1 240h . 0,9545

Qual das variáveis aleatórias X e Y tem menor desvio padrão?

Justifique a sua resposta.

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3.  Os Sangakus são tábuas de madeira, existentes em diversos santuários no Japão, que contêm problemas
matemáticos, envolvendo conceitos geométricos. Os Sangakus mais antigos que se conhecem datam do
século XVII.
A Figura 3 apresenta parte de uma tábua Sangaku.

O trabalho elaborado por um dos alunos, representado na Figura 4, consistiu numa pintura alusiva a um
dos problemas de uma tábua Sangaku.

Figura 3 Figura 4

A Figura 5 reproduz um esquema elaborado com base na pintura do aluno.

E D
O B x

Figura 5

Neste esquema, estão representados, num referencial ortogonal e monométrico xOy :


•  a circunferência de centro no ponto C, tangente aos eixos coordenados;

•  a circunferência de centro no ponto D, tangente ao eixo Ox e tangente, no ponto P, à circunferência


de centro C

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•  os pontos A e B, pertencentes a Oy e Ox, respetivamente, tais que a reta AB é tangente à
circunferência de centro C
•  o triângulo 6AOB@

•  o ponto E, interior à circunferência de centro C, tal que 6ED@ ' 6OB@

•  o triângulo 6CED@ , retângulo em E

O ponto P pertence a 6CD@ e CP 2 PD

3.1.  Admita que:

•  o triângulo 6AOB@ é uma ampliação do triângulo 6CED@ , sendo a razão de semelhança igual a 4

•  CE = 3

•  OB = 16

Determine a equação reduzida da reta AB

3.2.  Admita, agora, que os triângulos 6AOB@ e 6CED@ não são semelhantes.

Sejam r e s os raios das circunferências de centros C e D, respetivamente, tais que r # s = 9

Determine ED

Na sua resposta, percorra, sucessivamente, as seguintes etapas:

–– escrever CE e CD em função dos raios das duas circunferências;


–– aplicar o teorema de Pitágoras ao triângulo 6CED@ para calcular ED

FIM

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